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endodontia Odontologia @resumosemdupla Endodontia é a especialidade da odontologia que estuda a etiologia, prevenção, diagnóstico e tratamento de condições que afetam a polpa dental, a raiz e os tecidos perirradiculares. A cavidade pulpar pode ser definida como um espaço no interior de um dente limitado pela dentina que abriga a polpa dentária. É dividida em câmara pulpar e canal radicular. Câmara pulpar: é a porção da cavidade pulpar correspondente à coroa dental. É uma cavidade única, geralmente volumosa, assemelhando-se em forma à superfície externa do dente. Nos dentes anteriores, a câmara pulpar é contígua ao canal radicular, no entanto, em dentes posteriores, geralmente apresenta o formato de um prisma quadrangular irregular com seis lados: o teto, o assoalho e as quatro paredes axiais, que recebem seus nomes de acordo com a face do dente para as quais estão voltadas, sendo identificadas como mesial, distal, vestibular e lingual (ou palatina). Canal radicular: é a porção da cavidade pulpar correspondente à raiz ou raízes dentais. Didaticamente, pode ser dividido em três porções ou terços denominados cervical, médio e apical. Pode ainda apresentar variações quanto ao número, à forma, direção e configuração. É o conjunto formado pelo canal principal e possíveis ramificações. 1) Canal principal: se estende da câmara pulpar ao ápice. 2) Canal lateral: emerge do canal principal, localizado no terço médio ou cervical. 3) Canal secundário: emerge do canal principal, localizado no terço apical. 4) Canal acessório: ramificação do canal secundário. 5) Canal cavo interradicular: sai do assolho da câmara pulpar e desemboca na região da furca. 6) Canal colateral: paralelo ao canal principal. 7) Canal intercanal: liga o canal colateral com o canal principal. 8) Canal recorrente: sai do canal principal e forma uma volta. 9) Canal reticular: liga o canal recorrente com o canal principal. Anatomia dental interna Obs.: cornos pulpares são projeções da câmara pulpar. 10) Canal delta apical: localizado no terço apical, são múltiplas ramificações do canal principal, originando o aparecimento de vários forames. Forma da raiz: cônico-piramidal. Forma da coroa: trapezoidal. Raízes: possui apena 1 raiz. Canais: geralmente 1 canal. Direção da curvatura radicular: 75% da raiz é reta. Tamanho médio: 21,8mm. Forma da raiz: achatada Forma da coroa: trapezoidal. Raízes: 1 raiz. Canais: geralmente 1 canal, mas pode ter 2. Direção da curvatura radicular: é reta, porém no terço apical tem uma curvatura para distal ou vestibular. Tamanho médio: 20,8mm. Forma da raiz: cônico-piramidal. Forma da coroa: trapezoidal. Raízes: 1 raiz. Canais: 1 canal. Direção da curvatura radicular: grande curvatura para distal. Tamanho médio: 23,1mm. Forma da raiz: maiores que o ICI em todas as dimensões. Forma da coroa: trapezoidal. Raízes: 1 raiz. Canais: 1 canal. Direção da curvatura radicular: 54% é reta, porém 33,3% tem inclinação para distal. Tamanho médio: 22,6mm. Forma da raiz: cônico-piramidal. Raízes: 1 raiz. Canais: 1 canal. Direção da curvatura radicular: maioria das vezes é reta, mas pode apresentar uma curvatura leve para distal ou vestibular. Tamanho médio: 26,4mm. Forma da raiz: cônico-piramidal., similar ao canino superio, contudo, muito mais achatada na direção mesiodistal e mais alongada na direção vestibulolingual. Raízes: maioria das vezes é uma, podendo ser bífida. Canais: 1 canal, podendo ser 2. Direção da curvatura radicular: na maioria das vezes é reta. Tamanho médio:25,0mm. 1º é- Forma da raiz: ambas cônico-piramidal. Raízes: geralmente 2 (vestibular e palatina), podendo ter 3. Canais: 2 canais. Direção da curvatura radicular: a raiz vestibular tem maior curvatura para palatina, já a raiz palatina normalmente é reta. Tamanho médio: 21,5mm. 2º é- Forma da raiz: muito parecida em sua forma com a do 1º PMS, porém menor que este em todas as dimensões. Raízes: 1 raiz. Canais: predominância de 1 canal, podendo ter 2. Direção da curvatura radicular: predominantemente curvo. Tamanho médio: 21,6mm. 1° é- Forma da raiz: é semelhante ao do canino inferior, com secção oval e achatamento mésio- distal, ou contorno circular. Raízes: 1 raiz. Canais: 1 canal. Direção da curvatura radicular: maioria é reta. Tamanho médio: 21,9mm. 2º é- Forma da raiz: quase sempre cônica com ligeiro achatamento MD e secção oval. Raízes: 1 raiz. Raramente dupla formando raízes vestibulares e lingual. Canais: 1 canal. Direção da curvatura radicular: 40% reta, 10% vestibular e 40% distal. Tamanho médio: 22,3mm. 1º Raízes: 3 raízes (mesiovestibular, distovestibular e palatina). Canais: 4 canais. Direção da curvatura radicular: raiz mesiovestibular tem uma curvatura para distal, a raiz palatina tem curvatura para vestibular e a distovestibular normalmente é reta. Tamanho médio: 21,3mm. 2º Raízes: 3 raízes Canais: 3 canais, podendo ter 4. Direção da curvatura radicular: a raiz palatina e distovestibular é reta e a mesiovestibular curva para distal. Tamanho médio: 21,0mm. 1º Raízes: 2 raízes (mesial e distal). Canais: 3 canais, podendo ter 4. Direção da curvatura radicular: a raiz mesial é curva para distal e a raiz distal é reta. Tamanho médio: 21,9mm. 2º Raízes: 2 raízes. Canais: 3 canais. Direção da curvatura radicular: a raiz mesial é curva para distal e a raiz distal é reta. Tamanho médio: 22,5mm Anatomia da arcada superior e inferior DENTE NÚMERO DA RAIZ NÚMERO DE CANAIS TAMANHO MÉDIO DIREÇÃO DA CURVATURA RADICULAR 1 raiz 1 canal 21,8mm 75% da raiz é reta 1 raiz 1 canal 23,1mm Grande curvatura para distal 1 raiz 1 canal 26,4mm Maioria das vezes é reta, mas pode apresentar uma curvatura leve para distal ou vestibular 2 raízes 2 canais 21,5mm A raiz vestibular tem maior curvatura para palatina, já a raiz palatina normalmente é reta 1 raiz 1 canal 21,6mm Predominantemente curvo 3 raízes 4 canais 21,3mm Raiz mesiovestibular tem uma curvatura para distal, a raiz palatina tem curvatura para vestibular e a distovestibular normalmente é reta. 3 raízes 3 canais 21,0mm A raiz palatina e distovestibular é reta e a mesiovestibular curva para distal 1 raiz 1 canal 20,8mm É reta, porém no terço apical tem uma curvatura para distal ou vestibular 1 raiz 1 canal 22,6mm 54% é reta, porém 33,3% tem inclinação para distal 1 raiz 1 canal 25,0mm Na maioria das vezes é reta 1 raiz 1 canal 21,9mm Maioria é reta 1 raiz 1 canal 22,3mm 40% reta, 10% vestibular e 40% distal 2 raízes 3 canais 21,9mm A raiz mesial é curva para distal e a raiz distal é reta 2 raízes 3 canais 22,5mm A raiz mesial é curva para distal e a raiz distal é reta A abertura coronária é o ato operatório pelo qual se expõe a câmara pulpar com o objetivo de projetar a anatomia interna da câmara pulpar sobre a superfície do dente, ou seja, a abertura coronária tem a função de permitir o acesso direto, amplo e sem obstáculo à região apical do canal radicular. Erros durante essa etapa do tratamento podem provocar uma limpeza mecânica inadequada, formação de degraus ou perfurações da raiz, retenção de restos pulpares, sangue, entre outros. A fase inicial do tratamento endodôntico compreende: abertura da câmara pulpar, remoção do teto da câmara pulpar e a realização do desgaste compensatório. → Toda abertura coronária deverá ser efetuada de maneira que nos ofereça por meio de linha reta um acesso direto ao canal radicular. → O limite da abertura coronária deverá incluir todos os cornos pulpares, saliências e retenções do teto da câmara pulpar. → A anatomia da parede cervical ou assoalho da câmara pulpar nunca deve ser alterado, pois a entrada do canal radicular de forma afunilada, lisa e polidaauxilia sua localização. Antes de realizar as etapas operatórias é fundamental ter um exame radiográfico. Tal procedimento poderá fornecer informações preciosas, como a inclinação do dente, a presença e a extensão de cárie, a localização dos cornos pulpares, a presença de calcificações, a relação do teto com a câmara pulpar, a localização da entrada dos canais, o numero de canais, curvaturas, lesões perirradiculares e outras estruturas anatômicas. As etapas são: ponto ou zona de eleição, direção de trepanação, forma de contorno e forma de conveniência. 1) Ponto (zona) de eleição: é o ponto escolhido para ser iniciado o desgaste do dente, permitindo o acesso direto à câmara pulpar e canais radiculares. O desgaste da superfície do esmalte vai até atingir a dentina. 2) Direção de trepanação: é a fase que permite atingir o interior da câmara pulpar. É preciso posicionar a broca em direção à área de maior volume pulpar, abrindo um “túnel de penetração”. Nos dentes unirradiculares a direção é no longo eixo dos dentes, já nos dentes multirradiculares é em direção ao canal de maior volume. 3) Forma de contorno: permite o acesso à entrada e ao interior dos canais radiculares. É realizado movimentos de dentro para fora, utilizando preferencialmente broca com ponta inativa. Essa etapa tem o objetivo de projetar externamente a anatomia da câmara pulpar. O tamanho final da abertura está associado ao tamanho da câmara pulpar. 4) Forma de conveniência: é a fase final da abertura. Ocorre a remoção das irregularidades e projeções dentinárias e remoção dos nódulos e calcificações dentária. Em seguida já vai trabalhar de forma suscita no canal radicular por meio de alargadores. Não se utiliza broca com ponta ativa no interior do canal radicular. Essa etapa permite que os instrumentos sejam levados ao interior dos canais radiculares atingindo o terço apical sem dificuldade. Dentes anteriores superiores e inferiores 1) Ponto (zona) de eleição: abertura iniciada pela face lingual ou palatina situada de 3 ou 4 mm da borda incisal e a 2 mm do cíngulo ou logo abaixo dele. Esse desgaste tem que ser menor do que o diâmetro da câmara pulpar. A abertura realizada com broca diamantada esférica ou carbide em alta rotação com diâmetro compatível ao dente. A posição inicial do desgaste (ponto de eleição) é perpendicular à superfície lingual ou palatina do dente, ou o ângulo de 45º com relação ao longo eixo do dente. A broca é posicionada no ponto de eleição, perpendicular à superfície lingual ou palatina do dente. Em seguida com movimentos oscilatórios, inicia-se o desgaste do esmalte até a junção amelo-dentinaria, dando à cavidade uma conformação aproximada à forma da câmara pulpar do dente a ser aberto. Deve ser feito o isolamento absoluto no dente. Nos incisivos a câmara pulpar tem forma triângular com base para incisal. Já os caninos tem a forma losangular. Obs.: sempre começa o desgaste no ponto mais alto, aprofundando e trazendo a ponta diamantada para incisal. 2) Direção de trepanação: inicialmente o desgaste da dentina com broca em alta rotação posicionada em sentido perpendicular à face palatina ou lingual do dente ou em 45º com o longo eixo do dente (túnel de penetração). Depois modificar a inclinação no sentido do longo eixo do dente até atingir a câmara pulpar (cair no vazio). Ficar atento a inclinação do dente no arco. Obs.: Ao fazer o túnel de penetração e atingir direto a câmara pulpar, é só mudar a inclinação ao longo eixo do dente e fazer a remoção do teto. Agora, se tiver uma calcificação a mudança de inclinação tem que ser feita antes de atingir a câmara pulpar. 3) Forma de contorno: utiliza-se broca esférica em baixa rotação com movimentos de tração, de dentro para fora da câmara pulpar, removendose o teto da mesma. Em seguida, utiliza a parte angulada da sonda explorada para verificar se tem alguma retenção. Nos incisivos a forma de contorno é triangular de base voltada para incisal. Já os caninos apresentam uma forma losangular ou oval no sentido cervico-incisal. 4) Forma de conveniência: realizados com broca Endo Z ou broca tronco-cônica de ponta inativa – AR número 3083 e Gates-Glidden. O mais usados são os instrumentos de GatesGlidden.. Os alargadores são usados até dois terços iniciais do canal radicular. Nessa face ocorre o alisamento das paredes proximais, deixando-as divergentes para incisal e o arredondamento dos ângulos cavosuperficiais. O instrumento que entra mais profundamente no canal ele deve ter diâmetro menor e as subsequentes 2 mm de distância, para dá uma forma cônica ao canal. Obs.: não se usa brocas com ponta ativa no interior dos canais radiculares. Persistência de cornos pulpares, promovendo escurecimento dos dentes de responsabilidade do dentista no qual deixa restos pulpares ou resto de materiais no interior da câmera pulpar. Intervenção do dente errado, principalmente em casos de incisivos inferiores e pré-molares superiores. Onde o cirurgião diagnostica o dente corretamente, porém, faz a abertura do dente errado. Pré-molares superiores 1) Ponto (zona) de eleição: nos dentes posteriores o ponto ou zona de eleição é feito na superfície oclusal, no caso dos pré-molares superiores é exatamente no centro da face oclusal. É iniciada no centro da superfície oclusal com broca esférica de tamanho compatível em alta rotação. O desgaste deve ser na direção dos canais: vestibulares e palatinos, ou seja, abertura oval. A broca deve estar posicionada em sentido perpendicular a superfície oclusal com tamanho proporcional, o desgaste ocorre até a junção amelodentonária. Na imagem é possível observar na cor azul a abertura inicial da zona de eleição, inicialmente ele é menor e na cor vermelha a abertura final da abertura coronária após seu desgaste. 2) Direção de trepanação: segue trepanação em direção e sentido do canal palatino que é o mais amplo até o vazio da câmara pulpar com broca diamantada esférica. Não deve ser realizados movimentos em sentido mésio-distal e podem ser realizada com alta ou baixa rotação. 3) Forma de contorno: após a trepanação, inicia-se a forma de contorno onde o teto da câmara pulpar é retirado com movimentos de tração de fora para dentro com broca esférica (sem tocar com essa broca esférica no assoalha da câmara pulpar). Após esses movimentos, utiliza-se a parte angulada da sonda exploradora para verificação de permanência de teto ou zonas retentivas no interior da câmara, afim de regular câmara pulpar. O acabamento é realizado com uma broca tronco-cônica de ponta inativa (embotada) em movimentos P-V. É importante verificar depois com a sonda se restou algo. As brocas podem ser 3082,3083,2082 e 2083. 4) Forma de conveniência: a utilização de brocas de gates glidden realiza um desgaste compensatório de boa qualidade, ampliação e a regulação da embocadura. Devido à divergência existente entre as raízes vestibular e lingual, não é necessário grande divergência para oclusal nessas paredes, onde isso evitará o seu desgaste excessivo. Nos dentes posteriores quando o paciente abre a boca e é ligado o foco de luz, a luz sempre irá entrar em relação ao dente de mesial para distal. A mesma direção que a luz entra é a mesma direção que a sua visão irá penetrar, ou seja, para que você enxergue o canal é preciso que tenha uma leve divergência na parede mesial. Parede mesial é ligeiramente divergente para oclusal facilitando a visualização e o acesso do instrumental endodôntico. Parede distal é voltada para mesial. Parede V e P são ligeiramente divergentes para oclusal E a forma final é ovalada com maior extensão no sentido V-P. Pré-molares inferiores 1) Ponto (zona) de eleição: ocorre na superfície oclusal, caracterizada como uma aberturalevemente oval e um pouco mais próxima à face mesial, respeitando as cristas marginais. O desgaste é feito até a junção amelo-dentinária e o canal está situado próximo à face mesial. A broca é esférica de tamanho compatível posicionada perpendicular à face oclusal. 2) Direção da trepanação: direção vertical, paralela ao longo eixo do dente. A penetração inicial se faz com a broca dirigida paralelamente à linha do longo eixo do dente, aprofundando-se alguns milímetros em direção à câmara pulpar, sem nela penetrar. Observar, durante a trepanação, que a coroa destes dentes quase sempre apresenta uma inclinação lingual bem acentuada em relação à linha do longo eixo da raiz. Erros, neste momento, podem provocar acidentes (degrau, desvios e perfurações). 3) Forma de contorno: após exposição e visualização do tamanho da câmara pulpar, é feito a ampliação com movimentos de tração de dentro para fora com broca esférica. Com a broca troco cônica é feito um controle de desgaste para vestibular, o menor desgaste possível e o minimamente necessário para ter acesso visual, de limpeza e entre outros. A broca esférica usa-se na câmara pulpar para remoção de teto, utiliza-se sonda exploradora para verificar se possui remanescente de teto e usa-se a tronco cônica para dar o acabamento. 4) Forma de conveniência: feito o desgaste, pode-se entrar com a broca gates glidden ou pontas diamantadas 3080, observando a presença do ombro lingual do PMI. Devido sua inclinação coronária para lingual, faz-se necessário o desgaste compensatório na face vestibular, podendo atingir a ponta da cúspide. De modo normal, o desenho feito na parte preta é a zona de eleição e o desenho azul é a forma de contorno final da abertura coronária dos pré- molares inferiores. Fazem-se um desgaste levemente ovalado com maior extensão no sentido vestíbulo lingual, ligeiramente desviado para mesial. Parede mesial divergente para oclusal e parede distal voltada para mesial. Obs:. Um segundo canal deve ser pesquisado próximo à parede lingual. Abertura coronária insuficiente Desgaste excessivo da estrutura dentária tornando o dente friável ou quebradiço Erro na direção de trepanação Molares superiores 1) Ponto (zona) de eleição: são dentes com visualizações mais dificultadas, a abertura da face oclusal é realizada com broca diamantada perpendicular a face oclusal. O desenho da zona de eleição deve ser sempre menor que o tamanho da zona final, que segue o formato da embocadura do canal radicular. O desgaste deve sempre ser mínimo para que o dente não perca sua resistência, por isso a necessidade de preservar as cristas marginais e regiões de ponte de esmalte. O desgaste começa com a broca diamantada posicionada na superfície oclusal no ângulo eixo do dente posicionada na fosseta mesial, isso seria o ponto de eleição. A zona de eleição (desenho feito) é equivalente à posição da embocadura dos canais radiculares no assoalho da câmara pulpar. O desenho realizado precisa abranger o canal mésio vestibular, canal palatino, canal disto vestibular e canal mesio palatino. Quando se realiza um tratamento endodôntico com preservação de crista marginal o dente perde apenas cerca de 5 a 10% de sua resistência. No entanto, se for desgastado exageradamente a resistência diminui muito. 2) Direção de trepanação: a broca esférica trabalha sem encostar/atingir ao assoalho da câmara pulpar. A direção de trepanação é vertical, paralela ao longo eixo do dente. 3) Forma de contorno: a broca tronco cônica de ponta embotada realiza o desgaste da parede lateral em direção ao vértice da cúspide MV. O canal mésio vestibular está localizado bem abaixo da cúspide mésio vestibular e o canal distovestibular está localizado 2mm antes do vértice da cúspide distovestibular. Na remoção do teto da câmara pulpar fazem movimento de tração no sentido oclusal. 4) Forma de conveniência: parede distal está ligeiramente convergente para mesial tentando sempre preservar a ponte de esmalte. Parede vestibular está paralela à face vestibular da coroa. Parede mesial e ângulo mésio vestibular divergentes para oclusal. O acabamento das paredes é feito com a broca 3082, arredondando os ângulos e tirando as reentrâncias que dificultam o processo de limpeza. Forma de contorno final triangular, com base vestibular e vértice palatino. A base deste triângulo é voltada para face vestibular. Molares inferiores 1) Ponto (zona) de eleição: realizado na face oclusal com ponta diamantada perpendicular a face oclusal (longo eixo do dente) e ponto de eleição é no quadrilátero central. Seu desgaste é realizado até a junção amelo-dentinária. A forma pode ser triangular se tiver apenas 1 canal e trapezoidal quando há mais de 1 canal na distal. 2) Direção de trepanação: vertical, paralela à linha do longo eixo do dente. O isolamento é absoluto e quando chega na câmara pulpar tendo um bom volume irá cair num vazio sendo preciso tracionar com as brocas esfericas no sentido oclusal para retirar o teto da câmara pulpar. Repetição de ideias de eventos: broca esferica, tamanho compatível com o quadrilatero central. Túnel de penetração: broca direcionada ao canal distal ou local de maior volume da câmara pulpar em AR. 3) Forma de contorno: ampliação da área exposta com broca esférica em movimentos de tração e uso da sonda explorada para verificação de possíveis restos do teto da câmara pulpar. O teto da câmara pulpar é removido com broca tronco-cônica de ponta embotada. 4) Forma de conveniência: tenta-se explorar a entrada dos canis radiculares e realiza-se desgaste compensatório, principalmente na parede mesial da câmara pulpar, para facilitar a penetração nos orifícios de entrada dos canais radiculares. Esta manobra visa proporcionar acesso direto e reto aos canais radiculares. A remoção da convexidade é acentuada sobre embocadura dos canais mesiais com broca 3082, gates glidden e 2020. Parede mesial com forma final divergente para oclusal. Parede distal inclinada levemente para mesial. Paredes vestibulares e linguais são paralelas ou ligeiramente divergentes. 3 canais: triangular com ápice voltado para distal. 4 canais: trapezoidal. Dentina do assoalho da câmara pulpar é mais escura. Sulcos de desenvolvimento que “correm” entre os orifícios de entrada do canal radicular. É uma ferramenta de natureza metálica, empregada como agente mecânico na instrumentação de canais radiculares. O endodontista precisa conhecer suas ferramentas para um trabalho de excelência, conhecendo as propriedades físicas, químicas e mecânicas. 1938: a partir de uma mola de relógio, surgiu o primeiro instrumento endodôntico. 1875: produção em escala industrial dos instrumentos 1958: estandardização dos instrumentos, ou seja, padronização dos instrumentos, para ter as mesmas características. 1976: especificação técnica pela ADA (n°28) 1992: especificação técnica da ISO, com maior modernização. Parte 1: lima, alargadores, extirpa nervos, lentulo. Parte 2: alargadores acionados a motor. Parte 3: calcadores verticais e condensadores laterais. Torção: para instrumentos fabricados por torção, a porção dos fios metálicos correspondentes às hastes de corte dos instrumentos é inicialmente submetida à usinagem (aplainamento), para a obtenção de hastes metálicas com formas piramidais e seções retas transversais triangulares ou quadrangulares. As interseções das paredes (faces) das hastes piramidais formam três ou quatro arestas ou fios laterais de corte. Para se obter a forma final dos instrumentos, os fios metálicos são imobilizados em uma das extremidades e submetidos a deformação plástica por torção a esquerda. À medida que o fio é torcido, as paredes e arestas laterais de corte da haste piramidal sãodispostas na forma helicoidal com sentido anti-horário, constituindo a haste de corte helicoidal cônica dos instrumentos endodônticos. As arestas ou os fios laterais de corte da haste piramidal dão origem as hélices, enquanto as paredes dão origem aos canais helicoidais. A ponta facetada ou piramidal dos instrumentos é obtida por aplainamento, enquanto a ponta cônica circular é obtida por torneamento cônico externo. Usinagem: para instrumentos endodônticos fabricados por usinagem, as partes de trabalho (pontas e hastes de corte helicoidal cônica) são obtidas por meio de um processo mecânico de usinagem de um fio metálico. Denomina-se usinagem o trabalho de corte realizado pelas maquinas e ferramentas para a fabricação de uma peça com determinada forma, dimensão e acabamento. A haste de corte helicoidal cônica da parte de trabalho dos instrumentos é obtida por um processo mecânico de usinagem denominado roscamento externo. Roscamento externo é um processo mecânico de usinagem destinado à obtenção de arestas ou fios de corte dispostos na forma de hélices por meio da abertura de um ou mais canais helicoidais, em superfícies cilíndricas ou cônicas. A ponta cônica circular dos instrumentos é obtida por um processo mecânico de usinagem denominado torneamento cônico externo. Cortes no fio (farpados): esses instrumentos são fabricados por cortes do fio de aço inoxidável, com diferentes profundidades, formando farpas, sendo, por isso, denominados farpados. Eram utilizados no passado, sendo pouco utilizados hoje em dia. A função delas era remover a polpa dental com as farpas. O problema é que as farpas travavam na dentina, tornando difícil remoção do instrumento na dentina. É utilizado atualmente em casos de remover o algodão do canal caso ele grude dentro da cavidade. É um processo de fabricação por corte criando farpas. Os instrumentos podem ter vários desenhos nas suas hastes, na hora de fabricar/usinar/formar essas facetas elas podem ser: triangulares, quadrangular, losangular e circular. 1) Cabo e haste de fixação: cabo é a extremidade pela qual se empunha um instrumento endodôntico e haste de fixação é a extremidade para fixação e acionamento mecânico de um instrumento endodôntico. 2) Corpo ou haste metálica: parte de um instrumento que se estende desde o cabo ou haste de acionamento até a extremidade da ponta. 3) Intermediário: parte do instrumento que se estende desde a ponta até o término da haste de corte. Representa a soma dos comprimentos da ponta e da haste de corte. 4) Parte de corte ou de trabalho: parte do instrumento que se estende desde a ponta até o término da haste de corte. Representa a soma dos comprimentos da ponta e da haste de helicoidal. É a porção terminal e aguçada da extremidade da parte de trabalho de um instrumento ou ferramenta. A ponta é também denominada guia de penetração. O perfil da ponta dos instrumentos endodônticos é cônico. Quando a ponta apresenta a figura geométrica de um cone com seção reta transversal poligonal (triangular ou quadrangular), é denominada ponta cônica piramidal. É fabricada por um processo de usinagem denominado aplainamento. Quando apresenta uma figura geométrica de um cone com seção reta transversal circular é denominada ponta cônica circular. É fabricada por um processo de usinagem denominado torneamento cônico externo. A ponta piramidal apresenta capacidade de corte, enquanto a cônica circular é não cortante. Ativo: sem corte na extremidade Passivo: sem corte na extremidade. Vértice (extremidade) da ponta pode ser classificado de acordo com a configuração geométrica que apresenta. As classificações são: pontiagudo quando o vértice apresenta a forma de um triângulo com a extremidade aguçada, truncado quando o vértice termina por segmento de reta e obtuso quando o vértice apresenta a forma arredondada com raio de 1 a 2mm. Ângulo da ponta: podem ter de 15° a 75° graus. É a região de passagem da ponta para a haste de corte do instrumento. Essa passagem pode ocorrer por meio de um ângulo de transição (ângulo obtuso) ou de uma curva de transição (arco), para suavizar a passagem. A imagem abaixo na parte superior representa o ângulo de transição e inferior, representa a curva de transição. Hélice: é a aresta ou fio lateral de corte dispostas na forma helicoidal (hélice) traçada em volta de um cone ou de um cilindro. E o sulco helicoidal são as laterais desse instrumento. Entre uma hélice e outra existe um sulco helicoidal, a hélice é a parte cortante do instrumento e o sulco helicoidal tem função de remover ou recolher raspas de dentina. Cada hélice é uma aresta do desenho que foi usado para fabricar o instrumento, seja ele triangular/quadrangular ou da forma que foi fabricado. Número de hélices: número de filetes ou guias radiais presente na haste de corte helicoidal de um instrumento. Passo da hélice: distância entre vertices ou cristas de uma mesma aresta lateral de corte disposta na forma helicoidal ao longo da direção axial do instrumento. Para instrumentos com uma aresta ou fio lateral de corte, o passo da hélice é a distância entre dois vértices ou cristas consecutivas. Para instrumento com duas arestas laterais de corte, o passo envolve uma crista. Para instrumento com três arestas laterais de corte, envolve duas cristas consecutivas. Para instrumento com quatro arestas laterais de corte, envolve três cristas consecutivas. O comprimento do passo aumenta com a diminuição do ângulo de inclinação da hélice. Passos importantes para identificar o instrumento: Numeração do instrumento; Cor do cabo; Diâmetro do instrumento; Comprimento da parte ativa; Conicidade do instrumento; Comprimento do instrumento. Os instrumentos endodônticos são divididos em quatro séries: 1° série: 15 a 40. 2° série: 45 a 80. 3° série: 90 a 140. Série especial: lima rosa n° 06, lima cinza n° 08 e lima roxa n°10. A vida útil dos instrumentos no passado era menor por se utilizar de instrumentos que fraturavam e enferrujavam com facilidade, feitos de aço carbono. Hoje em dia são feitos de aço inoxidável, que possibilitou a fabricação de instrumentos mais duráveis e de menor calibre (criação da série especial). Os especiais aumentam de 0,02mm em 0,02mm. A partir da numeração 10 a 60 aumentam de 0,05 mm em 0,05mm. A partir da numeração 60 a 140 aumentam de 0,10 mm em 0,10mm. A grande maioria dos instrumentos manuais a grosso modo possui sempre 16mm de comprimento, sendo regra geral. Na base da ponta do instrumento é aonde tudo começa, sendo denominado D0, a cada milimetro vai crescendo até o D16 que representa os 16mm de comprimento. D0: diâmetro da projeção final da parte ativa; D3: diâmetro medido a 3mm do final da parte ativa. D16: diâmetro da base da parte ativa. A conicidade de um instrumento é a relação entre o aumento no diâmetro por unidade de comprimento (milímetro) da parte de trabalho. A conicidade dos instrumentos convencionais é de 0,02mm, ou seja, há aumento de 2% a cada 1mm da parte de trabalho. Por exemplo: D0: diâmetro da base do guia de penetração (valor do cabo) 0,02 x D16 = 0,32mm D0+ 0,32mm = resultado Aumento de 0,02mm no diâmetro. A soma funciona da seguinte forma: multiplica-se o valor do diâmetro 0,02mm com o D16 que resultará em 0,32mm e soma- se o valor do cabo 0,40mm com o resultado de 0,32mm que resultará em 0,72mm. Comprimentos da lâmina diâmetro do instrumento: Conicidade dos instrumentos rotatorios podem aumentar 0,04 ou 0,06mm. A parte ativa dos instrumentos sempre terá 16 mm. Porém, os instrumentos apresentam cumprimentos diferentes em sua parte intermediária onde podem ocorrer variações de tamanhos como 21 mm, 25 mm e 31 mm. Normaisou convencionais: lima tipo K, hedstroem, farpados (extirpa-nervos) Flexíveis: lima flexofile, k-flex, flex-r, nitiflex (grande flexibilidade). A grande maioria dos instrumentos alargadores são feito de níquel titânio, para trazer mais flexibilidade e segurança. Com movimento de giro continuo, esse material não se quebra. Extirpa-nervos: o cabo deste instrumento normalmente é metálico e sua haste é cilíndrica. Sua parte ativa é formada por farpas levantadas e são disponíveis no tamanho de 21mm, é um instrumento farpado manual que tem como objetivo a remoção do conteúdo pulpar. São utilizados em canais amplos e retos porque se forem utilizados em canais curvos e atresiados as farpas vão agarrar na dentina impedindo a saída do instrumento. Seu movimento é de introdução e rotação de 1 a 2 voltas e tração. Não devendo ser usado em canais curtos. Instrumento tipo K: os instrumentos tipo K foram desenvolvidos pela Kerr, razão da denominação instrumentos tipo K. A forma final dos instrumentos tipo K é obtida empregando-se a torção ou a usinagem. Esse instrumento possui ponta ativa, sendo produzido por meio de haste cônica quadrangular, de aço inoxidável e secção transversal quadrangular dos n° 6 a 10 (série especial) e dos n° 15 a 40. A secção passa a ser transversal triangular quando a numeração varia de 45 a 80 e 90 a 140. O instrumento que possui mais massa/resistência é o quadrangular e o instrumento mais flexível é o triangular. São instrumentos indicados para canais retos ou pouco curvos, possuem satisfação na ação de corte e razoável resistência à flexibilidade. São variáveis possuindo a série completa (especial, 1°,2°,3° série) e o comprimento no Brasil são de 21, 25 e 31mm. O instrumento tipo K podem executar o movimento de limagem e o movimento de alargamento: Movimento de limagem: o instrumento toca e corta apenas em uma porção das paredes do canal a cada movimento. É introduzido o instrumento no canal em sentido cervical para apical comprimindo esse instrumento na parede do canal tracionando o mesmo. O instrumento precisa entrar folgado no canal, a cada movimento que é realizado não é possível tocar em todas as paredes, por esse motivo é necessário fazer um desgaste por toda circunferência do canal. Movimento de alargamento: o instrumento toca e corta uma maior porção do perímetro do canal a cada movimento. Sendo necessário que entre de forma arrochada/apertada no canal. O instrumento precisa ser mais amplo do que o diâmetro do canal, afinal, ele não entrará todo de imediato, entrará parcialmente tocando nas paredes do canal onde terá uma resistência nessa penetração. Por esse motivo é necessario fazer o movimento de alargamento, ou seja, penetrar no canal fazendo movimento de direita e esquerda e ao longo desse processo o instrumento vai penetrando no canal radicular. Limas tipo hedstrom (tipo H): instrumento de aço inoxidável apresentando secção transversal circular produzido por usinagem. Possuem ótima capacidade de corte e espiral de pequenos cones superpostos. Forma da ponta e forma da haste de corte: A desvantagem desse instrumento é por possuir uma baixíssima flexibilidade e resistência a fratura, podendo fraturar mais facilmente. São feitos para alisar paredes de canais retos ou na porção reta dos canais, podendo ser utilizados também quando se quer retirar materiais obturadores. Possuem série de 08 a 140. Detalhe, que esse instrumento só aceita movimento de limagem, por possuir resistência a fratura. O motivo da baixa resistência é por conta do seu processo de fabricação de usinagem a partir de uma haste cônica circular, que removeu massa do instrumento, tonando ele mais delgado. Ou seja, perde-se quantidade de material e ele acabará fraturando facilmente. Os instrumentos tipo K de seção reta transversal triangular também são identificados com a denominação flex. Tipo flex: são instrumentos feitos a partir de uma secção de haste cônica triangular, para dar mais flexibiidade. Instrumento K- Flexofile: são confeccionados de aço inoxidável e fabricados por torção. Inclui apenas a 1° série dos instrumentos (n° 15 a 40). Apresentando ponta inativa para dar mais segurança e utilizados para preparo de canais retos e curvos. São flexíveis e possuem maior capacidade de corte que as limas do tipo K. O instrumento tipo flex de secção triangular corta mais comparado ao instrumento tipo K, pois o tipo flex possui três ângulos agudos. Porém, por possuir o ângulo mais agudo perderá sua capacidade de corte mais rapidamente. Ou seja, são instrumentos que possui uma vida útil menor. A diferença do tipo K (quadrado sem pintar) e do tipo flex (quadrado pintado) a olho nu está no cabo de cada instrumento, representado na imagem abaixo: Tipo K: Tipo flex: Golden medium: possui numeração intermediária a série convencional, da mais sequência na troca de um instrumento de menor calibre para o de maior calibre durante o preparo químico cirúrgico. Possui as mesma características das limas flexofile, exceto pela numeração que é intermediária. Os n° são 12,17,22,27,32,37. Não tem como confundir esse instrumento com nenhum outro devido ao seu cabo com detalhes dourado. Liga em níquel titânio (niTi): a liga níquel titânio pertence a um grupo de ligas metálicas com propriedades especiais caracterizadas por exemplo, pelo efeito memória de forma (memória elástica). O efeito memória de forma pode ser definido como uma capacidade que certos materiais possuem de recuperar grandes deformações não lineares por meio de um tratamento térmico apropriado, apesar de o material ter sofrido uma deformação aparentemente permanente. A flexibilidade da liga de NiTi é três a quatro vezes maior quando comparado ao aço inoxidável. Por isso esses instrumentos de liga em níquel titânio são tão usados em endodontia, permitindo entrar em canais curvos com maior segurança. São confeccionados manualmente ou acionados mecanicamente por motores elétricos que podem realizar o movimentor de giro contínuo ou movimentos alterados para direita e esquerda. Produzidos por usinagem, pois é muito difícil torcer um instrumento com memoria elástica muito grande. Como o metal desse instrumento é muito flexível ele possui o potencial de corte um pouco menor, precisando repetir o movimento mais vezes e assim realizar o desgaste necessário. Indicados por exemplo, para um preparo de canal mais curto. Possuem também alta resistência a fratura, o que é bom já que terá que repetir o movimento varias vezes para se fazer o desgaste. O preparo deve ser realizado em canais retos e acentuadamente curvos. Ou seja, o instrumento acompanha com facilidade a curvatura do canal radicular, reduzindo o deslocamento apical e a alteração de sua forma original. São semelhante a lima tipo K, fabricado em níquel titânio (niTi) e possuem secção transversal triangular quando são manuais, sua conicidade é de 0,02mm/mm. E são fabricados por usinagem, seguindo a n° de 15 a 60 e comprimento de 21 a 25mm. Alargadores: são ferramentas empregadas afim de se obter um furo com diâmetro maior, com superfície lisa e bem acabada. Ou seja, aumentar o diâmetro do canal até o terço médio. Alargadores de gades-glidden: apresentam ponta inativa, sendo fabricado sem corte em sua ponta, onde os acidentes de perfurações não são possíveis. Possuem três canais helicoidais e três arestas laterais de corte, com potencial de corte altíssimo cortando dentina. São dinamizados os preparos dos canais retificando a porção cervical em média do canal, deixando mais uniforme, polida e lisa. O instrumento possui uma forma mais cônica na parte ativa (ponta) e menos cônica quando se aproxima da haste de fixação, ou seja, em caso de fratura isso ocorrerá mais próximo à haste defixação. O diâmetro da parte ativa do instrumento varia de 0,50; 0,70; 0,90; 1,10; 1,30 e 1,50. Ou seja, possuem seis tipos de alargadores de gades-glidden. Devem ser utilizados em baixa rotação com movimentação sempre a direta, com numeração de 1 a 6 de 32 e 28mm. Alargadores largo: são instrumentos acionados a motor (mecanizados), montados em contra-ângulo com sentido de corte a direita e em baixa rotação. São empregados no preparo do segmento cervical de canais radiculares achatados e no desgaste anticurvatura. São fabricados em aço inoxidável, por usinagem, sendo formados por duas hastes de diâmetro diferentes. O instrumento possui a parte ativa maior, possuindo característica de ter um menor diâmetro próximo à haste de fixação, ou seja, em caso de fratura isso ocorrerá mais próximo à haste de fixação. O diâmetro da parte ativa do instrumento varia de 0,70; 0,90; 1,10; 1,30; 1,50; 1,70. Possuem diâmetro maior do que a gades- glidden, por exemplo, a gades-glidden n° 2 possui diâmetro igual a largo n°1. Na endodontia se utiliza mais os alargadores de gades-glidden, caso se utilize desse instrumento deve-se guardar uma distância do ápice de 4mm, possuindo distância da menor para maior de ao menos 2mm. Caso não seja realizado da forma correta o canal tomará forma cilíndrica, causando diversos problemas. Além de não dar conicidade as paredes de dentina ficarão finas dificultando também as obturações. Movimento de pincelamento: deve ser feito para fora da região de furca. Nos casos de raiz mesial de molar devem-se fazer movimentos para mesial, se for para vestibular de molar superior seria feito contra a curvatura, ou seja, a tração seria para vestibular. Fugindo sempre da região de furca para não causar um acidente chamado de rasgo (tipo de perfuração). É uma importante manobra auxiliar no preparo dos canais que devem ser empregada antes, durante e imediatamente após a instrumentação do canal radicular. Em todo processo de preparo químico mecânico normalmente se utiliza a substância de hipoclorito de sódio. É utilizada uma seringa com pequena agulha, onde a solução é injetada dentro do canal com cuidado, sendo irrigada. Com uma cânula maior é necessário aspirar o líquido que foi injetado no canal radicular. Uma das ações do hipoclorito de sódio é ser bactericida e dissolver restos de tecidos orgânicos, remover restos de polpa e restos microbianos. Por exemplo, fungos, vírus, bactérias. Suas propriedades são: Facilita a remoção de restos orgânicos e inorgânicos. Facilita a remoção de corpos estranhos do interior do canal. Localização da entrada dos canais radiculares: realizada através da sondagem com explorador reto, fino, resistente e rígido. Um das funções é localizar a entrada do canal. Exploração inicial do canal radicular-cateterismo: é a fase inicial de esvaziamento, assim como o conhecimento da anatomia interna do canal radicular por meio da sensibilidade tátil e por avanço de um instrumento endodôntico. Não é penetrado o instrumento até o ápice radicular, deve-se parar antes, pois não se sabe o comprimento do dente. O objetivo de detectar é: Variações do número de canais; Direção dos canais; Calibre e forma de canais; Acessibilidade de canais; Presença de calcificações; Desvios do canal; Presença de corpo estranho. Tudo que é colocado dentro do canal possui um diâmetro pré- determinado. É necessário ter algum parâmetro inicial para realizar o cateterismo, o primeiro passo antes de realizar qualquer procedimento na endodontia é a obtenção de uma boa radiografia periapical, com o auxilio de um posicionador radiográfico. A seleção do primeiro instrumento é feita de acordo com o presumível diâmetro do canal e com o comprimento do dente na radiografia (CDR) Exemplo: na imagem abaixo é representado um molar com CDR (comprimento do dente na radiografia) de 22,0 mm. Pode haver a possibilidade de a radiografia ter alguma alteração na imagem (alongada/encurtada), desta forma quando não se sabe o comprimento é tirado 2 mm do dente representado na radiografia por uma questão de segurança. Faz-se a soma da ponta do molar da cúspide até o ápice radiográfico (ápice dentário com o auxilio da radiografia). Após a soma é necessário determinar o comprimento de exploração inicial (CEI), ou seja, o comprimento que será inserido no interior do canal. Incisivo central superior 21,8 mm Incisivo lateral superior 23,1 mm Canino superior 26,4 mm Incisivo central inferior 20,8 mm Incisivo lateral inferior 22,6 mm Canino inferior 25,0 mm 1° PMS 21,5 mm 2° PMS 21,6 mm 1° PMI 21,9 mm 2° PMI 22,3 mm 1° MS 21,3 mm 2° MS 21,0 MM 1° MI 21,9 mm 2° MI 22,4 mm Utilizam-se instrumentos endodônticos de aço inoxidável tipo K com diâmetros menores do que os dos canais radiculares. Devem-se utilizar instrumentos que entram folgados no canal. Instrumentos tipo K de aço inoxidável; Diâmetros de 0,06; 0,08 e 0,10mm; Comprimentos de 21 ou 25 mm. Canais radiculares amplos: movimento rápido e repetitivo com pequenos avanços, a penetração no canal é realizada com giro a direita e a esquerda com pequenos retrocessos. É necessário se ter um ponto de referência, por exemplo, as pontas de cúspide. Canais amplos: a pulpectomia é a remoção de todo tecido pulpar vital, podendo este apresentar quadro de alteração inflamatória ou não. Biopulpectomia: bio: polpa viva; pulpectomia: remoção da polpa. Em dentes com polpa viva ao final do cateterismo é feito a remoção da polpa dentária, que em caso de polpa viva é chamado de biopulpectomia. Ao final de todo movimento de cateterismo é feito a remoção da polpa dental, fazendo um giro maior à direita tracionando o instrumento. Alguns autores utilizam o termo biopulpectomia para tratamentos endodônticos de dentes com polpa vital. Nela, o cateterismo antecede a pulpectomia. Após o instrumento de cateterismo atingir CEI (comprimento de exploração inicia), o tecido pulpar é excisado e removido por meio de uma lima K ou H de diâmetro compatível ao do canal radicular. Necropulpectomias: é o tratamento endodôntico do dente com polpa necrosada. Consiste na remoção da polpa em estado de necrose e de bactérias do interior do canal radicular. O cateterismo e esvaziamento inicial do canal se desenvolvem simultaneamente. É realizada por segmentos (compartilhamentos) do canal radicular, imprimindo-se ao instrumento pequenos avanços e retrocessos em sentido apical conjuntamente, com discretos movimentos de rotação à direita e a esquerda. Canais atresiados: usar inicialmente instrumentos tipo K ou especiais (C+File ou C pilot) de n° 08 ou 10, de 21 mm de comprimento preferencialmente. Para canais atresiados quanto menor o instrumento menos é deformado na hora de penetrar no canal radicular. O movimento de penetração é avanço, giro a direita e tração. Quando é feito a penetração e é tracionado a direita o instrumento se enrosca na dentina, com isso é necessário fazer a tração para que seja removida a dentina cisalhada. É uma execução mais lenta, pois o instrumento não entra folgado, esse movimento pode ser utilizado tanto para biopulpectomia quanto para necropulpectomia. O cateterismo e o esvaziamento do canal radicular (biopulpectomia e necropulpectomia) se desenvolvem simultaneamente. A dificuldade na introdução dos instrumentos e na execução dos movimentos de cateterismo podem resultar em deformação plástica por flambagem. C-pilot: Diametro nominal: 0,06; 0,08; 0,10 e 0,15mm; Comprimento da parte ativa: 19,21 e 25mm; Conicidade: 0,02mm/mm em todo o comprimento de trabalho; Haste quadrangular; Segundo o fabricante existe um tratamento térmico no instrumento; Resistência a flambagem. C+file: Diâmetro nominal:0,06; 0,08; 0,10 e 0,15mm; Comprimento da parte ativa: 18,21 e 25mm; Conicidade: 0,04mm/mm nos 4 milímetros junto a ponta do instrumento e 0,02mm/mm no segmento restante; Possui massa metálica maior (maior conicidade) aumentando a resistência de flambagem desses instrumentos. O instrumento c+file apresenta maior resistência a flambagem do que os instrumentos c-pilot. Deformação lateral de um instrumento endodôntico quando submetido a uma força compressiva na direção do seu longo eixo. Quando é imprimido uma força no instrumento ele não suporta e consequentemente desloca, não conseguindo entrar no canal. Estatísticas descritivas da força máxima dos grupos C+File, C-Pilot na superfície e resultado da ANOVA. Grupos Média Desvio- padrão Intervalo de confiança de 95% P-valor 99,56 (gf) 5,74 95,45- 103,66 P<0.05 68,89 (gf) 3,92 66,09- 71,69 Os alargadores Gates-Glidden devem ser empregados nos segmentos retos de canais radiculares e não devem ultrapassar a metade do comprimento do dente na radiografia. Existem situações em que o canal é muito atresiado e a gates 1 não entra (diâmetro 50), nesses casos é necessário que antes da exploração com a gates seja feito um ligeiro alargamento com instrumentos manuais. A gates que penetra mais no canal precisa guardar uma distância mínima de exploração inicial de 4mm. Após a ampliação cervical, o instrumento de cateterismo atinge com facilidade o comprimento de exploração inicial (CEI). É o método pelo qual se determina o limite apical de trabalho endodôntico. Determinação do comprimento de trabalho (CT) e de patência do canal (CPC). O estabelecimento da odontometria visa: Estabelecer o limite apical de instrumentação; Estabelecer o comprimento de patência do canal; Estabelecer o limite da obturação do canal. Uma correta odontometria proporciona: Melhor controle da limpeza e desinfecção; Previne possíveis injúrias aos tecidos perirradiculares; Determina o limite apical de trabalho e obturação. Se estiver uma medida incorreta do dente e instrumentar além do forame, pode ocorrer reação inflamatória. Método sinestésico: a odontometria era feita por sensação tátil. Não são utilizados atualmente, pois já existem equipamentos para assegurar as medidas para preparar o dente. Eram utilizados antigamente por CD (cirurgião-dentista) mais prático. Um exemplo do método de odontometria: na primeira sessão o paciente foi anestesiado e foi removida toda a polpa, por algum motivo houve um problema de projeção radicular e não foi possível observar o ápice radicular com o instrumento dentro do canal. Em uma segunda sessão sem anestesia é introduzido o instrumento no canal até passar pelo forame, quando passa pelo forame o paciente relatará dor. Ou seja, se foi penetrado um instrumento a, por exemplo, 24 mm e o paciente relatou dor, sabe-se que a 24 mm o instrumento está passando pelo forame, sendo necessário reduzir o milímetro até o paciente não sentir mais dor. Essa técnica pode ser ainda utilizada não como uma técnica isolada, mas como um auxilio a determinação. Pois essa técnica era utilizada quando não se tinha a técnica radiográfica. Método radiográfico: consiste na introdução de um instrumento no interior do canal radicular, seguida de uma tomada radiográfica. Necessita de pouco equipamento, apenas o equipamento que o CD (cirurgião-dentista) já possui no consultório. Sempre que possível, priorizar o emprego da técnica do paralelismo (posicionadores de filmes radiográficos). Sendo imprescindível uma radiografia de boa qualidade e com uso de posicionador incialmente. As limas utilizadas para a realização da odontometria devem estar justas no canal radicular para evitar seu deslocamento. Importante considerar o caráter dinâmico da odontometria, onde a resposta é à distância do ponto de referência que pode ser a ponta de uma cúspide até o forame apical. Os dois pontos de referência extremo do dente para realizar a odontometria são: o plano oclusal e o ápice radicular. Um bom desgaste compensatório é necessário para não alterar ou alterar minimamente antes da odontometria, caso não faça um desgaste compensatório antes da odontometria pode-se ocorrer o risco de alteração na medida em que foi feito. Técnicas: são usadas para a determinação do comprimento de trabalho. Técnica de Bregman Não é tão utilizada atualmente, mas foi muito utilizada na década de 50. Necessita de realização de cálculos matemáticos; CRD: comprimento real do dente CRI: comprimento real do instrumento CAD: comprimento aparente do dente CAI: comprimento aparente do instrumento Técnica de Ingle Substitui a técnica de bregman; Técnica que se utiliza para realizar a odontometria; Aspecto visual da radiografia; Cálculo matemático que se necessita fazer é o mínimo possível, sem aparatos. Com o auxilio de uma régua é medido o comprimento do dente na radiografia, chamado por alguns autores de comprimento aparente do dente. O comprimento do dente na radiografia da imagem abaixo é de 22 mm, desta forma é necessário calibrar em 20 mm subtraindo os 2 mm dos 22 mm representados na radiografia. Esses 2 mm é basicamente uma margem de segurança. Deve-se introduzir o instrumento no canal radicular a 20 mm, feito isto é realizado uma nova radiografia com o instrumento equidistante com cerca de 2 mm do ápice radiográfico. Novamente é utilizado a régua para medir o espaço resultante que no exemplo abaixo deu 3 mm, por convenção a medida deve estar a 1 mm aquém do ápice radiográfico. Desta forma é feito a recalibração do instrumento com 2 mm a mais, inserindo novamente no canal. É necessário a tomada de uma nova radiografia, onde mostrará a distância correta do instrumento até o ápice radiográfico. É necessário ter uma radiografia com 1,0 mm aquém do ápice radiográfico. Segundo Helio Lopes, tanto em dentes polpados quanto despolpados, o limite da instrumentação deve ser confeccionado preferencialmente a 1,0 mm do ápice radiográfico do dente. Condição essencial para execução da odontometria: Boa radiografia de diagnóstico (forma, comprimento e n° de raízes); Acesso coronário livre e direto aos canais radiculares; Instrumentos com cursores, limas e régua endodôntica; Ponto anatômico bem definido no dente (bordo incisal ou ponta de cúspide). Determinação da referência coronária: O ponto ou borda de referência deve ser nítido e estável, geralmente nos bordos incisais ou pontas de cúspide; Facilmente visualizado durante todo o preparo do canal e manter-se estável entre sessões; Evitar cúspides socavadas, material restaurador e fraturas coronais irregulares. Método eletrônico: é a determinação do comprimento de trabalho por meio do uso de um aparelho eletrônico (localizadores foraminais). É necessário ressaltar que o método eletrônico, embora eficiente, não permite a visualização da trajetória do instrumento no interior do canal radicular. É por meio da imagem radiográfica, mesmo que imprecisa na maioria das vezes, que se planeja a instrumentação de um canal radicular. Não deve ser usado isoladamente, mas sim combinado ao radiográfico. A técnica eletrônica para odontometria demonstra ser um método auxiliar importante na determinação do comprimento de trabalho, mas não substitui a radiográfica convencional. Indicação do método eletrônico: Nas situações rotineiras do tratamento endodôntico; Para acompanhamento do comprimento de trabalho durante o processo de limpeza e modelagem de canais curvos; Pacientes gestantes; Pacientes que apresentam ânsia de vômito durante a tomada radiográfica. Contra-indicações Canais calcificados ou com material obturador; Fraturas radiculares, reabsorções comunicantesou perfurações; Ápices com grandes reabsorções; Pacientes que possuam marca-passo (possibilidade de interferência) Vantagens do método eletrônico Indica com precisão a localização do forame apical; Menor tempo para a obtenção do comprimento de trabalho; Não apresenta riscos a saúde do pessoal envolvido no ambiente odontológico; Fácil manipulação. Localizadores foraminais: Sunada (1962) desenvolveu o primeiro localizador foraminal. 1° geração: método da resistência 2° geração: método da impedância. 3° geração: método da impedância frequência dependente. 4° geração: ratio method. Localizadores foraminais mais modernos: Requisitos para um bom desempenho do aparelho medidor do canal dentário A alça labial e a presilha da lima deve está adequadamente acoplados; O canal radicular sempre úmido e a câmara pulpar seca; Material restaurador metálico em contato com lima desvia a corrente. Sequência operatória: Acoplar a alça labial no paciente e a presilha na lima; Introduzir a lima lentamente no interior do canal radicular. Ajustar o cursor ao bordo de referência; Realizar a tomada radiográfica Remover a lima e aferir a medida com o auxilio de uma régua metálica milimetrada. A parte mais constrita do canal radicular está na junção/união entre o canal dentinário e canal cementário, o limite final é chamado de limite CDC (cemento dentina canal). No segmento apical existe um canal dentinário e um canal cementário, no segmento apical o cemento é um pouco mais espesso devido ao tamanho dos cementoplastos ativos que produzem ao longo do tempo cada vez mais cementos, com essa deposição ocorre à formação de um canal cementário. No tratamento endodôntico o ideal é que os instrumentos vão no máximo até o limite CDC, pois do limite CDC até o forame não é mais dentina e sim cemento, sendo considerada uma área de ligamento periodontal. A localização dessa junção ocorre em média entre 0,5 e 0,75 mm aquém do forame apical. 83% dos casos, o forame apical está localizado parapicalmente, variando entre 0,5 e 3 mm aquém do ápice radiográfico. Investigação microscópia de ápices radiculares: 12,6% coincidem com vértice apical; 8,8% na face vestibular; 4,6% na face lingual ou palatina; 12,1% na face mesial; 61,7% na face distal da raiz. Durante a instrumentação do canal radicular, dois processos são simultaneamente envolvidos: instrumentos endodônticos e solução química auxiliar. 1) Limpeza e desinfecção: é a remoção de todo material orgânico como restos pulpares, raspas de dentina e contaminação bacteriana, criando um ambiente propício à reparação dos tecidos perirradiculares. Sempre vai sobrar microrganismos dentro dos túbulos dentinários, a limpeza desses túbulos vai ser realizada com a solução química irrigadora e medicação intracanal. 2) Ampliação e moldagem: visa a confecção de um canal de formato cônico com o menor diâmetro apical e o maior em nível coronário. IAI: instrumento apical inicial (primeiro instrumento utilizado no comprimento de trabalho). É o primeiro instrumento que se adapta ao canal. IAF ou IM: instrumento apical final ou instrumento de memória (último instrumento utilizado no comprimento de trabalho). O comprimento de trabalho é determinado na odontometria, sendo: Ou seja, se um canal apresenta um comprimento de 24mm, o comprimento de trabalho vai ser 23mm. Diâmetro do preparo apical Em dentes vitalizados (biopulpectomia): Instrumento inicial mais três. Exemplo: se o instrumento inicial foi 15, vai adicionar mais três instrumentos (20,25,30), com isso o instrumento final é 30. Em dentes desvitalizados (necropulpectomia): Instrumento inicial mais quatro. Exemplo: se o instrumento inicial foi 15, vai adicionar mais quatro instrumentos (20,25,30,35), com isso o instrumento final é 35. Batente, ombro, parada ou degrau apical É o ponto de parada da instrumentação. Equivale ao comprimento de trabalho determinado pela odontometria. Esse degrau no final do preparo está a 1mm de distância do forame apical, e é onde vai ser adaptado o cone de guta percha que vai nos orientar no momento da obturação do canal. IP: instrumento de patência do canal. (instrumento que vai até a abertura do forame apical). Com a finalidade de limpeza do milímetro final do segmento apical. À medida que os instrumentos vão cortado a dentina radicular, vai sair muita raspa de dentina, se essa raspa de dentina não for removida corretamente, ela pode entupir esse 1mm de canal, e as vezes até entupir o próprio comprimento do canal que está sendo instrumentado. Esse entupimento bloqueia o canal, ao tentar entrar com o instrumento não vai conseguir, com isso acabado forçando o instrumento no interior do canal e não consegue entrar, e a medida que se força pode causar algum problema, como a perfuração do canal radicular Portanto, para remover esses restos de dentina se utiliza um processo duplo: com a irrigação e com a utilização do instrumento de patência do canal. O forame apical deve ser mantido limpo e patente durante toda a instrumentação com instrumentos de pequeno calibre ultrapassando o forame em no máximo 1mm, impedindo que as raspas de dentina se acumulem no segmento apical. O instrumento de patência é de menor calibre que o IAI. A cada troca de instrumento, por exemplo, do 15 para 20, deve se realizar a irrigação do canal com a solução química irrigadora e fazer a patência do canal. Movimentos dos instrumentos endodônticos Movimento de exploração ou cateterismo É a exploração inicial do canal radicular. Nos canais amplos a penetração do canal é realizada com giro direita e a esquerda com pequenos retrocessos, com isso vai avançando no interior do canal. Movimento de alargamento com rotação parcial O instrumento deve ter diâmetro maior que o do canal. É indicado para alargamento de canais atresiados. Penetra com o instrumento realizando movimento de pressão na direção apical, gira ½ a ¼ de volta a direita e remove o instrumento. Com isso, vai se desgastando, ampliando o canal radicular. Indicado para lima tipo K de aço ou NiTi. Movimentos de alargamento com rotação alternada (forças balanceadas ou movimento oscilatório) Tem a finalidade de alargar os canais radiculares. Consiste no movimento de avanço, rotação à direita, rotação à esquerda e tração do alargador no interior do canal. Faz esse giro de 2 a 3 vezes e depois remove. O movimento de rotação à direita tem segmento de arco menor do que o da esquerda. O instrumento deve ter diâmetro maior que o do canal, indicados para limas K e NiTi. Os instrumentos não podem ser pré-curvados, pois quando curva esse instrumento, acaba criando tensões e facilitando a fratura. E também cria tensões no desgaste da dentina. É preferível que o instrumento por si só se curve no canal, ou seja, a própria anatomia do canal curve esse instrumento. O movimento de alargamento consiste no avanço e no giro (rotação) do alargador no interior de um canal. É feito em segmentos mais arredondados e mais estreito. Ele amplia o canal, realizando um desgaste bem arredondado. O diâmetro do alargador deve ser maior do que o do canal. Quando o canal é muito achatado, se escolher um instrumento que toque todo o perímetro do canal radicular, vai ocorrer uma perfuração do canal. Para esses canais, utiliza se o movimento de limagem. Movimento de limagem Caracterizado pelo avanço do instrumento em direção apical, pressão lateral contra as paredes e tração com movimentos curtos entre ½ a 2mm em direção a coroa. Estes movimentos são realizados igualmente por todo o perímetro do canal. Pode ser realizada com instrumento tipo K ou tipo restroom. Não se deve realizar movimentos de limagem pelo menos nos 3 a 4 mm apicais, paradeixar uma forma arredondada no segmento apical. O instrumento deve estar solto no canal. Esse movimento só pode ser feito na porção do canal reta e achatada. Movimento de alargamento e limagem Realizando movimentos de alargamento parcial e a seguir tração com pressão de encontro as paredes do canal. É um movimento hibrido: penetra no canal gira a direita, traciona contra a parede e puxa o instrumento. Só pode ser feito em porção reta do canal e deve manter a distancia de 3 a 4mm apicais. Sendo indicado para cateterismo de canais atresiados. Apenas as limas tipo K poderão ser utilizadas neste tipo de movimento. Função: eliminação das interferências anatômicas do canal e facilitar a penetração dos demais instrumentos no CT e CP estabelecidos. Condição ideal: instrumentação de canal no CP ao menos até o instrumento n° 15. Se um determinado canal atresiado foi instrumentado até o seu comprimento de patência com um instrumento 0,6, então é possível ampliar esse canal por inteiro até pelo menos o instrumento 10 (preferencialmente até 15, se possível). Dessa forma, usam-se os instrumentos 0,6; 0,8 e 10 até a patência. Obs: nem sempre será possível realizar o glide path até a numeração ideal, visto que muitos canais atresiados podem ter uma acentuada curvatura, impedindo, dessa forma, a utilização de instrumentos mais calibrosos. Consiste em dilatação até o comprimento de trabalho (CT) com uma lima inicial (IAI) que se ajuste ao diâmetro anatômico da região apical, mais 3 ou 4 instrumentos de diâmetros ascendentes mantendo-se o mesmo comprimento de trabalho (confecção do batente apical). Esse batente tem o objetivo de criar um degrau próximo ao forame apical, com o objetivo de se criar uma região que sirva para ancorar o cone de guta percha (que nos auxiliará na obturação do canal). A confecção do batente apical permite criar uma matriz, contra o qual o material obturador é condensado. O uso intencional e repetido dos instrumentos ao mesmo nível apical produzirá uma “parada apical” criando um canal cirúrgico de diâmetro maior que o canal anatômico original. Na imagem representada se tem um dente com comprimento de patência igual a 22 mm e comprimento de trabalho igual a 21 mm. O instrumento apical inicial escolhido foi o 15, sendo realizado o movimento de alargamento até que esse primeiro instrumento fique folgado dentro do canal. Nesse momento é feito a irrigação, patência e trocado de instrumento. Esse processo será repetido ate chagar ao IM, que no exemplo é o instrumento de n° 30. Entre cada instrumento faz-se irrigação, aspiração e patência. O uso de instrumentos com maiores diâmetros em toda a extensão do preparo, devido à redução de sua flexibilidade, induz a um número maior de acidentes, principalmente em canais curvos e atresiados, com degraus, zip, obliteração apical com raspas de dentina, perfurações e dentre outros. Clem 1969 propôs que instrumentos endodônticos de menor calibre fossem usados em todo o CT (comprimento de trabalho) e os de maior calibre empregados em ordem crescente de diâmetro e comprimentos inferiores ao de trabalho. Clem complementa que durante esse processo de escalonamento, deve-se realizar a irrigação, aspiração e patência foraminal a cada troca de instrumento. E escalonar com recuo programado de 1 mm em cada lima posterior, com o objetivo de preparar os terços médio e cervical do canal radicular. A cada aumento de diâmetro do instrumento é necessário diminuir em 1 mm a instrumentação do canal (CT), fazendo um desgaste que lembra a forma de um telescópio. Além de conferir um aspecto mais cônico ao canal, o escalonamento também tem por função aumentar o contato dos instrumentos com a parede do canal. Dessa forma, em uma necropulpectomia, por exemplo, será possível cisalhar mais dentina e com isso remover mais biofilme e microbiota (aderidos aos túbulos dentinários). Seguindo o exemplo abaixo, tem-se um canal com 22 mm de comprimento até o forame apical, o que significa que o comprimento de trabalho do mesmo é de 21 mm. É com essa medida de 21 mm que será feito o batente desse dente, ou seja, uso do IAI mais três instrumentos para uma biopulpectomia, ou o IAI mais quatro instrumentos para uma necropulpectomia. Obs: o canal radicular (e câmara pulpar) deve estar sempre inundado com solução irrigadora (hipoclorito de sódio). Caso contrário o canal irá entupir. Importante frisar: deve-se diminuir progressivamente e respectivamente 1 mm a cada instrumento de escalonamento. Executar a limpeza do forame apical durante e após a instrumentação com IP e deixar sempre o canal repleto de solução irrigante. O escalonamento não precisa necessariamente ser feito até a região cervical. Isso porque normalmente até 16 mm utiliza-se os alargadores de gates glidden, ou seja, a partir de 16 mm a gates já faz o alargamento. Obs: O escalonamento pode e deve ser realizado em todos os tipos de canal. Obturar um canal radicular significa preenche-lo em toda sua extensão com um material inerte ou anti-séptico, que sele, permanentemente, da maneira mais hermética possível, estimulando o processo de reparo apical e periapical. Segundo De Deus (1992), o selamento do sistema de canais radiculares objetiva: Prevenir a formação de exsudato e sua percolação em seu interior; Impedir a reinfecção por microorganismos que possam, eventualmente, ter permanecido. Favorecer o processo biológico de cicatrização dos tecidos periapicais O ideal é que toda obturação seja bem compacta e preenchida o máximo possível como representado na imagem ao lado. É necessário preencher, pois desta forma o microrganismo estará trancafiado, impedindo assim que cheguem nutrientes para o microrganismo. Um canal mal tratado, cujo tratamento de canal não foi bem realizado pode criar espaços dentro do canal radicular, quando cria espaços pode-se ocorrer uma percolação, ou seja, fluidos teciduais que penetram pelo forame apical e vão preencher espaços vazios de dentro do canal. Podem entrar no canal radicular devido esses espaços: proteínas solúveis em água, enzimas e sais. Podendo entrar também alguma bactéria, fruto de uma bacteremia transitória e penetrar por esse forame. Sabe-se que é um ambiente quente, úmido e escuro. Ou seja, lugar propício para o microrganismo se proliferar. Obs: a bactéria pode entrar por percolação (via forame apical), via infiltração coronária, via túbulo dentinário e pequena trinca no esmalte e na dentina. Exemplo de imagens radiográficas de uma obturação bem realizada. Imagem1: observa-se uma lesão periapical grande. Imagem 2: tem-se osso alveolar formado no local onde tinha uma grande lesão (radiografia de 3-4 anos depois). Cowen e Burs (1997), diz que é possível dizer que o tratamento endodôntico termina quando a região periapical neutraliza o transtorno por este tratamento, ou repara uma lesão pré- existente. Propriedades biológicas Boa tolerância tecidual Estimular o permitir reparação Ter ação antimicrobiana Não ser mutagênico ou carcinogênico Não desencadear resposta imune Ser reabsorvido no periápice em extravasamento acidentais Propriedades físicas Facilidade de inserção Bom tempo de trabalho Permitir selamento hermético Não sofrer contração Ser radiopaco Ser de fácil remoção Plástico na inserção e solido posteriormente Possuir bom escoamento Possuir boa viscosidade e aderência Não ser solubilizado no interior do canal Não sofrer contração Não manchar estruturas dentais pH próximo ao neutro Ser passível de esterelização Materiais em estado sólido: Cones de guta-percha; Cones de resina. Materiais em estado plástico Cimentos a base de OZE; Cimentos a base de resinaplástica; Cimento obturador contendo MTA; Cimentos contendo hidróxido de cálcio; Cimentos a base de ionômero de vidro; Cimentos a base de silicone. É uma substância vegetal, removida de uma árvore denominada Palaquium Gutta. Composição: gutapercha 20%; óxido de zinco (60%-75%), carbonato de cálcio, sulfatos, óleo de cravo (1,5%- 15%). O óxido de zinco é o material em maior quantidade e promove um poder antisséptico ao material. Ou seja, evita que microrganismos proliferem no local. Propriedades: Facilidade de emprego; Custo reduzido; Bem tolerada pelos tecidos periapicais; Boa radiopacidade; Não solubilizada por fluidos orgânicos; Razoável estabilidade dimensional; Passível de ser removida quando necessário desobturar. Cones de guta percha alfa: Menor temperatura de fusão; Alto índice de escoamento e adesividade; Pegajosa quando aquecida; Utilizada na técnica da obturação termoplastificada. Cones de guta percha beta: Maior temperatura de fusão; Baixo escoamento e pouca adesividade as paredes do canal; Maleável quando aquecida; Utilizada na técnica de condensação lateral ativa. Cones de guta percha e seus tipos: Tipo I: principal (estandarlizados) Tipo II: auxiliares (convencionais) Obs: a ponta do cone deve ter o diâmetro da ponta do último instrumento utilizado. O momento da obturação deve seguir algumas particularidades, como: O canal deve ser encontrado preparado, limpo e dilatado na forma cônico-progressiva. O preparo no dente é o que fornece essa forma cônico progressiva de apical para cervical. Canal deve estar seco, livre de umidade e exsudato. Dentes principalmente com patologias periapicais e que é instrumentado e obturado na segunda sessão precisam ter as seguintes características: O dente precisa encontrar-se assintomático, sem dor espontânea a percussão e sem sensibilidade apical a palpação. Obs: não é necessária esperar a cicatrização de uma lesão para obturar o canal. É necessário fazer a obturação o mais rápido possível, mas somente deve ser realizado quando o dente se encontrar assintomático. Em caso de tecido pulpar vital (biopulpectomias) o ideal pela ausência de contaminação no canal radicular é obturar em uma única sessão. Em casos de tecido pulpar necrosado (microrganismos no canal) é necessário obturar no mínimo duas sessões. Tanto dentes polpados quanto despolpados, o limite da instrumentação deve ser confeccionado preferencialmente a1 mm do ápice radiográfico do dente. É necessário anestesiar, fazer o isolamento absoluto, abertura coronária, irriga/remove a medicação e faz-se a recaptulação refazendo a patência e experimentando o instrumento de memória. O instrumento de memória é o último instrumento utilizado em todo o comprimento de trabalho. Por exemplo: se foi instrumentado do 15 ao 40 o instrumento de memória é o 40. Todo dente que ira passar por uma obturação precisa ser preparado com a remoção do curativo de demora e irrigação com hipoclorito de sódio ou EDTA 17% por 3 minutos. Técnica de obturação dos canais radiculares: Escolha do cone de guta-percha principal; O cone de cuta-percha principal é aquele cuja ponta do cone tem diâmetro da ponta do instrumento de memória, ou seja, se o instrumento final foi 40 a ponta do cone tem que está calibrada no diâmetro 0.4 milímetros. Obtém-se isso de duas formas: fazendo o cone principal ou compra-se o cone calibrado. Pode-se fazer o cone principal pegando qualquer cone, porém, é necessário saber que existem espessuras diferentes. Como por exemplo, cone XL que é bem fino, L que é mais largo e ML que é bem mais calibroso. Ou seja, é no olhômetro que se observa sua espessura para utilizar no canal. Transformação dos cones acessórios em cones principais (calibração dos cones por meio das réguas): na parte de trás da régua têm-se vários furinhos onde cada um possui sua numeração e na parte da frente observam-se os calibres diferentes. Desta forma, consegue-se calibrar os cones acessórios transformando-os em cones principais e colocando o cone pela parte de trás onde tem os números e pela parte da frente se pega uma lâmina de bisturi para cortar o cone. Quando o cone é cortado ele está calibrando o cone com o número que foi escolhido, esse número é o diâmetro em milímetros do que foi cortado. Por exemplo, se for cortado o cone no buraco do número 40 significa que o calibre do cone de guta- percha é igual ao calibre do instrumento da ponta de número 40, sendo 0,4 mm de diâmetro. Isto é feito, pois o cone principal precisa entrar justo no terço apical do canal, precisando vedar e se adaptar perfeitamente a região apical. Todos os cones que forem utilizados devem ficar imersos em hipoclorito de sódio por 1 minuto para realizar a desinfecção. Durante a prova do cone principal o canal deve está inundado e não seco, deve está cheio de hipoclorito. Executar tomada radiográfica; O cone principal precisa está chegando até o comprimento de trabalho (1 mm) e a adaptação do cone principal ao terço apical. Verificar o “travamento apical” do cone principal; No terço apical até o comprimento total de trabalho o cone principal precisa entrar justo. Essa forma justa é sentida manualmente chamando-se de “travamento apical”. Ou seja, quando é ajustado o cone no comprimento de trabalho sente-se que o cone deu uma travada/adaptada de modo que é sentido uma pressão resistente à tração do cone. Quando o cone fica aquém, ou seja, não chegou ao comprimento de trabalho pode ser que ele tenha a ponta de calibre maior do que o instrumento de memória ou o cone tem uma conicidade maior do que a conicidade que foi dado no preparo. Sendo necessário trocar o cone e recaptular. Quando o cone ultrapassa pode-se calibrá-lo melhor para se travar e se adaptar melhor ao seu batente. Calibragem do cone principal; Quando é realizado o corte na régua ficam algumas rebarbas, sendo necessário inspecionar o cone, pois o ideal é que o cone fique redondo. É necessário posicionar o cone em uma placa de vidro e ir com a gilete ou lâmina de bisturi acertando o Técnica da condensação lateral preparo da ponta do cone e cortando os excessos. Secagem do canal com cones de papel Realiza-se a secagem do canal inicialmente utilizando sucção com uma ponta aspiradora e, em seguida, cones de papel absorvente estéreis de diâmetros compatíveis com o do preparo apical, sobre os quais se delimita o CT. Os cones de papel absorventes estão disponíveis comercialmente nas conicidades de 0,02, 0,04 e 0,06 mm/mm e diâmetros em D0 padronizados (ISO). Alguns fabricantes oferecem cones de papel absorvente com os diâmetros semelhantes aos dos instrumentos endodônticos empregados no preparo apical do canal radicular. Outros fornecem os cones de papel já esterilizados. Os que não vierem estéreis do fabricante devem ser esterilizados em autoclave antes do uso. Um cone de papel absorvente deverá ser mantido no interior do canal, até o momento da obturação propriamente dita, a fim de absorver a umidade que se deve acumular, principalmente, na região apical. Nos casos de canais amplos, mais de um cone de papel podem ser colocados lateralmente ao apical. Manipulação do cimento endodôntico de forma homogênea e cremosa; Necessário incrementar o pó ao líquido e deixar com um aspecto semelhante a um creme dental. Deve ser espalhado em uma grande área da placa para poder esmagar os grãos do pó deixando tudo em forma homogênea. Lubrificar o cone de guta-percha com cimento obturador e pincelar contra as paredes do canal; Introdução do cone principal com movimento firme e curto de vaivém e penetração; Condensação lateral; Seleciona-se o instrumento espaçador endodôntico digital servindo para auxiliar a colocação de
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