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Dormente

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FECIV 41081 - 
DORMENTES 
Dormentes 
• Elemento da superestrutura ferroviária que tem por 
função receber e transmitir ao lastro os esforços 
produzidos pelas cargas dos veículos, servindo de 
suporte dos trilhos, permitindo sua fixação e mantendo 
invariável a distância entre eles. 
Dormentes 
• Fornecer uma superfície de apoio suficiente para que a 
taxa de trabalho no lastro não ultrapasse os limites 
relativos a este material 
• Rigidez e elasticidade 
• Resistência mecânica aos esforços solicitantes 
• Durabilidade 
• Permitir a socaria – nivelamento do lastro 
• Oposição aos deslocamentos longitudinais e transversais 
da linha 
• Permitir boa fixação do trilho 
 
Dormentes 
• Tipos de dormentes: 
 
• Madeira 
• Aço 
• Concreto 
 
Dormentes de Madeira 
• Principal material utilizado desde o princípio 
• Necessário tratamento com conservantes 
• Material renovável 
• Problemas ambientais 
• Qualidade desejável  economicamente inviável 
 
Dormentes de madeira 
• Normas que regem o emprego de dormentes de madeira: 
• NBR 6966:1994 – Dormentes 
• NBR 7511:2013 – Dormentes de madeira 
• IVR – 11 – Nomenclatura da Via permanente – RFFSA (DNIT) 
• IVR – 12 – Emprego de dormentes roliços – RFFSA (DNIT) 
• NBR 7190:1997 – Ensaios de Resistência 
 
Dormentes de Madeira 
• Dimensões [m] – comprimento (c), largura (b) e altura (h) 
• Bitola larga (1,60m): 2,80 x 0,24 x 0,17 
• Bitola métrica: 2,00 x 0,22 x 0,16 
 
 
 
Dormentes de Madeira 
São permitidos as seguintes tolerâncias, no recebimento: 
• Comprimento: ± 5,0cm 
• Largura: ±2,0cm 
• Espessura: ±1,0cm 
Podendo ser especificados dormentes com dimensões especiais 
para emprego em Pontes e Aparelhos de Mudança de vias (AMVs) 
 
Dormentes de Madeira 
• Quanto à espécie da madeira: 
• 1ª Classe: aroeira, sucupira, jacarandá, amoreira, angico, ipê, 
pereira, bálsamo, etc; 
• 2ª Classe: angelim, araribá, amarelinho, braúna, carvalho do 
Brasil, canela-preta, guarabu, jatobá, massaranduba, peroba, pau-
brasil, baru, eucalipto, entre outros; 
• 3ª e 4ª Classes: madeiras identificadas como 1ª ou 2ª Classes mas 
com defeitos consideráveis. 
No Brasil: dormente de sucupira – ótima fixação ao trilho, possui 
dureza, e peso específicos elevados e resistência ao 
apodrecimento. 
Dormentes de Madeira 
• Durabilidade: 
• Qualidade da madeira 
• Clima 
• Drenagem da via permanente 
• Peso e velocidade dos trens 
• Época do ano em que a 
madeira foi cortada 
• Grau de secagem 
• Tipo de fixação do trilho 
• Tipo de lastro 
• Tipo de placa de apoio do 
trilho, no dormente 
Dormentes de Madeira 
Dormentes de Madeira 
• Vida útil: desgaste mecânico e apodrecimento 
• Ponto mais vunerável: ligação com os trilhos 
 
Dormentes de Madeira 
• Escolha do dormente: 
• Resistência mecânica à 
destruição causada pelos 
esforços: dureza e plasticidade da 
madeira 
• Resistência ao apodrecimento 
• Facilidade de obtenção 
• Viabilidade econômico financeira 
Dormentes de Madeira 
• Resistência mecânica da madeira: 
• Ensaios padronizados da NBR 7190:1997: umidade, retratibilidade, 
peso específico e ensaios mecânicos 
Dormentes de Madeira 
• Densidade: grandeza relacionada com a resistência 
mecânica 
• Mínimo de 0,70 kg/dm³ 
• Aroeira: 1,21 kg/dm³ 
• Apodrecimento: 
• Agentes biológicos: fungos e insetos 
• Consomem tecido vegetal morto ou vivo 
 
Dormentes de Madeira 
• Desenvolvimento de fungos 
• Material nutritivo (elementos carbonados) 
Dormentes de Madeira 
• Desenvolvimento de fungos 
• Umidade mínima de 20% 
• Temperatura mínima de 2°C 
• Temperatura ótima entre 25°C e 30°C 
• Aeração: 20% da madeira deve ser constituída por ar. 
• Alburno mais propenso a ataques de fungos e insetos 
• Cerne tem durabilidade maior 
 
 
Dormentes de Madeira 
• Tratamento químico: 
• Deve ser realizado em todo dormente de madeira 
• É mais absorvido pelo alburno do que pelo cerne 
• Preservativos oleosos: 
• Creosoto a 128kg/m³ 
• Pentaclorofenol: utilização proibida por ser comprovadamente 
cancerígeno 
• Preservativos hidrossolúveis : (4% a 5%) 
• Boliden (K-33) 
• Sais boliden (arseniato de zinco cromatado – CZA) 
• Sal dde Wolman UAR; CCA; Wolmanit CB 
 
 
 
Dormentes de Madeira 
• Vida útil do preservativo em função do tipo de tratamento: 
 
Preservativo Vida útil (anos) 
Creosoto 30 a 40 anos 
Pentaclorofenol 25 a 30 anos 
Sais Hidrossolúveis 15 a 20 anos 
Dormentes de Madeira 
• Métodos de tratamento de dormentes 
• Processos sem pressão 
• Pintura ou aspersão 
• Imersão a quente ou a frio 
• Difusão 
• Processos com pressão e vácuo 
• Processo de célula cheia (full cell) 
• Processo de célula vazia (empty cell) 
• Processo com gás liquefeito 
 
Dormentes de Madeira 
• Vantagens: 
• Menor custo inicial 
• Resistem a grandes cargas por eixo 
• Grande flexibilidade 
• Rolamento suave 
• Elasticidade 
• Fácil manuseio 
• Bom isolamento elétrico 
• Permite instalação nas juntas 
• Aceita trilho soldado ou trilho contínuo 
• Permite o uso de bitola mista 
• Permite todos os tipos de fixação 
• Permite a mudança do perfil do trilho sem troca do dormente 
Dormentes de Madeira 
• Desvantagens: 
• Necessita de tratamento 
• Inflamável 
• Necessita de grandes áreas e de mobilização de capital para 
secagem e tratamento 
• Política de reflorestamento consistente e constante 
• Perda gradativa de resistência ao deslocamento das fixações 
rígidas 
• Maior interferência com a manutenção da via 
• Vida útil decrescente 
• Crescente escassez de matéria prima. 
Dormentes de aço 
• Perfis laminados em forma de U invertido 
Dormentes de aço 
 
Dormentes de aço 
• Dormente de fácil manuseio 
• Fácil assentamento 
• “Garras laterais” se opõem ao deslocamento transversal 
da linha 
• Leveza indesejável para linhas de tráfego pesado 
• Grande propagador de ruído devido às vibrações 
• Fixação do trilho mais difícil  afrouxamento 
• Furos  seção enfraquecida 
• Socaria mais complicada 
Dormentes de aço 
• Vantagens: 
• Vida útil elevada 
• Maior estabilidade lateral da via 
• Possibilidade de emprego de diversos tipos de fixação 
• Manutenção rígida da bitola, mesmo em curvas de pequenos raios 
• Permite a utilização em qualquer traçado 
• Facilidade de manuseio devido ao pequeno peso 
• Permite reutilização após acidente na linha 
Dormentes de aço 
• Desvantagens: 
• Grande propagador de ruídos 
• Dificuldade de isolamento elétrico 
• Alto custo inicial 
• Possibilidade de corrosão química galvânica 
• Pouca tradição no uso acarreta desconhecimento prático 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dormentes de concreto 
• Alternativa aos altos custos de dormentes de madeira e 
de aço 
Dormentes de concreto 
• Choques e vibrações originavam fissuras que 
culminavam por romper o dormente 
Três principais tipos: 
• Concreto protendido 
(monobloco) 
• Misto ou Bi-bloco 
• Poli-bloco 
Dormentes de concreto 
• Monobloco protendido: 
• Desenvolvido para a face inferior central ser mais alta com 
protensão reforçada 
 
 
Dormente de concreto 
• Vantagens: 
• Vida útil prevista é elevada 
• Confere grande estabilidade à via 
• Invulnerabilidade ao fogo 
• Invulnerabilidade a insetos e fungos 
• Possibilidade de fabricação próximo ao local de uso 
• Possibilidade de produção ilimitada 
• Manutenção rígida da bitola 
• Facilidade do controle de qualidade de fabricação 
• Facilidade de inspeção 
• Menor taxa de aplicação por km 
Dormente de concreto 
• Desvantagens: 
• Alto custo e investimento inicial 
• Dificuldade de manuseio devido ao peso 
• Maior destruição devido à descarrilhamentos• Insuficiência de dados sobre a vida útil 
• Não pode ser aplicado em juntas de trilhos 
• Exige maior cuidado na distribuição do lastro para evitar apoio na 
parte central 
• Exige maior cuidado na socaria, para não danificar as bordas 
• Necessita de maior volume de lastro 
Dormentes de concreto 
• Dormente misto ou bi-bloco: 
• Dormente Vagneux: criado na França 
 
 
 
 
 
• Modelo mais moderno: dormente RS 
• Roger Soneville (SNCF) 
• Peso: 180 kgf 
• Armadura do bloco: cintamento 
• Únicos a suportarem tráfego de 100milhoes de toneladas em piores 
condições 
Dormentes de concreto 
Dormentes de concreto 
• Vantagens: 
• Vida útil prevista elevada 
• Confere estabilidade à via 
• Invulnerabilidade ao fogo 
• Invulnerabilidade a insetos e fungos 
• Possibilidade de fabricação próximo ao local de uso 
• Possibilidade de produção ilimitada 
• Manutenção rígida da bitola 
• Facilidade do controle de qualidade de fabricação 
• Facilidade de inspeção 
• Relativa facilidade de manuseio, por ter menos peso 
• Maior possibilidade de aproveitamento em casos de acidente 
Dormentes de concreto 
• Desvantagens: 
• Alto custo e investimentos inicial 
• Não suporta impactos nas juntas 
• Insuficiencia de dados sobre a vida útil 
• Não pode ser aplicado em juntas de trilhos 
• Não permite utilização em aparelhos de mudanças de vias (AMVs), 
cruzamento e pontes 
• Exige maior cuidado na socaria 
• Exige boa infraestrutura 
• Maior vulnerabilidade em caso de acidentes 
• Necessita maior volume de lastro 
• Não permite aproveitamento com cargas acima das projetadas 
Dormentes de concreto 
• Dormente poli-bloco: 
• Também chamado de dormente FB 
• Projetado por Franki-Bagon 
• Dois blocos de extremidade de CA 
• Ligados por viga de CA com aço tensionado até 15tf com coxins

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