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AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS COM VISITAS

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AO JUÍZO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE XXX-RO.
 
X, brasileirX, casadX, inscritX no CPF sob o nº X, portadorX do RG nº X X/X, residente e domiciliada à X, n° X, Bairro X, na cidade de X, Estado de X, CEP: X, endereço eletrônico X, telefone/WhatsApp X, vem respeitosamente, perante Vossa Excelência, com esteio legal no artigo 15 da Lei nº 5.478/68 c/c artigo 1694, §1º e artigo 1.699, ambos do código Civil (Lei 10.406/2002), propor a presente AÇÃO REVISIONAL DE ALIMENTOS CUMULADA COM REGULARIZAÇÃO DE VISITAS em face de X, menor impúbere, nascido em X, neste ato representado por sua genitora a Sra. X, brasileira, casada, autônoma, portadora da cédula de identidade de RG n° x, e inscrita no CPF sob n° x, residente e domiciliada à X, n° X, Bairro X, em X-UF e X, acima qualificada, pelos fatos e fundamentos a seguir expostos. 
1.) DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
Requer, com fulcro nos artigos 98 e 99 do CPC/2015, bem como no art. 5º, LXXIV, da Constituição Federal/88, os benefícios da Justiça Gratuita por ser pobre na forma da lei, não podendo, portanto, arcar com as custas e demais despesas processuais sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência em anexo.
2.) DOS FATOS
Em julho do corrente ano, o requerente e a requerida entabularam acordo judicial acerca dos alimentos, guarda e visitas do filho menor. Neste acordo ficou convencionado que o requerente pagaria a título de alimentos o valor de R$ 500,00 (quinhentos reais) mensais, correspondentes à 37,88% do salário-mínimo vigente, reajustáveis quando do reajuste do salário-mínimo, a serem pagos até o dia 10 (dez) de cada mês, iniciando em 10/08/2022.
Além do valor dos alimentos, ficou acordado que o requerente custearia 50% das despesas extraordinárias, bem como arcaria com o plano de saúde e a co-participação, que era um benefício oferecido pelo seu empregador. Ocorre que após o acordo realizado entre as partes, o requerente foi demitido e consequentemente a sua situação econômica sofreu alteração.
Com a mudança na situação econômica do requerente, não é mais possível manter o valor dos alimentos no montante inicialmente acordado. Aliado a isso, também não consegue oferecer o plano de saúde com a co-participação, como vinha oferecendo.
Assim, o requerente busca a redução do valor fixado a título de alimentos para o montante de R$ 300,00 (trezentos reais), correspondentes à 22,72% do salário-mínimo vigente, reajustáveis quando do reajuste do salário-mínimo, mais 50% das despesas extraordinárias, mediante comprovação.
Outrossim, ficou acordado também que haveria uma flexibilização na medida protetiva vigente em face do requerente para que ele pudesse conviver com o menor. Contudo, até o momento o requerente não conseguiu ter acesso ao filho se quer de maneira assistida, como entabulado no acordo.
Desta maneira, requer seja regulamentada as visitas para que ocorram de maneira periódica, visando o convívio do genitor com o filho menor, afim de afastar qualquer ato de alienação parental entre as partes.
Não conseguindo resolver este impasse de maneira extrajudicial, o requerente se socorre ao Poder Judiciário em busca de uma solução.
3.) ANTECIPAÇÃO DE TUTELA DE URGÊNCIA
Considerando a situação fática apresentada, é necessário que a redução dos alimentos outrora acordados, seja feito em sede de tutela antecipada de urgência, assim como a regulamentação de visitas seja concedida de maneira que o requerente possa conviver com o filho menor, vez que não está sendo possível.
Quanto ao direito do requerente, tem-se que está amparado pelo artigo 300 do CPC. Veja-se:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
No que tange à probabilidade do direito do requerente, comprova-se com a CTPS em anexo onde consta a baixa do vínculo empregatício, o que lhe retira a condição de manter o valor anteriormente acordado, uma vez que houve a alteração da sua situação econômica. 
Já o perigo de dano resta configurado pela possibilidade de ser recolhido à prisão, caso não consiga arcar com a pensão alimentícia em dia, o que pode ocorrer, vez que é a única modalidade de prisão civil regulamentada em nosso ordenamento jurídico.
Outrossim, quanto à regulamentação de visitas, certamente se não for concedido o direito de conviver com o filho, os laços paternais serão desfeitos.
Assim, requer seja concedida a tutela antecipada de urgência com a redução do valor fixado a título de alimentos para o montante de R$ 300,00 (trezentos reais), correspondentes à 22,72% do salário-mínimo vigente, reajustáveis quando do reajuste do salário-mínimo, mais 50% das despesas extraordinárias, mediante comprovação. 
Por fim, requer seja fixado dias certos para o requerente conviver com seu filho, de preferência em finais de semanas alternados ou, alternativamente, em razão da medida protetiva vigente em seu desfavor, que lhe seja concedido o direito de visitas de maneira assistida por outro familiar próximo.
4.) DIREITO. 
5.1) DA REVISIONAL DE ALIMENTOS.
É sabido que o montante estabelecido nas prestações alimentícias não possui caráter definitivo, podendo ser reavaliado a qualquer momento diante de alterações nas condições financeiras tanto do alimentante quanto do alimentado. Isso representa a concretização da cláusula rebus sic stantibus.
O pedido de revisão de alimentos fundamenta-se no disposto nos artigos 1.699 e seguintes do Código Civil, que preveem a possibilidade de alteração do valor da pensão alimentícia diante de mudanças nas condições financeiras das partes.
Por outro lado, o Código Civil, em consonância com o disposto no artigo 15 da Lei dos Alimentos, estabelece nos artigos 1.694 a 1.699 que os alimentos devem ser fixados considerando o equilíbrio entre a possibilidade do alimentante e a necessidade do credor.
Neste mesmo sentido, o Egrégio Tribunal de Justiça de Rondônia, vem decidindo sobre a análise da fixação dos alimentos acerca do binômio necessidade x possibilidade. Veja-se:
Apelação cível. Alimentos. Obrigação de ambos os genitores. Binômio necessidade e possibilidade. Pedido de redução. O dever de prestar alimentos incumbe a ambos os pais. Os alimentos de pai para filho devem ser fixados em observância ao binômio necessidade do alimentado e possibilidade do alimentante. É devida a alteração da pensão alimentícia fixada, quando demonstrada desproporção no binômio necessidade e possibilidade.
(TJ-RO - AC: 70335048520208220001 RO 7033504-85.2020.822.0001, Data de Julgamento: 18/11/2021) (grifo nosso)
Diante do exposto, evidente que a revisão das prestações alimentícias é um procedimento legítimo, respaldado pelos dispositivos legais pertinentes, notadamente os artigos 1.699 e seguintes do Código Civil. 
Art. 1.699. Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.
Além disso, o artigo 1.694, § 1º, do Código Civil, dispõe que os alimentos são fixados atendendo os vetores que integram o binômio “possibilidade e necessidade”, in verbis:
Art. 1.694. Podem os parentes, os cônjuges ou companheiros pedir uns aos outros os alimentos de que necessitem para viver de modo compatível com a sua condição social, inclusive para atender às necessidades de sua educação.
§ 1º Os alimentos devem ser fixados na proporção das necessidades do reclamante e dos recursos da pessoa obrigada.
Isto é, modificando-se a situação financeira do devedor ou do credor dos alimentos, poderá a parte interessada reclamar ao juiz a exoneração, a redução ou a majoração do encargo, consoante o disposto no artigo 1.699 do Código Civil.
Ademais, o dever de manutenção dos filhos incumbe aos genitores, proporcionalmente às possibilidades de cada um, cabendo aos pais alcançarem-lhes os alimentos de que necessitem para sua manutenção, nos termos do artigo 1.694,do Código Civil. 
Desta forma, sopesado o binômio alimentar, deve ser adequada a solução à espécie, uma vez que observadas as necessidades do filho e as possibilidades do alimentante.
5.2.) DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITAS.
No que tange ao direito de visitas, pretende o requerente que a convivência com a menor ocorra de forma igualitária, mediante o revezamento semanal de lares, nos termos do art. 1.583, § 2º, do Código Civil, que determina o seguinte:
Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada.
(...)
§ 2º Na guarda compartilhada, o tempo de convívio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos.
Quanto ao tema, leciona Conrado Paulino da Rosa:
Imperioso ressaltar, nessa esteira, que guarda e convivência são institutos distintos. Embora comumente confundidos, o primeiro diz respeito ao modo de gestão dos interesses da prole – que pode ser de forma conjunta ou unilateral – e o segundo, anteriormente tratado como direito de visitas, versa sobre o período de convivência que cada genitor terá com os filhos, sendo necessária a sua fixação em qualquer modalidade de guarda.
Frise-se a ciência do genitor quanto à necessidade de cooperação e corresponsabilidade de ambos os pais, não implicando o tempo de convivência que pretende – no qual há período exclusivo de poder parental sobre a menor por tempo preestabelecido – em guarda alternada.
Quanto ao parâmetro a ser adotado em relação à convivência, é entendimento pacífico no Superior Tribunal de Justiça que esta deve se dar de forma conjunta.
A custódia física conjunta é o ideal a ser buscado na fixação da guarda compartilhada, porque sua implementação quebra a monoparentalidade na criação dos filhos, fato corriqueiro na guarda unilateral, que é substituída pela implementação de condições propícias à continuidade da existência de fontes bifrontais de exercício do Poder Familiar.
Desta forma, o período de convivência que pretende o requerente funda-se no entendimento reiterado dos tribunais, na lei e na doutrina especializada, sempre objetivando o melhor interesse da criança.
Deste modo, o requerente requer a regulamentação das visitas da seguinte forma:
i. Alternância de lares, de forma que o genitor nos dias da semana deixe e busque a criança na escola, pois tem flexibilidade com seus horários, e em decorrência do trabalho noturno da genitora a criança possa ficar aos cuidados do genitor nesse período, e caso necessário durma na casa do pai.
ii. Aos finais de semanas, natais e ano-novo sejam alternados, mesmo que o feriado seja durante a semana de convivência do outro;
iii. Nas férias escolares de janeiro permanecer a menor, nos primeiros quinze dias, com quem tiver passado o ano-novo imediatamente anterior e a outra quinzena com o outro genitor; em julho de cada ano passará sempre a primeira quinzena com o pai e a segunda com a mãe;
iv. No dia dos pais e aniversário do pai, caso não seja na semana em que permanecerá com o genitor, à filha passará na companhia deste, da mesma forma quando for dia das mães ou aniversário da mãe;
Neste sentido, o Tribunal de Justiça de Rondônia vem decidindo acerca da regulamentação de visitas para ambos os genitores, visando à formação adequada da criança com a presença dos genitores. Veja-se:
Agravo de instrumento. Regulamentação de visita e alimentos provisórios. Tutela provisória recursal. A fixação dos alimentos provisórios deve se dar com prudência e atenta às condições momentâneas do alimentante, devendo considerar o binômio necessidade do alimentando e possibilidade do alimentante. A regulamentação ao direito de visitas deve focar essencialmente no interesse da criança, uma vez que a convivência familiar assegura a formação de liames afetivos e contribui para a sua formação físico psicológica. (TJ-RO - AI: 08053536720218220000 RO 0805353-67.2021.822.0000, Data de Julgamento: 17/11/2021) (grifo nosso)
Posto isso, o requerente se socorre ao Poder Judiciário em busca de ver seu direito resguardado.
5.) DOS PEDIDOS
Isso posto, requer a Vossa Excelência:
a) Seja concedido ao Requerente, os benefícios da justiça gratuita, haja vista que não tem condições econômicas e/ou financeiras de arcar com as custas processuais e demais despesas aplicáveis à espécie, honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos da inclusa declaração de hipossuficiência, por ser juridicamente pobre, nos moldes do artigo 98 do Novo Código de Processo Civil;
b) a concessão da antecipação dos efeitos da tutela ao requerente com a redução do valor fixado a título de alimentos para o montante de R$ 300,00 (trezentos reais), correspondentes à 22,72% do salário-mínimo vigente, reajustáveis quando do reajuste do salário-mínimo, mais 50% das despesas extraordinárias, bem como, quanto à regulamentação de visitas, para que o requerente possa conviver com o filho menor a fim de evitar indícios de alienação parental e o distanciamento no convívio familiar entre pai e filho; 
c) Sejam os requeridos citados, contestar a presente ação, sob pena de revelia, confissão e demais cominações legais (CPC, art. 334 e art. 344);
d) Requer a dispensa da designação de audiência de conciliação, uma vez que a lide já foi levada à justiça rápida e não foi possível entabular acordo entre as partes;
e) A intimação do douto representante do Ministério Público, para que se manifeste e acompanhe o presente feito;
f) A procedência do pedido de revisão de alimentos, com a redução do valor fixado a título de alimentos para o montante de R$ 300,00 (trezentos reais), correspondentes à 22,72% do salário-mínimo vigente, reajustáveis quando do reajuste do salário-mínimo, mais 50% das despesas extraordinárias;
g) A procedência do pedido de regulamentação de visitas conforme modalidade exposta acima;
h) A condenação da requerida em custas processuais e honorários advocatícios, estes no importe de 20% sobre o valor da causa;
i) A produção de todos os meios de prova em direito admitidos, bem como os moralmente legítimos, mas hábeis a provar a verdade dos fatos em que se funda a ação.
Dá-se à causa o valor de R$ 3.600,00 (três mil e seiscentos reais). 
Pede e espera deferimento.
X-UF, X de X de 202X.
NOME DO ADVOGADO
OAB/UF X

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