Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1ºAula Formação do patrimônio das empresas Prezados(as) acadêmicos(as), Sejam bem-vindos(as) à disciplina de Contabilidade Societária I! Nesta nova etapa de nosso curso, iremos avançar no conteúdo da Contabilidade e nesta disciplina específica, estudaremos o Patrimônio a partir das contas de Ativo e sua relação com a Demonstração de Resultado do Exercício. Daremos ênfase especial às alterações produzidas pela Lei 11.638/2007, destacando as principais mudanças nas contas e nas demonstrações financeiras das entidades, trazendo nossa contabilidade ao cenário internacional. Este material produzido como guia de estudos específico para a disciplina de Contabilidade Societária I, terá sua conclusão na disciplina seguinte de Contabilidade IV, cujo conteúdo principal destas disciplinas é chamado de Contabilidade Geral. Desejo a todos(as) um bom estudo e que o sucesso profissional seja a consequência pela disposição na aplicação na vida estudantil de cada um de vocês. Bons estudos! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • analisar as situações patrimoniais possíveis, utilizando os conceitos para as ferramentas seguintes de contabilização dos fatos. • contabilizar fatos contábeis e extrair demonstrativos contábeis. • utilizar o Plano de Contas para a correta contabilização dos fatos e a classificação das contas patrimoniais e de resultado. 65 Contabilidade Societária I 6 1 - Capital social 2 - Distinção entre capital e patrimônio 3 - Situações líquidas do patrimônio Seções de estudo Curiosidade Podemos dizer ainda que uma empresa tem ou não capital de giro para aumentar o volume de vendas. “Capital de giro” é o recurso representado no ativo circulante da empresa, onde estão os recursos disponíveis. Dinheiro, créditos de clientes, saldos de aplicações, etc. Saber Mais Visualizando o quadro acima, podemos dizer que o Passivo representa Origens de Recursos e o ativo a Aplicação dos Recursos. No caso o Patrimônio Líquido representa RECURSOS PRÓPRIOS, pois pertence aos sócios ou acionistas, não sendo devido a terceiros. Pessoal, vamos lembrar alguns conceitos já estudados! 1 - Capital social A formação de um patrimônio inicia quando uma ou mais pessoas físicas, ou duas ou mais pessoas jurídicas, se unem para formar uma nova personalidade jurídica, a partir de um capital empregado no negócio. O Capital Social é a origem primeira do patrimônio de uma entidade e tanto pode ser integralizado em dinheiro como em bens. A destinação do Capital Social é denominada de aplicação de recursos. Um único Capital pode ser aplicado em vários destinos do patrimônio da empresa: Uma aplicação de capital em dinheiro no valor de R$ 100.000,00 representa a seguinte situação patrimonial na entidade: ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Disponibilidade Caixa.....................R$ 100.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social Capital Realizado.... R$ 100.000,00 Mais um exemplo, agora com um capital integralizado em moeda e em bens do Ativo Imobilizado: ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Disponibilidade Caixa....................R$ 50.000,00 Ativo Não Circulante Imobilizado Terreno..................R$ 20.000,00 Veículo.................R$ 30.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social Capital Realizado.....R$ 100.000,00 TOTAL DO ATIVO R$ 100.000,00 TOTAL DO PASSIVO R$ 100.000,00 Na próxima seção, iremos verificar a distinção existente entre capital e patrimônio. Vamos lá?! 2 - Distinção entre capital e patrimônio O vocábulo “capital” no senso comum, adquire um significado simplista de que alguém tem ou não “capital” para determinada situação. É comum alguém dizer: “Não tenho capital para investir e aumentar minha empresa”. Ele quer dizer que não tem recursos financeiros disponíveis na sua empresa. O Capital Social representa a entrada de recursos de sócios. Já o patrimônio é um conjunto mais complexo. Toda pessoa ou entidade pode não ter algum tipo de capital acima, mas pode ter um patrimônio. Conceito O patrimônio é a soma de um conjunto de bens e direitos deduzido das dívidas da entidade. Esta equação determina o “quantum” do patrimônio. Lembram? BENS E DIREITOS OBRIGAÇÕES E PATRIMONIO LÍQUIDO Vamos analisar o Balanço Patrimonial: ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Disponibilidade Caixa...................R$ 10.000,00 Clientes Dpl a Receber.....R$ 30.000,00 Ativo Não Circulante Imobilizado Veículo...............R$ 30.000,00 Móveis..............R$ 10.000,00 Máquinas..........R$ 20.000,00 TOTAL DO ATIVO R$ 100.000,00 Passivo Circulante Fornecedores Dpl. a Pagar........R$ 20.000,00 Empréstimos Bancos.................R$ 30.000,00 Patrimônio Líquido Capital Social Capital Realizado.......R$ 20.000,00 Reservas de Lucros...R$ 30.000,00 TOTAL DO PASSIVO R$ 100.000,00 Do quadro acima, podemos extrair as seguintes informações: 1 – Capital Social R$ 20.000,00 (Capital Realizado pelos sócios, dinheiro investido) 2 – Patrimônio da Entidade R$ 50.000,00 3 – Capital de Giro R$ 40.000,00 (Dinheiro e duplicatas a receber) 3 - Situações líquidas do patrimônio Notem que o conjunto denominado patrimônio: bens, direitos e obrigações, estabelece uma equação que resulta no que chamamos de situação líquida. 66 7 Retomando a aula Antes de encerrar a Aula 01, é importante que retomemos os conteúdos estudados: As situações líquidas podem ser positivas, negativas ou nulas: Positivas, quando o valor dos bens e direitos somados for maior que o valor das obrigações. Bens e direitos.......R$ 120.000,00 Obrigações..............R$ 80.000,00 Situação Líquida.....R$ 40.000,00 Negativas, quando o valor dos bens e direitos somados for inferior ao valor das obrigações, também chamado de passivo a descoberto. Bens e direitos.......R$ 120.000,00 Obrigações............R$ 150.000,00 Situação Líquida....R$ (30.000,00) Nulas, quando bens e direitos se igualam às obrigações. Bens e direitos.......R$ 120.000,00 Obrigações............R$ 120.000,00 Situação Líquida....R$ 0,00 Na contabilidade, nós chamamos essas situações líquidas de “Patrimônio Líquido”, quer dizer que a diferença entre bens e direitos (ativo), menos as obrigações (passivo), resulta no chamado Patrimônio Líquido. Chegamos, assim, ao final da primeira aula. Espero que agora tenha ficado mais claro o entendimento de vocês, em linhas gerais, sobre a formação do patrimônio das empresas. É fundamental que não fiquem com dúvidas sobre os conteúdos estudados. Caso ainda tenha questionamentos, ótimo: realizem novas pesquisas, acessem o ambiente virtual e interajam com seus colegas de curso e com seu professor! 1 - Capital Social Vimos, nesta seção, que o Capital Social é a origem primeira do patrimônio de uma entidade, composta por uma ou mais pessoas físicas ou duas ou mais pessoas jurídicas, e tanto pode ser integralizado em dinheiro como em bens. 2 - Distinção entre Capital e Patrimônio O Capital Social representa a entrada de recursos de sócios de dada entidade, enquanto que o patrimônio é a soma de um conjunto de bens e direitos deduzido das dívidas da entidade. 3 - Situações Líquidas do Patrimônio A diferença entre bens e direitos (ativo), menos as obrigações (passivo), resulta no chamado Patrimônio Líquido. A situação líquida, portanto, resulta de bens, direitos e obrigações, podendo ser positiva, negativa ou nula. Contabilidade Comercial: Atualizado conforme Lei 11638/07 e MP nº Vale a pena Vale a pena ler Academia Brasileira de Ciências Contábeis. Disponível em: <http://www.abcienciascontabeis.com.br/>. SÁ, Antonio Lopes de. Bases Conceituais da Teoria Neopatrimonialista. Disponível em: <http://lopesdesa.com. br> Acesso em: 31 mar. 2012. Demonstrações Contábeis. Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Disponível em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/ npc27.htm>. Vale a pena acessar virtual e realizar as atividades propostas para a Aula estudada. As “Sala Virtual – Atividades”.Após responder envie-as, procurando do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Net. Lembrem-se de que no Minhas anotações 449/08. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009. ______. Dicionário de termos de contabilidade. São Paulo: Atlas, 2001. OLIVEIRA, Alexandre Martins Silva de [et al]. Contabilidade Internacional: Gestão de Riscos, Governança Corporativa, Contabilização de Derivativos. São Paulo: Atlas, 2008. 67 Contabilidade Societária I 2º Aula Aspectos do patrimônio Nesta aula, para iniciar nossas reflexões, veremos alguns aspectos do patrimônio de uma entidade, que podem ser qualitativos e quantitativos. Do mesmo modo, estudaremos a função e o funcionamento das contas patrimoniais, o plano de contas e a sua estrutura funcional. Lembrem-se de que estaremos esperando suas sugestões para melhorar nossos recursos e técnicas didáticas utilizados no curso. Afinal, a construção de conhecimento é um trabalho de todos. Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • identificar o plano de contas e sua estrutura funcional. 68 9 1 - O patrimônio sob o aspecto qualitativo e quantitativo 2 - Função e funcionamento das contas 3 - Plano de contas e sua estrutura funcional Seções de estudo as recomendações postadas em atividades e no mural. Bons estudos! 1 - O patrimônio sob o aspecto qualitativo e quantitativo 3 - Plano de contas e sua estrutura 2 contas Dando prosseguimento ao nosso estudo sobre o Patrimônio, verificamos que o patrimônio de uma entidade envolve aspectos tanto qualitativos quanto quantitativos. Aumentativa Variação patrimonial Qualitativa Quantitativa Diminutiva Veremos abaixo as particularidades de cada um destes aspectos variantes: • Qualitativo classificação contábil ao patrimônio, isto é, a qualificação dos itens do patrimônio, conforme um plano de contas. • Quantitativo itens do patrimônio com “valor” monetário. A contabilidade só atinge sua função plena se o patrimônio, além de qualificado corretamente, seja também avaliado quantitativamente. No aspecto quantitativo, por exemplo, a conta estoques representada no balanço patrimonial leva em consideração o valor em moeda, já as quantidades de mercadorias são controladas por sistemas paralelos à contabilidade. Assim, as variações quantitativas derivam de movimentações que aumentam ou diminuem o patrimônio líquido e subdivide-se em: o patrimônio líquido. Para que o Patrimônio de uma entidade seja demonstrado de forma correta e que atinja os objetivos, que é a informação aos usuários internos e externos, os componentes patrimoniais são classificados por “contas”. As contas obedecem uma classificação importante, sendo para os itens do ativo, primeiramente as contas com rápida conversibilidade em dinheiro e, para o passivo, primeiramente, as contas de maior grau de exigibilidade. 2.1 - O grau de conversibilidade Na Demonstração do Resultado do Exercício, o critério é para uma demonstração vertical, onde os itens positivos, de receita, vêm em primeiro lugar, depois suas deduções, custos e despesas. Visualizando o plano de contas, podem observar que no ativo temos grupos de contas na ordem: Notem que contas como caixa, bancos, duplicatas a receber, entre outras, são colocadas em primeiro plano pela sua conversibilidade em dinheiro, e assim por diante. 2.2 – O grau de exigibilidade Já no passivo, observem que contas como fornecedores, impostos a recolher, salários, encargos e empréstimos são evidenciados no passivo circulante, como sendo as contas de maior exigibilidade para a entidade. Fonte: <http:// Essa compreensão é muito importante neste momento de estudo, análises de balanço, por exemplo. Cada entidade, conforme a sua atividade, elabora um plano de contas, que atenda suas necessidades e de acordo com aquilo que os usuários da contabilidade elegem como prioridade para sua informação. Existem modelos diversos publicados e o que vamos usar para esta aula é o plano de contas que está no Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações. Para quem estuda Contabilidade, é importante ter contato com o plano de contas sistematicamente, uma vez que por meio de seu uso e manuseio o estudante consegue visualizar melhor o patrimônio de uma entidade. O Plano de contas é dividido em três grandes grupos: • Demonstração do Resultado do Exercício. Cada grupo possui diferentes subgrupos e subdivisões que chamamos de contas sintéticas. Já as contas que recebem os lançamentos são chamadas de contas analíticas. 3.1 de contas Querem um exemplo? Vejam na próxima subseção o modelo de plano de contas. 69 Contabilidade Societária I 10 A seguir demonstramos um modelo de Plano de Contas simplificado, já atualizado, de acordo com a Nova Lei das S/A. MODELO SIMPLIFICADO DE PLANO DE CONTAS ATUALIZADO COM A LEI Nº 11.638/07 E MP 449/08. 1. ATIVO 1.1 Circulante 1.1.01 Disponível 1.1.01.01 Caixa 1.1.01.01.01 Caixa pequenas despesas 1.1.01.02 Banco conta movimento 1.1.01.02.01 Banco do Brasil S/A. 1.1.01.02.02 Banco Itaú S/A. 1.1.01.02.03 Bradesco 1.1.01.03.01 Banco do Brasil S/A. 1.1.01.03.02 Banco Itaú S/A. 1.1.01.03.03 Bradesco S/A. 1.1.02 Clientes 1.1.02.01 Cliente X 1.1.02.02 Cliente Y 1.1.03 Duplicatas a receber 1.1.04 (-) Duplicatas descontadas 1.1.05 (-) Provisão p/ devedores duvidosos 1.1.07 Adiantamento a empregados 1.1.08 Títulos a receber 1.1.08.01 Nota promissória a receber 1.1.09 Impostos diversos a compensar 1.1.09.01 ICMS a recuperar 1.1.09.02 IPI a recuperar 1.1.09.03 IRRF a recuperar 1.1.09.04 CSLL a recuperar 1.1.09.05 PIS a recuperar 1.1.09.06 INSS a recuperar 1.1.09.07 COFINS a recuperar 1.1.09.08 Outros tributos a recuperar 1.1.10 Estoques 1.1.10.01 Mercadorias para Revenda 1.1.10.02 Produtos em elaboração 1.1.10.03 Matéria prima 1.1.10.04 Material de embalagem 1.1.10.05 Materiais de Uso/Consumo 1.1.11 Títulos e valores mobiliários 1.1.12 Despesas antecipadas 1.1.12.01 Juros s/ empréstimo de capital de giro 1.1.12.04 Seguros 1.1.12.05 Vale transporte 1.1.12.06 Outras 1.2 Não Circulante 1.2.01 Realizável a longo prazo 1.2.01.01 Aplicações em Incentivos Fiscais 1.2.02 Investimentos 1.2.02.01 Participação empresas ações diversas 1.2.02.02 Outros investimentos 1.2.03 Imobilizado 1.2.03.01 Terrenos 1.2.03.02 Móveis e utensílios 1.2.03.03 (-) Depreciação móveis e utensílios 1.2.03.04 Instalações 1.2.03.05 (-) Depreciação instalações 1.2.03.09 (-) Depreciação Computadores 1.2.03.10 Veículos 1.2.03.11 (-) Depreciação veículos 1.2.03.12 Imóveis 1.2.03.13 (-) Depreciações Imóveis 1.2.04 Intangíveis 1.2.04.01 Marcas e Patentes 1.2.04.02 (-) Amortização Marcas e patentes 1.2.04.03 Pesquisa e desenvolvimento 1.2.04.04 (-) Amortização Pesquisas e desenvolvimento 1.2.04.05 Direitos autorais 1.2.04.06 (-) Amortização sobre direitos autorais 2. PASSIVO 2.1 Circulante 2.1.01 Salários a pagar 2.1.02 Fornecedores 2.1.03 Duplicatas a pagar 2.1.05 Imposto a pagar / recolher 2.1.06 Títulos a pagar 2.1.07 Encargos Sociais a Recolher 2.1.08 Outros Títulos a Pagar 2.1.09 Aluguéis a pagar 2.1.10 Água e Luz a pagar 2.1.11 Dividendos Propostos a Pagar 2.2 Não Circulante 2.2.01 Exigível a Longo Prazo 2.2.01.01 Promissórias a Pagar de Longo Prazo 2.3 Patrimônio líquido 2.3.01 Capital Social 2.3.01.01 Capital Subscrito 2.3.01.02 (-) Capital a Integralizar 2.3.02 Reserva de capital 2.3.02.02 Ágio na emissão de ações 2.3.03 Reservas de Reavaliação (saldos de 2007) 2.3.04 Ajustes de Avaliação Patrimonial 2.3.05 Reservas de Lucros 2.3.05.01 Reserva Legal 2.3.05.02 Reserva Estatutária 2.3.05.03 Reserva para Contingências 2.3.05.04 Reserva de Incentivos Fiscais 2.3.05.05 Reserva de Retenção de Lucros 2.3.05.06 Reserva de Lucros a Realizar 2.3.05.07 Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios Não Distribuídos 2.3.06 (-) Ações em Tesouraria 2.3.07 (-) Prejuízos Acumulados 2.3.07.01 Lucros do exercício 2.3.07.02 (-) Prejuízos do exercício 70 11 3. DESPESAS 3.1 Custos diretos da produção 3.1.01 Custos dos produtos vendidos3.1.01.01 CMV 3.2 Despesas Operacionais 3.2.01 Despesas Administrativas 3.2.01.01 13º Salário 3.2.01.02 Adicional noturno 3.2.01.03 Água / Esgoto 3.2.01.04 Alimentação 3.2.01.05 Aluguéis e arrendamento 3.2.01.06 Assistência médica/social 3.2.01.07 Associação de classe 3.2.01.08 Contribuição/donativos 3.2.01.09 Correios 3.2.01.10 Depreciação/Amortização 3.2.01.11 Despesas com manutenção da loja 3.2.01.12 Farmácia 3.2.01.13 Férias 3.2.01.14 FGTS 3.2.01.15 Gás 3.2.01.16 Horas extras 3.2.01.17 Impostos e taxas 3.2.01.18 Impressos 3.2.01.19 Indenizações/aviso prévio 3.2.01.20 INSS 3.2.01.21 Legais e judiciais 3.2.01.22 Luz 3.2.01.23 Materiais de consumo 3.2.01.24 Multas de trânsito 3.2.01.26 Pró labore administração 3.2.01.27 Propaganda e publicidade 3.2.01.28 Reproduções 3.2.01.29 Revistas e jornais 3.2.01.30 Salários e ordenados 3.2.01.31 Seguros 3.2.01.33 Serviço terceiros pessoa jurídica 3.2.01.35 Vale transporte 3.2.01.36 Viagens e representações 3.2.02 Despesas Comerciais 3.2.02.01 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa 3.2.02.02 Amostra grátis 3.2.02.03 Combustível 3.2.02.04 Comissões de venda 3.2.02.05 Embalagens 3.2.02.06 Fretes na entrega 3.2.02.07 Impostos s/ veículos 3.2.02.08 Manutenção de veículos 3.2.02.09 Propaganda e publicidade 3.2.03.01 Encargos e Juros de Mora 3.2.03.02 Despesas Bancárias 3.2.03.03 CPMF 3.3 Despesas não operacionais Ativos Receitas Despesas Passivos 4. RECEITA 4.1 Receita bruta s/ vendas e serviços 4.1.01 Receita bruta de venda 4.1.01.01 Revenda de mercadorias 4.1.02 Receita bruta de serviços 4.1.02.01 Prestação de serviços 4.2 Dedução de receita bruta vendas/serviços 4.2.01 Dedução de receita bruta de vendas 4.2.01.01 Cancelamento de devoluções 4.2.01.02 Abatimento incondicional 4.2.01.03 ICMS 4.2.01.04 COFINS 4.2.01.05 PIS s/ vendas e serviços 4.2.02 Dedução de receita bruta s/ serviços 4.2.02.01 ISS 4.3 Receita operacional 4.3.01.01 Variação monetária ativa 4.3.01.03 Descontos obtidos 4.3.01.05 Multas ativas 4.3.01.06 Dividendos 4.3.01.07 Juros s/ duplicatas 4.3.02 Recuperações diversas 4.3.02.01 Reembolsos diversos 4.3.02.04 Venda de sucatas 4.3.03 Receitas patrimoniais 4.3.03.01 Resultado da venda de bens 4.4 Receita de Participações Societária 4.4.01 Receita em Participações com Empresa Coligadas 4.4.01.01 Receita de Participações Societária 4.5 Outras Receitas não operacionais mais claro o entendimento de vocês quanto aos aspectos qualitativos e 71 Contabilidade Societária I 12 quantitativos do patrimônio e os demais assuntos tratados nesta aula. Agora, vamos rever resumidamente o que estudamos em cada seção. conhecimentos. Retomando a aula Para encerrar a Aula 02, convido vocês a recordarem o que estudamos até aqui: 1 – O Patrimônio Sob o Aspecto Qualitativo e Quantitativo Nesta seção, vimos que o patrimônio de uma entidade envolve aspectos qualitativos e quantitativos. Os qualitativos qualificam corretamente os itens do patrimônio, conforme um plano de contas. Já os quantitativos avaliam e mensuram os itens do patrimônio com “valor” monetário. 2 - Função e Funcionamento das Contas O Patrimônio de uma entidade precisa ser demonstrado de forma correta para atingir os objetivos, que é a informação aos usuários internos e externos. Os componentes patrimoniais são classificados por “contas”, as quais são classificadas para os itens do ativo, quando possuem grau de conversibilidade e para o passivo, quanto ao grau de exigibilidade. 3 - Plano de Contas e Sua Estrutura Funcional O Plano de contas é dividido em três grandes grupos: o Ativo, Passivo e Demonstração do Resultado do Exercício. Cada grupo possui diferentes subgrupos e subdivisões que chamamos de contas sintéticas, e as contas que recebem os lançamentos são chamadas de contas analíticas. CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia Contábil e Comercial Brasileira. 29. ed. São Paulo: Cetec, 2004. OLIVEIRA. Edson. Contabilidade informatizada: Teoria e Prática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006. SÁ, Antônio L. Princípios fundamentais de contabilidade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. Conselho Federal de Contabilidade. Resoluções e Pronunciamentos. Brasília: Disponível em: <http://www. cfc.org.br/>. Escrituração Contábil. Disponível em: <http://www.nfe. fazenda.gov.br>. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar Revista Brasileira de Contabilidade. Disponível em: <http:// Minhas anotações 72 3ºAula Balanço patrimonial Nesta aula, conheceremos um pouco mais sobre a importância do balanço patrimonial. Também estudaremos sobre algumas das alterações ocorridas na Lei das S/A e os ativos circulante e não circulantes, de curto e de longo prazo, a Demonstração do Resultado do Exercício. Lembrem-se que é importante ter em mente que o sucesso em um curso depende de sua participação, ou seja, durante o estudo, acessem e interajam no ambiente virtual. Estarei esperando a participação de vocês! Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • entender sobre o débito e crédito para a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). • identificar as contas específicas e suas variações no patrimônio. • definir as alterações da Lei das S/A. 73 Contabilidade Societária I 14 1 - Importância do balanço patrimonial 2 - Alterações da Lei das S/A 3 - Ativos: curto e longo prazo Seções de estudo 1 - Importância do balanço patrimonial Nesta aula, estaremos estudando contas específicas e suas variações, as quais sempre resultarão em mutações do patrimônio, por meio de resultados positivos ou negativos. Imóveis Fundos mútos Veículos Hipoteca Ativos Passivos Empréstimos Ações Títulos Cada exercício culminará com a elaboração de um novo balanço Patrimonial e uma nova Demonstração do Resultado do Exercício. Por isso, o plano de contas é fundamental, para a correta classificação das contas e para que as demonstrações contábeis reflitam a realidade do patrimônio de uma entidade. Visualização da Demonstração do Resultado do Exercício: DRE Receita Bruta de Vendas e Serviços (-) Impostos sobre as vendas (-) Devoluções (-) Vendas canceladas = Receita Líquida de Vendas (-) Custo da Mercadoria Vendida = Lucro Bruto (-) Despesas Administrativas e operacionais (-) Despesas não operacionais (+) Receitas não operacionais = Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR) (-) Provisões para IRPJ e CSLL = Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício Observem que a DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) é uma demonstração vertical, e também uma demonstração dinâmica, visto que está sempre em constante mutação pela atividade da empresa, contemplando as vendas, custos e despesas. O entendimento débito e crédito para a DRE deverá ser memorizado a partir da equação patrimonial, pois na DRE as receitas são aumento de patrimônio (Lucro) e os custos e despesas representam redução de patrimônio (Prejuízo), sendo assim, o Resultado do Exercício irá para o Patrimônio Líquido no Balanço Patrimonial. 1.1 - Balanço patrimonial Conceito Balanço Patrimonial é uma demonstração estática, isto é, uma espécie de inventário em determinado momento, onde avaliamos o patrimônio da entidade. Já a Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dinâmica da movimentação de mercadorias ou serviços, que nos leva a um resultado das atividades da empresa. Abaixo, podemos visualizar um modelo de Balanço Patrimonial: BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Disponível Clientes Outros Créditos Estoques Despesas Antecipadas Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo Investimentos Imobilizado Intangível Passivo Circulante Empréstimos e Financiamentos Debêntures Fornecedores Obrigações Fiscais Outras Obrigações e contas a pagar Passivo Não Circulante Empréstimos e Financiamentos Outras obrigações de Longo Prazo Patrimônio Líquido Capital Social Reservas de Capital Reservas de Lucros Lucros a Realizar BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Bens e Direitos Itens Positivosdo Patrimônio Contas Devedoras Aplicação dos Recursos Débito na conta aumenta o saldo Crédito na conta reduz o saldo Obrigações / Capital de Terceiros Itens Negativos do Patrimônio Contas Credoras Origem dos Recursos Crédito na conta aumenta o saldo Débito na conta reduz o saldo Patrimônio Líquido / Capital Próprio Lucro vindo da DRE Aumenta P.L. Prejuízo vindo da DRE reduz P.L. Resumindo DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO DESPESAS RECEITAS Despesas e Custos Contas devedoras Redução de Patrimônio = Prejuízo Redução de ativos (saída de caixa) Aplicação de recursos (Prejuízo) Receitas e recuperação de despesas Contas Credoras Aumento de Patrimônio = Lucro Aumento de ativos (entradas caixa) Origem de recursos (Lucro) 74 15 Então, tudo tranquilo até aqui?! Vamos conhecer um pouco mais sobre as alterações que aconteceram na Lei das S/A na próxima seção?! 2 - Alterações da lei das S/A. As alterações produzidas pela Lei 11.638/07 já estão contempladas nas demonstrações, demonstradas nos quadros acima, onde destacamos as principais mudanças, as quais serão objeto de estudo em cada aula. Você Sabia A Lei Nº 11.638, de 28.12.2007, altera e revoga dispositivos da Lei Nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas 2.1 – Ativos: circulante e não circulante No Ativo, foi extinto o grupo Ativo Realizável à Longo Prazo, ficando dividido em Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. Foi também inserido no Ativo Não Circulante o sub-grupo INTANGÍVEL, que contemplará contas de direitos como: Marcas e Patentes, Fundo de Comércio, Gastos com Pesquisas e Reorganizações, entre outras. 2.1.1 - Ativo Circulante No Ativo Circulante, devem ser classificadas as contas de movimentação que representam valores, estoques, contas a receber e créditos de curto prazo, obedecendo ao grau de conversibilidade em moeda. 2.1.2 - Ativo Não Circulante A classificação neste grupo será de contas cujos créditos e direitos de Longo Prazo e os bens fixos a serviço da empresa. Na próxima seção, veremos sobre as alterações ocorridas nos ativos de curto e nos ativos de longo prazo. 3 - Ativos: curto e longo prazo 3.1 - Ativos de Curto Prazo Ativos de Curto Prazo são direitos recebíveis no período compreendido da data do balanço dentro dos próximos 12 meses. De acordo com a Lei 6.404/76, os valores a receber dentro do exercício social seguinte serão classificados no circulante, o que representa um período de 12 meses. Você Sabia? Hoje, os balanços são publicados mensalmente, trimestralmente ou semestralmente, sendo assim, a contar da data do balanço, o período subsequente de 12 meses representa o circulante. 3.1.2 - Ativos de Longo Prazo Os valores a receber no período subsequente aos 12 meses, serão classificados no Longo Prazo ou Ativo Não circulante. EXEMPLO: Venda a prazo de mercadorias no valor de R$ 30.000,00 para recebimento em 20 meses: 12.000,00 Não Circulante 3.2 demonstrações contábeis Ainda no Ativo Não Circulante, os valores das contas do sub-grupo Diferido, serão congeladas até sua total amortização, visto que as contas deste grupo serão classificadas no Intangível. Atenção as empresas possuem ativos que muitas vezes não eram contabilizados, pois pela sua característica “incorpórea” ou “abstrata”. Exemplo destes ativos Imóveis de Terceiros, Direitos Contratuais, entre outros. No grupo Patrimônio Líquido, houveram importantes modificações, sendo excluída a conta de Lucros Acumulados, os quais deverão ser distribuídos em forma de reservas, dividendos ou aumento de capital. No mesmo grupo, aparece a conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, a qual vem substituir a Reserva de Reavaliação. No decorrer de nossa disciplina, todas estas alterações serão objeto de estudos nas respectivas contas. Por isso, o plano de contas desta aula é importante para sua memorização da classificação das contas. Saber Mais O livro base para este estudo é o Manual de Contabilidade das conhecimentos contábeis deve adquirir. Como estamos indo? Espero que o conteúdo esteja sendo entendido. Retomando a aula 75 Contabilidade Societária I 16 1- Importância do Balanço Patrimonial Nesta seção, vimos que o Balanço Patrimonial é uma demonstração estática, isto é, uma espécie de inventário em determinado momento, onde avaliamos o patrimônio da entidade. Já a Demonstração do Resultado do Exercício é uma demonstração dinâmica da movimentação de mercadorias ou serviços, que nos leva a um resultado das atividades da empresa. 2 - Alterações da Lei das S/A No Ativo Circulante são classificadas as contas de movimentação que representam valores, estoques, contas a receber e créditos de curto prazo, obedecendo ao grau de conversibilidade em moeda. Já no Ativo Não Circulante, a classificação são de contas cujos créditos e direitos de Longo Prazo e os bens fixos a serviço da empresa. 3 - Ativo: Curto e Longo Prazo Hoje, os balanços são publicados mensalmente, trimestralmente ou semestralmente. Por isso, a contar da data do balanço, o período subsequente de 12 meses representa o ativo circulante. No Ativo Circulante, são classificadas as contas de movimentação que representam valores, estoques, contas a receber e créditos de curto prazo, obedecendo ao grau de conversibilidade em moeda. Já no Ativo Não Circulante são classificadas as contas cujos créditos e direitos de Longo Prazo e os bens fixos a serviço da empresa. ASSAF, Neto Alexandre. Estrutura e análise de balanços: um enfoque econômico-financeiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2010. FIPECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (Aplicável às Demais Sociedades). 7. ed. São Paulo : Atlas, 2007. Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária: Lei Nº 11.638, De 28-12-2007. São Paulo: Atlas, 2008. BRASIL. Lei Nº 11.638, de 28.12.2007. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2007/lei/l11638.htm> Acesso em: 17 mar. 2012. Conselho Federal de Contabilidade Brasileiras de Contabilidade. Brasília, 2004. Disponível em: <http://www.cfc.org.br>. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar HENRIQUES, Juliana Mancini. Sociedade Anônima: é possível a negociação com suas próprias ações? Disponível em: < http://www.migalhas.com.br/ dePeso/16,MI85447,51045-Sociedade+Anonima+e+poss ivel+a+negociacao+com+suas+proprias+acoes>. Acesso em: 24 mar. 2012. Minhas anotações 76 4ºAula Ativo circulante Prezados(as) acadêmicos(as), sejam bem-vindos(as) à nossa quarta aula! Estudaremos, agora, as contas que compõe o Ativo de uma Entidade, isto é, o conjunto de bens e direitos de uma empresa. Investigaremos a respeito do Ativo Circulante e seus critérios de avaliação, bem como o ativo o Ativo Circulante disponível e em relação às duplicatas e sua respectiva contabilização. Mas antes, vamos verificar quais são os objetivos e quais as seções que serão desenvolvidas ao longo desta aula. Bom trabalho! Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conceituar as contas do Ativo e definir sua classificação quanto aos grupos de Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. • contabilizar fatos utilizando-se do plano de contas e avaliando contas de Ativo. • utilizar o Plano de Contas para a correta contabilização dos fatos e a das contas patrimoniais e de resultado. 77 Contabilidade Societária I 18 1 - Ativo circulante 2 - Critérios de avaliação do ativo circulante 3 - Ativo circulante: disponível 4 - Ativo circulante: duplicatas Seções de estudo 1 - Ativo circulante Ativo Circulante é o primeiro grupo de contas do Ativo. A recomendação legal de que os bens e direitos sejam classificados no Ativo na ordem do grau de liquidez decrescente faz com que, no Ativo Circulante, estejam posicionados, após o disponível, os itens que se converterão em dinheiro mais rapidamente (até o final do exercício subsequente). Há outrasdenominações do Ativo Circulante. Os sinônimos encontrados para Ativo Circulante na literatura contábil definem, de certa forma, o que ele representa, senão vejamos: • Capital de Trabalho: é com o Ativo Circulante que o administrador trabalha para produzir riquezas, atendendo ao objeto social da empresa. • Capital de Giro: É o Ativo Circulante que o administrador movimenta, procurando girar mais rapidamente possível, com o objetivo de melhorar a rentabilidade. • Ativo Corrente: É o Ativo Circulante que corre, gira e trabalha para trazer benefícios a empresa. O • Capital Circulante: É o Ativo Circulante que assume dentro de um ciclo diversas formas, iniciando-se como dinheiro, transformando-se em mercadorias, posteriormente em duplicatas e, novamente, em dinheiro (no resgate das duplicatas). 1.1 - Componentes do Ativo Circulante Quadro 4.1 – Elementos do Ativo Despesas antecipadas Investimentos Imobilizado Clientes Outros créditos Disponibilidades Estoques ativo Circulante Realizável a longo prazo Permanente Os valores classificáveis no Ativo Circulante são: • Caixa • Depósito Bancário a Vista (Bancos conta Movimento) • Aplicações Financeiras Bens e Direitos Realizáveis a Curto Prazo (no curso do exercício social seguinte, ou no período compreendido até 12 meses da data de publicação do Balanço): • Duplicatas a Receber • Estoques 2 - Critérios de avaliação do ativo circulante A avaliação do Ativo Circulante, assim como a dos outros Ativos, está sujeita aos preceitos estabelecidos na Lei das Sociedades por Ações, como também aos princípios básicos de contabilidade. Atenção No Ativo Circulante, o critério exposto tanto pela lei como pela Teoria da Contabilidade é “Valor de Custo ou Mercado, o mais baixo”. Veremos a avaliação dos estoques, ativos onde este critério se aplica com muita frequência. Todos os itens do Ativo são registrados por seu valor de custo, seja ele custo de aquisição como base de valor. Se o valor de mercado (preço de compra) todavia, for menor que o preço de custo, deverá prevalecer o preço de mercado. Ressalte-se que essa possibilidade é bastante remota em uma economia essencialmente inflacionária. Essa regra encontra respaldo no Conservadorismo, onde está contida a premissa de que a Contabilidade nunca deve antecipar lucro, e sim prejuízo (sempre que possível). 2.1 Contábeis São recursos da empresa para fazer frente a seus compromissos imediatos ou para qualquer outra aplicação relativa à sua atividade. Suas principais características são a de serem “a vista”, isto é, trata-se de dinheiro em mãos, ou de depósito bancário sacável a vista, ou de outras aplicações consideradas a vista. O disponível é composto dos itens: Caixa, Bancos, Conta Movimento e Aplicações Financeiras diárias. 3 – Ativo circulante: disponível Pelo elevado grau de conversibilidade em moeda corrente, as contas a seguir, são Elas representam a moeda em espécie e que está disponível para uso imediato pela empresa, sem necessidade de conversão, troca ou qualquer outro meio para seu uso. As contas que representam os recursos disponíveis são: Caixa: Representa dinheiro à disposição da empresa. Esse item • Investimentos Temporários • Outros Valores Aplicação de Recursos em Despesas do Exercício Seguinte (Despesas Antecipadas): • Seguros • Despesas Financeiras • Material de Escritório etc. 78 19 4 – Ativo circulante: duplicatas As duplicatas originam-se de vendas de mercadorias/ produtos ou prestação de serviços a prazo para seus clientes (por isso alguns contadores denominam essa conta de clientes). A duplicata é um comprovante de dívida do cliente com a empresa. Dá o direito à empresa cobrar seus clientes no vencimento do prazo de faturamento. A conta Duplicatas a Receber corresponde às duplicatas emitidas e ainda não liquidadas. 4.1 - Duplicatas Descontadas Outro fato que deve ser considerado como conta retificadora (subtrativa de Duplicatas a Receber) é o desconto de duplicatas. A duplicata é cedida ao Banco (ou a outra Instituição Financeira) pela empresa por meio de um endosso no verso da duplicata. O Banco por sua vez, antecipa à empresa o valor registrado na duplicata menos os juros. Portanto, a quantia em dinheiro que a empresa recebe na negociação da duplicata já sofreu desconto dos juros (por isso se denomina Duplicatas Descontadas). Poderia surgir uma questão natural: “mas eu vendi (negociei) uma duplicata recebendo dinheiro em troca, por que essa duplicata deve aparecer no Balanço Patrimonial?” A empresa que desconta a duplicata é co-responsável perante o Banco se seu cliente não liquidar, no vencimento, a duplicata junto ao Banco. Em outras palavras a empresa reembolsa ao Banco o montante da duplicata no caso de inadimplemento de seu cliente. 4.2 - Exemplo de Contabilização Venda a prazo de mercadorias ao cliente Zé Pereira, no valor de R$ 10.000,00: Valor venda a prazo.........R$ 10.000,00 Banco, cujo valor líquido recebido foi de R$ 9.000,00: Atenção Neste momento, na demonstração do Balanço, teremos a seguinte situação: ATIVO pode incluir, também, “cheques em mãos”, não depositados ainda, porém recebíveis imediatamente. Outros valores, como cheques a Receber ou Adiantamentos e Créditos não devem figurar indevidamente no saldo de caixa. Depósitos Bancários à Vista: (Bancos Conta Movimento) São depósitos efetuados em conta bancária na qual a empresa pode, geralmente com cheque, movimentar livremente o dinheiro depositado. A conta Banco conta Movimento, em nossos dias, é primordial, pois as instituições financeiras exigem das empresas certa reciprocidade para conceder crédito. Essa reciprocidade é, fundamentalmente, manter uma conta corrente com um “razoável” saldo no banco comercial. Assim, temos o propalado saldo médio, ou seja, a média aritmética dos saldos diários mantida no banco comercial pela empresa, sua cliente. O controle dos depósitos em bancos pode ser feito de forma extracontábil de muitas maneiras. Uma delas, usada mais por pessoa física, é o controle no canhoto dos cheques. Tal controle é precário e tende a tumultuar-se, quando o volume de movimentação cresce. O controle contábil é feito por meio da conta Bancos. Esse controle é dos mais perfeitos e, mantido atualizado, dispensa qualquer controle extracontábil. A conferência, sempre necessária, é feita por meio de conciliações bancárias. São aplicações de liquidez imediata, ou seja, aplicações em títulos, para poucos dias, que podem ser vendidos (transformados em dinheiro) a qualquer momento. Normalmente, são feitas por meio de bancos, mas há várias opções. O controle pode ser feito pelos comprovantes fornecidos pelos corretores, e devidamente contabilizados: são as notas de corretagem e recibos (de recebimento ou de pagamento). Posteriormente, esse controle pode ser conferido com os extratos fornecidos pelos corretores, á semelhança do que ocorre com a conciliação bancária. 79 Contabilidade Societária I 20 Ativo Circulante Disponível Banco conta Movimento R$ 9.000,00 Clientes Dpl. Rec. Zé Pereira R$ 10.000,00 (-) Dpl. Descontada R$ (10.000,00) Vejam que o saldo da conta “Clientes” é zero, pois o valor que o cliente devia, já foi recebido, porém, como já comentado anteriormente, enquanto não ocorre o pagamento por parte do cliente no Banco, devemos manter a informação conforme ali disposto. Num passo seguinte, vamos imaginar que o cliente pagou esta duplicata junto ao Banco, que é a operação natural. Neste caso, o banco informa à empresa que efetuou o desconto da duplicata, através de um documento, que pode ser chamado de “Aviso Bancário” de quitação de duplicatas descontadas, variando essa nomenclatura no meio bancário. do cliente Zé Pereira: Aviso de quitação Dpl. Desc. Zé Pereira.....R$ 10.000,00 no prazo, o Banco poderá reembolsar este valor da empresa que efetuou o desconto, vai sair dinheiro da sua conta bancária. Valor debitado emc/c Dpl. Não paga.........R$ 10.000,00 Atenção: O Banco poderá ainda cobrar os juros de mora pelo não pagamento no prazo, com isso a empresa, que já teve os R$ 1.000,00 descontados inicialmente, terá mais despesa por conta da inadimplência do cliente. Notem que neste caso, a conta Duplicatas a Receber, continuará em aberto, pois a empresa agora cobrará diretamente do cliente, com juros é claro. Chegamos, assim, ao final da quarta. Espero que agora tenha ficado claro o entendimento de vocês sobre os vários aspectos do Ativo Circulante. ou “quadro de avisos”. Já estamos no ambiente virtual esperando sua participação. Retomando a aula Para encerrar a Aula 04, vamos recordar os temas que 1 - Ativo Circulante Nesta seção, vimos que Ativo Circulante e Ativo de curto prazo são sinônimos, demonstrando que são bens de rápida rotatividade na empresa, representando o capital de giro. Ativo Não Circulante e Ativos de longo prazo, caracterizam- se pelo prazo e pelo objetivo de uso, como exemplo os bens fixos. O Ativo Circulante é também chamado de: Capital de 2 - Critérios de Avaliação do Ativo Circulante Note que no Ativo Circulante, o critério exposto tanto pela lei como pela Teoria da Contabilidade é “Valor de Custo ou Mercado, o mais baixo”. Todos os itens do Ativo são registrados por seu valor de custo, seja ele custo de aquisição ou custo de fabricação 3 - Ativo Circulante: Disponível espécie e que está disponível para uso imediato pela empresa, sem necessidade de conversão, troca ou qualquer outro meio para seu uso. As contas que representam os recursos disponíveis são: 4 - Ativo Circulante: Duplicatas As duplicatas provêm de vendas de mercadorias/produtos ou prestação de serviços a prazo para seus clientes, ou seja, é um comprovante de dívida do cliente com a empresa, dando o direito à empresa cobrar seus clientes no vencimento do prazo de faturamento. ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: um enfoque econômico-financeiro. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2002. Gestão financeira das empresas: um modelo dinâmico. Rio de janeiro: Qualitimark, 1999. Resende. Mudanças nas Demonstrações Contábeis. São Paulo: Saraiva, 2003. Instituto dos Auditores Independentes do Brasil - Disponível em: <www.ibracon.com.br/> Acesso em: 28 mar. 2012. Revista Brasileira de Contabilidade - CFC. Disponível em: Serviço Brasileiro de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas SEBRAE. Pesquisas. Disponível em: <http://www.sebrae. gov.br> Acesso em: 31 mar. 2004. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar 80 5ºAula Estoque, investimentos e despesas Caros(as) acadêmicos(as), Vamos para mais uma etapa da nossa disciplina. Nesta aula, trataremos a respeito de características do estoque, de investimentos, despesas e da contabilização das principais contas do Ativo Circulante. Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • conhecer as aplicações de recursos em despesas e contabilizar as principais contas do Ativo Circulante. 81 Contabilidade Societária I 22 1 - Estoques 2 - Investimentos temporários 3 - Despesas do exercício seguinte Seções de estudo 1 – Estoques 3 - Despesas do exercício seguinte Para uma empresa comercial, Estoque significa o conjunto de mercadorias à disposição de vendas. Para uma Empresa industrial, Estoque significa a Matéria Prima adquirida, estando ela em transformação (está à disposição para acabamento) ou já acabada (transformada). Entradas: • Compras • Dev. clientes • Outras entradas Saídas: • Compras • Dev. clientes • Outras saídas Estoque de terceiros Reserva de estoque Contas a receber Contas a pagar Estoques pendentes Compras da empresa Vendasestoque Para uma empresa de serviços, Estoque significa o material de consumo disponível e necessário para o desempenho eficaz de sua atividade. Portanto, esses estoques não se destinam à venda, mas são consumidos na prestação de serviços. Atenção apuração do Custo da Mercadoria Vendida e as demais contabilizações 2 – Investimentos temporários O critério de classificação dos Investimentos, em temporários, permanente, longo prazo ou disponível, está ligado à intenção que animou a aplicação. É a intenção que vai determinar o tipo de Investimento e a classificação adequada. O tipo de Investimento não difere daquele do Disponível nem do Longo Prazo, pois podem ser: • Certificado de Depósito Bancário (CDB). • Letras de Câmbio etc. Só são classificáveis no Curto Prazo (circulante) os títulos cujo resgate seja realizável dentro do exercício subsequente, ou num prazo inferior a doze meses da data de publicação do Balanço. Essa possibilidade é determinada pelas peculiaridades do mercado de capitais e, muitas vezes, o resgate é viável, independentemente do vencimento, por meio do mecanismo de deságio, que é um desconto no valor nominal resgatado ou negociado antes do vencimento. Essas peculiaridades precisam ser conhecidas para bem classificar os títulos e também avaliá-los. Para tanto, é conveniente obter um parecer do corretor ou uma publicação especializada que fundamente os critérios adotados na data do Balanço. Os investimentos temporários também são avaliados pelo custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor. Na hipótese de o valor de mercado ser menor, eles deverão ser reduzidos ao valor de mercado pela constituição de uma Provisão para Redução ao Valor de Mercado. Essa Provisão deve ser destacada como conta redutora do Investimento nos moldes da Provisão para Ajuste de Estoque. Outros Valores a Receber: São Valores a Receber, oriundos de aplicações necessárias, e não Curto Prazo. Empréstimos etc.). Adiantamentos para Viagens, Adiantamentos para Fornecedores etc. 3.1 - Despesas antecipadas As despesas antecipadas são aplicações de recursos que permitirão desfrutar de um benefício no próximo exercício e que, pelo princípio de confrontação, devem ser apropriadas no exercício do benefício, independentemente da época do pagamento. Muitas vezes, é usada também a expressão Despesas Diferidas, com a qual não concordamos, devido a semelhança com a expressão Ativo Diferido, o que gera certa confusão que prejudica a clareza tão necessária nas Demonstrações Financeiras. O grupo de Despesas Antecipadas apresenta como componentes usuais os seguintes: seguros, juros, aluguéis, impressos e materiais de uso personalizados. 3.1.1- Despesa Antecipada Com Seguros Esse item representa o valor pago antecipadamente à companhia de seguro para desfrutar de uma cobertura securitária no próximo exercício. 82 23 1- Na contratação do seguro e pagamento à vista, cuja apólice será com cobertura para doze meses Pagamento prêmio de seguro.................R$ 12.000,00 Valor apropriado despesa do mês...........R$ 1.000,00 3.1.2 - Despesa antecipada com Juros A despesa antecipada com juros é o valor geralmente descontado do financiamento e que corresponde ao custo do capital de terceiros que estará a disposição da empresa no próximo exercício ou será liquidado no próximo exercício. 1- Na contratação de empréstimo, com juros pagos à vista, cujo prazo de pagamento será de seis meses: Pagamento de Juros s/ empréstimo......R$ 24.000,00 Valor apropriado despesa do mês...........R$ 4.000,00 3.1.3 - Despesa Antecipada com Aluguéis É o valor do aluguel pago antecipadamente por força contratual para se utilizar um imóvel no próximo exercício. 1 - No pagamento de aluguéis antecipados para períodos futuros, exemplo de pagamento de seis meses de aluguel antecipado: Pagamento de Aluguéis antecipados....R$ 12.000,00 2 - Na apropriação da despesa: Valor apropriado despesa do mês...........R$ 4.000,00 3.1.4 - Impressos e Materiais de Uso Personalizado institucional, ou promocional que, em personalizadas e, muitas vezes, devem ser próximo exercício. Daí, nada mais justo que transferir para o próximo exercício o valor proporcionalàs quantidades remanescentes existentes no fim do exercício e devidamente inventariadas. 1- No pagamento de materiais de uso e consumo, jornais e revistas, cujo benefício será futuro, deve-se contabilizar da seguinte forma: Pagamento de Assinatura de jornais................R$ 600,0 2 - Na apropriação da despesa: Valor apropriado despesa do mês.................R$ 100,00 3.2 – Contabilização: principais contas do ativo circulante Assim, encerramos esta aula, contemplando as principais contas do Ativo Circulante, sua contabilização. Observem abaixo: ativo! • Modelo de Contabilização Caixa R$ 30.000,00 Banco América c/c R$ 20.000,00 Capital Social R$ 50.000,00 1 - Prestação de Serviços prestados à prazo pela empresa Serve Bem, no valor de R$ 80.000,00, para o cliente Chico Bento; 2 – A empresa realizou operação de desconto de duplicata do item acima, junto ao Banco, sendo cobrados juros pela operação valor de R$ 5.000,00; 3 – A empresa aplicou uma parte do dinheiro da conta corrente bancária em Poupança no mesmo Banco América no valor de R$ 50.000,00; 4 – Pagamento de 6 meses de aluguéis antecipados no valor de R$ 12.000,00, incluindo-se o mês X1, mês em curso; 5 – Pagamento de despesas de energia do mês X1 via caixa R$ 10.000,00. H -Realização de serviços a prazo................R$ 80.000,00 H - Operação de desconto de Duplicata H - Valor aplicado em Poupança......................R$ 50.000,00 H - Pagamento de Aluguéis antecipados........R$ 12.000,00 83 Contabilidade Societária I 24 Retomando a aula Antes de encerrar a Aula 05, é importante que retomemos os conteúdos estudados: H - Valor do aluguel do mês X1.......................R$ 2.000,00 H - Pgto. Energia do mês X1...........................R$ 10.000,00 Com estamos até aqui?!Tudo tranquilo?! Observem os últimos modelos de contabilização: Caixa 30.000 12.000 10.000 8.000 Banco América 20.000 50.000 75.000 45.000 Capital Social 50.000 50.000 4 5 2 3 Cliente Chico Bento 80.000 80.000 Despesa de juros 5.000 5.000 Receita de Serviços 80.000 80.000 1 1 2 Poupança B. América 50.000 50.000 Aluguéis antecipados 12.000 2.000 10.000 Dpl Descontada 80.000 80.000 2 3 4 4 Despesa de aluguel 2.000 Despesa de energia 10.0004 5 Receita Bruta de Serviços R$ 80.000,00 ( - ) Despesas adm. e operacionais Despesas de Aluguel R$ ( 2.000,00) Despesa de Energia R$ (10.000,00) Despesa com juros R$ ( 5.000,00) Lucro Líquido do Exercício R$ 63.000,00 BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo Circulante Disponível Caixa..........................R$ 8.000,00 Banco América..........R$ 45.000,00 Aplic. Poup................R$ 50.000,00 Seguro Antecipado.. R$ 10.000,00 Clientes Dpl. A Receber.........R$ 80.000,00 (-) Dpl. Descontada R$ (80.000,00) Total do Ativo............R$ 113.000,00 Passivo Circulante Patrimônio Líquido Capital Social......... R$ 50.000,00 Lucro Líquido.........R$ 63.000,00 Total do Passivo........R$ 113.000,00 Assim chegamos ao final de mais uma aula. Tudo bem até aqui pessoal?! Espero que os assuntos tratados tenham contribuído para enriquecer e fundamentar seus conhecimentos. Na próxima aula vamos estudar o grupo de contas do Estoque, avaliação dos estoques, contabilizações e demais envolvimentos contábeis. Até à próxima aula! ou “quadro de avisos”. Lembrem-se de que no ambiente virtual vocês 1 - Estoques Vimos que estoque quer dizer o conjunto de mercadorias à disposição de vendas, no caso de uma empresa comercial. Estoque significa, para uma empresa industrial, a matéria- prima adquirida, tanto em transformação quanto já acabada. Já para uma empresa de prestação de serviços, estoque compreende o material de consumo disponível e necessário para o desempenho eficaz de sua atividade. 2 - Investimentos Temporários Os Investimentos classificam-se em temporários, permanente, longo prazo ou disponível, dependendo da intenção norteadora da aplicação. (CDB), Letras de Câmbio, entre outros. 3 - Despesas do Exercício Seguinte As despesas antecipadas ou diferidas são aplicações de recursos que permitem desfrutar de um benefício no próximo exercício e que, pelo princípio de confrontação, precisam ser apropriadas no exercício do benefício, independentemente da época do pagamento. Os componentes usuais das Despesas Antecipadas são: seguros, juros, alugueis, impressos e materiais de uso personalizados. BRAGA, Hugo Rocha, SOARES, José Ribamar Cardoso. Demonstrações Financeiras estrutura análise e interpretação (livro de exercícios). 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000. Dicionário de termos de contabilidade. São Paulo: Atlas, 2001. LIMA E SILVA, Moacyr. Contabilidade Geral. São Paulo: Érica, 2010. Vale a pena Vale a pena ler 84 25 Comissão de Valores Mobiliários Apresentação das Demonstrações Financeiras. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br> Acesso em: 30 mar. 2012. Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Disponível em: Revista Brasileira de Contabilidade - RBC - Fórum Contábeis. Disponível em: <www.contabeis.com.br/forum/.../rbc- revista-brasileira-de-contabilida...>. Vale a pena acessar Minhas anotações 85 Contabilidade Societária I 6º Aula Operações com mercadorias: estoques Olá, pessoal,! Nesta aula veremos que o grupo de contas Estoques assume grande importância no contexto do Balanço Patrimonial e observaremos que seus efeitos são imediatamente sentidos no Patrimônio Líquido. Daí a necessidade de demonstrar sua movimentação na Demonstração do Resultado do Exercício, principalmente nos Balanços Patrimoniais das empresas comerciais onde o estoque tende a ser o item de maior valor e de intensa movimentação, o que não quer dizer que não seja importante também nas empresas industriais ou mesmo em outras empresas. Primeiramente, vamos ver quais são os objetivos e as seções de estudo que serão desenvolvidas nesta aula. Então, vamos lá? Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • analisar os tributos envolvidos na movimentação de mercadoriasl • utilizar os conhecimentos em outras disciplinas do curso. 86 27 2 – Operações com mercadorias 1 – Estoques Importante que houver uma mudança de valor dos ativos. 1 - Estoques 2 - Operações com mercadorias 3 - Apuração do custo Seções de estudo Estoque Sugestão de compra Relatórios gerenciais Vários locais de estoque Sugestão de estoque de segurança Nesta Seção, iremos identificar em nosso estudo que Estoque refere-se, principalmente, às empresas comerciais e industriais, porém os conceitos são perfeitamente válidos em quaisquer entidades que movimentem materiais, matérias- primas, produtos, enfim, quaisquer tipos de mercadorias, sejam elas para uso próprio, transformação ou revenda. Circulante. Excepcionalmente, serão Ativos Não-Circulantes quando houver estoques de Longo Prazo. Os estoques representam, portanto, um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. A sua correta determinação no início e no fim do período contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de operação dessas companhias e envolvem problemas de administração, controle, contabilização e principalmente de avaliação. Elenco de contas: • provisão para redução ao valor de mercado (conta • provisão para perdas em estoques (conta credora). 1.1 Critérios de Avaliação dos Estoques A regra básica de avaliação dos estoques na data do balanço é a do custo ou mercado, dos dois o menor. Esta regra obedece ao princípio contábil da Prudência, o qual visa dar ao valor dos ativos o menor valor, visando, com isso, um resultado no Patrimônio Líquido sempre mais perto da realidade.Quando o valor de mercador for menor que o valor do custo, que é o valor efetivamente pago, deverá ser constituída uma Provisão para redução ao valor de mercado (conta credora), a qual poderá vir a ser revertida em caso de aumento de valor das mercadorias em estoque. Note que a avaliação dos estoques é feita através de controles temporários ou controles permanentes que pode influenciar no resultado da empresa, uma vez que essa avaliação produz efeitos no Custo das vendas. 2.1 Métodos e sistemas para registro Há métodos e sistemas para registro das operações com mercadorias. Quando a empresa não possui controles permanentes de estoques, através de fichas ou sistemas eletrônicos, ela atribui valor ao estoque em determinado período, fazendo contagem física dos estoques. Isso pode ocorrer mensalmente ou anualmente, conforme o modelo da empresa e sua opção tributária. Nesse caso, por meio da contagem física, a fórmula básica usada é: E.I. + C. – E.F = CMV Onde: 87 Contabilidade Societária I 28 Qual preço unitário deve ser atribuído a tais estoques na data do balanço? “Fechado para Balanço”. Muitas lojas utilizavam estes métodos, hoje Com esta fórmula, podemos avaliar os estoques, atribuir o valor do Custo da Mercadoria Vendida tanto pela contagem física, caso a empresa não possua controle permanente de seus estoques por meio de fichas ou sistemas informatizados. • Estoque Inicial de um período R$ 20.000,00 • Compras de mercadorias no período R$ 60.000,00 • Estoque Físico contado R$ 30.000,00 CMV = EI (20.000,00) + C (60.000,00) – EF (30.000,00) CMV = 50.000,00 ) Por outro lado, quando a empresa possui controle de estoque através de fichas ou sistema próprio, a cada nova movimentação, compra ou venda, ela terá seu custo e saldo de estoque sempre atualizado. Nesse caso, a contagem física quando feita é para fins de conferência de estoque. Essas fichas ou sistemas podem atribuir o valor do custo, conforme os métodos que a empresa implantar. Para isso existem os seguintes métodos de custo, os quais serão abordados na próxima seção: • PEPS • UEPS • MPM - Média ponderada móvel. 3 – Apuração do custo Conhecendo os componentes do custo de aquisição, o problema agora se prende ao fato de a empresa ter em estoque o mesmo produto adquirido em datas distintas, com custos unitários diferentes. Assim, surge a dúvida: Vamos, a seguir, analisar as diversas possibilidades existentes. Atenção Antes disso, cabe lembrar que no Brasil, a legislação do Imposto de Renda tem permitido, apenas, a utilização do método do preço mais recentemente (FIFO ou PEPS). Assim, não é permitido, para fins fiscais, o uso do LIFO ou UEPS, motivo pelo qual a maioria das empresas, no Brasil, utiliza principalmente, o custo médio ponderado móvel. As possibilidades de atribuição desse valor unitário, serão sempre baseadas no custo ou valor de aquisição, conforme veremos no próximo tópico. 3.1 Preço específico significa valorizar cada unidade do estoque ao preço efetivamente pago para cada item especificamente determinado. É usado somente quando é possível fazer tal determinação do preço específico de cada unidade em estoque, mediante identificação física, como no caso de revenda de automóveis usados, por exemplo. Esse critério normalmente só é aplicável em alguns casos onde a quantidade, o valor ou a própria característica da mercadoria ou material o permitam. Na maioria das vezes, é impossível ou economicamente inconveniente. Empresa revendedora de veículos adquire para seu estoque, um veículo: • Valor pago pelo veículo R$ 30.000,00 • Frete pago R$ 2.000,00 • Seguro pago R$ 500,00 Custo total do Veículo R$ 32.500,00 Pela aquisição o valor de 32.500,00, será lançado na conta de estoque de mercadorias para revenda, a qual no momento da venda será creditada pelo seu valor integral, em contrapartida a Imaginando, por exemplo, que a venda deste veículo poderia ser feita por R$ 38.000,00, o lucro bruto desta venda seria de R$ 5.500,00. 3.2 - Controles Permanentes de Estoques a) PEPS ou FIFO Com base nesse critério, daremos continuidade ao nosso entendimento, a partir da baixa pelo custo de aquisição, da seguinte maneira: Atenção O Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai – PEPS, ou FIFO (em inglês: First-In-First-Out). À medida que ocorrem as vendas ou o consumo, vai-se dando baixa, a partir das primeiras compras, o que equivale ao seguinte raciocínio: vendem-se ou consomem-se antes as primeiras mercadorias compradas. • Estoque Inicial de 50 unidades a R$ 20,00 cada • Compra de 100 unidades a R$ 30,00 cada • Venda de 80 unidades • Venda de 50 unidades Quadro 1 – Entradas e Saídas PEPS ou FIFO Data Entradas Saídas Saldo Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total E.I. - - - - - - 50 20 1.000 Compra 100 30 3.000 - - - 50 100 150 20 30 1.000 3.000 4.000 88 29 Venda - - - 50 30 80 20 30 1.000 900 1.900 70 30 2.100 Venda - - - 50 30 1.500 20 30 600 3.000 3.400 CMV = EI (1.000) + C (3.000) – EF (600) CMV = 3.400 Então, vamos continuar... Observem na ficha de Estoque, a ordem dos eventos, o estoque inicial, depois a compra e em terceiro momento a venda. Neste momento, quando saíram do estoque as 80 unidades, o procedimento foi de dar saída em primeiro lugar das 50 primeiras mercadorias (Estoque Inicial) e depois as outras 30 mercadorias, totalizando a saída de 80 unidades. Este procedimento é permitido pela legislação do Imposto de Renda no Brasil. b)UEPS OU LIFO Com base nesse critério, daremos baixa pelo custo de aquisição, da seguinte maneira: Atenção O Último que Entra é o Primeiro que Sai – UEPS, ou LIFO (em inglês: Last-In-First-Out). À medida que ocorrem as vendas ou o consumo, vai- se dando baixa, a partir das últimas compras, o que equivale ao seguinte raciocínio: vendem-se ou consomem-se antes as últimas mercadorias compradas. • Estoque Inicial de 50 unidades a R$ 20,00 cada • Compra de 100 unidades a R$ 30,00 cada • Venda de 80 unidades • Venda de 50 unidades Quadro 2 – Entradas e Saídas - UEPS ou LIFO Data Entradas Saídas Saldo Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total E.I. - - - - - - 50 20 1.000 Compra 100 30 3.000 - - - 50 100 150 20 30 1.000 3.000 4.000 Venda - - - 80 30 2.400 50 20 70 20 30 1.000 600 1.600 Venda - - - 20 30 50 30 20 600 600 1.200 20 20 400 3.000 3.600 CMV = EI (1.000) + C (3.000) – EF (400) CMV = 3.600 Você Sabia? Vejam o motivo pelo qual, no Brasil, o método UEPS não é permitido: este método subavalia os Estoques e superavalia o Custo das Vendas, gerando assim um lucro menor. c) Média Ponderada Móvel (MPM): Com base nesse critério, daremos baixa pelo custo de aquisição, da seguinte maneira: O valor médio de cada unidade em estoque será alterado pelas compras de outras unidades por um preço diferente. Esse método é o mais utilizado no Brasil, evita-se o controle de custos por lotes, como nos métodos anteriores. • Estoque Inicial de 50 unidades a R$ 20,00 cada • Compra de 100 unidades a R$ 30,00 cada • Venda de 80 unidades • Venda de 50 unidades Quadro 3 – Entradas e Saídas: Média Ponderada Móvel (MPM) Data Entradas Saídas Saldo Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total E.I. - - - - - - 50 20 1.000 Compra 100 30 3.000 - - - 150 26,67 4.000 Venda - - - 80 26,67 2.133,60 70 26,67 1.866,40 Venda - - - 50 26,67 1.333,50 20 26,67 532,90 3.000 3.467,10 CMV = EI (1.000) + C (3.000) – EF (532,90) CMV = 3.467,10 Compreenderam? Quadro 4 – Demonstração do resultado Peps UEPS MPM Venda 5.000 5.000 5.000,00 (-) Custo 3.400 3.600 3.467,10 Lucro Bruto 1.6001.400 1.532,90 Estoque Final 400 600 532,90 Com este quadro-resumo, podemos observar que a maior valorização do Estoque Final, acarreta menor lucro bruto, por isso no Brasil, o PEPS e a Média Ponderada Móvel são aceitos, isso por que, ainda temos uma certa cultura inflacionária. Chegamos, assim, ao final da Aula 06. Como estamos indo? 89 Contabilidade Societária I 30 Vamos fazer uma revisão retomando brevemente cada seção? Retomando a aula tópicos principais da nossa aula? 1 - Estoques Os conceitos de estoques são válidos em quaisquer entidades que movimentem materiais, matérias-primas, produtos, enfim, quaisquer tipos de mercadorias, sejam elas para uso próprio, transformação ou revenda. Os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira da maioria das companhias industriais e comerciais. A regra básica de avaliação dos estoques na data do balanço é a do custo ou mercado, dos dois o menor. 2 - Operações com mercadorias O Inventário significa contagem física de Estoques. As empresas precisam realizar permanentes controles de estoques, através de fichas ou sistemas eletrônicos, atribuindo valor ao estoque em determinado período, por meio da contagem física dos estoques, mensalmente ou anualmente, conforme o modelo da empresa e sua opção tributária. 3 - Apuração do custo Diante do fato das empresas virem a ter em estoque o mesmo produto adquirido em datas distintas, com custos unitários diferentes, a apuração do valor do custo se dá mediante os seguintes métodos de custo: BARROS, Sidney Ferro. Entendendo a Contabilidade. ERNEST & YOUNG e Fipecafi. Manual de Normas Internacionais de Contabilidade. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010. SANCHES, Osvaldo Maldonado. Dicionário de Orçamento, Planejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma, 1997. Vale a pena Vale a pena ler Minhas anotações Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC. Disponível em: <www.fbc.org.br/fbc.htm> Revista de Contabilidade e Organizações. Disponível em: <www.rco.usp.br/> Vale a pena acessar Operações com mercadorias. Disponível em: <http:// pt.scribd.com/doc/3318153/Contabilidade-Cap05- Operacoes-com-Mercadorias-I> 90 7ºAula Operações com mercadorias: custos Continuando nossos estudos sobre as operações com mercadorias, nesta aula, verificaremos certos aspectos dos custos, ou seja, os fatos que alteram o valor das compras e das vendas. Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • apurar o resultado do exercício. 91 Contabilidade Societária I 32 1 - Fatos que alteram o valor das compras 2 - Fatos que alteram o valor das vendas Seções de estudo 1 – Fatos que alteram o valor das compras 2 – Fatos que alteram o valor das vendas Um primeiro aspecto a ser considerado sobre o custo no caso de matérias-primas e outros itens dos estoques, exceto os produtos em processo e acabados, é saber o que representa e o que inclui tal custo. Custo do excesso Erro de precisão Esses tipos de itens têm normalmente seu custo identificado pela documentação de compra (Notas fiscais etc.). Todavia, o conceito de custo de aquisição é que deve englobar o preço do produto comprado, mais os custos incorridos adicionalmente, até estar o item no estabelecimento da empresa. Nesse sentido, os custos de embalagem, transporte e seguro, quando por conta da empresa, devem ser considerados como parte do custo de aquisição e debitados a tais estoques. No caso de importações de matérias-primas, o custo deve ser adicionado pelo imposto de importação, pelo IOF incidente sobre a operação de câmbio, pelos custos alfandegários e por outras taxas, além do custo dos serviços de despachante correspondente. As despesas incorridas eventualmente com armazenagem do produto devem integrar seu custo somente quando são necessárias para sua chegada à empresa. Da mesma forma, juros incorridos e outras despesas financeiras não devem integrar o custo do estoque. Ressalto, entretanto, no caso das importações, que a variação cambial incorrida até a data da entrada do produto no estabelecimento do adquirente deverá ser agregada ao 1.1 no preço No caso dos impostos, devem-se considerar: • ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - No caso de ser incluso no preço, ou pago, e não sendo recuperável fiscalmente, tal imposto deve integrar o custo de aquisição. No caso, todavia, em que o ICMS é fiscalmente recuperável, não deverá fazer parte dos estoques. • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados - Não faz parte, no caso de indústria, do custo do produto, pois o IPI é imposto destacado, e a empresa mera agente arrecadadora. No caso, todavia, de a empresa ser o consumidor final do produto ou de não haver recuperação, o custo do item é o seu preço normal, mais o IPI. • II - Imposto de Importação - Faz parte do custo do produto, pois não tem recuperação. Por ocasião do estudo da Demonstração do Resultado do Exercício, estudaremos com mais profundidade os fatos que alteram o valor das vendas, as quais são chamadas de “Deduções de Vendas”. São elas: • os abatimentos incondicionais. Ainda nas deduções de vendas, temos os impostos que incidem diretamente sobre o faturamento da empresa, são eles: • ICMS sobre vendas • PIS sobre faturamento • COFINS sobre faturamento • IPI sobre vendas • ISS sobre Serviços A nomenclatura Dedução de Vendas sugere que logo após a Venda de uma mercadoria, temos que deduzir descontos, devoluções e impostos, resultando Receita Líquida ou Vendas Líquidas. Vamos praticar um pouco a partir dos conhecimentos adquiridos até aqui: Dados de uma empresa, que não possui controle permanente de estoques, e que realiza contagem física no final do período: • Saldo de contas de abertura: Caixa R$ 20.000,00 Aplic. Ouro R$ 10.000,00 Estoques R$ 30.000,00 Capital Social R$ 60.000,00 1 - Aquisição a prazo de mercadorias para revenda no valor de R$ 60.000,00, com ICMS incluso de 12%; 2 - Venda a prazo de mercadorias no valor de R$ 140.000,00; 3 - Operação de Desconto de Duplicata, 50% da venda do item 02, junto ao Banco BRR, juros descontados no valor de R$ 5.000,00; 4 - ICMS incidente sobre as Vendas 17%; 5 - PIS Incidente sobre as Vendas 0,65%; 6 - COFINS incidente sobre as Vendas 3,0%; 50.000,00; 92 33 8 - Pagamento de despesas administrativas gerais no valor de R$ 15.000,00 em dinheiro pelo caixa; 10 - Apuração do ICMS do período. A partir dos dados e fatos contábeis, vamos efetuar os lançamentos no Diário e posteriormente nos Razonetes, Resultado do exercício e o Balanço Patrimonial. H - Compras a prazo mercadorias para revenda C - Compras de mercadorias Vamos ver, a seguir, estes lançamentos nos razonetes. Caixa 20.000 15.000 5.000 Aplic. Ouro 10.000 Estoque inicial 30.000 8 Capital social 20.000 Compras 52.800 ICMS a recuperar 7.200 7.200 1 10 Dpl a pagar 60.000 Dpl a receber 140.000 Receita de vendas 40.000 1 2 2 Banco c/c BRR 65.000 50.000 15.000 Despesa c/ juros 5.000 Dpl descontadas 70.000 33 ICMS s/ vendas 23.800 ICMS a recolher 7.200 23.800 16.600 PIS s/ faturam. 9104 5 4 10 PIS a recolher 910 COFINS s faturam. 4.200 COFINS a recolher 4.200 4 5 6 Aplic. Financ. BRR 5.000 Despesas Adm. 15.000 C.M.V 30.000 10.000 52.800 72.800 9 9 7 8 9 10.000 9 2.1 - Apuração do Resultado do Exercício Vamos proceder agora, juntamente com a Demonstração contas de Resultado, como segue: 93 Contabilidade Societária I 34 um lucro de R$ 18.290,00 o qual será agora inserido no Patrimônio Líquido, no Balanço Patrimonial, como segue: ou “Quadro de Avisos”. Retomando a aula Parece que estamos indo bem! Então, para encerrar a Receita bruta de vendas R$ 140.000,00 (-) Dedução de vendas ICMS s/ vendas Receita líquida de vendas(-) CMV Custo da merc. vendida Lucro bruto (-) /Despesas adm. e operacionais Despesas administrativas Despesas c/ juros R$ (23.800) R$ (910,00) R$ (4.200,00) R$ 111.090,00 R$ (72.800,00) R$ 38.290,00 R$ (15.000,00) R$ (5.000,00) Lucro líquido do exercício R$ 18.290,00 DRE – Demonstração do Resultado do Exercício BALANÇO PATRIMONIAL ATIVO PASSIVO Ativo circulante Passivo circulante Disponível Caixa R$ 5.000,00 Banco c/c BRR R$ 15.000,00 Fornecedores Dpl. a pagar R$ 60.000,00 ICMS a recolher R$ 16.600,00 Aplic. Poup. R$ 50.000,00 Aplic. Ouro R$ 10.000,00 PIS a recolher R$ 910,00 CONFINS a recolher R$ 4.200,00 Clientes Dpl. a receber R$ 140.000,00 (-) Dpl. descontada R$ (70.000,00) Patrimônio líquido Capital social R$ 60.000,00 Lucro líquido R$ 18.290,00 Estoque R$ 10.000,00 Total do ativo R$ 160.000,00 Total do passivo R$ 160.000,00 Muito bem pessoal, vencida esta etapa, vamos na próxima aula, estudar sobre os critérios contábeis caracterizados pelo crédito. Mas antes, vamos rever os pontos principais do que estudamos nesta aula. Lembrem-se de conferir as sugestões de leituras e sites! 1 - Fatos Que Alteram o Valor das Compras O custo de aquisição engloba o preço do produto comprado, mais os custos incorridos adicionalmente, como os custos de embalagem, transporte e seguro, até estar o item no estabelecimento da empresa e debitados a tais estoques. Os impostos que interferem no preço são: ICMS, IPI e II. 2 - Fatos Que Alteram o Valor das Vendas Os fatos que alteram o valor das vendas, são as deduções: incondicionais. Nas deduções de vendas temos os impostos que incidem diretamente sobre o faturamento da empresa são: ICMS, PIS, COFINS, IPI e ISS. BRIMSON, James A. Contabilidade por Atividade: Uma abordagem de custeio baseado em atividades. São Paulo: Editora Atlas, 1996. Eurico de. Gestão de custos e formação de preços: conceitos, modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e da margem de competitividade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. Vilchez. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 7. ed. São Paulo: editora Frase, 2003. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CUSTOS - ABC. Congresso Brasileiro de Custos. Disponível em: <http://www.abcustos.org.br/congresso/view?ID_ . Acesso em: 25 mar. 2012. Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Disponível em: <http://www.otoc.pt/pt/a-ordem/comissoes/historia-da- contabilidade/regulamento/>. Operações com Mercadorias. Disponível em: <http://www. ebah.com.br/content/ABAAAAeEwAB/operacoes-com- mercadorias>. Vale a pena Vale a pena ler Vale a pena acessar Minhas anotações 94 8ºAula Critérios contábeis: crédito Caros(as) acadêmicos(as), bem-vindos(as) para mais uma aula! Nesta aula, continuando nossos estudos verificaremos aspectos dos critérios contábeis voltados ao agrupamento de outros créditos, entre os quais, títulos a receber, cheques em cobrança, créditos de funcionários, entre outros, compostos por títulos, valores e outras contas a receber, normalmente não originadas do objeto principal da sociedade. Boa aula! Objetivos de aprendizagem Ao término desta aula, vocês serão capazes de: • contabilizar fatos utilizando-se do plano de contas e avaliando as contas de outros créditos. 95 Contabilidade Societária I 36 1 - Conceitos e critérios contábeis 2 - Classificação das contas créditos Seções de estudo Importante Em termos de apresentação no balanço, os outros créditos devem Deverão, porém, ser segregados por espécie, com destaque para as contas devem ser descritas por título indicativo de sua natureza de origem. 1 – Conceitos e critérios contábeis Inicialmente, vamos pensar sobre o agrupamento de vários créditos, que podem ser genericamente analisados como sendo compostos por demais títulos, valores e outras contas a receber, normalmente não originadas do objeto principal da sociedade. É preciso ter claro que os critérios de avaliação são os mesmos, isto é, devem ser demonstrados por seus valores líquidos de realização, ou seja, por seus valores que se espera sejam recuperados, reconhecendo-se as perdas estimadas pela constituição de provisões. Tais provisões devem, similarmente, ser apresentadas como contas redutoras. Quanto à classificação, as regras são também as mesmas. São classificadas no Ativo Circulante todas as contas realizáveis em circunstâncias normais dentro do prazo de um ano, que tiverem vencimento além do exercício seguinte constituem realizáveis à longo prazo. 1.1 - Agrupamento de créditos Como vimos, o subgrupo composto de diversas contas, devem ser classificados no Ativo Circulante, sendo as mais comuns relacionadas a seguir, conforme o modelo de Plano de Contas. e) Receitas financeiras a transcorrer (conta credora). Cheques em cobrança. f) Antecipação de férias. g) COFINS a recuperar. Depósitos restituíveis e valores vinculados. Assim, são apresentados esses créditos, que precisam constar no balanço, porém, agrupados em um só título, caso seu total não seja significativo, se comparado com outros subgrupos. Demais elementos do subgrupo Crédito, como tributos a compensar e recuperar, depósitos restituíveis e valores vinculados, investigaremos na próxima aula. Na próxima seção, veremos sobre os títulos a receber, cheques em cobrança, dividendos propostos a receber, juros a receber, adiantamento a terceiros e créditos de funcionários. 2 Agora, passaremos a analisar nesta seção alguns dos elementos que compõem subgrupos de créditos, conforme já classificados anteriormente, conforme segue: Títulos a Receber Podem originar-se das próprias contas normais a receber de clientes, as quais, quando vencidas e não pagas, são passíveis de renegociação mediante troca por Títulos a Receber (Notas Promissórias), com novos prazos de vencimento, normalmente acrescidos de juros. Podem também ser oriundos de vendas não ligadas, as operações normais da empresa, tais como vendas de investimentos ou bens do imobilizado, como imóveis, equipamentos, veículos etc. Outro tipo de operação aqui classificável é a de títulos a receber de origem variada como a acima exemplificada, poderá criar sub-contas. Os títulos a receber podem ser a: a) clientes – renegociação de contas a receber; b) devedores por venda de ativo permanente; c) empréstimos a receber de terceiros; d) títulos descontados (conta credora); As parcelas vencíveis dentro do prazo de um ano são classificadas no Circulante, e no Longo Prazo quando o 96 37 vencimento superar um ano. Para tanto, há conta similar no Realizável à Longo Prazo. Cheques em Cobrança Essa conta engloba os cheques recebidos até a data do balanço, mas não cobráveis imediatamente, por serem pagáveis em outras praças ou por outras restrições de seu recebimento a vista. Podem originar-se, também, de cheques recebidos anteriormente e devolvidos por falta de fundos, que se encontrem em processo normal ou judicial de cobrança. Dividendos Propostos a Receber Essa conta destina-se a registrar os dividendos a que a empresa tenha direito, em função de participações em outras empresas, quando tais empresas já tenham registrado na Demonstração de lucros ou Prejuízos Acumulados a parcela de Dividendos Propostos a Distribuir. Posteriormente, dá- se baixa nessa conta, quando do efetivo recebimento desses dividendos. Juros a Receber O objetivo dessa conta é o de registrar os juros a receber de terceiros relativos a diversas operações, tais como de empréstimos feitos a terceiros, juros das aplicações em títulos de emissão do governo e outras operações nas quais os juros não sejam agregados aos próprios títulos. Sua contabilização deve seguir o regime de competência, ou seja, pro rata temporis, calculado pela taxa dos juros em função do
Compartilhar