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Aula 2 - conceito de empresa, empresário e tipos de empreendimento

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Direito Empresarial e Tributário - 1º/2024
Aula 02
TÓPICO I
1. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA EMPRESA
Antiguidade – não se pode falar em bDireito Comercial
- Babilônia – Código de Hamurabi (séc. XVIII A.C.)
- Fenícios – comércio marítimo mediterrâneo (séc. X a I A.C.)
- Império romano – os conflitos eram resolvidos pelo jus gentium (mercadores estrangeiros) ou pelo jus civile (mercadores romanos) (séc. VI A.C. a V D.C.)
Idade média – surgimento do Direito Comercial
- Comércio marítimo;
- Feiras;
- Corporações de comerciantes;
- Normas de caráter internacional;
- Primeiros institutos: bancos, letras de câmbio, câmbio, seguro, contratos e sociedades mercantis.
Mercantilismo (séc. XV a XVIII)
- Colonialismo;
- Fortalecimento dos estados nacionais;
- Intervencionismo estatal;
- Surgimento das sociedades anônimas;
- Codificação: França (Ordenança do Comércio Terrestre – 1673 e Ordenança da Marinha – 1681).
Período moderno
- Inglaterra – revolução industrial (meados do séc. XVIII);
- EUA – independência (1776);
- França – recolução (1789); Napoleão – Código Civil (1804) e Comercial (1808);
- Itália (1942) – Código Civil (unificou o direito privado)
2. TEORIAS DA EMPRESA E SUA EVOLUÇÃO NO DTO COMERCIAL – FASES
Período subjetivo – antigo
	Idade média – comerciante é aquele inscrito em um corporação;
Período objetivo – teoria do “atos de comercio”
	Código Comercial: comerciante é definido por lei (França – 1808; Brasil – 1850);
Período subjetivo moderno – atual
	Empresário é quem exerce atividade empresarial (Itália – 1942; Brasil - 2002;
3. FONTES DO DIREITO EMPRESARIAL
	FONTES
	PRIMÁRIAS
- Constituição Federal;
- Código Civil (Direito de Empresa e Direito Societário);
- Código Comercial (Direito Marítimo);
- Leis comerciais (Lei de Sociedades por Ações; Lei de Locações; Duplicatas, Cheques, falência, etc.);
- Tratados internacionais (Lei Uniforme de Genebra – letra de câmbio, nota promissória e cheque; Convensão de Varsóvia – transporte aéreo)
	SECUNDÁRIAS
- Lei de Introdução às normas do Direito Brasileiro (art. 4º);
- Costumes (usos e práticas):
	- prática entre comerciantes;
	- estarem em conformidade com os princípios da boa-fé e às máximas comerciais;
	- não serem contrários às disposições da legislação comercial.
4. LIVRE INICIATIVA – Art. 170 da CF/88
- Limitações à livre iniciativa – 170 CF
- “é pressuposto jurídico do regime jurídico comercial uma Constituição que adota os princípios do liberalismo ou uma vertente neoliberal no regramento da ordem econômica” (Fábio Ulhôa Coelho)
- “§ 4º - A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e o aumento arbitrário dos lucros”.
- Função supletiva (Art. 173 CF)
5.	CONCEITO DE EMPRESA
Não confunda os conceitos. EMPRESA É ATIVIDADE ECONÔMICA, portanto, é errado falar que o “Carrefour é uma empresa”; “a Gol é uma empresa”, etc...
“[...] empresa é uma atividade econômica organizada com a finalidade de fazer circular ou produzir bens ou serviços. Empresa é, portanto, atividade, algo abstrato. Empresário, por sua vez, é quem exerce empresa. Assim, a empresa não é sujeito de direito. Quem é sujeito de direito é o titular da empresa. Melhor dizendo, sujeito de direito é quem exerce empresa, ou seja, o empresário, que pode ser pessoa física (empresário individual) ou pessoa jurídica (sociedade empresarial)."
André Santa Cruz Ramos
Portanto, empresa pode ser assim definida:
ATIVIDADE ECONÔMICA = FIM DE LUCRO
EMPRESA
ORGANIZADA PARA PRODUÇÃO OU CIRCULAÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS
NÃO TEM NATUREZA JURÍDICA. NÃO SE CONFUNDE COM O EMPRESÁRIO (SUJEITO) NEM COM O ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL (COISA)
Nesse contexto, para que se fale em empresa, há necessidade de que tenha por base uma atividade econômica, de modo que a exploração destas são baseadas nos chamados “setores”, divididos em primário, secundário e terciário. 
Vejamos:
Classificação com base na atividade econômica
Setor primário: relativo à natureza. O desenvolvimento da atividade se dá na exploração de recursos naturais. Ex: pecuária, agrícola e pesqueira.
Setor secundário: é afeito à transformação de matérias-primas em produtos industrializados. Ex: construção civil.
Setor terciário: tem relação à prestação de serviços ou desenvolvimento do comércio. Ex: loja em shoppings.
Classificação com base na titularidade do capital (“quem é o dono?”)
Privadas: o capital (dinheiro) é de particulares. Ex: Carrefour; Gol; Nike; etc.
Públicas: é controlada pelo Estado. Ex: CEF
Empresas mistas: há participação da iniciativa privada e do poder público. Ex: Banco do Brasil
Obs: regime jurídico?
TÓPICO II
1. EMPRESÁRIO
Há uma confusão corriqueira entre empresa, empresário, instituição, etc. Para melhor entender isso, acompanhe a conceituação abaixo:
- lugar: onde são produzidos ou comercializados bens ou serviços (estabelecimento);
- instrumento de lucro: para o empresário (ramo de atividade);
- completo de bens: voltados para a produção (indústria);
- instituição: geradora de empregos, renda, impostos (empregador, produtor, contribuinte);
- pessoa: quem explora a atividade empresarial (empresário, comerciante).
2. CONCEITO DE EMPRESÁRIO
A melhor definição para o direito nacional está na própria lei, pois o Código Civil conceitua o que viria a ser empresário em seu Art. 966, assim expresso:
“Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”
Nesse sentido, Atividade econômica organizada: produção ou circulação de bens ou serviços, exercida profissionalmente pelo empresário, por meio de um estabelecimento empresarial;
3. REQUISITOS	
· Pessoalidade: é necessário que a atividade econômica seja exercida diretamente pelo próprio empresário (pessoa física) ou pela sociedade empresária (pessoa jurídica). O sócio de uma pessoa jurídica pode ser um investidor ou empreendedor, mas não é empresário. Os empregados quando produzem ou circulam bens o fazem em nome do empresário.
· Profissionalismo: monopólio de informações. Informações que o empresário detém sobre o produto ou serviço explorado pela empresa.
· Habitualidade: é necessário que a atividade econômica seja exercida de modo permanente. Está descartado, portanto, o exercício esporádico ou eventual da atividade econômica.
científica
Obs1: os profissionais intelectuais NÃO SÃO empresários!!!! Art. 966, § único	literária													artística
Obs2: Sócio 	 empresário
“Deve-se desde logo acentuar que os sócios da sociedade empresária não são empresários. Quando pessoas (naturais) unem seus esforços para, em sociedade, ganhar dinheiro com a exploração empresarial de uma atividade econômica, elas não se tornam empresárias. A sociedade por elas constituída, uma pessoa jurídica com personalidade autônoma, sujeito de direito independente, é que será empresária, para todos os efeitos legais. Os sócios da sociedade empresária são empreendedores ou investidores, de acordo com a colaboração dada à sociedade (os empreendedores, além de capital, costumam devotar também trabalho à pessoa jurídica, na condição de seus administradores, ou as controlam; os investidores limitam-se a aportar capital). As regras que são aplicáveis ao empresário individual não se aplicam aos sócios da sociedade empresária – é muito importante apreender isto”.
4. PROIBIDOS DE EXERCER EMPRESA
No direito empresarial = “os proibidos de exercer empresa são plenamente capazes para a prática de atos e negócios jurídicos, mas o ordenamento em vigor entendeu conveniente vedar-lhe o exercício dessa atividade profissional” (Fábio Ulhôa)
· Falido não reabilitado – condenado pela prática de crime cuja pena vede o acesso à atividade empresarial (Lei nº. 8.934/94 – Lei de Registro de Empresas. Art. 35, II);
· Leiloeiro
No direito administrativo = servidor público
No direito aeronáutico = vedado o serviço de transporte aéreo doméstico por pessoas jurídicas estrangeiras
No direito constitucional – é vedada aparticipação direta ou indireta de empresas ou capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos previstos em lei” (Art. 199, § 3º)
No direito previdenciário = devedores do INSS (Lei nº. 8.212/91, art. 95, § 2º, “d”)
TÓPICO III
1. CONCEITO DE ESTABELECIMENTO EMPRESARIAL
O Código Civil veio prevendo o que seria estabelecimento empresarial em seu Art. 1.142, assim redigido:
“Art. 1.142. Considera-se estabelecimento todo complexo de bens organizado, para exercício da empresa, por empresário, ou por sociedade empresária”.
Ou seja:
· A sociedade empresária pode ser titular de mais de um estabelecimento. Nesse caso, aquele que ela considerar mais importante será a sede, e o outro ou outros as filiais ou sucursais. 
· O estabelecimento empresarial pode ser definido como o conjunto de bens organizados pelo empresário para a exploração da atividade econômica (empresa). Apresentando-se como um conjunto ou complexo de bens, não se resume, conforme visto, ao local de desenvolvimento da empresa. 
· O estabelecimento empresarial não se confunde com o empresário, que é aquele que exerce a atividade empresarial, e nem com a empresa, que corresponde à própria atividade exercida pelo empresário por meio do estabelecimento empresarial. O estabelecimento não é sujeito de direito.
2. ELEMENTOS CONSTITUTÍVOS 
O estabelecimento empresarial possui elementos que o definem, os quais podem ser assim identificados:
Corpóreos – são os materiais que possue: mercadoria em estoque, utencílios, veículos, móveis, maquinário, etc.
Incorpóreos – são os imateriais. Aquilo que representa: nome, fama, perpectiva, valor em bolsa de valores, etc.
3. ALIENAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Dá-se o nome de trespasse o contrato de compra e venda do estabelecimento empresarial. No trespasse há a transferência do estabelecimento do patrimônio do empresário alienante (trespassante) para o patrimônio do empresário adquirente (trespassário). O objeto da venda é o complexo de bens corpóreos e incorpóreos. O trespasse constitui contrato bilateral realizado entre o alienante do estabelecimento e o adquirente.
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