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IST’S, CERVICITES E LESÕES ANOGENITAIS E.O VANESSA FERREIRA IST’S Infecções Sexualmente Transmissíveis, são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual (oral, vaginal, anal) sem o uso de camisinha masculina ou feminina com uma pessoa que esteja infectada. A transmissão de uma IST pode acontecer, ainda, da mãe para a criança durante a gestação, o parto ou a amamentação. ➢ O Ministério da Saúde recomenda aos órgãos que trabalham com saúde pública e saúde coletiva o uso da nomenclatura “IST” (infecções sexualmente transmissíveis) no lugar de “DST” (doenças sexualmente transmissíveis). A denominação ‘D’, de ‘DST’, vem de doença, que implica em sintomas e sinais visíveis no organismo do indivíduo. Já as ‘Infecções’ podem ter períodos assintomáticos, ou se mantém assintomáticas durante toda a vida do indivíduo, como são os casos da infecção pelo HPV e o vírus do Herpes, detectadas por meio de exames laboratoriais. O termo IST é mais adequado e já é utilizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). TRICOMONÍASE ➢ Infecção causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. A transmissão ocorre pelo sexo desprotegido com uma pessoa infectada; ➢ Pode atingir o colo do útero, a vagina, a uretra e o pênis; ➢ Sinais e sintomas são: dispareunia, ardência e dificuldade miccional, prurido nos órgãos sexuais, leucorreia abundante, de coloração amarelada ou amarelo esverdeado, bolhoso e fétido, colo com petéquias e em “framboesa”. Fonte: google imagens TRICOMONÍASE – DIAGNÓSTICO: ➢ Baseado em testes laboratoriais (visualização do protozoário móvel e flagelado na microscopia a fresco do fluido vaginal ou culturas positivas); ➢ Outros achados frequentemente associados à infecção pelo T. vaginalis são pH vaginal elevado (> 4,5) e uma população aumentada de polimorfonucleares. Acidez saúdavel entre 3.8 e 4.2 Fonte: google imagens TRICOMONÍASE – TRATAMENTO: ➢ Metronidazol, tinidazol ou secnidazol de 2 g; VO, dose única; ➢ Metronidazol, de 400 a 500 mg, VO, a cada 12 horas, por sete dias; OU metronidazol, 250 mg, VO, a cada 8 horas, por sete dias; ❑GESTANTES E LACTANTES: Via oral (independentemente da idade gestacional); ➢ Metronidazol 2 gramas via oral dose única ou 500 mg 12/12 horas, por 7 dias; ➢ Metronidazol, 250 mg, VO, a cada 8 horas, por sete dias; Atenção: - Os pacientes devem ser orientados para não consumirem bebida alcóolica antes, durante e após o fim do tratamento por até 24 horas com metronidazol e por até 72 horas após o uso de tinidazol devido à possibilidade do efeito disulfiram-like; - TODOS os parceiros devem ser tratados; - 50% dos casos são assintomáticos. CERVICITE OU ENDOCERVICITE ➢ IST que causa inflamação e irritação do colo do útero provocada por uma variedade de organismos; ➢ Principais agentes etiológicos: Chlamydia e a Neisseria gonorrhoeae; ➢ Devido ao grande número de mulheres assintomáticas e a baixa sensibilidade das manifestações clínicas nas cervicites, “na ausência de laboratório, a principal estratégia de manejo das cervicites por clamídia e gonorreia é o tratamento das parcerias sexuais de homens portadores de uretrite” ➢ As cervicites são assintomáticas em torno de 70% a 80% dos casos; ➢ Nas sintomáticas: Queixas mais frequentes: corrimento vaginal, sangramento intermenstrual ou pós-coito, dispareunia e disúria; ➢ Achados ao exame físico: sangramento ao toque da espátula ou swab, material mucopurulento no orifício externo do colo e dor à mobilização do colo uterino. GONORREIA ➢ A gonorreia é uma infecção bacteriana, causada pela Neisseria gonorrhoeae, um diplococo Gram- negativo de transmissão quase que exclusiva através de contato sexual ou perinatal. Se não for tratada por causar infertilidade. Primariamente afeta membranas mucosas do trato genital inferior, e mais raramente, as mucosas do reto, orofaringe e conjuntiva. Fonte: google imagens GONORREIA - SINAIS E SINTOMAS: ➢ Geralmente, a gonorreia causa sintomas somente nos locais da infecção inicial. Em poucas pessoas, a infecção também pode espalhar-se pela corrente sanguínea a outras partes do corpo, especialmente para a pele, articulações ou ambas. Homens (cerca de 25%) manifestam muito poucos sintomas. Os sintomas começam entre 2 a 14 dias após a infecção. Desconforto na uretra, disúria, presença de secreção amarelo-esverdeada proveniente do pênis, urgência miccional. O ostio externo da uretra pode apresentar eritema e edema. As bactérias, por vezes, se espalham para o epidídimo, fazendo com que a região testicular fique edemasiada e sensível ao toque. Mulheres (cerca de 10% a 20%) manifestam muito poucos ou nenhum sintoma. Assim, a gonorreia pode ser detectada somente durante os exames de rotina ou após o diagnóstico da infecção no parceiro do sexo masculino. Tipicamente, os sintomas não começam até pelo menos 10 dias após a infecção. Desconforto na área genital e leucorreia com aspecto de pus, urgência miccional e disúria. As bactérias comumente se propagam subindo o trato genital e infectam as tubas uterinas(salpingite). Em algumas mulheres, a infecção se dissemina para a cavidade abdominal, causando peritonite ou DIP. As mulheres que tiverem DIP têm risco maior de infertilidade e gestação ectópica. A infecção pode se concentrar em torno do fígado (peri-hepatite ou síndrome Fitz-Hugh-Curtis). Início dos sintomas: 24-48h após o parto. Sintomas: edema de pálpebra importante, secreção purulenta e hiperemia conjuntival. Pode causar lesões oculares graves, inclusive perfuração. A infecção sistêmica pode causar sepse, meningite e artrite. Fonte: google imagens GONORREIA – TRATAMENTO: ➢ Gestantes e Lactantes: - Primeira escolha: • Ceftriaxona, 500 mg IM, dose única - Segunda escolha: • Espectrinomicina, 2 g IM, dose única; • Ampicilina 2 ou 3 g + Probenecida, 1 g, VO, dose única ; • Cefixima, 400 mg, dose única. CLAMÍDIA ➢ A clamídia é causada por uma bactéria, a Chlamydia trachomatis, e afeta homens e mulheres que sejam sexualmente ativos e que não façam o uso de preservativos. A doença também pode ser transmitida de mãe para bebê, durante o nascimento via canal do parto. ➢A clamídia normalmente afeta a área genital de homens e mulheres, também podem infectar os olhos e garganta. Fonte: google imagens CLAMÍDIA – SINAIS E SINTOMAS: ➢ Os sintomas de clamídia podem surgir 1 a 3 semanas após a relação sexual desprotegida, no entanto mesmo que não existam sinais e sintomas aparentes, a pessoa pode transmitir a bactéria. • Na mulher: - Disúria; - Leucorreira semelhante a pus; - Dor ou stv durante o contato íntimo; - Dor pélvica; - Stv fora do período menstrual. • No homem: - Disuria; - Saída de corrimento pelo pênis; - Dor e edema nos testículos; - Inflamação da uretra; - Caso não seja tratada, a bactéria pode provocar a inflamação dos testículos(orquite), podendo interferir na produção de espermatozoides. A clamídia também pode passar de mãe para filho durante o parto, quando a grávida tem a infecção e não fez o tratamento adequado. Conjutivite bacterina por Clamydia trachomatis: - Início dos sintomas 5-14 dia após o parto; - Sinais e sintomas: edema de pálpebra, hiperemia conjuntival e secreção leve a moderada. A infecção sistêmica pode causar pneumonia, otite e rinite. - Tratamento: eritromicina oral Fonte: google imagens CLAMÍDIA – TRATAMENTO: Alternativa: - Eritromicina, 500 mg, VO, a cada 6 horas, por 7 dias; - Eritromicina, 500 mg, VO, a cada 12 horas, por 14 dias; - Ofloxacina, 200 mg, VO, a cada 12 horas, por 7 dias; - Ofloxacina, 400 mg, VO, 1x, por 7 dias; - Tetraciclina, 500 mg, VO, a cada 6 horas, por 7 dias. Gestantes e Lactantes: - Primeira escolha: Azitromicina, 1 g, VO, dose única. - Segunda escolha: Amoxiciclina, 500 mg, VO, a cada 8 horas, por 7 dias; OU Eritromicina, 500 mg, VO, acada seis horas, por 7 dias OU Eritromicina, 500 mg, VO, a cada 12 horas, por 14 dias. LESÕES ANOGENITAIS Fonte: google imagens ➢ As úlceras genitais representam uma síndrome clínica produzida por agentes infecciosos sexualmente transmissíveis. ➢ Lesões ulcerativas erosivas, precedidas ou não por pústulas e/ou vesículas, acompanhadas ou não de dor, ardor, prurido, drenagem de material mucopurulento, sangramento e linfadenopatia regional. Os agentes etiológicos infecciosos mais comuns nas úlceras genitais são: - Treponema pallidum (sífilis primária e secundária); - Herpes simplex vírus-1 e HSV-2 (herpes perioral e genital, respectivamente); - Haemophilus ducreyi (cancroide); - Chlamydia trachomatis, sorotipos L1, L2 e L3 (LGV-linfogranuloma venéreo); - Klebsiella granulomatis (donovanose). TODAS ISTs SÍFILIS ➢ Notificação compulsória; ➢ Também conhecida como “cancro duro”, ocorre após o contato sexual com o indivíduo infectado; ➢ Infecção bacteriana de caráter sistêmico, curável e exclusiva do ser humano; ➢ É causada pelo T. pallidum, uma bactéria Gram-negativa do grupo das espiroquetas, descoberta em 1905. ➢ Todos os profissionais de saúde devem estar aptos a reconhecer as manifestações clínicas da sífilis, assim como a interpretar os resultados dos exames laboratoriais, que desempenham papel fundamental no controle da infecção e permitem a confirmação do diagnóstico e o monitoramento da resposta ao tratamento. Fonte: google imagens SÍFILIS ➢ Existem duas classificações para as formas clínicas da sífilis adquirida: pelo tempo de infecção e por suas manifestações clínicas. A) Segundo o tempo de infecção: - Sífilis recente (primária, secundária e latente recente): até dois anos de evolução; - Sífilis tardia (latente tardia e terciária): mais de dois anos de evolução. B) Segundo as manifestações clínicas da sífilis adquirida: Primária Secundária Terciária Fonte: google imagens Após um ano de evolução da doença TRATAMENTO: SÍFILIS CONGÊNITA A sífilis congênita, adquirida por transmissão transplacentária, é classificada em: RECENTE Quando diagnosticada até o segundo ano de vida TARDIA Quando diagnosticada após o segundo ano de vida O comprometimento fetal depende da treponêmia materna e da fase da doença. Nas suas formas primária e secundária, 70 e 100% dos fetos são comprometidos, nas fases latente (recente ou tardia) e terciária, o risco de infecção fetal se reduz para 30%, devido à menor carga treponêmica decorrente da resposta imunológica materna à presença do treponema, com a produção de anticorpos específicos. Os seguintes pontos devem ser levados em consideração durante o seguimento clínico e laboratorial da sífilis congênita: • Notificar o caso após a confirmação diagnóstica; • Realizar consultas ambulatoriais mensais até o 6ºmês de vida e consultas ambulatoriais bimenstrais do 6º ao 12º mês; • Realizar teste não treponêmico com 1 mês, 3, 6, 12 e 18 meses de idade, interrompendo o seguimento após dois exames não treponêmicos consecutivos e negativos; • Diante da elevação do título do teste não treponêmico (ex.: VDRL), ou da não negativação até os 18 meses de idade, reinvestigar a criança exposta e proceder ao tratamento; • Realizar teste treponêmico11 para sífilis após os 18 meses de idade para a confirmação do caso; HERPES ➢ Herpes é uma doença causada por dois tipos de vírus: o Vírus Varicela-Zóster (VVZ), que causa catapora (varicela) e também o popularmente conhecido cobreiro (herpes zóster) e os herpesvírus tipo 1 e tipo 2, que causam o chamado herpes simplex. ➢ O herpes simplex é uma infecção viral comum, para a qual 99% da população adulta já adquiriu imunidade na infância e na adolescência, tendo infecção subclínica (assintomática) ou um único episódio; ➢ HSV-1 e HSV-2 provocam lesões em qualquer parte do corpo, há predomínio do tipo 2 nas lesões genitais e do tipo 1 nas lesões periorais. HERPES – SINAIS E SINTOMAS: ➢ Geralmente, determina infecção nos lábios e dentro da boca (especialmente na infância, a chamada estomatite herpética ou primoinfecção pelo herpesvírus), enquanto o herpesvírus 2, em geral, determina lesões nos genitais e pode ser adquirido por via sexual; ➢Vale ressaltar que enquanto as vesículas estiverem presentes com seu conteúdo líquido, tanto no herpes simplex quanto na Varicela-Zóster, elas são infectantes. Um simples contato das mãos com as vesículas pode transferir o vírus para outras áreas do corpo, inclusive os olhos e também para parceiros em contato pele com pele ou mucosa. ➢Quando as vesículas rompem, surgem pequenas ulcerações (feridas rasas) cobertas de crostas e, depois, há re-epitelização da pele ou mucosa, sendo que nessa fase a doença não é mais contagiosa. Em geral, as infecções herpéticas em indivíduos com imunidade normal duram entre sete a 14 dias Fonte: google imagens CANCROIDE ➢ É causado pela bactéria Haemophilus ducreyi, sendo mais frequente em países tropicais, afecção de transmissão exclusivamente sexual; ➢ Denomina-se também cancro mole, cancro venéreo ou cancro de Ducrey; ➢ Lesões múltiplas ou única; ➢ Sinais e sintomas: Feridas múltiplas e dolorosas de tamanho pequeno com presença de pus, que aparecem com frequência nos órgãos genitais (ex.: pênis, ânus e vulva). Podem aparecer nódulos (caroços ou ínguas) na virilha. Fonte: google imagens CANCROIDE ➢ A borda da lesão é irregular, apresentando contornos eritemato-edematosos e fundo irregular, recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com odor fétido e que, quando removido, revela tecido de granulação com sangramento fácil; ➢ O período de incubação é geralmente de três a cinco dias, podendo se estender por até duas semanas; ➢ O risco de infecção em uma relação sexual é de 80%. LINFOGRANULOMA VENÉREO(LGV) ➢ O linfogranuloma venéreo (LGV) é uma infecção crônica causada pela bactéria Chlamydia trachomatis(sorotipos L1,L2 E L3), que atinge os órgãos genitais e os gânglios da virilha. É popularmente conhecida como “mula”. ➢ A manifestação clínica mais comum é a linfadenopatia inguinal e/ou femoral. Fonte: google imagens ➢ Fase de inoculação: inicia-se por pápula, pústula ou exulceração indolor, que desaparece sem deixar sequela; ➢ Fase de disseminação linfática regional: na mulher, a localização da adenopatia depende do local da lesão de inoculação; ➢ Fase de sequelas: o comprometimento ganglionar evolui com supuração e fistulização por orifícios múltiplos, que correspondem a linfonodos individualizados, parcialmente, fundidos numa grande massa. ➢ Sinais e sintomas: • Feridas nos órgãos genitais e outros (pênis, vagina, colo do útero, ânus e boca), as quais, muitas vezes, não são percebidas e desaparecem sem tratamento. • Entre uma a seis semanas após a ferida inicial, surge um inchaço doloroso (caroço ou íngua) na virilha, que, se não for tratado, rompe-se, com a saída de pus. • Pode haver sintomas por todo o corpo, como dores nas articulações, febre e mal-estar. • Quando não tratada adequadamente, a infecção pode agravar-se, causando elefantíase (acúmulo de linfa no pênis, testiculos e vulva). TRATAMENTO DONOVANOSE ➢ É uma IST crônica progressiva, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis; ➢Acomete preferencialmente a pele e mucosas das regiões da genitália, da virilha e do ânus. Causa úlceras e destrói a pele infectada; ➢ É pouco frequente, ocorrendo na maioria das vezes em climas tropicais e subtropicais; ➢O quadro clínico inicia-se com ulceração de borda plana ou hipertrófica, bem delimitada, com fundo granuloso, de aspecto vermelho vivo e de sangramento fácil; ➢As lesões costumam ser múltiplas, sendo frequente a configuração em “espelho”, em bordas cutâneas e/ou mucosas. DONOVANOSE – SINAIS E SINTOMAS: ➢ Há predileção pelas regiões de dobras e região perianal; ➢ A localização extragenital é rara e, quase sempre, ocorrea partir de lesões genitais ou perigenitais primárias. ➢ Sinais e sintomas - Após o contágio, aparece uma lesão que se transforma em ferida ou caroço vermelho; - Não dói e não tem “íngua”; - A ferida vermelha sangra fácil, pode atingir grandes áreas e comprometer a pele ao redor, facilitando a infecção por outras bactérias. Fonte: google imagens HPV ➢ O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano), é um vírus que infecta a pele ou mucosas (oral, genital ou anal) das pessoas, provocando verrugas anogenitais (na região genital e ânus) e câncer, a depender do tipo de vírus; ➢A maioria das infecções são assintomáticas ou não aparentes. Outras podem apresentar-se sob a forma de lesões exofíticas, os chamados condilomas acuminados, verrugas genitais ou cristas de galo; ➢ Apresentação latente: ocorre quando as pessoas infectadas por HPV não desenvolvem qualquer lesão; ➢ Apresentação subclínica: a lesão subclínica ocorre quando as microlesões pelo HPV são diagnosticadas por meio de exame de Papanicolaou e/ou colposcopia (lesões acetobrancas), com ou sem biópsia. Fonte: google imagens HPV –SINAIS E SINTOMAS: ➢ A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais (visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a olho nu). ➢ A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução espontânea, pelo próprio organismo, em um período aproximado de até 24 meses. ➢ As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem, aproximadamente, entre dois e oito meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em gestantes e em pessoas com imunidade baixa. HPV –SINAIS E SINTOMAS: ➢ Lesões clínicas – apresentam-se como verrugas na região genital e no ânus (denominadas tecnicamente condilomas acuminados e popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista"). Podem ser únicas ou múltiplas, de tamanho variável, achatadas ou papulosas (elevadas e sólidas). Em geral, são assintomáticas, mas pode haver coceira no local. Essas verrugas, normalmente, são causadas por tipos de HPV não cancerígenos. ➢ Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu) – podem ser encontradas nos mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinais/sintomas. As lesões subclínicas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para o desenvolvimento de câncer. Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis (geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como conjuntivas e mucosas nasal, oral e laríngea. Raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose Respiratória Recorrente). Fonte: google imagens HPV – TRATAMENTO: ➢ Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos; ➢ Os tipos de tratamento são químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade; Podem ser domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou ambulatoriais (aplicados no serviço de saúde: ácido tricloroacético – ATA, podofilina, eletrocauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme indicação profissional para cada caso. ➢ Podofilina e imiquimode não devem ser usadas na gestação; ➢ O tratamento das verrugas anogenitais não elimina o vírus e, por isso, as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas parcerias devem retornar ao serviço, caso se identifiquem novas lesões; ➢ Além do tratamento de lesões visíveis, é necessário que os profissionais de saúde realizem exame clínico anogenital completo, pois pode haver lesões dentro de vagina e ânus não identificadas pela própria pessoa afetada. HPV – PREVENÇÃO: ➢ Vacinar-se contra o HPV é a medida mais eficaz de se prevenir contra a infecção. A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para: - Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos; - Homens que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 26 anos; - Mulheres que vivem com HIV, transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea ou pacientes oncológicos na faixa etária de 9 a 45 anos. - Ressalta-se, porém, que a vacina não é um tratamento e não apresenta eficácia contra infecções ou lesões por HPV já existentes. A vacina não previne infecções por todos os tipos de HPV, mas é dirigida para os tipos mais frequentes: 6, 11, 16 e 18. ➢ Exame preventivo do câncer de colo de útero: o câncer do colo do útero é causado principalmente pela infecção persistente por alguns tipos de HPV. O exame preventivo, também chamado de colpocitologia oncótica cervical ou Papanicolau, é o exame ginecológico preventivo mais comum para identificar lesões precursoras de câncer do colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. HIV •É um retrovírus, classificado na subfamília dos Lentiviridae e é uma Infecção Sexualmente Transmissível. •HIV é a sigla em inglês do vírus da imunodeficiência humana. Causador da aids, ataca o sistema imunológico, responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos TCD4+. E é alterando o DNA dessa célula que o HIV faz cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção. •Ter o HIV não é a mesma coisa que ter aids. Existem muitas pessoas que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. • Pessoas vivendo com HIV e/ou Aids que não estão em tratamento ou mantém a carga viral detectável podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. Indetectável = Intransmissível (I = I): pessoas vivendo com HIV / Aids em tratamento antirretroviral e carga viral indetectável há pelo menos seis meses não transmitem o vírus por via sexual. • Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com antirretrovirais imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos (coquetel) impedem que o vírus se replique dentro das células T-CD4+ e evitam, assim, que a imunidade caia e que a Aids apareça. DIAGNÓSTICO • Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico. Por isso, o uso regular dos ARV é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV e reduzir o número de internações e infecções por doenças oportunistas. • Desde 1996, o Brasil distribui gratuitamente os ARV a todas as pessoas vivendo com HIV que necessitam de tratamento. Atualmente, existem 22 medicamentos, em 37 apresentações farmacêuticas, conforme relação a seguir: REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integralàs Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST)/Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. – Brasília : Ministério da Saúde, 2019. BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolos da Atenção Básica : Saúde das Mulheres / Ministério da Saúde, Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa – Brasília : Ministério da Saúde, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015. RESOLUÇÃO DE EXERCÍCIOS 1- As IST´s são infecções sexualmente transmissíveis que vêm crescendo no Brasil, sobretudo entre os jovens. Os especialistas relatam que a população entre 15 e 25 anos tem menos medo das epidemias de IST´s. Referente a essas infecções, assinale a alternativa que apresenta uma das doenças causada por um protozoário. A) Candidíase B) Clamídia C) Sífilis D) Tricomoníase E) Herpes genital 2- Treponema pallidum é uma bactéria causadora da Infecção Sexualmente Transmissível denominada: A) Herpes genital. B) Condiloma acuminado. C) Gonorreia. D) Sífilis. 3- Doença de evolução lenta que, quando não tratada, alterna períodos sintomáticos e assintomáticos, com características distintas. Por exemplo, o segundo estágio da enfermidade caracteriza-se por surgimento de erupção cutânea, visíveis principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés. O próximo estágio, de latência, assintomático, pode durar anos até que o último estágio se manifeste, podendo atingir o sistema nervoso, causando a morte do indivíduo. O texto descreve basicamente, as características de uma IST causada por: A) Treponema pallidum, uma bactéria. B) Neisseria gonorrheae, um protozoário C) Chlamydia trachomatis, uma levedura. D) Trichomonas vaginalis, um flagelado. E) Mycoplasma genitalium, um fungo 4- A Infecção Sexualmente Transmissível (IST) que causa uma lesão na região genital, cujo agente causador é o Papilomavirus Humano e é conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista, é chamada de: A) HPV. B) AIDS. C) Clamídia. D) Gonorreia. E) Cancro mole. 5- As manifestações das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) ocorrem, A) especificamente no órgão genital. B) principalmente no órgão genital, mas podem surgir em outras partes do corpo. C) sempre na forma de feridas. D) na mulher sempre na forma de um corrimento branco. E) apenas no sexo masculino, porque este possui a genitália externa. 6- Durante uma visita domiciliar, a moradora relata ao ACS que há meses percebeu o aparecimento de uma ferida indolor na área genital, que desapareceu sem tratamento e que agora estava incomodada com manchas nas palmas das mãos e pés. O ACS faz perguntas sobre sua vida sexual e fica sabendo que seu marido é caminhoneiro. O ACS pensa em sífilis secundária e orienta a moradora a ir até a UBS para uma consulta com o ginecologista. Neste caso, o ACS A) não deveria ter feito perguntas sobre a vida íntima da moradora. B) deveria ter orientado a moradora a utilizar um creme nas manchas, até desaparecerem. C) agiu corretamente, pois associou os sintomas a infecção sexualmente transmissível (sífilis). D) errou ao orientar a moradora a ir até a UBS passar em consulta com o ginecologista. E) não agiu corretamente, pois deveria ter encaminhado a moradora para um dermatologista. Slide 1: IST’s, Cervicites e Lesões anogenitais Slide 2: Ist’s Slide 3: TRICOMONÍASE Slide 4: TRICOMONÍASE – DIAGNÓSTICO: Slide 5: Tricomoníase – tratamento: Slide 6: Cervicite ou endocervicite Slide 7: gonorreia Slide 8: GONORREIA - SINAIS E SINTOMAS: Slide 9 Slide 10: Gonorreia – tratamento: Slide 11 Slide 12: Clamídia Slide 13: Clamídia – sinais e sintomas: Slide 14 Slide 15: Clamídia – tratamento: Slide 16: LESÕES ANOGENITAIS Slide 17 Slide 18: SÍFILIS Slide 19: SÍFILIS Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29: SÍFILIS CONGÊNITA Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33: HERPES Slide 34: HERPES – SINAIS E SINTOMAS: Slide 35 Slide 36: Cancroide Slide 37: cancroide Slide 38: LINFOGRANULOMA VENÉREO(LGV) Slide 39 Slide 40: TRATAMENTO Slide 41: donovanose Slide 42: Donovanose – sinais e sintomas: Slide 43 Slide 44: hpv Slide 45: Hpv –sinais e sintomas: Slide 46: Hpv –sinais e sintomas: Slide 47 Slide 48: HPV – TRATAMENTO: Slide 49: Hpv – PREVENÇÃO: Slide 50: HIV Slide 51 Slide 52: diagnóstico Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58: REFERÊNCIAS Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62