Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANATOMIA INTERNA E ABERTURA ENDODÔNTICA ○ Anatomia interna dos incisivos, caninos, pré-molares e molares Por que conhecer a anatomia interna do elemento dental: abertura coronária, localização dos canais radiculares, visão ampla para o preparo, segurança para o tratamento. (evita iatrogenias). Canal dentinário é o campo de ação do endodontista - O problema geralmente está presente na coroa, se analisa toda a estrutura (esmalte, dentina, campo pulpar, região de furca, lâmina dura e por último região apical). - o final da dentina nós chamamos de CDC Região apical e periapical: é constituída pelos tecidos de sustentação do dente que incluem e contornam o ápice radicular, que são: - limite CDC - canal cementário - coto pulpar - tecido conjuntivo maduro, rico em cementoblastos - cemento - tecido conjuntivo mineralizado - forame - abertura final do canal radicular - membrana ou espaço periodontal - une o cemento a parede alveolar - Parede (lâmina dura) e Osso alveolar - se remove o coto pulpar, pois é um tecido conjuntivo e tem vascularização - temos um canal de dentina, e sempre tem constrição apical que é um forame menor e forame apical (forame maior) - às vezes o ápice anatômico não coincide com a abertura do forame, é necessário saber disso por pode ocorrer da lima sair do canal, e isso não pode acontecer. - distância ápice-forame 0,2 a 3,8 mm. ● o cemento é irregular, as bactérias se alojam nas irregularidades Canal radicular ( colocar aqui foto do lópes e siqueira) - canal colateral paralelo ao principal, de menor diâmetro - canal lateral ou adventício: localizado no terço médio ou apical, sai do canal principal e vai até o periodonto lateral - secundário: localizado no terço apical - acessório: ramificação do canal secundário - inter-conduto; UNE DOIS CANAIS ENTRE SI - RECORRENTE: NÃO SE EXTERIORIZA - DELTA APICAL: origina vários forames devido às múltiplas terminações - Cavo inter radicular: no assoalho da câmara pulpar Incisivo central superior: - canal curto, amplo e redonto - comprimento médio 22,6 - câmara pulpar alargada no sentido MD e estreita no sentido VL (sempre que eu tiver um achatamento significa que eu tenho mais campo de atuação do MD, sabendo isso se sabe que a broca deve evitar o sentido VL para evitar perfurações) - nûmero de raízes: 1 - número de canais: 1 - câmara pulpar reproduz a forma externa da coroa dental - canal radicular único, amplo e reto. - precisa trabalhar obrigatóriamente com a lima do tamanho correto. - na radiografia sempre aparece com canal único e reto, se vê o vértice radiográfico que é um pouco difícil de identificar por conta do nariz Incisivo lateral superior: - reproduz em menor escala o ICS - raíz única, delgada com leve achatamento MD - apresenta curvatura no terço apical no sentido DP (disto-palatino) - comprimento médio: 22,1 mm - n° de raízes: 1 - n° de canais: 1 em 97% e 2 em 3% Canino superior: - é o dente mais longo da arcada - câmara pulpar ampla, com maior diâmetro no sentido VL - canal radicular amplo e reto, podendo apresentar desvios para a distal - comprimento médio: 27,2 mm - n° raízes: 1 - n° canais: 1 1° pré-molar superior - câmara pulpar ovóide, achatada no sentido MD - Na maioria dos casos apresenta dois canais radiculares - Ocasionalmente pode apresentar 3 raízes e 3 canais radiculares - comprimento médio: 21,4 mm - n° raízes: 1 em 35%, 2 em 61% - n° de canais: 1 em 8%, 2 em 84% 3 em 7% 2° pré-molar superior - clinicamente semelhante ao 1° PMS, porém na maioria dos casos apresenta raízes única - canal único, achatado no sentido MD e amplo no sentido VL - Pode ocorrer bifurcações desses canais radiculares - comprimento médio: 21,8 mm - n° de raízes: 1 em 95% - 2 em 5% - n° de canais: 1 em 54% - 2 em 46% 1° molar superior: - sempre tem 3 raízes - comprimento: 21,5 mm - n° de canais: 3 em 30%, 4 em 70% - sempre a porção coronária vai dar indício - sempre olhar os pontos de contatos, pois geralmente vem acompanhadas com cárie - não ver a lâmina dura significa falta de saúde periapical, e precisa estar presente em todos os dentes - se não ver a lâmina dura, fazer o teste de vitalidade - os molares superiores vão vir com curvaturas na porção MV - a porção MV terá dois canais, MV1 e MV2 - pode ser um MP ou MV - coroa tetra cuspidada - assoalho da câmara pulpar convexo, em forma de triângulo ou trapézio, onde nos ângulos se localizam as entradas dos canais - cornos pulpares proeminentes, correspondendo às cúspides - canal médio vestibular geralmente curvo e atrésico - raiz médio vestibular é achatada no sentido Md, geralmente curva para a distal - achatamento médio-distal pode determinar a existência do quarto canal (também chamado de canal palatal da raízes MV ou mésio-palatino) 2° molar superior: - assemelha-se ao 1° MS - pode haver funcionamento das raízes vestibulares com a palatina - a presença do quarto canal é menos frequente - comprimento médio: 21 mm - n° de raízes: 3 - n° de canais:: 3 em 50%, 4 em 50% Incisivo central inferior: - canal achatado no sentido MD - os canais podem se diferenciar - comprimento médio: 21 mm - raízes: 1 - canais: 1 em 73% e 2 em 27% Incisivo lateral inferior: - comprimento médio: 22 mm - raízes: 1 - canais: 1 em 55% e 2 em 45% - quando se tem um canal a mais o tratamento é igual mas tem que tratar os dois Canino inferior: - canal acompanha a forma externa da raíz - a câmara pulpar possui maior dimensão /volume no sentido VL e achatada no sentido MD - comprimento médio: 25 mm - raízes: 1 em 94%, 2 em 6% - canais: 1 em 88%, 2 em 12% 1° pré-molar inferior: - raíz única, achatamento proximal, podendo apresentar curvatura distal - câmara pulpar ampla, posicionada no centro do dente, com achatamento md, maior volume VL - comprimento médio: 21,6 mm - raízes: 1 em 82%, 2 em 18% - canais: 1 em 66%, 2 em 31%, 3 em 3% 2 de canais:: 3 em 50%, 4 em 50% 2° pré-molar inferior: - comprimento médio: 22,1 mm - raízes: 1 em 92%, 2 em 8% - canais: 1 em 89%, 2 em 11% - achatamento vai existir na maioria dos dentes na proximal ● precisa ter cuidado com a abertura 1° molar inferior: - comprimento médio: 21 mm - raízes: 2 em 97%, 3 em 3% - canais: 2 em 8%, 3 em 56%, 4 em 36% - volume da coroa - raízes mesial achatada no sentido mésio-distal e amplas no sentido VL - curvatura na raíz mesial - raíz distal geralmente reta - câmara pulpar em forma de cubo - assoalho da câmara pulpar convexo Abordagem da câmara pulpar Abertura coronária: exposição da câmara pulpar forma de contorno: remoção de todo o teto da câmara pulpar forma de conveniência: efetuar o contorno final da abertura coronária tem por objetivos: - ampla visualização do assoalho da câmara pulpar[facilitar o acesso para exploração do canal - evitar que o instrumento entre curvado no canal (instrumento sempre entra reto, por isso precisa de paredes lisas quie facilitem a entrada e saída, se tem uma boa abertura todo o passo a passo fica mais fácil) desgaste compensatório: remover interferências dentinárias que impedem o acesso direto aos canais radiculares. ex: ombro lingual. Sempre precisa fazer o exame clínico, radiografia inicial para fechar o diagnóstico, para realizar um bom planejamento precisa sempre ter documentado de como estava a situação do paciente, radiograficamente: - tamanho da câmara pulpar - posição da câmara pulpar - posição da região de furca - número de canais - inclinação dentária clinicamente: - exame das restaurações - remoção de placa e tártaro para endodontia: - limpeza da cavidade - remover todo o tecido cariado - forma de contorno - IACO - adequação do meio - desgastes compensatórios - Ponto de eleição e penetração inicial: - brocas para abertura coronária (broca de haste longa HL) Incisivos e caninos: - ponto de eleição localizada na face lingual ou palatina, na região do cíngulo - forma de conveniência: do canino é mais oval, e do incisivo lembra um triângulo - marcar o cíngulo, que será onde será acessado o esmalte e dentina, fazem a abertura em 45 graus, tanto em caninocomo em incisivo - Pré-molares: - ponto de eleição localizada na face oclusal, no terço médio do sulco principal mésio-distal - forma de conveniência (contorno da cavidade) oval ● Precisa sempre abrir o elemento com irrigação, sem exceções. ● não se deixa o teto da câmara pulpar pois senão o dente vai permanecer escuro Molares superiores: - ponto de eleição localizado na face oclusal, na fosseta central do sulco principal (mas mais voltado para a mesial). - forma de conveniência é de um trapézio - a base do triângulo é sempre voltada para mesial ● comprar a sonda exploradora da melhor que tiver, Molares inferiores: - ponto de eleição localizado na face oclusal (bem no meio, voltada para a face mesial) - forma de conveniência trapézio ou triângulo com a base maior voltada para mesial Câmara pulpar atrésica: - para se defender, são formados dentinas reacionais, e assim a câmara pulpar se torna menor (mais baixa) - é usado dycal para proteger a polpa, estimular os odontoblastos da polpa a gerar dentina reacional em 15 dias e assim evitando dor. ● direção da broca: sempre buscar pelo corno pulpar mesial, sempre pelo corpo pulpar maior Erros nas aberturas coronárias: - degrau nas paredes da câmara pulpar - não observar as inclinações do longo eixo dos dentes - perfurações - remoer em excesso a estrutura dental - abertura pequena dificultando a ação dos instrumentos - não remover todo o teto da câmara pulpar - deformação do assoalho da câmara pulpar - falta de desgaste compensatório (molares) ● a pinça serrilhada é melhor Preparo de terço cervical: Vantagens: - amplia o terço cervical e médio do canal radicular - facilita a instrumentação - melhora a qualidade da irrigação - melhora a percepção para o travamento do cone principal - facilita a condensação lateral - uma canula de irrigação nunca vai estar sendo usada sem uma cânula de aspiração Por que a parede precisa ficar lisa?: para não ficar nada aderido, facilitar a visualização e irrigação Aula dia 07/03 Instrumentais e materiais de endodontia importante: 14/03 aula teórica Bianca e 21/03 prática abertura endodôntica I e C. - para a aula branca colocar o dente dentro da cera e fazer RX, com a vestibular para cima com o cone do RX perpendicular. Passos para endo: abertura; preparo químico mecânico (PQM) usando lima para raspar a cavidade e fazer um preparo químico com hipoclorito de sódio 20%; obturação com cones de gutapercha associado com cimento endodôntico; proteção; esvaziamento; modelagem. - se eu não tiver um RX e for um atendimento de urgência eu devo abrir mesmo assim o dente - no isolamento absoluto na endo nós vamos isolar apenas depois da abertura endodontia e isolamos apenas o dente a ser tratado - os grampos 26 e W8A são ótimos para coroas de molares muito expulsivas - as limas são constituídas por sérias: 15, 20, 25, 30, 35, 40. (1° série); 45, 50, 55, 60, 70, 80 (2° série); 90, 100, 110, 130, 140 (3° série) - o intermediário sempre vai definir qual o tamanho, pois a parte ativa sempre vaiter 16mm, o que vai mudar é sempre o intermediário - o tamanho da lima indica o seu diâmetro. Uma lima 50 vai aula 11/04 Preparo do Canal Radicular Preparo químico-mecânico PQM Trabalhamos com polpa viva, morta e retratamento endodôntico. - As soluções irrigadoras fazem com que o canal seja limpo, os canais colaterais vão conseguir descontaminar através da irrigação. - Preparo químico-mecânico do Canal Radicular – Técnica Escalonada com Preparo Prévio do Terço Cervical. ● aquém: antes de chegar no vértice ● quando chega no vértice: vértice ● quando ultrapassa o vértice: além ● A modelagem é considerada uma das etapas mais importantes do tratamento endodôntico. ● No preparo químico/mecânico, utilizando os instrumentos e produtos químicos (hipoclorito de sódio e EDTA), será possível esvaziar, limpar, conformar e desinfetar o canal radicular e, assim, dar condições para o canal ser obturado. Temos os tratamentos radicais que é quando tira toras a polpa, e a conservadora é quando mantém a polpa vital (capeamento direto, indireto com hidróxido de cálcio) Quando é casos de polpa viva se coloca entre as sessões hidróxido de cálcio por 14 dias para desinfectar, enquanto na viva não precisa. Após o acesso coronário e com os instrumentos escolhidos, o preparo do canal radicular (preparo químico mecânico – PQM) pode ser iniciado. Terminologia: ● CAD: Comprimento aparente do dente ● Cex: Comprimento para exploração ● CRD: Comprimento real do dente ● CTM: Comprimento de trabalho para modelagem Etapas do preparo químico-mecânico (PQM): 1. Exploração (Cex): explorar o canal radicular, se usa a lima para conhecer o canal taticamente (saber se o canal é atrésico/fino ou não, ver se o canal tem alguma obstrução ou curvatura) 2. Preparo do terço Cervical: com gates na cervical até o terço médio. 3. Odontometria (mensuração do dente - CRD): saber qual é o comprimento do dente para poder fazer o PQM 4. Patência: limpar o forame pois ele não pode estar obstruido 5. Modelagem (CTM): esse é o PQM propriamente dito, é ali que vai modelar o canal, 1. EXPLORAÇÃO DO CANAL (cateterismo): Faz-se o reconhecimento do canal. Verificando: • A direção e calibre dos canais • A presença de curvaturas • A existência de obstruções • A possibilidade de acesso ao terço apical Escolha do instrumento: • Utilização de instrumento fino • Em canais amplos utilização de lima #15 • Em canais atresiados utilização de limas #08 ou #10. • É necessário calcular o tamanho para o comprimento de exploração Determinação do comprimento de trabalho para exploração (Cex) 1. Calcular o comprimento aparente do dente (CAD): medir na radiografia inicial a distância do bordo incisal/oclusal até o vértice radicular. cuidar que pode ter distorção, por isso usamos o CAD Para realizar a exploração do (s) canal (is) subtrai-se 2 mm do valor do comprimento aparente do dente (CAD). Assim, Cex= CAD – 2mm (assim se descobre o tamanho da lima de exploração) Calcular o comprimento aparente do dente CAD: medir a radiografia inicial a distância do bordo incisal/oclusal até o vértice radicular. Como no tratamento endodôntico não podemos ver o canal (com exceção do microscópio operatório e tomografias computadorizadas cone bean), é através dos instrumentos que poderemos senti-lo e obter as informações necessárias. Para realizar a exploração, o instrumento escolhido deve ser pré-curvado (utilização de uma gaze), para chegar em obstáculos de forma mais fácil, entrar com movimentos de horário e antihorário, e sempre entrar com bastante hipoclorito para fazer desinfecção imediata, principalmente em casos de necro, não devemos colocar a lima após a abertura pois empurra as bactérias para o forame. Com o instrumento escolhido e calibrado no valor do Cex e câmara pulpar cheia de solução irrigadora (hipoclorito de sódio 2,5%), a exploração pode ser iniciada. Utilização de movimentos oscilatórios nos sentidos horário e anti-horário OBS: Em casos de Necropulpectomia (presença de contaminação do sistema de canais radiculares – SCR) conforme vai penetrando o instrumento no canal por terços deve-se ir renovando a solução irrigadora de hipoclorito de sódio 2,5% seguido da sua aspiração (desinfecção imediata – neutralização do conteúdo do canal) Quando o instrumento alcançar o bordo de referência ele estará penetrando no Cex – Proceder a realização do PREPARO DO TERÇO CERVICAL. 2 PREPARO DO TERÇO CERVICAL: Utilização dos alargadores Gates Glidden (quanto maior o número maior a calibragem, temos de 1 a 6) ● vai cair na prova qual lima equivale a qual gates 1: 50; 2: 70; 3: 90; 4: 110;V5: 130; 6: 150. O número de Gates para o preparo depende das características anatômicas do canal (amplitude do canal). - Iniciar com gates 2 sem pressão apical. Após fazer a utilização da gates 1 sem pressão apical. - Dependendo da anatomia do canal iniciar utilizando a gates 3 e depois seguir a sequência (gates 2, gates 1) - OBS: Em canais curvos, o inícioda curva é o limite Após a utilização de cada alargador deve-se realizar a Irrigação e Aspiração utilizando solução de hipoclorito de sódio 2,5%. OBS: em hipótese alguma trabalhar no canal seco. Orientações: ✔ Os alargadores Gates devem entrar no canal no sentido horário (observar caneta de baixa rotação) com suave pressão vertical e removidas ainda em movimento; ✔ Não realizar pressão lateral (risco de fratura); ✔ Em canais muito atrésicos deve-se ampliá-lo até uma lima #20 (mas tem casos que o canal é tão fino que acaba não se usando, os professores irão irientar); ✔ Sempre utilizar os alargadores com o canal inundado de solução irrigadora (hipoclorito de sódio 2,5%) Vantagens: ✔ Elimina interferências sobre os instrumentos utilizado no PQM, facilitando sua ação no terço apical; ✔ Cria áreas de escape para a solução irrigadora, permitindo uma maior circulação do líquido (assim ela limpa por estar em circulação) e diminuindo as chances de extravasamento da solução para os tecidos periapicais. ✔ Melhor percepção de ajuste do cone de guta percha no terço apical durante a obturação; ✔ Cria espaço que possibilita o refluxo do cimento utilizado na obturação; ✔ Facilita o uso dos espaçadores digitais durante a obturação; ✔ Reduz o tempo para a instrumentação do canal radicular Após o preparo do terço Cervical recolocar no canal a lima utilizada na exploração (calibrada no Cex) e realizar um raio x Periapical – INICIAR A ODONTOMETRIA 3.ODONTOMETRIA RADIOGRÁFICA e ELETRÔNICA Determina o comprimento real do dente (CRD) 1.1 Odontometria Radiográfica Método de Ingle: técnica radiográfica de aproximação (Ilson José Soares, 2011) OBS: Quando a distância entre a ponta do instrumento e o vértice radicular for maior que 3 mm, deve-se recalcular o Cex e fazer uma nova radiografia. ATENÇÃO: • Quando realizar a radiografia cuidar para não haver o deslocamento do instrumento; • A radiografia deve ser bem feita, processada e montada na cartela e as medidas devem ser determinadas com auxílio da régua milimetrada, à luz do negatoscópio; 1.2 Odontometria eletrônica: utilização de localizadores apicais Em algumas situações a radiografia não é confiável, dentre elas: 1. O forame não coincide (pode não coincidir) com o vértice radicular; 2. Dilacerações apicais podem não ser visualizadas, principalmente no plano V-L; (quando temos uma radiografia com curvatura VL não é possível visualizar) 3. Superposição de imagens e estruturas anatômicas (molares superiores); 4. Subjetividade na interpretação radiográfica pelos profissionais. Essas dificuldades podem ser superadas pelo uso de localizadores apicais; Seu uso não exclui as radiografias, mas facilita a determinação do limite apical; Os localizadores apicais determinam a localização/posição do forame apical. Não pode ser limas muito finas, a lima precisa ficar mais justa no diâmetro inicial do forame apical - com a lima adequadamente posicionada e estabilizada, basta definir um ponto de referência. Concluída a odontometria, registrar o comprimento do dente, anotar bordo de referência e iniciar a próxima etapa do preparo (modelagem) 4. PATÊNCIA ● Lima de patência: limpar (desobstruir) o forame apical) – lima #15 ou #20 calibrada no CRD (comprimento real do dente) ● Então se entra com uma lima fina, calibrar no CRD e entrar com irrigação para fazer a limpeza do forame ● lima 15 (para mais volumosos até 20), se for atrésica 10 ● movimentos horários e anti horários, após iniciar a modelagem ● Frequentes e profusas irrigações com hipoclorito de sódio 2,5% auxiliarão no esvaziamento Preparo químico-mecânico do Canal Radicular – Técnica Escalonada com Preparo Prévio do Terço Cervical. Continuação Terminologias: ● CAD: Comprimento aparente do dente ● Cex: Comprimento para exploração ● CRD: Comprimento real do dente ● CTM: Comprimento de trabalho para modelagem ● LAI: lima anatômica inicial: ela fica grudada no terço apical, ela precisa ficar justaposta para modelar ● LAF: lima anatômica final 4. PATÊNCIA ● Lima de patência: limpar (desobstruir) o forame apical – lima #15 ou #20 calibrada no CRD. Realizar a lima com movimento horário e anti-horários. Após iniciar a modelagem 5. MODELAGEM (TÉCNICA ESCALONADA – ÁPICE/COROA) Dar forma (ampliar o canal radicular) Em casos de biopulpectomias: criação de condições morfológicas e dimensionais para o canal possa ser bem obturado; Em casos de necropulpectomias: DESINFETAR e dar forma para que o canal possa ser obturado; O comprimento de trabalho para modelagem (CTM) é: CTM= CRD tanto para biopulpectomias como necropulpectomias SELEÇÃO ADEQUADAS DOS INSTRUMENTOS: ● A escolha do tipo de instrumento e do número do primeiro deles a serem utilizados é essencial para começar a modelagem e isso vai depender das características morfológicas do canal; ● Canais retos pode-se utilizar limas K-file, porém canais curvos optar por limas flexofile ou de NiTi; ● O primeiro instrumento será aquele que ficar justaposto as paredes do canal no terço apical; ● Começar testando pelo instrumento # 15; ● O instrumento que ficar justaposto ao canal no terço apical será o primeiro instrumento para começar a modelagem: LIMA ANATÔMICA INICIAL (LAI). Também chamado de apenas lima anatômica. ● ATENÇÃO: o Cursores devem ter diâmetros adequados; o Cursores devem ficar perpendiculares a haste do instrumento; o Usar tantos cursores quantos forem necessários; PRIMEIRA ETAPA DO PREPARO DO CANAL RADICULAR 1. Lima anatômica inicial calibrada (LAI) no CTM (utilizar movimentos horário e anti-horários que não devem exceder 60 graus. Pode-se optar por movimentos de limagem, cuidando para atingir igualmente todas as paredes laterais) 1.1: no terço apical deve-se preconizar movimentos horário e anti-horário (movimento alternado a direita), pois mantém a forma original do canal. - canais curvos, o modo mais adequado é o do alargamento, pois mantém a forma original, não provocando desvios. 1.2 Sempre utilizar movimentos de baixa frequência e baixa amplitude. 2. Utilização da lima anatômica inicial mais três instrumentos. A cada instrumento utilizado a solução irrigadora (a ponta de irrigação deve estar calibrada 3 mm a menos do valor do CTM) deve ser aspirada e renovada. NUNCA se deve trabalhar no canal sem solução irrigadora. 3. Após o instrumento ter sido utilizado deve-se limpá-lo com uma gaze e avaliado (observar possíveis deformações da lima). 4. Cada instrumento deve ser utilizado até sentir liberdade no interior do canal; 5. O último instrumento usado nesta primeira etapa chama-se lima anatômica final – LAF (LAF= LAI + 3 instumentos). Também chamado de instrumento memória. SEGUNDA ETAPA DO PREPARO DO CANAL RADICULAR (escalonamento) atenção: cursores devem ter diâmetros adequados; cursores devem ficar perpendiculares a haste do instrumento; usar tantos cursores quantos forem necessários. 1. Os instrumentos utilizados nesta fase deverão estar calibrados de modo que cada um deles seja 1 mm mais curto que o seu sucessor; 2. Após cada instrumento da segunda etapa (fase) renovar a solução irrigadora (aspiração e irrigação) e voltar a realizar a patência com lima #15 ou #20 calibradas no CTM. Obs: limpeza do canal pelo preparo está adequado?: raspa de dentina limpas; solução irrigadora límpida; paredes dentinárias lisas APÓS O PREPARO DO CANAL RADICULAR • Utilização da Easy Clean (30/03) no movimento de rotação (micromotor com contra ângulo) e calibrada no CTM – 1mm. Objetivo: agitar a solução irrigadora para potencializá-la, assim ela chega aos canalíticos e por rotacionar ela esquenta e remove de maneira mais eficiente a matéria orgânica. • Canal repleto de solução irrigadora (hipoclorito de sódio 2,5%) • Agitação de 20 segundos em 3 ciclos em cada canal. • Aspiração do hipoclorito de sódio com cânula. • Utilização de EDTA 17 % por 3 min (agitação com Easy Clean calibrada no CTM – 1mm) • Nova irrigação com Hipoclorito de sódio 2,5% • Aspiraçãoda solução • Secagem do canal com cones de papel estéril no CTM de acordo com a LAF. • Medicação intracanal (pasta de hidróxido de cálcio) quando necessário. Caso não seja, realizar a obturação do canal (polpa viva). • Bolinha de algodão estéril (para não colocar ionômero de vidro direto na câmara pulpar (isso para acessar novamente em outro momento) • Restauração Provisória Atividade: Modelagem técnica escalonada - dente 45 - cad: 20 mm - Distância da ponta do instrumento ao extremo radicular: 1,5 mm - LAI: #35 FF - Cúspide: Vestibular
Compartilhar