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Módulo 4 - aula 3

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Prévia do material em texto

Carteira de trabalho e previdência 
social
Apresentação
A Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) representa uma conquista ao trabalhador, que 
tem a condição de possibilidade de registrar a sua vida funcional ao longo dos anos de prestação de 
serviço. Surgida durante a Era Vargas, sua inspiração se deu na Carta 
del Lavoro, criada pelo ditador italiano Benito Mussolini em 1927.
 
Nesta Unidade de Aprendizagem, você aprenderá sobre o surgimento 
da CTPS, os documentos necessários para a sua obtenção e quem está obrigado a utilizá-la. Você 
aprenderá, ainda, sobre o que pode e o que não pode ser anotado na CTPS, assim como as 
consequências para quem anota dados desabonadores para o trabalhador.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir CTPS e especificar quem pode obtê-la.•
Identificar quais documentos são necessários para a confecção da CTPS.•
Analisar o que pode ou não ser anotado na CTPS, bem como seus efeitos.•
Desafio
Os registros profissionais são uma conquista do trabalhador, 
pois representam anos de esforço e dedicação para o desenvolvimento pessoal e social. Essa é uma 
das razões que determinam que o empregador deverá registrar os principais dados do vínculo 
empregatício entre empregado e empregador na CTPS.
 
 
Você é advogado e, 1 ano após a dispensa, Jorge lhe procura para processar seu antigo 
empregador. Considerando que Jorge estava realmente alcoolizado no trabalho quando foi 
dispensado, é possível o ajuizamento de uma ação judicial? Quais os fundamentos legais?
Infográfico
Muitas ações judiciais que tramitam na Justiça do Trabalho se referem à anotação de dados 
equivocada ou faltante na CTPS. A CLT prescreve, inclusive, a posssibilidade de anotação pela 
Justiça do Trabalho, como se verifica no artigo 39, § 1o.
Veja, neste Infográfico, o fluxo de habilitação da CTPS Digital e como se dará a contratação do 
empregado que não mais tem a CTPS em modelo físico. Você verá também as vantagens da CTPS 
Digital.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para 
acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/7f8f51d7-da73-4726-8a72-8ee8f277d481/778c5b89-0b14-4405-850c-68ee6d1adfe4.jpg
Conteúdo do livro
A recente Lei da Liberdade Econômica (Lei n.o 13.874, de 20 de setembro de 2019) alterou 
diversos pontos da CLT, especialmente no que se refere à CTPS. A intenção do legislador foi 
simplificar para o trabalhador, possibilitando a fácil obtenção do documento e o registro dos dados 
profissionais.
 
No capítulo Carteira de Trabalho e Previdência Social, da obra Direito do Trabalho I, você aprenderá 
sobre o momento político que inspirou o surgimento da CTPS, seus idealizadores e seu histórico. 
Da mesma forma, você aprenderá sobre os requisitos para a obtenção desse documento e a sua 
importância na vida profissional, assim como dados que podem ou não ser registrados nele. O 
registro de dados desabonadores na CTPS do trabalhador gera consequências legais a quem o fizer.
 
Boa leitura.
DIREITO DO 
TRABALHO I 
Eduardo Zaffari 
Carteira de trabalho 
e previdência social
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS) e quem pode obtê-la.
  Identificar quais documentos são necessários para a confecção da 
carteira de trabalho.
  Analisar o que pode ou não ser anotado na carteira de trabalho, bem 
como os seus efeitos.
Introdução
Por meio do trabalho, o homem obtém sustento e se sente útil à so-
ciedade. As doutrinas contemporâneas destacam também a função 
social da empresa, que tem o dever de contribuir para a evolução dos 
trabalhadores, qualificando-os. Nesse contexto, a CTPS é um documento 
fundamental para a formalização da relação de trabalho e para o registro 
do histórico profissional.
Neste capítulo, você vai ler sobre o surgimento da CTPS. Você também 
vai verificar quais são os documentos necessários para a obtenção da 
carteira de trabalho, assim como os dados que devem ser registrados 
dela. Além disso, você vai conhecer as consequências sofridas por quem 
faz anotações desabonadoras sobre a conduta do trabalhador na CTPS.
1 Histórico e conceitos básicos
Em 29 de dezembro de 1931, o jornal O Globo estampava a seguinte manchete: 
“Instituição da ‘Carteira Profi ssional’ para as classes assalariadas”. Tal manchete se 
referia à notícia de que o então ministro do Trabalho, Lindolfo Collor, apresentara 
ao presidente da República, Getúlio Vargas, os benefícios do documento profi s-
sional: o portador teria um documento ofi cial com seu histórico profi ssional, e os 
empregadores poderiam consultar as recomendações dos empregadores anteriores. 
Além de fazer referência à adoção do documento por outros “países adiantados”, 
o ministro do Trabalho condicionava a elaboração da lei da carteira profi ssional 
à consulta e às sugestões dos interessados, empregados e empregadores.
Para a compreensão do contexto político e social que forjou a inovação 
proposta pelo então ministro do Trabalho, vale recorrer à palestra proferida 
no Serviço Nacional da Indústria, em 2 de agosto de 1990, pelo ministro apo-
sentado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), ex-ministro do Trabalho e 
ex-ministro da Agricultura Arnaldo Süssekind, falecido em 2012. Na palestra, 
Süssekind recorda que até 1930 o Brasil tinha apenas quatro leis trabalhistas: 
Lei de Acidentes do Trabalho, de 1919; lei que criou as caixas de assistência 
dos ferroviários (Lei Elói Chaves, de 1923); lei que estendeu o regime de caixas 
para os marítimos e portuários (1926); e lei de férias (1926), que estabelecia 
férias, mas sem qualquer fiscalização. A ausência de fiscalização estava ligada 
à inexistência de um Ministério do Trabalho à época; esse órgão só foi criado 
em 1930, e o primeiro ministro do Trabalho foi Lindolfo Collor.
Antes de 1930, existiam apenas essas quatro leis trabalhistas, que não 
tinham um órgão fiscalizador específico nem contavam com as normas básicas 
existentes em outros países, como limite à jornada de trabalho, garantias de 
emprego, salário mínimo e regras de proteção. O atraso do Brasil na proteção 
do trabalhador levou Lindolfo Collor a aconselhar o seguinte a Getúlio Vargas:
A nação exige muito e, por enquanto, nós lhe oferecemos pouco. Penso que, 
para estarmos nós e, sobretudo para estares tu à altura do momento histórico 
que vivemos, esse movimento deve ser alguma coisa a mais. Além de uma 
ocasional coligação eleitoral para a conquista da Presidência, ele deve ser o 
início de uma nova mentalidade do regime. Repara que as ideias, forças que 
fizeram a República entrar em declínio, chegaram ao limiar de uma época 
nova. A nação perdeu a confiança nisso que aí está (SÜSSEKIND, 1990, 
disponível on-line).
Claramente, Lindolfo Collor se referia ao atraso do Brasil em relação às 
demais nações; apresentava-se aí a oportunidade de Getúlio Vargas entrar para 
a história como estadista. No País, se iniciava uma época de intensa industriali-
zação, e era necessário modernizar as relações de trabalho para competir com os 
demais países exportadores. Lindolfo Collor trouxe ao recém-criado Ministério 
do Trabalho, Indústria e Comércio três socialistas confessos à época: Evaristo de 
Moraes, Joaquim Pimenta e Agripino Nazaré. O País ansiava por uma legislação 
mínima de proteção, como alertava Lindolfo Collor a Getúlio Vargas:
Carteira de trabalho e previdência social2
A proteção aos interesses dos operários deve ser completa, a conquista das 
8 horas de trabalho, o aperfeiçoamento e ampliação das leis de férias, dos 
salários mínimos, a proteção das mulheres e dos menores, todo esse novo 
mundo moral que se levanta nos dias atuais em amparo ao proletariado 
deve ser contemplado pela nossa legislação, para que não se continue a 
ofender os brios morais dos nossos trabalhadores com a alegação de que 
o problema socialdo Brasil é um caso de polícia (SÜSSEKIND, 1990, 
documento on-line).
A partir da criação do Ministério do Trabalho, uma série de leis tra-
balhistas sugiram. Entre elas, destacam-se: as relativas à duração do 
trabalho no comércio e na indústria, a lei do salário mínimo, a regula-
mentação do trabalho da mulher e a criação da carteira profissional, por 
meio do Decreto nº 21.175, de 21 de março de 1932. Quando foi criada, a 
carteira profissional se destinava a todas as pessoas maiores de 16 anos 
de idade, sem distinção de sexo, que tivessem emprego na indústria ou no 
comércio, assim como aos empregados estrangeiros que trabalhassem em 
território nacional. O Decreto nº 21.175/1932 apresentava os documentos 
necessários à obtenção da carteira, o custo para a sua confecção (cinco 
mil réis à época, o que gerou resistência das entidades de trabalhadores), 
o conteúdo a ser anotado e as penas decorrentes de sua não assinatura e 
de lançamentos inidôneos.
Já na sua instituição, previa-se que a carteira profissional faria prova em 
favor do empregado. O Decreto nº 21.175/1932 foi posteriormente regula-
mentado pelo Decreto nº 22.035, de 29 de outubro de 1932, e consolidado 
pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis 
do Trabalho — CLT). Naquele contexto, a expressão “carteira de trabalho” 
sofreu críticas porque o documento não se tratava de um porta-objetos. Assim, 
invocava-se a doutrina estrangeira: na França e na Itália, a carteira de trabalho 
era denominada “livreto de trabalho” (livret d’ouvrier e libretto di lavoro, 
respectivamente) (COSTA MACHADO, 2017).
A CLT foi sancionada pelo então presidente Getúlio Vargas na época do Estado Novo. 
O seu objetivo era a unificação de toda a legislação trabalhista então em vigor.
3Carteira de trabalho e previdência social
A junta militar de 1969, composta pelos ministros da Guerra, do Exército 
e da Aeronáutica, instituiu a CTPS, alterando os arts. 13 a 21, 30 e 52 da CLT, 
por meio do Decreto-Lei nº 926, de 10 de outubro de 1969. A CTPS surgiu em 
substituição à carteira profissional, à carteira de trabalho do menor e à carteira 
profissional do trabalhador rural, tornando-se obrigatória para todo empre-
gado, mesmo sendo temporário ou rural. A CTPS se destinava, igualmente, 
ao proprietário de pequeno estabelecimento que trabalhasse individualmente 
ou em economia familiar, inclusive no âmbito rural. Ela destinava-se também 
aos trabalhadores que exercessem sua profissão em economia familiar e sem 
empregados, explorando áreas não excedentes a um módulo rural. Além disso, 
desde a implantação da CTPS, as anotações da carteira de trabalho servem para 
a comprovação do tempo de serviço junto à Previdência Social, antigamente 
denominada Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Os documentos exigidos para a confecção da carteira de trabalho à época eram: 
duas fotografias 3 × 4, de frente, tiradas há menos de um ano; certidão de idade 
ou documento legal que a substituísse; decreto de naturalização ou carteira de 
estrangeiro, quando fosse o caso; autorização de pai, mãe, responsável legal ou juiz 
de menores para menor de 18 anos; atestado médico de capacidade física e mental; 
prova de alistamento ou de quitação com o serviço militar; ou qualquer outro 
documento hábil que contivesse os dados previstos nos documentos mencionados. 
As carteiras de trabalho eram emitidas pelas delegacias regionais do trabalho, vin-
culadas ao Ministério do Trabalho e Previdência Social, ou por órgãos conveniados 
com esse ministério. Posteriormente, a carteira passou a ser emitida pelo Ministério 
do Trabalho e Emprego; atualmente, ela é emitida pelo Ministério da Economia.
A CTPS pode ser obtida por qualquer trabalhador, urbano (art. 2º e 3º da 
CLT) ou rural (art. 2º e 3º da Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973), inclusive 
por trabalhador doméstico (art. 1º da Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 
1972), atleta de futebol (art. 4º da Lei nº 6.354, de 2 de setembro de 1976) e 
treinador profissional de futebol (art. 6º da Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993). 
O requerente deve ter capacidade de direito, nos termos dos arts. 4º e 5º do 
Código Civil brasileiro. O trabalhador temporário igualmente deve fazer uso da 
carteira do trabalho, nos termos do art. 12, § 1º, da Lei nº 6.019, de 3 de janeiro 
de 1974. Os empregadores, sócios em geral, titulares de empresa individual e 
diretores não empregados não têm a obrigatoriedade de possuir uma CTPS; a 
confecção é facultativa, para efeitos exclusivamente previdenciários.
Até alguns anos atrás, os estrangeiros residentes em regiões que fazem 
fronteira com o Brasil podiam trabalhar nas cidades próximas à fronteira, 
bastando apresentar seu documento de identidade à Polícia Federal, nos ter-
mos do art. 21 da revogada Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980. A atual Lei 
Carteira de trabalho e previdência social4
de Imigração (Lei nº 13.445, de 24 de maio de 2017) nada prescreve sobre a 
anterior isenção; ela apenas afirma que lhes serão assegurados os direitos da 
vida civil mediante autorização, conforme o art. 23. Ou seja, a atual Lei de 
Imigração permite o exercício do labor mediante autorização da Polícia Federal.
O estagiário não necessita de carteira de trabalho. A sua relação contratual é regida 
pela Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008.
2 Documentos necessários
A CTPS é um documento de identifi cação profi ssional que apresenta o histórico 
profi ssional do trabalhador e a sua experiência. Ela tem como atributo, ainda, o 
fornecimento de subsídios informativos ao Estado para a confecção de políticas 
para aumento de renda e empregos, em razão do controle estatístico. Ademais, a 
CTPS serve como importante comprovação do tempo de serviço para fi ns previ-
denciários, assim como faz prova do contrato de trabalho e das cláusulas gerais 
e fundamentais (como remuneração, férias, jornada de trabalho, sindicalização), 
bem como das principais ocorrências do histórico ocupacional do empregado. A 
Previdência Social pode, por meio da CTPS, realizar o controle do adimplemento 
das contribuições previdenciárias pelo empregador, analisando os valores lançados 
nesse documento. Na Justiça do Trabalho, a CTPS serve como prova, para o empre-
gador, de tudo aquilo que estiver sendo discutido, interpretando-se favoravelmente 
ao trabalhador o que nela estiver registrado. Além disso, a carteira de trabalho 
física serve como documento de identifi cação civil na falta de outro documento.
A carteira de trabalho está revestida da indisponibilidade ao empregado 
e empregador, pois envolve bens jurídicos de diferentes naturezas (COSTA 
MACHADO, 2017). Além de fornecer informações importantes para fins 
estatísticos ao Estado, a CTPS envolve direitos do Instituto Nacional do Seguro 
Social (INSS), que controla o recolhimento das parcelas previdenciárias. Assim, 
não há qualquer discricionariedade estatal que permita isentar empregado e 
empregador do uso da CTPS, tampouco se permite a relação empregatícia sem 
o uso correto da carteira de trabalho. Mas é importante atentar que a prestação 
de trabalho pelo empregado ao empregador sem a CTPS não desnatura o 
vínculo de emprego, dado o princípio da primazia da realidade.
5Carteira de trabalho e previdência social
Na relação entre empregado e empregador, o princípio da primazia da realidade 
prescreve que a realidade prevalecerá sobre a forma que eventualmente mascare a 
relação existente entre as partes. Nesse sentido, estando presentes os pressupostos 
constantes nos arts. 2º e 3º da CLT, existirá uma relação de emprego, independente-
mente de contrato de trabalho assinado.
O fato de a carteira de trabalho servir como meio de prova na Justiça do 
Trabalho — para fins previdenciários, para fins estatísticos e de controle — 
torna necessário o cuidado em sua emissão. Assim, em 12 de dezembro de 
1991, a Lei nº 8.260 alterou o art. 16 da CLT, passando a exigir duas fotogra-
fias 3 × 4, de frente, e qualquer documento oficial deidentificação pessoal 
do interessado no qual pudessem ser colhidos nome completo, filiação, data 
e lugar de nascimento. A fotografia era colada na carteira de trabalho para 
permitir o reconhecimento de seu portador. A apresentação de documento 
oficial, considerando as diferentes realidades brasileiras, poderia ser suprida, 
como prescrevia o art. 17 da CLT:
Na impossibilidade de apresentação, pelo interessado, de documento idôneo 
que o qualifique, a Carteira de Trabalho e Previdência Social será fornecida 
com base em declarações verbais confirmadas por 2 (duas) testemunhas, 
lavrando-se, na primeira folha de anotações gerais da carteira, termo assinado 
pelas mesmas testemunhas (BRASIL, 1943, art. 17, documento on-line).
A previsão legal decorria do fato de que no interior do País é comum que pessoas 
mais simples não tenham sequer documento de identidade e certidão de nascimento. 
Vedar o trabalho a essas pessoas, dada a obrigatoriedade de anotação do contrato 
de trabalho na CTPS, consistiria em injustiça e inobservância do princípio de 
proteção do trabalhador. A falta do documento oficial do interessado era suprida 
pela declaração de duas testemunhas presentes ao ato de solicitação, estas portando 
documentos oficiais, atestando que o interessado fornecia informações corretas.
O art. 17 da CLT não prescrevia prazo de validade para a carteira de traba-
lho emitida dessa forma, mas a Portaria nº 1/97 do secretário de Políticas de 
Emprego e Salário, em seu art. 3º, prescrevia o prazo de três meses improrro-
gáveis de validade para a CTPS emitida dessa forma. A doutrina suscitava a 
integralidade dessa previsão de tempo, considerando interpretação restritiva 
da lei pelo entre administrativo (COSTA MACHADO, 2017).
Carteira de trabalho e previdência social6
Em 2017, o Ministério do Trabalho lançou a carteira de trabalho digital, que pode ser 
obtida na forma de aplicativo a partir do cadastramento na plataforma Acesso GOV.
BR. A carteira de trabalho digital não substitui a carteira de trabalho física e não serve 
como documento de identidade civil, como o documento físico.
Ao menor de 18 anos sem documento oficial, bastava a declaração de seus 
pais ou responsáveis legais, os quais deveriam se fazer presentes ao ato de 
solicitação da CTPS para prestar as declarações necessárias. De acordo com 
a redação anterior, o menor de 18 anos deveria apresentar: atestado médico 
de capacidade física, comprovante de escolaridade e autorização do pai, da 
mãe ou do responsável legal (na sua falta, da pessoa sob cuja guarda estivesse 
o menor ou da autoridade competente), além de prova de alistamento ou de 
quitação com o serviço militar, quando fosse o caso.
A Lei nº 13.874, de 20 de setembro de 2019, instituiu a Declaração de 
Direitos de Liberdade Econômica, estabelecendo normas de proteção à 
livre iniciativa e ao livre exercício de atividade econômica. Para estimular 
a economia, estabeleceu as diretrizes fundamentais desse novo paradigma, 
em que são princípios: a liberdade como uma garantia no exercício de 
atividades econômicas; a boa-fé do particular perante o poder público; a 
intervenção subsidiária e excepcional do Estado sobre o exercício de ati-
vidades econômicas; e o reconhecimento da vulnerabilidade do particular 
perante o Estado. Pretendendo-se simplificar várias relações jurídicas, a 
fim de atrair investidores e estimular o emprego, alteraram-se os arts. 13, 
14, 15, 16, 29, 40, 74 e 135 da CLT, em sua maior parte relativos à carteira 
de trabalho.
Com a alteração do art. 14 da CLT, a carteira de trabalho passou a ser 
emitida pelo Ministério da Economia. Além disso, foram revogados todos 
os incisos e parágrafos do art. 16; no caput, passou a constar o seguinte: “A 
CTPS terá como identificação única do empregado o número de inscrição 
no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF)” (BRASIL, 1943, art. 16, documento 
on-line). Assim, a partir da Lei nº 13.874/2019, passou-se a se exigir so-
mente o CPF do trabalhador para a emissão de sua carteira de trabalho, 
dispensando-se os documentos anteriormente exigidos. Com os documentos 
físicos, o Ministério da Economia emitirá a carteira, preferencialmente 
pelo meio digital (art. 14, da CLT), e ao trabalhador bastará fornecer o seu 
7Carteira de trabalho e previdência social
CPF ao empregador para a conferência de dados, registros e anotações. A 
preferência pelo meio digital se dá porque o Governo Federal prescreveu a 
prévia emissão da carteira para todos os brasileiros que têm CPF, bastando 
a sua habilitação na plataforma Acesso GOV.BR, conforme a Portaria da 
Secretaria Especial de Previdência e Trabalho (SEPRT) nº 1.065, de 23 de 
setembro de 2019.
3 Anotações
A carteira de trabalho deve apresentar o histórico profi ssional do trabalhador 
e todas as principais informações dos seus contratos de trabalho, como 
determina o art. 29 da CLT, anotando-se a data de admissão, a remune-
ração e as condições especiais. Essa obrigação compete ao empregador, 
que terá o prazo de cinco dias úteis para anotar os dados do contrato de 
trabalho na CTPS.
Embora a Lei de Liberdade Econômica (Lei nº 13.874/2019) tenha pre-
visto o aumento do prazo para o empregador fazer o registro do contrato 
de trabalho (de 48 horas para cinco dias úteis), ela manteve a expressão 
“anotar”, demonstrando que o registro dos dados do contrato de traba-
lho deve ser por escrito. Não há, nesse caso, nenhuma irregularidade, 
considerando-se que a carteira de trabalho digital não tornou inválidas as 
carteiras físicas existentes; logo, é correto o emprego do termo “anotar” 
na CTPS. Entretanto, considerando que as carteiras de trabalho serão emi-
tidas preferencialmente na forma digital, melhor seria substituir o termo 
“anotar” pelo termo “registrar”, abrangendo a CTPS física e a digital. A 
não atualização forçou o legislador a afirmar que a anotação equivale ao 
registro, conforme o § 7º do art. 29 da Lei nº 13.874/2019: “Os registros 
eletrônicos gerados pelo empregador nos sistemas informatizados da CTPS 
em meio digital equivalem às anotações a que se refere esta Lei” (BRASIL, 
2019, art. 29, documento on-line).
O emprego do termo “anotar” reforça a necessidade de se pactuar por escrito, 
considerando que o pacto laboral poderá se dar na forma tácita, como consta 
no art. 443 da CLT. A partir da anotação pelo empregador, o empregado terá 
acesso à informação anotada no prazo de até 48 horas.
Carteira de trabalho e previdência social8
O art. 21 da CLT, revogado pela Lei de Liberdade Econômica, previa a possibilidade 
de emissão de uma nova CTPS quando a primeira se tornasse imprestável ou quando 
faltasse espaço para anotações. A imprestabilidade ocorreria quando o empregador 
lançasse uma informação desabonadora ou quando a CTPS se deteriorasse. Embora 
o artigo tenha sido revogado, seus preceitos permanecem válidos.
Até o surgimento da Lei de Liberdade Econômica, o empregador estava 
sujeito a duas consequências caso não devolvesse a CTPS ao empregado 
no prazo de 48 horas (conforme prazo anterior): aplicação de multa, na 
forma prevista no art. 53 da CLT; contravenção penal punível com pena 
de prisão simples de 1 a 3 meses ou multa, nos termos da Lei nº 5.553, 
de 6 de dezembro de 1968. A partir da Lei de Liberdade Econômica, foi 
revogado o art. 53 da CLT, remanescendo apenas a previsão de punição 
contravencional pela retenção da CTPS. Todos os empregadores devem 
anotar a CTPS, sejam urbanos ou rurais, empresas de pequeno porte ou 
microempresas.
O art. 29 da CLT é considerado um preceito de ordem pública irre-
nunciável, posto que não está na discricionariedade do empregador ou do 
empregado, sendo necessário e obrigatório o assentamento dos dados do 
contrato. Os dados a serem anotados constantes no caput do art. 29 da 
CLT são exemplos dos registros a serem efetuados. Além da admissão do 
trabalhador, deve-se registrar, entre outros elementos: data de dispensa 
(popularmente chamada de “baixa”); remuneração (salário, comissões, 
abonos,gorjetas, etc.); cláusulas especiais, como atividades externas in-
compatíveis com a fixação de horário de trabalho (art. 62, I, da CLT); 
trabalho temporário; contrato de aprendizagem; função do trabalhador; 
períodos de férias; suspensões e interrupções do contrato de trabalho; 
acidentes do trabalho; dependentes.
As anotações (ou registros) devem ser feitas em quatro situações distintas, 
como prescreve o § 2º do art. 29 da CLT:
9Carteira de trabalho e previdência social
a) na data base;
b) a qualquer tempo, por solicitação do trabalhador;
c) no caso de rescisão contratual;
d) caso haja necessidade de comprovação perante a Previdência Social.
A data base é o momento de reajuste salarial anual decorrente da negociação 
coletiva entre as categorias econômicas e profissionais. Essa determinação 
prescreve que, ao menos uma vez ao ano, as carteiras de trabalho devem ser 
atualizadas. A segunda situação se dá sempre que o trabalhador postular ao 
seu empregador, independentemente da razão do pedido. Como é um direito 
do trabalhador ter seu histórico profissional, recomenda-se que se mantenha 
o registro sempre atualizado.
A terceira situação é a rescisão contratual do trabalhador; o empregador 
deve anotar a data da rescisão do contrato de trabalho e todo o histórico da 
relação contratual. A quarta situação é quando o trabalhador necessita efetuar 
os cálculos previdenciários para a percepção de benefício previdenciário por 
meio dos salários de contribuições. As anotações são importantes para o 
cálculo do benefício e a comprovação do tempo de serviço.
O § 4º do art. 29 prescreve o seguinte: “É vedado ao empregador efetuar 
anotações desabonadoras à conduta do empregado em sua Carteira de Trabalho 
e Previdência Social [...]” (BRASIL, 1943, art. 29, documento on-line). O revo-
gado § 3º do art. 32 da CLT prescrevia a possibilidade de registro desabonador 
ao empregado quando realizado pelo Departamento da Delegacia Regional do 
Ministério do Trabalho. Quando tal parágrafo foi revogado, criou-se a possi-
bilidade de o empregador fazer anotações a respeito de conduta desabonadora 
do empregado. Contudo, a Lei nº 10.270, de 29 de agosto de 2001, introduziu 
o § 4º do art. 29, confirmando a impossibilidade de anotação de atos ou fatos 
desabonadores, o que foi mantido pela Lei de Liberdade Econômica. Aquele 
que anotar qualquer conduta desabonadora do trabalhador estará sujeito à multa 
prevista no art. 52 da CLT, que consiste na metade de um salário mínimo regional.
Alguns empregadores acreditam que podem fazer inscrições desabonadoras ao 
empregado como forma de maculá-lo para futuros empregos. São comuns anotações 
sobre o motivo de dispensa por justa causa, as advertências aplicadas ou os processos 
trabalhistas ajuizados pelo empregado.
Carteira de trabalho e previdência social10
Anotações desabonadoras prejudicam a vida profissional do empregado 
e, eventualmente, repercutem na sua vida pessoal, considerando que o do-
cumento apresenta o seu histórico de trabalho. Obter um emprego muitas 
vezes é uma tarefa árdua, e a apresentação da carteira de trabalho com 
anotações desabonadoras torna o intento ainda mais difícil. A proibição se 
justifica porque a anotação dificultaria a obtenção de um emprego, assim 
como ofereceria ao empregador uma forma de pressão, dado que o empregado 
ficaria sempre sujeito à anotação desabonadora, que depende da avaliação 
subjetiva do empresário.
Assim, não se pode anotar na carteira de trabalho: advertências, suspensões 
ou motivo da dispensa do empregado; informações desabonadoras sobre a 
produtividade e a forma de trabalho; informações sobre religião, orientação 
sexual e preferências. Também não se pode anotar qualquer outra informa-
ção pessoal que possa sujeitar o empregado a algum tipo de discriminação, 
tampouco qualquer ato ou fato prejudicial e/ou desabonador ao empregado. 
Além da penalidade prevista na CLT, o empregado pode recorrer à Justiça do 
Trabalho para pleitear a condenação do empregador ao pagamento de uma 
indenização por danos materiais e morais.
BRASIL. Decreto nº 21.175, de 21 de março de 1932. Institui a carteira profissional. Disponível 
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1930-1949/D21175.htm. Acesso em: 
25 maio 2020.
BRASIL. Decreto nº 22.035, de 29 de outubro de 1932. Altera o decreto n. 21.580, de 29 de 
junho de 1932, que regulamentou o de n. 21.175, de 21 de março de 1932, pelo qual foi 
instituída a carteira profissional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/
decreto/1930-1949/D22035.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do 
Trabalho. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.
htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Decreto-Lei nº 926, de 10 de outubro de 1969. Institui a Carteira de Trabalho e 
Previdência Social, altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho e do 
Estatuto do Trabalhador Rural, e dá outras providências. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/1965-1988/Del0926.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 5.553, de 6 de dezembro de 1968. Dispõe sobre a apresentação e uso de 
documentos de identificação pessoal. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/leis/L5553.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
11Carteira de trabalho e previdência social
BRASIL. Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972. Dispõe sobre a profissão de empregado 
doméstico e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/LEIS/L5859.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973. Estatui normas reguladoras do trabalho 
rural. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L5889.htm. Acesso 
em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei no 6.019, de 3 de janeiro de 1974. Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas 
Empresas Urbanas, e dá outras Providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/leis/l6019.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 6.354, de 2 de setembro de 1976. Dispõe sobre as relações de trabalho do 
atleta profissional de futebol e dá outras providências. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L6354.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 6.815, de 19 de agosto de 1980. Define a situação jurídica do estrangeiro 
no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração. Disponível em: http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/LEIS/L6815.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 8.260, de 12 de dezembro de 1991. Modifica o art. 16 da Consolidação das 
Leis do Trabalho. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8260.htm. 
Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 8.650, de 20 de abril de 1993. Dispõe sobre as relações de trabalho do 
Treinador Profissional de Futebol e dá outras providências. Disponível em: http://
www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/1989_1994/L8650.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Disponível em: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2002/l10406.htm. Acesso em: 25 maio 2020.
BRASIL. Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; 
altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo 
Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 
1996; revoga as Leis nos 6.494, de 7 de dezembro de 1977, e 8.859, de 23 de março de 
1994, o parágrafo único do art. 82 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, e o art. 
6o da Medida Provisória no 2.164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.
htm. Acesso em: 25 maio 2020.
COSTA MACHADO (org.). CLT interpretada: artigo por artigo, parágrafo por parágrafo. 
8. ed. Barueri: Manole, 2017.
INSTITUIÇÃO da ‘Carteira Profissional’ para as classes assalariadas. O Globo, [s. l.], 29 
dez. 1931.
SÜSSEKIND, A. Lindolfo Collore a legislação trabalhista brasileira. 1990. Disponível em: 
https://juslaboris.tst.jus.br/bitstream/handle/20.500.12178/89516/017_sussekind.
pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 25 maio 2020.
Carteira de trabalho e previdência social12
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
Leituras recomendadas
DELGADO, M. G. Curso de direito do trabalho. 16. ed. São Paulo: LTr, 2017.
FRANÇA, R. L. Das formas de expressão do direito. [2011]. Disponível em: https://ww2.stj.
jus.br/docs_internet/revista/eletronica/tfr-revista-eletronica-1987_145_capDasFormas.
pdf. Acesso em: 25 maio 2020.
LEITE, C. H. B. Curso de direito do trabalho. 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
NASCIMENTO, A. M.; NASCIMENTO, S. M. Iniciação ao direito do trabalho. 41. ed. São 
Paulo: LTr, 2018.
SÜSSEKIND, A. Curso de direito do trabalho. 3. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2010.
TEIXEIRA FILHO, M. A. O processo do trabalho e a reforma trabalhista: as alterações intro-
duzidas no processo do trabalho pela Lei n. 13.467/2017. São Paulo: LTr, 2017.
13Carteira de trabalho e previdência social
Dica do professor
O Estado brasileiro tem se modernizado muito rapidamente, adotando meios tecnológicos que 
possibilitem a prestação de informações mais facilitadas ao Governo e o barateamento dessas 
atividades. Em 2014, o Brasil adotou o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, 
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), que, inicialmente, não foi bem recebido pelos empresários 
em razão de sua burocracia.
A adoção do eSocial possibilitou, além do aumento da fiscalização pelo Governo do recolhimento 
de tributos e contribuições previdenciárias, 
a alimentação dos dados trabalhistas para o histórico profissional dos trabalhadores. Veja, nesta 
Dica do Professor, como funciona o eSocial.
Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar.
https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/1f4c06c5922d3ae6d73ef25656acd5bb
Exercícios
1) O mercado de trabalho no Brasil apresenta diferentes realidades, 
haja vista o tamanho continental do País. Quanto às relações de trabalho, é possível se 
afirmar que:
A) a relação de emprego se configura a partir de sua formalização.
B) a relação de emprego independe de formalização.
C) as relações de emprego necessitam de aprovação estatal.
D) não se admite a relação de emprego tácita.
E) é responsabilidade do empregado formalizar a relação de emprego..
2) A Carteira Profissional foi o documento que antecedeu a CTPS. 
Marque a alternativa correta:
A) A Carteira Profissional surgiu a partir da CLT.
B) A Carteira Profissional surgiu a partir da Constituição de 1988.
C) A Carteira Profissional foi nominada CTPS.
D) A Carteira de Trabalho e Previdência Social é denominada de CTPS.
E) A CTPS surgiu na década de 1930.
3) Os princípios justrabalhistas se aplicam na relação de Direito Processual e Direito Material. 
Em uma relação empregatícia, empregado e empregador devem:
A) anotar os dados do contrato de trabalho se houver interesse do empregador.
B) anotar os dados do contrato de trabalho se houver interesse do empregado.
C) anotar os dados do contrato de trabalho se houver interesse pelo Estado.
D) anotar os dados do contrato independentemente da vontade dos contratantes.
E) anotar os dados do contrato se houver interesse do Auditor Fiscal do Trabalho.
4) A Lei de Liberdade Econômica alterou substancialmente a CLT. Quanto à CTPS, pode-se 
afirmar que a referida Lei:
A) extinguiu a CTPS física.
B) permitiu que os trabalhadores sejam contratados sem CTPS.
C) tornou obrigatória a CTPS Digital.
D) adotou a CTPS Digital, mas manteve a CTPS física.
E) não alterou dispositivos inerentes à CTPS.
5) Durante o pacto laboral, o empregador realiza uma série de anotações na CTPS do 
empregado. É correto afirmar que:
A) o empregador pode realizar qualquer espécie de anotação, desde que seja desabonadora.
B) o empregador não pode realizar anotações desabonadoras, mesmo que sejam verdadeiras.
C) o empregador pode realizar qualquer espécie de anotação, mesmo que desabonadora, mas 
com a concordância do empregado.
D) o empregador não pode anotar na CTPS do empregado dados que lhe sejam abonadores.
E) a anotação de dados desabonadores na CTPS do empregado sempre dependerá de 
autorização expressa pelo Governo.
Na prática
A relação entre capital e trabalho, entre empregador e empregado, 
pode, às vezes, se tornar litigiosa. Nesses casos, a Justiça do Trabalho deve intervir para evitar que 
a parte hipossuficiente, geralmente o trabalhador, seja prejudicada.
Neste Na Prática, você verá como uma trabalhadora buscou a reparação dos prejuízos decorrentes 
de anotação indevida em sua CTPS efetuada pela sua empregadora, embora esta tenha registrado 
fatos prejudiciais, mas não diretamente desabonadores.
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/9bc09ef2-9df5-4af4-ac04-4353ccd3179e/3ab567b2-8afa-4067-ae3a-e773eca4cd79.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor:
Trabalho, emprego e Previdência
O Governo Federal tem adotado medidas para facilitar a obtenção da CTPS. Uma delas foi a adoção 
da CTPS Digital e o uso de um único dado para a sua confecção. Veja, no site do Ministério da 
Economia, como você pode obtê-la.
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Como habilitar a sua CTPS Digital
Confira, nesta reportagem, como você pode habilitar a sua CTPS Digital e onde o empregador 
realiza os registros funcionais do empregado.
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Anotações da CTPS pela Justiça
A discórdia entre empregado e empregador ocasiona, por vezes, a recusa pelo empregador de 
registrar os dados na CTPS do trabalhador. Nessas ocasiões, veja o que o empregado poderá fazer 
para ter os seus assentamentos profissionais registrados com igual validade.
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https://www.gov.br/pt-br/categorias/trabalho-e-previdencia
https://youtube.com/embed/w1-Ap_zVtek
http://www.tst.jus.br/noticias/-/asset_publisher/89Dk/content/possiblidade-de-a-vara-do-trabalho-corrigir-ctps-nao-afasta-multa-contra-empregador

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