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AGRONEGOCIO NO BRASIL E NO MUNDO

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1. AGRONEGOCIO NO BRASIL E NO MUNDO
· CONCEITOS E DIMENÇOES DO AGRONEGOCIO NO BRASIL E NO MUNDO;
Agricultura e agropecuária não são a mesma coisa, esse erro é devido à classificação do termo agriculture do inglês para o português. 
Agricultura, segundo Aurélio é: arte de cultivar os campos, cultivo da terra, lavoura, cultura ou o conjunto de operações que transformam o solo natural para produção de vegetais úteis ao homem. 
Pecuária é a arte ou o conjunto de processos técnicos usados na domesticação e criação de animais com objetivos econômicos, feita no campo.
 Agropecuária é definida como sendo “Teoria e prática da agricultura e da pecuária, nas suas relações mútuas”
Agronegócio (também chamado de agribusiness) é o conjunto de negócios relacionados à agricultura e pecuária dentro do ponto de vista econômico. Dividido em três partes: dentro, antes e depois da porteira. Ou Conjunto de todas as operações e transações envolvidas desde a fabricação dos insumos agropecuários, das operações de produção nas unidades agropecuárias, até processamento e distribuição e consumo dos produtos agropecuários "in natura" ou "industrializados” Criado em Harvad em 1957, no Brasil esse termo só chegou em 1980.
Insumo: é a combinação de fatores de produção diretos (matérias-primas) e indiretos (mão-de-obra, energia, tributos), e que entram na elaboração de certa quantidade de bens ou serviços. A grande questão é o apagão de mão de obra. Goiás é o 2º em crescimento e o 17º em qualificação de mão de obra. 
A produção é o trabalho do agropecuarista por meio do cultivo do solo e/ou criação de animais, independentemente do tamanho da área ou método utilizado.
 Processamento: É a transformação do produto agropecuário em subprodutos, que podem ser bens de consumo ou insumos para outros processos, como o leite, queijos, carnes, embutidos, ração, fios, corantes.
Distribuição: Caracteriza-se pelo transporte e distribuição dos bens agropecuários, e com a área de logística para diminuir os custos e sempre bem visada. 
Consumidor: é a parte mais importante do processo, é quem consome os produtos agropecuários in natura ou processados. -aumento da produtividade, da expectativa de vida, da população urbana. –
 - Solução: tecnologia
SAG - Sistema agroindustrial Sistemas agroindustriais: insumos>>agropecuária>>indústria>>a tacado>>varejo>>consumidor 
O que difere a produção agropecuária das outras produções é: sazonalidade da produção; influencia de fatores biológicos (pragas e doenças) e; perecibilidade rápida.
Visão sistêmica do agronegócio: Compreender o agronegócio pela visão sistêmica leva a vê-lo como: -suprimentos à produção agropecuária;
 - produção agropecuária propriamente dita; 
- transformação; 
- acondicionamento; 
- armazenamento; 
- distribuição; -
 consumo;
 - serviços complementares (publicidade, bolsas de mercadorias, políticas públicas etc.).
Sistema Agroalimentar "é o conjunto das atividades que concorrem à formação e à distribuição dos produtos alimentares e, em conseqüência, o cumprimento da função de alimentação" Sistema Agroindustrial Não Alimentar "é o conjunto das atividades que concorrem à obtenção de produtos oriundos da agropecuária, florestas e pesca não destinadas à alimentação, mas aos sistemas energético, madeireiro, couro e calçados, papel, papelão e têxtil".
Vantagens -compreensão melhor do funcionamento da atividade agropecuária; - aplicação imediata para a formulação de estratégias corporativas, vez que a operacionalização é simples e pode resultar em utilização imediata pelas corporações e governos; - precisão com que as tendências são antecipadas; - importância significativa e crescente do agronegócio, enquanto há declínio da participação relativa do produto agrícola comparado ao produto total
Filière(fileira) -Cadeia produtiva ou cadeia de valor São sucessões de atividades ligadas verticalmente, necessárias à produção de um ou mais produtos relacionados. É mais voltada para os processos industriais, sua análise permite: - descrever toda a cadeia - compreender o papel da tecnologia - organizar estudos de integração - análise de políticas voltadas para o agronegócio - conhecer a matriz produto-insumo para cada produto agropecuário - analisar as estratégias de firmas. Devido à grande possibilidade do termo cadeia produtiva, não incluir em sua concepção e análise, as inter-relações de todos os segmentos econômicos envolvidos após a produção, então, há a necessidade de um conceito mais amplo: cadeia de valor; Cadeia de Valor é um termo mais abrangente, onde esses segmentos e suas inter-relações após a produção são inseridos na análise.
Cluster Segundo FIEMG, um cluster pode ser definido como um conjunto de empresas e entidades que interagem, gerando e capturando sinergias, com potencial de atingir crescimento competitivo contínuo superior ao de uma simples aglomeração econômica e as empresas estão geograficamente próximas e pertencem à cadeia de valor de um setor industrial” Exemplo: de grãos no sudoeste de Goiás, de Frutas em Petrolina-Juazeiro, de cacau na Bahia, de Suínos no Oeste de Santa Catarina.
Vantagens - Integração com outros sistemas; - Sinergismo entre diversas atividades; - Aproveitamento de produtos, subprodutos e resíduos de um sistema para outro; - Utilização de estruturas físicas para múltiplos sistemas; - Economias de escala; - Informações; - Menor dependência de segmentos externos; e - Redução de custos.
 Arranjos Produtivos Locais APL Os APLs significam a maneira como todos os agentes de determinadas cadeias produtivas de organizam e se inter-relacionam, inclusive com outras cadeias produtivas, em determinado espaço e território. Desse modo, todas as variáveis são incluídas e também são considerados os sistemas correlacionados. - O resultado final é uma rede de inter-relações, envolvendo todos os segmentos direta ou indiretamente relacionados a determinado produto. Características de um APL 
1. Ter um número significativo de empreendimentos no território e de indivíduos que atuam em torno de uma atividade produtiva predominante; 
2. Que compartilhem formas percebidas de cooperação e algum mecanismo de governança. Pode incluir pequenas, médias e grandes empresas.
Fases do Desenvolvimento de um APL - Embrionária: não há ainda uma atração de firmas correlatas e a cooperação ainda é baseada, principalmente, em relações familiares; - Crescimento do Mercado: iniciam-se inovações para consolidar economias de escala e há a preocupação maior com a qualidade, com a competição se concentrando nos preços; - Maturidade: a competição acirra-se em torno de qualidade, flexibilidade, design ou marca e a cooperação aparece entre os diversos segmentos da cadeia de valor, tanto a jusante como entre as firmas em um mesmo nível, e as economias de escala não têm mais o papel de destaque; - Pós-Maturidade: a proximidade geográfica não é a condicionante principal, e o arranjo pode ter outro direcionamento para algum setor correlato. Referência: ARAÚJO, Massilon J. Fundamentos de Agronegócio. 3ª Edição. São Paulo: Atlas, 2010.
1- Segmentos antes da porteira (Serviços e insumos agropecuários) Os agentes atuantes no agronegócio “antes da porteira” são as indústrias, as empresas produtoras de materiais genéticos e os distribuidores de insumos (atacadistas varejistas e seus representantes). O fato de no segmento existir poucas e grandes empresas, levam a uma caracterização de oligopólio, ou até mesmo monopólio, enquanto os produtores agrícolas são tomadores de preço, pois são pequenos, numerosos e desorganizados e isto está levando a uma diminuição na participação relativa no agronegócio (a participação absoluta está aumentando).
Os principais insumos são: máquinas, implementos, equipamentos e complementos; água; energia; corretivos de solos; fertilizantes; agroquímicos; compostos orgânicos; materiais genéticos (mudas, sementes, sêmem e óvulo); Hormônio; Inoculantes; rações; sal; produtos veterinários. Os serviços principais são a Pesquisa, a elaboração de projetos, as análises laboratoriais, os créditose financiamentos, a defesa agropecuária, a proteção e defesa ambiental, os incentivos governamentais, as comunicações, a infraestrutura, o treinamento de mão de obra, os assentamentos dirigidos. Com destaque para o primeiro serviço citado, onde se destaca as EMBRAPA (Empresa brasileira de pesquisa agropecuária), a CEPLAC (Comissão executiva do plano de lavoura cacaueira), as secretarias de agricultura, as universidades e a Coopersucar.
2.2 Segmentos dentro da porteira – dentro das fazendas - (produção agrícola e pecuária)
A produção agrícola compreende o conjunto de atividades desenvolvidas no campo, necessárias ao preparo de solo, tratos culturais, colheita, transporte e armazenagem internos, administração e gestão dentro das unidades produtivas para a condução de culturas vegetais.
Ciclo vegetativo: tempo necessário do plantio a colheita. Existem plantas anuais, com ciclo vegetativos de um ano; culturas perenes produzem por várias vezes. Culturas semiperenes que florescem e frutificam poucas vezes. É importante também o preparo do solo, o cuidado com as mudas, viveiros, o plantio, os tratos culturais (atividade necessárias para que a planta cresça e dê produtos), a colheita e a pós- colheita.
A produção agropecuária refere-se à criação de animais domesticados, incluindo as etapas do processo produtivo, desde as inversões em instalações, equipamentos, produção de alimentos, cuidados com os rebanhos até a venda dos animais e de seus produtos. Existem três tipos de sistemas de condução: intensivo (animais confinados), extensivo (animais soltos) e semi-intensivo (animais confinados e soltos). Independentemente do tipo de condução, o bom manejo é importante.
Os coeficientes técnicos na agropecuária são números que medem e expressam a eficiência da condução de atividades econômicas de forma parcial ou total de modo que possam compará-los e acompanhar a evolução dos empreendimentos, devem ser observados em conjunto. A finalidade dos coeficientes técnicos é a determinação da produtividade, a velocidade de ganho, a qualidade das operações e o planejamento das atividades. Os fatores que influenciam os coeficientes técnicos são os tipos de exploração agropecuária, o local da produção, os fatores de produção disponíveis e as exigências de mercado.
Os principais coeficientes usados na agricultura são a produtividade ou rendimento da cultura, produtividade dos fatores de produção, ciclos das culturas, precocidade, qualidade dos produtos, quantidade de insumos e outros. Na pecuária há mais coeficientes técnicos de acordo com atividade, o animal que tiver coeficientes técnicos abaixo do aceitado são descartados.
A representação política do segmento agropecuário se dá entre os representantes dos trabalhadores rurais e dos empregadores rurais. O agronegócio se organiza através de cooperativas também.
Os produtores rurais se organizam através de: Sistema de Cooperativismo; Associações Locais ou Setoriais e; Condomínio.
A adoção de tecnologias no agronegócio na verdade é uma gestão da tecnologia, pois o produtor paga por essa tecnologia. Devem ser observados fatores como a Economia de escala, da adequação às características locais, regionais e culturais; a análise da viabilidade econômica e financeira do investimento; acompanhamento permanente de custos e resultados das atividades agropecuárias; treinamento dos usuários; estabelecimento de parcerias e uso compartilhado; coordenação da cadeia produtiva; treinamento em administração rural e principalmente o mercado consumidor.
A gestão de custos na agropecuária (conceitos de contabilidade), custos fixos, variáveis…
2.3 Segmentos depois da porteira
É constituído basicamente pelas etapas de agroindustrialização e distribuição dos produtos agropecuários até atingir os consumidores, envolvendo diferentes tipos de agentes econômicos, como comércio, agroindústrias, prestadores de serviços, governo e outros. Dos segmentos do agronegócio é o que mais cresceu.
Níveis de comercialização:
1 – produtores rurais: desinformados e pouco organizados, ofertando produtos mais comumente não e selecionados e não classificados.
2 – intermediários: são pessoas ou empresas que compram os produtos dos agropecuaristas e os repassam para outros níveis da comercialização. Mais capitalizado que o produtor.
3 – agroindústrias, mercados produtores e concentradores: as agroindústrias beneficiam, processam e/ou transformam os produtos, os mercados dos produtores são locais próximos a produção dotados de infraestrutura, os concentradores são intermediários de maior porte.
4 – representantes distribuidores e vendedores: repasse de produtos dos quais geralmente não são proprietários, ofertados em maiores quantidades e a serem comercializados em diversos pontos comerciais. São pessoas físicas ou jurídicas que representam determinadas empresas.
5 – atacadistas centrais de abastecimento, bolsas de mercadorias e outros como Cédula de Produto Rural, governo, internet…
6 – supermercados, pontos de venda, feiras livres e outros inclusive exportação
7 – consumidores tem o papel mais importante no processo comercial.
8 – importação, este segmento interfere diretamente em toda a comercialização interna, cujos produtos importados percorrem caminhos bastante similares aos produtos nacionais a partir do nível três (algumas agroindústrias e concentradores), mas que interferem mais a partir do nível cinco, com atacadistas e supermercados.
Agentes comerciais e formação de preço: a elevação de preço ocorre em cada mudança de nível ou em cada intermediação. Intermediação é cada mudança de propriedade de produtos, ou seja, sempre que ocorre uma operação de venda e compra de um produto, há uma intermediação. O número de intermediários refere-se à quantidade de agentes que atuam em um mesmo nível de intermediação e no conjunto de níveis de intermediações para um mesmo produto.
Menos intermediações e mais intermediários em cada nível de intermediação é a situação favorável aos produtores e consumidores, porém não é isso que acontece e a variação de preço do inicio ao fim do processo de comercialização supera muitas vezes os 1000%. A tendência é ter-se margem mais elevada quando o número de intermediários é pequeno e seu porte é grande em cada intermediação.
Os produtores rurais enfrentam as condições de oligopólio e de oligopsônio, sendo os mais beneficiados. Historinhas da economia para explicar a formação de preço nos outros níveis.
As agroindústrias (existem alimentar e não alimentar) são as unidades empresariais onde ocorrem as etapas de beneficiamento, processamento e transformação de produtos agropecuários in natura até a embalagem, prontos para a comercialização. Beneficiamento é tratar o produto in natura sem alterar-lhe as características de produto in natura; processamento são cuidados especiais efetuados com os produtos, que os tornam mais prontamente disponíveis aos consumidores e garantem-lhes melhor qualidade, ex: cortes de carne e pasteurização do leite; transformação é a obtenção de produtos diferentes através dos produtos in natura.
Para um montagem de agroindústria recomenda-se observação de alguns conceitos e cuidados básicos: definição da tecnologia; definição dos tipos e compra de máquinas, equipamentos e acessórios; construções civis e instalações; localização e montagem de equipamentos; procedimento e métodos técnicos de produção; estabelecimento de normas internas; contratação de pessoal; garantia de matéria-prima; abastecimento de insumos secundários; comercialização, os registros de agroindústrias; o registro do estabelecimento; o registro do produto; o registro do rótulo e o registro na Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Logística é um modo de gestão que cuida especialmente da movimentação dos produtos, nos diversos segmentos dentro de toda a cadeia produtiva de qualquer produto, inclusive nas diferentes cadeias produtivas do agronegócio. A principal estratégia associada a uma boa logística é a diluição do valor dos custos fixos.
Ocorre em três etapas distintas:
- Logística de suprimento:forma como os insumos e serviços fluem até as empresas componentes de cada cadeia produtiva.
- Logística das operações de apoio à produção agropecuária: ocupa-se da movimentação física dos produtos como transporte interno, manuseio, armazenagem primária, estoques primários, entregas, estoques finais e controles diversos.
- Logística da distribuição: como as três características dos produtos agropecuário são a perecibilidade e a sazonalidade da produção e os fatores biológicos (pragas e doenças), o desafio é também respeitar as características dos produtos, agilidade, assiduidade na entrega e manutenção na qualidade dos produtos. Essa etapa preocupa-se com o transporte dos produtos finais até o consumidor.
Logística de transportes:
- Rodoviário: 60% do transporte de cargas no Brasil. Mais caro, porém mais rápido e mais flexível na ligação entre o produtor e o consumidor. Custos fixos altos e custos variáveis baixos.
-Fero viário: 20% do transporte de cargas totais do Brasil. Custos fixos altos e custos variáveis baixos. Por isso é recomendável pra percurso maiores, geralmente entre 500 km e 1200 km.
- Hidroviário: altos custos fixos e baixos custos variáveis caracteriza-se pela movimentação de cargas volumosas de baixo valor agregado e é mais indicado para transporte de longas distâncias, acima de 1200 km.
- Aeroviário: custos fixos e variáveis elevados, por isso só se justifica para longas distâncias e, mesmo assim, para produtos de perecibilidade muito rápida e de valor específico alto, como por exemplo, camarão congelado, flores e algumas frutas.
- Transporte intermodal: é uma combinação de diferentes modalidades de transporte para levar o mesmo produto de um lugar a outro, com objetivo de diminuir preços de fretes. Ex: Rios Tietê/Paraná, São Francisco, Araguaia/Tocantins e Madeira e Madeira e as ferrovias Ferronorte e Ferroeste.
É importante observar também à infraestrutura de apoio, equipamentos de transporte, qualidade dos produtos e pontualidade e a assiduidade.
Os serviços depois da porteira se dividem em dois grandes grupos: serviços de comercialização e serviços de vigilância sanitária.
Os serviços de comercialização podem ser públicos ou privados. Os serviços públicos mais representativos são prestados pelo Governo Federal, sobretudo por intermédio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e, em menores dimensões pelos governos estaduais, por intermédio de Centrais de Abastecimento e de outros programas. A missão da Conab é a garantia do abastecimento agroalimentar.
Os serviços de vigilância sanitária atuam mais no segmento agroindustrial, durante a produção e menos intensamente na ponta, ou seja, no mercado varejista. As instituições competentes para esse tipo de serviço são o Ministério da Saúde, o MAPA, As secretárias da saúde e as secretarias de agricultura. Esses serviços tem a finalidade maior de garantir ao consumidor produtos de qualidade, quanto à proteção à saúde e atuam mais diretamente com empresas produtoras e comerciais de produtos alimentícios em geral.
Atuações do Governo na comercialização ocorre por meio de:
- Tributação, referem-se a valores acrescidos aos preços dos produto, impostos pelo governo, com a finalidade de arrecadação. Para cada produto agropecuário, dentro de um mesmo país, existem diferentes tributações. Todos os impostos interferem diretamente nos preços dos produtos, no momento da comercialização.
- Subsídios: são formas de incentivos através de valores pagos diretamente pelo governo. No Brasil já houve com mais força, hoje apenas nos países desenvolvidos que essa prática é frequente, porém é contestada pela OMC.
- Barreiras: medidas de abrangência comercial, adotadas mais comumente nas operações, para impedir ou diminuir a entrada de determinados produtos, visando à proteção dos interesses internos dos produtores. As principais barreiras podem ser econômicas (através de tarifas de importações e pelos direitos compensatórios e pelas cotas), técnicas (exigências quanto a especificações de apresentação do produto) e sanitárias (sob alegação de defesa fito ou zoossanitária da agropecuária local, e de impedimento à entrada de pragas ou doenças possíveis de agressão à saúde humana).
Doenças e Pragas
Em praticamente todo o tempo da produção agropecuária, os produtos estão sujeitos ao ataque de pragas e doenças e isso diminui a quantidade produzida e a qualidade dos produtos, podendo até mesmo levar a “quebra da safra ou diminuição do rebanho.
O combate
- Uso de insumos: inseticidas, fungicidas e outros
O uso de insumos eleva o custo de produção, gera risco aos operadores e ao meio ambiente e a contaminação dos consumidores.
- Desenvolvimento de pesquisas
- Desenvolvimento e produção de produtos, máquinas e equipamentos para combatê-las.
- Serviços especializados.
· Agricultura familiar
A agricultura familiar é uma forma de produção agrícola que se destaca por ser realizada em pequenas propriedades rurais, muitas vezes operadas por grupos familiares de pequenos agricultores e seus colaboradores. Essa abordagem é fundamental para o fornecimento de alimentos tanto para as famílias envolvidas quanto para uma parcela significativa da população. Além disso, a agricultura familiar desempenha um papel crucial na preservação da cultura agrícola tradicional, na promoção da sustentabilidade ambiental e na contribuição para a economia local. Conheça mais sobre os benefícios e importância da agricultura familiar para as comunidades rurais e para o abastecimento alimentar.
A agricultura familiar é um tipo de agricultura desenvolvida em pequenas propriedades rurais. Recebe esse nome, pois é realizada por grupos de famílias (pequenos agricultores e alguns empregados).
A colheita dos produtos serve de alimentos para eles e ainda, para o consumo de parte da população.
De maneira resumida, agricultura familiar é uma organização na qual se praticam atividades agropecuárias no meio rural, sendo gerenciada por uma família e tendo também a mão de obra predominantemente familiar.
No entanto, ela está longe de ser uma atividade voltada apenas para o sustento da própria família ou da comunidade na qual se está inserido, ou seja, a chamada agricultura de subsistência.
Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a agricultura familiar é responsável por 80% de toda a produção de alimentos do planeta.
No Brasil, a agricultura familiar gera emprego e renda para cerca de 10 milhões de pessoas.
Vamos entender um pouco mais sobre esse segmento tão tradicional no nosso país.
A importância da agricultura familiar
Ainda que seja uma atividade muito importante para o sustento de diversas famílias que vivem na zona rural, dados apontam que cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil são fruto da agricultura familiar.
Vale frisar que, nesse processo, técnicas de cultivo e extrativismo que englobam práticas tradicionais e conhecimento popular estão presentes.
Além disso, as famílias vivem da venda de produtos que plantam. Portanto, a agricultura é uma importante fonte de renda familiar, a qual surge do trabalho em equipe realizado no campo.
A agricultura familiar colabora para a geração de renda e emprego no campo e ainda, melhora o nível de sustentabilidade das atividades no setor agrícola. Sendo assim, a qualidade dos produtos é superior aos outros convencionais.
Além disso, as famílias vivem da venda de produtos que plantam. Portanto, a agricultura é uma importante fonte de renda familiar, a qual surge do trabalho em equipe realizado no campo.
A agricultura familiar colabora para a geração de renda e emprego no campo e ainda, melhora o nível de sustentabilidade das atividades no setor agrícola. Sendo assim, a qualidade dos produtos é superior aos outros convencionais.
Agricultura Familiar
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A agricultura familiar é um tipo de agricultura desenvolvida em pequenas propriedades rurais. Recebe esse nome, pois é realizada por grupos de famílias (pequenos agricultores e alguns empregados).
A colheita dos produtos serve de alimentos para eles e ainda, para oconsumo de parte da população.
A importância da agricultura familiar
Ainda que seja uma atividade muito importante para o sustento de diversas famílias que vivem na zona rural, dados apontam que cerca de 70% dos alimentos consumidos no Brasil são fruto da agricultura familiar.
Vale frisar que, nesse processo, técnicas de cultivo e extrativismo que englobam práticas tradicionais e conhecimento popular estão presentes.
Além disso, as famílias vivem da venda de produtos que plantam. Portanto, a agricultura é uma importante fonte de renda familiar, a qual surge do trabalho em equipe realizado no campo.
A agricultura familiar colabora para a geração de renda e emprego no campo e ainda, melhora o nível de sustentabilidade das atividades no setor agrícola. Sendo assim, a qualidade dos produtos é superior aos outros convencionais.
Agricultura familiar no Brasil
No Brasil, a agricultura familiar está presente em quase 85% das propriedades rurais do país. Cerca de metade desse percentual está concentrado na região nordestina. O nordeste é responsável por cerca de 1/3 da produção total.
Agricultura familiar por regiões (Dados do Embrapa)
No entanto, as dificuldades enfrentadas por esses pequenos agricultores e a expansão do agronegócio tem levado a inúmeros problemas de ordem social e econômica.
A mecanização, por exemplo, é um fator determinante e que tem levado ao êxodo rural de diversas famílias. Ela tem diminuído consideravelmente as taxas de emprego no campo.
Sem muitas perspectivas, infraestrutura e imensa desigualdade social, as famílias se vem obrigadas a abandonar o campo em busca de melhores condições nas cidades.
Isso gera também um “inchaço” nos grandes centros e consequentemente, a marginalização de muitas pessoas.
Além da mecanização, o agronegócio apresenta um modelo de produção baseado sobretudo, no lucro. Assim, o uso de agrotóxicos e a monocultura em grandes propriedades tem sido agravante para os problemas das famílias que residem no campo.
Entretanto, a resistência das muitas famílias ainda têm sido essencial para diminuir o impacto ambiental causado pelos sistemas modernos.
Em 2006, a Lei n.º 11 326 foi considerada um avanço na definição de políticas públicas para o setor.
Dentre outras coisas, ela estabelece conceitos, princípios e diretrizes para a criação de uma política nacional consistente e eficiente ligada a agricultura familiar e aos empreendimentos familiares rurais.
“Art. 4: “A Política Nacional da Agricultura Familiar e Empreendimentos Familiares Rurais observará, dentre outros, os seguintes princípios:
I - descentralização;
II - sustentabilidade ambiental, social e econômica;
III - eqüidade na aplicação das políticas, respeitando os aspectos de gênero, geração e etnia;
IV - participação dos agricultores familiares na formulação e implementação da política nacional da agricultura familiar e empreendimentos familiares rurais.”
Produtos cultivados na agricultura familiar
A principal característica da agricultura familiar está associada à policultura, ou seja, o plantio de diversos tipos de produtos.
Em todos os biomas do país, encontram-se produtos que são comercializados pela agricultura familiar.
Destacam-se as frutas, legumes, verduras e animais, sendo que os principais são o milho, café, mandioca, feijão, arroz, trigo, leite, carne suína, bovina e de aves.
Agricultura familiar e sustentabilidade
Visto priorizar práticas tradicionais de cultivo e de baixo impacto ambiental, a agricultura familiar tem sido grande aliada da sustentabilidade e da responsabilidade socioambiental.
De tal modo, ela adota práticas de cultivo mais sustentáveis com a produção de alimentos orgânicos.
No entanto, o avanço da mecanização tem sido um agravante para o meio ambiente, as populações e ainda, a fauna e flora do local.
O uso de agrotóxicos e o desmatamento para o cultivo de produtos (como a soja, por exemplo) tem causado grande impacto ambiental em diversos ecossistemas.
Poluição, empobrecimento do solo e desertificação tem sido gerado pelo sistema atual do agronegócio.
Gradualmente, ele tem dominado o cenário de agricultura no país e desestabilizando e afetando diretamente o ambiente.
Portanto, programas e projetos do governo tem sido primordial para atuar na resistência das famílias colaborando com a qualidade de vida dessas pessoas, e sobretudo dos produtos cultivados em menor escala.
Destacam-se o PRONAF (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e o Programa Garantia Safra.
Você Sabia?
Em 2011, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou 2014 como o "Ano Internacional da Agricultura Familiar". Esse foi um grande passo para o reconhecimento da importância da agricultura familiar no mundo
O que caracteriza uma propriedade de agricultura familiar?
Podemos citar alguns fatores comuns às propriedades:
Diversificação das culturas: variadas espécies são cultivadas ou criadas em pequenos espaços de terras.
Renda Modesta: por exercerem suas atividades em uma área pequena a lucratividade da atividade econômica é limitada.
Gestão negócio: a administração do empreendimento rural ou da propriedade agrícola é compartilhada pela própria família.
Patrimônio cultural: são preservadas as tradições socioculturais e transmitidas de geração em geração.
Sustentabilidade: o uso consciente do solo faz parte da conduta do agricultor familiar.
O que diz a legislação?
De acordo com a legislação brasileira, considera-se agricultor familiar aquele que pratica atividades no meio rural e atendem aos seguintes requisitos:
I – Possuir, a qualquer título, área de até quatro módulos fiscais (têm diferentes dimensões por estado);
II – Utilizar, no mínimo, metade da força de trabalho familiar no processo produtivo e de geração de renda;
III – Auferir, no mínimo, metade da renda familiar de atividades econômicas do seu estabelecimento ou empreendimento; e
IV – Ser a gestão do estabelecimento ou do empreendimento estritamente família
Quais são os agricultores familiares?
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a agricultura familiar no Brasil é constituída basicamente por:
· pequenos produtores rurais;
· povos e comunidades tradicionais – indígenas, quilombolas, ribeirinhos, entre outras organizações sociais;
· assentados da reforma agrária;
· silvicultores – que cuidam do desenvolvimento da floresta;
· aquicultores – que criam animais aquáticos ou cultivam plantas aquáticas;
· extrativistas – que coletam materiais da natureza;
· pescadores;
· maricultores.
O momento atual
Na contramão do crescimento expressivo dos estabelecimentos agrários do país, encontra-se a agricultura familiar, um setor que encolheu nos últimos 10 anos, especialmente em número de pessoas ocupadas e em número de estabelecimentos, segundo o último Censo Agropecuário de 2017.
Alguns fatores podem justificar a redução de 9,5% no número de estabelecimentos de agricultura familiar no Brasil e de 17,6% no número de pessoas ocupadas nessa atividade desde o censo anterior em 2006:
· o envelhecimento dos chefes de família que deixam de exercer suas funções no campo;
· a busca dos jovens por outras atividades fora da área agrícola (êxodo rural);
· a mecanização das funções do manejo no campo com a chegada de instrumentos tecnológicos;
· alteração nos requisitos que classifica, perante a lei, os estabelecimentos de agricultura familiar.
	Êxodo rural é o termo dado para a migração de pessoas da zona rural para a zona urbana.
Apesar desta retração, a agricultura familiar representa a grande maioria dos estabelecimentos agrícolas do país, sendo responsável por 77% do total.
Por outro lado, se analisarmos por extensão de área, ocupa apenas 23% da área total já que se tratam de estabelecimentos de pequeno porte.
A agricultura familiar contribui para o crescimento econômico dos pequenos centros urbanos e para a geração de empregos no campo, influenciando diretamente o enfraquecimento do êxodo rural e contribuindo para a melhor distribuição de renda do país.
CADEIAS PRUTIVASO que são cadeias produtivas?
A cadeia produtiva do agronegócio pode ser definida como todos os processos que ocorrem desde os insumos básicos até a transformação no produto final. Ou seja, envolve todas as etapas que o insumo sofre até se tornar um produto. Essas etapas, ou operações, são interligadas como uma corrente que tem uma finalidade comercial.
Com a globalização e o constante avanço da tecnologia, esse conceito está sempre evoluindo. Cada vez mais, as cadeias têm se transformado em uma grande rede de negócios e cooperações. O objetivo dessa rede é fazer com que os parceiros trabalhem em conjunto.
Desse modo é possível que as empresas do agronegócio se beneficiem da cadeia produtiva, usando insumos e serviços para fabricarem seus produtos. Com uma abordagem mais integrada é possível identificar as demandas e expectativas de determinado segmento. Além de verificar também as carências e fragilidades de outro.
Estrutura da cadeia produtiva
Como mencionado, a cadeia do agronegócio é constituída por algumas etapas. Cada uma delas é essencial para que o sistema seja comercialmente viável. Veja:
Insumos
A primeira etapa da cadeia consiste em empresas fornecedoras de insumos para fazendas. São itens como sementes, adubo, calcário, ração para os animais, máquinas, tecnologia, entre outros. É essencial que os insumos tenham qualidade e cheguem até o produtor rural em perfeito estado.
Produção
A produção recebe os insumos para gerar commodities por meio de sua plantação. Isso é feito no caso de produtos como madeira, cereais, oleaginosas, carne, leite, entre outros. Essa produção pode ser feita em fazendas, sítios, granjas, hortas, tudo vai depender do tipo de produto.
Processamento
Dentre as mais importantes etapas do agronegócio está o processamento. Se trata da transformação final dos produtos para serem consumidos. Podemos tomar como exemplo o processamento da soja para se obter o óleo. Nessa etapa é fundamental selecionar os melhores itens para que o produto final tenha qualidade.
Distribuição
Assim que os produtos estão prontos, vão para atacadistas/distribuidores e então para os varejistas, onde serão vendidos. Por se tratar de itens perecíveis, é crucial que o tempo de viagem da mercadoria até as lojas e supermercados seja o menor possível. Desse modo, o consumidor receberá produtos mais frescos.
Consumidor final
A última etapa das cadeias produtivas do agronegócio é quando o produto chega até o consumidor final. Essa última fase pode acontecer em pontos de venda no país ou externo (quando é feita a exportação para outros países).
A importância das cadeias do agronegócio
A sucessão de operações é feita de forma organizada e integrada, onde cada etapa depende da anterior para que a cadeia de produção do agronegócio flua perfeitamente. É muito importante que essa ordem seja respeitada para que o consumidor final receba um produto de qualidade.
Qualquer erro mais grave em uma das etapas pode afetar profundamente todos os segmentos subsequentes. Basta que apenas um elemento da cadeia tenha problemas para as demais sofrer também, como um efeito dominó.
Por esse motivo, é essencial entender como a cadeia produtiva do agronegócio funciona. Assim, é possível visualizar a cadeia de forma integrada, percebendo a importância de cada segmento.
Além disso, também é preciso identificar possíveis debilidades de cada elo da cadeia como um todo. Outro ponto a ser observado são gargalos e elementos faltantes, garantindo melhorias contínuas.
Com o entendimento da cadeia produtiva do agronegócio brasileiro é possível prever problemas que possam surgir, além de captar oportunidades de negócios e saber aproveitá-las.
Comercialização agrícola
Leandro Gomes de OliveiraMacapá, 26 fevereiro, 2018
3 ComercializaçãoNão consiste apenas na venda da produção em determinado mercado. Ela é caracterizada como um processo contínuo e organizado de encaminhamento da produção agrícola ao longo de um canal ou sistema de comercialização, onde o produto sofre transformações, diferenciações e agregação de valor.
4 Particularidades dos produtos agropecuários
DemandaProdutos de primeira necessidadeOfertaSazonalidadePerecibilidadeNatureza biológicaFonte: BATALHA; LAGO DA SILVA, 2012
5 Funções da comercialização
Funções da comercialização agrícolaCaracterísticasFunção de trocaEstão relacionadas à posse dos produtos agrícolas, envolvendo a formação dos preços a partir da relação entre as funções de compra e de vendaFunção físicaEstão relacionadas à geração de utilidade para os produtos agrícolas, no que diz respeito ao tempo (armazenagem), ao lugar (transporte) e à forma (processamento)Função auxiliarSão aquelas que facilitam ou complementam o processo de comercialização dos produtos agropecuários, tais como padronização, financiamento, seguro, o informações e pesquisas de mercado.Fonte: WAQUIL et al., 2010
6 Estratégias de comercialização
Mercado spotMercado a termoMercado de futurosContratos de longo prazoIntegração verticalFonte: AZEVEDO (2012).
7 Canais de comercialização
Canal Direto
Canal Indireto Curto
Canal Indireto Longo
Produtor
Consumidor Fina
LProdutor
Atacadista
Consumidor Final
Produtor
Atacadista
Varejista
Consumidor Final
Fonte: SPROESSER; LIMA FILHO (2012).
8 Canais de comercialização da AF
Fonte: OLIVEIRA (2015).
9 Análise dos modais
AVIÃO
TERRESTRE
TREM
NAVIO
competitividade do agronegócio
1. Imposições do mercado externo
Se a economia brasileira é baseada na exportação de commodities agrícolas, é fato que o mercado externo acaba influenciando fortemente o setor. Para não perder espaço nesse mercado, os produtores agrícolas precisam ficar atentos às ameaças e oportunidades que se configuram no comércio internacional.
As tarifas impostas pelos mercados importadores para produtos brasileiros são um dos principais desafios enfrentados pelo setor. A burocracia aduaneira e alfandegária também dificulta o processo de exportação e reduz a competitividade do agronegócio brasileiro.
Outro fator que merece atenção são os requisitos sanitários e fitossanitários estabelecidos pelos países importadores. Essas exigências visam proteger o território de pestes e doenças e preservar a saúde humana, mas também buscam estimular os mercado internos.
A assinatura de acordos comerciais com os países importadores é uma das formas de tentar resolver essas questões. As negociações desse caráter podem ajudar a evitar exigências adicionais e a baixar as tarifas que encarecem o escoamento de grãos.
2. Investimento em tecnologia e inovação
Como já falamos em outros artigos, a agricultura digital está revolucionando o setor – portanto, não é à toa que ela está intrinsecamente ligada à competitividade do agronegócio. A também chamada “agricultura 4.0” promete estabelecer a automatização dos processos de produção por meio da tecnologia, configurando uma transformação nunca antes vivida pelo setor.
Além de possibilitar um controle total e rigoroso de todas etapas da cadeia através de sistemas de monitoramento e abastecimento, GPS e drones, a inovação no campo permite uma geração de informações inédita. E mais: o acesso a esses dados não abrange somente a extensão territorial da propriedade rural, mas todo o processo, desde o plantio até a distribuição.
A agricultura digital também proporciona a integração de todas essas informações e a geração de relatórios detalhados que podem servir de base para a tomada de decisão. Dessa forma, a gestão do agronegócio se torna muito mais profissional, aumentando as oportunidades de sucesso.
3. Otimização dos recursos
No Brasil, um dos grandes entraves da competitividade do agronegócio é a logística, que eleva significativamente as despesas de produção. Os altos custos e a falta de infraestrutura são obstáculos presentes no percurso do produtor rural brasileiro – e que acabam interferindo de forma negativa nos negócios.
Para equilibrar a balança, o empreendedor se vê obrigado a produzir mais com menos e focar em otimizar os recursos em todas as etapas do processo produtivo. Isso se tornou maisfácil com a ajuda da agricultura de precisão – um dos pilares desta última revolução tecnológica pela qual o campo está passando.
Com ela, é possível, por exemplo, a partir de um mapeamento prévio, realizar a distribuição de insumos em taxas variadas no solo. Isso faz com que se evite o desperdício de fertilizantes.
4. Sustentabilidade ao longo da cadeia
A melhoria da competitividade do agronegócio nacional envolve a expansão da produção e  o aumento da qualidade daquilo que se produz. No entanto, há de se considerar também a importância da sustentabilidade.
Produzir em maior quantidade, com mais qualidade e menos custos, de forma cada vez mais sustentável é o verdadeiro desafio do setor – que deve se preocupar também com o futuro do planeta. Utilizando toda a tecnologia disponível, os produtores devem focar em utilizar os recursos naturais de maneira inteligente com vistas a gerar o mínimo impacto na área onde atuam.
Aumentar a produtividade por hectare cultivado e promover o crescimento vertical da produção já é possível com o auxílio de sensores que identificam,  por exemplo, as áreas de maior rendimento da lavoura. Evitar desperdícios e perdas, assim como a ociosidade do maquinário, também são pontos fundamentais de uma gestão estratégica preocupada com a sustentabilidade no campo.
O investimento em um modelo de produção com potencial para aumentar a lucratividade e reduzir a pressão sobre o meio ambiente é, sem dúvida, o segredo para tornar o agronegócio brasileiro mais competitivo e ainda mais atuante no mercado internacional.
2. Economia e processos agroindustrais
3. Informações, dados e estatísticas sobre o agronegócio na internet
Agroindústria: entenda o que é, importância e desafios atuais
Agroindústria é o segmento produtivo no qual gêneros e bens com origem no campo são produzidos e distribuídos, tanto no mercado interno quanto no exterior.
Com uma participação de 5,9% no Produto Interno Bruto (PIB), a agroindústria no Brasil é o terceiro setor que mais contribui para gerar riquezas.
Ela tem um papel estratégico ao gerar alimentos para a população e divisas para o país, por meio das exportações.
O conceito está relacionado ao do agronegócio, no qual os diversos agentes envolvidos não estão necessariamente nas zonas rurais.
Segundo a Embrapa, a agroindústria brasileira é responsável por alimentar mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo, principalmente por causa dos grãos e oleaginosas exportadas.
Não surpreende que esse seja um segmento da economia visto com cuidado pelo governo, que tem no agronegócio um parceiro poderoso.
Nos tópicos a seguir, vamos falar mais sobre o conceito de agroindústria, além de apresentar um raio-X da área e explorar seus diferentes segmentos.
Estes são os tópicos abordados:
· O que é agroindústria?
· Agroindústria familiar
· Categorias da agroindústria
· Qual é a importância do setor agroindustrial?
· Como a agroindústria funciona na prática?
· Tipos de agroindústria
· Indústria de laticínios
· Indústria frigorífica
· Indústria têxtil
· Indústria de ração animal
· Indústria de extração vegetal
· Indústria sucroenergética
· Indústria de máquinas para agricultura
· Dados e levantamentos sobre a agroindústria no Brasil
· Desafios atuais da agroindústria.
· Agronegócio: o que é, como funciona e setores
· Commodities agrícolas: O que são, mercado e benefícios de investir
· Agrotech: o que é, importância, mercado de atuação e exemplos
O Que É Agroindústria?
O primeiro dos grandes saltos da humanidade não foi a Revolução Industrial, mas a descoberta da agricultura.
A agroindústria é a base de todo o desenvolvimento humano e social.
Sem a produção regular de gêneros alimentícios e outros produtos de origem agrária, como o algodão e as diferentes fibras, talvez ainda estivéssemos vivendo em cavernas.
Parece exagero, mas tudo fica claro conforme entendemos qual a importância da agroindústria para todos nós.
O conceito de agroindústria está ligado ao de civilização. Ou seja, sem ela, seríamos ainda animais primitivos.
Ela representa a evolução dos métodos de cultivo, aliando à prática do campo os métodos industriais de produção e distribuição.
Afinal, não basta apenas cultivar gêneros.
É preciso fazer com que eles cheguem à mesa das pessoas, no campo e na cidade.
Essa é uma das funções principais da agroindústria, garantir o abastecimento de produtos que dependam do trabalho no campo para existir.
Agroindústria Familiar
O termo agroindústria pode remeter a lavouras imensas, com veículos agrícolas pesados cruzando grandes plantações.
Porém, nem tudo é grandeza quando se trata de produção agroindustrial.
Um dos exemplos de agroindústria que ilustram essa diversidade é a agricultura familiar.
Embora haja grandes empresas familiares, em sua maioria elas são de pequenas e médias propriedades, nas quais se concentram 77% dos estabelecimentos agrícolas do Brasil, segundo o Estadão.
O mesmo artigo revela que 23% da área total de propriedades agropecuárias no Brasil pertence a famílias, somando 80,9 milhões de hectares dedicados à prática agrícola.
Assim, não se pode falar sobre agroindústria sem destacar o papel de destaque dos empreendimentos familiares.
É como acontece no cenário empreendedor urbano, impulsionado no país pelas micro e pequenas empresas.
Por isso, é dever do governo apoiar a agroindústria familiar, até porque elas praticam um manejo mais sustentável do que grandes conglomerados agrícolas.
A seguir, vamos avançar no conceito de agroindústria, abordando suas diferentes categorias.
Categorias Da Agroindústria
Exemplos de atividade agroindustrial
Até aqui, você entendeu o que é agroindústria e viu que nem só da produção de gêneros alimentícios vive o agronegócio.
Além disso, há outros exemplos de agroindústria dedicados à produção e distribuição de insumos para as indústrias têxtil e de transformação, entre outras.
Para ficar nos mais conhecidos, destacamos:
· Indústria de biodiesel: responsável por transformar sementes em biocombustível
· Indústria de processamento de frutas: responsável por transformar frutas em produtos diversos
· Indústria de processamento da mandioca: responsável por transformar a mandioca em fécula e polvilho
· Indústria de processamento de tomates: responsável por transformar tomates em produtos, principalmente molhos
· Frigorífico: responsável por transformar a carne das diferentes espécies animais criadas em cativeiro ou em rebanho
· Indústria têxtil: responsável por transformar insumos como o couro, o algodão e a lã em outros produtos
· Indústria de equipamentos e máquinas: parte da agroindústria onde são fabricados os veículos e equipamentos agrícolas, como as plantadeiras, colheitadeiras e semeadeiras
· Laticínio: responsável por transformar o leite em laticínios
· Fábrica de ração: responsável por transformar gêneros agrícolas em alimento para animais de corte ou de tração.
Qual É A Importância Do Setor Agroindustrial?
A atividade agroindustrial é claramente de fundamental importância para o desenvolvimento de um país.
Uma nação que não produz gêneros ou não cria animais suficientes para satisfazer às necessidades do seu povo se arrisca a passar por sérias dificuldades.
Isso mostra qual a importância da agroindústria em um sentido geopolítico, no qual quem tem a autossuficiência agrícola tem mais poder de barganha.
Não é por acaso que o Brasil, com todas as dificuldades que tem, exerce certo protagonismo nos tratados internacionais.
Os líderes dos outros países precisam de nós para fornecer uma variedade de gêneros alimentícios que seus mercados não produzem, ao menos não em quantidade suficiente.
Mesmo que a participação do setor agroindustrial no PIB não seja a maior, esse é o mais estratégico dos setores, em razão da sua relevância internacional.
Além de gerar divisas por meio das exportações, ele é também um grande gerador de empregos, tanto no campo quanto nas cidades.
Tanto é que, em 2021, o Brasil registrou a maior quantidade de pessoas ocupadas no campo, com 19 milhões de pessoas, o que corresponde a 20% do total da mãode obra empregada no país.
Como A Agroindústria Funciona Na Prática?
Os diferentes formatos e exemplos de agroindústria englobam uma série de atividades produtivas que, como tais, demandam planejamento e controle.
Ela começa pela agrimensura, ramo que se dedica a medir e avaliar o potencial dos terrenos a serem usados para o cultivo ou criação de animais.
A partir disso, os gestores das empresas agrícolas fazem estudos de viabilidade econômica, no sentido de definir qual tipo de operação logística se adequa ao empreendimento.
Isso passa também pela escolha do maquinário, dos espaços para armazenamento e das rotinas de distribuição.
Também tem a ver com a definição dos métodos e práticas de cultivo, assim como as técnicas que poderão ou não ser aplicadas à produção.
Isso tudo sem deixar de lado a escolha criteriosa das pessoas que vão trabalhar na empresa agrícola, bem como dos fornecedores de insumos e matérias-primas.
Para fechar o ciclo, todas essas atividades são monitoradas por indicadores de performance, usados para saber se os objetivos estratégicos estão sendo alcançados.
Tipos De Agroindústria
A atividade agroindustrial se distribui entre diversos segmentos, cada um especializado em um tipo de produto.
“Mas se a agroindústria é uma só, será que faz sentido essa divisão?”
Sim, se considerarmos que cada tipo de produto demanda um tipo distinto de operação para ser cultivado, beneficiado, armazenado e distribuído.
Produzir um lote de grãos, por exemplo, requer um processo totalmente diferente do que se aplica às máquinas agrícolas.
Imagine, por exemplo, o processo de beneficiamento do coco verde para produzir fibras.
É algo bastante diferente do que se faz com a soja, embora em ambos os casos sejam utilizados equipamentos mecânicos.
Para ficar ainda mais claro, vamos ver a seguir como alguns dos tipos de agroindústria operam, saber como eles geram valor e como estão performando.
Indústria De Laticínios
Ainda que tenha registrado queda no último levantamento feito pelo 25º Ranking das Maiores Empresas de Laticínios no Brasil, a indústria de laticínios segue forte.
O estudo mostra que, no Brasil, operam no setor um total de 1,176 milhão de propriedades produtoras de leite.
Destas, apenas 13% são responsáveis por 47% da produção de derivados do leite, e 31% pela produção leite sob inspeção.
O ano de 2021 foi de forte retração para esse segmento, com apenas duas das 13 empresas do ranking das maiores registrando aumento na produção.
Segundo a Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), responsável pelo levantamento, a queda se deve à diminuição da renda das famílias.
Somado a isso, houve uma redução na oferta de matéria-prima, em razão do encarecimento dos custos de produção no campo.
Indústria Frigorífica
Enquanto 2021 foi um ano para esquecer para a indústria de laticínios, para a frigorífica houve motivos de sobra para comemorar.
De acordo com a Comex Stat, as vendas de carne bovina para o mercado externo aumentaram em 7% entre 2020 e 2021, totalizando 1.560.220 toneladas exportadas.
Portanto, a indústria frigorífica segue em franca expansão, com projeções para lá de animadoras para os próximos anos.
É o que se pode concluir não só pelo aumento recente nas exportações, como pelos estudos do Centro de Inteligência de Carne Bovina (CiCarne), da Embrapa.
Segundo o seu relatório Tendências para a indústria frigorífica de carne bovina no Brasil:
“É provável que, até 2040, a produtividade dos frigoríficos esteja muito superior à atual e com níveis de ociosidade mínimos”.
As previsões são otimistas também em relação à qualidade dos produtos, que devem levar muito menos aditivos daqui para a frente.
O uso intensivo da tecnologia deve se acentuar, melhorando o padrão das embalagens e introduzindo a robótica em funções de alto risco na indústria bovina.
	
Indústria Têxtil
Exemplo de impactos da agroindústria no nosso cotidiano
As roupas que todos usamos dependem da produção de algodão para serem fabricadas em sua maioria.
Para isso, a indústria têxtil é a responsável pelo cultivo desse insumo, cuja colheita no passado era realizada com uso de trabalho escravo.
Felizmente, os tempos mudaram e, hoje, a indústria algodoeira gera empregos dignos.
Aliás, esse é outro segmento que vai bem.
De acordo com a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, a Abit, o faturamento da cadeia têxtil e de confecção foi de R$ 190 bilhões em 2021, contra R$ 161 bilhões em 2020.
Esse dado é reflexo do aumento dos investimentos no setor, que passaram de R$ 4,5 bilhões em 2020 para R$ 4,9 bilhões em 2021.
Todo esse crescimento, naturalmente, leva o setor a gerar mais empregos.
Em 2022, foram 1,34 milhão de empregos formais criados, podendo chegar a 8 milhões, se forem considerados os empregos indiretos.
Indústria De Ração Animal
Os números são igualmente promissores para a indústria de ração animal, que, em 2022, registrou crescimento de 1,3%.
Parece pouco, mas esse percentual corresponde a um total de 82 milhões de toneladas a mais em relação ao ano que passou.
Cabe ressaltar que a pecuária brasileira, a criação de aves e outros animais de corte e de produção leiteira dependem do sucesso dessa indústria.
É preciso garantir não apenas a quantidade, mas a qualidade da ração a ser distribuída.
Isso é feito por meio de processos de moagem e mistura, a fim de obter uma ração altamente nutritiva.
O crescimento atual deve continuar para os próximos anos, como aponta um relatório da Mordor Intelligence.
De acordo com as pesquisas, entre 2023 e 2028, só o mercado de aditivos para ração no Brasil deve crescer 5,5%, com as rações para aves para abate registrando a maior demanda.
Indústria De Extração Vegetal
Por ser um país privilegiado em termos de biodiversidade e lar de diferentes espécies, com frutos exóticos e variados, o Brasil se destaca também pela indústria de extração vegetal.
Segundo o IBGE, a série histórica aponta para o crescimento na produção de três dos principais gêneros de exportação: açaí, erva-mate e pó de carnaúba.
A exceção fica por conta da castanha do Pará que, entre 2019 e 2020, teve uma queda na produção de 46,15%.
Já na silvicultura, o único produto que vem registrando crescimento na produção é o carvão vegetal, ao contrário da madeira em tora e da lenha, cujas produções vêm decrescendo.
Cabe também destacar algumas diferenças entre o extrativismo e a agricultura que, embora pareçam a mesma coisa, tratam-se de atividades bastante distintas.
No caso da extração vegetal, não há um cultivo sistemático em áreas delimitadas, como acontece nas lavouras.
Frutos, raízes e outros materiais são extraídos in natura, ou seja, tal como se apresentam na natureza, sem nenhum tipo de preparação do terreno ou técnicas de cultivo.
Isso faz da indústria de extração vegetal potencialmente predatória e, em alguns casos, um risco para o meio ambiente.
Indústria Sucroenergética
Se tem um setor em que o Brasil se destaca mundialmente é na produção sucroalcooleira para fins energéticos.
Tanto que só no Brasil existem carros movidos a etanol, um tipo de álcool extraído da cana de açúcar.
Uma boa referência para compreender a dinâmica desse setor é o relatório O Setor Sucroenergético em 2030: Dimensões, Investimentos e uma Agenda Estratégica, da Confederação Nacional da Indústria, da CNI.
De acordo com o documento, que contempla inclusive a questão ambiental e os tratados da COP-21, em 2030 o Brasil deverá produzir 54 bilhões de litros de etanol.
É praticamente o dobro do registrado na safra 2021-22, em que produzimos 27,53 bilhões de litros.
Indústria De Máquinas Para Agricultura
Segundo a Mordor Intelligence, o mercado de maquinário agrícola deverá crescer 6,7% entre 2023 e 2028.
A propósito, o desenvolvimento do Brasil desde a década de 1950 está diretamente ligado ao incentivo à fabricação de máquinas e veículos para a agricultura.
É de 1959, por exemplo, o primeiro Plano Nacional da Indústria de Tratores de Rodas, considerado um divisor de águas para o setor.
Foi a partir dele que outros tipos de máquinaspara o campo passaram a ser fabricadas por aqui, como as colheitadeiras, cuja produção começou por volta de 1966.
Claro que o crescimento desse tipo de agroindústria tem uma relação direta com o próprio aumento das exportações de gêneros e grãos, da qual depende para pautar a sua produção.
Dados E Levantamentos Sobre A Agroindústria No Brasil
A importância da agroindústria no Brasil
A agroindústria no Brasil vai bem e parece que assim vai continuar por muitos anos.
O cenário geral é positivo, com os quatro gêneros agrícolas que são considerados a base da exportação brasileira apresentando boa performance comercial, como revela o portal Canal Agro, do Estadão.
Segundo a reportagem, os principais produtos que se destacam nesse mercado são os seguintes:
· Soja: o Brasil é hoje o maior produtor mundial do grão, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)
· Café: foram comercializadas 61,62 milhões de sacas de 60 quilos em 2020, volume 25% maior do que em 2019, de acordo com a Embrapa
· Milho: em 2020/21, tivemos uma produção histórica de milho, com 104,9 milhões de toneladas colhidas e mais de 18,4 milhões de hectares plantados
· Cana-de-açúcar: já a produção de cana somou 654,8 milhões de toneladas no ciclo 2020/21, um aumento de 1,8% em relação ao período anterior.
Desafios Atuais Da Agroindústria
A atividade agroindustrial apresenta riscos como qualquer outro segmento produtivo.
Tanto que, para o Sebrae, um dos principais desafios para a agroindústria no Brasil é a falta de gestão.
Como vimos, há setores que estão em declínio, a despeito do crescimento de outros, o que sempre preocupa, já que uma economia forte se faz com todos os setores chave prosperando.
Portanto, é fundamental que a agroindústria aprimore seus mecanismos de gestão, de modo que o progresso material e tecnológico seja melhor aproveitado.
groindústria e agrosserviços – o setor de insumos recuou, pressionado pela desvalorização dos fertilizantes e defensivos. No caso do segmento primário, apesar das quedas nos preços de muitos produtos (algodão, café, tomate, milho, soja, trigo, cana, cacau, banana e batata), o crescimento foi sustentado pela expectativa de uma safra recorde de grãos no campo, somada às maiores produções esperadas de café e cana.
 
O PIB também foi favorecido pelo arrefecimento dos preços dos fertilizantes e defensivos frente a 2022. Na indústria, o PIB cresceu devido a uma redução de custos com insumos, tendo em vista que a produção industrial registrou queda modesta e os preços dos produtos também caíram (com destaques negativos para o etanol, os produtos de madeira e o café industrializado). Quanto aos agrosserviços, o crescimento do PIB decorreu sobretudo do desempenho agrícola dentro da porteira. Essa expansão se traduz em demanda por serviços de transporte, armazenagem, comércio e outros serviços (como financeiros, contábeis, jurídicos, de comunicação, entre outros).
 
RAMO PECUÁRIO – Diferentemente do agrícola, o ramo pecuário caiu (-1,09%), influenciado pelas baixas observadas em todos os quatros segmentos. No caso dos insumos, o desempenho negativo foi impactado sobretudo pelos menores preços das rações e dos medicamentos veterinários. Para o segmento primário pecuário, a retração decorreu do menor valor bruto da produção esperado para o ano, mesmo em um cenário de certo alívio dos custos com insumos. A queda do valor da produção refletiu os menores preços de bovinos e aves de corte, uma vez que se projeta expansão de produção para todas as atividades pecuárias acompanhadas – exceto o leite. Na agroindústria pecuária, apesar da maior produção estimada de carnes para o ano, o PIB também foi pressionado pelo comportamento desfavorável dos preços da carne bovina e dos couros bovinos. 
 
Quanto aos agrosserviços pecuários, a baixa esteve em linha com as reduções observadas a montante. O fraco desempenho dos segmentos pecuários, com valores brutos da produção pressionados por preços desfavoráveis, também deve ter se refletido numa demanda mais enfraquecida por serviços.
 
 
 
Custo de Produção: uma importante ferramenta gerencial na agropecuária
 
            Na definição de um empreendimento agrícola, é importante que se faça um planejamento para obter sucesso. Para isso, deve-se considerar uma gama de fatores ao escolher o quê, como, onde e para quem produzir, e ainda de forma específica para cada talhão de sua propriedade. Dentre as várias ferramentas de planejamento e gestão disponíveis, o custo de produção é muito importante para subsidiar o planejamento.
 
            Cada vez mais o produtor deve estar atento à maneira pela qual está produzindo, mensurando o custo e receita realizada com a produção. Parece redundância falar em mensurar custo quando o produtor já vem realizando sua atividade há um bom tempo e de certa forma tem ideia do quanto gasta. Mesmo assim, é importante relembrar para que possa avaliar periodicamente como vem produzindo e o impacto das operações, uso de máquinas e implementos e insumos utilizados para que tenha controle da produção e de seus resultados. Para tanto, é necessário que enxergue a propriedade rural como uma empresa de fato. Nesta empresa há pessoas, equipamentos, terras, insumos para transformação e recursos financeiros para tocar o negócio. A adoção de um sistema de planejamento tem por finalidade utilizar técnicas de gestão a fim de maximizar o rendimento das culturas e, consequentemente, os lucros, além de minimizar os custos de produção, visto que esta técnica é baseada na identificação e eliminação das possíveis causas de redução da produtividade.
 
            As macrotendências mundiais nos negócios têm-se dado em função das mudanças nos padrões de competitividade com incorporação rápida e crescente do conhecimento, da tecnologia, da inovação e da qualidade dos recursos humanos, como fatores decisivos de diferenciação competitiva, além da introdução dos valores ambientais e da qualidade dos serviços e produtos nas disputas comerciais. A revolução científica e tecnológica, com os grandes avanços da informática e da biotecnologia, além das inovações gerenciais e institucionais, base da chamada nova economia, vem gerando mudanças importantes.
 
            Observa-se uma grande disparidade entre os perfis dos produtores em relação aos sistemas de produção; a cada dia novos produtos e tecnologias surgem no mercado e muitas vezes o produtor não tem condições de adquirir toda esta tecnologia. No dia a dia, realiza o serviço com os equipamentos que possui (muitas vezes inadequados) e, se necessário, faz algumas adequações ou negocia o empréstimo de algum equipamento específico com algum conhecido ou vizinho tendo que aguardar a disponibilidade deste. Além disso, deve considerar as tendências de inovação no setor do agronegócio com novas técnicas, variedades, fertilizantes e outros itens a ser utilizados pelo produtor com o objetivo de tornar mais eficiente a produção e satisfatório seu rendimento. Outro aspecto importante é que os mercados de produtos agrícolas, via de regra, tendem ao de competição perfeita. Em tais mercados, os preços são definidos pelas forças de oferta e demanda pelo produto, sendo que cada agente – individualmente – não tem influência sobre esse preço. Em outras palavras, os preços são "dados" aos agricultores, tornando--se ainda mais relevante o controle dos custos como instrumento de obtenção de rentabilidade.
 
            Nesse sentido, a utilização de estimativas de custos de produção na administração de empresas agrícolas assume importância crescente, quer na análise da eficiência da produção de determinada atividade, quer na análise de processos específicos de produção, os quais indicam o sucesso de determinada empresa no esforço de produzir. Ao mesmo tempo, à medida que a agricultura vem se tornando mais competitiva e com a redução da intervenção governamental no setor, o custo de produção transforma-se em um importante instrumento do processo de decisão. Assim, se por um lado os custos de produção vêm aumentando a sua importânciana administração rural, na determinação de eficiência na produção e no planejamento de empresas, por outro as dificuldades de estimá-los só recentemente começaram a ser reduzidas, à medida que aumentou a adoção da informática na gestão das empresas agropecuárias.
 
            Mas apesar da importância do custo de produção na administração do negócio, a sua determinação não é uma tarefa fácil. Pois, para se determinar (ou estimar) o custo de produção, é necessário enfrentar várias questões.
 
            Inicialmente, deve-se considerar como o ideal para um determinado produto de uma atividade agropecuária aquele cujo preço de mercado permita cobrir os custos de produção e de comercialização, contendo ainda o percentual de lucro esperado, o que permite que a empresa se mantenha competitiva no mercado.
 
            Assim, desconsiderando-se os impostos, entre outros, visando uma simplificação, pode-se dizer que o preço de venda é constituído do custo de produção mais o lucro, de tal forma que, considerando na agricultura que os produtores são tomadores de preço, o lucro será maior ou menor dependendo do custo, item sobre o qual o empresário tem condições de atuar.
 
            O custo de produção é composto pelos custos diretos (mão de obra, materiais, operações de máquinas), que podem ser calculados com exatidão, não havendo com relação a eles qualquer restrição; e os custos indiretos, que não se associam diretamente à atividade (mão de obra indireta, depreciação de máquinas e construções, administração, serviços, etc.). O cálculo dos custos indiretos, ao contrário da exatidão dos custos diretos, pode em muitos casos estar longe da realidade, por ter despesas que muitas vezes não são computadas, porque se negligencia a necessidade de se ratear determinados custos entre mais produtos. Sempre que se estimar determinados custos de produção, vão surgir questões a serem respondidas, do tipo: como considerar custos de mão de obra familiar, juros sobre o capital próprio utilizado na produção, etc. Essas questões terão de ser abordadas em cada caso específico, sempre visando alocar os custos de todas as subatividades envolvidas na produção de um determinado produto.
 
            O Instituto de Economia Agrícola (IEA) desenvolveu e utiliza a estrutura de custo operacional1: conceituado como despesas efetivamente desembolsadas pelo agricultor mais a depreciação de máquinas e benfeitorias específicas da atividade, incorporando-se outros componentes de custos, que visam obter o custo operacional total de produção e viabilizar a análise de rentabilidade no curto prazo (Figura 1).
 
            Para dar início a análise do processo de produção, é importante primeiramente elaborar uma matriz de dados da atividade elencando as principais operações para a produção da cultura: preparo de solo, plantio, tratos culturais e colheita, ou seja, o sistema de produção. Este é definido como o conjunto de manejos, práticas ou técnicas agrícolas realizadas na condução de uma cultura2.
 
            Além de elencar minuciosamente as operações, outras variáveis devem ser consideradas, como a potência das máquinas e capacidade dos implementos, uso de mão de obra, quantidade e produtos a serem aplicados como inseticida, herbicida e adubo (Tabela 1). Alguns itens, como a contratação de prestação de serviço para uma operação ou parte dela, devem ser levados em consideração, além das obrigações sociais.
 
            Com as informações da tabela 1 é possível, alocando-se os respectivos preços, calcular a parcela referente ao custo operacional efetivo (COE).
 
            Para chegar ao custo operacional total, alocam-se os gastos com os componentes de custos indiretos da produção: seguro, encargos financeiros para capital de custeio, contribuição a seguridade social rural, formação da cultura perene, quando for o caso, e outras despesas quando pertinentes.
 
            Os dados levantados servirão de base para realizar o custo de produção, que é a soma dos valores de todos os serviços produtivos dos fatores utilizados na obtenção de um bem qualquer.
 
 
 
Figura 1 – Estrutura do Custo de Produção Utilizada pelo IEA.
Fonte: Dados da pesquisa.
 
 
            A implementação do custo de produção na propriedade possibilitará quantificar seu dispêndio, avaliar se está realizando operações desnecessárias na lavoura e o desembolso realizado ao comprar insumos (adubo, defensivos, inseticidas, nematicidas, controle biológico, etc.). Este detalhamento permitirá uma visão global da situação e possibilitará uma intervenção nos custos por meio da avaliação do impacto do item no custo de produção pela sua participação percentual (Figura 2).
 
            Normalmente, os administradores elaboram seus custos de produção em reais e não detalham cada operação, equipamento e tempo gasto. Os elementos apresentados na figura 2 podem ajudar o produtor a responder estes questionamentos e avaliar os impactos no custo. Pode-se perguntar: as operações que realiza e a quantidade de adubo podem interferir na produtividade? E a mão de obra? Como fazer para contratá-la dentro da legislação trabalhista? Utilizar o condomínio de mão de obra ou prestação de serviço? De que forma diminuir o custo e quais os melhores mecanismos para alcançar o objetivo desejado?
 
            O trator utilizado muitas vezes pode ter uma potência maior do que a requerida pelo implemento na realização daquela operação. Ao mesmo tempo, o implemento utilizado pode estar sendo tracionado por um trator de potência inferior ao ideal. Esses questionamentos servem para adequar a parcela de operações de máquinas e avaliar de acordo com a renda a possibilidade de um futuro investimento em máquinas. Cada produtor deve viabilizar da melhor forma possível a realização das operações em sua propriedade com equipamentos adequados por meio de parcerias, consórcios, mutirão e outras formas existentes.
 
 
Tabela 1 - Modelo de Matriz com Descrição de Algumas Operações, Utilização de Horas de Máquinas, Equipamentos, Mão de Obra, Insumos para Cálculo do Custo de Produção 
Fonte: Elaborada pelos autores com base na matriz de coeficientes técnicos do Instituto de Economia Agrícola, não publicada.
 
            No caso da mão de obra, em muitas regiões o produtor tem a opção pela contratação do condomínio, que consiste em um modelo de contratação coletivo com o objetivo de assegurar aos trabalhadores rurais direitos trabalhistas e previdenciários, com menores custos de gestão do trabalho3, prática que tem sido desenvolvida para algumas culturas e regiões do Estado de São Paulo.
 
            Em relação aos materiais utilizados, pode-se avaliar se, por exemplo, dosagens e quantidades são as corretas, as regulagens dos implementos são aferidas com frequência, prática determinante para a eficiência da aplicação e, no caso de sementes, o stand correto das culturas, o que influi diretamente na produtividade.
 
 
 
Figura 2 - Exemplo de Gráfico de Participação Percentual dos Custos de Produção para Análise do Impacto de Cada Item no Custo Operacional Efetivo.
Fonte: OLIVEIRA, M. D. M. et al. Custo de produção do feijoeiro. In: DIA DE CAMPO DE FEIJÃO, 25., 2010, Capão Bonito. Anais... Capão Bonito: Polo Sudoeste Paulista/APTA, 2010.
 
 
            Essas são algumas das inúmeras avaliações que permitem o administrador a análise dos custos de produção e influência na rentabilidade da atividade.
 
            Ao colocar na ponta do lápis seu custo, o produtor tem condições de visualizar onde pode reduzi-lo, avaliar o que está dando resultado ou não, corrigir falhas, evitar problemas, planejar e investir cada vez mais em sua empresa. Além de ser um instrumento de tomada de decisão sobre a produção.
Protocolo de Kyoto
Acordo ambiental fechado durante a 3ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, realizada em Kyoto, Japão, em 1997. Foi o primeiro tratado internacional para controle da emissão de gases de efeito estufa na atmosfera. Entre as metas, o protocolo estabeleciaa redução de 5,2%, em relação a 1990, na emissão de poluentes, principalmente por parte dos países industrializados. Uma delas determinava a redução de 5,2%, em relação a 1990, da emissão de gases do efeito estufa, no período compreendido entre 2008 a 2012. O protocolo também estimulava a criação de  formas de desenvolvimento sustentável para preservar o meio ambiente.
Ao ser adotado, o Protocolo de Kyoto foi assinado por 84 países. Os Estados Unidos, um dos países que mais emitem gases poluentes no mundo, abandonaram o Protocolo em 2001 com a justificativa de que cumprir as metas estabelecidas comprometeria seu desenvolvimento econômico.
As metas de redução de gases não são, entretanto, homogêneas entre os países que assinaram o acordo. Trinta e oito países têm níveis diferenciados nas metas de redução dos gases poluentes. Países que compõem a União Europeia, por exemplo, estabeleceram meta de 8% na redução dos gases do efeito estufa, enquanto o Japão fixou esse percentual em 6%. Quando os Estados Unidos aderiram ao acordo, comprometeram-se com a redução de 7% dos gases poluentes. 
Os gases do efeito estufa absorvem parte da radiação infravermelha emitida, principalmente, pela superfície terrestre, dificultando seu escape para o espaço. Esse fenômeno, que é natural e ocorre desde a formação do planeta, é importante para a preservação da vida na Terra, pois a mantém aquecida e impede que ocorra perda demasiada de calor para o espaço. O aumento desses gases tem, no entanto, potencializado esse fenômeno natural, causando aumento da temperatura na terra.
Histórico
Em 1988, ocorreu a primeira reunião com líderes políticos e cientistas de vários países com o objetivo de discutir as mudanças climáticas. Realizado na cidade canadense de Toronto, esse encontro entre os participantes sugeriu que o impacto das mudanças climáticas só poderia ser superado, em termos de impacto negativo no planeta, por uma guerra nuclear. Os especialistas observam que, após aquela data, têm sido registradas elevadas temperaturas na Terra.
Em 1990, foi criado o Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC) — Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática —, mecanismo de caráter científico com o objetivo de alertar o mundo sobre o aquecimento do planeta. Nesse ano, os cientistas constataram que as alterações climáticas são provocadas, principalmente, pelo CO² (dióxido de carbono) emitido pela queima de combustíveis fósseis. 
Em 1992, mais de 160 líderes de países assinaram a Convenção Marco Sobre Mudanças Climáticas durante a ECO-92, no Rio de Janeiro. Em 1995, o IPCC divulgou informe, declarando que as mudanças climáticas já davam sinais claros e, em 1997, foi assinado, finalmente, em Kyoto, o protocolo que levou o nome dessa cidade japonesa. Em 2004, foi realizada reunião na Argentina, na qual os participantes aumentaram a pressão para que países desenvolvidos reduzam a emissão de gases.
Com o Protocolo de Kyoto, cresceu a possibilidade de o carbono tornar-se moeda de troca, a partir do momento em que países assinantes do acordo podem comprar e vender créditos de carbono. Obtidos em negociações internacionais, os créditos de carbono são adquiridos por países com emissão reduzida de CO², que fecham negócio com países poluidores. Para cada tonelada de carbono reduzida, o país recebe um crédito. A quantidade de créditos de carbono recebida varia, portanto, de acordo com o volume da redução de CO². Os países que mais negociam esses créditos são os da União Europeia e o Japão.
Fonte: Agência Senado
O Protocolo de Quioto constitui um tratado complementar à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, definindo metas de redução de emissões para os países desenvolvidos e os que, à época, apresentavam economia em transição para o capitalismo, considerados os responsáveis históricos pela mudança atual do clima.
Criado em 1997, o Protocolo entrou em vigor no dia 16 de fevereiro de 2005, logo após o atendimento às condições que exigiam a ratificação por, no mínimo, 55% do total de países-membros da Convenção e que fossem responsáveis por, pelo menos, 55% do total das emissões de 1990.
Durante o primeiro período de compromisso, entre 2008-2012, 37 países industrializados e a Comunidade Europeia comprometeram-se a reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE) para uma média de 5% em relação aos níveis de 1990. No segundo período de compromisso, as Partes se comprometeram a reduzir as emissões de GEE em pelo menos 18% abaixo dos níveis de 1990 no período de oito anos, entre 2013-2020. Cada país negociou a sua própria meta de redução de emissões em função da sua visão sobre a capacidade de atingi-la no período considerado.
O Brasil ratificou o documento em 23 de agosto de 2002, tendo sua aprovação interna se dado por meio do Decreto Legislativo nº 144 de 2002. Entre os principais emissores de gases de efeito estufa, somente os Estados Unidos não ratificaram o Protocolo. No entanto, continuaram com responsabilidades e obrigações definidas pela Convenção.
Mecanismo de Desenvolvimento Limpo
De forma a auxiliar os países desenvolvidos e os de economia em transição para o capitalismo – conhecidos tecnicamente como Países Anexo I - a cumprirem suas metas de redução ou limitação de emissões, o Protocolo de Quioto contemplou três mecanismos de flexibilização: Comércio de Emissões, Implementação Conjunta e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL). Esse último é o único a permitir a participação dos países em desenvolvimento – chamados tecnicamente de Partes não-Anexo I.
Por meio do MDL, um país desenvolvido ou de economia em transição para o capitalismo pode comprar “créditos de carbono”, denominados “reduções certificadas de emissões” (RCEs) resultantes de atividades de projeto desenvolvidas em qualquer país em desenvolvimento que tenha ratificado o Protocolo. Isso é possível desde que o governo do país onde ocorrem os projetos concorde que a atividade de projeto é voluntária e contribui para o desenvolvimento sustentável nacional.
Na perspectiva do funcionamento do mecanismo, o proponente deve elaborar, inicialmente, um documento de concepção do projeto, aplicando uma metodologia previamente aprovada pelo Comitê Executivo do MDL para definição de linha de base e monitoramento.
Após a elaboração do documento, o projeto precisa ser validado por uma Entidade Operacional Designada (EOD) e aprovado pela Autoridade Nacional Designada (AND), que, no Brasil, é a Comissão Interministerial de Mudança Global do Clima (CIMGC), criada pelo Decreto Presidencial de 7 de julho de 1999, tem por finalidade articular as ações de governo decorrentes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima e seus instrumentos subsidiários de que o Brasil vier a ser parte.
Uma vez aprovados e validados, os projetos são submetidos ao Conselho Executivo da UNFCCC para registro. Inicia-se, então, o monitoramento e a verificação das reduções de emissões do gás de efeito estufa pertinentes ao projeto, para, finalmente, serem emitidas as Reduções Certificadas de Emissões (RCEs).
 
Para mais informações sobre o MDL, visite o site do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
Aprovado projeto que atualiza a Política Nacional sobre Mudança do Clima
O Senado aprovou o PL 6539/2019 que modifica a Lei 12.187/2009 que instituiu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC), para incluir os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris, instrumento assinado em 2015. O Acordo estabeleceu metas para redução de emissão de gases de efeito estufa, a Contribuição Nacionalmente Determinada, NDC, na sigla em inglês, com o objetivo de manter o aumento da temperatura média global abaixo de 2ºC em relação aos níveis pré-industriais.
Transcrição
SENADORES APROVARAM PROPOSTA QUE APERFEIÇOA A POLÍTICA NACIONAL SOBRE MUDANÇA DO CLIMA PARA ADEQUÁ-LA ÀS DIRETRIZES DO ACORDO DE PARIS APROVAÇÃO OCORREU NO CONTEXTO DA PRIMEIRA SEMANA DA VIGÉSIMA SEXTA CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS, A COP 26. REPORTAGEM DE REGINA

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