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Apostila Eletrodo Revestido

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SOLDAGEM ELETRODO REVESTIDO - SMAW 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soldagem – Eletrodo Revestido – Aperfeiçoamento 
 
 
© SENAI-SP, 2004 
 
 
Trabalho editorado e reproduzido a partir das seguintes obras: 
 
ASME – Edição 1998 Série IX. 
 
Coleção Tecnologia – Soldagem - SENAI São Paulo. 
 
FBTS – Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem – Departamento de Cursos – Inspetor 
de Soldagem. 
 
Fontes de Energia para Soldagem a Arco 
Prof. Paulo J. Modenesi – Dezembro / 2005 
Universidade Federal de Minas Gerais – Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materi-
ais. 
 
 
Coordenação 
Equipe de elaboração 
 
Projeto e revisão técnica 
Equipe de editoração 
Assistência Editorial 
Planejamento visual 
Revisão 
Ilustração 
Diagramação 
Digitalização 
Produção gráfica 
 
 
 
 
 
SENAI Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial 
Centro Móvel de Formação Profissional 
Al. Barão de Limeira, 539 - Campos Elíseos 
São Paulo - SP 
CEP 01202-902 
 
Telefone 
Telefax 
SENAI on-line 
 (11) 3273 - 5150 
(11) 3273 - 5161 
0800 - 55 - 1000 
 
E-mail 
Home page 
 cmfp@sp.senai.br 
http:// www.sp.senai.br 
 
 
mailto:senai@sp.senai.br
 
 
 
 
Sumário 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 04 
Fundamento do Processo 05 
Noções de Corrente Elétrica Aplicada na Soldagem 06 
Fonte de Energia Usada na Soldagem 13 
Acessórios da Máquina de Soldagem 21 
Ferramentas do Soldador 22 
Material Consumível 25 
Materiais e Soldabilidade 30 
Posições de Soldagem 36 
Preparação para a Soldagem 40 
Parâmetros de Soldagem 43 
Classificação AWS 47 
Terminologia da Soldagem 50 
Termos técnicos usados na soldagem 53 
Designação AWS dos Processos de Soldagem 61 
Segurança na Soldagem 62 
Referências. 72 
 
 
 4 
 
 
 
Soldagem – E. Revestido - 
Aperfeiçoamento 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
 O processo de soldagem ao arco elétrico com eletrodo revestido, também conhecido 
como SMAW (Shielded Metal Arc Welding), consiste na abertura e manutenção de um arco 
elétrico entre o eletrodo e a peça. O calor provocado pela ignição do arco em função da cor-
rente de soldagem, forma-se no mesmo instante uma cratera no metal de base (peça a soldar), 
a fusão dos dois metais (eletrodo e peça), transformam-se do sólido para o líquido, esta trans-
formação é conhecida como poça de fusão. Conduzir esta poça de fusão com destreza, resul-
tará numa performance perfeita do cordão de solda executado em qualquer posição de solda-
gem. Mas isto, dependerá da habilidade manipulativa do soldador. Fato que só ocorre se 
houver garra, paciência e vontade de se aperfeiçoar por parte de quem pretende ser um gran-
de profissional nesta área. 
 
Todos os processos de soldagem por arco elétrico precisam de algum tipo de proteção para 
evitar contaminações da poça de fusão e do cordão de solda dos gases oriundos do ar atmos-
férico. Caso não sejam protegidos, o resultado será um cordão de solda com porosidade, ni-
tretado e oxidado, fazendo-se com que suas propriedades mecânicas tenham um valor relati-
vamente inferior ao do metal de base, que ao ser submetido à teste de qualificações terá como 
resultado uma desaprovação. 
 
Para o Processo de Soldagem com Eletrodo Revestido, os elementos químicos que formam 
gases que protegem a poça de fusão e o cordão de solda das contaminações do ar atmosférico 
e mantém as propriedades mecânicas do metal de base inalterada, estão inseridos no próprio 
revestimento do eletrodo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 
 
 
 
 Fundamentos do Processo 
 
Fundamentos do Processo 
Soldagem com eletrodo revestido é a união de metais pelo aquecimento oriundo de um 
arco elétrico entre um eletrodo revestido e o metal de base na junta a ser soldada. 
O metal fundido do eletrodo é transferido através do arco elétrico até a poça de fusão na 
junta a ser soldada, formando assim o cordão de solda. 
Durante a soldagem é formada uma escória proveniente da queima do revestimento do 
eletrodo e das impurezas do metal de base, flutuando para a base da superfície da poça de 
fusão, protegendo o metal de solda da contaminação atmosférica, e também controlando a 
taxa de resfriamento. O metal de adição vem da alma metálica do eletrodo e do revestimen-
to. 
 
 
O calor necessário para a fusão do eletrodo e do metal de base é originado pela passagem 
de corrente elétrica do eletrodo para a peça. O intenso calor gerado concentra-se na ponta 
do eletrodo que é fundido com o metal de base, formando a poça de fusão, que após resfri-
ada forma a solda. 
O revestimento do eletrodo é o responsável pela formação de gases de proteção e a adição 
de elementos de liga, que refina o metal de solda, além de parte deste ainda fundido flutuar 
sobre a poça, absorvendo impurezas e isolando o cordão da presença da atmosfera e ou-
tros gases. 
A soldagem com eletrodo revestido é o processo de soldagem mais usado entre todos de-
vido a simplicidade do equipamento, resistência e qualidade das soldas com baixo custo. 
Este processo tem grande flexibilidade e solda a maioria dos metais, uma faixa grande de 
espessuras. A soldagem com este processo, pode ser feita em quase todos os lugares e 
em condições adversas. Este processo é usado extensivamente na indústria, tais como: 
manutenção, fabricação de navios, automóveis, caminhões, locomotivas, comportas de 
hidrelétricas e outros conjuntos soldados. 
 
 6 
 
 
 
 
Noções de corrente elétrica 
aplicada na soldagem 
 
Conceito de Corrente Elétrica. 
Chamamos de corrente elétrica o movimento ordenado de elétrons através de um corpo 
condutor. 
 
Tipos de Corrente Elétrica: 
Existem dois tipos, corrente alternada e corrente contínua: 
 
a) Corrente Alternada: 
 
 
É aquela que não tem definição de polaridade (+) ou (-). No intervalo de um segundo a 
polaridade muda 120 vezes (60 ciclos), isto é: Em um segundo os elétrons passam pelo 
polo positivo 60 vezes e 60 vezes pelo polo negativo. 
 
 
b) Corrente Contínua: 
É aquela que circula sempre no mesmo sentido, do negativo (-) para o positivo (+). Tem 
definição de polaridade. 
 
Onde Encontrar a Corrente Alternada e a Contínua: 
 
 7 
a) Corrente Alternada: 
Encontramos em nossas residências, nas indústrias e nos transformadores de soldagem. 
 
 
b) Corrente Contínua: 
Encontramos nas pilhas, nas baterias dos carros, nos geradores e nos retificadores de sol-
dagem. 
 
 
 
Tensão Elétrica (voltagem): 
É a velocidade que faz com que a corrente circule por um condutor. 
 
 
 
A voltagem de uma rede elétrica pode ter 110, 220, 380, 440 ou mais volts. 
 
 
 
 8 
 
Exemplo da Pilha: 
Uma pilha tem 1,5 volts, essa voltagem oferece baixa pressão na corrente, essa pressão 
não consegue vencer alguns obstáculos (ex. nosso corpo) mas se colocarmos várias pilhas 
interligadas a voltagem será somada. 
 
 
 
Quanto maior a tensão, maior é a pressão da corrente, facilitando a passagem desta, con-
seqüentemente aumentando o perigo de choque elétrico. 
 
Arco Elétrico: 
A corrente elétrica seja ela alternada ou contínua pode ter sua tensão (v) medida. O apare-
lho que mede a tensão é o voltímetro. 
 
Efeito da Tensão (volts) na Soldagem: 
A tensão faz com que a corrente elétrica prossiga circulando, mesmo depois que o eletrodo 
é afastado da peça, porém não ultrapassando o limite que venha fechar o circuito elétrico e 
conseqüentemente extinguir o arco elétrico. 
 
 
O arco elétrico produz alta temperatura, fundindo o eletrodo à peça, formando asolda. 
 
Intensidade da Corrente (ampéres): 
É a quantidade de elétrons que passa em um instante por uma seção do condutor. 
 
 
 9 
 
A corrente elétrica, seja ela alternada ou contínua, pode ter sua intensidade medida. O apa-
relho que mede a intensidade da corrente (A) é o amperímetro. 
 
Sentido de Circulação da Corrente: 
Sentido real de circulação da corrente elétrica é do polo negativo (-) para o positivo (+). 
 
 
 
Polaridade: 
Refere-se a ligação dos cabos positivo (+) e negativo (-) da máquina, influenciando na pe-
netração do cordão de solda. Dependendo do tipo de eletrodo, a ligação dos cabos obra e 
porta eletrodo, é conectada pela Polaridade Direta ou pela Polaridade Inversa. 
 
a) Polaridade Direta: 
O cabo porta eletrodo é conectado no terminal negativo (-) da máquina, e o cabo obra no 
terminal (+) da máquina. 
 
 
b) Polaridade Inversa: 
O cabo porta eletrodo é conectado no terminal positivo (+) da máquina, e o cabo obra no 
terminal negativo (-) da máquina. 
 
 
 
 10 
Material Condutor: 
São corpos que permitem a passagem da corrente elétrica com relativa facilidade. 
Os mais conhecidos são: cobre, alumínio, bronze, aço inoxidável, aço carbono, etc. 
 
Material Isolante: 
São corpos que dentro de uma determinada faixa de tensão, não permitem a passagem da 
corrente elétrica. 
Os materiais isolantes mais usados são: 
 Porcelana, mica, celerom, baquelite, borracha, plástico, etc. 
 
 
Resistência Elétrica: 
É a dificuldade que um corpo oferece à passagem da corrente elétrica. 
Este dificulta a passagem da corrente, gera calor, e em alguns casos é desejável e em ou-
tros não. 
Como exemplo de onde ela é desejável, podemos citar: 
lâmpada; 
ferro de passar; 
tostadeira; 
chuveiro; 
arco de soldagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
Onde não é desejável: 
 Em mau contato numa conexão elétrica; 
 Numa conexão inadequada do cabo obra; 
 Em porta eletrodo gasto ou falta de aperto no cabo; 
 Na ligação dos cabos e nos terminais soltos da máquina; 
 Nos cabos de corrente elétrica em mau estado. 
 
Formação do Arco Elétrico: 
É a passagem da corrente elétrica de um polo (peça) para outro (eletrodo), desde que seja 
mantido entre eles um afastamento conveniente. Esse afastamento é chamado de compri-
mento do arco. 
 
 
Esse afastamento deve corresponder aproximadamente ao diâmetro do eletrodo em uso. 
(diâmetro da parte metálica, sem contar o revestimento) 
 
Questões Sobre o Assunto: 
01 - Corrente elétrica é: 
( ) a) A dificuldade que um corpo oferece à passagem de corrente elétrica; 
( ) b) Aquela que tem como sentido o positivo; 
( ) c) O movimento ordenado de elétrons através de um corpo; 
( ) d) Aquela que tem como sentido o negativo. 
 
02 - Quais os dois tipos de corrente elétrica? 
( ) a) Alternada e contínua; 
( ) b) Alternada e positiva; 
( ) c) Contínua e negativa; 
( ) d) A corrente contínua. 
 
03 - Qual o tipo de corrente que não tem definição de polaridade (-) ou (+): 
( ) a) A corrente positiva; 
( ) b) A corrente negativa; 
( ) c) A corrente alternada; 
( ) d) A corrente contínua. 
 
 12 
04 - No intervalo de um segundo na corrente alternada quantas vezes ela é positiva e 
quantas é negativa? 
( ) a) +30 -30; 
( ) b) +80 -40; 
( ) c) +60 -60; 
( ) d) +100 -0. 
 
05 - Cite três lugares onde podemos encontrar a corrente alternada: 
( ) a) Residências, indústrias e transformadores; 
( ) b) Pilha, bateria e lâmpada; 
( ) c) Pilha, indústria e residência; 
( ) d) Gerador, transformador e retificador. 
 
06 - Cite três lugares onde podemos encontrar a corrente contínua: 
( ) a) Gerador, transformador e retificador; 
( ) b) Pilha, bateria e lâmpada; 
( ) c) Residência, indústria e transformador; 
( ) d) Pilha, bateria e gerador. 
 
07 - O que é tensão elétrica (voltagem)? 
( ) a) Velocidade que faz circular a corrente pelo condutor; 
( ) b) Movimento ordenado dos elétrons; 
( ) c) Corrente que circula no mesmo sentido; 
( ) d) Corrente que não tem definição de polaridade. 
 
08 - Cite três tensões de rede elétrica: 
( ) a) 110, 220 e 340 V; 
( ) b) 380, 440 e 580 V; 
( ) c) 110, 380 e 420 V; 
( ) d) 110, 220 e 380 V. 
 
09 - Quantos volts tem uma pilha? 
( ) a) 4 volts; ( ) b) 6 volts; ( ) c) 2 volts; ( ) d) 1,5 volts. 
 
10 - Qual é a polaridade neste esquema? 
( ) a) Direta; 
( ) b) Inversa; 
( ) c) Inversa e direta; 
( ) d) Sem definição. 
 
 13 
 
 
 
 
 Fontes de Energia Usadas 
na Soldagem 
 
Fontes de Energia. 
 
A soldagem a arco exige uma fonte de energia (máquina de soldagem) especialmente 
projetada para esta aplicação e capaz de fornecer tensões e corrente, em geral, na faixa 
de 10 a 40V e 10 a 1200A, respectivamente. Nas últimas duas décadas, tem ocorrido 
um vigoroso desenvolvimento no projeto e construção de fontes para soldagem associados 
com a introdução de sistemas de controle eletrônicos nestes equipamentos. Atualmente, 
pode-se separar as fontes em duas classes básicas: (a) máquinas convencionais, cuja 
tecnologia básica vem das décadas de 1950 e 60 (ou antes), e (b) máquinas "ele-
trônicas", ou avançadas, de desenvolvimento mais recente (décadas de 1970, 80 e 
90). No Brasil, a grande maioria das fontes fabricadas são convencionais. Em países do 
primeiro mundo, a situação é bastante diferente. No Japão por exemplo, fontes para os 
processos GTAW e GMAW fabricadas atualmente são, na grande maioria, eletrônicas (fi-
gura 1). Nos Estados Unidos, mais da metade das fontes comercializadas para o 
processo GMAW são eletrônicas. 
Requisitos necessários para uma fonte de energia 
 
Existem três requisitos básicos considerados imperativos para uma fonte de energia: 
 
 Produzir saídas de corrente e tensão a níveis com características adequa-
das para o processo de soldagem; 
 Permitir o ajuste adequado dos valores de corrente e/ou tensão para 
aplicações específicas; 
 Controlar a variação e a forma de variação dos níveis de corrente e tensão de 
acordo com os requerimentos do processo de soldagem e aplicação. 
 
Requisitos adicionais que o projeto da fonte precisa atender: 
 
 Estar em conformidade com exigências de normas e códigos relacionados 
com a segurança e funcionalidade; 
 Apresentar resistência e durabilidade à ambientes fabris, com instalação e 
operação simples e segura.; 
 Possuir controles/interface do usuário satisfatórios; 
 
 Quando necessário, ter interface ou saída para sistemas de automação. 
 
 14 
 
Para produzir níveis de saída adequados para a maioria dos processos de soldagem a 
arco, a energia elétrica da rede precisa ser convertida de sua forma de tensão relativa-
mente alta e baixa corrente para menores valores de tensão (o que é também 
mais seguro para o soldador ou operador) e com corrente relativamente altas, o que 
é, em geral, feito por um transformador comum. Se a corrente contínua é necessária, 
um banco de retificadores pode ser colocado na saída do transformador. O uso de reti-
ficador tem a vantagem adicional de permitir a utilização de alimentação trifásica. 
 
Curvas características do arco para cada tipo de fonte de soldagem. 
 
Fontes de corrente constante permitem que, durante a soldagem, o comprimento do arco 
varie sem que a corrente de soldagem sofra grandes alterações. Eventuais curtos circui-
tos do eletrodo com o metal de base não causam, também, uma elevação importante 
da corrente. Este tipo de equipamento é empregado em processos de soldagem manual, 
onde o soldador controla manualmente o comprimento do arco (SMAW) Processo Eletro-
do Revestido e (GTAW) Processo TIG .Fontes de tensão constante fornecem basicamente a mesma tensão em toda a sua faixa 
de operação sendo mais adequados para a soldagem (GMAW) Processo MIG/MAG e 
(SAW) Arame Tubular com transferência por curto circuito Globular ou Splay . Fontes 
(CV) Tensão Constante, permitem grandes variações de corrente se o comprimento do 
arco variar durante a soldagem sem alterar a faixa d e tensão estabelecida pelo soldador. 
 
Fontes Convencionais para Soldagem. 
Fontes convencionais que utilizam diretamente a energia elétrica da rede são formadas 
basicamente de um transformador, um dispositivo de controle da saída da fonte e um banco 
de retificadores (em equipamentos de corrente contínua), figura 5. 
 
Figura 5 - Diagrama do bloco de uma fonte convencional. 
 
Alimentação Saída 
 
 
 
Transfor- 
mador 
Sistema 
de 
Controle 
Banco de 
Retificadores 
 
 15 
 
 
O transformador é um dispositivo que transfere energia elétrica de um circuito de corrente 
alternada para outro através de um campo magnético sem modificar a frequência, mas, 
dependendo de sua construção, levando a um aumento ou redução da tensão. Em li-
nhas gerais, um transformador é composto de um núcleo de chapas de aço sobre-
postas e enrolado por dois segmentos de fio que formam os enrolamentos primário (de 
entrada) e secundário (de saída). Desprezando-se as perdas de energia e de 
eficiência do transformador (que podem ser consideráveis quando este está ligado a 
uma carga), a relação entre as suas tensões de entrada e saída (V1 e V2) é direta-
mente proporcional à relação entre os números de espiras dos enrolamentos (N1 e N2): 
 
V
1  
N
1 
V
2 
N 
2 
 
Os retificadores são dispositivos eletrônicos que apresentam valores de resistência elé-
trica diferentes dependendo do sentido de fluxo da corrente, isto é, a resistência 
é baixa em um sentido e muito elevada em outro. O uso deste dispositivo em um cir-
cuito de corrente alternada permite bloquear o fluxo de corrente em um sentido e, des-
ta forma, retificar a corrente. Este processo é mais eficiente quando um número de 
retificadores são colocados em arranjos especiais (pontes). A figura 6 mostra exem-
plos típicos de pontes para circuito CA monofásicos e trifásicos. A corrente contínua re-
sultante apresenta flutuações remanescentes mais fortes em sistemas monofásicos (fi-
gura 6). Estas flutuações são, em geral, reduzidas pelo uso de bancos de capacitores 
ou indutores que atuam como filtros da corrente. 
a) – Pontes de retificadores para circuitos monofásicos 
b) – Pontes de retificadores para circuitos trifásicos 
 
 
+ 
+ Entrada 
+ + 
- Saída 
- 
 
 
 
 
 
Entrada 
A B C A 
C 
(a) 
+ 
B 
 
 
 
 
(b) 
Saída 
 
 
- 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 16 
 
Fontes inversoras 
 
 
Os tipos de fontes apresentados acima usam um transformador convencional para re-
duzir a tensão da rede até o valor requerido para a soldagem. Este transformador 
opera na mesma frequência da rede (50/60 Hz). As fontes inversoras trabalham 
com um transformador muito menor, o que é possível quando a frequência da cor-
rente alternada é grandemente elevada, melhorando, assim, a eficiência do transfor-
mador (figura 20). A figura 21 ilustra o funcionamento básico de uma fonte inversora. 
 
 
Numa fonte inversora, a corrente alternada da rede é retificada diretamente e a cor-
rente contínua de tensão elevada é convertida corrente alternada de alta frequên-
cia (5000 a 200.000 Hz) através de um sistema de transistores, o inversor, 
colocado antes do transformador (isto é, no circuito primário). Devido à sua 
elevada frequência, um transformador de pequenas dimensões pode ser usado efici-
entemente para reduzir a tensão. 
A saída da fonte é controlada atuando-se no inversor. A velocidade de resposta é 
bastante elevada, dependendo, dentre outros fatores, da frequência de operação do 
inversor. A saída do transformador é novamente retificada para a obtenção da 
corrente de soldagem contínua. Reatores ou capacitores são usados para reduzir o 
nível de ruídos da fonte. A figura 22 compara a velocidade de subida da corrente du-
rante a abertura do arco com uma fonte tiristorizada e com uma fonte inversora e ilus-
tra a maior velocidade de resposta das fontes transistorizadas. 
 
 
 
 
 
Figura 20 - Comparação entre o transformador de uma fonte inversora (direita) e 
de uma fonte convencional (esquerda) de mesma capacidade. 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 17 
 
50/60 Hz CC CA - 5000 a 200.000 Hz CC 
 
 
Retificador Inversor Transfor. Retificador 
 Arco 
 
 
 Controlador. 
 
 
Figura 21 - Princípio do funcionamento de uma fonte inversora 
 
 
 
É importante ressaltar que por mais evoluções tecnológicas que tenhamos nos equi-
pamentos de soldagem, o Transformador para Soldagem fornecerá sempre Corrente 
Alternada (CA) e os Retificadores sempre fornecerão Corrente Contínua (CC). 
Para que tenhamos os dois tipos de corrente, se faz necessário uma Fonte de energia 
do tipo Transformador/Retificador. 
 
 Transformador: Fornece somente corrente alternada (CA), não definindo a pola-
ridade (+ /-). 
 Retificador: Fornece somente corrente contínua (CC), 
 Transformador/Retificador: Fornece corrente contínua (CC) e alternada (CA). 
 Gerador: Fornece somente corrente contínua (CC). 
 
 
 
Transformador CA: 
É uma máquina que modifica a tensão da rede elétrica de alimentação de alta para 
baixa tensão. Converte, ao mesmo tempo, a baixa intensidade da corrente elétrica em 
alta. Por isso dizemos que há uma transformação entre os valores de corrente e ten-
são, daí o nome da máquina. 
As principais partes de um transformador são: 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 18 
 Bobina primária: confeccionada com um fio bastante fino e com elevado número 
de voltas (espiras) em torno do núcleo; 
 Núcleo magnético: é feito de chapas de silício (para evitar perdas) e que permite 
que os defeitos obtidos pela passagem da corrente elétrica no primário sejam 
“detectados” e transformados pelo secundário; 
 Bobina secundária: feita de fios ou lâminas mais grossas do que o primário e 
com poucas voltas (espiras). 
 
O controle da regulagem da corrente elétrica no transformador, é feita através de: 
-Tapes; 
-Reator; 
-Amplificador magnético; 
-Variação do núcleo magnético. 
 
Retificador CC: 
É uma máquina constituída basicamente de um transformador e um conjunto de ele-
mentos chamados de retificadores, que fazem com que a corrente alternada se conver-
ta em corrente contínua. Os elementos retificadores mais conhecidos e utilizados nos 
dias atuais são os diodos de silício. 
 
 
 
 
Gerador CC: 
São máquinas rotativas que possuem um motor elétrico ou a combustão, acoplado a 
um gerador de corrente elétrica contínua. 
No gerador há um rotor com bobinas que giram no campo magnético. As bobinas con-
tidas no rotor produzem corrente elétrica que será retirada através de coletores, resul-
tando em uma corrente contínua de saí-
da, para alimentar o arco. 
Para gerar sua própria energia deve ser 
acoplado ao mesmo um dispositivo gi-
rante, quepode ser um trator, roda 
d’água, motor a combustão ou elétrico. 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 19 
 
Questões Sobre o Assunto: 
01 - Quais os três tipos de máquina de solda? 
( ) a) Bambozzi, Hobart, Protelec; 
( ) b) TIG, MIG, eletrodo revestido; 
( ) c) Transformador, retificador e gerador; 
( ) d) Pequena, média, grande. 
 
02 - Qual é o tipo de corrente elétrica que fornece o transformador? 
( ) a) Amperagem e voltagem; 
( ) b) Positiva e negativa; 
( ) c) Pulsativa; 
( ) d) Corrente alternada. 
 
03- Qual a finalidade do transformador de soldagem? 
( ) a) Diminuir a tensão e aumentar a intensidade da corrente elétrica que recebe da 
rede elétrica; 
( ) b) Aumentar a voltagem e diminuir a amperagem que recebe da rede elétrica; 
( ) c) Transformar a CA em CC; 
( ) d) Todas estão erradas. 
 
04- Quais as três principais partes de um transformador? 
( ) a) Carcaça, motor e volante; 
( ) b) Primário, núcleo e secundário; 
( ) c) Fiação, tamanho e potência; 
( ) d) Ter roda, base resistente e ligação monofásica. 
 
05- Qual o tipo de corrente que fornece o retificador de soldagem? 
( ) a) Corrente de ferro; 
( ) b) Corrente contínua; 
( ) c) Corrente alternada; 
( ) d) Corrente pulsativa. 
 
06- Qual o tipo de corrente que fornece o gerador de soldagem? 
( ) a) CC; 
( ) b) CA; 
( ) c) CA e CC; 
( ) d) Corrente positiva e corrente negativa. 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 20 
07- Qual a diferença entre o gerador e o transformador/retificador. Com relação à 
energia elétrica? 
( ) a) O gerador aproveita a energia da rede para a soldagem e o transformador/ retifi-
cador produz sua própria corrente; 
( ) b) O gerador produz sua própria corrente para a soldagem e o transformador/ reti-
ficador usa a corrente da rede; 
( ) c) O gerador e o transformador/retificador são iguais com relação a energia; 
( ) d) O gerador é uma máquina estática e o transformador/retificador é rotativa. 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 21 
 
 
 
 Acessórios da Máquina 
 
Cabo do Alicate Porta Eletrodo: 
 
A grande quantidade de fios de cobre permite ao cabo uma maior flexibilidade nos mo-
vimentos executados nas operações de soldagem. 
O diâmetro do cabo depende da intensidade da corrente (amperagem) a ser utilizada e 
da distância entre a máquina e o posto de trabalho. 
Conhecendo-se a distância entre a máquina e o posto de trabalho, e a amperagem a 
ser utilizada, recorre-se à tabela abaixo para encontrar o diâmetro conveniente do 
cabo, evitando-se com isso, perda de corrente, aquecimento ou super dimensionamen-
to do cabo. 
 
 
 
 
Cabo Obra: 
 
É um acessório de conexão do cabo obra à peça, construído de cobre, liga de cobre ou 
alumínio. 
 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 22 
 
 
 
 
 Ferramentas do Soldador 
 
 
Porta Eletrodo: 
É um acessório que serve para prender o eletrodo entre suas ranhuras. É construído 
de cobre (ou liga deste) com suas partes externas totalmente isoladas. 
Seu tamanho e isolação variam de acordo com a intensidade de corrente a ser utiliza-
da. 
 
 
Picadeira ou Martelo Picador: 
Ferramenta usada para remover a escória e os respingos do cordão de solda. 
 
 
 
 
Martelo Pneumático: 
Em grandes empresas, para remover escória é usado um martelete pneumático. 
 
 
 
 
Esse martelete é usado com ar comprimido, tem em uma de suas extremidades uma 
ponta em forma de talhadeira. Seu peso é relativamente baixo (250 a 280g), não pro-
vocando fadiga ao soldador. 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 23 
Escova de Fios de Aço: 
Ferramenta usada para remover as impurezas do local a ser soldado e também para 
fazer uma melhor limpeza nos cordões de solda. 
 
 
 
 
Tenaz: 
Ferramenta semelhante a um alicate, porém com cabos mais longos. Serve para segu-
rar peças quentes. 
 
 
 
Calibre de Solda: 
Serve para conferir as medidas do cordão de solda, de acordo com o desenho ou a 
simbologia de soldagem por exemplo: perna, garganta, reforço do cordão, etc. 
 
 
 
 
1- Verificação do reforço do cordão de solda. (altura da solda) 
2- Verificação da perna do cordão de solda (medida da solda conforme AWS) 
3- Verificação da garganta da solda (medida da solda conforme “DIN”) 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 24 
 Questões Sobre o Assunto: 
 
01 - Escreva “V” para verdadeira ou “F” para falsa: 
a) ( ) O cabo do porta eletrodo é construído de fios de aço recoberto de borracha. 
b) ( ) Os cabos do porta eletrodo e do cabo obra servem para fazer a ligação des-
tes à fonte de energia. 
c) ( ) O diâmetro do cabo depende da intensidade (amperagem) da corrente a 
ser utilizada e da distância entre a máquina e o posto de soldagem. 
d) ( ) O diâmetro do cabo depende da espessura da peça que vai ser soldada. 
 
02 - Complete as frases: 
a) O porta eletrodo é um acessório que serve para prender o..................................... 
 .................................... entre suas ranhuras. 
b) O porta eletrodo é construído de .........................................................................ou 
 ........................................................com suas partes totalmente isoladas. 
c) A ferramenta do soldador usada para remover a escória e os respingos de sol-
dagem é denominada................................................................................................... 
d) Ferramenta que pode substituir a picadeira ou o martelo picador é: 
 ................................................................................................................................ 
e) A escova com fios de aço serve para remover..................................................... e 
também para fazer melhor limpeza nos ........................................................................... 
f) A tenaz serve para segurar peças .......................................................................... 
g) O instrumento usado para verificação de solda é o ................................................ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 25 
 
 
 
 
Material Consumível 
 
 
São todos os materiais empregados na deposição ou proteção da solda, tais como: 
eletrodo, varetas, anéis consumíveis, gases e fluxos. 
No nosso caso falaremos somente do eletrodo revestido. 
 
Eletrodo Revestido: 
É um consumível metálico, condutor de corrente elétrica, constituído de alma metálica 
e revestimento de compostos orgânicos e minerais. 
 
 
 
Componentes do Eletrodo Revestido: 
 
a) Material do Núcleo (Alma Metálica): 
Pode ser ferroso ou não ferroso e sua escolha é feita de acordo com o material da pe-
ça a ser soldada. 
b) Revestimento: 
O revestimento é feito por extrusão, podendo ser fino, médio ou grosso. Os compostos 
do revestimento vem sob forma de pó, unidos por um aglomerante “cola”, normalmente 
silicato de potássio ou de sódio. 
 
Funções do Revestimento: 
As funções do revestimento são muitas. Vamos a seguir, descrever as mais importan-
tes e dividi-las em três grupos: 
a) Função Elétrica: Tornar o ar entre o eletrodo e a peça melhor condutor, facili-
tando a passagem da corrente elétrica. O que permiteestabelecer e manter o arco 
elétrico estável (ionização). 
b) Função Metalúrgica: Formar uma cortina gasosa que envolve o arco elétrico e o 
metal de fusão, impedindo a ação prejudicial do ar atmosférico e também adicionar 
elementos de liga e desoxidantes, para diminuir as impurezas. 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 26 
c) Função Física: Guiar as gotas de metal em direção a poça de fusão, facilitando 
a soldagem nas diversas posições e retardar o resfriamento do cordão através da for-
mação da escória, proporcionando melhores propriedades mecânicas a solda. 
 
Tipos de Revestimento de Eletrodo: 
Os mais comuns são: rutílico, básico (baixo hidrogênio) e celulósico. 
Os outros tipos como o ácido e o oxidante são menos usados. 
 
a) Revestimento Rutílico: (similar “AWS”, EXXX2, EXXX3 e o EXXX4) 
O principal elemento químico neste tipo é o rutilo. É usado com vantagem em trabalhos 
onde não irá sofrer grande esforço como: soldagem de pequenas peças, serralheria, 
chaparia fina e média e em enchimento de peças. 
 
 
 
1 - Eletrodo EXXX2: O arco é de penetração média. Com baixa intensidade de corren-
te (amperagem) a penetração deste eletrodo é pequena a ponto de possibilitar a sol-
dagem de juntas de preparação deficientes. Os depósitos são mais resistentes e me-
nos dúcteis que os outros tipos. 
2 - Eletrodo EXXX3: Este eletrodo pode ser usado com qualquer tipo de corrente elé-
trica (CA ou CC). A escória é de fácil remoção, proporcionando boa compacidade, 
mesmo nas soldas em vários passes. 
3 - Eletrodo EXXX4: Neste tipo é acrescentado a adição de pó de ferro, que possibilita 
a obtenção de um rendimento superior a 100% (peso do metal de solda / peso da al-
ma). 
Observação: 
 A escória desses eletrodos é auto destacável quando utilizado adequadamente. 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 27 
b) Revestimento Básico (Baixo Hidrogênio): (similar EXXX5, EXXX6 e EXXX8) 
A principal propriedade do revestimento desses eletrodos é o baixo hidrogênio dissol-
vido no metal de solda. 
Estes eletrodos proporcionam as seguintes vantagens: 
1- Evitam a fissuração (trinca) sob o cordão nas soldas dos aços temperáveis, desde 
que durante o seu manuseio, o revestimento não absorva umidade; 
2 - Produzem soldas de elevada tenacidade ao entalhe, mesmo sem tratamento térmi-
co; 
3 - Permitem a soldagem dos aços com teor de enxofre elevado graças a ação dessul-
furisante da escória básica. 
4 - É usado para soldar aços comuns, aços baixa liga e até alguns ferros fundidos, 
desde que estes não necessitem de usinagem posterior; 
5 - A maioria das soldas efetuadas com estes eletrodos são a prova de radiografia. 
 
 
Observação: 
Devido a composição do seu revestimento esse eletrodo absorve facilmente a umidade 
do ar (são higroscópicos), por isso, é importante armazená-los em estufa apropriada 
após abrir a lata. 
 
 
 
c) Revestimento Celulósico: (similar EXXX0 e o EXXX) 
O revestimento desse eletrodo contém materiais orgânicos combustíveis celulósicos 
(pó de madeira). 
O alto teor de celulose proporciona um arco penetrante com transferência de metal por 
salpicos, opera em todas as posições e a camada de escória é fina e relativamente de 
difícil remoção. Dada as características de grande penetração e elevada soldabilidade 
operatória, é o revestimento preferido para a soldagem de oleodutos e gasodutos. 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 28 
1 - Eletrodo EXXX0: Esta classe de eletrodo trabalha somente com corrente contínua 
(CC) e a sua polaridade é a positiva (+). 
2 - Eletrodo EXXX1: Este além da celulose, contém silicato de potássio, aumentando 
a capacidade termo iônica do arco elétrico, permitindo o seu uso em corrente alternada 
(CA). 
 
d) Tabela Resumo dos Tipos de Revestimento de Eletrodo: 
 
 
 
 
Questões Sobre o Assunto: 
 
01 - O eletrodo revestido para a soldagem é constituído de um__________________ 
e um __________________________ de compostos orgânicos e minerais. 
 
02 - O material do núcleo do eletrodo pode ser ferroso ou não ferroso e sua escolha 
deve ser feita de acordo com: 
( ) a) A vontade do soldador; 
( ) b) A posição de soldagem; 
( ) c) O material do eletrodo; 
( ) d) O material da peça a ser soldada. 
 
03 - Guiar as gotas de metal em direção a poça de fusão e retardar o resfriamento do 
cordão é função: 
( ) a) Elétrica; 
( ) b) Física; 
( ) c) Metalúrgica; 
( ) d) Humana. 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 29 
04 - Cite três tipos de revestimento de eletrodo:........................................................... 
....................................................................................... 
05 - Tornar o ar entre o eletrodo e a peça melhor condutor, facilitando a passagem da 
corrente elétrica, o que permite estabelecer e manter o arco estável (ionização) é fun-
ção: 
( ) a) Elétrica; 
( ) b) Física; 
( ) c) Metalúrgica; 
( ) d) Humana. 
 
06 - Formar uma cortina gasosa que envolve o arco e o metal em fusão impedindo a 
ação prejudicial do ar atmosférico e também adicionar elementos de liga e desoxidan-
tes, para diminuir as impurezas é função: 
( ) a) Elétrica; 
( ) b) Física; 
( ) c) Metalúrgica; 
( ) d) Humana. 
 
07 - Dos tipos de revestimento, qual é usado onde o fator resistência não é o mais 
importante? 
( ) a) Básico; 
( ) b) Rutílico; 
( ) c) Celulósico; 
( ) d) Ácido. 
 
08 - Dos tipos de revestimento, qual é usado onde precisa resistência mecânica ? 
( ) a) Básico; 
( ) b) Rutílico; 
( ) c) Celulósico; 
( ) d) Ácido. 
 
09 - Dos tipos de revestimento, qual oferece maior penetração da solda e é muito 
usado em oleodutos e gasodutos? 
( ) a) Básico; 
( ) b) Rutílico; 
( ) c) Celulósico; 
( ) d) Ácido. 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 30 
 
 
 
 
 Materiais e Soldabilidade 
 
 
 
Alto-Forno: 
 
 
Primeiramente, conheceremos o processo de fabricação e os diversos tipos de aço 
produzido em grandes usinas siderúrgicas, o aço nasce dentro de um alto-forno. 
Um alto-forno típico é formado por uma cápsula cilíndrica de aço forrada com material 
resistente ao calor. A parte inferior do forno é dotada de aberturas tubulares. 
Próximo ao forno encontra-se um orifício por onde flui o ferro-gusa quando se sangra 
(ou se esvazia) o alto-forno. 
A produção do ferro-gusa se dá num alto-forno. Os materiais básicos empregados são 
minério de ferro, coque (carvão mineral) e calcário. O coque é queimado como com-
bustível para aquecer o alto-forno e libera monóxido de carbono, que se combina com 
os óxidos de ferro do mineral e os reduz a ferro metálico. O calcário é empregado co-
mo fonte adicional de monóxido de carbono e como fundente. 
Os alto fornos funcionam de maneira contínua, isto é, nunca são desligados. A matéria 
prima é colocada a intervalos de 10 a 15 minutos. A escória que se separa do metal 
fundido é retirada a cada duas horas, e o ferro gusa é sangrado cinco vezes por dia. 
No processo básico de refino por oxidação, o ar é substituído por um jorro de alta 
pressão de oxigênio quase puro. 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 31 
Em alguns fornos o calor para fundir e refinar o aço vem da eletricidade. Como as con-
dições de refino desses fornos podem ser reguladas com muita precisão, os fornos 
elétricos são úteis principalmente para produzir aço inoxidável e outros aços com es-
pecificações muitorígidas. 
 
Aço: 
 
Em geral, o aço é uma liga de ferro e carbono com alguns outros elementos. Os dife-
rentes tipos de aço contêm entre 0,04% e 2,25% de carbono. 
Para se obter o aço é preciso primeiro transformar o minério de ferro em ferro-gusa (ou 
simplesmente gusa) que em geral tem elevado teor de carbono e muitas impurezas. 
Na etapa seguinte, o refino, as impurezas são eliminadas por um processo de oxida-
ção (queima). 
O aço é vendido em uma grande variedade de formas e tamanhos, como: vergalhões, 
chapas, tubos e perfilados. Essas formas são obtidas nas usinas siderúrgicas laminan-
do-se os lingotes quentes ou moldando-os de algum modo. O acabamento dado ao 
aço também melhora sua qualidade, ao refinar sua estrutura cristalina e aumentar sua 
resistência. 
Os aços de ferramentas, contém: tungstênio, molibdênio e outros elementos de liga, 
que lhes conferem maior resistência, dureza e durabilidade. 
Existem métodos térmicos para melhorar as propriedades dos aços, o que resulta nos 
chamados aços temperados. Também existem tratamentos superficiais. 
Na cementação as superfícies das peças de aço endurecem ao serem aquecidas com 
compostos de carbono ou nitrogênio. 
 
Tipos de Aço: 
 
a) Aço Carbono: Existindo milhares de nomes comerciais de aços com ou sem ligas, 
não é possível citar todos aqui, mas forneceremos alguns dados resumidos a respeito. 
O aço baixo carbono designado para estruturas em geral mais usado é o ASTMA-36 
(1020). 
O ASTM A-7 é designado para estruturas comuns (1010 a 1020). 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 32 
b) Aço Inoxidável 
 O aço inoxidável é um aço de alta liga, que tem excelente resistência à corrosão, sen-
do também empregado a altas temperaturas, possuindo além disso, boas propriedades 
de resistência a propagação de trincas e boa usinabilidade. 
Os aços inoxidáveis contêm cromo, níquel e outros elementos que compõem a liga, 
que os mantém brilhantes e resistentes à ferrugem e à oxidação, mesmo em presença 
de umidade ou de ácidos e gases corrosivos. São usados para as tubulações e tan-
ques de refinarias de petróleo, para as fuselagens de aviões e em veículos espaciais. 
Também são usados para fabricar instrumentos cirúrgicos, ou para fixar ou substituir 
ossos quebrados. Em cozinhas e áreas de preparo de alimentos os utensílios são mui-
tas vezes de aço inoxidável. 
O mais fácil de soldar e o que ocorre menos problema é o tipo Austenítico. 
Eles estão divididos de acordo com as normas SAE (Sociedade dos Engenheiros Au-
tomotivos) e AISI (Instituto Americano do Ferro e Aço), nos seguintes grupos conforme 
mostrado na tabela abaixo: 
 
 
 
Apresentação dos tradicionais aços inoxidáveis (segundo a norma AISI): 
 
1 - Austeníticos: Entram aqui os tipos: 201, 202, 301, 302, 302B, 303, 303B, 304, 
304L, 305, 308, 309, 309S, 310, 310S, 314, 316, 316L, 317, 321 e 347. 
Classificação de aços ao carbono 
2 - Ferríticos: entram aqui os tipos: 405, 430, 430F, 430FSe, 440 e 502. 
Identificação gravada nos eletrodos individualmente: 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 33 
 
Exemplo: E 316L 
 
 
E = Especifica um eletrodo; 
316 = Tipo do aço inoxidável do eletrodo (austenítico); 
L = Baixo teor de carbono; 
16 = O último dígito “16” significa o tipo de corrente e o revestimento. 
 
Sendo “15” trabalha com corrente contínua somente e o tipo de revestimento é básico. 
“16” trabalha com corrente contínua e alternada e o tipo de revestimento é rutílico. 
O freqüentemente mencionado 18/8 é geralmente o aço inoxidável 304, que contém 18 
a 20% de cromo e de 8 a 10% de níquel. 
 
Observação: 
A letra “L” logo após o número indica baixíssimo carbono (menos que 0,03). 
Alguns desses aços são estabilizados com titânio, colúmbio (nióbio) ou tântalo. 
 
Ferro Fundido: 
 
O ferro fundido é uma liga do tipo ferro-carbono, contendo mais de 2% de carbono e 
elementos suplementares como o Silício (Si), o Manganês (Mn), o Fósforo (P), o Enxo-
fre (S), etc. e além destes, elementos de liga como o Níquel (Ni), o Cromo (Cr), o Moli-
bdênio (Mo), etc. estes são adicionados dependendo de cada caso particular. 
Como seu ponto de fusão é mais baixo que o do aço e devido a sua grande fluidez, o 
ferro fundido é largamente utilizado para a fundição de vários tipos de peças e compo-
nentes de máquinas. 
Sua resistência é geralmente mais baixa, mas existem alguns ferros fundidos com re-
sistência equivalente à do aço. 
 
Os ferros fundidos são classificados em quatro tipos comuns: 
 Ferro fundido cinzento; 
 Ferro fundido branco; 
 Ferro fundido maleável; 
 Ferro fundido nodular. 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 34 
A soldabilidade do ferro fundido é das mais baixas, por causa de uma série de motivos 
que vamos enumerar: 
1) Quando o ferro fundido é rapidamente resfriado, partindo-se do seu estado de fusão, 
obtém-se o ferro fundido branco, que é duro, frágil e suscetível à ruptura causada pe-
las altas tensões geradas durante o resfriamento. Os conteúdos de enxofre e oxigênio 
mais elevados também favorecem a obtenção do ferro fundido branco; 
2) O carbono do ferro fundido e o oxigênio da atmosfera de solda formam CO, que 
poderá causar a formação de poros; 
3) O ferro fundido é frágil, devido a sua baixa ductilidade. Tensões residuais podem 
concentrar-se nos pontos de mudança de espessura, cantos, bordas, etc. e conse-
qüentemente, as trincas podem partir-se destes pontos. 
 
4) Se o ferro fundido for aquecido por longo tempo, a grafita (carbono) pode se tornar 
grosseira, também é comum a presença de cavidades ou inclusão de areia no ferro 
fundido. Dessa forma, o eletrodo utilizado na soldagem poderá eventualmente, ser 
incompatível com o metal de base, surgindo bolhas de oxigênio na soldagem. 
 
A soldagem de ferro fundido é um processo típico de manutenção, a sua soldagem 
está praticamente restrita a recuperar peças. 
 
Questões Sobre o Assunto: 
 
01 - O que é o aço? 
( ) a) É um ferro; 
( ) b) É uma liga de ferro e carbono; 
( ) c) É uma liga de alumínio; 
( ) d) É uma liga de cobre. 
 
02 - Antes de obter o aço é preciso primeiro transformar o minério de ferro em: 
( ) a) Ferro gusa; 
( ) b) Carvão mineral; 
( ) c) Coque; 
( ) d) Carbono. 
 
03 - Onde se processa a produção do ferro gusa? 
( ) a) Na natureza; 
( ) b) No solo; 
( ) c) No alto forno; 
( ) d) No baixo forno. 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 35 
 
04 - Cite 3 formas de como são vendidos os aços no comércio: 
( ) a) Chapas, tubos e perfilados; 
( ) b) Lingotes, rolos; 
( ) c) Forma líquida e cristalizado; 
( ) d) Barras, em minério bruto. 
 
05 - Quais os dois principais elementos contidos no aço inoxidável? 
( ) a) Carbono e ferro; 
( ) b) Cromo e níquel; 
( ) c) Cromo e carbono; 
( ) d) Níquel e ferro. 
 
06 - Os aços de ferramentas contém ______________________, 
______________________ e outros elementos de liga, que lhes conferem maior resis-
tência, dureza e durabilidade. 
 
07 - Coloque em ordem de acordo com a classificação do aço carbono: 
 Porcentagem de carbono: 
(A) Alto carbono ( ) 0,05 a 0,30 
(B) Médio carbono ( ) 0,60 a 1,70 
(C) Baixo carbono ( ) 0,30 a 0,60 
 
08 - O ferro fundido é uma liga do tipo _____________________________, contendo 
mais de ________% de carbono e elementos suplementares. 
 
09 - Os ferros fundidos são classificados em quatro tipos. Quais são eles: 
( ) a) Zincado, cromado, niquelado e cinzento; 
( ) b) Fosfatizado, maleável, cromado e zincado; 
( ) c) Maleável, branco,cromado e cinzento; 
( ) d) Cinzento, branco, nodular e maleável. 
 
10 - A soldagem de ferro fundido é um processo típico de manutenção, a sua solda-
gem está praticamente restrita a __________________________________. 
 
11 - Cite três tipos de aço inoxidável: 
( ) a) Austenítico, nodular e aço carbono; 
( ) b) Austenítico, martensítico e ferrítico; 
( ) c) Ferrítico, maleável e nodular; 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 36 
 
 
 
 
 Posições de Soldagem 
 
Posições Básicas de Soldagem: 
As posições básicas de soldagem referem-se exclusivamente ao posicionamento do 
eixo de soldagem nos diferentes planos de referência. 
Basicamente, existem quatro posições de soldagem e todas exigem um perfeito co-
nhecimento do soldador para execução da junta a soldar, pois elas possuem caracte-
rísticas próprias e graus de dificuldades diferentes. 
No trabalho a ser executado por soldagem nem sempre as peças podem ser colocadas 
numa posição cômoda ou adequada à realização desta. 
Segundo o plano de referência foram estabelecidas as quatro posições básicas, a sa-
ber: 
a) Posição Plana ou de Nível (P): 
É aquela em que a junta a soldar está posicionada em nível, pronta para receber o 
material de adição que vem de cima (a favor da gravidade). 
 
 
b) Posição Horizontal (H): 
É aquela em que o eixo da solda está na posição horizontal, as chapas ou uma das 
chapas que formam o ângulo estão na vertical. O eletrodo é colocado aproximadamen-
te em posição horizontal e perpendicular ao eixo de soldagem. 
Essa posição exige muito mais habilidade do soldador, pois o material e a condução do 
eletrodo sofrem ação da força da gravidade, que atua para baixo sobre o material em 
fusão que está sendo depositado (tende a escorrer). 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 37 
c) Posição Vertical (V): 
É aquela em que o eixo da solda está na posição vertical, o eletrodo (material de adi-
ção) é colocado na posição vertical, essa posição exige um bom controle da poça de 
fusão, pois o material tende a escorrer, em função do sentido de soldagem, ascenden-
te ou descendente. 
 
 
d) Posição Sobre Cabeça (SC): 
É aquela em que a junta recebe o material de adição pela parte inferior (por baixo), 
este vencendo a força da gravidade. Esta posição é inversa a plana ou de nível. 
 
 
 
 
As Posições de Soldagem Segundo a Norma “ASME”: 
ASME = Sociedade Americana de Engenharia Mecânica 
 
a) Soldagem na posição 1 G ou 1 F: 
G = groove (chanfro aplicado em juntas de topo) 
F = fillet (filete aplicado em juntas em ângulo) 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 38 
b) Soldagem na posição 2 G ou 2 F: 
 
 
 
c) 3 G ou 3 F, posição vertical: 
 
 
d) 4G ou 4F: 
 
 
 
e) 5 G e 6 G: 
 
 
 
Qualificação de Soldadores Segundo a Norma “ASME”: 
 Soldadores qualificados na 1G, estão habilitados a executar soldagem na posi-
ção plana; 
 Soldadores qualificados na 2G, estão habilitados a executar soldagens nas posi-
ções plana e horizontal; 
 Soldadores qualificados na 3G, estão habilitados a executar soldagens nas posi-
ções plana, horizontal e vertical; 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 39 
 Soldadores qualificados na 4G, estão habilitados a executar soldagens nas posi-
ções plana e sobre cabeça; 
 Soldadores qualificados na 5G, estão habilitados a executar soldagens nas posi-
ções plana, vertical e sobre cabeça; 
 Soldadores qualificados na 6G, estão habilitados a executar soldagens em todas 
as posições. 
 
Questões sobre o assunto: 
 
01 - Quais as quatro posições básicas de soldagem? 
( ) a) Vertical, plana, quina e horizontal; 
( ) b) Plana, topo, vertical e sobre cabeça; 
( ) c) Plana, horizontal, vertical e sobre cabeça; 
( ) d) Quina, topo, plana e ângulo. 
 
02 - Das quatro posições básicas de soldagem, qual a que favorece na deposição de 
material por estar a favor da gravidade? 
( ) a) Sobre cabeça; 
( ) b) Quina; 
( ) c) Topo; 
( ) d) Plana. 
 
03 - Das quatro posições de soldagem, qual a mais fácil de executar? 
( ) a) Horizontal; 
( ) b) Vertical; 
( ) c) Plana; 
( ) d) Sobre cabeça. 
 
04 - Coloque abaixo das figuras a posição de soldagem correspondente segundo a 
norma “ASME”: 
 
 
_____________________________ ____________________________ 
 
06 - O soldador qualificado pela norma “ASME” na posição 6 G pode soldar em quan-
tas posições: _______________________ 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 40 
 
 
 
 
Preparação para Soldagem 
 
Junta: 
É a região onde duas ou mais peças serão unidas por um processo de soldagem. 
 
 
 
 
As juntas podem ser sem chanfro ou com chanfro, dependendo da espessura e exi-
gência da soldagem. 
 
 
 
 
Tipos de Junta: 
 
 
 
a) Junta de Topo: 
 É o tipo em que os dois componentes estão no mesmo plano. 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 41 
 
b) Junta Sobreposta: 
É aquela em que um dos componentes se sobrepõe ao outro, ou aos outros. 
 
 
c) Junta em Ângulo (ou “T”): 
É o tipo de junta em que os dois componentes formam ângulo entre si, tendo a seção 
transversal o formato de um “T”. 
 
 
 
d) Junta de Quina: 
Nesse tipo de junta os dois componentes unem-se através da borda da chapa, for-
mando ângulo. 
 
 
 
Chanfro: 
Abertura na superfície de uma peça ou entre os componentes, que determina o espaço 
para conter a solda. 
O chanfro é feito através de processos mecânicos, oxi-corte, ou eletrodo para chanfro. 
Normalmente as peças são chanfradas, quando a exigência é de penetração total, em 
chapas onde a espessura é igual ou superior a 6mm. 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 42 
Exemplos de chanfro: 
 
 
 
 
 
Questões sobre o assunto: 
 
01 - Por que e quando é que as bordas da chapa devem ser chanfradas? 
( ) a) Para melhorar o acabamento; 
( ) b) Para facilitar o aquecimento da chapa; 
( ) c) Quando exige-se penetração total em chapas onde a espessura é igual ou su-
perior a 6mm; 
( ) d) Para aumentar a quantidade de metal de adição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 43 
 
 
 
Parâmetros de Soldagem 
 
 
Ajuste da Corrente: 
O ajuste da corrente (parâmetros de soldagem), varia de acordo com o diâmetro do 
eletrodo, posição de soldagem e espessura da chapa (peça) a ser soldada. 
Para ajustar a corrente o primeiro passo do soldador é identificar a peça que será sol-
dada, observando-se: 
 A espessura da chapa na região onde será realizada a soldagem e a posição da 
junta; 
 Tipo de material base; 
 A quantidade de solda que a peça irá receber, para evitar um possível empena-
mento do conjunto soldado; 
 Tipo e diâmetro do eletrodo. 
Após ter escolhido o diâmetro do eletrodo, usa-se a regra básica acrescentando até 
15% para mais ou para menos, dependendo da espessura da peça. 
 
Regra Básica para Ajuste de Corrente: 
 
Existem duas: 
Quando o diâmetro do eletrodo é lido em polegada; 
Quando o diâmetro do eletrodo é lido em milímetros. 
 
a) Diâmetro do Eletrodo em Polegadas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 44 
 
Exemplo: 
Qual é a corrente base para se trabalhar com um eletrodo de 1/8” de diâmetro?Solução: 
 
Para transformar polegada fracionária em milésimo de polegada, divide-se o numera-
dor da fração pelo seu denominador, ou seja: 
 
0,125 = milésimo = 125 ampéres 
 
Após adquirir esses conhecimentos, calcule você mesmo a corrente básica para esses 
eletrodos: 
Observação: 
O resultado deve ser sempre com três casas após a virgula (milésimo), caso o resulta-
do zerar antes, complete com “0”. 
 
 
 
 
 
 
 
(3/32”) 3 00 32 
 0,0 
 
 
(1/8”) 1 
 
 
(5/32”) 5 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 45 
b) Diâmetro do Eletrodo em Milímetros: 
 
 
 
Exemplo: ara um eletrodo cujo diâmetro é 3,2mm. 
 
 3,2 
 x 40 
 128,0 
Resposta: 
A corrente base para um eletrodo cujo diâmetro é 3,2mm é 128 ampéres. 
Após adquirir esses conhecimentos, calcule você mesmo a amperagem base para es-
ses eletrodos. 
 
Observação: 
Elimine as casas após a vírgula. 
 
 
 
10.3- Abertura do arco: 
 
Visto que o ar não é um condutor, o arco deve ser inicialmente aberto através de um 
curto-circuito, fazendo com que ao levantar-se o eletrodo, a corrente flua neste instante 
com elevada amperagem. 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 46 
A elevada corrente elétrica (intensidade) no instante do curto-circuito provoca um in-
tenso aquecimento, tendo-se portanto, uma elevada temperatura. 
Esta temperatura faz com que ocorra a fusão, no local de contato da peça e do eletro-
do, cujas partículas fundidas passam a se transferir para a peça formando uma poça 
de fusão, que após o resfriamento forma o cordão de solda. 
 
 
 
 
 
O arco elétrico pode ser aberto de duas maneiras, pelo toque e pelo resvalo, o ângulo 
do eletrodo deve estar aproximadamente a 70º em relação a superfície da peça. 
 Pelo toque: toque e levante o seu diâmetro aproximadamente. 
 Pelo resvalo: risque como um fósforo, após aberto o arco elétrico direcionar o 
eletrodo à peça. 
 
 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 47 
 
 
 
 Classificação AWS 
 
Finalidade da Classificação: 
A classificação de eletrodos tem como finalidade padronizar os tipos de eletrodos den-
tro de um conceito: 
 As propriedades mecânicas do metal de solda depositado. 
 As posições de soldagem que o eletrodo trabalha satisfatoriamente. 
 Tipo de revestimento e a corrente elétrica do eletrodo. 
 
Apesar de ter varias normas no mundo, a mais usada e reconhecida nos dias de hoje é 
a americana “AWS” (Associação Americana de Soldagem). Vamos explicar o principio 
da norma americana. 
Na especificação AWS os eletrodos para aço ao carbono vem indicado por uma letra e 
cinco ou quatro algarismos. 
 
Exemplo: X XXXX ou X XXXXX 
 
 
 
A letra “E” significa Eletrodo para soldagem a arco elétrico 
 
Os dígitos: 
E - XX X X ou E - XXX X X 
 
 
O 1º e 2º algarismo em número de dois ou três indicam o limite de resistência à tração 
mínima do metal de solda, em Ksi (um Ksi = 1000 psi ou 1000 Lb/pol²). 
 
Ksi = Kilo Square Inch 
psi = Pound Square Inch 
 
Exemplo: 
Eletrodo E 70XX E 60XX E 80XX E 110XX 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 48 
O 3º número em uma seqüência de quatro dígitos indica as posições em que o eletro-
do pode ser empregado com resultados satisfatórios. 
Sendo: 
 E XX1X todas 
 E XX2X horizontal e plana 
 E XX3X somente plana 
 E XX4X menos vertical ascendente 
 
Exemplo: 
E - XX X X 
 
 
O 4º algarismo em conjunto com o 3º, indica o tipo de revestimento, a penetração da 
solda, o tipo de corrente e a polaridade. 
 
Exemplo: 
E - XX XX 
 3º e 4º algarismo 
 
Observação: O 4º algarismo pode variar de “0” a “8” 
 
Tabela: 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 49 
Questões Sobre o Assunto: 
 
01- Dê as características destes eletrodos de acordo com a norma AWS: 
 
a) E 6013: 
 
b) E 6011: 
 
c) E 7018: 
 
d) E 7020: 
 
e) E 8018: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 50 
 
 
 
 Terminologia da Soldagem 
 
Nomenclatura da Solda: 
a) Cordão de Solda: 
Depósito resultante de um ou mais passe ou filete de solda. 
 
 
 
b) Passe ou Filete de Solda: 
Depósito de material obtido pela progressão sucessiva de uma poça de fusão. 
 
 
 
 
c) Camada de Solda: 
Conjunto de passes depositados e situados aproximadamente num mesmo plano. 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 51 
Esta peça tem: 
 
 
 Designação das Partes de uma Junta Chanfrada: 
 
 
 
 
 
Nomenclatura da Solda em Junta de Ângulo: 
Garganta Teórica: 
Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distancia entre a face da solda 
sem o reforço e a raiz da junta sem a penetração: 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 52 
Garganta Real: (tudo, incluindo penetração e reforço) 
Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distância entre a raiz da solda até 
a face desta, inclusive o reforço. 
 
 
 
 
Garganta Efetiva: (inclui a penetração menos o reforço) 
Dimensão de uma solda em ângulo que determina a distância entre a raiz da junta até 
a face da solda sem o reforço. 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 53 
 
 
 
 Termos técnicos usados na 
Soldagem 
 
 
Principais: 
 
Abertura da raiz (root opening): 
Separação entre os membros (peças) a serem unidos na raiz da junta. 
 
Alicate porta eletrodo (electrode holder): 
Dispositivo usado para prender mecanicamente o eletrodo enquanto conduz corrente 
através dele na soldagem. 
 
Ângulo de trabalho (work angle) Ângulo que o eletrodo ou tocha forma com relação 
à superfície do metal de base num plano perpendicular ao eixo da solda. 
 
Atmosfera protetora (protective atmosphere): 
Envoltório de gás que circunda a parte a ser soldada, sendo o gás de composição con-
trolado com relação à sua composição química, pressão, vazão, etc. 
 
Atmosfera redutora (reducing atmosphere): 
Atmosfera protetora quimicamente ativa que, a temperaturas elevadas, reduz óxidos 
de metais ao seu estado metálico. 
 
Calibre de solda (weld gage): 
Dispositivo para verificar a forma e a dimensão de soldas (medidor de solda). 
 
Camada (layer): 
Conjunto de passes depositados e situados aproximadamente num mesmo plano. 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 54 
Certificado de qualificação de soldador (welder certification): 
Documento escrito certificando que o soldador executa soldagens de acordo com os 
padrões preestabelecidos. 
 
Chanfro (groove): 
Corte efetuado na ou nas bordas das chapas entre dois componentes, que determina o 
espaço para conter a solda. 
 
 
 
Chapa de teste (test plate): 
Chapa soldada, com finalidade de executar ensaios mecânicos, químicos ou metalo-
gráficos. 
Chapa ou tubo de teste (test cooupon): 
Peça soldada para qualificação de procedimento de soldagem ou de soldadores ou 
operadores de soldagem. 
 
Cobre - junta (backing): 
Material colocado na raiz da junta com a finalidade de suportar o metal fundido durantea execução de soldagem. 
 
 
 
Consumível (consumption): 
Material empregado na deposição ou proteção da solda, tais como: eletrodo, vareta, 
arame, anel consumível, gás e fluxo. 
 
Eficiência da junta (joint efficiency): 
Relação entre a resistência de uma junta e a resistência do metal de base. 
 
Eletrodo de tungstênio (tungsten electrode): 
Eletrodo metálico usado em soldagem TIG ou corte a arco elétrico (plasma), feito prin-
cipalmente de tungstênio. 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 55 
Escamas de solda (striger bead, weld bead): 
Aspecto da face da solda semelhante a escamas de peixe. 
 
Face do chanfro (groove face): 
Superfície de um membro que faz parte do chanfro. 
Face da raiz (root face): 
Parte da face do chanfro adjacente à raiz da junta. 
 
Face da solda (face of weld): 
Superfície exposta da solda, pelo lado por onde a solda foi executada. 
 
Fluxo (flux): 
Material usado para prevenir ou facilitar a remoção de óxidos de outras substâncias 
superficiais indesejáveis. 
 
Gás de proteção (shielding gas): 
Gás utilizado para prevenir contaminação indesejada pela atmosfera. 
 
Gás inerte (inert gas): 
Gás que normalmente não combina com o metal de base ou metal de adição. 
 
Inspetor de soldagem (welding inspector): 
Profissional qualificado, empregado pela executante dos serviços, para exercer às ati-
vidades de controle de qualidade relativas à soldagem. 
 
Junta de ângulo (corner joint): 
Junta em que numa seção transversal, os componentes a 
soldar apresentam-se sob forma de um ângulo. 
 
 
Junta dissimilar (dissimilar joint): 
Junta soldada, cuja composição química do metal de base das peças difere entre si 
significativamente. 
Junta sobreposta (lap joint): 
Junta formada por dois componentes a soldar, de tal forma que suas superfícies so-
brepõem-se. 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 56 
Junta de topo (butt joint): 
Junta entre dois membros alinhados aproximadamente no mesmo plano. 
 
 
 
 
Margem da solda (toe of weld): 
Junção entre a face da solda e o metal de base. 
 
 
 
Martelamento (peening): 
Trabalho mecânico, aplicado à zona fundida da solda por meio de impactos, destinado 
a controlar deformações da junta soldada. 
 
Metal de adição (filler metal): 
Metal a ser adicionado na soldagem de uma junta. 
 
Metal base (base metal): 
Metal a ser soldado ou cortado (peça). 
 
Perna da solda (fillet weld leg): 
Distância da raiz da junta à margem da solda de ângulo. 
 
Poça de fusão (molten weld pool): 
Porção líquida de uma solda antes de solidificar-se. 
 
Polaridade direta (straight polarity): 
Tipo de ligação dos cabos para solda em com corrente contínua, quando o porta ele-
trodo ou tocha é ligado no borne negativo da máquina, onde os elétrons deslocam-se 
do eletrodo para a peça. 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 57 
Polaridade inversa (inverse polarity): 
Tipo de ligação dos cabos para soldagem com corrente contínua, quando o porta ele-
trodo ou tocha é ligado no borne positivo da máquina, onde os elétrons deslocam-se 
da peça para o eletrodo. 
 
 
 
Pós - aquecimento (postheating): 
Aplicação de calor na junta soldada, imediatamente após a deposição da solda, com 
finalidade principal de remover o hidrogênio difusível (para evitar trincas). 
 
Pré - aquecimento (preheating): 
Aplicação de calor no metal de base momentos antes da soldagem. 
 
Procedimento de soldagem (welding procedure): 
Documento emitido pela executante dos serviços, descrevendo todos os parâmetros e 
as condições da operação de soldagem. 
 
Qualificação de procedimento (procedure qualification): 
Demonstração pela qual soldas executadas por um procedimento específico podem 
atingir os requisitos pré estabelecidos. 
 
Qualificação de soldador (welder performance qualification): 
Demonstração da habilidade de um soldador em executar soldagens que atendam 
padrões pré estabelecidos. 
Reforço de solda (reinforcement of weld): 
Metal de solda em excesso, além do necessário para preencher a junta; excesso de 
metal depositado nos últimos passes ou última camada. 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 58 
Registro da qualificação de procedimento (procedure qualification record): 
Documento emitido pela executante dos serviços, registrando os parâmetros da opera-
ção de soldagem da chapa de teste e os resultados de ensaios ou exames de qualifi-
cação. 
 
Solda autógena (autogenous weld): 
Solda de fusão sem participação de metal de adição. 
 
Solda automática (automatic welding): Soldagem com equipamento que executa 
toda a operação sob observação e controle de um operador de soldagem. 
Solda descontínua (intermittent weld): 
Solda na qual a continuidade é interrompida por espaçamentos sem solda. 
 
Solda descontínua coincidente (chain intermittent fillet weld): 
Solda em ângulo usada nas juntas de cordões intermitentes (trechos de cordões 
igualmente espaçados) que coincidem entre si, de tal modo que a um trecho de cordão 
sempre se opõem ao outro. 
 
 
 
Solda descontínua intercalada (ou escalão): 
Solda em ângulo, usada nas juntas em “T”, composta de cordões intermitentes que se 
alternam entre si, de tal modo que um trecho do cordão se opõem a uma parte não 
soldada. 
 
Solda de selagem (seal weld): 
Qualquer solda estabelecida com a finalidade principal de impedir ou diminuir vaza-
mentos. 
 
Solda em cadeia (chain intermittent fillet weld): 
Soldas em ângulo usada nas juntas de cordões intermitentes (trechos de cordões 
igualmente espaçados) que coincidem entre si, de tal modo que a um trecho de cordão 
sempre se opõe a outro. 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 59 
Soldador (welder): 
Profissional capacitado a executar soldagem manual e/ou semi-automática. 
 
Soldagem manual (manual welding): 
Processo de soldagem no qual toda a operação é executada e controlada manualmen-
te. 
 
Soldagem com passe à ré (backstep sequence): 
Soldagem na qual trechos do cordão de solda são executados em sentido oposto ao 
da progressão, de forma que cada trecho termine no início do anterior, formando ao 
todo, um único cordão. 
 
Soldagem semi-automática (semi automatic arc welding): 
Soldagem a arco elétrico com equipamento que controla somente o avanço do metal 
de adição (arame). O avanço da soldagem e os movimentos laterais são controlados 
manualmente. 
 
Taxa de deposição (deposition rate): 
Peso do material depositado por unidade de tempo. 
 
Técnica de soldagem (welding technique): 
Detalhes de um procedimento de soldagem que são controlados pelo soldador ou ope-
rador de soldagem. 
 
Temperatura de interpasse (interpass temperature): 
Em soldagem multi-passe, temperatura (mínima ou máxima como especificado) do 
metal de solda depositado antes do passe seguinte ter começado. 
 
Tensão residual (residual stress): 
Tensão remanescente numa estrutura ou membro como resultado de tratamento tér-
mico ou mecânico, ou de ambos os tratamentos. A origem da tensão na soldagem de-
ve-se principalmente à contração do material fundido ao resfriar-se a partir da linha 
sólida até a temperatura. 
 
Tensões térmicas (thermal stresses): 
Tensões no metal resultante de distribuição não uniforme de temperatura. 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 60 
Vareta de solda (welding rod): 
Tipo de metal de adição utilizado para soldagem TIG ou oxiacetilênica, o qual não con-
duz corrente elétrica durante o processo. 
 
Zona afetada termicamente (heat-affectedzone): 
Porção do metal de base que não foi fundido, mas cujas propriedades mecânicas ou 
micro estrutura foi alterada pelo calor da soldagem ou corte. 
 
Zona de fusão (fusion zone): 
Área do metal de base fundida, determinada na seção transversal da solda. 
 
Zona fundida 
Região da junta soldada que esteve momentaneamente no estado líquido e cuja solidi-
ficação resultou da cessação ou afastamento da fonte de calor. Pode ser obtida em um 
ou vários passes. 
 
Zona de ligação: 
Região da junta soldada que envolve a zona fundida. É a região que durante a solda-
gem foi aquecida entre as linhas líquida e sólida. Para os metais puros se reduz a uma 
superfície. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 61 
 
 
 
Designação AWS dos Pro-
cessos de Soldagem 
 
 
 Designação abreviada dos processos de soldagem segundo norma 
 AWS A 3.0-89: 
 
 Designação Processo de soldagem em inglês Processo de soldage em português 
 SMAW Shielded Metal Arc Welding Soldagem com eletrodo revestido 
 GMAW Gas Metal Arc Welding Soldagem MIG/MAG 
 OAW Oxyacetylene Welding Soldagem acetilênica 
 GTAW Gas Tungsten Arc Welding Soldagem TIG 
 SAW Submerged Arc Welding Soldagem a arco submerso 
 RW Resistance Welding Soldagem por resistência elétrica 
 PAW Plasma Arc Welding Soldagem a plasma 
 FCAW Fluxcored Arc Welding Soldagem com arame tubular 
 ESW Electroslag Welding Soldagem por eletrodo escória 
 EGW Electrogas Welding Soldagem eletro gás 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 62 
 
 
 
 Segurança na Soldagem 
 
 
Medidas Gerais Contra Incêndio ou Explosão 
 
Solda e corte: 
 Ter de fácil alcance materiais para extinção de incêndio; 
 Verificar se foram removidos da vizinhança os materiais inflamáveis, como por 
exemplo, tinta, gasolina, óleo, serragem, estopa, papel, etc.; 
A distancia mínima recomendável é de 10 metros. Caso não houver possibilidade de 
manter essa distancia, convém colocar separadores (biombo) ou chapa metálica; 
Em caso de trabalho no assoalho de madeira ou perto de paredes de madeira, estes 
devem ser protegidos com compensado naval ou chapas metálicas; 
Os reservatórios que contiverem combustível ou lubrificantes e precisarem ser solda-
dos ou cortados à chama, devem ser bem lavados e enchidos com água; 
Os reservatórios (tanque) de combustível dos veículos ou máquinas a serem soldados 
ou oxicortados, devem ser removidos e lavados com água quente ou vapor, após essa 
lavagem, soldar ou oxicortar com o tanque se possível com água próximo até a linha 
de solda ou corte, para formar o menor espaço possível de alojamento de gases; 
 A roupa deve ser livre de graxa. Não devem ser usados camisas, meias, etc., de 
material sintético; 
 Após terminar a soldagem ou corte, examinar a área de serviço antes de afastar-
se, pois pode ter deixado algum vestígio de fogo. 
 
Choque elétrico: 
 
Para prevenir dos choques elétricos, o soldador não deve formar um condutor entre os 
pólos de eletricidade, como exemplo: pisar sobre uma ponte rolante ao soldar uma viga 
do telhado ou pisar na terra ao soldar uma plataforma de laminação. Aqui, existe sem-
pre uma possibilidade da passagem de grandes descargas elétricas. 
Pelas mesmas razões; o soldador nunca deve trabalhar numa poça d’água ou em chão 
excessivamente úmido, trocar eletrodo com as mãos sem luvas, deslocar uma máqui-
na de solda ligada, etc. O cabo terra da instalação deve ser ligado na carcaça da ma-
quina. 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 63 
Na saída de corrente da máquina, segundo norma, a máxima voltagem que atinge nos 
terminais é de 80 volts - caso o soldador não esteja devidamente protegido, o choque 
pode ser fatal. Por isto, na troca de polaridade, desligue a máquina antes. 
 
Queimaduras: 
 
As queimaduras são prevenidas com o uso de roupas adequadas, por isto recomenda-
se luvas com manga ¾ em raspa de couro com espessura de 1,5mm, sem reforços 
nos dedos, um avental em raspa de couro tipo barbeiro com 2mm de espessura e per-
neira (polaina). 
As calças não devem ter dobras (bainhas) e nunca enfiadas em botas. O macacão 
deve ser abotoado até o pescoço. Não deve haver bolsos. 
 
As Causas da Radiação: 
 
O arco elétrico resultante de uma soldagem, é uma fonte de elevadas temperaturas, 
com produção de luz viva. 
Dois são os tipos de raios nocivos emitidos pelo arco elétrico: 
 
Raios Ultravioletas e Raios Infravermelhos 
Ambos produzem grandes danos à vista e a pele, se esta não for devidamente protegi-
da. 
 
a) Raios ultravioletas: 
São quimicamente ativos e podem ocasionar acidentes oculares, podem produzir ce-
gueira momentânea, e principalmente conjuntivite. 
 
b) Raios infravermelhos: 
Secam completamente certas células líquidas do globo ocular, causando complicações 
no cristalino, levando à longo prazo a formação de uma catarata profissional. 
Na pele, o efeito causado é idêntico ao ocasionado pelos raios solares. 
Geralmente, uma exposição, mesmo sendo rápida a estes raios, pode provocar uma 
conjuntivite, que se manifesta algumas horas após a exposição. 
Partes da pele diretamente exposta a tais radiações queimam-se rapidamente, o que 
exige maiores preocupações. 
 Estas radiações, tem a capacidade de decompor solventes, liberando gases tóxi-
cos. Portanto, em ambientes confinados, deve-se ter cuidado para que não haja sol-
ventes nas imediações. 
 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 64 
Danos nos olhos: 
Lentes protetoras, cinza ou verde, de várias tonalidades, são usadas para prevenir 
danos aos olhos (ver tabela). 
Equipamento de proteção individual (EPI): 
Os equipamentos de proteção individual, são projetados com a finalidade de proteger 
os soldadores de danos e lesões que possam ocorrer devido às condições inerentes 
de operação de corte e soldagem. 
 
Máscara do soldador: 
As máscaras são utilizadas para cobrir toda a face, e podem ser do tipo capacete, fixa-
das à cabeça (deixa as duas mãos do soldador livre) e do tipo escudo, provido de ca-
bo, para serem seguradas com a mão. Elas servem para proteger o rosto e parte do 
pescoço das queimaduras devido à radiação ou respingos de metal líquido proveniente 
da soldagem. 
 
a) Área Protegida pela Máscara: 
As máscaras com filtro de luz, protegem a face, testa, pescoço e olhos contra as radia-
ções de energia emitidas diretamente pelo arco e contra respingos provenientes da 
soldagem. 
 
b) Tipos de Máscaras convencionais: 
 
 
 
A grande vantagem da máscara tipo capacete é a de deixar o soldador com as mãos 
livres. 
c) Janela para o Filtro de Luz e Lente Protetora dos Respingos: 
Na altura dos olhos do soldador, as máscaras têm uma abertura ou janela, através da 
qual o soldador observa o arco. Essas janelas são adequadas para a fixação dos filtros 
de luz e lentes protetoras dos respingos, lançadas durante a soldagem, são projetados 
de modo a ser fácil a remoção e substituição desses elementos. 
Soldagem - Eletrodo Revestido - Aperfeiçoamento 
 65 
d) Montagem dos Vidros na Máscara: 
 
 
 
e) Material Utilizado na Fabricação das Máscaras: 
As máscaras são fabricadas com materiais resistentes, leves, isolantes térmicos e 
elétricos, não combustíveis e opacos. 
Exemplo: fibra de vidro, fibra prensada, celerom, etc. 
 
f) Filtros de Luz: 
Os vidros filtros têm a função de absorver os raios infravermelhos e ultravioletas, pro-
tegendo os olhos de lesões que poderiam ser ocasionadas por estes raios. A redução 
da ação

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