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AVA ECONOMIA UNIDADE 1, 2 E 3 FEITO POR: RAYSSA SILVA 2024 Sumário NECESSIDADES E ESCOLHAS ................................................................................... 4 LEI DA ESCASSEZ ...................................................................................................... 5 FATORES DE PRODUÇÃO E REMUNERAÇÃO ............................................................. 5 PROBLEMA ECONOMICO FUNDAMENTAL................................................................. 5 QUANTO AOS BENS ................................................................................................... 7 FLUXO CIRCULAR DE RENDA .................................................................................... 8 ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE ECONOMICA E FUNDAMENTOS LEGAIS DO MERCADO ................................................................................................................. 9 EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONOMICO - TEORIA ECONOMICA A PARTIR DA HISTORIA DO PENSAMENTO ECONOMICO ............................................................. 10 DIVISÃO DO ESTUDO DA CIENCIA ECONOMICA ..................................................... 11 TEORIA DA DEMANDA ............................................................................................. 14 TEORIA DA OFERTA ................................................................................................. 15 FUNCIONAMENTO DE MERCADO ........................................................................... 17 Equilíbrio de mercado ............................................................................................. 18 ELASTICIDADES ...................................................................................................... 19 TEORIA DA FIRMA .................................................................................................... 20 TEORIA DA PRODUÇÃO ........................................................................................... 21 ESTRUTURA DE MERCADO ....................................................................................... 22 TEORIA MACROECONOMICA .................................................................................. 24 MEDIDAS DE ATIVIDADE ECONOMICA .................................................................... 25 TEORIA MONETÁRIA ................................................................................................ 26 TIPOS DE INFLAÇÃO ............................................................................................... 28 RESUMO ECONOMIA - UNIDADE 1 A Ciência Econômica é a ciência que estuda a atividade produtiva. Economia, palavra derivada do grego oikosnomos (oikos = casa; nomos = lei), representa a administração de uma casa, entendida como um patrimônio particular, uma empresa ou um Estado e a ciência que trata dos fenômenos relativos à produção, à distribuição, à acumulação e ao consumo de bens. Ela se concentra na produção de bens e distribuição de renda, lidando com a escassez de recursos e as necessidades infinitas das pessoas. A Ciência econômica, está preocupada em explicar questões como: - Como a taxa de câmbio interfere na vida das empresas e na vida do cidadão comum? - O que ocorre com a renda da população diante de anúncio do governo por elevação de juros? - Por que o PIB de um país cresce conforme a sociedade consome maior quantidade de mercadorias? - O que significa inflação? - Qual a importância para a vida de cada um dos brasileiros quando um país vende uma empresa estatal ao capital internacional? E muito mais Pode parecer que essas questões não afetam diretamente nossa vida, mas vamos ver um exemplo: Imagine que em algum momento você ouça nas notícias que o Brasil teve um déficit de um certo valor no balanço de pagamentos de 2020. Isso significa que o dinheiro que o Brasil recebeu das exportações foi menor do que o dinheiro que gastou em importações, mesmo que tenha lucrado com serviços. Agora, o que são esses termos? O que é déficit? Balanço de pagamentos? Balança comercial? Exportações? Importações? Balança de serviços? NECESSIDADES E ESCOLHAS Pense na sua renda do trabalho, usada para pagar contas e comprar o que precisa. Agora, imagine que precise pagar mensalidades da universidade. Isso é mais uma despesa a ser coberta pela mesma renda. O mesmo acontece com uma família: todos trabalham para cobrir as despesas básicas como alimentação e moradia. No contexto empresarial, uma empresa precisa de recursos como matéria-prima e máquinas para produzir. Por fim, o governo arrecada impostos para fornecer serviços públicos, como saúde e educação, mas também tem custos para isso, formando seu orçamento. LEI DA ESCASSEZ Basicamente, são recursos limitados, para necessidades limitadas De quais recursos estamos nos referindo? Dos recursos produtivos ou também denominados fatores de produção, elementos indispensáveis ao processo produtivo de bens materiais, que conceituaremos como: • terra; (agricultura e pecuária) • trabalho; (mão de obra e prestação de serviços) • capital; (dinheiro necessário para dar impulso a qualquer empreendimento) • tecnologia; (técnicas utilizadas pelas empresas, seja para produção ou conhecimento científico) • capacidade empresarial. FATORES DE PRODUÇÃO E REMUNERAÇÃO PROBLEMA ECONOMICO FUNDAMENTAL Pois bem. Já temos condições para afirmar que a renda de uma sociedade é limitada diante da quantidade de categorias de consumo que esta sociedade enfrenta. Ademais, as empresas procuram criar mercadorias novas que chamam a atenção de novos consumidores, criando novos hábitos de consumo, ou pelo simples fato de produzir de forma diferente antigas mercadorias. Assim, estamos diante de um dilema, que será ilustrado por meio de um problema: o problema econômico fundamental. Ele consiste em dar respostas às seguintes questões: • O que e quanto produzir? • Como produzir? • Para quem produzir? Estas três perguntas básicas, que à primeira vista são bastante simples, nos remetem às noções de recursos escassos e necessidades ilimitadas O que e quanto produzir: Trata-se de decidir quais tipos de mercadorias devem ser produzidos e em que quantidades. Envolve conhecer a demanda da sociedade e a quantidade de mercadorias consumidas. Implica em mobilizar esforços eficazmente e utilizar recursos de forma eficiente. Como produzir: Refere-se à escolha da técnica de produção para cada mercadoria. Cada mercadoria requer uma técnica específica, podendo ser intensiva em capital ou em mão de obra. A alocação de esforços deve ser feita de forma eficiente para produzir os bens e serviços necessários. Para quem produzir: Envolve decisões políticas sobre a quem atender prioritariamente. Questões sobre a distribuição dos produtos e atendimento das demandas da sociedade. Importância de priorizar as necessidades mais urgentes e socialmente prioritárias. Conclusão: A Ciência Econômica estuda a produção e distribuição de bens, envolvendo decisões sobre o que, como e para quem produzir. É essencial distribuir os bens de forma a manter a capacidade produtiva e garantir a continuidade do processo de produção. QUANTO AOS BENS Bens Livres: Não exigem pagamento por sua utilização. Exemplos incluem ar, sol, chuva. Bens Econômicos: Requerem pagamento por sua utilização. Podem ser de consumo, intermediários ou de capital. FLUXO CIRCULAR DE RENDA Conforme afirmamos em algum dos parágrafos anteriores, a Ciência Econômica, por se preocupar com a escassez de recursos diante do fato de as necessidades serem ilimitadas, também é uma ciência voltada a problemas de escolha, ou seja, procura explicar que tipos de mercadoriasdevem ser produzidas, e, portanto, escolhidas, em atendimento às necessidades da sociedade. Não é por outro motivo que foi enunciado o problema econômico fundamental: o que e quanto produzir? Como produzir? Para quem produzir? Antes de explicarmos como a atividade econômica é organizada, é importante lembrar as relações entre a produção de mercadorias e o seu consumo Portanto, vejamos o fluxo circular da renda que representa o funcionamento de uma economia de mercado. O fluxo circular da renda mostra como as empresas e as famílias interagem na economia de mercado: As empresas produzem bens e serviços e os vendem para as famílias (seta A). As famílias compram esses bens e serviços, pagando às empresas (seta B). Para produzir, as empresas precisam de recursos como terra, trabalho, capital e tecnologia, que são fornecidos pelas famílias (seta C). Em troca desses recursos, as empresas pagam salários, aluguel, juros e lucros às famílias (seta D). Assim, o dinheiro flui das famílias para as empresas na forma de pagamento por bens e serviços, e das empresas para as famílias na forma de pagamento por recursos utilizados na produção. Isso forma o ciclo da renda na economia. ORGANIZAÇÃO DA ATIVIDADE ECONOMICA E FUNDAMENTOS LEGAIS DO MERCADO Na economia capitalista, a livre iniciativa prevalece. Empresas e famílias agem visando seus próprios interesses, sem coordenar os preços. A "mão invisível" do mercado coordena as atividades. Os consumidores ditam o que deve ser produzido, a competição determina como será produzido e a oferta e demanda determinam para quem será produzido. Na livre iniciativa, famílias sinalizam às empresas o que querem comprar, determinando o que as empresas devem produzir. Isso também afeta a quantidade de recursos que as empresas precisam usar. O sistema de preços coordena essas decisões. O mercado de bens estabelece preços e quantidades para o que é produzido, enquanto o mercado de fatores faz o mesmo para os recursos usados na produção. O Estado intervém para corrigir falhas no sistema de preços. EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO ECONOMICO - TEORIA ECONOMICA A PARTIR DA HISTÓRIA DO PENSAMENTO ECONOMICO - O pensamento econômico existe desde os primórdios da humanidade, com contribuições de diversas culturas antigas. - A Economia Política surge no século XVIII, com pensadores da Ilustração, como Cantillon e Adam Smith. - Os primeiros modelos econômicos surgem na França em 1758, com os fisiocratas, destacando-se o Quadro Econômico de Quesnay. - Adam Smith sistematiza a Ciência Econômica com "A Riqueza das Nações", abordando teoria do valor, divisão do trabalho e comércio exterior. - Para Smith, a riqueza de uma nação é medida pela produção total consumida pela população. - Ele argumenta que a divisão do trabalho gera riqueza e que o sistema econômico tende ao equilíbrio natural. - Smith enfatiza que o comportamento egoísta, quando direcionado para o bem-estar individual, resulta no bem-estar social e no progresso econômico. Malthus (1996) analisa o crescimento populacional e o aumento da produção de alimentos, explicando que a população cresce a taxas geométricas, enquanto a produção de alimentos cresce a uma taxa aritmética. Conclui: em pouco tempo haveria milhões de esfomeados, a não ser que se pudesse contar com o providencial auxílio das guerras, das pragas e das pestes. O modelo malthusiano pode ser representado como a seguir. DIVISÃO DO ESTUDO DA CIENCIA ECONOMICA A Teoria Econômica é dividida em duas partes: análise de equilíbrio parcial e análise de equilíbrio geral. No primeiro, foca-se em mercados específicos, enquanto no segundo, considera-se a economia como um todo. A Teoria Microeconômica lida com detalhes específicos, como preços de produtos individuais, enquanto a Macroeconomia se concentra em agregados econômicos, como o PIB. A diferença principal é que a Microeconomia é mais detalhada, como um mapa de uma cidade, enquanto a Macroeconomia tem uma visão mais ampla, como um mapa de um país. A Microeconomia estuda decisões individuais que afetam preços e produção, enquanto a Macroeconomia analisa o comportamento agregado da economia. A economia positiva descreve a realidade objetivamente, enquanto a normativa propõe como as coisas deveriam ser. Os economistas usam análise positiva para entender os mecanismos econômicos. Por exemplo, ao prever o tempo de espera em um supermercado, a economia positiva analisa como as pessoas se comportam, enquanto a normativa faz julgamentos morais sobre a justiça do sistema. RESUMO ECONOMIA – UNIDADE 2 A microeconomia, a mais antiga forma de produzir análise econômica, fornece um instrumental analítico que é empregado por praticamente todos os ramos do pensamento econômico dominante. O prefixo micro é derivado da palavra grega mikros, que representa “pequeno”. Dessa forma, a microeconomia estuda o comportamento de unidades econômicas muito específicas, por exemplo, um consumidor, um trabalhador, uma empresa, uma família, uma indústria, mercados específicos, dentre outros. De acordo com Vasconcellos e Oliveira (2011), os princípios que caracterizam a elaboração da Teoria Microeconômica apoiam-se em duas condições: • pressupõe-se que a economia seja composta por unidades tomadoras de decisão, também chamadas de agentes econômicos, entendidos estes como empresas enquanto produtoras e vendedoras de mercadorias e as famílias enquanto consumidoras das mercadorias produzidas pelas empresas; • cada um desses agentes detém um único objetivo: a maximização de seu bem-estar, ou a maximização de seus resultados. No caso dos agentes individuais, consumidores ou famílias, seus objetivos são de melhorar seu padrão de consumo diante das oportunidades de consumo que lhes são oferecidas e diante de sua capacidade de consumo, ou seja, de sua restrição orçamentária. Ao agente econômico empresa, cabe cumprir seu objetivo de obtenção de lucro, bem como maximizá-lo, também, diante de restrições que lhe são impostas pelo ambiente econômico Teoria do Consumidor A teoria do consumidor trata do estudo de como a demanda se fundamenta no comportamento dos consumidores. A teoria serve de guia para a elaboração e a interpretação de pesquisas de mercado, principalmente as relacionadas com o lançamento de um novo produto. Fornece os métodos para comparar a eficácia de diferentes políticas de incentivo ao consumidor. Fornece os elementos à avaliação da eficiência dos sistemas econômicos Observando a curva de utilidade total, notamos que ela mostra que, à medida que aumentamos as quantidades consumidas de uma mesma mercadoria, há elevação no grau de satisfação, ou seja, em sua utilidade total, até um ponto em que acréscimos no consumo resultam em utilidades constantes e, deste ponto em diante, decrescentes. Esse fenômeno é resultado de outro conceito de satisfação: o conceito de utilidade marginal. Vejamos a curva. De acordo com a curva de utilidade marginal, percebemos que o grau de satisfação diminui à medida que são aumentadas as quantidades de consumo de determinada mercadoria. Isso pode refletir aquele exemplo envolvendo as barras de chocolates e a criança. Ou seja, a última unidade de chocolate oferecida para consumo acrescenta menos satisfação, produz menor utilidade marginal, portanto fazendo diminuir a utilidade total. TEORIA DA DEMANDA A teoria da demanda preocupa-se com o comportamento do consumidor em relação ao consumo de mercadorias. Entende-se por demanda a procura de um indivíduo por um determinado bem ou serviço. Demanda refere-se, então, à quantidade de um bem ou serviço, que o consumidor está disposto e capacitado a comprar em um determinado período de tempo. A Teoria da Demanda preocupa-se como comportamento do consumidor em relação ao consumo de mercadorias. Entende-se por demanda a procura de um indivíduo por um determinado bem ou serviço. Demanda refere-se, então, à quantidade de um bem ou serviço que o consumidor está disposto e capacitado a comprar, em um determinado período de tempo. A demanda, diferentemente da compra, representa uma intenção de compra, por conta, principalmente, da restrição orçamentária e de outros determinantes da demanda. Vejamos então alguns determinantes de demanda: • preço do bem ou serviço; • renda ou riqueza do consumidor; • gostos e preferências do consumidor; • preços de bens relacionados (substitutos ou complementares) na demanda; • demais determinantes. Com os determinantes da demanda, podemos obter uma função demanda: Qdx = ƒ (P, R, PBR, G, E) Onde: Qdx = quantidade demandada do bem x. P = preço do bem x. R = renda ou orçamento do consumidor. PBR = preço de bens relacionados no consumo do bem x, a exemplo dos substitutos e/ou complementares. G = gosto e preferência do consumidor. E = expectativa do consumidor sobre o mercado do bem x TEORIA DA OFERTA A teoria da oferta preocupa-se com o comportamento dos empresários em relação à oferta de mercadorias. A oferta refere-se à quantidade de um bem ou serviço, que o produtor ou vendedor está disposto e capacitado a ofertar em determinado período de tempo. A Teoria da Oferta preocupa-se com o comportamento dos empresários em relação à oferta de mercadorias. A oferta refere-se à quantidade de um bem ou serviço que o produtor ou vendedor está disposto e capacitado a ofertar em determinado período de tempo. De forma análoga à da demanda, a oferta será diferente da venda, porque representa uma intenção de venda, conforme, principalmente, alguns determinantes da oferta. Vejamos alguns desses determinantes. • preço do bem ou serviço; • preço dos fatores de produção; • tecnologia; • preço de bens relacionados (substitutos ou complementares) na oferta; • clima; • demais determinantes. Com os determinantes da oferta, podemos obter uma função oferta: Qox = ƒ (P, PFP, T, PBR, C, E) Onde: Qox = quantidade ofertada do bem x. P = preço do bem x. PFP = preço dos fatores de produção (custo dos fatores). T = tecnologia de produção. PBR = preço de bens relacionados na produção do bem x, a exemplo dos substitutos e/ou complementares. C = condições climáticas e de solo. E = expectativa do ofertante sobre o mercado do bem x. Na oferta, o preço do bem impacta positivamente o crescimento de quantidades. Por qual motivo? Se um empresário qualquer percebe que o mercado está pagando um preço elevado pelo produto que vende, terá maior incentivo em aumentar a produção. Suponha um agricultor do setor de soja. Ao perceber que o consumo de soja mostra elevação, terá maior incentivo em continuar em tal produção, pois há demanda. Diante disso, pode praticar uma política de crescimento de preços, uma vez que os consumidores mostram-se favoráveis a tal produto. Se eles continuarem consumindo após o crescimento do preço, mais incentivado estará nosso agricultor a continuar com sua produção. Entretanto, se o mercado apresentar saturação e não valorizar o bem ofertado, o empresário de qualquer setor se sentirá desmotivado e poderá procurar por outra atividade. Portanto, preços elevados influenciam positivamente quantidades ofertadas, e preços baixos influenciam negativamente essas quantidades FUNCIONAMENTO DE MERCADO Efetuadas as apresentações, tanto da demanda quanto da oferta, devemos passar a outro ponto, que é o local em que as relações da demanda se defrontam com as da oferta. Nesse ponto, quem quer comprar uma mercadoria relaciona-se com quem quer vendê-la, e vice-versa. Chamamos esse local de mercado. No mercado, por meio da determinação de preços de mercadorias e de suas respectivas quantidades, são realizadas todas as transações entre os agentes, e, dessa forma, todas as relações da demanda são postas em ação, assim como acontece com as relações da oferta. Então, se num mercado existe o encontro de demandantes de mercadorias com os ofertantes de mercadorias, podemos representá-los da seguinte forma: Assim, o mercado de uma mercadoria qualquer é representado posicionando-se as curvas de demanda e de oferta num mesmo gráfico. Aqui, a curva de demanda demonstrará as quantidades demandadas de uma mercadoria em relação aos seus preços, e a curva de oferta, por sua vez, também demonstrará as quantidades ofertadas de uma mercadoria em relação ao comportamento de seus preços. Mas lembre-se: os determinantes da demanda e da oferta também estão representados nas curvas específicas. Equilíbrio de mercado Segundo a Teoria da Demanda, as quantidades que os consumidores estão interessados em adquirir reagem de forma inversa aos preços, ou seja, para preços maiores, as quantidades demandadas serão menores, e também vale o inverso. Já a Teoria da Oferta demonstra que as quantidades que os produtores estão interessados em oferecer reagem de forma direta aos preços, ou seja, para preços maiores, as quantidades ofertadas serão maiores, e, para preços menores, as quantidades ofertadas também serão menores. Parece haver desencontro de interesses entre os que ofertam e os que demandam mercadorias. Esse desencontro é resolvido a partir do momento em que os demandantes passam a aceitar pagar os preços que os ofertantes desejam receber, e, de forma análoga, o desencontro também passa a ser resolvido a partir do momento em que os produtores ofertam mercadorias na real quantidade em que os consumidores desejam adquirir. Estamos aqui nos referindo a um ponto de equilíbrio. No ponto de equilíbrio, que no próximo gráfico está representado pela letra E, serão harmonizados os interesses conflitantes de demandantes e ofertantes de mercadorias. Se os ofertantes desejarem cobrar preços mais elevados do que aqueles que os demandantes aceitam pagar, haverá quantidades ofertadas a mais do que aquelas que serão consumidas. Existirá, portanto, um excesso de oferta. De outra forma, se os consumidores desejarem adquirir maiores quantidades do que aquelas ofertadas pelos produtores, haverá escassez. Representando o ponto de equilíbrio: ELASTICIDADES Elasticidade é um termo técnico utilizado pelos economistas para avaliar o quanto as mudanças numa variável provocam mudanças em outra variável. Para tanto, utilizamos quatro conceitos de elasticidade: Elasticidade: preço da demanda; Elasticidade: preço da oferta; Elasticidade: renda da demanda; Elasticidade: preço/cruzada da demanda. Elasticidade-Preço da Demanda: A elasticidade-preço da demanda (Epd) é uma medida que avalia a sensibilidade das quantidades demandadas de um produto em relação a variações no seu preço. - Define o impacto na quantidade demandada frente a mudanças no preço. - Exemplo: Variação na demanda de leite em resposta a mudanças no preço do produto. Elasticidade-Preço da Oferta: A elasticidade-preço da oferta (Epo) é uma medida que avalia a sensibilidade das quantidades ofertadas de um produto em relação a variações no seu preço. - Similar à elasticidade-preço da demanda, mas aplicada à oferta. - Exemplo: Variação na oferta de leite em resposta a mudanças no preço do produto. Elasticidade-Renda da Demanda: A elasticidade-renda da demanda mede a sensibilidade das quantidades demandadas de um produto em relação a variações na renda do consumidor. - Avalia o impacto na demanda diante de mudanças na renda. - Exemplo: Variação na demanda de leite em resposta a mudanças na renda dos consumidores. Elasticidade-Preço Cruzada da Demanda: A elasticidade-preço cruzada da demanda (Exy) avalia a sensibilidade das quantidades demandadas de um produto em relação a variações nopreço de outro produto. - Mede o impacto da variação de preços de um produto sobre a demanda de outro. - Exemplo: Variação na demanda de leite em resposta a mudanças nos preços do café. TEORIA DA FIRMA A Teoria da Firma, modelo teórico de suporte aos questionamentos levantados pela Teoria Microeconômica analisa o comportamento dos produtores e vendedores de mercadorias diante do processo de produção. Segundo Ferguson (1983), vários livros-textos conceituam produção como “a criação de utilidades”, sendo utilidade a capacidade de um bem ou serviço de satisfazer uma necessidade humana. Partindo da noção de que as empresas são agentes maximizadores de resultados, a Teoria da Firma procura estudar e responder como as firmas combinam a utilização dos fatores de produção necessários à criação de “coisas úteis” e o quanto gastam para produzir bens e serviços. Desta forma, subdivide-se em Teoria da Firma e Teoria dos Custos de Produção. Do mesmo modo, a Teoria da Firma preocupa-se, por convenção, mais com dar explicações referentes à produção de bens materiais do que com a prestação de serviços. Analisa o comportamento dos produtores e vendedores de mercadorias diante do processo de produção; Produção como “a criação de utilidades”; Empresas: agentes maximizadores de resultados. TEORIA DA PRODUÇÃO Nas partes iniciais de nossa descoberta da Teoria Econômica, vimos que uma das funções básicas a ser desempenhada pelas empresas capitalistas está em prover a sociedade daquilo que necessita, ou seja, as empresas devem produzir mercadorias que sejam úteis e que atendam às necessidades de consumo dos indivíduos. Nestes termos, para que as empresas exerçam seu papel de produtoras de mercadorias, devem decidir em primeiro lugar que tipo de mercadoria deve ser produzido e em quais quantidades. Como se não bastasse essa decisão bastante difícil, cabe a elas ainda a decisão de como efetuar a produção das mercadorias que foram escolhidas. A Teoria da Produção dá suporte às análises das relações entre produzir mercadorias e a utilização dos insumos necessários à produção e, por fim, mas não menos importante, a Teoria da Firma dá suporte à análise da demanda das empresas com relação aos fatores de produção que utilizam. Nesse aspecto, as empresas desempenham duplo papel: um, de consumidores de meios de produção, e outro, de fornecedores de bens. Procedendo então algumas definições interessantes e necessárias ao perfeito entendimento da Teoria da Produção, estabeleceremos que as empresas, ou as firmas, são aquelas unidades técnicas que produzem bens, ou seja, aqueles agentes que transformam fatores de produção, bens intermediários, portanto, em bens finais de consumo durável, não durável ou até em bens de capital. Definições: Produto total: é a quantidade do produto que se obtém diante da utilização de fatores de produção fixos e variáveis; Produto total do fator variável: é a quantidade do produto que se obtém diante da utilização do fator variável, mantendo-se fixa a quantidade dos demais fatores de produção, que pode ser representado por: ∆Q = ƒ (∆x2 ). Produtividade média do fator variável: medida de contribuição dos fatores de produção variáveis para a produção total; Pme = Q/x2; Pme = produtividade média do fator variável; Q = quantidade de produto; x2 = quantidade utilizada do fator variável. Lei dos rendimentos marginais decrescentes: explica que quando aumentamos a quantidade de um fator na produção, mantendo constantes os demais fatores empregados, a produtividade marginal desse fator variável passa a diminuir a partir de certo ponto. ESTRUTURA DE MERCADO O tema das estruturas de mercado aborda a forma como as empresas estão divididas nos diversos ramos de atividade econômica. Envolve analisar o tipo de produto que produzem, assim como o comportamento de seus concorrentes. Por fim, neste tópico, conheceremos qual a estratégia que as empresas utilizam para determinar os seus lucros. As várias formas ou estruturas de mercado em que as empresas se encontram dependem, fundamentalmente, de três características: Número de empresas que compõem esse mercado; Tipo de produto; Existência ou não de barreiras ao acesso de novas empresas. Concorrência perfeita – características: Grande quantidade de compradores para uma grande quantidade de vendedores; Produto homogêneo; Mercado transparente; Total liberdade à entrada e à saída de agentes, tanto compradores quanto vendedores; Mercado atomizado; Empresas seguidoras de preços de mercado. A feira livre é um exemplo de mercado em que se encontram aqueles que oferecem produtos e aqueles que têm a intenção de comprar produtos. É do encontro entre essas diferentes expectativas que se formam os preços. Nesse tipo de mercado, a longo prazo, não existem lucros extraordinários (receitas superando os custos), mas apenas os chamados lucros normais, que representam a remuneração implícita do empresário. Monopólio – características: O mercado de monopólio apresenta condições diametralmente opostas às da concorrência perfeita. Nele, existe, de um lado, um único empresário dominando inteiramente a oferta e, de outro, todos os consumidores. Não há, portanto, concorrência nem produto substituto. Neste caso, ou os consumidores se submetem às condições impostas pelo vendedor ou simplesmente deixarão de consumir o bem ou serviço. O fornecimento de energia elétrica nas cidades é um exemplo de empresa em monopólio. Para existirem monopólios, deve haver barreiras que impeçam a entrada de novas firmas no mercado. Essas barreiras podem advir de diversas situações, sendo o monopólio puro ou natural uma delas. Esse caso ocorre quando o mercado, por suas próprias características, exige a instalação de grandes plantas industriais que operam normalmente com economias de escala e custos unitários bastante baixos, possibilitando à empresa cobrar preços baixos por bem ou serviço, o que acaba praticamente inviabilizando a entrada de novos concorrentes. Um único empresário dominando inteiramente a oferta; Não há concorrência nem produto substituto. Existência de barreiras: Elevado volume de capital requerido para montar uma indústria monopolista; As marcas e as patentes; O controle de matéria-prima específica; As instituições. Oligopólio – características: O oligopólio é um tipo de estrutura caracterizada por um pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado. Pode caracterizar-se como um mercado em que há pequeno número de empresas, como a indústria automobilística, ou, então, em que há grande número de empresas, mas é dominado por poucas, a exemplo da indústria de bebidas. A aviação aérea é outro exemplo de oligopólio. Pequeno número de empresas que dominam a oferta de mercado; Bens homogêneos ou diferenciados; Certa barreira à entrada e à saída; Interdependência entre os participantes; Concorrência extra preço. Concorrência monopolística – características: Essa é uma estrutura intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não deve ser confundida com o oligopólio. Nessa situação, há número relativamente grande de empresas com poder concorrencial, porém com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características físicas, embalagens ou prestação de serviços. É uma estrutura intermediária entre a concorrência perfeita e o monopólio, mas que não se confunde com o oligopólio. Há um número relativamente grande de empresas com poder concorrencial, porém, com segmentos de mercados e produtos diferenciados, seja por características físicas, pelas embalagens ou pela prestação de serviços. AVA ECONOMIA UNIDADE 3 TEORIA MACROECONOMICA A teoria macroeconômica tem, por objetivo fundamental, analisar como são determinadas as variáveis econômicasna sua forma agregada. Essa teoria, também chamada de abordagem de equilíbrio geral, procura analisar se o nível de atividade econômica tem crescido ou diminuído, e se os preços das mercadorias, conjuntamente, têm apresentado uma elevação ou uma diminuição. A Teoria Macroeconômica compreende, então, a análise de todos os mercados, envolvendo os preços e quantidades das mercadorias, admitindo que modificações em algum mercado específico ou modificações em qualquer de suas variáveis afetam o comportamento de outros mercados Questionamentos centrais da teoria macroeconômica: Qual o comportamento do nível geral de preços; Qual o comportamento do nível geral de produção de mercadorias; Qual a taxa de salários dos trabalhadores; Qual o nível de emprego e de desemprego; Qual o comportamento da taxa de juros da economia; Qual a quantidade de moeda que circula em um sistema econômico; Qual a quantidade de divisas internacionais que um país mantém como reservas; Qual a variação da taxa de câmbio entre a moeda nacional e a internacional; Qual o tamanho do endividamento do governo; Qual a taxa de investimento das empresas. Evolução da teoria macroeconômica a partir da história: Crise de 1929; John Maynard Keynes; A teoria geral do emprego, do juro e do dinheiro MEDIDAS DE ATIVIDADE ECONOMICA Reside em saber como medir a produção realizada pelo sistema econômico, tendo em mente que a produção é contínua no tempo, e os bens e os serviços são produzidos e consumidos, sendo necessário produzi-los novamente, pois grande parte das necessidades humanas exige um consumo contínuo, como é o caso da alimentação, que precisa ser feita diariamente. Contabilidade nacional: método de mensuração e interpretação da atividade econômica que tem como objetivo medir a produção que se realiza em um sistema econômico em determinado período. Para medir o produto de uma nação, é preciso ter em mente as quantidades de mercadorias que são vendidas em determinado período de tempo e os seus respectivos preços. Produto = preços x quantidades. Produto nacional, que será dado pelo valor monetário de bens e serviços finais produzidos durante um determinado período de tempo – normalmente, um ano. TEORIA MONETÁRIA A teoria monetária é o estudo das relações entre a oferta de dinheiro na economia, as taxas de juros e o comportamento dos agentes econômicos, como consumidores, empresas e governo, visando compreender como as políticas monetárias afetam o nível de atividade econômica, inflação e outras variáveis macroeconômicas. A NATUREZA DA MOEDA - A moeda é uma mercadoria especial que pode ser trocada por qualquer outra mercadoria. - Ela facilita trocas indiretas, evitando a necessidade de coincidência de desejos. - Sua aceitação é universal e essencial para a economia moderna. FUNÇÕES DA MOEDA - **Intermediária de Trocas:** Facilita a compra e venda de mercadorias. - **Unidade de Conta:** Utilizada em contratos e preços de produtos. - **Reserva de Valor:** Permite poupança e preservação de valor ao longo do tempo. CARACTERISTICAS DA MOEDA - Econômicas: Custos de estocagem e transação próximos de zero. - Físicas: Divisibilidade, durabilidade, dificuldade de falsificação e facilidade de manuseio e transporte. EVOLUÇÃO DA MOEDA - Desde o escambo até as moedas-mercadorias e metais preciosos. - Surgimento da moeda-papel como forma mais conveniente de representação de valor. - Transição para moeda fiduciária, não mais lastreada em metais preciosos. - Desenvolvimento da moeda bancária, escritural, como conhecemos atualmente. POLÍTICA MONETÁRIA Agora temos condições de tratar das questões relacionadas à política monetária. Entende-se por política monetária toda ação tomada pelo Banco Central com relação ao padrão monetário de um país. O Banco Central, considerada autoridade monetária em qualquer país, além de demais atividades, tem a função de preservar o valor da moeda ao longo do tempo. É responsável pelo controle direto da liquidez no sistema econômico de determinado país. Para o Banco Central desempenhar suas funções, ele pode adotar alguns instrumentos de política monetária. São eles: • emissão de moeda; • administração da taxa de juros; • coeficiente de recolhimento compulsório; • operação de redesconto; • operação de open Market; • seleção do crédito. Política cambial: É a política responsável pelo fluxo de moeda internacional no país. O controle da quantidade de moeda estrangeira é feito pela taxa de câmbio; A taxa de câmbio é a relação existente entre duas moedas de diferentes países; Pode ser valorizada ou desvalorizada. Regimes cambiais: Câmbio fixo; Câmbio flutuante; Flutuação suja; Currency board. Política de rendas: É um tipo de política utilizada pelo governo que procura melhorar a distribuição da renda e a justiça social; Atua diretamente sobre os fatores de produção, e tenta reduzir os conflitos entre o capital e o trabalho. Exemplos de política de rendas: Política de preços mínimos; Política salarial; Programas de renda mínima; Bolsa família. INFLAÇÃO Caracteriza-se pelo generalizado e persistente crescimento nos níveis de preços, ou seja, ocorre a inflação em um período em que um elevado volume de mercadorias tem os seus preços majorados e sequencialmente, de forma que, no dia a dia e no mês a mês, os preços subam sem que, necessariamente, os seus custos de produção tenham apresentado, também, uma elevação. TIPOS DE INFLAÇÃO Inflação de demanda; Inflação de oferta Inflação inercial
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