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Pontos e temperaturas importantes do fogo

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e-Tec Brasil21
Aula 3 – Pontos e temperaturas 
importantes do fogo
Nesta aula, você aprenderá quais são os pontos e temperaturas 
importantes do fogo. Com o conhecimento obtido nesta aula, 
você será capaz de entender o comportamento de alguns mate-
riais em relação ao calor.
3.1 Ponto de fulgor
O ponto de fulgor é a temperatura mínima necessária para que um combus-
tível comece a desprender vapores ou gases inflamáveis. Conforme vimos 
na aula dois, esses gases quando combinados com o oxigênio do ar e em 
contato com uma chama, começam a queimar. No entanto, nesta tempera-
tura (no ponto de fulgor), a quantidade de gases produzidos não é suficiente 
para manter a chama do fogo, de forma que ele acaba se apagando.
Um exemplo disso é o álcool num dia frio. Se quisermos queimá-lo, só con-
seguiremos incendiá-lo efetivamente, depois da terceira ou quarta vez que 
atearmos fogo. Nas primeiras tentativas, só conseguiremos que o álcool 
emita alguns lampejos, que logo na sequência se apagarão. Isso ocorre 
porque, à temperatura ambiente, o álcool se encontra no seu ponto de 
fulgor. Logo, a esta temperatura, ele ainda não emite gases inflamáveis su-
ficientes para alimentar a combustão, e o fogo não se mantém, apagando 
(CAMILLO JÚNIOR, 2008). 
Assim, a principal característica desse ponto é que se retirarmos a chama 
(a fonte de calor), o fogo se apagará, pois o calor remanescente não é sufi-
ciente para produzir gases inflamáveis em quantidade adequada e manter a 
transformação em cadeia, ou seja, manter o fogo (CAMILLO JÚNIOR, 2008). 
3.2 Ponto de combustão
O ponto de combustão é a temperatura mínima necessária para que um 
combustível desprenda vapores ou gases inflamáveis que, quando combina-
dos com o oxigênio do ar e em contato com uma chama, se inflamam. No 
entanto, nesta temperatura, a quantidade de vapores e gases inflamáveis 
e-Tec Brasil 22 Controle de Riscos e Sinistros
produzidos do combustível é suficiente para manter o fogo e a reação em 
cadeia (CAMILLO JÚNIOR, 2008). Assim, nesta temperatura, se retirarmos 
a chama, o fogo se mantém, diferentemente do que foi visto no ponto de 
fulgor, em que ele apagava.
No exemplo do álcool, visto anteriormente, você lembra que dissemos que 
o álcool se incendiaria somente na terceira ou quarta vez que tentássemos 
atear fogo? Mas o que significa isso, agora que você conhece o ponto de 
combustão? 
Significa que nas várias tentativas feitas, nós elevamos gradativamente a 
temperatura do álcool, até que ele atingiu a temperatura necessária para 
liberar gases inflamáveis suficientes para alimentar a combustão, ou seja, o 
álcool atingiu seu ponto de combustão (CAMILLO JÚNIOR, 2008). 
3.3 Temperatura de ignição
A temperatura de ignição é aquela em que os gases desprendidos dos com-
bustíveis entram em combustão somente pelo contato com o oxigênio do 
ar, independente da presença de qualquer fonte de calor. Essa temperatura 
é chamada, também, de temperatura de ignição espontânea, que é a tem-
peratura mais crítica do combustível (CAMILLO JÚNIOR, 2008).
3.4 Principais pontos e temperaturas de 
alguns combustíveis
Neste item, você aprenderá qual é a temperatura que alguns combustíveis 
precisam alcançar para atingir o seu ponto de fulgor e a sua temperatura de 
ignição. Vejamos alguns destes valores na tabela 3.1.
Tabela 3.1: Ponto de fulgor e temperatura de ignição de alguns combustíveis 
Combustível Ponto de fulgor Temperatura de ignição
Álcool étilico 12,6 °C 371,0 °C
Asfalto 204,0 °C 485,5 °C
Benzina - 17,7° C 232,0 °C
Gasolina - 42,0 °C 257,0 °C
Querosene 38,0 °C a 73,5 °C 254,0 °C
Óleo de amendoim 282,0 °C 445,0 °C
Fonte: Adaptado de Camillo Junior (2008)
Observando na tabela 3.1 os valores dos pontos de fulgor da gasolina e do 
asfalto, percebemos porque é muito mais fácil incendiar a gasolina do que o 
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asfalto. Pois, se imaginarmos a temperatura ambiente como referência, ve-
mos que a esta temperatura a gasolina já estará liberando vapores inflamá-
veis, enquanto que o asfalto começará a liberar vapores somente a 204°C, 
que é a sua temperatura de fulgor. 
Note, também, que na tabela 3.1 são apresentados somente os valores do 
ponto de fulgor e da temperatura de ignição de alguns combustíveis sem, 
mencionar a sua temperatura de combustão. Perceba, que se a temperatura 
de combustão fosse apresentada, o seu valor seria um valor intermediário 
ao do ponto de fulgor e à temperatura de ignição, ou seja, seria inserida 
outra coluna entre a segunda e a terceira da tabela. É importante observar 
que com qualquer combustível, se nós começarmos aquecê-lo, atingiremos 
primeiramente, seu ponto de fulgor, depois, seu ponto de combustão e por 
último, sua temperatura de ignição. Assim, temos:
Ponto de Fulgor < Ponto de Combustão < Temperatura de ignição
Resumo
Nesta aula, você aprendeu o que é ponto de fulgor, ponto de combustão e 
temperatura de ignição, que são pontos importantes do fogo. Você perce-
beu que essas temperaturas determinam o comportamento dos combustí-
veis perante o calor. 
Atividades de aprendizagem
•	 O ponto de fulgor da acetona é -18°C e o da madeira é 150°C. Com base 
nestas informações, é possível identificar qual destas substâncias é a mais 
fácil de incendiar a temperatura ambiente? Por quê?

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