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Suporte básico de vida na APS

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Suporte básico de vida na APS
Paciente que se sentiu mal e desmaiou enquanto aguardava atendimento na sala de espera da UBS
Anamnese
Histórico do problema atual
Trazido pela esposa à UBS, a qual relata que em casa MCF estava queixando-se de falta de ar aos pequenos esforços, cansaço, náusea e dor epigástrica há dois dias. Tem prescrição para uso de AAS 100 mg 1x/ dia , Captopril 25 mg 2x/ dia , Hidroclorotiazida 25 mg 1x/ dia e Atenolol 50 mg 2x /dia.
Ao aguardar na sala de espera pela consulta médica, M.C.F. começou a relatar dor precordial intensa, apresentando-se hipocorado e sudorético, evoluindo para a perda da consciência. A técnica em enfermagem, ao verificar a pressão arterial do usuário, percebeu que a mesma estava inaudível e chamou você, que constatou que o usuário estava inconsciente, com ausência de movimentos respiratórios e de batimentos cardíacos.
Enquanto a equipe prestava os primeiros cuidados, a recepcionista chamou o SAMU (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência).
Histórico
Antecedentes pessoais
Paciente diagnosticado com Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) há vinte anos, mantendo-se sem acompanhamento médico e tratamento irregular, pois o horário de atendimento da UBS não é compatível com seu horário de trabalho. Relata vários atendimentos no Pronto Socorro da cidade, devido a crise hipertensiva. Há três meses sofreu IAM. Refere dificuldade para aderir aos tratamentos corretamente. É obeso, sedentário, fumante e consome bebida alcoólica aos finais de semana.
História social
Casado, cursou o ensino médio. Reside há doze anos no bairro. Mora com esposa e um filho numa casa de alvenaria com água tratada, energia elétrica e rede de esgoto. Renda familiar de aproximadamente dois salários mínimos, no momento, devido ao benefício saúde, que recebe devido a Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) há 3 meses.
Antecedentes familiares
Refere que os pais eram hipertensos, sendo que o pai faleceu por Acidente Vascular Encefálico (AVE) e a mãe faleceu por Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC).
Medicações em uso
AAS 100 mg 1x/ dia; Captopril 25 mg 2x/ dia , Hidroclorotiazida 25 mg 1x/ dia e Atenolol 50 mg 2x /dia.
Saiba mais
Etiologia e fisiopatologia da parada cardiorrespiratória
- É a cessação da circulação devido a função cardíaca não efetiva. O paciente apresentará inconsciência, ausência de batimentos cardíacos e movimentos respiratórios Os tipos de PCR de acordo com o ritmo são: taquicardia ventricular sem pulso, fibrilação ventricular, Atividade Elétrica sem Pulso e Assistolia. Os dois primeiros rítmos são chocáveis, ou seja, se utiliza o desfibrilador. O tratamento recomendado para a parada cardíaca está contido nos protocolos mundiais da American Heart Association (AHA).
(AHA, 2015)
Saiba mais
A PCR é considerada um problema mundial de saúde pública. Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e tratamento, muitas são as vidas perdidas anualmente no Brasil relacionadas a este evento, ainda que não tenhamos a exata dimensão do problema pela falta de estatísticas robustas a este respeito. Podemos estimar algo ao redor de 200.000 PCRs ao ano, no Brasil, sendo metade dos casos ocorrendo em ambiente hospitalar, e a outra metade em ambientes como residências, shopping centers, aeroportos, estádios, etc.
(GONZALEZ et al., 2013)
As novas diretrizes para a Reanimação Cardiopulmonar recomendam que a alteração na sequência de procedimentos de Suporte Básico de Vida de A-B-C* (via aérea, respiração, compressões torácicas) para seja C-A-B*, em que o “C” corresponde a checar responsividade, pulso e respiração, chamar socorro e iniciar compressões torácicas, o “A”abertura de vias aéreas, e o “B” respiração) em adultos, crianças e bebês (excluindo-se recém-nascidos).
*A: airway; B: breathing; C: circulation
Ainda é importante ressaltar que a desfibrilação precoce esta presente na cadeia de sobrevivência pré e intra-hospitalar.
(AHA, 2015)
Saiba mais
Suporte Básico de vida (SBV)
O SBV visa ao reconhecimento e ao atendimento de situações de emergência como obstrução aguda de via aérea, acidente vascular cerebral e parada cardiorrespiratória. A abordagem inicial por estas manobras tem como objetivo instituir as condições mínimas necessárias para a manutenção ou recuperação da perfusão cerebral, já que é a viabilidade neurológica que define o prognóstico da vítima. Pode ser realizado por profissionais e leigos.
(MARTINS et al., 2011)
A realização imediata de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) em uma vítima de parada cardiorrespiratória (PCR), ainda que for apenas com compressões torácicas no pré- hospitalar, contribui sensivelmente para o aumento das taxas de sobrevivência das vítimas de parada cardíaca.
O SBV define essa sequência primária de ações para salvar vidas. Por mais adequado e eficiente que seja um suporte avançado, se as ações de suporte básico não forem realizadas de maneira adequada, será extremamente baixa a possibilidade de sobrevivência de uma vítima de PCR. (GONZALEZ et al., 2013)
Saiba mais
Na sequência preconizada anteriormente (A-B-C), as compressões torácicas eram realizadas apenas após o socorrista encontrar um dispositivo de barreira ou organizar o equipamento de ventilação para abrir a via aérea e aplicar respiração boca a boca. Com a alteração da sequência para C-A-B, as compressões torácicas são iniciadas mais cedo e o atraso na ventilação será mínimo, isto é, somente o tempo necessário para aplicar o primeiro ciclo.
A maioria das vítimas de parada cardiorrespiratória extra-hospitalar não recebe nenhuma manobra de Reanimação Cardiopulmonar (RCP) das pessoas presentes. Um empecilho para isso pode ser a sequência A-B-C, que começa com os procedimentos considerados mais difíceis: a abertura da via aérea e a aplicação de ventilações. Começar com compressões torácicas pode encorajar mais pessoas a iniciar a RCP.
(Hazinski , 2010)
É importante ressaltar que
Avalie a responsividade e respiração da vítima
Avalie a responsividade da vítima chamando-a e tocando-a pelos ombros. Se a vítima responder, apresente-se e converse com ela perguntando se precisa de ajuda. Se a vítima não responder, avalie sua respiração observando se há elevação do tórax em menos de 10 segundos. Caso a vítima tenha respiração, fique ao seu lado e aguarde para ver sua evolução, caso seja necessário, chame ajuda. Se a vítima não estiver respirando ou estiver somente com “gasping”, chame ajuda imediatamente.
Chame ajuda
Em ambiente extra-hospitalar, ligue para o número local de emergência (por exemplo, Sistema de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU 192) e, se um Desfibrilador Externo Automático (DEA) estiver disponível no local, vá buscá-lo. Se não estiver sozinho, peça para uma pessoa ligar e conseguir um DEA, enquanto continua o atendimento à vítima. É importante designar pessoas para que sejam responsáveis em realizar essas funções. A pessoa que ligar para o Serviço Médico de Emergência (SME) deve estar preparada para responder às perguntas como a localização do incidente, as condições da vítima, o tipo de primeiros socorros que está sendo realizado, etc. Nos casos de PCR por hipóxia (afogamento, trauma, overdose de drogas e para todas as crianças), o socorrista deverá realizar cinco ciclos de RCP e, depois, chamar ajuda, se estiver sozinho.
(GONZALEZ et al., 2013, p. 05)
No suporte básico de vida, em suspeita de PCR, sempre irá verificar- se o pulso central, ou seja, carotídeo ou femoral, pois o pulso braquial e o radial são os primeiros a desaparecer. Opta-se, prioritariamente, pelo pulso carotídeo pela facilidade de acesso ao local de verificação, não necessitando perder tempo em despir a vítima para acessar o pulso femoral.
Nas novas diretrizes, houve maior ênfase na recomendação de compressões torácicas eficazes (100/min), sem ventilação quando a reanimação é conduzida por leigos ou quando não se dispõe de dispositivo bolsa-válvula-máscara (ambú). O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo 5 cm e no máximo 6 cm de profundidade. (AHA, 2015)
Essa relação é preconizadapara dar ênfase às compressões torácicas. A relação de 30:2 é recomendada para simplificar o treinamento, alcançar ótima frequência e reduzir as interrupções. (AHA, 2015)
Saiba mais
A demora no início das compressões poderá ser reduzida se houver dois socorristas presentes: o primeiro inicia as compressões torácicas e o segundo abre a via aérea. Este se prepara para aplicar respirações tão logo o primeiro complete a primeira série de 30 compressões torácicas. Quer haja um ou mais socorristas presentes, o início da Reanimação Cardiopulmonar com compressões torácicas garante que a vítima receba logo essa intervenção crítica.
(Hazinski , 2010)
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