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Odontologia ANTIFUNGICOS-1

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ANTIFÚNGICOS 
Profª Monara Bittencourt 
Farmacêutica-Bioquímica 
INTRODUÇÃO 
 Os agentes antifúngicos, na sua maioria, produzem efeitos tóxicos 
 Nossas células ≈ células fúngicas (eucarióticas, núcleo e organelas 
muito comuns) -> dificulta a obtenção de alvos -> limitando 
o número de drogas 
 Os iodetos foram às primeiras substâncias utilizadas na terapia 
antifúngica, especialmente no tratamento de esporotricose, 
representando uma alternativa eficaz e de baixo custo. 
 
Profª Monara Bittencourt de Amorim 
Farmacêutica-Bioquímica 
CRF: 1790/RN 
 Avanços na cirurgia, tratamento do câncer e nos cuidados intensivos 
acompanhados do uso aumentado de agentes antimicrobianos de amplo 
espectro tem ocasionado em um aumento significativo na incidência e 
gravidade das infecções fúngicas nesses últimos anos. 
 
 As infecções por fungos podem ser classificadas como: 
 
 Superficiais: cabelo e parte mais externa da pele -> Pitiríase versicolor, 
Tinha negra e Pedra negra. 
Cutâneas: parte mais profunda da epiderme 
 -> Tinea pedis (pé de atleta) 
 
Subcutâneas: derme e tecido subcutâneo 
 -> Esporotricose 
 
Sistêmica: órgãos internos -> Histoplasmose, 
blastomicose 
 
Oportunistas: cutânea ou sistêmica 
 -> candidíase, criptococose, aspergilose e 
mucormicose 
Antifúngicos podem ser classificados como: 
 
 Fármacos sistêmicos (orais ou parentais) para 
infecções sistêmicas 
 
Fármacos orais 
 infecções mucocutâneas 
 
 Fármacos Tópicos 
 
Os fungos, na sua maioria, são resistentes aos 
agentes antibacterianos convencionais. 
 
 
As principais famílias de antifúngicos 
compreendem os poliênicos, azólicos, 
tiocarbamatos, alilaminas, derivados 
morfolínicos, 5-fluorcitosina e griseofulvina. 
PATOGÊNESE DAS DOENÇAS 
FÚNGICAS 
Fungos 
• Fungos unicelulares são chamadas de 
leveduras 
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 
 
1. MICOSES SUPERFICIAIS 
2. MICOSES SUBCUTÂNEAS 
3. MICOSES SISTÊMICAS 
4. MICOSES OPORTUNÍSTICAS 
 
 
 
 
1. MICOSES SUPERFICIAIS 
• Localização da lesão: superficial 
• Penetração: contato direto 
• Normalmente não se dissemina por via sanguínea e/ou 
linfática 
• Não induz resposta inflamatória 
• Exemplos: Pitiríase versicolor (Pano Branco) 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 
Dermatofitose 
Pitiríase versicolor 
Pitiríase versicolor 
Dermatofitose 
• 2. MICOSES SUBCUTÂNEAS 
• Localização da lesão: Derme 
• Penetração : Microtraumatismos 
• Disseminação: via linfática 
• Resposta do hospedeiro: inflamatória 
• Exemplo: Esporotricose. 
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 
3. MICOSES SISTÊMICAS 
• Localização da lesão: Acomete órgãos internos 
• Via de penetração: inalatória 
• Vias de disseminação: sanguínea e linfática 
• Resposta do hospedeiro: inflamatória granulomatosa 
• Exemplos: Paracoccidioidomicose e Histoplasmose. 
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 
Paracoccidioidomicose 
Histoplasmose 
Paracoccidioidomicose 
Histoplasmose 
4. MICOSES OPORTUNÍSTICAS 
Definição: causadas por fungos que normalmente são sapróbios e que 
em decorrências de fatores adversos passam a produzir lesões. 
 Indivíduos com ↓ resposta imune 
 Antibioticoterapia prolongada 
 Rompimento de barreira de defesa da pele e/ou de mucosas 
 Exemplos: Criptococose, Candidíase , Aspergilose. 
CLASSIFICAÇÃO DAS MICOSES 
Cryptococcus sp 
Candida sp 
Candida sp 
PROFILAXIA 
 A profilaxia com Antifúngicos 
está indicada em pacientes 
imunodeprimidos ou criticamente 
doentes, em quem se desenvolvem 
fungos oportunistas. 
 O tratamento direciona-se à cura 
das lesões características. 
ANTIFÚNGICOS 
NATURAIS SINTÉTICOS 
POLIENOS EQUINOCANDINAS AZÓIS PIRIMIDA FLUORADA 
FORMAM OS DOIS GRANDES GRUPOS 
Poliênico - Anfotericina B 
Características: 
• É um antibiótico Macrolídeo anfótero, isolado de 
Streptomyces nodosus; 
 
• Maior solubilidade em pH extremo 
 
• Insolúvel em água, é 
 conjugada a lipídios 
 para a administração 
 intravenosa 
Farmacocinética: 
 
• Administrado por via IV principalmente. 
 
• Apresenta grande ligação as proteínas plasmáticas o 
que permite longa permanência no plasma. 
 
• Meia vida: 15 dias. 
 
• Metabolizada no fígado e excretada via renal. 
 
• Apresenta redução da função renal e 
comprometimento hepático em alguns pacientes. 
Mecanismo de ação de antibióticos poliênicos 
Altera permeabilidade (poros); Extravassamento do conteúdo citoplasmático 
 
• Uso preventivo em pacientes com AIDS; 
• Infecções por cândida vaginal e oral; 
• Meningites; 
• Tratamento de infecções fúngicas que não 
respondem ao tratamento com Azóis; 
• Aspergilose; 
• Histoplasmose; 
• Paracoccicodeidomicose; 
Usos Cínicos 
Fungos Histoplasma capsulatum, Paracoccidiodes 
brasiliensis, Cryptococcus neoformans, 
Coccidioides immitis, Sporotrichum schenkii, 
Torulopsis glabrata, Candida albicans e 
outras, Aspergillus fumigatus e outros, 
Mucor, Rhizopus, Rhodotorula, Microporum, 
Trichophyton 
Protozoários Leishmania donovani, Leishmania 
brasiliensis, Plasmodium falciparum, amebas 
de vida livre dos gêneros Hartmanella, 
Naegleria 
Micobactéria Mycobacterium leprae 
Usos Cínicos 
Efeitos adversos 
 
• Febre e calafrios; 
• Arritmia e hipertensão; 
• Diminuição na produção de hemácias, 
• Alterações na coagulação; 
• Convulsões; 
• Insuficiência renal: Nefrotoxocidade 
• Administração intratecal: Neurotoxicidade. 
Poliênico- Nistatina 
 
Características: 
• Macrolídeo Poliênico 
• Semelhante a Anfotericina B 
• Mais utilizado por via tópica e oral 
 
Farmacocinética: 
• Administrada por via oral é eliminada inalterada pelas 
fezes 
Não é absorvida em grande quantidade pela pele, 
mucosa ou trato gastrintestinal 
 
Mecanismo de ação: Igual da ANFOTERICINA B 
 
 
 
 
Uso clínico: 
Maioria das espécies de Candida spp 
Supressão de infecção local 
Membrana 
fúngica -
Ergosterol 
Nistatina 
Altera permeabilidade (poros); 
Extravassamento do conteúdo 
citoplasmático 
 
 
Efeitos Adversos: 
 
• Pouca toxicidade devido ao pequeno grau de 
absorção por via tópica 
 
• Via parental é bastante tóxica não sendo 
recomendado esta via 
 
Agentes fungistáticos sintéticos com amplo 
espectro de atividade. 
Classificação (De acordo com o nº de átomos de 
nitrogênio no anel azol): 
Imidazóis: Cetoconazol, Miconazol, Clotrimazol; 
Triazóis: Itraconazol, Fluconazol, Voriconazol. 
 
 
Azóis 
Os AZÓIS inibem as enzimas 
P450 fúngicas (por exemplo, a 
esterol desmetilase) 
responsáveis pela síntese do 
ergosterol. 
AZÓIS - CETOCONAZOL 
• AMPLO ESPECTRO – QUASE TODOS OS FUNGOS 
• TOXICIDADE HEPÁTICA – ATUAM NO CP450 
• ALTAS DOSES: INIBIÇÃO DA SÍNTESE DE TESTOSTERONA 
Foi substituído (administração VO) pelo 
Itraconazol no tratamentos de todas as 
micoses (exceto quando o menor custo 
do cetoconazol supera as vantagens do 
outro medicamento). 
- TRIAZÓIS- ITRACONAZOL 
• Efeito maior que cetoconazol 
• Úteis na onicomicose, candidíase orofarínge e 
esofágica 
Cefaleias e tonturas 
Reações alérgicas 
Menor efeitos sobre hormônios esteroidais 
Sem penetração no SNC 
Biodisponibilidade : 
- jejum: 40% 
 - junto com alimento: 100% 
Posologia Itraconazol 
Micoses 
sistêmicas 
(as recomendações 
posológicas 
variam de acordo 
com a infecção 
tratada): 
Posologia Itraconazol 
TRIAZÓIS- FLUCONAZOL 
• Absorção quase completa no TGI 
• Micoses profundas causadas por Candida sp, Criptococcus 
neoformans,Histoplasma capsulatum. 
 
 Usada para as variadas infecções por cândida 
Em comprimidos de 150 mg, e usado 
para tratamento de candidíase vaginal 
(em dose única) ou Onicomicose (em 
dose semanal). 
Risco C na gravidez – Contra-indicado 
Tratamento de candidíases - Fluconazol• Candidíase vaginal: dose única de 150 mg, por via oral. 
• Candidíase vaginal recorrente: 100 mg, em dose única 
semanal, por 6 meses. 
• Candidíase mucosa (oral): 50 mg, uma vez ao dia, por 7 
a 14 dias. 
• Candidíase urinaria: 200 mg, por via oral, uma vez ao 
dia. 
• Candidíase pulmonar: 100 mg, uma vez ao dia, por 7-14 
dias. 
• Candidíases invasivas: 400 mg iniciais e 200 mg diários 
em infecções invasivas, aumentando para 400 mg diários, 
se necessário. 
TRIAZÓIS- VORICONAZOL 
• Derivado do Fluconazol; 
• Ativo contra Candida resistente ao Fluconazol 
(C. glabrata e C. kruzei) 
• Atividade superior a Anfotericina B na 
Aspergilose invasiva 
• Risco D na gravidez – 
 contra-indicado 
 
 
Imidazólicos e Triazólicos tópicos 
• Essas doenças incluem Dermatofitoses e 
candidíase, por exemplo. 
 
Azóis - Clotrimazol 
Disponível na forma de pó, creme, solução 
aerossol, comprimidos vaginais e pastilhas 
 
Cura nas infecções por dermatófitos : 60 a 100% 
dos casos 
Cura nas infecções por candidíase cutânea: 80 a 
100% dos casos 
Imidazólicos e triazólicos tópicos 
Ciclopirox olamina 
Disponível na forma de creme, xampu, gel e 
loções 
 
Cura nas infecções por dermatófitos e 
candidíase cutânea : 81 a 94% dos casos 
Xampu 
Esmalte 
Dermatite seborreica 
Onicomicose

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