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Contabilidade Societária

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1ºAula
Formação do patrimônio 
das empresas
Prezados(as) acadêmicos(as),
Sejam bem-vindos(as) à disciplina de Contabilidade Societária I!
Nesta nova etapa de nosso curso, iremos avançar no conteúdo da 
Contabilidade e nesta disciplina específica, estudaremos o Patrimônio 
a partir das contas de Ativo e sua relação com a Demonstração de 
Resultado do Exercício.
Daremos ênfase especial às alterações produzidas pela Lei 
11.638/2007, destacando as principais mudanças nas contas e nas 
demonstrações financeiras das entidades, trazendo nossa contabilidade 
ao cenário internacional.
Este material produzido como guia de estudos específico para a 
disciplina de Contabilidade Societária I, terá sua conclusão na disciplina 
seguinte de Contabilidade IV, cujo conteúdo principal destas disciplinas 
é chamado de Contabilidade Geral.
Desejo a todos(as) um bom estudo e que o sucesso profissional 
seja a consequência pela disposição na aplicação na vida estudantil de 
cada um de vocês.
Bons estudos!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• analisar as situações patrimoniais possíveis, utilizando os conceitos para as ferramentas seguintes de contabilização dos 
fatos.
• contabilizar fatos contábeis e extrair demonstrativos contábeis.
• utilizar o Plano de Contas para a correta contabilização dos fatos e a classificação das contas patrimoniais e de resultado.
65
Contabilidade Societária I 6
1 - Capital social
2 - Distinção entre capital e patrimônio
3 - Situações líquidas do patrimônio
Seções de estudo
Curiosidade
Podemos dizer ainda que uma empresa tem ou não capital de giro 
para aumentar o volume de vendas. “Capital de giro” é o recurso 
representado no ativo circulante da empresa, onde estão os recursos 
disponíveis. Dinheiro, créditos de clientes, saldos de aplicações, etc.
Saber Mais
Visualizando o quadro acima, podemos dizer que o Passivo representa 
Origens de Recursos e o ativo a Aplicação dos Recursos. No caso o 
Patrimônio Líquido representa RECURSOS PRÓPRIOS, pois pertence 
aos sócios ou acionistas, não sendo devido a terceiros.
Pessoal, vamos lembrar alguns conceitos já estudados!
1 - Capital social
A formação de um patrimônio inicia quando uma ou 
mais pessoas físicas, ou duas ou mais pessoas jurídicas, se 
unem para formar uma nova personalidade jurídica, a partir 
de um capital empregado no negócio.
 O Capital Social é a origem primeira do patrimônio 
de uma entidade e tanto pode ser integralizado em dinheiro 
como em bens. A destinação do Capital Social é denominada 
de aplicação de recursos.
Um único Capital pode ser aplicado em vários destinos 
do patrimônio da empresa:
Uma aplicação de capital em dinheiro no valor de R$ 
100.000,00 representa a seguinte situação patrimonial na 
entidade:
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante
Disponibilidade
Caixa.....................R$ 100.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social
Capital Realizado.... R$ 100.000,00
Mais um exemplo, agora com um capital integralizado 
em moeda e em bens do Ativo Imobilizado:
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante
Disponibilidade 
Caixa....................R$ 50.000,00
Ativo Não Circulante
Imobilizado 
Terreno..................R$ 20.000,00
Veículo.................R$ 30.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social 
Capital Realizado.....R$ 100.000,00
TOTAL DO ATIVO R$ 100.000,00 TOTAL DO PASSIVO R$ 100.000,00
Na próxima seção, iremos verificar a distinção existente 
entre capital e patrimônio. Vamos lá?!
2 - Distinção entre capital e patrimônio
O vocábulo “capital” no senso comum, adquire um 
significado simplista de que alguém tem ou não “capital” para 
determinada situação. 
É comum alguém dizer: “Não tenho capital para investir 
e aumentar minha empresa”. Ele quer dizer que não tem 
recursos financeiros disponíveis na sua empresa. 
O Capital Social representa a entrada de recursos de 
sócios. Já o patrimônio é um conjunto mais complexo. Toda 
pessoa ou entidade pode não ter algum tipo de capital acima, 
mas pode ter um patrimônio. 
Conceito
O patrimônio é a soma de um conjunto de bens e direitos deduzido 
das dívidas da entidade. Esta equação determina o “quantum” do 
patrimônio. Lembram?
BENS
E
DIREITOS
OBRIGAÇÕES
E
PATRIMONIO LÍQUIDO
Vamos analisar o Balanço Patrimonial:
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante
Disponibilidade
Caixa...................R$ 10.000,00
 
Clientes
Dpl a Receber.....R$ 30.000,00
Ativo Não Circulante
Imobilizado
Veículo...............R$ 30.000,00
Móveis..............R$ 10.000,00
Máquinas..........R$ 20.000,00
TOTAL DO ATIVO R$ 100.000,00
Passivo Circulante
Fornecedores
Dpl. a Pagar........R$ 20.000,00 
Empréstimos
Bancos.................R$ 30.000,00
Patrimônio Líquido
Capital Social
Capital Realizado.......R$ 20.000,00
Reservas de Lucros...R$ 30.000,00
TOTAL DO PASSIVO R$ 100.000,00
Do quadro acima, podemos extrair as seguintes 
informações:
1 – Capital Social R$ 20.000,00
 (Capital Realizado pelos sócios, dinheiro investido)
2 – Patrimônio da Entidade R$ 50.000,00 
3 – Capital de Giro R$ 40.000,00
 (Dinheiro e duplicatas a receber)
3 - Situações líquidas do patrimônio
Notem que o conjunto denominado patrimônio: bens, direitos e 
obrigações, estabelece uma equação que resulta no que chamamos de 
situação líquida.
66
7
Retomando a aula
Antes de encerrar a Aula 01, é importante que retomemos 
os conteúdos estudados:
As situações líquidas podem ser positivas, negativas ou nulas:
Positivas, quando o valor dos bens e direitos somados 
for maior que o valor das obrigações. 
Bens e direitos.......R$ 120.000,00 Obrigações..............R$ 80.000,00
Situação Líquida.....R$ 40.000,00
Negativas, quando o valor dos bens e direitos somados 
for inferior ao valor das obrigações, também chamado de 
passivo a descoberto. 
Bens e direitos.......R$ 120.000,00 Obrigações............R$ 150.000,00
Situação Líquida....R$ (30.000,00)
Nulas, quando bens e direitos se igualam às obrigações.
Bens e direitos.......R$ 120.000,00 Obrigações............R$ 120.000,00
Situação Líquida....R$ 0,00
Na contabilidade, nós chamamos essas situações líquidas 
de “Patrimônio Líquido”, quer dizer que a diferença entre bens 
e direitos (ativo), menos as obrigações (passivo), resulta no 
chamado Patrimônio Líquido.
Chegamos, assim, ao final da primeira aula. Espero que 
agora tenha ficado mais claro o entendimento de vocês, em 
linhas gerais, sobre a formação do patrimônio das empresas.
É fundamental que não fiquem com dúvidas sobre os 
conteúdos estudados. Caso ainda tenha questionamentos, 
ótimo: realizem novas pesquisas, acessem o ambiente virtual e 
interajam com seus colegas de curso e com seu professor! 
1 - Capital Social
Vimos, nesta seção, que o Capital Social é a origem 
primeira do patrimônio de uma entidade, composta por uma 
ou mais pessoas físicas ou duas ou mais pessoas jurídicas, e 
tanto pode ser integralizado em dinheiro como em bens.
2 - Distinção entre Capital e Patrimônio
O Capital Social representa a entrada de recursos de sócios 
de dada entidade, enquanto que o patrimônio é a soma de um 
conjunto de bens e direitos deduzido das dívidas da entidade.
3 - Situações Líquidas do Patrimônio
A diferença entre bens e direitos (ativo), menos as 
obrigações (passivo), resulta no chamado Patrimônio Líquido. 
A situação líquida, portanto, resulta de bens, direitos e 
obrigações, podendo ser positiva, negativa ou nula.
Contabilidade 
Comercial: Atualizado conforme Lei 11638/07 e MP nº 
Vale a pena
Vale a pena ler
Academia Brasileira de Ciências Contábeis. Disponível em: 
<http://www.abcienciascontabeis.com.br/>.
SÁ, Antonio Lopes de. Bases Conceituais da Teoria 
Neopatrimonialista. Disponível em: <http://lopesdesa.com.
br> Acesso em: 31 mar. 2012.
Demonstrações Contábeis. 
Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Disponível 
em: <http://www.portaldecontabilidade.com.br/ibracon/
npc27.htm>.
Vale a pena acessar
virtual e realizar as atividades propostas para a Aula estudada. As 
“Sala Virtual – Atividades”.Após responder envie-as, procurando 
do ambiente de aprendizagem UNIGRAN Net. Lembrem-se de que no 
Minhas anotações
449/08. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
______. Dicionário de termos de contabilidade. São Paulo: 
Atlas, 2001.
OLIVEIRA, Alexandre Martins Silva de [et al]. 
Contabilidade Internacional: Gestão de Riscos, Governança 
Corporativa, Contabilização de Derivativos. São Paulo: 
Atlas, 2008.
67
Contabilidade Societária I
2º Aula
Aspectos do 
patrimônio
Nesta aula, para iniciar nossas reflexões, veremos 
alguns aspectos do patrimônio de uma entidade, que 
podem ser qualitativos e quantitativos. Do mesmo 
modo, estudaremos a função e o funcionamento das 
contas patrimoniais, o plano de contas e a sua estrutura 
funcional.
Lembrem-se de que estaremos esperando suas 
sugestões para melhorar nossos recursos e técnicas 
didáticas utilizados no curso. Afinal, a construção de 
conhecimento é um trabalho de todos.
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• identificar o plano de contas e sua estrutura funcional.
68
9
1 - O patrimônio sob o aspecto qualitativo e quantitativo
2 - Função e funcionamento das contas
3 - Plano de contas e sua estrutura funcional
Seções de estudo
as recomendações postadas em atividades e no mural. Bons estudos!
1 - O patrimônio sob o aspecto 
qualitativo e quantitativo 
3 - Plano de contas e sua estrutura 
2
contas
Dando prosseguimento ao nosso estudo sobre o 
Patrimônio, verificamos que o patrimônio de uma entidade 
envolve aspectos tanto qualitativos quanto quantitativos.
Aumentativa
Variação
patrimonial
Qualitativa
Quantitativa
Diminutiva
Veremos abaixo as particularidades de cada um destes 
aspectos variantes: 
• Qualitativo
classificação contábil ao patrimônio, isto é, a qualificação dos itens 
do patrimônio, conforme um plano de contas.
• Quantitativo
itens do patrimônio com “valor” monetário. A contabilidade 
só atinge sua função plena se o patrimônio, além de qualificado 
corretamente, seja também avaliado quantitativamente. 
No aspecto quantitativo, por exemplo, a conta estoques 
representada no balanço patrimonial leva em consideração 
o valor em moeda, já as quantidades de mercadorias são 
controladas por sistemas paralelos à contabilidade.
Assim, as variações quantitativas derivam de 
movimentações que aumentam ou diminuem o patrimônio 
líquido e subdivide-se em:
o patrimônio líquido.
Para que o Patrimônio de uma entidade seja demonstrado 
de forma correta e que atinja os objetivos, que é a informação 
aos usuários internos e externos, os componentes patrimoniais 
são classificados por “contas”. 
As contas obedecem uma classificação importante, sendo 
para os itens do ativo, primeiramente as contas com rápida 
conversibilidade em dinheiro e, para o passivo, primeiramente, 
as contas de maior grau de exigibilidade.
2.1 - O grau de 
conversibilidade
Na Demonstração do 
Resultado do Exercício, o critério 
é para uma demonstração 
vertical, onde os itens positivos, 
de receita, vêm em primeiro 
lugar, depois suas deduções, 
custos e despesas.
Visualizando o plano de contas, podem observar que no 
ativo temos grupos de contas na ordem: 
Notem que contas como caixa, bancos, duplicatas a 
receber, entre outras, são colocadas em primeiro plano pela 
sua conversibilidade em dinheiro, e assim por diante.
2.2 – O grau de exigibilidade
Já no passivo, observem que contas como fornecedores, 
impostos a recolher, salários, encargos e empréstimos são 
evidenciados no passivo circulante, como sendo as contas de 
maior exigibilidade para a entidade.
Fonte: <http://
 Essa compreensão é muito importante neste momento de estudo, 
análises de balanço, por exemplo.
Cada entidade, conforme a sua atividade, elabora um 
plano de contas, que atenda suas necessidades e de acordo 
com aquilo que os usuários da contabilidade elegem como 
prioridade para sua informação.
Existem modelos diversos publicados e o que vamos 
usar para esta aula é o plano de contas que está no Manual de 
Contabilidade das Sociedades por Ações.
Para quem estuda Contabilidade, é importante ter contato 
com o plano de contas sistematicamente, uma vez que por 
meio de seu uso e manuseio o estudante consegue visualizar 
melhor o patrimônio de uma entidade.
O Plano de contas é dividido em três grandes grupos: 
• Demonstração do Resultado do Exercício. 
Cada grupo possui diferentes subgrupos e subdivisões 
que chamamos de contas sintéticas. Já as contas que recebem 
os lançamentos são chamadas de contas analíticas.
3.1
de contas
Querem um exemplo?
Vejam na próxima subseção o modelo de plano de contas.
69
Contabilidade Societária I 10
A seguir demonstramos um modelo de Plano de Contas 
simplificado, já atualizado, de acordo com a Nova Lei das S/A.
MODELO SIMPLIFICADO DE PLANO DE CONTAS
ATUALIZADO COM A LEI Nº 11.638/07 E MP 449/08.
1. ATIVO
1.1 Circulante
1.1.01 Disponível
1.1.01.01 Caixa
1.1.01.01.01 Caixa pequenas despesas
1.1.01.02 Banco conta movimento
1.1.01.02.01 Banco do Brasil S/A.
1.1.01.02.02 Banco Itaú S/A.
1.1.01.02.03 Bradesco
1.1.01.03.01 Banco do Brasil S/A.
1.1.01.03.02 Banco Itaú S/A.
1.1.01.03.03 Bradesco S/A.
1.1.02 Clientes
1.1.02.01 Cliente X
1.1.02.02 Cliente Y
1.1.03 Duplicatas a receber
1.1.04 (-) Duplicatas descontadas
1.1.05 (-) Provisão p/ devedores duvidosos
1.1.07 Adiantamento a empregados
1.1.08 Títulos a receber
1.1.08.01 Nota promissória a receber
1.1.09 Impostos diversos a compensar
1.1.09.01 ICMS a recuperar
1.1.09.02 IPI a recuperar
1.1.09.03 IRRF a recuperar
1.1.09.04 CSLL a recuperar
1.1.09.05 PIS a recuperar
1.1.09.06 INSS a recuperar
1.1.09.07 COFINS a recuperar
1.1.09.08 Outros tributos a recuperar
1.1.10 Estoques
1.1.10.01 Mercadorias para Revenda
1.1.10.02 Produtos em elaboração
1.1.10.03 Matéria prima
1.1.10.04 Material de embalagem
1.1.10.05 Materiais de Uso/Consumo
1.1.11 Títulos e valores mobiliários
1.1.12 Despesas antecipadas
1.1.12.01 Juros s/ empréstimo de capital de giro
1.1.12.04 Seguros
1.1.12.05 Vale transporte
1.1.12.06 Outras
1.2 Não Circulante
1.2.01 Realizável a longo prazo
1.2.01.01 Aplicações em Incentivos Fiscais
1.2.02 Investimentos
1.2.02.01 Participação empresas ações diversas
1.2.02.02 Outros investimentos
1.2.03 Imobilizado
1.2.03.01 Terrenos
1.2.03.02 Móveis e utensílios
1.2.03.03 (-) Depreciação móveis e utensílios
1.2.03.04 Instalações
1.2.03.05 (-) Depreciação instalações
1.2.03.09 (-) Depreciação Computadores
1.2.03.10 Veículos
1.2.03.11 (-) Depreciação veículos
1.2.03.12 Imóveis
1.2.03.13 (-) Depreciações Imóveis
1.2.04 Intangíveis
1.2.04.01 Marcas e Patentes
1.2.04.02 (-) Amortização Marcas e patentes
1.2.04.03 Pesquisa e desenvolvimento
1.2.04.04 (-) Amortização Pesquisas e desenvolvimento
1.2.04.05 Direitos autorais
1.2.04.06 (-) Amortização sobre direitos autorais
2. PASSIVO
2.1 Circulante
2.1.01 Salários a pagar
2.1.02 Fornecedores
2.1.03 Duplicatas a pagar
2.1.05 Imposto a pagar / recolher
2.1.06 Títulos a pagar
2.1.07 Encargos Sociais a Recolher
2.1.08 Outros Títulos a Pagar
2.1.09 Aluguéis a pagar
2.1.10 Água e Luz a pagar
2.1.11 Dividendos Propostos a Pagar
2.2 Não Circulante
2.2.01 Exigível a Longo Prazo
2.2.01.01 Promissórias a Pagar de Longo Prazo
2.3 Patrimônio líquido
2.3.01 Capital Social
2.3.01.01 Capital Subscrito
2.3.01.02 (-) Capital a Integralizar
2.3.02 Reserva de capital
2.3.02.02 Ágio na emissão de ações
2.3.03 Reservas de Reavaliação (saldos de 2007)
2.3.04 Ajustes de Avaliação Patrimonial
2.3.05 Reservas de Lucros
2.3.05.01 Reserva Legal
2.3.05.02 Reserva Estatutária
2.3.05.03 Reserva para Contingências
2.3.05.04 Reserva de Incentivos Fiscais
2.3.05.05 Reserva de Retenção de Lucros
2.3.05.06 Reserva de Lucros a Realizar
2.3.05.07 Reserva Especial para Dividendos Obrigatórios Não 
Distribuídos
2.3.06 (-) Ações em Tesouraria
2.3.07 (-) Prejuízos Acumulados
2.3.07.01 Lucros do exercício
2.3.07.02 (-) Prejuízos do exercício
70
11
3. DESPESAS
3.1 Custos diretos da produção
3.1.01 Custos dos produtos vendidos3.1.01.01 CMV
3.2 Despesas Operacionais
3.2.01 Despesas Administrativas
3.2.01.01 13º Salário
3.2.01.02 Adicional noturno
3.2.01.03 Água / Esgoto
3.2.01.04 Alimentação
3.2.01.05 Aluguéis e arrendamento
3.2.01.06 Assistência médica/social
3.2.01.07 Associação de classe
3.2.01.08 Contribuição/donativos
3.2.01.09 Correios
3.2.01.10 Depreciação/Amortização
3.2.01.11 Despesas com manutenção da loja
3.2.01.12 Farmácia
3.2.01.13 Férias
3.2.01.14 FGTS
3.2.01.15 Gás
3.2.01.16 Horas extras
3.2.01.17 Impostos e taxas
3.2.01.18 Impressos
3.2.01.19 Indenizações/aviso prévio
3.2.01.20 INSS
3.2.01.21 Legais e judiciais
3.2.01.22 Luz
3.2.01.23 Materiais de consumo
3.2.01.24 Multas de trânsito
3.2.01.26 Pró labore administração
3.2.01.27 Propaganda e publicidade
3.2.01.28 Reproduções
3.2.01.29 Revistas e jornais
3.2.01.30 Salários e ordenados
3.2.01.31 Seguros
3.2.01.33 Serviço terceiros pessoa jurídica
3.2.01.35 Vale transporte
3.2.01.36 Viagens e representações
3.2.02 Despesas Comerciais
3.2.02.01 Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa
3.2.02.02 Amostra grátis
3.2.02.03 Combustível
3.2.02.04 Comissões de venda
3.2.02.05 Embalagens
3.2.02.06 Fretes na entrega
3.2.02.07 Impostos s/ veículos
3.2.02.08 Manutenção de veículos
3.2.02.09 Propaganda e publicidade
3.2.03.01 Encargos e Juros de Mora
3.2.03.02 Despesas Bancárias
3.2.03.03 CPMF
3.3 Despesas não operacionais
Ativos
Receitas
Despesas
Passivos
4. RECEITA
4.1 Receita bruta s/ vendas e serviços
4.1.01 Receita bruta de venda
4.1.01.01 Revenda de mercadorias
4.1.02 Receita bruta de serviços
4.1.02.01 Prestação de serviços
4.2 Dedução de receita bruta vendas/serviços
4.2.01 Dedução de receita bruta de vendas
4.2.01.01 Cancelamento de devoluções
4.2.01.02 Abatimento incondicional
4.2.01.03 ICMS
4.2.01.04 COFINS
4.2.01.05 PIS s/ vendas e serviços
4.2.02 Dedução de receita bruta s/ serviços
4.2.02.01 ISS
4.3 Receita operacional
4.3.01.01 Variação monetária ativa
4.3.01.03 Descontos obtidos
4.3.01.05 Multas ativas
4.3.01.06 Dividendos
4.3.01.07 Juros s/ duplicatas
4.3.02 Recuperações diversas
4.3.02.01 Reembolsos diversos
4.3.02.04 Venda de sucatas
4.3.03 Receitas patrimoniais
4.3.03.01 Resultado da venda de bens
4.4 Receita de Participações Societária 
4.4.01 Receita em Participações com Empresa Coligadas
4.4.01.01 Receita de Participações Societária
4.5 Outras Receitas não operacionais
mais claro o entendimento de vocês quanto aos aspectos qualitativos e 
71
Contabilidade Societária I 12
quantitativos do patrimônio e os demais assuntos tratados nesta aula.
Agora, vamos rever resumidamente o que estudamos em cada seção. 
conhecimentos.
Retomando a aula
Para encerrar a Aula 02, convido vocês a recordarem o 
que estudamos até aqui:
 1 – O Patrimônio Sob o Aspecto Qualitativo e 
Quantitativo
Nesta seção, vimos que o patrimônio de uma entidade 
envolve aspectos qualitativos e quantitativos. Os qualitativos 
qualificam corretamente os itens do patrimônio, conforme 
um plano de contas. Já os quantitativos avaliam e mensuram 
os itens do patrimônio com “valor” monetário. 
 2 - Função e Funcionamento das Contas
O Patrimônio de uma entidade precisa ser demonstrado 
de forma correta para atingir os objetivos, que é a informação 
aos usuários internos e externos.
Os componentes patrimoniais são classificados por 
“contas”, as quais são classificadas para os itens do ativo, 
quando possuem grau de conversibilidade e para o passivo, 
quanto ao grau de exigibilidade.
3 - Plano de Contas e Sua Estrutura Funcional
O Plano de contas é dividido em três grandes grupos: o 
Ativo, Passivo e Demonstração do Resultado do Exercício. 
Cada grupo possui diferentes subgrupos e subdivisões 
que chamamos de contas sintéticas, e as contas que recebem 
os lançamentos são chamadas de contas analíticas.
CALDERELLI, Antonio. Enciclopédia Contábil e 
Comercial Brasileira. 29. ed. São Paulo: Cetec, 2004. 
OLIVEIRA. Edson. Contabilidade informatizada: Teoria 
e Prática. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2006. 
SÁ, Antônio L. Princípios fundamentais de contabilidade. 3. 
ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Conselho Federal de Contabilidade. Resoluções e 
Pronunciamentos. Brasília: Disponível em: <http://www.
cfc.org.br/>.
Escrituração Contábil. Disponível em: <http://www.nfe.
fazenda.gov.br>.
Vale a pena
Vale a pena ler
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Revista Brasileira de Contabilidade. Disponível em: <http://
Minhas anotações
72
3ºAula
Balanço 
patrimonial
Nesta aula, conheceremos um pouco mais sobre 
a importância do balanço patrimonial. Também 
estudaremos sobre algumas das alterações ocorridas na 
Lei das S/A e os ativos circulante e não circulantes, de 
curto e de longo prazo, a Demonstração do Resultado 
do Exercício.
Lembrem-se que é importante ter em mente que o 
sucesso em um curso depende de sua participação, ou 
seja, durante o estudo, acessem e interajam no ambiente 
virtual. Estarei esperando a participação de vocês!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• entender sobre o débito e crédito para a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
• identificar as contas específicas e suas variações no patrimônio.
• definir as alterações da Lei das S/A.
73
Contabilidade Societária I 14
1 - Importância do balanço patrimonial 
2 - Alterações da Lei das S/A
3 - Ativos: curto e longo prazo
Seções de estudo
1 - Importância do balanço patrimonial 
Nesta aula, estaremos estudando contas específicas e 
suas variações, as quais sempre resultarão em mutações do 
patrimônio, por meio de resultados positivos ou negativos.
Imóveis
Fundos mútos
Veículos
Hipoteca
Ativos Passivos
Empréstimos
Ações
Títulos
Cada exercício culminará com a elaboração de um novo 
balanço Patrimonial e uma nova Demonstração do Resultado 
do Exercício. Por isso, o plano de contas é fundamental, para 
a correta classificação das contas e para que as demonstrações 
contábeis reflitam a realidade do patrimônio de uma entidade.
Visualização da Demonstração do Resultado do 
Exercício:
DRE
Receita Bruta de Vendas e Serviços
(-) Impostos sobre as vendas
(-) Devoluções
(-) Vendas canceladas
= Receita Líquida de Vendas
(-) Custo da Mercadoria Vendida
= Lucro Bruto
(-) Despesas Administrativas e operacionais
(-) Despesas não operacionais
(+) Receitas não operacionais
= Lucro Antes do Imposto de Renda (LAIR)
(-) Provisões para IRPJ e CSLL
= Lucro/Prejuízo Líquido do Exercício
Observem que a DRE (Demonstração do Resultado 
do Exercício) é uma demonstração vertical, e também uma 
demonstração dinâmica, visto que está sempre em constante 
mutação pela atividade da empresa, contemplando as vendas, 
custos e despesas.
O entendimento débito e crédito para a DRE deverá ser 
memorizado a partir da equação patrimonial, pois na DRE 
as receitas são aumento de patrimônio (Lucro) e os custos e 
despesas representam redução de patrimônio (Prejuízo), sendo 
assim, o Resultado do Exercício irá para o Patrimônio Líquido 
no Balanço Patrimonial.
1.1 - Balanço patrimonial
Conceito
Balanço Patrimonial é uma demonstração estática, isto é, uma espécie 
de inventário em determinado momento, onde avaliamos o patrimônio 
da entidade. 
Já a Demonstração do Resultado do Exercício é uma 
demonstração dinâmica da movimentação de mercadorias ou 
serviços, que nos leva a um resultado das atividades da empresa.
Abaixo, podemos visualizar um modelo de Balanço Patrimonial: 
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante
 Disponível
 Clientes
 Outros Créditos
 Estoques
 Despesas Antecipadas
 
Ativo Não Circulante
 Realizável a Longo Prazo
 Investimentos
 Imobilizado
 Intangível
Passivo Circulante
 Empréstimos e Financiamentos
 Debêntures
 Fornecedores
 Obrigações Fiscais
 Outras Obrigações e contas a pagar
Passivo Não Circulante
 Empréstimos e Financiamentos
 Outras obrigações de Longo Prazo
Patrimônio Líquido
Capital Social
Reservas de Capital
Reservas de Lucros
Lucros a Realizar
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Bens e Direitos
Itens Positivosdo Patrimônio
Contas Devedoras
Aplicação dos Recursos
Débito na conta aumenta o saldo
Crédito na conta reduz o saldo
Obrigações / Capital de Terceiros
Itens Negativos do Patrimônio 
Contas Credoras
Origem dos Recursos
Crédito na conta aumenta o saldo
Débito na conta reduz o saldo
Patrimônio Líquido / Capital Próprio
Lucro vindo da DRE Aumenta P.L.
Prejuízo vindo da DRE reduz P.L.
Resumindo
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
DESPESAS RECEITAS
Despesas e Custos
Contas devedoras
Redução de Patrimônio = Prejuízo
Redução de ativos (saída de caixa)
Aplicação de recursos (Prejuízo)
Receitas e recuperação de despesas
Contas Credoras
Aumento de Patrimônio = Lucro
Aumento de ativos (entradas caixa)
Origem de recursos (Lucro)
74
15
Então, tudo tranquilo até aqui?! Vamos conhecer um pouco mais sobre 
as alterações que aconteceram na Lei das S/A na próxima seção?!
2 - Alterações da lei das S/A.
As alterações produzidas pela Lei 11.638/07 
já estão contempladas nas demonstrações, 
demonstradas nos quadros acima, onde 
destacamos as principais mudanças, as 
quais serão objeto de estudo em cada aula.
Você Sabia
A Lei Nº 11.638, de 28.12.2007, altera e revoga dispositivos da Lei Nº 
6.404, de 15 de dezembro de 1976 e da Lei no 6.385, de 7 de dezembro 
de 1976, e estende às sociedades de grande porte disposições relativas 
2.1 – Ativos: circulante e não 
circulante
No Ativo, foi extinto o grupo Ativo Realizável à Longo 
Prazo, ficando dividido em Ativo Circulante e Ativo Não 
Circulante. Foi também inserido no Ativo Não Circulante 
o sub-grupo INTANGÍVEL, que contemplará contas de 
direitos como: Marcas e Patentes, Fundo de Comércio, Gastos 
com Pesquisas e Reorganizações, entre outras.
2.1.1 - Ativo Circulante
No Ativo Circulante, devem ser classificadas as contas 
de movimentação que representam valores, estoques, contas 
a receber e créditos de curto prazo, obedecendo ao grau de 
conversibilidade em moeda.
2.1.2 - Ativo Não Circulante 
A classificação neste grupo será de contas cujos créditos e 
direitos de Longo Prazo e os bens fixos a serviço da empresa.
Na próxima seção, veremos sobre as alterações ocorridas 
nos ativos de curto e nos ativos de longo prazo.
3 - Ativos: curto e longo prazo
3.1 - Ativos de Curto Prazo
Ativos de Curto Prazo são direitos recebíveis no período 
compreendido da data do balanço dentro dos próximos 12 
meses. De acordo com a Lei 6.404/76, os valores a receber 
dentro do exercício social seguinte serão classificados no 
circulante, o que representa um período de 12 meses. 
Você Sabia?
Hoje, os balanços são publicados mensalmente, trimestralmente ou 
semestralmente, sendo assim, a contar da data do balanço, o período 
subsequente de 12 meses representa o circulante.
3.1.2 - Ativos de Longo Prazo
Os valores a receber no período subsequente aos 12 meses, 
serão classificados no Longo Prazo ou Ativo Não circulante. 
EXEMPLO: 
Venda a prazo de mercadorias no valor de R$ 30.000,00 
para recebimento em 20 meses:
12.000,00 Não Circulante
3.2
demonstrações contábeis
Ainda no Ativo Não Circulante, os valores das contas 
do sub-grupo Diferido, serão congeladas até sua total 
amortização, visto que as contas deste grupo serão classificadas 
no Intangível.
Atenção
as empresas possuem ativos que muitas vezes não eram contabilizados, 
pois pela sua característica “incorpórea” ou “abstrata”. Exemplo destes ativos 
Imóveis de Terceiros, Direitos Contratuais, entre outros. 
No grupo Patrimônio Líquido, houveram importantes 
modificações, sendo excluída a conta de Lucros Acumulados, 
os quais deverão ser distribuídos em forma de reservas, 
dividendos ou aumento de capital. No mesmo grupo, aparece 
a conta de Ajuste de Avaliação Patrimonial, a qual vem 
substituir a Reserva de Reavaliação. 
No decorrer de nossa disciplina, todas estas alterações 
serão objeto de estudos nas respectivas contas. Por isso, o 
plano de contas desta aula é importante para sua memorização 
da classificação das contas.
Saber Mais
O livro base para este estudo é o Manual de Contabilidade das 
conhecimentos contábeis deve adquirir.
Como estamos indo? Espero que o conteúdo esteja sendo entendido.
Retomando a aula
75
Contabilidade Societária I 16
1- Importância do Balanço Patrimonial 
Nesta seção, vimos que o Balanço Patrimonial é uma 
demonstração estática, isto é, uma espécie de inventário em 
determinado momento, onde avaliamos o patrimônio da 
entidade. 
Já a Demonstração do Resultado do Exercício é uma 
demonstração dinâmica da movimentação de mercadorias 
ou serviços, que nos leva a um resultado das atividades da 
empresa.
2 - Alterações da Lei das S/A
No Ativo Circulante são classificadas as contas de 
movimentação que representam valores, estoques, contas a 
receber e créditos de curto prazo, obedecendo ao grau de 
conversibilidade em moeda. Já no Ativo Não Circulante, a 
classificação são de contas cujos créditos e direitos de Longo 
Prazo e os bens fixos a serviço da empresa.
3 - Ativo: Curto e Longo Prazo
Hoje, os balanços são publicados mensalmente, 
trimestralmente ou semestralmente. Por isso, a contar da data 
do balanço, o período subsequente de 12 meses representa o 
ativo circulante.
No Ativo Circulante, são classificadas as contas de 
movimentação que representam valores, estoques, contas a 
receber e créditos de curto prazo, obedecendo ao grau de 
conversibilidade em moeda. Já no Ativo Não Circulante são 
classificadas as contas cujos créditos e direitos de Longo 
Prazo e os bens fixos a serviço da empresa.
ASSAF, Neto Alexandre. Estrutura e análise de balanços: 
um enfoque econômico-financeiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 
2010.
FIPECAFI. Manual de Contabilidade das Sociedades por 
Ações (Aplicável às Demais Sociedades). 7. ed. São Paulo : 
Atlas, 2007.
Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária: Lei Nº 
11.638, De 28-12-2007. São Paulo: Atlas, 2008.
BRASIL. Lei Nº 11.638, de 28.12.2007. Disponível 
em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11638.htm> Acesso em: 17 mar. 2012.
Conselho Federal de Contabilidade
Brasileiras de Contabilidade. Brasília, 2004. Disponível em: 
<http://www.cfc.org.br>.
Vale a pena
Vale a pena ler
Vale a pena acessar
HENRIQUES, Juliana Mancini. Sociedade Anônima: 
é possível a negociação com suas próprias ações? 
Disponível em: < http://www.migalhas.com.br/
dePeso/16,MI85447,51045-Sociedade+Anonima+e+poss
ivel+a+negociacao+com+suas+proprias+acoes>. Acesso 
em: 24 mar. 2012.
Minhas anotações
76
4ºAula
Ativo 
circulante
Prezados(as) acadêmicos(as), 
sejam bem-vindos(as) à nossa quarta aula! 
Estudaremos, agora, as contas que compõe o Ativo de 
uma Entidade, isto é, o conjunto de bens e direitos de 
uma empresa.
Investigaremos a respeito do Ativo Circulante e 
seus critérios de avaliação, bem como o ativo o Ativo 
Circulante disponível e em relação às duplicatas e sua 
respectiva contabilização.
Mas antes, vamos verificar quais são os objetivos e 
quais as seções que serão desenvolvidas ao longo desta 
aula.
Bom trabalho!
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• conceituar as contas do Ativo e definir sua classificação quanto aos grupos de Ativo Circulante e Ativo Não Circulante.
• contabilizar fatos utilizando-se do plano de contas e avaliando contas de Ativo.
• utilizar o Plano de Contas para a correta contabilização dos fatos e a das contas patrimoniais e de resultado.
77
Contabilidade Societária I 18
1 - Ativo circulante 
2 - Critérios de avaliação do ativo circulante
3 - Ativo circulante: disponível
4 - Ativo circulante: duplicatas
Seções de estudo
1 - Ativo circulante 
Ativo Circulante é o primeiro grupo de contas do 
Ativo. A recomendação legal de que os bens e direitos sejam 
classificados no Ativo na ordem do grau de liquidez decrescente 
faz com que, no Ativo Circulante, estejam posicionados, após 
o disponível, os itens que se converterão em dinheiro mais 
rapidamente (até o final do exercício subsequente). 
Há outrasdenominações do Ativo Circulante. Os 
sinônimos encontrados para Ativo Circulante na literatura 
contábil definem, de certa forma, o que ele representa, senão 
vejamos:
• Capital de Trabalho: é com o Ativo Circulante que o 
administrador trabalha para produzir riquezas, atendendo ao 
objeto social da empresa.
• Capital de Giro: É o Ativo Circulante que o administrador 
movimenta, procurando girar mais rapidamente possível, 
com o objetivo de melhorar a rentabilidade.
• Ativo Corrente: É o Ativo Circulante que corre, gira e 
trabalha para trazer benefícios a empresa. O
• Capital Circulante: É o Ativo Circulante que assume 
dentro de um ciclo diversas formas, iniciando-se como 
dinheiro, transformando-se em mercadorias, posteriormente 
em duplicatas e, novamente, em dinheiro (no resgate das 
duplicatas).
1.1 - Componentes do Ativo 
Circulante
Quadro 4.1 – Elementos do Ativo
Despesas antecipadas
Investimentos
Imobilizado
Clientes
Outros créditos
Disponibilidades
Estoques
ativo
Circulante
Realizável a longo prazo
Permanente
Os valores classificáveis no Ativo Circulante são:
• Caixa
• Depósito Bancário a Vista (Bancos conta Movimento)
• Aplicações Financeiras
Bens e Direitos Realizáveis a Curto Prazo (no curso 
do exercício social seguinte, ou no período compreendido até 
12 meses da data de publicação do Balanço):
• Duplicatas a Receber
• Estoques
2 - Critérios de avaliação do ativo 
circulante
A avaliação do Ativo Circulante, assim como a dos outros 
Ativos, está sujeita aos preceitos estabelecidos na Lei das 
Sociedades por Ações, como também aos princípios básicos 
de contabilidade.
Atenção
No Ativo Circulante, o critério exposto tanto pela lei como pela Teoria da 
Contabilidade é “Valor de Custo ou Mercado, o mais baixo”.
Veremos a avaliação dos estoques, ativos onde este critério 
se aplica com muita frequência. Todos os itens do Ativo são 
registrados por seu valor de custo, seja ele custo de aquisição 
como base de valor.
Se o valor de mercado (preço de compra) todavia, for 
menor que o preço de custo, deverá prevalecer o preço de 
mercado. Ressalte-se que essa possibilidade é bastante remota 
em uma economia essencialmente inflacionária.
Essa regra encontra respaldo no Conservadorismo, onde 
está contida a premissa de que a Contabilidade nunca deve 
antecipar lucro, e sim prejuízo (sempre que possível).
2.1
Contábeis
São recursos da empresa para fazer frente a seus 
compromissos imediatos ou para qualquer outra aplicação 
relativa à sua atividade. 
Suas principais características são a de serem “a vista”, 
isto é, trata-se de dinheiro em mãos, ou de depósito bancário 
sacável a vista, ou de outras aplicações consideradas a vista.
O disponível é composto dos itens: Caixa, Bancos, Conta 
Movimento e Aplicações Financeiras diárias.
3 – Ativo circulante: disponível
Pelo elevado grau de conversibilidade em 
moeda corrente, as contas a seguir, são 
Elas representam a moeda em espécie e 
que está disponível para uso imediato pela 
empresa, sem necessidade de conversão, troca 
ou qualquer outro meio para seu uso.
As contas que representam os recursos disponíveis são:
 Caixa:
Representa dinheiro à disposição da empresa. Esse item 
• Investimentos Temporários
• Outros Valores
 Aplicação de Recursos em Despesas do Exercício 
Seguinte (Despesas Antecipadas):
• Seguros
• Despesas Financeiras
• Material de Escritório etc.
78
19
4 – Ativo circulante: duplicatas 
As duplicatas originam-se de vendas de mercadorias/
produtos ou prestação de serviços a prazo para seus clientes 
(por isso alguns contadores denominam essa conta de clientes). 
A duplicata é um comprovante de dívida do cliente 
com a empresa. Dá o direito à empresa cobrar seus clientes 
no vencimento do prazo de faturamento. A conta Duplicatas 
a Receber corresponde às duplicatas emitidas e ainda não 
liquidadas.
4.1 - Duplicatas Descontadas
Outro fato que deve ser considerado como conta 
retificadora (subtrativa de Duplicatas a Receber) é o desconto 
de duplicatas.
A duplicata é cedida ao Banco (ou a outra Instituição 
Financeira) pela empresa por meio de um endosso no verso 
da duplicata. O Banco por sua vez, antecipa à empresa o valor 
registrado na duplicata menos os juros. Portanto, a quantia em 
dinheiro que a empresa recebe na negociação da duplicata já 
sofreu desconto dos juros (por isso se denomina Duplicatas 
Descontadas).
Poderia surgir uma questão natural: “mas eu vendi 
(negociei) uma duplicata recebendo dinheiro em troca, por 
que essa duplicata deve aparecer no Balanço Patrimonial?”
A empresa que desconta a duplicata é co-responsável 
perante o Banco se seu cliente não liquidar, no vencimento, 
a duplicata junto ao Banco. Em outras palavras a empresa 
reembolsa ao Banco o montante da duplicata no caso de 
inadimplemento de seu cliente.
4.2 - Exemplo de Contabilização
Venda a prazo de mercadorias ao cliente Zé Pereira, no 
valor de R$ 10.000,00:
 Valor venda a prazo.........R$ 10.000,00
Banco, cujo valor líquido recebido foi de R$ 9.000,00:
Atenção
Neste momento, na demonstração do Balanço, teremos a seguinte 
situação:
ATIVO
pode incluir, também, “cheques em mãos”, não depositados 
ainda, porém recebíveis imediatamente. Outros valores, como 
cheques a Receber ou Adiantamentos e Créditos não devem 
figurar indevidamente no saldo de caixa.
 Depósitos Bancários à Vista: (Bancos Conta 
Movimento)
São depósitos efetuados em conta bancária na qual a 
empresa pode, geralmente com cheque, movimentar livremente 
o dinheiro depositado.
A conta Banco conta Movimento, em nossos dias, é 
primordial, pois as instituições financeiras exigem das empresas 
certa reciprocidade para conceder crédito. Essa reciprocidade 
é, fundamentalmente, manter uma conta corrente com 
um “razoável” saldo no banco comercial. Assim, temos o 
propalado saldo médio, ou seja, a média aritmética dos saldos 
diários mantida no banco comercial pela empresa, sua cliente.
O controle dos depósitos em bancos pode ser feito de 
forma extracontábil de muitas maneiras. Uma delas, usada mais 
por pessoa física, é o controle no canhoto dos cheques. Tal 
controle é precário e tende a tumultuar-se, quando o volume 
de movimentação cresce.
O controle contábil é feito por meio da conta Bancos. 
Esse controle é dos mais perfeitos e, mantido atualizado, 
dispensa qualquer controle extracontábil. A conferência, 
sempre necessária, é feita por meio de conciliações bancárias.
São aplicações de liquidez imediata, ou seja, aplicações em 
títulos, para poucos dias, que podem ser vendidos (transformados 
em dinheiro) a qualquer momento. Normalmente, são feitas 
por meio de bancos, mas há várias opções.
O controle pode ser feito pelos comprovantes fornecidos 
pelos corretores, e devidamente contabilizados: são as notas de 
corretagem e recibos (de recebimento ou de pagamento). 
Posteriormente, esse controle pode ser conferido com 
os extratos fornecidos pelos corretores, á semelhança do que 
ocorre com a conciliação bancária. 
79
Contabilidade Societária I 20
Ativo Circulante
Disponível
Banco conta Movimento R$ 9.000,00
Clientes
Dpl. Rec. Zé Pereira R$ 10.000,00
(-) Dpl. Descontada R$ (10.000,00)
Vejam que o saldo da conta “Clientes” é zero, pois o 
valor que o cliente devia, já foi recebido, porém, como já 
comentado anteriormente, enquanto não ocorre o pagamento 
por parte do cliente no Banco, devemos manter a informação 
conforme ali disposto.
Num passo seguinte, vamos imaginar que o cliente 
pagou esta duplicata junto ao Banco, que é a operação natural.
Neste caso, o banco informa à empresa que efetuou o 
desconto da duplicata, através de um documento, que pode 
ser chamado de “Aviso Bancário” de quitação de duplicatas 
descontadas, variando essa nomenclatura no meio bancário.
do cliente Zé Pereira:
Aviso de quitação Dpl. Desc. Zé Pereira.....R$ 10.000,00
no prazo, o Banco poderá reembolsar este valor da empresa 
que efetuou o desconto, vai sair dinheiro da sua conta bancária.
Valor debitado emc/c Dpl. Não paga.........R$ 10.000,00
Atenção: O Banco poderá ainda cobrar os juros de mora pelo 
não pagamento no prazo, com isso a empresa, que já teve os R$ 
1.000,00 descontados inicialmente, terá mais despesa por conta da 
inadimplência do cliente.
Notem que neste caso, a conta Duplicatas a Receber, 
continuará em aberto, pois a empresa agora cobrará 
diretamente do cliente, com juros é claro.
Chegamos, assim, ao final da quarta. Espero que agora 
tenha ficado claro o entendimento de vocês sobre os vários 
aspectos do Ativo Circulante.
ou “quadro de avisos”. Já estamos no ambiente virtual esperando sua 
participação.
Retomando a aula
Para encerrar a Aula 04, vamos recordar os temas que 
1 - Ativo Circulante
Nesta seção, vimos que Ativo Circulante e Ativo de curto 
prazo são sinônimos, demonstrando que são bens de rápida 
rotatividade na empresa, representando o capital de giro. 
Ativo Não Circulante e Ativos de longo prazo, caracterizam-
se pelo prazo e pelo objetivo de uso, como exemplo os bens 
fixos.
O Ativo Circulante é também chamado de: Capital de 
2 - Critérios de Avaliação do Ativo Circulante
Note que no Ativo Circulante, o critério exposto tanto 
pela lei como pela Teoria da Contabilidade é “Valor de Custo 
ou Mercado, o mais baixo”. 
Todos os itens do Ativo são registrados por seu valor de 
custo, seja ele custo de aquisição ou custo de fabricação
 3 - Ativo Circulante: Disponível
espécie e que está disponível para uso imediato pela empresa, 
sem necessidade de conversão, troca ou qualquer outro meio 
para seu uso.
As contas que representam os recursos disponíveis são: 
4 - Ativo Circulante: Duplicatas 
As duplicatas provêm de vendas de mercadorias/produtos 
ou prestação de serviços a prazo para seus clientes, ou seja, é 
um comprovante de dívida do cliente com a empresa, dando o 
direito à empresa cobrar seus clientes no vencimento do prazo 
de faturamento. 
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços: 
um enfoque econômico-financeiro. 7. ed. São Paulo: Atlas, 
2002. 
Gestão financeira das 
empresas: um modelo dinâmico. Rio de janeiro: Qualitimark, 
1999. 
Resende. Mudanças nas Demonstrações Contábeis. São Paulo: 
Saraiva, 2003.
 Instituto dos Auditores Independentes do Brasil 
- Disponível em: <www.ibracon.com.br/> Acesso em: 28 
mar. 2012.
Revista Brasileira de Contabilidade - CFC. Disponível 
em: 
Serviço Brasileiro de Apoio Às Micro e Pequenas Empresas 
SEBRAE. Pesquisas. Disponível em: <http://www.sebrae.
gov.br> Acesso em: 31 mar. 2004.
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80
5ºAula
Estoque, investimentos e 
despesas 
Caros(as) acadêmicos(as), 
Vamos para mais uma etapa da nossa disciplina. Nesta 
aula, trataremos a respeito de características do estoque, de 
investimentos, despesas e da contabilização das principais 
contas do Ativo Circulante.
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• conhecer as aplicações de recursos em despesas e contabilizar as principais contas do Ativo Circulante.
81
Contabilidade Societária I 22
1 - Estoques
2 - Investimentos temporários
3 - Despesas do exercício seguinte
Seções de estudo
1 – Estoques
3 - Despesas do exercício seguinte
Para uma empresa comercial, Estoque significa o 
conjunto de mercadorias à disposição de vendas.
Para uma Empresa industrial, Estoque significa a 
Matéria Prima adquirida, estando ela em transformação (está 
à disposição para acabamento) ou já acabada (transformada).
Entradas:
• Compras
• Dev. clientes
• Outras entradas
Saídas:
• Compras
• Dev. clientes
• Outras saídas
Estoque de 
terceiros
Reserva de 
estoque
Contas a 
receber
Contas a 
pagar
Estoques 
pendentes
Compras
da empresa
Vendasestoque
Para uma empresa de serviços, Estoque significa 
o material de consumo disponível e necessário para o 
desempenho eficaz de sua atividade. Portanto, esses estoques 
não se destinam à venda, mas são consumidos na prestação 
de serviços.
Atenção
apuração do Custo da Mercadoria Vendida e as demais contabilizações 
2 – Investimentos temporários
O critério de classificação dos Investimentos, em 
temporários, permanente, longo prazo ou disponível, está 
ligado à intenção que animou a aplicação. É a intenção que vai 
determinar o tipo de Investimento e a classificação adequada.
O tipo de Investimento não difere daquele do Disponível 
nem do Longo Prazo, pois podem ser:
• Certificado de Depósito Bancário (CDB).
• Letras de Câmbio etc.
Só são classificáveis no Curto Prazo (circulante) os títulos 
cujo resgate seja realizável dentro do exercício subsequente, 
ou num prazo inferior a doze meses da data de publicação do 
Balanço.
 Essa possibilidade é determinada pelas peculiaridades 
do mercado de capitais e, muitas vezes, o resgate é viável, 
independentemente do vencimento, por meio do mecanismo 
de deságio, que é um desconto no valor nominal resgatado ou 
negociado antes do vencimento. 
Essas peculiaridades precisam ser conhecidas para 
bem classificar os títulos e também avaliá-los. Para tanto, é 
conveniente obter um parecer do corretor ou uma publicação 
especializada que fundamente os critérios adotados na data do 
Balanço.
Os investimentos temporários também são avaliados pelo 
custo de aquisição ou pelo valor de mercado, se este for menor. 
Na hipótese de o valor de mercado ser menor, eles deverão 
ser reduzidos ao valor de mercado pela constituição de uma 
Provisão para Redução ao Valor de Mercado. Essa Provisão 
deve ser destacada como conta redutora do Investimento nos 
moldes da Provisão para Ajuste de Estoque.
Outros Valores a Receber:
São Valores a Receber, oriundos de aplicações necessárias, e não 
Curto Prazo.
Empréstimos etc.). Adiantamentos para Viagens, Adiantamentos para 
Fornecedores etc.
3.1 - Despesas antecipadas
As despesas antecipadas 
são aplicações de recursos 
que permitirão desfrutar de 
um benefício no próximo 
exercício e que, pelo princípio 
de confrontação, devem ser 
apropriadas no exercício do 
benefício, independentemente da 
época do pagamento.
 Muitas vezes, é usada 
também a expressão Despesas Diferidas, com a qual não 
concordamos, devido a semelhança com a expressão Ativo 
Diferido, o que gera certa confusão que prejudica a clareza tão 
necessária nas Demonstrações Financeiras. 
O grupo de Despesas Antecipadas apresenta como componentes 
usuais os seguintes: seguros, juros, aluguéis, impressos e materiais de 
uso personalizados.
3.1.1- Despesa Antecipada Com 
Seguros
Esse item representa o valor pago antecipadamente 
à companhia de seguro para desfrutar de uma cobertura 
securitária no próximo exercício.
82
23
1- Na contratação do seguro e pagamento à vista, cuja 
apólice será com cobertura para doze meses
 Pagamento prêmio de seguro.................R$ 12.000,00
 Valor apropriado despesa do mês...........R$ 1.000,00
3.1.2 - Despesa antecipada com Juros
A despesa antecipada com juros é o valor geralmente 
descontado do financiamento e que corresponde ao custo 
do capital de terceiros que estará a disposição da empresa no 
próximo exercício ou será liquidado no próximo exercício.
1- Na contratação de empréstimo, com juros pagos à vista, 
cujo prazo de pagamento será de seis meses:
 Pagamento de Juros s/ empréstimo......R$ 24.000,00
 Valor apropriado despesa do mês...........R$ 4.000,00
3.1.3 - Despesa Antecipada com 
Aluguéis
É o valor do aluguel pago antecipadamente por força 
contratual para se utilizar um imóvel no próximo exercício.
1 - No pagamento de aluguéis antecipados para períodos 
futuros, exemplo de pagamento de seis meses de aluguel antecipado:
 Pagamento de Aluguéis antecipados....R$ 12.000,00
2 - Na apropriação da despesa:
 Valor apropriado despesa do mês...........R$ 4.000,00
3.1.4 - Impressos e Materiais de Uso 
Personalizado
institucional, ou promocional que, em 
personalizadas e, muitas vezes, devem ser 
próximo exercício.
Daí, nada mais justo que transferir para o próximo 
exercício o valor proporcionalàs quantidades remanescentes 
existentes no fim do exercício e devidamente inventariadas.
1- No pagamento de materiais de uso e consumo, jornais 
e revistas, cujo benefício será futuro, deve-se contabilizar da 
seguinte forma:
 Pagamento de Assinatura de jornais................R$ 600,0
2 - Na apropriação da despesa:
 Valor apropriado despesa do mês.................R$ 100,00
3.2 – Contabilização: principais 
contas do ativo circulante
Assim, encerramos esta aula, contemplando as principais 
contas do Ativo Circulante, sua contabilização. Observem abaixo:
ativo!
 • Modelo de Contabilização
Caixa R$ 30.000,00
Banco América c/c R$ 20.000,00
Capital Social R$ 50.000,00
1 - Prestação de Serviços prestados à prazo pela empresa Serve Bem, 
no valor de R$ 80.000,00, para o cliente Chico Bento;
2 – A empresa realizou operação de desconto de duplicata do item acima, 
junto ao Banco, sendo cobrados juros pela operação valor de R$ 5.000,00;
3 – A empresa aplicou uma parte do dinheiro da conta corrente bancária 
em Poupança no mesmo Banco América no valor de R$ 50.000,00;
4 – Pagamento de 6 meses de aluguéis antecipados no valor de R$ 
12.000,00, incluindo-se o mês X1, mês em curso;
5 – Pagamento de despesas de energia do mês X1 via caixa R$ 10.000,00.
H -Realização de serviços a prazo................R$ 80.000,00
H - Operação de desconto de Duplicata
H - Valor aplicado em Poupança......................R$ 50.000,00
H - Pagamento de Aluguéis antecipados........R$ 12.000,00
83
Contabilidade Societária I 24
Retomando a aula
Antes de encerrar a Aula 05, é importante que 
retomemos os conteúdos estudados:
H - Valor do aluguel do mês X1.......................R$ 2.000,00
H - Pgto. Energia do mês X1...........................R$ 10.000,00
Com estamos até aqui?!Tudo tranquilo?!
Observem os últimos modelos de contabilização:
Caixa
30.000 12.000
 
 10.000 
8.000
Banco América
20.000 50.000 
75.000 
45.000 
Capital Social
 50.000 
 50.000 
4
5
2
3
Cliente
Chico Bento
80.000 
80.000
Despesa
de juros
5.000 
5.000
Receita de Serviços
 80.000
 80.000
1 1
2
Poupança B.
América
50.000 
50.000
Aluguéis
antecipados
12.000 2.000
10.000
Dpl
Descontada
 80.000
 80.000
2
3
4 4
Despesa
de aluguel
2.000
Despesa
de energia
10.0004 5
Receita Bruta de Serviços R$ 80.000,00
( - ) Despesas adm. e operacionais
 Despesas de Aluguel R$ ( 2.000,00)
 Despesa de Energia R$ (10.000,00)
 Despesa com juros R$ ( 5.000,00)
Lucro Líquido do Exercício R$ 63.000,00
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo Circulante
 Disponível
 Caixa..........................R$ 8.000,00
 Banco América..........R$ 45.000,00
 Aplic. Poup................R$ 50.000,00
 Seguro Antecipado.. R$ 10.000,00
 Clientes
 Dpl. A Receber.........R$ 80.000,00
 (-) Dpl. Descontada R$ (80.000,00)
Total do Ativo............R$ 113.000,00
Passivo Circulante
Patrimônio Líquido
 Capital Social......... R$ 50.000,00
 Lucro Líquido.........R$ 63.000,00
Total do Passivo........R$ 113.000,00
Assim chegamos ao final de mais uma aula. Tudo 
bem até aqui pessoal?! Espero que os assuntos tratados 
tenham contribuído para enriquecer e fundamentar seus 
conhecimentos.
Na próxima aula vamos estudar o grupo de contas do 
Estoque, avaliação dos estoques, contabilizações e demais 
envolvimentos contábeis. Até à próxima aula! 
ou “quadro de avisos”. Lembrem-se de que no ambiente virtual vocês 
1 - Estoques
Vimos que estoque quer dizer o conjunto de mercadorias 
à disposição de vendas, no caso de uma empresa comercial. 
Estoque significa, para uma empresa industrial, a matéria-
prima adquirida, tanto em transformação quanto já acabada. 
Já para uma empresa de prestação de serviços, estoque 
compreende o material de consumo disponível e necessário 
para o desempenho eficaz de sua atividade. 
2 - Investimentos Temporários
Os Investimentos classificam-se em temporários, 
permanente, longo prazo ou disponível, dependendo da 
intenção norteadora da aplicação.
(CDB), Letras de Câmbio, entre outros.
3 - Despesas do Exercício Seguinte 
As despesas antecipadas ou diferidas são aplicações de 
recursos que permitem desfrutar de um benefício no próximo 
exercício e que, pelo princípio de confrontação, precisam ser 
apropriadas no exercício do benefício, independentemente da 
época do pagamento.
Os componentes usuais das Despesas Antecipadas 
são: seguros, juros, alugueis, impressos e materiais de uso 
personalizados.
BRAGA, Hugo Rocha, SOARES, José Ribamar 
Cardoso. Demonstrações Financeiras estrutura análise e interpretação 
(livro de exercícios). 2. ed. São Paulo: Atlas, 2000.
Dicionário de termos de contabilidade. São Paulo: Atlas, 2001.
LIMA E SILVA, Moacyr. Contabilidade Geral. São Paulo: 
Érica, 2010.
Vale a pena
Vale a pena ler
84
25
Comissão de Valores Mobiliários
Apresentação das Demonstrações Financeiras. Rio de 
Janeiro, 2004. Disponível em: <http://www.cvm.gov.br> 
Acesso em: 30 mar. 2012.
Comitê de Pronunciamentos Contábeis. Disponível em: 
Revista Brasileira de Contabilidade - RBC - Fórum Contábeis. 
Disponível em: <www.contabeis.com.br/forum/.../rbc-
revista-brasileira-de-contabilida...>.
Vale a pena acessar
Minhas anotações
85
Contabilidade Societária I
6º Aula
Operações com mercadorias: 
estoques
Olá, pessoal,!
Nesta aula veremos que o grupo de contas 
Estoques assume grande importância no contexto do 
Balanço Patrimonial e observaremos que seus efeitos são 
imediatamente sentidos no Patrimônio Líquido.
 Daí a necessidade de demonstrar sua movimentação 
na Demonstração do Resultado do Exercício, 
principalmente nos Balanços Patrimoniais das empresas 
comerciais onde o estoque tende a ser o item de maior 
valor e de intensa movimentação, o que não quer dizer 
que não seja importante também nas empresas industriais 
ou mesmo em outras empresas.
Primeiramente, vamos ver quais são os objetivos e 
as seções de estudo que serão desenvolvidas nesta aula. 
Então, vamos lá? 
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de: 
• analisar os tributos envolvidos na movimentação de mercadoriasl
• utilizar os conhecimentos em outras disciplinas do curso.
86
27
2 – Operações com mercadorias
1 – Estoques
Importante
que houver uma mudança de valor dos ativos.
 1 - Estoques
 2 - Operações com mercadorias
 3 - Apuração do custo
Seções de estudo
Estoque
Sugestão
de 
compra
Relatórios
gerenciais
Vários
locais de
estoque
Sugestão de 
estoque de
segurança
Nesta Seção, iremos identificar em nosso estudo que 
Estoque refere-se, principalmente, às empresas comerciais e 
industriais, porém os conceitos são perfeitamente válidos em 
quaisquer entidades que movimentem materiais, matérias-
primas, produtos, enfim, quaisquer tipos de mercadorias, sejam 
elas para uso próprio, transformação ou revenda.
Circulante. Excepcionalmente, serão Ativos Não-Circulantes 
quando houver estoques de Longo Prazo. 
Os estoques representam, portanto, um dos ativos mais 
importantes do capital circulante e da posição financeira da 
maioria das companhias industriais e comerciais. 
A sua correta determinação no início e no fim do período 
contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro 
líquido do exercício. 
Os estoques estão intimamente ligados às principais áreas de 
operação dessas companhias e envolvem problemas de administração, 
controle, contabilização e principalmente de avaliação.
Elenco de contas:
• provisão para redução ao valor de mercado (conta 
• provisão para perdas em estoques (conta credora). 
1.1 Critérios de Avaliação dos 
Estoques
A regra básica de avaliação dos estoques na data do 
balanço é a do custo ou mercado, dos dois o menor. 
Esta regra obedece ao princípio contábil da Prudência, o qual 
visa dar ao valor dos ativos o menor valor, visando, com isso, um 
resultado no Patrimônio Líquido sempre mais perto da realidade.Quando o valor de mercador for menor que o valor do 
custo, que é o valor efetivamente pago, deverá ser constituída 
uma Provisão para redução ao valor de mercado (conta 
credora), a qual poderá vir a ser revertida em caso de aumento 
de valor das mercadorias em estoque.
Note que a avaliação dos estoques é feita através de 
controles temporários ou controles permanentes que pode 
influenciar no resultado da empresa, uma vez que essa 
avaliação produz efeitos no Custo das vendas.
2.1 Métodos e sistemas para 
registro
Há métodos e sistemas para registro das operações 
com mercadorias. Quando a empresa não possui controles 
permanentes de estoques, através de fichas ou sistemas 
eletrônicos, ela atribui valor ao estoque em determinado 
período, fazendo contagem física dos estoques. Isso pode 
ocorrer mensalmente ou anualmente, conforme o modelo da 
empresa e sua opção tributária.
Nesse caso, por meio da contagem física, a fórmula 
básica usada é:
E.I. + C. – E.F = CMV
Onde:
87
Contabilidade Societária I 28
Qual preço unitário deve ser atribuído a tais estoques na data do 
balanço?
“Fechado para Balanço”. Muitas lojas utilizavam estes métodos, hoje 
Com esta fórmula, podemos avaliar os estoques, atribuir 
o valor do Custo da Mercadoria Vendida tanto pela contagem 
física, caso a empresa não possua controle permanente de 
seus estoques por meio de fichas ou sistemas informatizados.
• Estoque Inicial de um período R$ 20.000,00
• Compras de mercadorias no período R$ 60.000,00
• Estoque Físico contado R$ 30.000,00
CMV = EI (20.000,00) + C (60.000,00) – EF (30.000,00)
CMV = 50.000,00
)
Por outro lado, quando a empresa possui controle de 
estoque através de fichas ou sistema próprio, a cada nova 
movimentação, compra ou venda, ela terá seu custo e saldo 
de estoque sempre atualizado. Nesse caso, a contagem física 
quando feita é para fins de conferência de estoque.
Essas fichas ou sistemas podem atribuir o valor do 
custo, conforme os métodos que a empresa implantar. Para 
isso existem os seguintes métodos de custo, os quais serão 
abordados na próxima seção:
• PEPS 
• UEPS 
• MPM - Média ponderada móvel.
3 – Apuração do custo
Conhecendo os componentes do custo de aquisição, 
o problema agora se prende ao fato de a empresa ter em 
estoque o mesmo produto adquirido em datas distintas, com 
custos unitários diferentes. 
Assim, surge a dúvida: 
Vamos, a seguir, analisar as diversas possibilidades existentes. 
Atenção
Antes disso, cabe lembrar que no Brasil, a legislação do Imposto 
de Renda tem permitido, apenas, a utilização do método do preço 
mais recentemente (FIFO ou PEPS).
Assim, não é permitido, para fins fiscais, o uso do LIFO 
ou UEPS, motivo pelo qual a maioria das empresas, no Brasil, 
utiliza principalmente, o custo médio ponderado móvel.
As possibilidades de atribuição desse valor unitário, serão 
sempre baseadas no custo ou valor de aquisição, conforme 
veremos no próximo tópico.
3.1
Preço específico significa valorizar cada unidade do estoque 
ao preço efetivamente pago para cada item especificamente 
determinado. 
É usado somente quando é possível fazer tal determinação 
do preço específico de cada unidade em estoque, mediante 
identificação física, como no caso de revenda de automóveis 
usados, por exemplo.
Esse critério normalmente só é aplicável em alguns 
casos onde a quantidade, o valor ou a própria característica da 
mercadoria ou material o permitam. Na maioria das vezes, é 
impossível ou economicamente inconveniente.
Empresa revendedora de veículos adquire para seu 
estoque, um veículo:
• Valor pago pelo veículo R$ 30.000,00
• Frete pago R$ 2.000,00
• Seguro pago R$ 500,00
 Custo total do Veículo R$ 32.500,00
Pela aquisição o valor de 32.500,00, será lançado na conta 
de estoque de mercadorias para revenda, a qual no momento da 
venda será creditada pelo seu valor integral, em contrapartida a 
Imaginando, por exemplo, que a venda deste veículo 
poderia ser feita por R$ 38.000,00, o lucro bruto desta venda 
seria de R$ 5.500,00.
3.2 - Controles Permanentes de 
Estoques
a) PEPS ou FIFO
Com base nesse critério, daremos continuidade ao nosso 
entendimento, a partir da baixa pelo custo de aquisição, da 
seguinte maneira:
Atenção
O Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai – PEPS, ou FIFO (em inglês: 
First-In-First-Out). 
À medida que ocorrem as vendas ou o consumo, vai-se 
dando baixa, a partir das primeiras compras, o que equivale 
ao seguinte raciocínio: vendem-se ou consomem-se antes as 
primeiras mercadorias compradas.
• Estoque Inicial de 50 unidades a R$ 20,00 cada
• Compra de 100 unidades a R$ 30,00 cada
• Venda de 80 unidades
• Venda de 50 unidades
Quadro 1 – Entradas e Saídas PEPS ou FIFO
Data Entradas Saídas Saldo
Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total
E.I. - - - - - - 50 20 1.000
Compra 100 30 3.000 - - -
50
100
150
20
30
1.000
3.000
4.000
88
29
Venda - - -
50
30
80
20
30
1.000
900
1.900
70 30 2.100
Venda - - - 50 30 1.500 20 30 600
 3.000 3.400
CMV = EI (1.000) + C (3.000) – EF (600)
CMV = 3.400
Então, vamos continuar...
Observem na ficha de Estoque, a ordem dos eventos, 
o estoque inicial, depois a compra e em terceiro momento a 
venda. 
Neste momento, quando saíram do estoque as 80 
unidades, o procedimento foi de dar saída em primeiro lugar 
das 50 primeiras mercadorias (Estoque Inicial) e depois as 
outras 30 mercadorias, totalizando a saída de 80 unidades.
Este procedimento é permitido pela legislação do Imposto 
de Renda no Brasil.
b)UEPS OU LIFO
Com base nesse critério, daremos baixa pelo custo de 
aquisição, da seguinte maneira:
Atenção
O Último que Entra é o Primeiro que Sai – UEPS, ou LIFO (em inglês: 
Last-In-First-Out).
À medida que ocorrem as vendas ou o consumo, vai-
se dando baixa, a partir das últimas compras, o que equivale 
ao seguinte raciocínio: vendem-se ou consomem-se antes as 
últimas mercadorias compradas.
• Estoque Inicial de 50 unidades a R$ 20,00 cada
• Compra de 100 unidades a R$ 30,00 cada
• Venda de 80 unidades
• Venda de 50 unidades
Quadro 2 – Entradas e Saídas - UEPS ou LIFO
Data Entradas Saídas Saldo
Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total
E.I. - - - - - - 50 20 1.000
Compra 100 30 3.000 - - -
50
100
150
20
30
1.000
3.000
4.000
Venda - - - 80 30 2.400
50
20
70
20
30
1.000
600
1.600
Venda - - -
20
30
50
30
20
600
600
1.200
20 20 400
 3.000 3.600
CMV = EI (1.000) + C (3.000) – EF (400)
CMV = 3.600
Você Sabia?
Vejam o motivo pelo qual, no Brasil, o método UEPS não é permitido: 
este método subavalia os Estoques e superavalia o Custo das Vendas, 
gerando assim um lucro menor.
c) Média Ponderada Móvel (MPM):
Com base nesse critério, daremos baixa pelo custo de 
aquisição, da seguinte maneira: O valor médio de cada unidade 
em estoque será alterado pelas compras de outras unidades 
por um preço diferente. Esse método é o mais utilizado no 
Brasil, evita-se o controle de custos por lotes, como nos 
métodos anteriores.
• Estoque Inicial de 50 unidades a R$ 20,00 cada
• Compra de 100 unidades a R$ 30,00 cada
• Venda de 80 unidades
• Venda de 50 unidades
Quadro 3 – Entradas e Saídas: Média Ponderada Móvel (MPM)
Data Entradas Saídas Saldo
Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total Qtde $ Un $ Total
E.I. - - - - - - 50 20 1.000
Compra 100 30 3.000 - - - 150 26,67 4.000
Venda - - - 80 26,67 2.133,60 70 26,67 1.866,40
Venda - - - 50 26,67 1.333,50 20 26,67 532,90
 3.000 3.467,10
CMV = EI (1.000) + C (3.000) – EF (532,90)
CMV = 3.467,10
Compreenderam? 
Quadro 4 – Demonstração do resultado
Peps UEPS MPM
Venda 5.000 5.000 5.000,00
(-) Custo 3.400 3.600 3.467,10
Lucro Bruto 1.6001.400 1.532,90
Estoque Final 400 600 532,90
Com este quadro-resumo, podemos observar que a maior 
valorização do Estoque Final, acarreta menor lucro bruto, por 
isso no Brasil, o PEPS e a Média Ponderada Móvel são aceitos, 
isso por que, ainda temos uma certa cultura inflacionária.
Chegamos, assim, ao final da Aula 06. Como estamos 
indo?
89
Contabilidade Societária I 30
Vamos fazer uma revisão retomando brevemente cada 
seção? 
Retomando a aula
tópicos principais da nossa aula?
1 - Estoques
Os conceitos de estoques são válidos em quaisquer 
entidades que movimentem materiais, matérias-primas, 
produtos, enfim, quaisquer tipos de mercadorias, sejam elas 
para uso próprio, transformação ou revenda. 
Os estoques representam um dos ativos mais importantes 
do capital circulante e da posição financeira da maioria das 
companhias industriais e comerciais. 
A regra básica de avaliação dos estoques na data do 
balanço é a do custo ou mercado, dos dois o menor.
2 - Operações com mercadorias
O Inventário significa contagem física de Estoques. 
As empresas precisam realizar permanentes controles de 
estoques, através de fichas ou sistemas eletrônicos, atribuindo 
valor ao estoque em determinado período, por meio da 
contagem física dos estoques, mensalmente ou anualmente, 
conforme o modelo da empresa e sua opção tributária.
 
3 - Apuração do custo
Diante do fato das empresas virem a ter em estoque o 
mesmo produto adquirido em datas distintas, com custos 
unitários diferentes, a apuração do valor do custo se dá 
mediante os seguintes métodos de custo:
BARROS, Sidney Ferro. Entendendo a Contabilidade. 
ERNEST & YOUNG e Fipecafi. Manual de Normas 
Internacionais de Contabilidade. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
SANCHES, Osvaldo Maldonado. Dicionário de 
Orçamento, Planejamento e Áreas Afins. Brasília: Prisma, 
1997.
Vale a pena
Vale a pena ler
Minhas anotações
Fundação Brasileira de Contabilidade - FBC. Disponível 
em: <www.fbc.org.br/fbc.htm>
Revista de Contabilidade e Organizações. Disponível em: 
<www.rco.usp.br/>
Vale a pena acessar
Operações com mercadorias. Disponível em: <http://
pt.scribd.com/doc/3318153/Contabilidade-Cap05-
Operacoes-com-Mercadorias-I>
90
7ºAula
Operações com mercadorias: 
custos
Continuando nossos estudos sobre as operações 
com mercadorias, nesta aula, verificaremos certos 
aspectos dos custos, ou seja, os fatos que alteram o valor 
das compras e das vendas.
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• apurar o resultado do exercício.
91
Contabilidade Societária I 32
1 - Fatos que alteram o valor das compras
2 - Fatos que alteram o valor das vendas
Seções de estudo
1 – Fatos que alteram o valor das 
compras
2 – Fatos que alteram o valor das 
vendas
Um primeiro aspecto a ser considerado sobre o custo no 
caso de matérias-primas e outros itens dos estoques, exceto os 
produtos em processo e acabados, é saber o que representa e 
o que inclui tal custo.
Custo do 
excesso
Erro de precisão
 Esses tipos de itens têm normalmente seu custo 
identificado pela documentação de compra (Notas fiscais 
etc.). Todavia, o conceito de custo de aquisição é que deve 
englobar o preço do produto comprado, mais os custos 
incorridos adicionalmente, até estar o item no estabelecimento 
da empresa. 
Nesse sentido, os custos de embalagem, transporte e 
seguro, quando por conta da empresa, devem ser considerados 
como parte do custo de aquisição e debitados a tais estoques.
No caso de importações de matérias-primas, o custo 
deve ser adicionado pelo imposto de importação, pelo 
IOF incidente sobre a operação de câmbio, pelos custos 
alfandegários e por outras taxas, além do custo dos serviços 
de despachante correspondente.
As despesas incorridas eventualmente com armazenagem 
do produto devem integrar seu custo somente quando são 
necessárias para sua chegada à empresa. Da mesma forma, 
juros incorridos e outras despesas financeiras não devem 
integrar o custo do estoque.
Ressalto, entretanto, no caso das importações, que a 
variação cambial incorrida até a data da entrada do produto 
no estabelecimento do adquirente deverá ser agregada ao 
1.1
no preço 
No caso dos impostos, devem-se considerar:
• ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias 
e Serviços - No caso de ser incluso no preço, ou pago, e 
não sendo recuperável fiscalmente, tal imposto deve integrar 
o custo de aquisição. No caso, todavia, em que o ICMS é 
fiscalmente recuperável, não deverá fazer parte dos estoques.
• IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados - 
Não faz parte, no caso de indústria, do custo do produto, 
pois o IPI é imposto destacado, e a empresa mera agente 
arrecadadora. No caso, todavia, de a empresa ser o consumidor 
final do produto ou de não haver recuperação, o custo do item 
é o seu preço normal, mais o IPI.
• II - Imposto de Importação - Faz parte do custo do 
produto, pois não tem recuperação.
Por ocasião do estudo da Demonstração do Resultado 
do Exercício, estudaremos com mais profundidade os fatos 
que alteram o valor das vendas, as quais são chamadas de 
“Deduções de Vendas”.
São elas: 
• os abatimentos incondicionais.
Ainda nas deduções de vendas, temos os impostos que 
incidem diretamente sobre o faturamento da empresa, são eles: 
• ICMS sobre vendas
• PIS sobre faturamento
• COFINS sobre faturamento
• IPI sobre vendas
• ISS sobre Serviços
A nomenclatura Dedução de Vendas sugere que logo após 
a Venda de uma mercadoria, temos que deduzir descontos, 
devoluções e impostos, resultando Receita Líquida ou Vendas 
Líquidas.
Vamos praticar um pouco a partir dos conhecimentos adquiridos até 
aqui: 
Dados de uma empresa, que não possui controle 
permanente de estoques, e que realiza contagem física no final 
do período:
• Saldo de contas de abertura:
Caixa R$ 20.000,00
Aplic. Ouro R$ 10.000,00
Estoques R$ 30.000,00
Capital Social R$ 60.000,00
1 - Aquisição a prazo de mercadorias para revenda no valor de R$ 
60.000,00, com ICMS incluso de 12%;
2 - Venda a prazo de mercadorias no valor de R$ 140.000,00;
3 - Operação de Desconto de Duplicata, 50% da venda do item 02, junto 
ao Banco BRR, juros descontados no valor de R$ 5.000,00;
4 - ICMS incidente sobre as Vendas 17%;
5 - PIS Incidente sobre as Vendas 0,65%;
6 - COFINS incidente sobre as Vendas 3,0%;
50.000,00;
92
33
8 - Pagamento de despesas administrativas gerais no valor de R$ 
15.000,00 em dinheiro pelo caixa;
10 - Apuração do ICMS do período.
A partir dos dados e fatos contábeis, vamos efetuar os 
lançamentos no Diário e posteriormente nos Razonetes, 
Resultado do exercício e o Balanço Patrimonial.
 H - Compras a prazo mercadorias para revenda
 C - Compras de mercadorias 
 
 Vamos ver, a seguir, estes lançamentos nos razonetes. 
Caixa
20.000 15.000
 5.000
Aplic. Ouro
10.000
Estoque inicial
30.000
8
Capital social
 20.000
Compras
52.800
ICMS a recuperar
 7.200 7.200
1 10
Dpl a pagar
 60.000
Dpl a receber
 140.000
Receita de vendas
 40.000
1
2 2
Banco c/c BRR
65.000 50.000
15.000
Despesa c/ juros
 5.000
Dpl descontadas
 70.000 33
ICMS s/ vendas 
23.800
ICMS a recolher
7.200 23.800
 16.600
PIS s/ faturam.
 9104
5
4 10
PIS a recolher
 910
COFINS s faturam.
 4.200
COFINS a recolher
 4.200
4
5
6
Aplic. Financ. BRR
5.000
Despesas Adm.
15.000 
C.M.V
30.000 10.000
52.800
72.800
9
9
7 8 9
10.000
9
2.1 - Apuração do Resultado do 
Exercício
Vamos proceder agora, juntamente com a Demonstração 
contas de Resultado, como segue:
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Contabilidade Societária I 34
um lucro de R$ 18.290,00 o qual será agora inserido no Patrimônio 
Líquido, no Balanço Patrimonial, como segue:
ou “Quadro de Avisos”. 
Retomando a aula
Parece que estamos indo bem! Então, para encerrar a 
Receita bruta de vendas R$ 140.000,00
(-) Dedução de vendas
ICMS s/ vendas
Receita líquida de vendas(-) CMV
Custo da merc. vendida
Lucro bruto
(-) /Despesas adm. e operacionais
Despesas administrativas
Despesas c/ juros
R$ (23.800)
R$ (910,00)
R$ (4.200,00)
R$ 111.090,00
R$ (72.800,00)
R$ 38.290,00
R$ (15.000,00)
R$ (5.000,00)
Lucro líquido do exercício R$ 18.290,00
DRE – Demonstração do Resultado do Exercício
BALANÇO PATRIMONIAL
ATIVO PASSIVO
Ativo circulante Passivo circulante
Disponível
 Caixa R$ 5.000,00
 Banco c/c BRR R$ 15.000,00
Fornecedores
 Dpl. a pagar R$ 60.000,00
 ICMS a recolher R$ 16.600,00
Aplic. Poup. R$ 50.000,00
Aplic. Ouro R$ 10.000,00
PIS a recolher R$ 910,00
CONFINS a recolher R$ 4.200,00
Clientes
 Dpl. a receber R$ 140.000,00
 (-) Dpl. descontada R$ (70.000,00)
Patrimônio líquido
 Capital social R$ 60.000,00
Lucro líquido R$ 18.290,00
Estoque R$ 10.000,00
Total do ativo R$ 160.000,00 Total do passivo R$ 160.000,00
Muito bem pessoal, vencida esta etapa, vamos na próxima 
aula, estudar sobre os critérios contábeis caracterizados pelo 
crédito. Mas antes, vamos rever os pontos principais do que 
estudamos nesta aula. Lembrem-se de conferir as sugestões 
de leituras e sites!
1 - Fatos Que Alteram o Valor das Compras
O custo de aquisição engloba o preço do produto 
comprado, mais os custos incorridos adicionalmente, como 
os custos de embalagem, transporte e seguro, até estar o item 
no estabelecimento da empresa e debitados a tais estoques.
Os impostos que interferem no preço são: ICMS, IPI e II. 
2 - Fatos Que Alteram o Valor das Vendas
Os fatos que alteram o valor das vendas, são as deduções: 
incondicionais.
Nas deduções de vendas temos os impostos que incidem 
diretamente sobre o faturamento da empresa são: ICMS, PIS, 
COFINS, IPI e ISS.
BRIMSON, James A. Contabilidade por Atividade: Uma 
abordagem de custeio baseado em atividades. São Paulo: 
Editora Atlas, 1996. 
Eurico de. Gestão de custos e formação de preços: conceitos, 
modelos e instrumentos: abordagem do capital de giro e da 
margem de competitividade. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
Vilchez. Contabilidade de Custos: um enfoque direto e objetivo. 
7. ed. São Paulo: editora Frase, 2003. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CUSTOS - 
ABC. Congresso Brasileiro de Custos. Disponível em: 
<http://www.abcustos.org.br/congresso/view?ID_
. Acesso em: 25 mar. 2012. 
Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas. Disponível em: 
<http://www.otoc.pt/pt/a-ordem/comissoes/historia-da-
contabilidade/regulamento/>.
Operações com Mercadorias. Disponível em: <http://www.
ebah.com.br/content/ABAAAAeEwAB/operacoes-com-
mercadorias>.
Vale a pena
Vale a pena ler
Vale a pena acessar
Minhas anotações
94
8ºAula
Critérios contábeis: 
crédito
Caros(as) acadêmicos(as), bem-vindos(as) para 
mais uma aula! Nesta aula, continuando nossos 
estudos verificaremos aspectos dos critérios contábeis 
voltados ao agrupamento de outros créditos, entre os 
quais, títulos a receber, cheques em cobrança, créditos 
de funcionários, entre outros, compostos por títulos, 
valores e outras contas a receber, normalmente não 
originadas do objeto principal da sociedade.
Boa aula!
Objetivos de aprendizagem
Ao término desta aula, vocês serão capazes de:
• contabilizar fatos utilizando-se do plano de contas e avaliando as contas de outros créditos.
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Contabilidade Societária I 36
1 - Conceitos e critérios contábeis 
2 - Classificação das contas créditos
Seções de estudo
Importante
Em termos de apresentação no balanço, os outros créditos devem 
Deverão, porém, ser segregados por espécie, com destaque para as 
contas devem ser descritas por título indicativo de sua natureza de 
origem.
1 – Conceitos e critérios contábeis 
Inicialmente, vamos pensar sobre o agrupamento de 
vários créditos, que podem ser genericamente analisados 
como sendo compostos por demais títulos, valores e outras 
contas a receber, normalmente não originadas do objeto 
principal da sociedade.
É preciso ter claro que 
os critérios de avaliação são 
os mesmos, isto é, devem 
ser demonstrados por seus 
valores líquidos de realização, 
ou seja, por seus valores que 
se espera sejam recuperados, 
reconhecendo-se as perdas 
estimadas pela constituição 
de provisões. Tais provisões 
devem, similarmente, ser apresentadas como contas redutoras.
Quanto à classificação, as regras são também as mesmas. 
São classificadas no Ativo Circulante todas as contas realizáveis 
em circunstâncias normais dentro do prazo de um ano, que 
tiverem vencimento além do exercício seguinte constituem 
realizáveis à longo prazo.
1.1 - Agrupamento de créditos
Como vimos, o subgrupo composto de diversas contas, 
devem ser classificados no Ativo Circulante, sendo as mais 
comuns relacionadas a seguir, conforme o modelo de Plano 
de Contas. 
e) Receitas financeiras a transcorrer (conta credora).
Cheques em cobrança.
f) Antecipação de férias.
g) COFINS a recuperar.
 
Depósitos restituíveis e valores vinculados.
Assim, são apresentados esses créditos, que precisam constar 
no balanço, porém, agrupados em um só título, caso seu total não 
seja significativo, se comparado com outros subgrupos.
Demais elementos do subgrupo Crédito, como tributos 
a compensar e recuperar, depósitos restituíveis e valores 
vinculados, investigaremos na próxima aula.
Na próxima seção, veremos sobre os títulos a receber, 
cheques em cobrança, dividendos propostos a receber, juros 
a receber, adiantamento a terceiros e créditos de funcionários. 
2
Agora, passaremos a analisar nesta seção alguns dos 
elementos que compõem subgrupos de créditos, conforme já 
classificados anteriormente, conforme segue: 
 Títulos a Receber
Podem originar-se das próprias contas normais a receber 
de clientes, as quais, quando vencidas e não pagas, são passíveis 
de renegociação mediante troca por Títulos a Receber (Notas 
Promissórias), com novos prazos de vencimento, normalmente 
acrescidos de juros.
Podem também ser oriundos de vendas não ligadas, 
as operações normais da empresa, tais como vendas de 
investimentos ou bens do imobilizado, como imóveis, 
equipamentos, veículos etc.
Outro tipo de operação aqui classificável é a de títulos a 
receber de origem variada como a acima exemplificada, poderá 
criar sub-contas.
 Os títulos a receber podem ser a:
a) clientes – renegociação de contas a receber;
b) devedores por venda de ativo permanente;
c) empréstimos a receber de terceiros;
d) títulos descontados (conta credora);
As parcelas vencíveis dentro do prazo de um ano são 
classificadas no Circulante, e no Longo Prazo quando o 
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37
vencimento superar um ano. Para tanto, há conta similar no 
Realizável à Longo Prazo.
 Cheques em Cobrança
Essa conta engloba os 
cheques recebidos até a data 
do balanço, mas não cobráveis 
imediatamente, por serem 
pagáveis em outras praças ou 
por outras restrições de seu 
recebimento a vista. 
 Podem originar-se, 
também, de cheques recebidos 
anteriormente e devolvidos 
por falta de fundos, que se 
encontrem em processo normal 
ou judicial de cobrança.
 Dividendos Propostos a Receber
Essa conta destina-se a registrar os dividendos a que a 
empresa tenha direito, em função de participações em outras 
empresas, quando tais empresas já tenham registrado na 
Demonstração de lucros ou Prejuízos Acumulados a parcela 
de Dividendos Propostos a Distribuir. Posteriormente, dá-
se baixa nessa conta, quando do efetivo recebimento desses 
dividendos.
 Juros a Receber
O objetivo dessa conta é o de registrar os juros a receber 
de terceiros relativos a diversas operações, tais como de 
empréstimos feitos a terceiros, juros das aplicações em títulos 
de emissão do governo e outras operações nas quais os juros 
não sejam agregados aos próprios títulos. 
Sua contabilização deve seguir o regime de competência, 
ou seja, pro rata temporis, calculado pela taxa dos juros em 
função do

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