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Desafios para o desenvolvimento da atenção primária à saúde no Brasil Panorama da saúde no Brasil O sistema de saúde no Brasil é caracterizado por ser um sistema misto, com a coexistência de serviços públicos e privados de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) é o principal pilar do sistema de saúde público no país, e foi criado pela Constituição de 1988 com o objetivo de garantir o acesso universal, igualitário e gratuito aos serviços de saúde para toda a população brasileira. O sistema de saúde brasileiro enfrenta vários desafios, incluindo desigualdades regionais, sub financiamento, escassez de profissionais de saúde em algumas áreas, dificuldades de acesso, e uma concentração de recursos e serviços em áreas urbanas. Principais causas ● Financiamento insuficiente: A falta de financiamento adequado é um dos principais obstáculos Muitas vezes, os recursos alocados para não são suficientes para garantir a oferta de serviços de qualidade. ● Desigualdades socioeconômicas: As desigualdades socioeconômicas afetam o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde. Populações em situação de vulnerabilidade muitas vezes enfrentam mais dificuldades para acessar os serviços públicos de saúde. ● Má Gestão e Corrupção: A gestão inadequada de recursos e a corrupção são problemas persistentes no sistema de saúde brasileiro, prejudicando a eficiência e a transparência. ● Cultura de cuidados centrada na doença: Em muitos sistemas de saúde, incluindo o brasileiro, existe uma cultura que prioriza o tratamento de doenças em vez da prevenção e promoção da saúde. Consequências •Escassez de Recursos e mão de obra. •Falhas na comunicação entre os entes federativos. Repertórios ● Art. 196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.” ● ODS 3. “Assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todas as pessoas, em todas as idades”. ● Declaração Universal dos Direitos Humanos. A saúde consta no artigo 25, que define que todo ser humano tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar-lhe e a sua família, saúde e bem-estar. Dados ● De acordo com o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde, 34% da população não tem acesso à atenção básica de saúde. ● Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, 32,7% da população que necessita de atendimento médico, mas não é atendida aponta como principal motivo para falta de atendimento a inexistência de vagas em hospitais e postos de pronto atendimento. Citações ● "Não é o homem que tem que se adequar às limitações do sistema de saúde, mas sim o sistema que deve ser desenhado para atender às necessidades do homem." - Frank Mangano ● “A saúde é um direito fundamental de todos e deve ser garantida por políticas públicas eficientes” - Margaret Chan Possíveis agentes ● Ministério da Saúde: responsável pelo planejamento e implantação de políticas nacionais de saúde. ● Atenção Primária à Saúde (APS)- responsável pela atenção básica à saúde e visa realizar ações de prevenção e promoção da saúde, que incluem o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, redução de danos à prevenção contra agravos, bem como a elaboração de estratégias para melhoria da condição de saúde das populações. ● Estratégia Saúde da Família (ESF) - modelo assistencial de saúde, fundamentado em ações de promoção à saúde e prevenção de agravos. Exemplar textual: introdução A Constituição Federal de 1988, documento jurídico mais importante do país, prevê, em seu artigo 6, que todos tenham direito à saúde. No entanto, tal prerrogativa não se aplica na prática quando se observam os desafios para o desenvolvimento da atenção primária à saúde no Brasil. Diante dessa perspectiva, faz-se necessário analisar não só a negligência estatal, mas também a desigualdade social como os responsáveis por esse problema. Exemplar textual: D1 Nesse contexto, é válido destacar a inércia estatal no que tange a falta de atenção básica aos serviços de saúde no Brasil. Segundo o Contrato Social, de Thomas Hobbes, é dever do Estado garantir os serviços necessários para o bem-estar da população. No entanto, em solo brasileiro, há a ruptura desse contrato, uma vez que políticas públicas visando garantir que todos os brasileiros tenham acesso a serviços de saúde de qualidade, independentemente de sua localização geográfica ou status socioeconômico, são reduzidas e ineficientes, potencializando uma desigualdade no acesso ao serviço, escassez de profissionais de saúde e falta de infraestrutura adequada. Por conseguinte, isso corrobora para a lotação dos hospitais e práticas danosas, como a a automedicação. Exemplar textual: D2 Ademais, a desigualdade social e o subfinanciamento crônico da saúde assolam o sistema primário de saúde brasileiro. Segundo a pesquisa da medscape, entre as razões apresentadas para a dificuldade crescente no acesso, a falta de investimento público veio em primeiro lugar, com 59%. O subfinanciamento afeta a saúde pública no investimento de novos equipamentos e tecnologias dos hospitais, que cada dia que se passa os aparelhos ficam mais deteriorados e tecnologicamente atrasados, ocasionando longas filas e demora para marcar consultas. Exemplar textual: Conclusão Portanto, para que os desafios para o desenvolvimento da atenção primária à saúde no Brasil deixem de ser realidade, medidas precisam ser tomadas. Para isso, o Ministério da Saúde, órgão responsável pelas políticas públicas voltadas à saúde no país, deve desenvolver um programa de capacitação e treinamento de profissionais que atuam em unidades de saúde, por meio de uma maior destinação de verbas públicas, a fim de garantir o direito à saúde e um sistema de saúde estável.
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