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TPI_MEDICINA_2023 2_25 OUTUBRO2023_DEVOLUTIVA CADERNO 5

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CURSO DE MEDICINA - AFYA NOTA FINAL
Aluno:
Componente Curricular: Teste de Progresso Institucional - MEDICINA
Professor (es):
Período: 202302 Turma: Data:
TESTE DE PROGRESSO INSTITUCIONAL_MEDICINA_2023.2_25
OUTUBRO2023
RELATÓRIO DE DEVOLUTIVA DE PROVA
PROVA 09643 - CADERNO 005
1ª QUESTÃO
Resposta comentada:
No caso do paciente em questão, os sintomas apresentados são sugestivos de esclerose
múltipla. O exame mais indicado para auxiliar no diagnóstico da esclerose múltipla é a
ressonância magnética (RM) do cérebro e da medula espinhal. Esse exame permitirá visualizar
possíveis lesões desmielinizantes características da doença.
REFERÊNCIA:
National Multiple Sclerosis Society. (2019). Diagnosing MS. Disponível em:
https://www.nationalmssociety.org/Symptoms-Diagnosis/Diagnosing-MS. Acesso em: 17 out.
2023.
2ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A presença de queimação crônica retroesternal (pirose) associada à dor torácica intermitente
pode indicar a necessidade de tratamento cirúrgico em um paciente com refluxo
gastroesofágico. Esses sintomas sugerem a possibilidade de complicações mais graves, como
esofagite grave, estenose esofágica ou até mesmo esôfago de Barrett, que é uma condição
pré-cancerígena. O tratamento cirúrgico, conhecido como fundoplicatura laparoscópica, é
geralmente considerado em pacientes com sintomas graves e/ou complicações de refluxo que
não respondem ao tratamento medicamentoso, como os IBPs.
Análise das Alternativas: Sintomas ocasionais de azia após refeições apimentadas são
comuns, e geralmente podem ser gerenciados com modificações no estilo de vida e
medicamentos antiácidos. Não indica necessariamente cirurgia.
Sintomas de regurgitação ácida que respondem bem aos IBPs sugerem que o tratamento
medicamentoso está sendo eficaz, portanto, a cirurgia não é necessária nesse contexto.
A presença de esofagite erosiva proveniente de endoscopia é uma indicação para tratamento
medicamentoso e modificações no estilo de vida, mas não é uma indicação direta para cirurgia.
Tosse seca noturna após deitar pode ser um sintoma de refluxo laringofaríngeo, mas não é
uma indicação clara de cirurgia. Geralmente, essa condição é gerenciada com modificações na
dieta e no estilo de vida, bem como tratamento medicamentoso.
Lembrando que a tomada de decisão em relação ao tratamento cirúrgico deve ser baseada em
uma avaliação abrangente do paciente, considerando a gravidade dos sintomas, a resposta ao
tratamento medicamentoso e a presença de complicações relacionadas ao refluxo
gastroesofágico.
REFERÊNCIA:
SABISTON. Tratado de cirurgia: A base biológica da prática cirúrgica moderna. 20. ed.
Capítulo 42. Saunders. Elsevier. 
3ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A forma cutânea da blastomicose é consequente à disseminação da forma pulmonar. A forma
cutânea primária só é considerada quando vem acompanhada de reação ganglionar (complexo
cancroide). Início – pápulas, nódulos, pústulas com ulceração posterior – Granuloma (ulceroso
ou verrucoso) apresentando bordas elevadas, talhadas a pique, microabscessos no fundo e
granuloma nas bordas. Aspergilose invasiva: uma ou várias lesões salientes, levemente
sensíveis à palpação, eritematosas, de progressão rápida, com um centro necrótico e muitas
vezes ulcerado (ectima gangrenoso), observadas principalmente em pacientes
imunocomprometidos. Podem ocorrer em caso de doença disseminada ou por invasão local
após trauma. Ocasionalmente, queimaduras ou feridas cirúrgicas podem ser infectadas por
Aspergillus.
REFERÊNCIA:
KONEMAN, Elmer W.; WINN, Washington C. Diagnóstico microbiológico: texto e atlas
colorido. Rio de Janeiro: Medsi, 2014.
MEZZARI, Adelina; FUENTEFRIA, Alexandre Meneghello. Micologia no laboratório clínico. São
Paulo: Manole, 2012.
4ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A prevenção pode ser feita nos períodos de pré-patogênese e patogênese.
A prevenção primária se faz com a intercepção dos fatores pré-patogênicos e inclui promoção
da saúde e proteção específica.
A prevenção secundária é realizada no indivíduo, já sob a ação do agente patogênico, no nível
do estado de doença, inclui diagnóstico, tratamento precoce e limitação da invalidez.
A prevenção terciária consiste na prevenção da incapacidade mediante adoção de medidas
destinadas à reabilitação (ROUQUAYROL, 2017).
 
No caso em questão são considerados prevenção PRIMÁRIA:
1. Vacinação de 100% das crianças, na faixa etária de 0 a 5 anos de idade, com as
vacinas BCG, pentavalente e a vacina inativada poliomielite (VIP).
2. Expansão da rede de água tratada para 100% da população urbana e 50% para a
rural no ano de 2023.
3. Intensificação da inspeção dos domicílios para busca de focos do mosquito Aedes
aegypti e seus criadouros.
 
5ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Segundo o Código de Ética Médica de 2018 Art. 83:
"É vedado ao médico:
Art. 83. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não tenha
prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como plantonista, médico
substituto ou em caso de necropsia e verificação médico-legal."
Ademais, segundo Resolução CFM nº 1.779/2005:
"Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as
seguintes normas:
1) Morte natural:
1. Morte sem assistência médica:
a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;
b) Nas localidades sem SVO:
A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de saúde mais
próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer médico da localidade.
2) Morte com assistência médica:
a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que vinha
prestando assistência ao paciente.
b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser fornecida pelo
médico assistente e, na sua falta, por médico substituto pertencente à instituição.
c) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá ser
fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo SVO.
d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa Saúde
da Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico pertencente ao
programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o médico não consiga
correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao acompanhamento do paciente.”
Não é correto "explicar à filha do paciente que a declaração deve ser preenchida pelo Serviço de
Verificação de Óbito", pois o médico da Atenção Primária deve fazer a visita domiciliar para
constatar o óbito. Apenas quando não é possível correlacionar o óbito com o quadro clínico
prévio do paciente é que o SVO deve ser acionado. 
REFERÊNCIAS:
Código de ética médica. Resolução nº 2,217/2018. Brasília: Tablóide, 2018. CONSELHO
FEDERAL DE MEDICINA (CFM - Brasil).
RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779/2005 RESOLUÇÃO CFM Nº 1.779, 11 de novembro de 2005
Publicada no DOU, 5 dez. 2005, Seção 1, p
6ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O caso clínico descrito sugere a possibilidade de uma síndrome genética conhecida como
Síndrome de Turner. As características físicas, como baixa estatura, pescoço curto e coração
com sopro, juntamente com os problemas de aprendizado e dificuldades de socialização, são
características comuns dessa síndrome. Além disso, a menção de um defeito na válvula
cardíaca desde o nascimento é bastante sugestiva. Neste caso, a conduta mais adequada para
comprovar o diagnóstico é o cariótipo.
REFERÊNCIA: 
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.7ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A ocorrência de nefrite intersticial aguda está frequentemente associada a medicações, dentre
elas os antibióticos, como as cefalosporinas (ceftriaxona). O diagnóstico é sugerido pela
presença de IRA não oligúrica, especialmente em associação a sinais de hipersensibilidade
sistêmica, tais como febre, rash cutâneo e eosinofilia. A piúria estéril e a hematúria
microscópica são achados comuns, e a proteinúria não nefrótica pode estar presente. A terapia
envolve a interrupção do agente causal, podendo, em alguns casos, ser necessário o uso de
glicocorticoides. 
REFERÊNCIAS:
JOHNSON, Richard et al. Nefrologia clínica. Abordagem abrangente. 5. ed., 2016. 
RIELLA, M.C. Príncipios de nefrologia e distúrbios hidroeletrolíticos. 6. ed., 2018.
8ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Iniciar terapia antibacteriana empírica imediatamente após coleta de hemoculturas: Correta. O
cenário clínico apresenta um caso de neutropenia febril, caracterizado pela febre e contagem de
neutrófilos < 500 células/mm³ após quimioterapia. Neste contexto, a terapia antibacteriana
empírica deve ser iniciada imediatamente após a coleta de hemoculturas, conforme as
diretrizes para o manejo de neutropenia febril em pacientes com câncer.
Aguardar resultados de hemoculturas antes de iniciar a terapia antibacteriana: Incorreta.
Aguardar os resultados das hemoculturas pode atrasar o tratamento necessário em um caso
de neutropenia febril, uma condição que pode progredir rapidamente e requer tratamento
imediato com antibióticos de amplo espectro.
Iniciar tratamento com antivirais e antifúngicos imediatamente: Incorreta. A abordagem inicial
para neutropenia febril não inclui o uso imediato de antivirais e antifúngicos. A terapia
antibacteriana empírica é a conduta padrão, e outras terapias podem ser consideradas com
base em avaliações adicionais e resultados laboratoriais.
Administrar corticosteroides para reduzir a inflamação: Incorreta. O uso de corticosteroides ou
outros agentes imunossupressores não é recomendado neste contexto de neutropenia febril.
Esses agentes podem mascarar a resposta inflamatória e não são parte do tratamento padrão
para esta condição.
Iniciar quimioterapia adicional imediatamente: Incorreta. A quimioterapia é a causa mais comum
de neutropenia, e não há indicação para iniciar quimioterapia adicional imediatamente neste
cenário. A prioridade é o tratamento da neutropenia febril, e a decisão sobre a continuação da
quimioterapia deve ser baseada em uma avaliação cuidadosa do paciente e da doença
subjacente.
REFERÊNCIA:
FERREIRA, J. N. et al. Manejo da neutropenia febril em pacientes adultos oncológicos: revisão
integrativa da literatura. Rev Bras Enferm [Internet], v. 70, n. 6, p. 1371-8, nov-dez 2017.
9ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A questão destaca a necessidade de uma abordagem integral do paciente, indo além dos
sintomas físicos e considerando o contexto psicossocial. Neste cenário apresentado, enfatiza-se
a importância da observação clínica de hematomas em diferentes estágios de cicatrização em
idosos, podendo ser um sinal de trauma repetido, o que pode sugerir abuso. Assim, é vital criar
um ambiente seguro para o idoso poder expressar preocupações ou medos sem o risco de
represálias, além do diagnóstico clínico, e considerar as complexidades sociais e emocionais que
afetam a saúde do idoso. Por fim, destaca-se a importância da atenção primária e do papel
crucial que os médicos de família desempenham no reconhecimento e na abordagem do abuso
a idosos. 
REFERÊNCIA:
BRAGA, Cristina; GALLEGUILLOS, Tatiana Gabriela B. Saúde do Adulto e do Idoso. Editora
Saraiva, 2014. E-book. ISBN 9788536513195. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536513195/.
10ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Conforme as diretrizes da Sociedade Brasileira de Pediatria (2016), com atualizações em maio
de 2021, o recém-nascido a termo deve ser avaliado ao nascer: nasceu chorando/respirando e
com tônus muscular em flexão, deve ser posicionado pele a pele com a mãe, seu corpo e
segmento cefálico coberto com tecido de algodão seco e aquecido e seu cordão umbilical
clampado entre 1-3 minutos. Manter via aérea pérvia, aspirar secreções, se necessário, e
avaliar continuamente sua vitalidade. O boletim de Apgar é determinado no primeiro e quinto
minuto, mas não é utilizado para indicar procedimentos na reanimação neonatal. Os passos
iniciais de estabilização e avaliação, quando não suficientes para determinar uma respiração
espontânea regular, deve ser seguido pela ventilação por pressão positiva, que deve ser iniciada
nos primeiros 60 segundos após o nascimento. 
REFERÊNCIA:
Bibliografia: Almeida MFB, Guinsburg R; Coordenadores Estaduais e Grupo Executivo PRN-SBP;
Conselho Científico Departamento Neonatologia SBP. Reanimação do recém-nascido ≥34
semanas em sala de parto: diretrizes 2022 da Sociedade Brasileira de Pediatria. Rio de Janeiro:
Sociedade Brasileira de Pediatria; 2022. https://doi.org/10.25060/PRN-SBP-2022-2.
 
11ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A paciente apresenta anemia, dor e fratura óssea, bem como alteração da função renal.
Importante pensar em mieloma múltiplo. Para confirmação necessitamos de um mielograma
(para evidenciar mais de 10% de plasmócitos) e imunofixação ou imunoeletroforese de
proteínas, no soro e na urina (para confirmar proteína monoclonal).
REFERÊNCIAS:
FALCÃO, P; ZAGO, M. A.; PASQUINI, A. Tratado de hematologia. São Paulo: Atheneu, 2013.
VERRASTRO, T. F; NETO, S. W. Hematologia e hemoterapia – Fundamentos de
Morfologia, Fisiologia, Patologia e Clínica. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 2002.
12ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O caso clínico descrito sugere fortemente a presença de uma hérnia de disco lombar que está
comprimindo a raiz nervosa, causando sintomas neurológicos graves, incluindo fraqueza
muscular e perda de reflexos. Quando um paciente apresenta sinais de compressão nervosa
significativa e deficits neurológicos, a cirurgia de descompressão é geralmente a conduta mais
apropriada e urgente.
Analgésicos e fisioterapia e injeção epidural de corticosteroides podem ser parte do tratamento
de hérnia de disco em algumas situações, mas não são adequadas quando há deficits
neurológicos graves e sinais de compressão nervosa.
A ressonância magnética lombar de rotina permite confirmar o diagnóstico, mas não é uma
medida de tratamento urgente neste cenário.
Encaminhar o paciente para avaliação neurológica adicional não é apropriado, pois o paciente já
apresenta deficits neurológicos evidentes que requerem intervenção cirúrgica imediata.
O principal objetivo do tratamento é evitar a deterioração clínica de alterações degenerativas
progressivas da lesão na medula espinhal (LME), aliviar a dor e os sintomas e restaurar a
habilidade funcional. Os seguintes grupos de pacientes podem ser considerados na abordagem
de tratamento: pacientes com LME traumática aguda; pacientes com compressão de disco
intervertebral (síndrome da cauda equina); pacientes com compressão da medula espinhal
maligna; e pacientes com abscesso epidural (infecção).
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Compressão da medula espinhal. Última atualização em 26 de junho de
2023.
13ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento no qual a criança tem uma tríade clássica,
caracterizada por desatenção, hiperatividade e impulsividade. Para o diagnóstico, deve-se
obedecer aos critérios do DSM-V da Academia Americana de Psiquiatria. As dificuldades se
manifestam precocemente e influenciam o funcionamento pessoal, social, acadêmico ou
pessoal. São cinco os critérios diagnósticos (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2013). Vale
ressaltar que, não raro, crianças com TDAH podem apresentar atrasona linguagem e
alterações sensoriais, como a criança citada, que não preenche critérios para TEA ou TOD,
requeridos também no DSV. O tratamento do TDAH é feito com psicoestimulantes como
primeira escolha. O metilfenidato, sendo droga da referida classe, está bem indicado para o
paciente. Pelo exposto, a alternativa correta seria: Transtorno de Deficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH) e Metilfenidato.
REFERÊNCIAS:
Mechler, K., Banaschewski, T., Hohmann, S., & Häge, A. (2022). Evidence-based
pharmacological treatment options for ADHD in children and adolescents. Pharmacology &
therapeutics, 230, 107940. https://doi.org/10.1016/j.pharmthera.2021.107940;
Drechsler, R., Brem, S., Brandeis, D., Grünblatt, E., Berger, G., & Walitza, S. (2020). ADHD:
Current Concepts and Treatments in Children and Adolescents. Neuropediatrics, 51(5), 315–
335. https://doi.org/10.1055/s-0040-1701658
Posner, J., Polanczyk, G. V., & Sonuga-Barke, E. (2020). Attention-deficit hyperactivity
disorder. Lancet (London, England), 395(10222), 450–462. https://doi.org/10.1016/S0140-
6736(19)33004-1
14ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Temos um paciente com HAS e DM com DRC grave com distúrbio de potássio (hipercalemia
grave), assim devemos suspender espironolactona, que é poupador de potássio e suspender
metformina, por esta ter contraindicação em TFG menor que 30 mL. Deve-se realizar solução
polarizante a fim de estabilizar membrana e furosemida para retirar K do paciente, caso não
tenha efeito indicar diálise. A alteração esperada inicial no ECG é a onda T apiculada e simétrica,
que pode deflagar arritmias instáveis e denotar gravidade do caso. 
REFERÊNCIAS:
CECIL. Tratado de Medicina Interna. 22. ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2005.
PORTO & PORTO. Exame clínico. 7. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011. Capítulo 5.
BICKLEY, L.S. BATES – Propedêutica Médica. 13. ed. Guanabara Koogan, 2022. ACLS – .
American Heart Association, Suporte Avançado de Vida Cardiovascular – Manual para
profissionais de saúde. 4. ed. 2015.
15ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A hemoglobina glicada é um dos exames utilizados para o diagnóstico de diabetes mellitus e
também é um bom parâmetro para controle do tratamento. Seu valor normal é igual ou inferior
a 5,6%; valores entre 5,7 e 6,4%, indicam pré-diabetes; valores iguais ou superiores a 6,5%
indicam diabetes mellitus, porém há necessidade de se repetir o exame para confirmação
diagnóstica.
REFERÊNCIA:
Disponível em: https://diretriz.diabetes.org.br/diagnostico-e-rastreamento-do-diabetes-tipo-2/.
16ª QUESTÃO
Resposta comentada:
REFERÊNCIA
HERRING, Guilherme. Radiologia Básica - Aspectos Fundamentais . [Digite o Local da Editora]:
Grupo GEN, 2021. E-book. ISBN 9788595158719. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595158719/. Acesso em: 03 mar.
2023.
Página 2: no RX o ar é o tom mais escuro possível (menos denso). Líquidos (p. ex., sangue) e
tecidos moles (p. ex., músculo) têm a mesma densidade nas radiografias convencionais,
aparecem mais brancas, pois tem densidade maior.
Página 3: Substâncias menos densas, que absorvem menos raios X, têm números de TC
baixos. Diz-se que elas apresentam atenuação diminuída e são exibidas como densidades mais
escuras nas imagens de TC. Nas radiografias convencionais, essas substâncias (como ar e
gordura) também parecem mais pretas e têm densidade diminuída (ou maior radiolucência).
Página 61: À medida que o derrame subpulmonar aumenta em volume, ele primeiro preenche
e, assim, vela o seio costofrênico posterior, visível na incidência em perfil do tórax. Isso ocorre
com aproximadamente 75 mℓ de líquido. Quando o derrame alcança um volume de cerca de
300 mℓ, vela o seio costofrênico lateral, visível na radiografia de tórax em PA.
Página 65: derrame pleural se acumula na região dorsal.
Página 280: a identificação da linha pleural visceral no RX do tórax faz o diagnóstico definitivo de
um pneumotórax.
Página 281: na TC do tórax o paciente encontra-se em decúbito dorsal, no pneumotórax o ar
acumula anteriormente.
17ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As medidas de oximetria devem ser realizadas em dois sítios: na mão direita (medida pré-
ductal) e em um dos membros inferiores (medida pós-ductal). Os valores obtidos devem ser
analisados da seguinte forma:
• Teste negativo: SpO2 maior ou igual a 95%, e a diferença entre as medidas no membro
superior direito e o membro inferior deve ser menor ou igual a 3%. Nesta situação, a
probabilidade de cardiopatia congênita crítica é pequena e o RN deve seguir os cuidados
habituais da maternidade. Vale ressaltar que um teste do coraçãozinho negativo não exclui
completamente a presença de cardiopatia congênita. Caso o RN apresente diagnóstico fetal ou
sinais clínicos sugestivos de cardiopatia congênita, a avaliação cardiológica deverá ser realizada.
• Teste positivo: SpO2 menor ou igual a 89% no membro superior direito, ou no membro
inferior. Nesta situação, o RN deverá ser reavaliado minuciosamente pelo médico
pediatra/neonatologista, e a avaliação cardiológica e ecocardiográfica deverá também ser
realizada para confirmação diagnóstica. É importante ressaltar que este RN não deveria receber
alta hospitalar antes que seja realizada esta avaliação cardiológica.
• Teste duvidoso: SpO2 entre 90% e 94% ou uma diferença entre as medidas do membro
superior direito e o membro inferior maior ou igual a 4%. Nesta situação, o teste deve ser
realizado novamente após uma hora por até duas vezes. Caso as medidas de oximetria se
mantenham nestes valores mesmo após a terceira avaliação, o teste será considerado positivo
e o RN deverá ser submetido à avaliação cardiológica/ecocardiográfica. A realização do reteste
nesta situação mostrou-se importante por reduzir consideravelmente o número de falsos
positivo com o teste.
REFERÊNCIA:
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA (RJ). Departamento Científico de Cardiologia e
Neonatologia. Sistematização do atendimento ao recém-nascido com suspeita ou diagnóstico
de cardiopatia congênita. Manual de Orientação, Rio de Janeiro, ed. 4, p. 1-14, 11 ago. 2022. 
18ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O Projeto Terapêutico Singular (PTS) é um conjunto de propostas de condutas terapêuticas
articuladas com um indivíduo, uma família ou um grupo, resultante da discussão coletiva de
uma equipe interdisciplinar. Geralmente, o PTS é dedicado a situações mais complexas,
buscando a singularidade como elemento central. Será importante, para isso, reconhecer as
prioridades que o sujeito elenca (o que para ele é mais importante e/ou viável) e o que do ponto
de vista da equipe é mais urgente e/ou viável. Importante considerar outros atores, como
familiares e cuidadores. É indicado que essa pactuação seja realizada pelo profissional que
possua maior vínculo com o sujeito, por ser um momento de planejamento conjunto e também
de negociação. A equipe pode construir com o usuário uma forma de registro para que ele,
familiares e cuidadores possam acompanhar o planejamento e desenvolvimento do PTS, como
quadro com atividades, atendimentos, pessoas de referência, ações de autocuidado a lembrar
em seu cotidiano (por exemplo, cuidados com alimentação, cuidados com ambiente doméstico
para prevenção de quedas, horários e dias das medicações, se houver).
REFERÊNCIA:
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual de Saúde. Projeto Terapêutico Singular na Atenção
Primária à Saúde. Divisão de Atenção Primária à Saúde — Porto Alegre: Secretaria da Saúde do
Rio Grande do Sul, 2022. Tiragem: 1ª edição — 2022 — versão eletrônica. Disponível em:
<https://admin.atencaobasica.rs.gov.br/upload/arquivos/202207/05102205-07101125-pts-
1.pdf> Acesso em: 24 de agosto 2023
000096.43001e.8a6a5e.2776ec.5cfc03.003737.2604df.d81b9 Pgina 11 de 69
19ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Esta questão necessita que o aluno compreenda a sequência de atendimento no
politraumatizado (A, B, C, D, E do trauma),em que alterações da via aérea causam maior
mortalidade nestes pacientes, devendo ser abordada de imediato. No caso do paciente
queimado, suspeita-se de queimadura de via aérea devido à queimadura se situar em região
cervical anterior e face e à rouquidão e ao escarro borráceo, devendo o paciente ser
prontamente submetido a intubação orotraqueal para assegurar a via aérea.
REFERÊNCIA:
AMERICAN COLLEGE OF SURGEONS COMMITTEE ON TRAUMA. Advanced Trauma Life Support -
ATLS. 10. edição.
20ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A observação seguida de um retorno gradual ao esporte é a recomendação atual para
traumatismo cranioencefálico (TCE) leve. A observação no departamento de emergência (DE)
por pelo menos 4 a 6 horas deve incluir exame neurológico seriado e avaliação da GCS.
Alterações no estado mental ou sinais neurológicos focais podem indicar patologia subjacente
mais grave, como sangramento intracraniano. Após a alta, esse paciente deve ser monitorado
por um responsável por pelo menos 24 horas após a lesão e retornar ao pronto-socorro se
houver alguma alteração neurológica. Os pacientes também devem passar por seis estágios de
retorno gradual aos esportes. Como cada estágio requer pelo menos 24 horas, esse paciente
precisará se abster de esportes de contato por pelo menos uma semana.
A neuroimagem não é recomendada rotineiramente para TCE leve. Se a qualquer momento
durante o período de observação o GCS se deteriorar para <13, os pacientes devem ser
reclassificados como tendo TCE moderado ou TCE grave e tratados de acordo.
DISTRATORES:
A admissão na unidade de terapia intensiva para monitoramento da pressão intracraniana seria
apropriada em pacientes com TCE grave, para os quais a pressão intracraniana elevada é uma
preocupação séria devido a edema cerebral e/ou sangramento. O TCE grave é caracterizado
por um GCS ≤8. No entanto, esse paciente tem um GCS de 14 no campo e um GCS de 15 no
departamento de emergência, indicando TCE leve.
A alta imediata após TCE leve é inapropriada porque os pacientes podem desenvolver
complicações de início tardio, como sangramento intracraniano. Exames clínicos seriados são
importantes para detectar tais complicações (evidenciadas por estado mental alterado ou
achados neurológicos focais). Além disso, abster-se de toda atividade física é mais rigoroso do
que o atualmente recomendado. Acredita-se que um retorno gradual ao jogo seja importante
na recuperação da concussão.
A fenitoína é um agente de primeira linha para profilaxia de convulsões após TCE grave, que se
manifesta com um GCS ≤ 8. Este paciente tem um GCS de 14 no campo e um GCS de 15 no
departamento de emergência, indicando TCE leve. A profilaxia de convulsões não é, portanto,
apropriada neste momento.
A imagem não é um elemento essencial no diagnóstico de concussão; é em grande parte um
diagnóstico clínico. A imagem seria importante, no entanto, na avaliação de sangramento
intracraniano ou fratura craniana/facial. Este paciente tem uma baixa probabilidade de patologia
estrutural, como hematoma (epidural ou subdural), hemorragia ou fratura devido aos exames
físicos e mentais normais. A imagem traria poucos benefícios e não é o melhor próximo passo.
REFERÊNCIA:
ATLS – Advanced Trauma Life Support For Doctors. 10. ed. Chicago: Committee on Trauma,
2018.
21ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O ultrassom é frequentemente utilizado como parte da avaliação inicial de um nódulo tireoidiano
quando o TSH está normal ou aumentado, a fim de determinar suas características como
tamanho, forma, presença de calcificações e vascularização. A PAAF é realizada se o ultrassom
indicar características suspeitas e se há necessidade de análise citológica. As outras alternativas
não são os passos iniciais recomendados na investigação de um nódulo tireoidiano.
REFERÊNCIA:
JAMESON, J., L. et al. Medicina interna de Harrison. 20. ed. s.l.: Grupo A, 2019. Cap. 378.
Doença nodular e câncer da tireoide. Disponível em: Minha Biblioteca. Acesso em: 17 out. 2023.
22ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Manejo de cálculos <10 mm e sem complicações:
O tratamento clínico agudo para cólica renal ou ureteral inclui terapia conservadora, como
hidratação, analgesia (um AINE e/ou opioide) e antieméticos. Os AINEs devem ser oferecidos
como primeira linha, a menos que haja contraindicação (por exemplo, pacientes com risco de
comprometimento renal, insuficiência cardíaca, ulceração gástrica). Os AINEs parentais
fornecem alívio para a dor mais sustentado, com menos efeitos adversos, comparados aos
opioides. Pacientes com cálculos ureterais recém-diagnosticados <10 mm e que não
apresentam fatores complicadores (urosepse, dor intratável, insuficiência renal aguda iminente,
obstrução de um rim solitário ou transplantado ou obstrução bilateral) podem ser tratados de
forma expectante. Muitos cálculos ureterais <10 mm são expelidos espontaneamente,
estando a taxa de expulsão exata relacionada com o tamanho e a localização. A TCE com base
em um alfabloqueador, como a tansulosina, a alfuzosina ou a silodosina, pode ser benéfica para
promover a expulsão de cálculos ureterais distais maiores (mas ainda <10 mm); no entanto,
as taxas de eficácia têm sido questionadas. Se houver passagem espontânea dos cálculos, a
maioria ocorrerá dentro de 4 a 6 semanas. Intervenção cirúrgica é indicada na presença de
obstrução persistente, ausência de movimentação do cálculo, sepse ou cólica persistente ou
progressiva. Tais pacientes, em geral, são acompanhados com exames de imagem periódicos,
com uma radiografia de rins, ureteres e bexiga (RUB) e ultrassonografia renal ou uma
tomografia computadorizada (TC) sem contraste do abdome e pelve para monitorar a posição
do cálculo e o grau de hidronefrose.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Nefrolitíase. Última atualização: 12 set. 2018.
23ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A principal hipótese diagnóstica de abdome agudo obstrutivo em pacientes idosos deve ser o
tumor de cólon. Além disso, o paciente apresenta ao exame físico com massa evidenciada ao
toque retal.
REFERÊNCIA:Ï
Ricci MP. Abdome agudo. In: Sociedade Brasileira de Clínica Médica; Lopes AC, Tallo FS, Lopes
RD, Vendrame LS, organizadores. PROURGEM Programa de Atualização em Medicina de
Urgência e Emergência: Ciclo 12. Porto Alegre: Artmed Panamericana; 2018. p. 39–101.
(Sistema de Educação Continuada a Distância, v. 1).
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24ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os sintomas de diarreia crônica intermitente, dor abdominal, perda de peso e fadiga,
juntamente com a história de viagem para uma área rural e o consumo de água não tratada,
são consistentes com uma infecção por Giardia lamblia. Essa infecção é frequentemente
adquirida através da ingestão de água ou alimentos contaminados com cistos de Giardia. Os
sintomas resultam da fixação do parasita no epitélio do intestino delgado, causando inflamação
e interferindo na absorção de nutrientes.
Trypanosoma cruzi é responsável pela doença de Chagas e não apresenta os sintomas
descritos.
Plasmodium falciparum está associada à malária, que geralmente não causa diarreia crônica.
Entamoeba histolytica é causadora da amebíase, que pode levar a sintomas semelhantes, mas
não é a escolha mais provável com base no cenário apresentado.
Toxoplasma gondii causa toxoplasmose, mas não é tipicamente associada a sintomas
gastrointestinais nesse grau.
REFERÊNCIA:
NEVES, D.P. Parasitologia humana. 8. ed. São Paulo: Atheneu, 1991. 501p.
25ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A saúde das pessoas LGBTQIAPN+ engloba uma série de particularidades que vão além da
prevenção de ISTs. Essas particularidades podem envolver, por exemplo, questões relacionadas
à hormonioterapia para pessoas trans, cuidados com a saúde mental diante de discriminações
ou rejeições sociais, e a necessidade de atendimento humanizado sem julgamentos baseados
em orientaçãosexual ou identidade de gênero. Além disso, o atendimento a essa população
exige uma abordagem integrada, pois muitos dos desafios de saúde enfrentados pela
população LGBTQIAPN+ são interligados. Por exemplo, estresse relacionado à discriminação
pode levar a problemas de saúde mental e física.
REFERÊNCIA:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de
Apoio à Gestão Participativa. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais / Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa,
Departamento de Apoio à Gestão Participativa. 
26ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Na hipoperfusão renal, o sistema renina-angiotensina-aldosterona (SRAA) é ativado, ou seja, os
rins liberam renina, o que leva à ativação e à liberação de angiotensina II e aldosterona.
O aumento da aldosterona eleva a reabsorção de sódio e a secreção de potássio e prótons nos
túbulos coletores renais. Além disso, a angiotensina II aumenta a taxa de filtração glomerular e
estimula a reabsorção de sódio no túbulo proximal. À medida que o sódio é reabsorvido, a água
segue do filtrado glomerular para o interstício renal. Esse deslocamento de fluido para os
capilares peritubulares leva ao aumento do fluido intravascular e ao aumento da pressão
sanguínea.
DISTRATORES:
Quando o RAAS é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron
para aumentar a secreção de prótons. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção
de prótons.
Quando o SRAA é ativado, o aumento da aldosterona atuará nos túbulos coletores do néfron
para aumentar a secreção de potássio. Esse efeito aumentaria, em vez de diminuir, a excreção
de potássio.
A reabsorção de ureia ocorre no túbulo proximal e no ducto coletor, e espera-se que seja
aumentada na hipovolemia. A perda de volume causa aumento dos níveis de ADH, o que induz
a expressão de transportadores de ureia nos ductos coletores medulares, levando a um
aumento da reabsorção de ureia. A reabsorção de ureia nos ductos coletores é essencial para
manter o gradiente osmótico medular interno que permite a retenção máxima de água filtrada.
A ureia também é reabsorvida no túbulo proximal por difusão através do arrasto de solvente de
outros eletrólitos. Esse mecanismo também é aumentado em estados hipovolêmicos por causa
do aumento da concentração de urina e da concentração de eletrólitos intersticiais.
Sob condições fisiológicas, a creatinina é removida do sangue por filtração glomerular e
secreção tubular a uma taxa relativamente constante. Embora a creatinina possa ser absorvida
no trato gastrointestinal (suplementos dietéticos ou carne), há pouca ou nenhuma reabsorção
tubular renal de creatinina. Devido à diminuição da perfusão renal, este paciente corre o risco de
diminuição da filtração glomerular e, portanto, aumento da creatinina sérica. No entanto,
qualquer aumento na creatinina sérica é resultado da diminuição da depuração (diminuição da
TFG) e não do aumento da absorção renal.
REFERÊNCIA:
HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Guyton & Hall. Fundamentos de Fisiologia. [Cap.78]:
Grupo GEN, 2017. E-book. ISBN 9788595151550. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151550/. Acesso em: 09 mai.
2023.
27ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A anemia ferropriva (por deficiência de ferro) surge a partir do desequilíbrio entre ingesta e
absorção do nutriente, situações de demanda aumentada ou perda crônica. Nos adultos é em
geral associada à perda crônica de sangue, tanto por hipermenorreia ou menorragia em
mulheres em idade fértil quanto pelo trato gastrintestinal.
A paciente da questão informa estar no período de menopausa, além de possuir exame de
sangue oculto nas fezes positivo, indicando perda gastrointestinal.
Os exames também revelam microcitose e índice de anisocitose eritrocitária (RDW) elevada,
sendo dois critérios presentes na anemia ferropriva.
O seu tratamento inclui fundamentalmente encontrar a causa da deficiência de ferro e também
tratá-la adequadamente com reposição de ferro elementar via oral até de 3 a 6 meses,
devendo estender-se até a normalização dos estoques de ferro.
REFERÊNCIA: 
Porto, Celmo, C. e Arnaldo Lemos Porto. Clínica Médica na Prática Diária. Disponível em: Minha
Biblioteca, (2nd edição). Grupo GEN, 2022.
28ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Nesse cenário, a análise descritiva envolve a identificação de fatores associados à doença
(presença de lixo e água parada) e a analítica investiga a relação entre o uso de repelente e a
probabilidade de contrair a doença. O estudo de caso-controle é apropriado quando se deseja
comparar grupos de indivíduos com e sem a doença para determinar associações. As outras
alternativas não se encaixam totalmente nas características descritas no cenário.
REFERÊNCIAS:
Gusso, Gustavo, et al. Tratado de medicina de família e comunidade - 2 volumes: princípios,
formação e prática. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd edição). Grupo A, 2019. Cap. 67
Pesquisa quantitativa.
Rouquayrol, Maria, Z. e Marcelo Gurgel. Rouquayrol - Epidemiologia e saúde. Disponível em:
Minha Biblioteca, (8th edição). MedBook Editora, 2017. Cap. 6 Desenhos de pesquisa em
epidemiologia.
29ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Os exames fundamentais antes de se iniciar TRH são: 
– Perfil lipídico: Para afastar hipercolesterolemia
– Perfil glicêmico: Para afastar diabetes
– Mamografia: Para afastar neoplasias mamárias
USG Transvaginal: A indicação da investigação endometrial na rotina está relacionada a
sintomas
genitais, como sangramentos irregulares na pré, durante ou após a instalação da menopausa.
Não tem recomendação de rastreio, apenas indicação no controle das mulheres em uso de
reposição hormonal.
Dosagens hormonais e tireoidianas não são estritamente necessárias para iniciar TRH, visto que
os sintomas já são suficientes para o diagnóstico da síndrome climatérica. 
REFERÊNCIAS:
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações
Programáticas Estratégicas. Manual de Atenção à Mulher no Climatério/Menopausa / Ministério
da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas.
– Brasília : Editora do Ministério da Saúde, 2008. 192 p. – (Série A. Normas e Manuais Técnicos)
(Série Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno, n.9)
FEBRASGO. Febrasgo – Tratado de Ginecologia. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154841. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154841/. Acesso em: 24 ago.
2023.
30ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os conselhos federal, estadual e municipal de saúde têm um papel central na gestão do SUS,
focando na participação social e na fiscalização das ações de saúde. Sua principal atribuição é
monitorar e fiscalizar as atividades relacionadas à saúde, garantindo que os serviços prestados
atendam às necessidades da população e estejam de acordo com os princípios do SUS. Além
disso, esses conselhos permitem a participação da comunidade na formulação e no
acompanhamento das políticas de saúde, assegurando que as decisões sejam tomadas de
forma democrática e transparente.
REFERÊNCIA:
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 2979 de 12 de novembro de 2019. PROGRAMA PREVINE
BRASIL.
31ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Área: Ginecologia e Obstetrícia
Subárea: Obstetrícia. Assistência Pré-Natal
Tema: Diabetes Gestacional
A dosagem da glicose de jejum é o método utilizado atualmente para o diagnóstico do diabetes
gestacional. Dosagem acima de 92 mg/dL e inferior a 126 mg/dL, na primeira consulta, permite
fazer o diagnóstico de diabetes gestacional. Essa definição inclui o diagnóstico realizado pela
primeira vez nagravidez. Basta dosar uma única vez no início da gravidez. Quando o resultado
é inferior a 92 mg/dL, é necessário realizar o Teste de Tolerância à Glicose com 75 g, entre 24-
28 semanas de gestação. A hemoglobina glicada não serve para o diagnóstico do diabetes
gestacional.
REFERÊNCIA:
Cunningham, F.G., Leveno, K.J., Bloom, S.; JL. Williams. Obstetrics. 26th Ed. Mc Graw Hill. New
York, 2022.
32ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Antígeno de câncer 19-9
 
Este paciente provavelmente apresenta obstrução biliar maligna, indicada por sinais de icterícia
indolor, prurido, fezes claras, hiperbilirrubinemia direta e fosfatase alcalina elevada. A massa
solitária da cabeça do pâncreas provavelmente está obstruindo os ductos biliares e pancreáticos
e causando dilatação subsequente (sinal do ducto duplo). Como sinal de insuficiência
pancreática endócrina, o paciente também apresenta níveis séricos elevados de glicose.
CA 19-9 é um marcador tumoral que está elevado em distúrbios hepatobiliares não malignos,
bem como em vários tipos de câncer, principalmente no adenocarcinoma pancreático. Outros
achados laboratoriais menos sensíveis e específicos que estão elevados no câncer de pâncreas
incluem o antígeno carcinoembrionário (CEA) e, em alguns casos, os níveis de lipase. Os
marcadores tumorais devem ser obtidos para monitoramento da doença, e não para
confirmação do diagnóstico. Níveis mais elevados de CA 19-9 na apresentação inicial estão
associados a um pior prognóstico.
Distratores:
Embora um CA 125 elevado esteja presente em cerca de metade dos casos de cancro do
pâncreas, é menos sensível e menos específico do que outro marcador tumoral que também
tem valor prognóstico no tratamento do cancro do pâncreas. Em vez disso, um CA 125 elevado
é especialmente sensível e específico para cancros do ovário.
A imunoglobulina M anti-HBc é um marcador sérico para hepatite B aguda. Embora este
paciente tenha icterícia e possa apresentar fatores de risco para infecção por hepatite B
(histórico de viagens, múltiplos parceiros sexuais, sexo desprotegido), ele não apresenta outros
sinais de hepatite viral aguda como febre ou hepatomegalia sensível. Além disso, na hepatite
viral, a icterícia não é colestática, mas resulta de uma disfunção hepática aguda. Os pacientes
apresentariam, portanto, hiperbilirrubinemia mista, em vez de apenas bilirrubina direta elevada.
Anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos perinucleares (p-ANCA) são frequentemente
encontrados em pacientes com colangite esclerosante primária (CEP). Embora a CEP possa se
manifestar com colestase, essa condição não causa o sinal do ducto duplo observado nos
exames de imagem. Em vez disso, seriam observados rebordos dos ductos biliares extra-
hepáticos e intra-hepáticos. A icterícia neste paciente é melhor explicada pela massa na cabeça
do pâncreas detectada na ultrassonografia.
Os níveis de alfafetoproteína (AFP) são mais comumente elevados no carcinoma hepatocelular
(CHC), câncer de ovário e tumores mistos de células germinativas, mas os cânceres
pancreáticos produtores de AFP são muito raros e improváveis. Embora a obstrução biliar
maligna seja uma possível complicação do CHC, geralmente é um sinal tardio que normalmente
se apresentaria com sinais de ascite e/ou cirrose, nenhum dos quais está presente neste
paciente. Também não explicaria os achados ultrassonográficos deste paciente.
REFERÊNCIA:
MedlinePlus [Internet]. Bethesda (MD): National Library of Medicine (US); [updated Jun 24;
cited 2020 Jul 1]. Disponível em: https://medlineplus.gov/. Acesso em: 3 out. 2023.
33ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O quadro de cetoacidose diabetes é mais prevalente em crianças menores de cinco anos, filhas
de mãe de baixa escolaridade.
Os critérios bioquímicos para diagnóstico da cetoacidose diabetes são: hiperglicemia (glicose
sanguínea > 200 mg/dL); pH venoso < 7,3 ou bicarbonato sérico < 15 mEq/L; e cetonemia ou
cetonúria.
O quadro de gravidade é determinado pelo PH e bicarbonato sanguíneo.
A infusão de bicarbonato não é recomendada rotineiramente no tratamento de cetoacidose
diabética, uma vez que aumenta o risco de hipocalemia e de edema cerebral.
A fluidoterapia inicial promove redução da concentração de glicose sérica, além de melhorar a
perfusão tecidual e restabelecer a função renal. Entretanto, a insulinoterapia é essencial para
reverter a hiperglicemia e o estado catabólico e para interromper a lipólise e a cetogênese,
corrigindo a acidose.
REFERÊNCIAS:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.
Brasil. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Manual de emergência pediátrica do
Hospital Criança Conceição / organização de Fábio Luís Sechi, Ilóite M. Scheibel. – Porto Alegre:
Hospital Nossa Senhora da Conceição, dez. 2020
 
34ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Os sintomas e sinais apresentados pela paciente sugerem o diagnóstico de endometriose, que
nem sempre é identificada ao exame comum de ultrassonografia. A ultrassonografia com
preparo intestinal poderia acrescentar informações e até esclarecer o diagnóstico. Nas opções
apresentadas, a RNM é um exame com elevada acurácia no diagnóstico da endometriose. A
tomografia computadorizada não tem boa capacidade para distinguir entre os diversos tecidos
moles, apresentando dificuldades em diferenciar e delimitar os órgãos pélvicos em relação às
lesões. Como o tecido é fora da cavidade uterina, a histeroscopia e a retossigmoidoscopia não
trariam informações para confirmação do diagnóstico.
REFERÊNCIA:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l.: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.
35ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A criança com constipação funcional apresenta muitas vezes defecação dolorosa e/ou
infrequente, incontinência fecal e dor abdominal, sendo causa de sofrimento significativo para a
criança e sua família. A definição atual de constipação infantil foi estabelecida pelos critérios de
ROMA IV, que apresenta para crianças de 4 anos até adolescentes (uma vez por semana por
pelo menos um mês). Pelo menos 2 destes critérios: – duas ou menos evacuações no banheiro
por semana; – pelo menos um episódio de incontinência fecal por semana; – história de
comportamento de retenção ou retenção voluntária excessiva de fezes; – história de
evacuações dolorosas ou duras; – história de fezes de grande diâmetro, que podem obstruir o
vaso sanitário; – grande massa fecal no reto. Sendo assim, compatível com o caso descrito.
Faltam dados significantes para as demais alternativas.
REFERÊNCIAS:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v.1.
Barueri - SP. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.
https://www.sprs.com.br/sprs2013/bancoimg/190521112509Artigo_Constipacao_cronica_funcional.pdf
RAMOS, Ana Regina Lima; PINTO, Raquel Borges; SANFELICE, Francieli Spiazzi. Constipação
crônica funcional: como o pediatra deve manejar. 2013
36ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Paciente possui critérios de Framingham para diagnóstico clínico de IC, sendo eles: dispneia
paroxística noturna, turgência jugular, cardiomegalia ao Rx, sinais de edema agudo de pulmão,
ritmo de galope na ausculta cardíaca. Todos esses são critérios maiores, sendo necessários
apenas dois deles para diagnóstico. Ainda como critério menor, temos edema de membros
inferiores, dispneia e derrame pleural.
Com base no diagnóstico, é necessário classificar o perfil hemodinâmico para tratamento, e
esse caso apresentado nos revela uma paciente em perfil hemodinâmico B “quente e úmido”,
sendo os vasodilatadores venosos (nitratos) e diuréticos de alça as medicaçõesindicadas para
tratamento nesse momento. A classificação de Stevenson propõe avaliação do perfil
hemodinâmico para tratamento da IC: pacientes que apresentam congestão são denominados
“úmidos”, enquanto os sem congestão, “secos”. Os que apresentam sinais de perfusão
periférica inadequada são denominados “frios”, e os sem sinais de baixa perfusão, “quentes”.
Portanto, temos que as demais alternativas estão incorretas por classificação inadequada. A
alternativa “perfil hemodinâmico B, devendo iniciar furosemida e espironolactona, ambos por via
oral para ação diurética rápida” está incorreta porque o tratamento nesse momento é com
vasodilatadores e diuréticos de alça (e não mineralocorticoide), e as medicações devem ser
venosas devido à emergência em questão. Durante a internação, já com a paciente
estabilizada, as medicações que fazem parte dos pilares do tratamento da insuficiência cardíaca
vão sendo adicionadas: IECA/BRA ou Sacubitril Valsartana, bloqueador mineralocorticoide,
iSGLT2, betabloqueadores.
REFERÊNCIA:
CASTRO, Iran. Livro-texto da sociedade brasileira de cardiologia. 3. ed. s.l.: Editora
Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555761009. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786555761009/. Acesso em: 10 ago.
2023.
37ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O critério MELD é uma ferramenta utilizada para avaliar a gravidade da doença hepática em
pacientes adultos com cirrose e outras doenças hepáticas crônicas. Ele considera os níveis
séricos de creatinina, bilirrubina total e INR (tempo de protrombina internacional normalizado). O
MELD é utilizado para prever a gravidade da doença hepática e a necessidade de
encaminhamento para especialistas, como hepatologistas, quando necessário.
 
Critérios e pontuações:
O escore MELD é composto de 5 critérios clínicos e fisiológicos. A seguir serão descritos cada
um deles. É usada uma fórmula baseada nesses dados para calcular o escore.
Primeiro, avalie os seguintes critérios:
1. Diálise mais de 2 vezes na última semana? Ou hemodiálise venovenosa contínua por ≥
24 horas na última semana?
1. Sim: 1 ponto
2. Não: 2 pontos
2. INR (International Normalized Ratio): acrescentar o valor na fórmula.
3. Creatinina (mg/dL): acrescentar o valor na fórmula
4. Bilirrubina (mg/dL):** acrescentar o valor na fórmula
5. Sódio (mEq/L): acrescentar o valor na fórmula
Atenção!
Se a bilirrubina, creatinina ou INR for <1,0, use 1,0. Se alguma das seguintes condições for
verdadeira, use Cr 4.0:
– Cr > 4,0.
– Maior ou igual a 2 tratamentos de diálise nos 7 dias anteriores.
– 24 horas de hemodiálise venovenosa contínua nos 7 dias anteriores.
Se sódio < 125 mmol/L: usar 125. Se sódio > 137 mmol/L: usar 137.
Em seguida, aplique a fórmula:
MELD(i) = 0,957 × ln(Cr) + 0,378 × ln(bilirrubina) + 1,120 × ln(INR) + 0,643
Em seguida, multiplicar por 10 e arredondar para o próximo número inteiro.
Se MELD(i) > 11, fazer o cálculo adicional:
MELD = MELD(i) + 1,32 × (137 – Na) – [ 0,033 × MELD(i) × (137 – Na) ]
O valor de MELD máximo é de 40.
E como interpretar?
Após o preenchimento dos critérios e realização do cálculo, é obtido um resultado. A
interpretação dependerá do valor atingido no paciente avaliado. O risco estimado pode ser
avaliado em uma estratificação de 5 categorias. Assim, temos:
1. Pontuação total ≤ 9 – Taxa de mortalidade 1,9% em 90 dias.
2. Pontuação total 10-19 – Taxa de mortalidade 6% em 90 dias.
3. Pontuação total 20-29 – Taxa de mortalidade 19,6% em 90 dias.
4. Pontuação total 30-39 – Taxa de mortalidade 52,6% em 90 dias.
5. Pontuação total ≥ 40 – Taxa de mortalidade 71,3% em 90 dias.
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É importante ressaltar que quanto maior o MELD do paciente, maior o risco de morte e maior a
prioridade na lista de transplante hepático (caso o paciente apresente condições clínicas).
Atenção: em caso de hiperoxalúria primária, o paciente pontua automaticamente
MELD 28. Além disso, algumas condições colocam o paciente automaticamente com o
MELD de 22!
MELD 22:
– Carcinoma hepatocelular com uma lesão entre 2-5 cm ou três lesões < 3 cm e ausência de
invasão vascular ou acometimento extra-hepático.
– Síndrome hepatopulmonar com PaO2 < 60 mmHg em ar ambiente.
– Hipertensão portopulmonar com PSAP > 25 mmHg em repouso, mas mantida < 35 mmHg
com tratamento.
– Trombose de artéria hepática 7-14 dias pós-transplante.
– Amiloidose transtirretina familiar.
– Fibrose cística com VEF1 < 40% e colangiocarcinoma hilar.
REFERÊNCIA: 
Wiesner R, United Network for Organ Sharing Liver Disease Severity Score Committee, et al.
Model for end-stage liver disease (MELD) and allocation of donor livers.Gastroenterology. 2003
Jan;124(1):91-6. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/12512033/
38ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A incidência de infecção associada ao abortamento é muito variável. No abortamento
espontâneo ou na interrupção médica da gravidez, a infecção não é frequente (menos de
0,4%). No entanto, procedimentos inseguros de interrupção da gravidez continuam a ocorrer
em todo o mundo e têm uma taxa muito maior de morbidade e mortalidade. Mulheres com
risco particular de infecção incluem aquelas com história de abortamento inseguro,
instrumentação uterina ou sangramento vaginal prolongado. O abortamento infectado é um
diagnóstico clínico feito em pacientes que apresentam sinais e sintomas de infecção uterina. Os
sinais e sintomas mais comuns incluem: Dor pélvica e/ou abdominal, sensibilidade uterina,
secreção vaginal purulenta, sangramento vaginal, febre e colo uterino entreaberto.
REFERÊNCIAS:
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo - Tratado de Obstetrícia. [Digite o Local da Editora]: Grupo
GEN, 2018. E-book. ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 09 out.
2023.
MINISTÉRIO, D.; SAÚDE. MANUAL DE GESTAÇÃO DE ALTO RISCO BRASÍLIA -DF 2022 VERSÃO
PRELIMINAR. [s.l: s.n.]. Disponível em: <https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-
content/uploads/2022/03/manual_gestacao_alto_risco.pdf>. Acesso em 01 set. 2023.
39ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Trata-se de um caso clássico de convulsão febril simples benigna da infância. Para esse
diagnóstico, não há indicação de dosagem de eletrólitos, punção liquórica, tomografia de crânio
nem eletroencefalograma. Caso a criança apresentasse febre sem sinais localizatórios poder-se-
ia aplicar o protocolo, e, em alguns casos, solicitar sumário de urina e/ou hemograma. Porém,
essa criança tem um foco para a febre que é uma infecção de via aérea superior, portanto ela
não se beneficia de nenhum exame complementar.
REFERÊNCIA:
Tratado de Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria. 5ª Edição, 2022.
40ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A conduta adequada é encaminhar o paciente para USG de aorta abdominal e nova consulta
em 6 meses devido ao tamanho do aneurisma.
1. Monitoramento:
As diretrizes do American College of Cardiology Foundation/American Heart Association
recomendam que AAAs infra/justarrenais medindo 4,0 a 5,4 cm de diâmetro por
ultrassonografia/TC devem ser monitorados a cada 6 a 12 meses. Aneurismas da
aorta abdominal <4,0 cm requerem ultrassonografia a cada 2 a 3 anos.
O National Health Service do Reino Unido recomenda que intervalos anuais de
rastreamento sejam empregados para AAAs de 3,0 a 4,4 cm e intervalos de 3 meses
para AAA de 4,5 a 5,4 cm.
Uma revisão sistemática e metanálise de dados individuais de pacientes concluiu que
intervalos de vigilância de 2 anos para AAA de 3,0 a 4,4 cm e 6 meses para AAA de
4,5 a 5,4 cm são seguros e custo-efetivos.
A análise das taxas de crescimento e ruptura do aneurisma da aorta abdominal
indicou que, para manter o risco de ruptura do aneurisma da aorta abdominal <1%, é
necessário um intervalo de 8,5 anos de vigilância para homens com aneurisma da
aorta abdominal com diâmetro inicial de 3,0 cm.O respectivo intervalo de vigilância
estimado para homens com aneurismas, cujo diâmetro inicial é de 5,0 cm, foi de 17
meses. Apesar de apresentar taxas de crescimento semelhantes para aneurismas
pequenos, as taxas de ruptura foram quatro vezes maiores nas mulheres em
comparação com os homens. Os programas e critérios de vigilância para considerar a
cirurgia precisam ser adaptados para mulheres com aneurisma da aorta abdominal
detectada de forma oportunista.
REFERÊNCIAS:
BMJ Best Practice. Aneurisma de Aorta abdominal. Última atualização em 07 de agosto de
2020.
Espinosa G, Filippo M, Steffan R. Tratamento endovascular do aneurisma de aorta. In: Colégio
Brasileiro de Cirurgiões; Manso JEF, Silva FCD, organizadores. PROACI Programa de Atualização
em Cirurgia: Ciclo 10. Porto Alegre: Artmed/Panamericana; 2014. p. 39‑67. (Sistema de
Educação Médica Continuada a Distância, v. 2).
41ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Uma vacina contra SARS-CoV-2 usa esse mecanismo de ação.
Esse mecanismo de ação é característico das vacinas de mRNA. Essas vacinas contêm mRNA
que codifica um antígeno específico (por exemplo, proteína spike nas vacinas COVID-19), que as
células usam para produzir a proteína antigênica desejada. As cadeias de mRNA são
encapsuladas em nanopartículas lipídicas (LNPs), que protegem as cadeias da digestão
enzimática extracelular e facilitam a absorção nas células. As vacinas de mRNA são altamente
eficazes e induzem respostas imunes humorais e celulares. Não há risco de infecção porque o
mRNA não é patogênico. Essas vacinas também são seguras para uso durante a gravidez
porque o mRNA não interage com o DNA, portanto não há risco de mutagênese insercional.
DISTRATORES:
Em vacinas vivas atenuadas (por exemplo, VZV, rotavírus), um vírus funcional modificado (isto
é, atenuado) é inoculado no paciente. Normalmente, o vírus modificado não causa doença. Em
células infectadas por vírus, as proteínas antigênicas citosólicas são quebradas em peptídeos
pelo proteassoma e apresentadas via MHC classe I ou são exocitadas, captadas por fagócitos e
apresentadas via MHC classe II. Embora o processamento e a apresentação da proteína
antigênica sejam semelhantes ao descrito neste caso, o mecanismo de formação da proteína
antigênica é diferente; em pacientes inoculados com vacinas vivas atenuadas, as células são
infectadas pelo vírus e não com material pronto para tradução dentro da célula hospedeira para
formar a proteína antigênica.
Vacinas toxoides (por exemplo, difteria, tétano) usam toxinas bacterianas nas quais a
toxicidade foi inativada, enquanto a imunogenicidade é mantida por meio de sítios de ligação ao
receptor intactos. As toxinas bacterianas são captadas por células com atividade endocítica
(por exemplo, células dendríticas) e são processadas no endossomo, após o que os antígenos
virais se ligam às moléculas do MHC de classe II e são então apresentados na superfície celular,
desencadeando uma resposta principalmente humoral. Não há apresentação de antígeno via
MHC classe I ao usar vacinas toxoides.
As vacinas de subunidades (por exemplo, hepatite B, HPV) usam subunidades antigênicas
inativas de patógenos para desencadear uma resposta imune. As subunidades antigênicas são
captadas por células com atividade endocítica (por exemplo, células dendríticas) e processadas
pelo endossomo, após o que os antígenos virais se ligam às moléculas do MHC de classe II e
são apresentados na superfície celular, desencadeando uma resposta principalmente humoral.
Não há apresentação de antígeno via MHC classe I ao usar vacinas de subunidades.
As vacinas de vetor viral (por exemplo, ebola, vacina Janssen COVID-19) usam um vírus não
relacionado modificado (por exemplo, adenovírus) como um vetor não patogênico, que fornece
código genético às células que contém instruções para a produção do antígeno desejado. Nas
vacinas de vetor viral, um vírus, não uma nanopartícula lipídica, é englobado pelas células.
REFERÊNCIA:
Doença do Coronavírus 2019 (COVID19). BMJ Best Practice. Última atualização em 08 dez
2022.
42ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Comentários:
1. Apesar de o BAAR não ser específico e exclusivo para o diagnóstico de tuberculose, o
fato de, além de ter o BAAR positivo, ter também TRM-TB positivo, associado à clínica
compatível, confirma-se o diagnóstico de tuberculose ganglionar.
2. Pacientes com tuberculose, de uma forma geral, não necessitam de isolamento de
contato.
3. Pacientes com tuberculose ganglionar não necessitam de isolamento respiratório, o
qual é amplamente indicado em casos de tuberculose pulmonar e de laringe.
4. O paciente não apresenta quadro clínico ou de imagem pulmonar que indique o
procedimento proposto.
 
 
REFERÊNCIA:
MANUAL DE RECOMENDAÇÕES PARA O CONTROLE DA TUBERCULOSE NO BRASIL 2ª edição
atualizada – Ministério da Saúde.
43ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O paciente deve ter diagnóstico histopatológico para iniciar o tratamento mais adequado.
Após o diagnóstico devemos realizar o rastreio para estadiamento do caso e, assim, decidir a
melhor terapêutica ou paliar o paciente.
A pele não é um local comum para metástase em geral.
O tabagismo é o principal fator de risco para CA pulmonar. 
REFERÊNCIAS:
CECIL. Tratado de Medicina Interna. 22. ed. Rio de Janeiro: ELSEVIER, 2005.
PORTO & PORTO. Exame clínico. 7. ed. Rio de Janeiro: Edição Guanabara Koogan 2011.
Capítulo 5.
BICKLEY, L.S. BATES – Propedêutica Médica. 13. ed. s.l.: Guanabara Koogan, 2022.
44ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O caso relata um quadro clássico de evolução da fístula e abscesso perianal associado. O
tratamento para o caso, no primeiro momento, é realizar a drenagem do abscesso, e somente
após melhora do quadro realizar a cirurgia de correção da fístula perianal de forma eletiva.
As demais alternativas estão incorretas:
A técnica de Milligan Morgan é utilizada para tratamento da doença hemorroidária, e os achados
relatados sugerem fístula perianal.
A fissura perianal crônica apresenta o plicoma sentinela como uma prega de pele excedente
próximo à margem anal, e não um orifício.
O toque retal deve ser realizado como rotina na avaliação das doenças anorretais, e a dor não
contraindica a realização.
A regra de Goodsall-Salmon dita o trajeto da fístula, e não da fissura perianal.
REFERÊNCIA:
SABISTON, David C. et al. Sabiston tratado de cirurgia: a base biológica da prática cirúrgica
moderna. 20. ed. Rio de Janeiro: GEN Guanabara Koogan, 2019. 2 v.
45ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Com base nos sintomas e no exame físico, o diagnóstico mais provável é de epistaxe anterior,
que é o tipo mais comum de sangramento nasal. O tratamento inicial deve incluir a aplicação de
pressão digital nas narinas, com o paciente apertando firmemente as narinas contra o septo
nasal por cerca de 10 minutos. Isso ajuda a comprimir os vasos sanguíneos e reduzir o
sangramento. Além disso, o uso de agentes hemostáticos tópicos, como o ácido tranexâmico
ou a gelatina, pode ser eficaz na interrupção do sangramento e na prevenção de recidivas. O
tamponamento nasal anterior é indicado apenas em casos de epistaxe refratária ou em
situações em que a causa do sangramento é posterior, enquanto a cauterização química ou da
artéria esfenopalatina é geralmente reservada para casos mais graves de epistaxe anterior que
não respondem ao tratamento conservador.
REFERÊNCIA:
American Academy of Otolaryngology-Head and Neck Surgery. Clinical Practice Guideline:
Epistaxis (Nosebleed). Otolaryngology-Head and Neck Surgery, 2019.
46ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O risco de malignidade do nódulo BI-RADS 5 é considerado alto, sendo um achado classificado
como altamente sugestivo de câncer de mama. Não é necessário ultrassonografia para
confirmar se o achadoé nodular ou cístico porque a imagem é espiculada. O passo a seguir é
realizar a biópsia da lesão, preferencialmente por core biopsy. A PAAF está indicada para
investigação de linfonodos ou nódulos palpáveis.
REFERÊNCIAS:
Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Biópsias
mamárias. São Paulo: FEBRASGO; 2021 (Protocolo FEBRASGO-Ginecologia, n. 88/Comissão
Nacional Especializada em Imaginologia Mamária).
FERNANDES, Cesar E. Febrasgo – Tratado de Obstetrícia. s.l: Grupo GEN, 2018. E-book.
ISBN 9788595154858. Disponível em:
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595154858/. Acesso em: 9 out. 2023.
47ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O processo observado no local de ferimento do paciente indica que os padrões moleculares
associados ao patógenos e ao dano ativam células sentinelas (macrófagos, células dendríticas,
mastócitos) para secretar citocinas e outros mediadores. Alguns desses mediadores
(interleucina-1, fator de necrose tumoral) aumentam a expressão de moléculas de adesão
endotelial e quimiocinas que irão induzir o movimento de leucócitos das vênulas pós-capilares
para os tecidos (local do ferimento). Esses leucócitos destroem os micro-organismos e
removem células danificadas.
O processo observado no local de ferimento do paciente indica os padrões moleculares
associados ao patógenos e ao dano.
Quanto aos padrões moleculares associados ao patógenos e ao dano, eles não produzem
proteínas do tipo NK, uma vez que as NK são células, e não proteínas, ao passo que as
plaquetas estão presentes no sangue, e não nos micro-organismos. 
Quanto aos padrões moleculares associados ao patógenos e ao dano, eles não expressam
receptores de membrana, principalmente dos eritrócitos, que são células sanguíneas. 
Quanto aos padrões moleculares associados ao patógenos e ao dano, eles não estimulam a
produção de clones celulares nem de células de memória; essa é uma característica dos
linfócitos B, responsáveis pela imunidade, ao passo que o combate a infecções é realizada pelos
leucócitos.
Quanto aos padrões moleculares associados ao patógenos, eles não aceleram a produção de
polipeptídios glicanos nem se ligam as proteínas killer; sua função é na ativação das células
sentinelas.
REFERÊNCIA:
ABBAS, Abul K. et al. Imunologia Celular e Molecular. 10. ed. Disponível em: Minha
Biblioteca. s.l.: Grupo GEN, 2023. Acesso em: 3 out. 2023.
48ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Margens bem definidas e calcificações periféricas geralmente indicam um nódulo benigno, não
sendo características típicas de malignidade. O acompanhamento é uma abordagem adequada
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para nódulos benignos.
Nódulos com bordas irregulares, tamanho maior que 1 cm e áreas de baixa densidade em seu
interior são achados que aumentam a suspeita de malignidade. Uma biópsia percutânea é
indicada para avaliar a natureza do nódulo.
Nódulos com bordas suaves e homogêneos têm maior probabilidade de serem benignos. No
entanto, dada a idade, o histórico de tabagismo e o tamanho do nódulo, uma abordagem mais
ativa é necessária.
Um nódulo com centro calcificado e halo de baixa densidade ao redor é, muitas vezes,
indicativo de granuloma ou lesão inflamatória, não necessariamente maligna. A cirurgia não é a
primeira escolha sem uma avaliação mais aprofundada.
No caso, as características tomográficas que sugerem maior suspeita de malignidade são
nódulos com bordas irregulares, tamanho maior que 1 cm e áreas de baixa densidade em seu
interior. Portanto, a conduta mais apropriada é realizar uma biópsia percutânea para determinar
a natureza do nódulo e planejar o tratamento adequado, se necessário.
Padrão de calcificação:
Um padrão denso de calcificação condroide, laminado e central (geralmente chamado de
calcificação em pipoca) ou um padrão difuso de calcificação sugere fortemente que um nódulo
seja benigno. Uma razão de probabilidade calculada para malignidade com um padrão benigno
de calcificação é próximo de zero. Mesmo assim, aproximadamente 13% dos nódulos malignos
apresentam um padrão não benigno de calcificação.
Taxa de crescimento:
Um nódulo pulmonar solitário com crescimento bastante lento (tempo de duplicação do volume
>500 dias) ou, paradoxalmente, um nódulo pulmonar solitário com crescimento muito rápido
(tempo de duplicação do volume <30 dias) sugere uma etiologia benigna, embora esta não seja
uma regra absoluta. A ideia tradicional de 2 anos de estabilidade confirmando uma doença
benigna é razoável para nódulos pulmonares solitários. No entanto, ela foi questionada e deve
ser usada com cautela em casos de opacidade em vidro fosco. Além disso, o médico deve ter
em mente que um aumento de 30% de diâmetro de uma lesão esférica na radiografia
representa uma duplicação do volume.
Características da borda:
Nódulos benignos tendem a apresentar bordas bem definidas, enquanto nódulos malignos
tendem a ser irregulares ou alongados. No entanto, muitas vezes, ocorre um grau de
sobreposição e, considerada isoladamente, essa característica não pode ser usada com
segurança como fator discriminador.
Tamanho:
Em geral, lesões benignas tendem a ser menores que lesões malignas. Por exemplo, apenas
20% dos nódulos com <2 cm de diâmetro são malignos, enquanto 80% das massas
pulmonares com >3 cm de diâmetro são malignas. No entanto, muitos nódulos pulmonares
solitários pequenos são malignos e não podem ser descartados apenas com base no tamanho.
Localização:
Nódulos pulmonares solitários nos lobos superior e médio têm uma razão de probabilidade para
malignidade de 1.2 a 1.6. A localização no lobo superior mostrou ser um preditor independente
de malignidade.
REFERÊNCIA:
BMJ Best Practice. Avaliação de nódulo pulmonar solitário. Última atualização em 30 de outubro
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de 2018.
49ª QUESTÃO
Resposta comentada:
O caso clínico é compatível com a criança parasitada por Enterobius vermicularis. Os sinais
clínicos são: prurido na região anal, principalmente noturno, em decorrência da migração das
fêmeas à região anal para postura dos ovos.
REFERÊNCIA:
JÚNIOR, Dioclécio C.; BURNS, Dennis Alexander R.; LOPEZ, Fábio A. Tratado de pediatria. v. 1.
Barueri. Editora Manole, 2021. E-book. ISBN 9786555767476.
50ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Segundo o IV Consenso Brasileiro sobre Infecção por H. pylori, o uso de AINE, mesmo em doses
baixas, aumenta o risco de úlcera e suas complicações. Suas principais complicações no trato
gastrointestinal envolvem dispepsia, pirose, desconforto abdominal e sangramento por úlcera
duodenal. A infecção por H. pylori também está relacionada ao risco aumentado de câncer
gástrico, e seu tratamento está relacionado com a diminuição da taxa de câncer gástrico. A
duração das terapias de erradicação do H. pylori deve ser de 14 dias, especialmente para a
terapia tripla padrão (Amoxicilina + Claritromicina + IBP), por atingir altas taxas de erradicação,
podendo ser complementado por mais tempo com IBP nos pacientes ainda sintomáticos.
REFERÊNCIA:
CONSENSUS. Arq. Gastroenterol. 55 (2). Apr-Jun 2018. Disponível em:
https://doi.org/10.1590/S0004-2803.201800000-20. Acesso em: 17 out. 2023.
51ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-
conteudo/publicacoes/boletins/epidemiologicos/edicoes/2023/boletim-epidemiologico-volume-54-
no-06/. Acesso em: 18 out. 2023.
52ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
A paciente apresenta desconforto respiratório (dispneia aguda, hipoxemia) e estertores em
base pulmonar na ausculta pulmonar. Em conjunto com sua história de hipertensão de longa
data e mal controlada, ausculta com B4 e presença de peptídeo natriurético elevado, esses
achados indicam edema pulmonar devido à insuficiência cardíaca aguda descompensada. O
manejo inclui suplementação de oxigênio,posicionamento adequado (elevação da cabeceira do
leito) e diuréticos de alça intravenosos, como a furosemida. A diurese resulta em diminuição da
pré-carga cardíaca, a pressão venosa central e a pressão de oclusão capilar pulmonar, o que,
por sua vez, reduz o edema pulmonar. Além disso, em pacientes com edema pulmonar, a
furosemida provoca venodilatação transitória, reduzindo ainda mais a congestão pulmonar,
mesmo antes do início da diurese. Se o desconforto respiratório persistir, o tratamento com
vasodilatadores (por exemplo, nitroglicerina) pode ser iniciado para reduzir ainda mais a pré-
carga.
O betabloqueador pode ser utilizado no tratamento da hipertensão, especialmente em
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva concomitante. Contudo, o metoprolol deve ser
evitado em pacientes com insuficiência cardíaca aguda descompensada, que essa paciente
muito provavelmente apresenta, pois esse medicamento diminui a contratilidade miocárdica,
resultando em disfunção ventricular esquerda e agravamento adicional do edema pulmonar.
A colocação de dreno torácico é indicada em pacientes com pneumotórax, hemotórax ou
derrame pleural. Embora essa paciente apresente sintomas associados a essas condições
(dispneia, hipoxemia), a ausculta normalmente revelaria diminuição dos sons respiratórios, em
vez dos estertores nas bases pulmonares ouvidos na paciente.
Corticosteroides intravenosos são administrados em pacientes com dificuldade respiratória
devido à exacerbação aguda da doença pulmonar obstrutiva crônica. Embora a paciente tenha
uma história de tabagismo de longa data, o que a coloca em risco aumentado de DPOC, a
ausculta revelaria sibilos ou roncos, e não os estertores pulmonares em base pulmonar ouvidos
aqui e não teria aumento do peptídeo natriurético sérico.
Inotrópicos como a dobutamina são usados ​​principalmente como medida de curto prazo em
pacientes com insuficiência cardíaca congestiva (ICC) e fração de ejeção reduzida com evidência
de choque cardiogênico, hipoperfusão sistêmica e danos a órgãos-alvo. Os inotrópicos não são
recomendados para pacientes com ICC com fração de ejeção preservada, como visto nessa
paciente.
 
REFERÊNCIA:
CASTRO, IRAN. Livro-texto da Sociedade Brasileira de Cardiologia. 3. ed. Editora Manole:
s.l., 25 janeiro 2021. 976p.
 
53ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
Dentre os fatores comumente relacionados ao refluxo gastroesofágico estão:
– Ingestão de alimentos que reduzam o PH estomacal, provocando aumento da acidez;
– O enfraquecimento do esfíncter exofágico inferior (cárdia), o qual pode permanecer parcial ou
totalmente aberto, permitindo o refluxo;
– Hérnia de hiato, formando-se um alargamento no tubo digestório anteriormente ao
diafragma, permitindo acúmulo de alimento e refluxo, geralmente pela passagem de parte do
estômago em direção ao tórax.
REFERÊNCIA:
SILVERTHORN. Fisiologia humana. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017.
54ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A análise da série temporal das semanas epidemiológicas avaliadas pela vigilância
epidemiológica do município de Palmas (300 mil habitantes), mostrou que, inicialmente, a
incidência da dengue se mantém relativamente estável nas primeiras semanas (1 a 9), com
valores variando entre 34,0 e 43,7. No entanto, a partir da semana 16, há um aumento
significativo na incidência, atingindo valores mais elevados a cada semana subsequente. O
ponto crítico ocorre nas semanas 18 a 20, onde a incidência atinge patamares muito altos,
com valores de 101,3, 116,7 e 67,7, respectivamente. Esse pico indica uma fase de explosão
da epidemia. Após a semana 20, há uma queda gradual na incidência.
55ª QUESTÃO
Resposta comentada:
A leucemia linfoblástica aguda (LLA) é um tipo de câncer que afeta as células precursoras dos
linfócitos B ou T. É o tipo mais comum de câncer em crianças e adolescentes. O tratamento da
LLA envolve uma combinação de quimioterapia, radioterapia e, às vezes, terapia-alvo.
A quimioterapia é o tratamento principal para a LLA em crianças. Consiste em medicamentos
que destroem as células cancerígenas e impedem sua disseminação. A quimioterapia pode ser
administrada por via oral ou por via intravenosa. O tratamento é geralmente dividido em várias
fases, que podem durar de meses a anos, dependendo do risco e da resposta ao tratamento.
A radioterapia pode ser usada em combinação com a quimioterapia em alguns casos, como
quando a leucemia se espalha para o sistema nervoso central. No entanto, a radioterapia é
menos comum em crianças com LLA, devido aos riscos de efeitos colaterais a longo prazo.
A imunoterapia e a terapia-alvo são tratamentos mais recentes que estão sendo investigados
para o tratamento da LLA em crianças. A imunoterapia usa o sistema imunológico do próprio
paciente para combater o câncer, enquanto a terapia-alvo usa medicamentos que atacam
especificamente as células cancerígenas, deixando as células saudáveis intactas.
No entanto, atualmente, a quimioterapia continua sendo o tratamento padrão para a LLA em
crianças. A escolha do tratamento depende do tipo e estágio da leucemia, bem como do perfil
de risco do paciente.
REFERÊNCIA:
Tsuchida Y, Shimada H. Pediatric Oncology: A Comprehensive Guide. Springer; 2019.
56ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
As afirmações I e IV estão incorretas: a I, pois o Cândido não mora na mesma residência dos
outros indivíduos citados; na IV, o esquema indica conflito entre os indivíduos, e não relação
extraconjugal.
REFERÊNCIAS:
CORRÊA, E. J. et al. Álbum de família — Genograma: um instrumento para a atenção primária à
saúde e estudos de famílias. In: GUSMÃO, C. M. G. et al. Relatos de uso de tecnologias
educacionais na educação permanente de profissionais de saúde no sistema Universidade
Aberta do SUS. 22. ed. Recife: Editora Universitária UFPE, p. 102–123, 2014.
https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/4612.pdf
57ª QUESTÃO
Resposta comentada:
Considerando que, no momento da realização do procedimento, a lidocaína disponível é sem
vasoconstritor, fazemos o seguinte cálculo: 76 k x 5 mg = 380 mg. Dividindo por 20 pela
apresentação de 20 mg/mL da ampola, temos 19 mL de anestésico para utilização. Vale
ressaltar que, na possibilidade de utilização de anestésico com vasoconstritor, a epinefrina
propicia redução da toxicidade e maior utilização de volume (7 mg/kg). Os eventos adversos
vão desde uma taquiarritmia sinusal até parada cardiorrespiratória. Dividem-se em dois grandes
grupos (neurológicos e cardiovasculares), sendo a crise convulsiva situação esperada nos
eventos tóxicos; no entanto, a necrose só poderia ser vista em uma situação de uso do
anestésico com vasoconstritor e em extremidades minimamente vascularizadas, o que não
retrata o caso descrito.
REFERÊNCIAS:
Tratado de Cirurgia, Sabiston. 19 ed. 2019.
SAVASSI-ROCHA, Paulo Roberto. Cirurgia de Ambulatório. Rio de Janeiro: Ed. MedBook, 2013.
58ª QUESTÃO
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Resposta comentada:
O uso de cremes antifúngicos com corticoides é muito utilizado pelos pacientes quando realizam
automedicação. O problema desse costume popular é que, mesmo em se tratando de uma
micose superficial, geralmente responsiva ao cetoconazol tópico, a melhora rápida,
proporcionada pela betametasona, induz os pacientes à interrupção precoce do tratamento. As
micoses superficiais devem ser tratadas com antifúngicos tópicos por períodos mais longos (2 a
6 semanas). Além disso, o uso prolongado de corticoide na região inguinal, nos cremes que
fazem essa associação, pode ser danoso à pele dos pacientes, pois seu efeito é potencializado
pelo calor e umidade das dobras cutâneas e seus efeitos adversos tornam-se mais comuns e
precoces. O tratamento sistêmico pode ser associado, mas não é imperativo. 
REFERÊNCIAS:
RIVITTI, Evandro A. Dermatologia de Sampaio e Rivitti. Grupo A, 2018. E-book. ISBN
9788536702766.

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