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1/6 Descubra como criar um relatório médico em 5 passos Um relatório médico é um direito do paciente e obrigação legal do médico. Para construir um bom relatório, é preciso ter dados completos do paciente, descrição do caso e identificação do médico. Esse documento é um dos mais importantes no serviço de saúde, pois é uma declaração oficial das condições do paciente, assim como sua evolução e histórico. Ele é fundamental para conseguir benefícios como os do INSS, ou seja, é essencial que seja descrito da forma mais correta e precisa possível. Veja abaixo o que você vai aprender neste artigo: O que é um relatório médico? O relatório médico é uma descrição completa sobre o caso clínico do paciente. Ele possui validade jurídica, natureza declaratória, aborda tratamentos e evolução, mas não um diagnóstico. Como seu objetivo é apenas descrever o estado do paciente, o documento é utilizado para análise do INSS, cobertura de planos de saúde e concessão de benefícios garantidos por leis. Ele também pode ser utilizado quando a pessoa opta por trocar de médico ou estabelecimento médico, logo, é importante que o profissional tenha um histórico completo para dar continuidade no tratamento. Qual a importância do relatório médico? Você já notou que o relatório médico é um documento sério que o paciente pode solicitar sempre que necessário, mas é preciso enfatizar que ele é uma obrigação prevista no Código de Ética Médica, artigo 91. Os profissionais de saúde não podem cobrar para produzir o documento e não devem emitir juízo de valor. O relatório pode permitir que o paciente receba alta, benefícios ou continue seu tratamento. O que o CFM diz sobre relatório médico e o direito do paciente? O Conselho Federal de Medicina especifica como fazer o relatório de forma correta e enfatiza que o profissional deve descrever informações essenciais sobre o paciente. O conteúdo pode variar de acordo com o motivo da solicitação do documento, mas geralmente vemos essas informações: Descrição do caso clínico; Resultados de exames; https://portal.cfm.org.br/images/stories/biblioteca/codigo%20de%20etica%20medica.pdf 2/6 Prognósticos; Condutas terapêuticas; Possíveis sequelas; Limitações físicas. Caso o médico ache necessário, é possível deixar sugestões no documento, como afastamento, tempo de repouso e aposentaria, mas não é obrigatório. Essa não obrigatoriedade se dá porque o relatório é um documento para que o perito julgue o caso, logo, não cabe ao médico que produz o relatório tomar decisões, apenas descrever. Vantagens do relatório médico para a relação com o paciente O relatório não é apenas uma obrigação legal, mas também uma forma de melhorar a relação médico- paciente. Por meio do documento, o paciente consegue obter benefícios importantes, como aposentadoria por invalidez, auxílio-doença, entre outros. As entidades oficiais também se beneficiam, porque um relatório médico bem produzido dá evidências suficientes para que o perito chegue a uma conclusão com mais facilidade. Ou seja, como o relatório mostra a qualidade da sua assistência médica, o paciente ficará tranquilo, porque sabe que o documento trará informações verdadeiras. De acordo com a Jusbrasil, os relatórios médicos têm validade de até 90 dias para o INSS, enquanto a Justiça costuma considerar a validade de até 180 dias. Tipos de relatórios médicos Existem duas classificações de relatórios médicos: Relatório Médico Legal: descreve a perícia médica diante de solicitações específicas, como um inquérito policial que possui perguntas específicas; Relatório Médico para INSS: descreve de forma mais abrangente o caso do paciente, apresentando histórico, consultas, resultados de exames, tratamentos, entre outros. É utilizado para requisitar benefícios do INSS. Também há relatórios mais gerais, como aqueles feitos após a alta ou para dar continuidade no tratamento em outras instituições. Exemplos práticos de relatório médico do paciente Confira abaixo 2 exemplos de relatório médico do paciente. Exemplo 1 Exemplo 2 https://pebmed.com.br/como-o-relatorio-medico-contribui-para-a-avaliacao-do-medico-perito/ https://blog.iclinic.com.br/relacao-medico-e-paciente/ 3/6 Como fazer um relatório médico? 1. Preencha todos os dados com atenção O primeiro passo é preencher todos dados necessários com cuidado e atenção, principalmente se for escrito à mão, porque deve ser legível e se possível, sem rasuras. Dependendo da solicitação, as informações presentes no relatório irão variar, mas sempre é preciso identificar o paciente e se identificar juntamente com seu registro no CRM. Além do seu nome completo e registro, é necessário ter um carimbo assinado ou assinatura digital, caso opte por um documento eletrônico. O documento eletrônico é mais recomendável porque não há chances de ser ilegível ou ter rasuras. Ele também oferece mais segurança de dados, já que sua assinatura digital não pode ser falsificada. Caso a doença do paciente gere consequências severas em sua qualidade de vida, tenha ainda mais cautela, porque o tratamento será ainda mais rigoroso. Faça de tudo para que o perito tenha clareza total sobre as limitações do paciente. Adicione resultados de exames, análises e todas as descrições que julgar necessário. Assista nosso vídeo para aprender mais sobre a assinatura digital: https://youtu.be/wsj9PA5wk44 2. Descreva detalhadamente o caso A resolução nº 1.851 do Conselho Federal de Medicina traz orientações sobre como detalhar o caso clínico, consulte-a sempre que quiser relembrar como produzir o relatório médico. Lembre-se que o documento não tem finalidade diagnóstica, ou seja, você não pode trazer seu julgamento de valor, apenas completar com informações relevantes. 3. Torne o relatório médico confiável com a tecnologia Um relatório de papel pode ser prejudicado por acidentes como derramamento de líquidos, amassados, e pode ser visto por qualquer pessoa, caso alguma falha ocorra no processo de transporte. Um relatório eletrônico não é perdido e impossibilita alterações posteriores. Ele também pode ser enviado diretamente para o paciente sem que ele precise sair de casa. O ideal é você ter um software médico com um prontuário eletrônico de qualidade, que impossibilite que você realize alterações após o término das consultas. Assim, você consegue ter respaldo jurídico de que todas as suas observações são confiáveis. 4. Defina um modelo padrão para seus relatórios Para agilizar a produção dos documentos, crie um modelo padrão para cada tipo de relatório. Essa prática é mais eficiente quando você possui um prontuário eletrônico. https://blog.iclinic.com.br/assinatura-digital-iclinic/ https://youtu.be/wsj9PA5wk44 http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfm1851_2008.htm https://blog.iclinic.com.br/software-medico/ https://blog.iclinic.com.br/tudo-sobre-prontuario-eletronico/ 4/6 Dessa forma, ao invés de sempre digitar as mesmas coisas, você apenas completa o que for singular para cada paciente e tem menos chance de cometer erros, como se esquecer de algum dado. Ficou interessado em ter um prontuário eletrônico? Baixe nossa guia gratuito para escolher o ideal para a sua clínica: 5. Revise seu relatório Mesmo que você já produza relatórios médicos há muitos anos, o modo automático às vezes faz com que cometamos erros comuns. Por isso, após finalizar o documento, deixe-o de lado por alguns minutos para tirar o “olhar viciado” e revise todas as informações que escreveu. Você pode se lembrar de um detalhe importante e mesmo que não falte nada, se sentirá mais seguro de que entregou um documento completo que será útil para o paciente. O que não pode faltar em um relatório médico? O conteúdo do relatório médico pode variar dependendo da sua finalidade. Na prática, isso significa que o relatório médico pode conter informações relacionadas a: Resultados de exames; Limitações físicas do paciente; Medicações administradas; Terapias adotadas; Prognósticos; Eventuais sequelas. Além dessas informações, há tambémde se preencher em um relatório alguns dados de identificação do médico e do paciente, como: Nome completo do médico; Número de registro no CRM; Carimbo e assinatura ou assinatura digital no caso de relatório médico eletrônico; Nome completo do paciente; Data de nascimento; CPF; Endereço completo. Qual a diferença entre relatório médico, laudo e atestado? O laudo médico tem o objetivo de descrever conclusões tiradas após um resultado de um exame. Ele é assinado por um especialista e é fundamental para a continuidade da assistência médica. O atestado médico é apenas uma declaração sobre um fato médico e suas consequências, como uma espécie de comprovação que o paciente tem uma doença. https://content.iclinic.com.br/guia-escolher-prontuario-eletronico/ https://blog.iclinic.com.br/prescricao-medica-eletronica-na-pandemia/ https://blog.iclinic.com.br/laudo-medico/ 5/6 Ele é utilizado quando o paciente precisa faltar no trabalho e a empresa exige que um atestado seja apresentado. As principais diferenças entre um laudo, um atestado e um relatório, é que o relatório médico não contém juízo de valor ou diagnóstico, porque apenas descreve detalhadamente o caso clínico do paciente. O que pode comprometer a qualidade de um relatório médico? Uma vez que o relatório médico é um documento oficial, é importante que ele tenha um padrão de qualidade e de conformidade. No entanto, existem alguns fatores que podem comprometer a excelência do documento, e os profissionais devem ficar atentos para eles. Despreparo do profissional: por se tratar de um documento, é necessário que o relatório médico seja elaborado por um especialista da área. Relatório desatualizado: Para que o relatório seja válido é necessário que ele possua informações atualizadas, pois os resultados dos exames podem mudar com o tempo e a informação não ser mais confiável. Falta de estrutura especializada: equipamentos antigos ou sem manutenção podem resultar em resultados imprecisos ou incorretos. A ligação entre o relatório médico e a confiabilidade de dados Desde 2020, clínicas médicas, hospitais, consultórios e demais estabelecimentos na área da saúde precisam manter seus sistemas adequados à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). A LGPD prevê multas elevadas a estabelecimentos que descumprirem as normas. O valor pode chegar a 5% do faturamento bruto da empresa responsável ou a um teto de R$ 50 milhões. Para se blindar deste tipo de situação, as clínicas e consultórios devem contratar serviços com tecnologia de ponta, que garantam de fato a segurança dos dados dos pacientes. Por meio de um bom software, como o da iClinic, você tem acesso a todos os dados que precisa sobre os atendimentos, os encontra de forma simples e evita que qualquer erro ou negligência sejam cometidos. Somado a isso, o sistema da iClinic ainda oferece modelos personalizáveis para os documentos, que tornam sua elaboração ainda mais rápida, assertiva e livre dos riscos inerentes às anotações manuais. Vale a pena implantar um sistema que facilite a geração de relatórios na sua clínica? Um software de gestão pode automatizar vários processos que são realizados manualmente, e com isso trazer segurança, produtividade e diminuir erros e esquecimentos. https://blog.iclinic.com.br/laudo-medico/ https://blog.iclinic.com.br/prescricao-medica/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/l13709.htm https://blog.iclinic.com.br/lgpd-na-clinica-com-iclinic/ https://iclinic.com.br/ https://blog.iclinic.com.br/gestao-da-qualidade-em-saude/ 6/6 Além disso, ele é capaz de centralizar todas as informações em um só local, facilitando consultas e geração de relatórios e outros documentos médicos. O objetivo de um software de gestão para clínicas é otimizar a execução de tarefas como agendamento de consultas, comunicação com os pacientes, controle financeiro e de estoque, gestão de marketing, entre outras. As inovações também estão nas operações diárias dos médicos, como os laudos, relatórios e prontuários eletrônicos. Com um sistema tecnológico de qualidade, é possível otimizar o lançamento de diagnósticos facilitando o compartilhamento de informações. Conclusão Consciente da importância do relatório médico, cabe ao profissional elaborar corretamente o relatório, para que cumpra sua finalidade de maneira eficaz e ágil. Uma dica importante para dar conta da gestão da sua clínica é otimizar tempo e aumentar a produtividade investindo em gestão integrada. E para isso, a ajuda do iClinic é fundamental. Isso porque garante centralização (reúne tudo em um só lugar para você acessar pela internet de onde quiser). https://blog.iclinic.com.br/prontuario-medico/