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Classificação da cirurgia por potencial de contaminação: Classificação das Cirurgias Limpas: são aquelas realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório local ou falhas técnicas grosseiras, cirurgias eletivas com cicatrização de primeira intenção e sem drenagem aberta. Cirurgias em que não ocorrem penetrações nos tratos digestivo, respiratório ou urinário. Exemplo: cirurgia cardíaca. Potencialmente contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana pouco numerosa ou em tecidos de difícil descontaminação, na ausência de processo infeccioso e inflamatório e com falhas técnicas discretas no transoperatório. Cirurgias com drenagem aberta enquadram-se nesta categoria. Ocorre penetração nos tratos digestivo, respiratório ou urinário sem contaminação significativa.Exemplo: Gastrectomia. Classificação das Cirurgias Contaminadas: são aquelas realizadas em tecidos recentemente traumatizados e abertos, colonizados por flora bacteriana abundante, cuja descontaminação seja difícil ou impossível, bem como todas aquelas em que tenham ocorrido falhas técnicas grosseiras, na ausência de supuração local. Na presença de inflamação aguda na incisão e cicatrização de segunda intenção, ou grande contaminação a partir do tubo digestivo. Obstrução biliar ou urinária também se incluem nesta categoria. Exemplo: colecistectomia com inflamação. Infectadas: são todas as intervenções cirúrgicas realizadas em qualquer tecido ou órgão, em presença de processo infeccioso (supuração local) e/ou tecido necrótico. Exemplo: cirurgia do reto e ânus com pus. 1. (AOCP EBSERH 2016) Assinale a alternativa que contemple a caracterização de gastrosplastia, segundo a classificação de feridas e quanto ao conteúdo microbiano. Potencialmente contaminada Contaminada Infectada Limpa Asséptica 4. (AOCP 2015) Quanto ao seu potencial de contaminação, as cirurgias podem ser classificada em contaminadas, parcialmente contaminadas e infectadas. limpas, contaminadas, potencialmente contaminadas e infectadas. possivelmente contaminadas, limpas e infectadas. limpas, contaminadas e infectadas. limpas, infectadas e provavelmente contaminadas. 3- Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna.______________ é realizada em quaisquer tecidos ou órgãos quando há a presença de secreção purulenta, área necrótica ou corpo estranho, perfuração de víscera ou contaminação fecal Cirurgia contaminada . Cirurgia limpa. Cirurgia infectada. Cirurgia de emergência. 4-De acordo com a classificação dos tipos de cirurgia, segundo o potencial de contaminação, é correto afirmar que as cirurgias Contaminadas são realizadas em tecidos quando há presença de secreção purulenta, área necrótica ou corpo estranho, perfuração de víscera ou contaminação fecal. Potencialmente contaminadas são realizadas em tecidos colonizados por flora bacteriana abundante de difícil descontaminação, decorrente trauma penetrante há menos de quatro horas e feridas crônicas abertas. Infectadas são as realizadas em tecidos colonizados por flora microbiana residente pouco numerosa ou em tecido de difícil descontaminação. Limpas são realizadas em tecidos estéreis ou passíveis de descontaminação, na ausência de processo infeccioso, sem penetração nos tratos respiratório, digestório e geniturinário. Classificação de ferida operatória Classificação das Cirurgias com base nas urgências Classificação das Cirurgias com base nas urgências Emergência: atenção imediata; distúrbio pode ser ameaçador à vida Urgência: atenção rápida Requerida: o paciente precisa realizar a cirurgia Classificação das Cirurgias com base nas urgências Eletiva: o paciente pode ser operado Opcional: o paciente decide 5- Foi atendido no pronto atendimento um paciente de 25 anos, sexo masculino, com ferimento por arma branca na região abdominal, que apresenta sangramento intenso, sendo encaminhado para laparotomia exploradora. Essa cirurgia pode ser classificada como eletiva. paliativa. de urgência. requerida. De emergência. Emergência Cirurgia eletiva Internação eletiva Urgência Cirurgia reparativa 6- A ____________é uma situação que não pode ser adiada, deve ser resolvida até mesmo o risco de morte. Assinale a alternativa que completa rapidamente corretamente a lacuna. 7- As cirurgias são classificadas em cirurgias de emergência, de urgência e eletivas. Considerando os conceitos, assinale a alternativa que apresenta cirurgias de urgência: Hemorragias e perfuração de vísceras por trauma Ferimento por arma branca ou arma de fogo Cirurgias de abdome agudo inflamatório e retirada de tumores Cirurgias de varizes de membros inferiores e de adenoide Hemorragias e ferimento por arma branca Nomenclaturas utilizadas em cirurgias PREFIXOS: Angio (vasos sanguíneos); Flebo (veia); Traqueo (traqueia); Rino (nariz); Oto (ouvido); Oftalmo (olhos); Hister(o) (útero); Laparo (parede abdominal) Orqui (testículo); Artro (articulação); Gastro (estômago); Entero (intestino); Salpinge ( trompas de falópio); Mamo ( mamas); Espleno ( baço); Nefro ( rin). Nomenclaturas utilizadas em cirurgias SUFIXOS: Tomia: Incisão, corte; Stomia: Comunicar um orgão tubular oco, com exterior através de uma boca; Ectomia: retitada parcial ou total de um orgão; Plastia: reparação plástica; Pexia: fixação; Centese: punção de um orgão ou tecido para drenagem ou coleta de um líquido; Scopia: visualização de uma cavidade através de um aparelho especial. 8- O técnico de Enfermagem que atua no centro cirúrgico deve ter conhecimento especifico e conhecer os termos formados por prefixos utilizados no dia-a-dia cirúrgico, indicando o órgão e o ato cirúrgico a ser realizado. Assinale a alternativa correta. Apendicectomia é a abertura do apêndice através da parede abdominal Colostomia é a abertura do cólon intestinal através da parede abdominal Histeropexia é a retirada do útero Gastrorrafia é a abertura do estomago através da parede abdominal Mastectomia é a redução da mama esteticamente 9-A nomenclatura ou terminologia cirúrgica é o conjunto de termos usados para indicar o procedimento cirúrgico. O significado da palavra esplenectomia é: A abertura da cavidade abdominal. B correção do nariz. C sutura do rim. D abertura cirúrgica na parede abdominal para comunicar uma porção do cólon com o exterior. E retirada do baço. Porte e risco cirúrgico Risco cardiológico: Grande porte: quando o procedimento apresenta grande probabilidade de perda de fluidos e sangue, ex.: aneurisma. Médio porte: quando apresenta média probabilidade de perda de fluidos e sangue, ex.: cirurgia ortopédica. Pequeno porte: quando apresenta pequena probabilidade de perdas de fluidos e sangue, ex.: timpanoplastia. Duração do ato cirúrgico: Porte I: com duração máxima de 2 horas. Porte II: com duração de 2 a 4 horas. Porte III: com duração de 4 a 6 horas. Porte IV: com duração acima de 6 horas. Classificação de risco cirúrgico ASA 1: sem distúrbios fisiológicos, bioquímicos ou psiquiátricos. ASA 2: leve a moderado distúrbio fisiológico, controlado. Sem comprometimento da atividade normal. A condição pode afetar a cirurgia ou anestesia. ASA 3: distúrbio sistêmico importante, de difícil controle, com comprometimento da atividade normal e com impacto sobre a anestesia e cirurgia. ASA 4: desordem sistêmica severa, potencialmente letal, com grande impacto sobre a anestesia a cirurgia. ASA 5: moribundo. A cirurgia é a única esperança para salvar a vida. Perioperatório Pré-operatório: Mediato - indicação até 24h antes da cirurgia Imediato 24 horas antes da cirurgia até a chegada no CC Transoperatório - chegada no CC até a ida para SRPA Intraoperatório - início ao final da anestesia Pós-operatório - imediato (SRPA + 24h após a cirurgia) e mediato depois das 24 h da cirurgia até a alta. 1-O período perioperatório compreende as fases transoperatória imediata, pré-operatória mediata,pós-operatória imediada, mediata e tardio pré-operatória mediata e imediata, transoperatória, recuperação anestésica e pós-operatória. C intraoperatória mediata, pré-operatória, período e refratário operatória. D pré-operatória imediata, transoperatória, reabilitação pós anestésica. E cirúrgica propriamente dita, pós-operatória mediata e tardia. Avaliação pré-operatória Investigação clínica que precede a anestesia e o ato cirúrgico objetivos: Quantificar os riscos do paciente Realizar medidas que minimizem estes riscos, quando isto for possível. Pré-operatório Do momento da decisão cirúrgica até a transferência do cliente para a mesa cirúrgica Objetivo: proporcionar ao paciente a melhor condição clínica para cirurgia e evitar complicações Anamnese História da doença atual e de seu tratamento. Última visita ao clínico. Medicações em uso e história de alergia. História social (incluindo drogas ilícitas, álcool e tabaco – uso e cessação). Qualquer condição de doença crônica, particularmente os aspectos cardiovasculares, pulmonares, hepáticos, renais, endócrinos e neurológicos. Anamnese Antecedentes anestésicos e cirúrgicos (importando: complicações, dor, náuseas e vômitos, sangramentos, transfusão, febre, reações adversas, tempo de internação, terapia intensiva). Sangramentos e cicatrização. Via aérea – Condições de intubação. História anestésica familiar – complicações. Acesso venoso, pulsos, local das punções. Exames laboratoriais. Necessidade de consultoria. Anamnese 1 Medicamentos em uso e potencial interferência com o ato operatório; 2 Conhecimento do ponto de vista do cirurgião, da urgência e do risco do procedimento; 3 Grau de ansiedade e dúvidas do paciente. Exame físico Identificar alterações que aumentam riscos perioperatórios; Alterações de sinais vitais, bulha B3 (para avaliar anormalidades cardíacas), dentre outros aspectos. Após avaliação clínica quantificar... Risco cardiovascular Risco pulmonar Risco renal/metabólico Risco TEV/sangramento Risco intrínseco da cirurgia Efeitos do tabagismo (SBC 2017) Piora da cicatrização pós-operatória, das taxas de infecção, do sangramento cirúrgico, do controle da dor, e das complicações respiratórias, cardiocirculatórias, ortopédicas, entre outras. O antecedente de tabagismo está associado a permanências mais longas em UTI no pós-operatório e a internações mais prolongadas. Efeitos diretos do monóxido de carbono da nicotina, e ao aumento do estresse oxidativo e inflamatório. O monóxido de carbono e a nicotina aumentam a FC, a pressão arterial e a demanda tecidual de oxigênio, além de diminuir sua capacidade de transporte. A nicotina, por seu efeito vasoconstritor, aumenta os riscos de isquemia tecidual no leito cirúrgico e outros territórios, como o coronariano. Recomendações básicas para todos os serviços de saúde. Tricotomia: A remoção dos pelos depende da quantidade, do local da incisão, do tipo de procedimento e da conduta do cirurgião. Realizar somente quando necessário; Não utilizar lâminas. Controle de glicemia no pré-operatório e no pós-operatório imediato Objetivo: níveis glicêmicos <180 mg/dl. Manutenção da normotermia em todo perioperatório Objetivo: ≥ 35,5°C. O técnico de enfermagem, durante a fase eletiva pré- operatória de um paciente, deve realizar a tricotomia da área cirúrgica no máximo: A 2 horas antes da cirurgia B 4 horas antes da cirurgia C 6 horas antes da cirurgia D 8 horas antes da cirurgia Para a prevenção de infecção cirúrgica, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária recomenda A manter a normotermia em todo perioperatório (entre 35,0 °C a 37,0 °C). B utilizar protetores plásticos de ferida para cirurgias do trato gastrointestinal e biliar. C realizar tricotomia com o uso de lâmina. D administrar o antibiótico profilático 30 minutos antes ou até 30 minutos após a incisão cirúrgica. E controlar a glicemia no pré-operatório e no pós-operatório imediato mantendo níveis glicêmicos entre 70 a 220 mg/dL. Recomendações básicas para todos os serviços de saúde Otimizar a oxigenação tecidual no peri e pós-operatório Cirurgia eletiva com tempo de internação pré-operatória ≤ 24h; Utilizar preparações que contenham álcool no preparo da pele – Altamente bactericida, ação rápida e persistente (preparações alcoólicas com clorexedina ou iodo). Utilizar a Lista de Verificação de Segurança Cirúrgica (LVSC) da OMS para reduzir a ocorrência de danos ao paciente Utilizar protetores plásticos de ferida para cirurgias do trato gastrointestinal e biliar Realizar vigilância por busca ativa das ISC Observar as tendências mostradas nos dados e realizar correções de processo, caso necessário; Divulgar resultados da vigilância para equipes cirúrgicas e direção, visando à melhoria da qualidade (sempre respeitando a privacidade dos profissionais). 6. Educar pacientes e familiares sobre medidas de prevenção de ISC Recomendações básicas para todos os serviços de saúde É um fator de risco para a infecção do sítio cirúrgico: hipotermia não intencional. cirurgia por via endoscópica. ser adolescente. internação do paciente no dia da cirurgia. paciente sem nunca ter sido operado antes. Fases cirúrgica Fases da cirurgia Pré-operatório (mediato e imediato) Transoperatório intraoperatório Pós-operatório (imediato, mediato e tardio) Divisões do período pré-operatório pré-operatório Imediato 24 horas anteriores à cirurgia Mediato indicação da cirurgia até o dia anterior 01- ___________ compreende o período de tempo que tem início no momento em que se reconhece a necessidade de uma cirurgia e termina no momento em que o paciente chega à sala de cirurgia. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. Consulta de avaliação de risco perioperatório Pós-operatório Transoperatório Pré-operatório Intraoperatório Pré-operatório Mediato O paciente é submetido exames que auxiliam na confirmação do diagnóstico e que auxiliarão o planejamento cirúrgico, o tratamento clínico para diminuir os sintomas e as precauções necessárias para evitar complicações pós-operatórias Durante o preparo físico do paciente no período pré- operatório mediato, a equipe de enfermagem deverá administrar o pré-anestésico para diminuir a ansiedade, ter sono relaxante e diminuir o metabolismo basal. realizar exame físico, atentando para as condições que podem atuar negativamente: idade, outras doenças e infecções. realizar a transferência do cliente da unidade de internação para o centro cirúrgico. realizar o posicionamento do cliente na mesa cirúrgica, monitorizando-o e estruturando a sala cirúrgica. certificar-se de que o material utilizado na cirurgia esteja no centro cirúrgico ao término do procedimento, realizar contagem do material, conferência de gazes, compressas e outros. Didaticamente, o período pré-operatório está dividido em mediato e imediato, sendo assim o pré-operatório mediato corresponde ao período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua realização, 10 horas antes do ato cirúrgico. período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua realização, 24 horas antes do ato cirúrgico. período de tempo que decorre desde véspera da cirurgia até a chegada do paciente à unidade de cirurgia, 10 horas antes do ato cirúrgico. período de tempo que decorre desde a véspera da cirurgia até a chegada do paciente à unidade do centro cirúrgico, 12 horas antes do ato cirúrgico. período de tempo que decorre desde a indicação da cirurgia até as vésperas de sua realização, 15 horas antes do ato cirúrgico. Pré-operatório Mediato Preparo emocional; Orientar quanto a dor e náusea; Orientar quanto a deambulação precoce, ensinar movimentos ativos dos MMII; Mensurar dados antropométricos (peso e altura), sinais vitais para posteriores comparações; Encaminhar para realizar exames de sangue, raio-X, ECG, TC e outros; Preparo do intestino quando indicado dias antesou na noite anterior a cirurgia. Pré-operatório imediato As 24 horas que antecedem a cirurgia. Objetivo: Preparar o cliente para o ato cirúrgico mediante os procedimentos: Jejum; Limpeza intestinal; Verificação dos sinais vitais; Esvaziamento vesical; Preparo da pele e Aplicação de medicação pré-anestésica. PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES ANESTÉSICAS Jejum de 6 a 12 horas antes da cirurgia objetiva evitar vômitos e prevenir a aspiração de resíduos alimentares por ocasião da anestesia; IMPONTANTE! Joias e anéis - Evita queimadura com uso do bisturi elétrico; Próteses dentárias - dificulta a intubação; Lente de contato; Esmalte - dificulta visualizar a saturação de O2; Maquiagem - impede a avaliação de perfusão tissular. ESVAZIAMENTO INTESTINAL 8 a 12 horas antes do ato cirúrgico quando indicado. Laxativos Lavagem intestinal ou Enteroclisma –introdução de líquido (volume máximo de 2000ml) no intestino. Enema (é a aplicação de no máximo 500ml de substância (contraste radiológico, medicamento, etc.) pelo reto. ESVAZIAMENTO DA BEXIGA Esvaziamento espontâneo: antes do pré-anestésico. Sonda vesical de demora: geralmente é realizado no centro cirúrgico. CUIDADOS Verificar Sinais Vitais antes de encaminhar para CC; Verificar o prontuário, exames, consentimento livre informado, prescrição e registro de enfermagem e encaminhamento junto ao paciente; Administrar medicamento Pré-anestésico (45 a 60 minutos antes do início da anestesia); Manter ambiente silenciosos para promover relaxamento; Vestir o paciente (camisola, gorro, propé); Promover limpeza e arrumação da unidade. image1.png image2.png image3.png image4.png image5.png image6.jpg image7.png
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