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1/3 Gravidez psicológica: conheça 9 mitos e verdades sobre a condição 4 minutos para ler Gravidez psicológica é o nome dado a um estado de pseudociese em que mulheres relatam ter os mesmos sintomas de uma gestação real. Nesta matéria, confira 9 mitos e verdades sobre este quadro! 1. Mulher com gravidez psicológica está enganando outras pessoas Mito. Ter uma gravidez psicológica não é o mesmo que alegar estar grávida para receber um benefício (lucrar financeiramente, por exemplo) ou ter delírios de gravidez (como acontece com algumas pacientes com esquizofrenia). Clinicamente denominada de pseudociese, a gravidez psicológica é uma condição que faz com que uma mulher acredite estar esperando um filho. Ela tem muitos sintomas de uma gestação, a ponto de não só convencer a si mesma, mas também quem está ao seu redor. 2. Os sinais da gravidez psicológica são iguais aos de uma gestação normal 2/3 Verdade. Mulheres com pseudociese apresentam muitos dos sintomas das grávidas, incluindo barriga inchada; mamas aumentadas e sensíveis; alterações nos mamilos; náusea, enjoo matinal e vômito; sensação de movimentos fetais; ganho de peso; umbigo invertido; aumento do apetite; alargamento do útero; amolecimento do colo do útero; e até falso trabalho de parto. 3. Para determinar se uma mulher está passando por uma gravidez falsa, não é preciso fazer exames Mito. O médico avalia os sintomas e, para confirmar a gestação, realiza exames clínicos e ultrassonografia – os mesmos que são feitos em mulheres grávidas. 4. A barriga de uma mulher com gravidez psicológica também se distende Verdade. Fisicamente, esse é o sintoma mais comum da pseudociese. A barriga pode começar a se expandir da mesma forma que durante a gravidez. Entre metade e três quartos das mulheres com pseudociese relatam sentir o bebê se mexer. 5. Durante a gravidez psicológica a mulher continua a menstruar Mito. A irregularidade no ciclo menstrual é o segundo sintoma físico mais comum. 6. Existe tratamento para gravidez psicológica Verdade. Mostrar à mulher que ela realmente não está grávida por meio de exames de imagem, como uma ultrassonografia, é o primeiro passo para lidar com a paciente. Acredita-se que a gravidez psicológica não tenha causas físicas. Portanto, não há recomendações no sentido de tratá-la com medicamentos. Em casos de irregularidade menstrual podem ser prescritos remédios para corrigir isso. As questões emocionais também devem ser levadas em conta, já que a instabilidade psicológica aumenta os riscos de pseudociese. Mulheres que fazem parte desse grupo são encaminhadas para acompanhamento psiquiátrico. 7. Especialistas não sabem o que causa a gravidez psicológica Parcialmente verdade. Embora as causas exatas ainda não sejam conhecidas, suspeita-se que fatores psicológicos possam desencadear a pseudociese. Por exemplo: quando a mulher sente um desejo intenso de engravidar (devido à infertilidade, abortos repetidos, menopausa iminente ou vontade de se casar), o cérebro pode desencadear a liberação de hormônios como estrogênio e prolactina que levam a sintomas de uma gestação. 8. Gravidez psicológica é uma condição da mulher moderna Mito. Hipócrates é creditado pelo primeiro relato, em 300 a.C. Já Mary Tudor, rainha da Inglaterra (1516- 1558), é um exemplo famoso, pois passou por dois episódios de gravidez psicológica. 3/3 9. Só mulheres em idade fértil e que nunca engravidaram sofrem do problema Mito. A idade média de uma mulher com gravidez fantasma é de 33 anos. Porém, há casos relatados em crianças e em mulheres mais velhas. Aproximadamente um terço das mulheres com pseudociese já engravidou ao menos uma vez, e mais de dois terços são casadas. Algumas culturas vinculam o valor de uma mulher à sua capacidade de conceber — e o número de casos de pseudociese é mais alto entre essas populações. Revisão técnica: João Roberto Resende Fernandes, Médico do Pronto Atendimento e Corpo Clínico e preceptor da Residência Médica de Clínica Médica do Hospital Israelita Albert Einstein. Compartilhe: Share Post Share Share Posts relacionados
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