Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Classificação dos Compósitos Compósitos reforçados por fibras • mais comuns tecnologicamente • projetos voltados para o aumento de resistência, tenacidade ou rigidez em relação ao peso • o grau segundo o qual uma carga aplicada é transmitida para as fibras pela matriz � interface é o que determina as propriedades. • estes compósitos são subclassificados de acordo com o comprimento da fibra • fibras muito curtas podem não produzir melhora significativa Compósito reforçado com fibras: • a – Continuo e alinhado � boa melhora na resistência • b – Descontínuo e alinhado (curto) � fibra curta, pouca melhora na resistência. • c – Orientado aleatoriamente � melhoria de 50 a 90% da resistência em relação à fibra longa análoga. Compósitos reforçados por fibras • As fibras de vidro (as mais baratas e as mais usadas); • As fibras de aramida (kevlar); • As fibras de carbono (apresentam resistências mecânicas elevadas e baixas densidades, apesar do seu preço mais elevado são utilizadas em muitas aplicações). Fibras de vidro + Epóxi ( l = 2,5mm) Fibras sintéticas mais comuns: • Boro • Carbeto de silício • Óxido de alumínio Fibras sintéticas utilizados em menor intensidade: Comportamento mecânico de um compósito reforçado com fibras. Curvas tensão- deformação Curva tensão- deformação • As respostas mecânicas desse tipo de compósito dependem do comportamento da fibra e da matriz, além da direção na qual a carga é aplicada. • Para um carregamento na direção longitudinal se considerarmos o comportamento tensão-deformação da fibra como totalmente frágil e da matriz como dúctil, o compósito apresentará comportamento como o da figura. Inicialmente há deformação elástica da fibra e da matriz. No estágio II a matriz escoa e se deforma plasticamente enquanto que a fibra se estica elasticamente. O início da falha ocorre quando as fibras começam a se fraturar e não é catastrófica porque nem todas as fibras fraturam ao mesmo tempo. Compósitos reforçados por fibras contínuas e alinhadas: Compósitos reforçados por fibras contínuas e alinhadas: Comportamento elástico longitudinal • se a interface matriz-fibra tem boa ligação, a deformação da matriz e da fibra é a mesma (isodeformação). Então: Compósitos reforçados por fibras contínuas e alinhadas: Comportamento elástico longitudinal Desta maneira, a carga total suportada pelo compósito (Fc) é igual a soma das cargas atuantes na matriz (Fm) e fibras (Ff), enquanto que a tensão atuante no compósito (σc) é proporcional àquelas da matriz (σm) e das fibras (σf) e, também, as frações volumétricas da matriz (Vm) e das fibras (Vf). Compósitos reforçados por fibras contínuas e alinhadas: Comportamento elástico transversal • Com a aplicação da carga sob um ângulo de 90 graus em relação ao alinhamento das fibras, a tensão é a mesma (isotensão): Compósitos reforçados por fibras contínuas e alinhadas: Comportamento elástico transversal • Desta maneira, a carga total suportada pelo compósito é diferente das cargas atuantes na matriz e fibras, enquanto que a deformação no compósito é proporcional as deformações e frações volumétricas da matriz e das fibras. Compósitos reforçados por fibras contínuas e alinhadas: Limite de Resistência à tração Longitudinal � a resistência é a tensão máxima na curva tensão- deformação. Portanto, a fratura marca o surgimento da falha no compósito e depende das propriedades da matriz e fibra e de sua interface. Resistência máxima Resistência no instante da falha Transversal � anisotropia total. A resistência à tração é, às vezes, inferior ao da matriz. Resistências à tração na direção longitudinal e transversal às fibras • Compostos Reforçados com Fibras Unidirecionais. • O Teor das Fibras de cada compósito é de aproximadamente 50%vol. • Embora a eficiência da fibras descontínuas seja menor que para as fibras contínuas elas estão se tornando cada vez mais importantes no mercado comercial. • Fibras de vidros picadas são os reforços desse tipo usados com maior freqüência. Contudo, fibras descontínuas de carbono também são utilizadas em compósitos. A resistência longitudinal é dada por: Compósitos reforçados por fibras descontínuas e alinhadas: • Para l > lc : σcd = σfVf (1- lc/2l) + σm(1-Vf) • Para l < lc : σcd = lττττcVf/d + σm(1-Vf) Lc é o comprimento crítico da fibra � relacionado com o aumento efetivo da resistência no compósito Comparação entre as propriedades de um polímero sem e com o reforço de fibras de vidro A resistência aumenta de acordo com uma certa fração volumétrica da preenchimento da fibra. • Quando a orientação da fibra é aleatória são usadas fibras curtas e descontínuas. A tabela mostra o reforço que é possível se obter. Compósitos reforçados por fibras descontínuas e aleatoriamente orientado: ORIENTAÇÃO DAS FIBRAS A resistência será máxima quando as fibras estiverem orientadas com o esforço (sendo mínima na direção perpendicular) Variação de propriedades com a orientação das fibras para uma liga de Titânio reforçada com fibras de Boro Comportamento Elástico em Função da Direção de Carregamento Para uma carga alinhada na direção do carregamento: Ecl = EmVm + EfVf módulo de elasticidade do compósito Ecl = Em (1-Vf) + EfVf Ff/Fm = EfVf/EmVm relação entre a carga suportada pelas fibras e pela matriz Resumindo: Para uma carga alinhada na direção transversal ao carregamento: 1/Ecl = Vm/Em + Vf/Ef módulo de elasticidade do compósito Ecl = Em Ef / VmEf + VfEm = EmEf/ (1-Vf)+ VfEm Ff/Fm = EfVf/EmVm relação entre a carga suportada pelas fibras e pela matriz • Regra das misturas: usada quando para compósitos com fibras descontínuas e aleatoriamente orientadas: Ecd = Vm/Em + KVf/Ef SISAL Extração da fibra de sisal (desfibramento): Fibras Naturais Fibras Naturais JUTA Extração da fibra de juta (maceração): Fibras Naturais COCO Extração da fibra de coco (maceração): Processamento dos compósitos reforçados com fibras • Pultrusão: Para produção de formatos de seção reta constante (barras tubos vigas). • Mechas ou cabos de fibras são impregnados com uma resina termofixa, sendo então estirados através de um molde de aço aquecido. • Passa na seqüência em um molde de cura aquecido que confere a peça sua forma final. • Matrizes usuais: Poliésteres, ésteres vinílicos, resinas epóxi. • Fibras usuais: De vidro , carbono, aramida. Processamento dos compósitos reforçados com fibras • Prepreg: Processo mais utilizado para estruturas. • Fibras contínuas pré-impregnadas com resina polimérica parcialmente curadas em espessuras de 0,08 mm a 0,25 mm e larguras de 2,5 mm a 1525 mm. • Esse material é enviado ao fabricante em forma de fita. Essa fita molda e cura por completo o produto sem a necessidade de adicionar qualquer resina adicional apenas com calor e pressão. • Teor de resina: 35 a 45 % em vol. termofixa ou termoplástica. • O prepreg deve ser mantido a 0 C pois a cura prosseguiria à temperatura ambiente • Após a remoção do papel de suporte várias camadas são colocadas, em geral com as fibras cruzadas para se ter mesma resistência nos dois sentidos. Processamento dos compósitos reforçados com fibras • Enrolamento de filamento: Processo no qual as fibras de reforço contínuas são posicionadas segundo um padrão pré-determinado para compor uma forma oca geralmente cilíndrica • Fios individuais ou em mechas são alimentados através de um banho de resinas e em seguida enroladas continuamente ao redor de um mandril (processo automático). • Após um número apropriado de camadas a cura é executada em m forno ou a temperatura ambiente após a retirada do mandril. • Como alternativa pode-se enrolar prepregs estreitos e delgados (até 10 mm) ao redor do mandril.
Compartilhar