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Prévia do material em texto

Curso preparatório para a 1ª fase do 41º Exame de Ordem 
DIREITO CIVIL 
 
 
Professor André de Almeida Dafico Ramos 
Curso Proordem – Unidade Goiânia 
www.proordem.com.br / (62) 3932 0765 - 3087 2536 
 
1 
Prezados alunos, sejam muito bem-vindos ao Curso Proordem. Estamos iniciando mais um curso 
preparatório para o Exame da Ordem. É um caminho de sacrifício, de disciplina e que requer algumas 
renúncias, mas que compensa muito, sobretudo porque o resultado é a sua aprovação. Há três dicas 
essenciais: 
 
1) Traga o Vademecum para a sala. Não use celular ou computador, porque você precisa se 
habituar ao Vademecum, afinal, na segunda fase, não é permitido o uso de eletrônicos, só do 
Vademecum mesmo. É melhor você se habituar, sobretudo porque isso te garante uma memória 
visual que te ajuda muito na memorização; 
 
2) Promova a leitura, ANTES DA AULA, do material complementar. Você saberá, pela grade, qual 
matéria será ministrada pelo professor (geralmente, seguimos a ordem contida no material 
complementar). Se houver dúvida, pergunte ao professor. Essa é a sua oportunidade de anotar 
suas dúvidas e tirá-las com o professor, em sala. Quando vejo que as dúvidas do aluno não são 
pertinentes com a aula, peço a ele que me espere após o término da aula para que eu possa 
efetivamente ajudá-lo. Peço, entretanto, que evitem tirar dúvidas no intervalo, afinal, ele é tão 
essencial para o aluno quanto para o professor. 
 
3) Esta, sem sombra de dúvidas, é a dica mais importante: ABANDONE o seu celular durante a 
aula. Não é radicalismo! É bom senso e disciplina. Você terá pouco menos de três meses para 
revisar o conteúdo visto em 5 anos de graduação. Isso mesmo... Meia década em pouco menos 
de noventa dias. Por isso, concentre-se ao máximo. Evite, ao máximo, sair da sala enquanto o 
professor estiver falando. Cada frase pode ser uma questão e uma questão é o que diferencia um 
aprovado (com 40 pontos) e um reprovado (com 39 pontos). Cuidado! 
 
4) Você verá que a Apostila é dividida em 7 aulas e que, ao final de cada um, você encontrará 
questões de fixação do conteúdo. Essas questões são essenciais para que você teste seu 
conhecimento. Não fique frustrado. É absolutamente normal fazer e errar muito. Todo mundo 
erra. Só que alguns preferem errar na hora. Os prudentes erram antes, aprendem, para, na hora 
certa, arrebentarem. 
 
Lembrem-se de que sua prova tem data marcada, 28 de julho, e que você será aprovado NESTE EXAME se 
estiver pronto NESTA DATA. Como estamos diante de um prazo relativamente curto, precisamos 
estabelecer algumas metas diárias. O essencial é que você venha à aula e responda, no mínimo, 40 questões 
diárias sobre a matéria ministrada na aula. Saliento que o simples fato de responder as 40 questões não é o 
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DIREITO CIVIL 
 
 
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essencial, uma vez que o que realmente faz a diferença é a correção, na qual você passa a identificar o erro 
das assertivas incorretas. Não faça o esquema “faço, corrijo, faço, corrijo”. Você deve responder todas as 
questões primeiro e, após isso, promover a correção, porque, deste modo, você não terá uma falsa impressão 
de conhecimento, decorrente do fato de você acertar um grande número de questões. Quando o aluno faz e 
corrige em seguida, ele certamente vai acertar as próximas. Não por já ter memorizado o assunto, mas por ter 
acabado de ler a resposta de uma questão sobre o mesmo tema. 
 
Ressalto que, para responder as questões, você deve ter um conhecimento mínimo sobre o tema. Do 
contrário, você partirá para o “chute”, o que não traz resultados. Se você ainda não domina o assunto 
ministrado na aula, leia sobre o tema da aula antes de começar a resolver as questões. Eu te garanto que, após 
duas leituras (uma antes da aula e uma depois da aula), você conseguirá resolver as questões sem ter que 
recorrer ao acaso. 
 
Toda a nossa equipe envida todos os esforços necessários à sua aprovação. Ela depende, entretanto, de um 
esforço conjunto. Se você já fez a prova, sabe do que eu estou falando. Não há meio termo! Ou você sabe e 
consegue os 40 acertos, ou não. Isso depende de disciplina. Com esforço, tudo é possível. Tudo depende de 
você. Se você realmente quiser a aprovação, implemente essas regras. Não é para amanhã, ou para semana 
que vem. É para hoje. Estamos a pouco mais de 90 dias da prova. Aproveite cada dia. Cada hora é valiosa 
nessa caminhada. Estamos juntos até a sua aprovação. Se ficou com alguma dúvida, nos procure. Sempre 
ficamos disponíveis após o término da aula. Grande abraço. 
 
 
Professor André Dafico 
@prof.andredafico 
andredafico@gmail.com 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
AULA 1 – PARTE GERAL ........................................................................................................................... 4 
QUESTÕES DA AULA 1 .......................................................................................................................... 30 
AULA 2 – PARTE GERAL ........................................................................................................................ 46 
QUESTÕES DA AULA 2 .......................................................................................................................... 58 
AULA 3 - OBRIGAÇÕES ........................................................................................................................... 75 
QUESTÕES DA AULA 3 .......................................................................................................................... 99 
AULA 4 - CONTRATOS ........................................................................................................................... 120 
QUESTÕES DA AULA 4 ....................................................................................................................... 178 
AULA 5 – RESPONSABILIDADE CIVIL ............................................................................................... 199 
QUESTÕES DA AULA 5 ........................................................................................................................ 224 
AULA 6 – DIREITO DE FAMÍLIA ......................................................................................................... 243 
QUESTÕES DA AULA 6 ........................................................................................................................ 275 
AULA 7 – DIREITO DAS SUCESSÕES .................................................................................................. 295 
QUESTÕES DA AULA 7 ........................................................................................................................ 326 
 
 
 
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AULA 1 
 
PARTE GERAL 
 
-PERSONALIDADE JURÍDICA: É a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações na 
ordem jurídica, ou seja, é a qualidade para ser sujeito de direito. 
 
Pessoa física ou natural – momento de aquisição da personalidade jurídica – art. 2º 
 
Nascituro – é um embrião com vida intra-uterina. Que direitos efetivamente tem o nascituro? 
 
 Direito à vida (inclusive proteção contra o aborto); 
 Direito à proteçãopré-natal; 
 Direito de receber doação e herança; 
 
E quanto ao direito a alimentos? A jurisprudência brasileira em geral sempre foi resistente à tese. A matéria, 
contudo, foi pacificada com a aprovação da Lei dos Alimentos Gravídicos (Lei 11.804/08), que reconheceu e 
regulou expressamente o direito aos alimentos do nascituro. 
 
CAPACIDADE – consiste na medida de personalidade. 
 
Capacidade de DIREITO + Capacidade de FATO = CAPACIDADE PLENA 
 
Não se confunde com a LEGITIMIDADE (impedimento para a prática de determinado ato. Falta de 
pertinência subjetiva para a prática de determinado ato) 
 
Capacidade de direito – qualquer pessoa tem; no momento em que se adquire personalidade passa o sujeito a 
ter capacidade de direito. 
 
Capacidade de fato – é a aptidão para pessoalmente praticar atos na vida civil. 
 
Incapacidade absoluta – art. 3º 
 
Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos 
da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. 
 
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Não existe mais, no sistema privado brasileiro, pessoa absolutamente incapaz maior de idade. Todas as 
pessoas com deficiência passam a ser, em regra, plenamente capazes para o Direito Civil, o que visa a 
garantir sua inclusão social, em prol de sua dignidade. 
 
Para comprovar tal afirmação, vale citar o disposto no art. 6º da lei 13.146/2015, segundo o qual a 
deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa, inclusive para: a) casar-se e constituir união estável; 
b) exercer direitos sexuais e reprodutivos; c) exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de ter 
acesso a informações adequadas sobre reprodução e planejamento familiar; d) conservar sua fertilidade, 
sendo vedada a esterilização compulsória; e) exercer o direito à família e à convivência familiar e 
comunitária; e f) exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, como adotante ou adotando, em 
igualdade de oportunidades com as demais pessoas. Em resumo, há, no plano familiar, uma expressa 
inclusão plena das pessoas com deficiência. 
 
Eventualmente, e em casos excepcionais, tais pessoas podem ser tidas como relativamente incapazes em 
algum enquadramento do art. 4º do Código Civil. Como exemplo, podemos citar a situação de um deficiente 
que seja viciado em tóxicos, o qual poderá ser tido como incapaz como qualquer outro sujeito. 
 
Incapacidade Relativa – art. 4º 
 
Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de 
os exercer: (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
 
I - os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; 
 
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; 
 
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem 
exprimir sua vontade; 
 
IV - os pródigos. 
 
Parágrafo único. A capacidade dos indígenas será regulada por 
legislação especial. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) 
 
O artigo 4º também foi modificado de forma considerável pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei n.º 
13.146/2015). Como podemos ver pela redação do dispositivo, o inciso II não faz mais referência às pessoas 
com discernimento reduzido, que não são mais consideradas relativamente incapazes, como antes estava 
regulamentado. Apenas foram mantidas no diploma as menções aos ébrios habituais (entendidos como os 
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alcoólatras) e aos viciados em tóxicos, que continuam dependendo de um processo de interdição relativa, 
com sentença judicial, para que sua incapacidade seja reconhecida. 
 
Também foi alterado o inciso III do art. 4º do CC, sem mencionar mais os excepcionais sem 
desenvolvimento completo, como, por exemplo, os portadores de síndrome de Down, que não são mais 
considerados incapazes. A nova redação passa a enunciar as pessoas que, por causa transitória ou 
permanente, não puderem exprimir vontade, o que antes estava previsto no inciso III do art. 3º como causa 
de incapacidade absoluta. 
 
O sistema de incapacidades deixou de ter um modelo rígido, passando a ser mais maleável, pensado a partir 
das circunstâncias do caso concreto e em prol da inclusão das pessoas com deficiência, tutelando a sua 
dignidade e a sua interação social. 
 
EMANCIPAÇÃO 
 
Parágrafo único. Cessará, para os menores, a incapacidade: 
 
I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante 
instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por 
sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos 
completos; 
 
II - pelo casamento; 
 
III - pelo exercício de emprego público efetivo; 
 
IV - pela colação de grau em curso de ensino superior; 
 
V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de 
relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis 
anos completos tenha economia própria. 
 
Regra geral, a menoridade cessa aos 18 anos completos, nos termos do artigo 5º do Código Civil. 
Emancipação traduz uma forma de antecipação da capacidade plena, podendo ser: voluntária, judicial e legal. 
 
1.1 Emancipação voluntária: a emancipação voluntária, prevista no art. 5º, par. único, I, primeira parte, é 
aquela concedida pelos pais, ou por um deles na falta do outro (é ato isonômico e extingue o poder familiar), 
em caráter irrevogável, mediante instrumento público, independentemente de homologação do juiz, desde 
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que o menor tenha 16 anos completos (o menor não tem poderes para autorizar ou não seus pais quanto à 
emancipação). 
 
1.2 Emancipação judicial: prevista no art. 5º, par. único, 2ª parte. O menor é emancipado pelo juiz, ouvido o 
tutor, desde que tenha 16 anos completos. Quem emancipa o menor tutelado é o juiz, ouvido o tutor. 
 
1.3 Emancipação legal: art. 5º, par. único, II a V. 
 
A primeira hipótese decorre do casamento (não se inclui a união estável. Não se deve dar interpretação 
extensiva, já que é causa de extinção do poder familiar, sendo norma restritiva). 
 
Exercício de emprego público efetivo. Legislador civil não usou a técnica do direito administrativo. Destarte, 
entende-se que o exercício de qualquer função, cargo ou emprego público efetivo (não pode ser cargo em 
comissão) irá causar a emancipação. 
 
Estabelecimento civil (exercício de atividade não empresarial, ex.: serviço artístico ou científico), 
estabelecimento comercial (exercício de atividade empresarial, ex.: compra e venda de verduras) ou pelo 
exercício da relação de emprego, desde que o menor com 16 anos completos tenha economia própria. 
 
EXTINÇÃO DA PESSOA FÍSICA OU NATURAL (MORTE) 
 
Art. 6 o A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se 
esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de 
sucessão definitiva. 
 
Art. 7 o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de 
ausência: 
 
I - se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de 
vida; 
 
II - se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for 
encontrado até dois anos após o término da guerra. 
 
O critério que a comunidade científica mundial tem adotado é a morte encefálica, como referencial mais 
seguro do momento da morte, inclusive para efeito de transplante.A morte deve ser atestada por um 
profissional da medicina, podendo também ser declarada por 02 testemunhas, na falta do especialista. 
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O CC, além de apontar a morte real, prevê 02 hipóteses de morte presumida, quais sejam: a) ausência (art. 6º, 
2ª parte, CC); b) art. 7º, CC. 
 
A ausência se caracteriza quando uma pessoa desaparece do seu domicílio sem deixar notícia ou 
representante que administre seus bens. A matéria (procedimento) é disciplinada a partir do art. 22, CC. 
 
O que é comoriência? Traduz a situação jurídica de morte simultânea. A regra da comoriência prevista no 
art. 8º do CC e somente deve ser aplicada quando não for possível indicar a ordem cronológica dos óbitos. 
Não podendo se indicar a ordem das mortes, presume-se que a situação é de falecimento simultâneo, 
abrindo-se cadeias sucessórias autônomas e distintas (um comoriente não herda do outro). É possível a 
comoriência, mesmo em se tratando de locais distintos. 
 
DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 
São irrenunciáveis e imprescritíveis, gerando dano moral a violação a um deles. Os direitos da personalidade 
estão regulamentados nos artigos 11 a 21 do Código Civil. 
 
Características dos direitos da personalidade – art. 11 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade 
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer 
limitação voluntária. 
 
Esse artigo deve ser interpretado de forma ampliativa, segundo a doutrina e a jurisprudência. 
 
As características previstas no artigo 11 são relativas, uma vez que elas admitem exceções, conforme 
expressamente previsto. São: intransmissíveis, irrenunciáveis e indisponíveis (não pode o seu exercício 
sofrer limitação voluntária). 
 
a) indisponível – essa ideia de que o direito da personalidade não pode sofrer limitação voluntária é relativa, 
uma vez que é possível, excepcionalmente, que a pessoa disponha de seu direito da personalidade. Ex: um 
artista, por exemplo, está abrindo mão do seu direito à imagem quando está gravando. Não há qualquer 
ilegalidade. Esse caráter de indisponibilidade não é absoluto. 
 
Enunciado 4 do CJF (não se trata de jurisprudência, mas de doutrina): o exercício dos direitos da 
personalidade pode sofrer limitação voluntária, desde que não seja permanente nem geral. 
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Logo, se a limitação for transitória e específica, não há ilegalidade. Ex: BBB. 
 
Um contrato vitalício é possível? No Brasil, não. 
 
b) são absolutos – tem eficácia erga omnes (contra todos). Todos devem respeitar a imagem dos outros. 
Cuidado para não achar que, por ser absoluto, não cabe exceção. É claro que cabe. Isso está expresso no 
artigo 11: 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade são intransmissíveis e 
irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer limitação voluntária. 
 
c) imprescritíveis – o fato de não ser exercido, não implica sua perda. O fato de eu não utilizar minha 
imagem (como os atores, por exemplo), não significa que eu vá perder esse direito. 
 
CUIDADO! Os direitos da personalidade são imprescritíveis. Eles sempre existirão. A pretensão decorrente 
da violação a tais direitos é prescritível. O prazo prescricional é de 3 anos (art. 206, § 3º, inciso V). 
 
Se você tem seus direitos da personalidade violados, nasce uma pretensão de reparação civil. Ex: sua 
imagem utilizada de forma indevida. 
 
d) vitalícios – os direitos da personalidade têm por objetivo proteger o que? É claro que é a personalidade. Se 
ela começa com o nascimento com vida e termina com a morte, é claro que esses direitos são vitalícios. 
Cuidado com a lesão após a morte. O STJ já analisou essa questão, tratada pela doutrina como “lesão 
indireta, oblíqua, ou por ricochete”. O que é isso? 
 
Na tentativa de lesar a personalidade de alguém que está falecido, acaba-se por atingir, de forma indireta, a 
personalidade de alguém que está vivo. Quem pode pleitear essa reparação? A regra geral está prevista no 
parágrafo único do artigo 12: 
 
Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá legitimação para requerer a 
medida prevista neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou qualquer parente em 
linha reta, ou colateral até o quarto grau. 
 
Os lesados indiretos são esses. Essa é a regra geral. 
 
Em se tratando de imagem, todavia, o rol de legitimados é menor, nos termos do artigo 20, p. u.: 
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Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de ausente, são partes legítimas 
para requerer essa proteção o cônjuge, os ascendentes ou os descendentes. 
 
TUTELA DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 
Os direitos da personalidade podem ser tutelados de forma: 
 
a) Preventiva ou inibitória – é aquela que quer inibir a ocorrência do dano. 
 
b) Repressiva ou compensatória – se já houve o dano, o que resta é reparar, mediante indenização. 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS DIREITOS DA PERSONALIDADE 
 
1) INTEGRIDADE FÍSICA: 
 
a) Tutela do corpo vivo – art. 13 
 
Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio 
corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou 
contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de 
transplante, na forma estabelecida em lei especial. 
 
b) Tutela do corpo morto – art. 14 
 
Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição 
gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer 
tempo. 
 
Vale sempre a vontade do morto (manifestada em vida, é claro!). Se ele se declarou doador, mas em 
testamento declarou que não queria doar, vale a última declaração. Só se ele nunca tiver se pronunciado é 
que a lei permite que o cônjuge e parentes se manifestem, sobretudo quanto a transplante (lei 9.434/97): 
 
Art. 4º A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas 
para transplantes ou outra finalidade terapêutica, dependerá da autorização do 
cônjuge ou parente, maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta ou 
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colateral, até o segundo grau inclusive, firmada em documento subscrito por 
duas testemunhas presentes à verificação da morte. (Redação dada pela Lei nº 
10.211, de 23.3.2001) 
 
c) Autonomia do paciente – art. 15 
 
Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a 
tratamento médico ou a intervenção cirúrgica. 
 
2) INTEGRIDADE PSÍQUICA OU MORAL 
 
a) Imagem 
 
A imagem é tutelada tanto pela CC quanto pela CF: 
 
Art. 5º, V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além 
da indenização por dano material, moral ou à imagem; 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das 
pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação;CC – Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da 
justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a 
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem 
de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da 
indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a 
respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais. 
 
Súmula 403, STJ: Independe de prova do prejuízo, a indenização pela publicação não autorizada de imagem 
de pessoa com fins econômicos ou comerciais. (dano moral puro, também chamado de dano moral in re 
ipsa). Aplica-se, inclusive, se a propaganda for positiva. O que importa aqui é a autorização. 
 
Imagem são as características identificadoras de uma pessoa. Ela é assentada em três vertentes: retrato 
(características fisionômicas, aparência), atributo (característica no meio social. Ex: honesto, trabalhador) e 
voz (timbre sonoro identificador. Ex; Lombardi, Cid Moreira, Galvão Bueno). 
 
Lembre-se que a regra básica contida no artigo 20 do CC é que, para se veicular uma imagem é preciso 
autorização, seja expressa ou tácita. Há exceções, todavia: 
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- dispensa legal: administração da Justiça ou manutenção da ordem pública. Ex: fuga de preso, estuprador em 
série. 
 
- dispensa pela jurisprudência: pessoas públicas em locais públicos (direito à informação) e pessoas não 
públicas que estejam acompanhadas de pessoas públicas em locais públicos. Ex: mulher com o Chico 
Buarque no calçadão, às 3 da tarde. 
 
b) Privacidade 
 
Está prevista no artigo 5º da CF: 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, 
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins 
de investigação criminal ou instrução processual penal. 
 
CC – art. 21: 
 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a 
requerimento do interessado, adotará as providências necessárias para impedir 
ou fazer cessar ato contrário a esta norma. 
 
A privacidade pode ser violada, excepcionalmente, desde que se promova uma ponderação. Ex; quebra de 
sigilo bancário, fiscal, interceptação telefônica. 
 
c) Nome (etiqueta social) 
 
O nome é, em regra, composto pelo prenome e sobrenome (patronímico) (art 16). 
 
Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o 
sobrenome. 
 
O agnome tem por objetivo evitar a homonímia (ex: júnior, neto). 
 
É vedada a utilização do nome em publicações ou representações que exponham ao desprezo público, ainda 
que inexista intenção difamatória. (art. 17). 
 
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Art. 17. O nome da pessoa não pode ser empregado por outrem em publicações ou 
representações que a exponham ao desprezo público, ainda quando não haja 
intenção difamatória. (responsabilidade civil objetiva) 
 
A utilização de nome em propaganda comercial necessita de autorização, sempre (art 18). 
 
Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o nome alheio em propaganda 
comercial. (dano in re ipsa, pode ser cumulado com a paralisação da 
veiculação). 
 
Ademais, confere o Código Civil proteção ao pseudônimo utilizado para atividades lícitas idêntica àquela do 
nome (art 19). 
 
Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades lícitas goza da proteção que se 
dá ao nome. 
 
Pseudônimo é um apelido. Se for para atividade ilícita, não há proteção. Ex: Fernandinho Beira Mar. 
 
Se a atividade for lícita, é possível, ainda, a averbação no registro civil do nome utilizado para atividade 
profissional, conforme regula o art. 57 da LRP (Lei n.º 6.015/73). Ex: Xuxa, Pelé, Popó, Didi. 
 
É possível a alteração do nome no Brasil? Veja as recentes alterações na Lei de Registros Públicos (Lei n.º 
6.015/73): 
 
Art. 55. Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e 
o sobrenome, observado que ao prenome serão acrescidos os sobrenomes dos 
genitores ou de seus ascendentes, em qualquer ordem e, na hipótese de 
acréscimo de sobrenome de ascendente que não conste das certidões 
apresentadas, deverão ser apresentadas as certidões necessárias para 
comprovar a linha ascendente. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 1º O oficial de registro civil não registrará prenomes suscetíveis de 
expor ao ridículo os seus portadores, observado que, quando os genitores 
não se conformarem com a recusa do oficial, este submeterá por escrito o 
caso à decisão do juiz competente, independentemente da cobrança de 
quaisquer emolumentos. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 2º Quando o declarante não indicar o nome completo, o oficial de 
registro lançará adiante do prenome escolhido ao menos um sobrenome de 
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cada um dos genitores, na ordem que julgar mais conveniente para evitar 
homonímias. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 3º O oficial de registro orientará os pais acerca da conveniência de 
acrescer sobrenomes, a fim de se evitar prejuízos à pessoa em razão da 
homonímia. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 4º Em até 15 (quinze) dias após o registro, qualquer dos genitores 
poderá apresentar, perante o registro civil onde foi lavrado o assento de 
nascimento, oposição fundamentada ao prenome e sobrenomes indicados pelo 
declarante, observado que, se houver manifestação consensual dos 
genitores, será realizado o procedimento de retificação administrativa do 
registro, mas, se não houver consenso, a oposição será encaminhada ao 
juiz competente para decisão. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
Art. 56. A pessoa registrada poderá, após ter atingido a maioridade 
civil, requerer pessoalmente e imotivadamente a alteração de seu prenome, 
independentemente de decisão judicial, e a alteração será averbada e 
publicada em meio eletrônico. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 1º A alteração imotivada de prenome poderá ser feita na via 
extrajudicial apenas 1 (uma) vez, e sua desconstituição dependerá de 
sentença judicial. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 2º A averbação de alteração de prenome conterá, obrigatoriamente, o 
prenome anterior, os números de documento de identidade, de inscrição no 
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da Secretaria Especial da Receita 
Federal do Brasil, de passaporte e de título de eleitor do registrado, 
dados esses que deverão constar expressamente de todas as certidões 
solicitadas. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 3º Finalizado o procedimento de alteração no assento, o ofício de 
registro civil de pessoas naturais no qual se processou a alteração, a 
expensas do requerente, comunicará o ato oficialmente aos órgãos 
expedidores do documento de identidade, do CPF e do passaporte, bem como 
ao Tribunal Superior Eleitoral, preferencialmente por meio 
eletrônico. (Incluídopela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 4º Se suspeitar de fraude, falsidade, má-fé, vício de vontade ou 
simulação quanto à real intenção da pessoa requerente, o oficial de 
registro civil fundamentadamente recusará a retificação. (Incluído pela 
Lei nº 14.382, de 2022) 
 
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Art. 57. A alteração posterior de sobrenomes poderá ser requerida 
pessoalmente perante o oficial de registro civil, com a apresentação de 
certidões e de documentos necessários, e será averbada nos assentos de 
nascimento e casamento, independentemente de autorização judicial, a fim 
de: (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
I - inclusão de sobrenomes familiares; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 
2022) 
 
II - inclusão ou exclusão de sobrenome do cônjuge, na constância do 
casamento; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
III - exclusão de sobrenome do ex-cônjuge, após a dissolução da sociedade 
conjugal, por qualquer de suas causas; (Incluído pela Lei nº 14.382, de 
2022) 
 
IV - inclusão e exclusão de sobrenomes em razão de alteração das relações 
de filiação, inclusive para os descendentes, cônjuge ou companheiro da 
pessoa que teve seu estado alterado. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 
2022) 
 
§ 1º Poderá, também, ser averbado, nos mesmos termos, o nome abreviado, 
usado como firma comercial registrada ou em qualquer atividade 
profissional. (Incluído pela Lei nº 6.216, de 1975). 
 
§ 2º Os conviventes em união estável devidamente registrada no registro 
civil de pessoas naturais poderão requerer a inclusão de sobrenome de seu 
companheiro, a qualquer tempo, bem como alterar seus sobrenomes nas 
mesmas hipóteses previstas para as pessoas casadas. (Redação dada pela 
Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 3º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 3º-A O retorno ao nome de solteiro ou de solteira do companheiro ou da 
companheira será realizado por meio da averbação da extinção de união 
estável em seu registro. Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 4º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 5º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
§ 6º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
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§ 7o Quando a alteração de nome for concedida em razão de fundada coação 
ou ameaça decorrente de colaboração com a apuração de crime, o juiz 
competente determinará que haja a averbação no registro de origem de 
menção da existência de sentença concessiva da alteração, sem a averbação 
do nome alterado, que somente poderá ser procedida mediante determinação 
posterior, que levará em consideração a cessação da coação ou ameaça que 
deu causa à alteração. (Incluído pela Lei nº 9.807, de 1999) 
 
§ 8º O enteado ou a enteada, se houver motivo justificável, poderá 
requerer ao oficial de registro civil que, nos registros de nascimento e 
de casamento, seja averbado o nome de família de seu padrasto ou de sua 
madrasta, desde que haja expressa concordância destes, sem prejuízo de 
seus sobrenomes de família. (Redação dada pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
O STJ entende que na cirurgia de mudança de sexo (transgenitalização), deve-se mudar não só o sexo, como 
também o nome. O STF pacificou a questão, entendendo que a alteração do nome e do gênero nos 
documentos de transexuais não depende da cirurgia de transgenitalização. 
 
AUSÊNCIA 
 
A ideia fundamental de ausência vem descrita no art. 22 do Código Civil, que tem a seguinte redação: 
 
“Art. 22. Desaparecendo uma pessoa do seu domicílio sem dela 
haver notícia, se não houver deixado representante ou 
procurador a quem caiba administrar-lhe os bens, o juiz, a 
requerimento de qualquer interessado ou do Ministério Público, 
declarará a ausência, e nomear-lhe-á curador.” 
 
Notem que a ausência reclama declaração judicial, em procedimento especial de jurisdição voluntária, ou 
seja, não basta o desaparecimento de uma pessoa para que se configure a ausência nos termos do Código 
Civil. É imprescindível que seja reconhecida judicialmente. 
 
Em regra, a ausência pressupõe o desaparecimento de uma pessoa que não deixou notícias ou procurador. 
Todavia, também se declara ausente aquele que, mesmo deixando mandatário, este não queira ou não possa 
exercer o mandato, ou, ainda, na hipótese do instrumento conferir poderes insuficientes. 
 
A sistemática do Código divide o procedimento de declaração de ausência em três fases: 1) curatela dos bens 
do ausente; b) sucessão provisória; c) sucessão definitiva. 
 
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1) Curatela dos bens do ausente (arts. 22 a 25) 
 
É a primeira fase do procedimento, voltada à proteção do patrimônio do ausente. Nessa etapa, mitiga-se a 
proteção de terceiros (um exemplo disso é a proibição de atos de disposição pelo curador nomeado pelo Juiz 
para cuidar dos bens do ausente). Tem início com a provocação de qualquer interessado ou do Ministério 
Público. 
 
Comprovado o desaparecimento, o Juiz declara a ausência – após oitiva do MP – e determina a arrecadação 
dos bens do ausente e a publicação de editais durante um ano seguido (de 2 em 2 meses), convocando o 
ausente para retomar a posse de seus bens (art. 745, CPC). Na mesma decisão, o Juiz nomeia um curador 
para os bens do ausente. 
 
Cuidado com um detalhe. A lei não exige um prazo mínimo de desaparecimento de uma pessoa para a 
abertura do procedimento de ausência. Basta que o interessado ou o Ministério Público demonstre o 
desaparecimento da pessoa de seu domicílio em caráter excepcional. 
 
Em regra, o curador será o cônjuge - ou o companheiro - do ausente, salvo na hipótese de separação judicial 
– que não mais existe no ordenamento pátrio em virtude das alterações promovidas pela EC 66/2010 – ou 
separação de fato há mais de 02 anos. 
 
Na falta do cônjuge ou companheiro, a curadoria caberá às seguintes figuras: a) aos ascendentes; b) na falta 
desses, aos descendentes (os mais próximos precedem os mais remotos); e c) na falta de qualquer desses 
últimos, a escolha do curador cabe ao juiz. 
 
Após o prazo de um ano da arrecadação dos bens, segue-se à segunda fase do procedimento de declaração de 
ausência. 
 
2) Sucessão provisória: 
 
Com o passar do tempo, diminui a probabilidade de retorno do ausente, razão pela qual permite a lei que se 
promova uma transmissão provisória e precária de seus bens. 
 
Essa segunda fase inicia-se com o pedido de abertura da sucessão provisória, que pode ser apresentado em 
duas hipóteses:a) após o decurso de um ano da arrecadação dos bens, se o ausente não deixou procurador; 
ou b) após transcorridos três anos da arrecadação dos bens, no caso do ausente ter deixado procurador (art. 
26, CC) 
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São legitimados para requerer a abertura da sucessão provisória: a) cônjuge não separado, judicialmente ou 
em cartório; b) herdeiros (presumidos, legítimos ou testamentários); c) os que tiverem sobre os bens do 
ausente direito dependente de sua morte; d) os credores de obrigações vencidas e não pagas (art. 27, CC). 
 
Se, decorrido o prazo do art. 26 (um ou três anos, a depender se deixou procurador ou não), não for requerida 
a abertura da sucessão provisória pelos interessados, cabe ao Ministério Público requerê-la (art. 28, § 1º, 
CC). A sucessão provisória será declarada por sentença. Essa sentença só produz efeitos após 180 dias de sua 
publicação na imprensa. 
 
Além disso, somente após o trânsito em julgado da sentença que declarar a sucessão provisória é que haverá 
a abertura do inventário e da partilha, bem como do testamento, se houver. Aqui, procede-se como se o 
ausente tivesse, de fato, falecido. 
 
Todavia, importa atentar para o seguinte: os interessados têm 30 dias, após o transito em julgado da sentença, 
para requerer a abertura do inventário; não o fazendo, procede-se à arrecadação dos bens do ausente na forma 
de declaração de herança jacente e vacante. (art. 28, § 2º, CC). 
 
O Código Civil, considerando o caráter precário da transmissão operada na fase de sucessão provisória, 
exigiu a prestação de garantia pelos herdeiros, a fim de se imitirem na posse provisória dos bens do ausente, 
sob pena de exclusão (art. 30, CC). Mas essa regra foi temperada pelo § 2º do dispositivo, que dispensa de 
caução os herdeiros necessários (ascendentes, descendentes, cônjuge e companheiro), assim provada sua 
condição; também o artigo 34 abranda o rigor da exigência, ao permitir que o excluído que não prestou as 
garantias, desde que justifique a falta de recursos econômicos, possa requerer que lhe seja entregue a metade 
dos rendimentos que seriam devidos quanto ao seu respectivo quinhão. 
 
Cumpre salientar, ainda, que, quanto aos credores do ausente que tiverem requerido o pagamento dos 
respectivos créditos nessa segunda etapa do procedimento, ocorrerá a transmissão definitiva, nada havendo a 
restituir ao ausente na hipótese de retorno. 
 
Nessa fase, os bens imóveis do ausente só poderão ser alienados (ou gravados de ônus real) com autorização 
judicial que vise evitar a ruína. A única exceção cabível, quanto a isso, é a hipótese de desapropriação. 
 
Quanto aos frutos e rendimentos produzidos pelos bens do ausente, ocorrerá o seguinte: a) caberão 
integralmente aos herdeiros necessários quanto aos bens que estiverem em sua posse (descendente, 
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ascendente e cônjuge/companheiro); b) os demais sucessores deverão capitalizar a metade dos rendimentos - 
para o caso de retorno do ausente; além disso, precisam de anuência do MP e prestam contas ao juiz. 
 
Todavia, não se pode olvidar que, caso o ausente retorne e fique provada que a sua ausência foi voluntária e 
injustificada, ele perderá a sua parte nos frutos e rendimentos em favor do sucessor. O transcurso do tempo 
acentua a presunção de óbito do ausente, justificando a transmissão do patrimônio em caráter definitivo. 
Passa-se, então, à fase seguinte do procedimento de declaração de ausência. 
 
3) Sucessão definitiva: 
 
Nessa etapa, a preocupação central do ordenamento jurídico é tutelar os interesses dos herdeiros do ausente. 
A sucessão definitiva pode ser requerida pelos interessados nas seguintes hipóteses: a) Após 10 anos do 
trânsito em julgado da sentença de reconheceu a abertura da sucessão provisória; ou b) Se o ausente estiver 
desaparecido há 05 anos e já conte com, pelo menos, 80 anos de idade. 
 
Nessa etapa, os interessados requerem a transmissão definitiva dos bens, com o levantamento das cauções 
prestadas. 
 
Embora a transmissão desses bens já se opere em caráter definitivo, permitindo-se a livre disposição pelos 
herdeiros, o domínio está sujeito a condição resolutiva, ou seja, reaparecendo o ausente nos 10 anos 
seguintes à abertura da sucessão definitiva, receberá os bens no estado em que se encontrarem (ou os sub-
rogados em seu lugar; ou, ainda, o preço obtido pelos herdeiros com a alienação de tais bens). (art. 39, CC). 
Com o trânsito em julgado da sentença que reconheceu a abertura da sucessão definitiva, haverá uma 
presunção de morte do ausente, conforme previsão do artigo 6º, 2ª parte do Código Civil. 
 
E se o ausente retornar, o que acontece? Dependerá do momento do seu regresso: 
 
1º) Se o ausente regressa ainda na primeira fase (curadoria dos bens) – nada acontecerá, pois não decorreu 
qualquer efeito da sua ausência; 
 
2º) Se regressa na segunda fase (durante a sucessão provisória) – receberá os bens no estado que deixou, 
podendo levantar a caução prestada pelos sucessores. Se houve depreciação ou perecimento dos bens, ou, se 
houve melhorias, irá indenizar os possuidores de boa-fé; 
 
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3º) Se regressa na terceira fase (já aberta a sucessão definitiva) – receberá os bens no estado em que se 
encontrarem ou os sub-rogados em seu lugar. 
 
4º) Se regressa após o prazo de 10 anos que declarou aberta a sucessão definitiva – não há mais qualquer 
direito a recebimento de bens. 
 
Assim, sob o manto do movimento de constitucionalização das relações privadas, o Código Civil vigente se 
apartou do excessivo caráter patrimonialista, para tutelar outros aspectos que envolvem a pessoa 
desaparecida, permitindo, como um grande exemplo dessa tendência, a dissolução do casamento pela 
presunção de morte. 
 
Eis o teor do dispositivo inovador: 
 
“Art. 1.571. 
§ 1º O casamento válido só se dissolve pela morte de um dos cônjuges 
ou pelo divórcio, aplicando-se a presunção estabelecida neste Código 
quanto ao ausente.” 
 
Assim, uma vez reconhecida por decisão judicial a morte presumida, restará dissolvido, automaticamente, o 
casamento do ausente, como efeito anexo natural da sentença declaratória. 
 
E qual seria o momento da efetiva dissolução do casamento em razão da declaração de ausência? A maioria 
da doutrina sustenta ocorrer na terceira e última etapa, com a abertura da sucessão definitiva. 
 
PESSOA JURÍDICA 
 
A pessoa jurídica nasce como decorrência do fato associativo (exceto a fundação). Pessoa jurídica é o grupo 
humano, criado na forma da lei, e dotado de personalidade jurídica própria, para a realização de fins comuns. 
 
Personificação da pessoa jurídica – art. 45, CC. O registro da pessoa jurídica é de natureza constitutiva. O 
CC firma a natureza constitutiva do registro da pessoa jurídica, com eficácia ex nunc. O registro da pessoa 
jurídica cria sua personalidade. 
 
Sociedades desprovidas de registro são denominadas despersonificadas (986, CC), também chamadas de 
sociedades de fato ou irregulares. 
 
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O que se entende por ente despersonalizado? Tecnicamente não são pessoas jurídicas. Contudo, detém 
capacidade processual. Ex.: art. 75, CPC (espólio, condomínio, massa falida, etc.) 
 
Espécies de pessoa jurídica de direito privado – art. 44 
 
Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: 
I - as associações; 
II - as sociedades; 
III - as fundações; 
IV - as organizações religiosas; 
V - os partidos políticos; 
VI - (Revogado pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
Pessoa jurídica pode sofrer dano moral? 
 
Ainda vigora no Brasil a corrente que sustenta a tese segundo a qual a pessoa jurídica sofre dano moral 
(Súmula 227 do STJ e art. 52, CC). 
 
Fundações - a fundação de direito privado decorre da afetação de um patrimônio que se personifica visando 
a atingir finalidade ideal (art. 62). Não decorre do fato associativo. Decorre justamente de um destacamento 
patrimonial. Fundação não tem finalidade econômica, mas sim finalidade IDEAL. 
 
Parágrafo único. A fundação somente poderá constituir-se para fins 
de: 
 
I – assistência social; 
II – cultura, defesa e conservação do patrimônio histórico e 
artístico; 
III – educação; 
IV – saúde; 
V – segurança alimentar e nutricional; 
VI – defesa, preservação e conservação do meio ambiente e promoção 
do desenvolvimento sustentável; 
VII – pesquisa científica, desenvolvimento de tecnologias 
alternativas, modernização de sistemas de gestão, produção e 
divulgação de informações e conhecimentos técnicos e científicos; 
VIII – promoção da ética, da cidadania, da democracia e dos direitos 
humanos; 
IX – atividades religiosas; 
 
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Somente se constitui mediante escritura pública ou testamento. 
 
Obs.: as ONGs, por também perseguirem finalidade ideal, devem se constituir sob a forma de fundação ou 
associação. 
 
Requisitos para se constituir uma fundação: 
 
I – afetação de bens livres; 
II – constituição por escritura pública ou testamento; 
III – elaboração do estatuto da fundação (o ato normativo que disciplina a organização e funcionamento da 
fundação é o seu estatuto. Fundação não tem contrato social. O estatuto da fundação pode ser elaborado 
diretamente pelo seu instituidor ou, mediante delegação, por um terceiro. Subsidiariamente, nos termos do 
art. 65, CC, a elaboração do estatuto poderá ser feita pelo MP). 
 
Veja o artigo 66: 
 
§ 1º Se funcionarem no Distrito Federal ou em Território, caberá o 
encargo ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. 
 
IV – aprovação do estatuto. Quem aprova o estatuto é, via de regra, o MP. 
 
Obs.: elaborado o estatuto pelo próprio MP, nos termos do art. 764 do CPC, será ele submetido à aprovação 
do juiz. 
 
V – registro da fundação no Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas. 
 
Alteração do estatuto da fundação (formalismo de alteração) – arts. 67 e 68, CC. Quorum de 2/3 + não 
desvirtuamento da finalidade + aprovação pelo MP no prazo máximo de 45 dias. 
 
Art. 67. Para que se possa alterar o estatuto da fundação é mister 
que a reforma: 
 
I - seja deliberada por dois terços dos competentes para gerir e 
representar a fundação; 
 
II - não contrarie ou desvirtue o fim desta; 
 
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III – seja aprovada pelo órgão do Ministério Público no prazo máximo 
de 45 (quarenta e cinco) dias, findo o qual ou no caso de o 
Ministério Público a denegar, poderá o juiz supri-la, a requerimento 
do interessado. 
 
A minoria vencida, nos termos do artigo 68, tem o direito potestativo de impugnar a alteração do estatuto no 
prazo decadencial de 10 dias. Salvo disposição em contrário, o patrimônio da fundação é incorporado a outra 
fundação designada pelo juiz, de fim igual ou semelhante. 
 
Sociedade – é uma espécie de corporação, dotada de personalidade jurídica própria e instituída por meio de 
contrato social, visando a proveito econômico e partilha de lucro. No que tange ao elemento finalístico, 
persegue proveito econômico (finalidade lucrativa, partilha de proveito econômico). A segunda característica 
da sociedade é sua constituição por contrato social, art. 981, CC). 
 
Obs.: marido e mulher podem constituir sociedade? O Código Civil, no art. 977, restringe esta autonomia 
privada, sob o fundamento de evitar fraude ao regime de bens. Não podem, destarte, serem sócios, quando 
tenham casado no regime da comunhão universal ou da separação obrigatória. 
 
Associações – são entidades de direito privado, formadas pela união de indivíduos, nos termos do art. 53, 
CC, visando finalidade não econômica (finalidade ideal). A associação tem estrutura corporativa, é um grupo 
de pessoas. Contudo, busca finalidade não econômica. Não há entre os associados, direitos e obrigações 
recíprocos. Não há repartição de lucro. Ex.: clube recreativo, associação de moradores. 
 
Associação – art. 54 – o ato constitutivo de uma associação é o seu estatuto, registrado no Cartório de 
Registro das Pessoas Jurídicas. 
 
Seu órgão mais importante é a Assembleia Geral, cujas atribuições estão elencadas no art. 59, CC. É possível 
a existência de categoria diferenciada de associados. Contudo, dentro de cada categoria não pode haver 
discriminação entre os associados. 
 
Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado, sem prejuízo do 
previsto em legislação especial e em seus atos constitutivos, 
poderão realizar suas assembleias gerais por meio eletrônico, 
inclusive para os fins do disposto no art. 59 deste Código, 
respeitados os direitos previstos de participação e de 
manifestação. (Incluído pela Lei nº 14.382, de 2022) 
 
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Art. 57 – estabelece que a exclusão do associado só é admissível havendo justa causa, assim reconhecida em 
procedimento que assegure direito de defesa e a recurso, nos termos do estatuto (eficácia horizontal de 
direitos fundamentais). Este artigo 57 pode ser aplicado ao condomínio? 
 
NEGATIVO. Condomínio não se confunde com associação. Expulsando-se o condômino estar-se-ia 
realizando uma espécie de desapropriação privada. No caso de condômino com comportamento antissocial 
tem-se a alternativa de aplicação de multa progressiva. 
 
EXTINÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 
 
Em linhas gerais são três formas: a) convencional, especialmente aplicada para sociedades, se dá quando os 
sócios estipulam desfazer a pessoa jurídica mediante distrato; b) administrativa, quando resulta da cassação 
da autorização de constituição e funcionamento de determinadas pessoas jurídicas (necessidade de 
autorização especial para criação da sociedade); c) judicial, que se opera por meio de processo. Ex.: 
procedimento falimentar. 
 
DESCONSIDERAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA (disregard doctrine) 
 
Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo 
desvio de finalidade ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a 
requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber 
intervir no processo,desconsiderá-la para que os efeitos de certas e 
determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens 
particulares de administradores ou de sócios da pessoa jurídica 
beneficiados direta ou indiretamente pelo abuso. (Redação dada pela Lei 
nº 13.874, de 2019) 
 
§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio de finalidade é a 
utilização da pessoa jurídica com o propósito de lesar credores e para a 
prática de atos ilícitos de qualquer natureza. (Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019) 
 
§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a ausência de separação de fato 
entre os patrimônios, caracterizada por: (Incluído pela Lei nº 13.874, de 
2019) 
 
I - cumprimento repetitivo pela sociedade de obrigações do sócio ou do 
administrador ou vice-versa; (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
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II - transferência de ativos ou de passivos sem efetivas 
contraprestações, exceto os de valor proporcionalmente insignificante; e 
(Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
III - outros atos de descumprimento da autonomia patrimonial. (Incluído 
pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste artigo também se aplica 
à extensão das obrigações de sócios ou de administradores à pessoa 
jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 4º A mera existência de grupo econômico sem a presença dos requisitos 
de que trata o caput deste artigo não autoriza a desconsideração da 
personalidade da pessoa jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera expansão ou a alteração 
da finalidade original da atividade econômica específica da pessoa 
jurídica. (Incluído pela Lei nº 13.874, de 2019) 
 
A doutrina da desconsideração da pessoa jurídica pretende o afastamento temporário da sua personalidade, 
para permitir que os credores possam satisfazer os seus direitos no patrimônio pessoal do sócio ou 
administrador que cometeu o ato abusivo. Trata-se da suspensão episódica da personalidade. É possível 
aplicar a doutrina também em associações, fundações e entidades filantrópicas. 
 
O Princípio da Função Social da Empresa, que traz a ideia de que a empresa deve ter continuidade, embasa 
esse instituto da Desconsideração da Pessoa Jurídica, uma vez que caso se fosse utilizar do instituto da 
despersonificação, que é mais severo, estar-se-ia aniquilando a pessoa jurídica mediante o cancelamento do 
seu registro, e não é esse o interesse contemporâneo segundo o Princípio da Função Social da Empresa, 
trazido pela Lei 11.101/05 – Lei de Falência e Recuperação Judicial. Satisfeito o direito do credor, pretende-
se que a empresa volte à atividade. 
 
A desconsideração da personalidade jurídica também tem previsão no artigo 28 do CDC. 
 
O Código Civil foi alterado para reforçar a ideia de independência entre a pessoa jurídica e a figura dos 
sócios, diretores e administradores. O instituto da desconsideração da pessoa jurídica que tem por requisitos 
o desvio de finalidade ou confusão patrimonial tornou-se mais complexo porque exige a prova do dolo nos 
atos de desvio. A lei definiu que desvio de finalidade é utilização da pessoa jurídica com a intenção (dolo) de 
lesar credores e para prática de ilícitos. No parágrafo segundo, a confusão patrimonial ocorrida na ausência 
de separação de fato entre os patrimônios do sócio e da empresa foi redefinida para excluir valores 
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proporcionalmente insignificantes, existência de grupo econômico e autonomia patrimonial. Noutras 
palavras, a autonomia na gestão foi majorada e a desconsideração tornou-se medida excepcional. 
 
Art. 49-A. A pessoa jurídica não se confunde com os seus sócios, 
associados, instituidores ou administradores.(Incluído pela Lei nº 
13.874, de 2019) 
 
Parágrafo único. A autonomia patrimonial das pessoas jurídicas é um 
instrumento lícito de alocação e segregação de riscos, estabelecido 
pela lei com a finalidade de estimular empreendimentos, para a 
geração de empregos, tributo, renda e inovação em benefício de 
todos. 
 
A desconsideração é matéria judicial ou administrativa? Está sob reserva de jurisdição? 
 
Os requisitos da desconsideração, na forma do art. 50, CC, são 02: I – implicitamente consagrado, é 
necessário que haja descumprimento de obrigação; II – demonstração do abuso por parte do sócio ou 
administrador, abuso este caracterizado pelo desvio de finalidade ou pela confusão de patrimônio. 
 
Obs.: exemplo grave de abuso em que há confusão patrimonial opera-se quando uma pessoa jurídica atua por 
meio de outra visando a se eximir de responsabilidade. Neste caso, poderá o juiz desconsiderar a primeira 
empresa e atingir indiretamente a que está por trás. 
 
Qual a diferença entre teoria maior e teoria menor da desconsideração da personalidade jurídica? A teoria 
maior é a adotada pelo CC, exigindo além do descumprimento da obrigação ou insolvência, requisitos 
específicos caracterizadores do abuso (desvio de finalidade ou confusão patrimonial); já na teoria menor, 
mais fácil de ser aplicada, como no direito do consumidor e ambiental, não se exigem os requisitos 
caracterizadores do ato abusivo, bastando o credor demonstrar que a obrigação foi descumprida (neste caso, 
a única saída pode ser atingir o sócio ou administrador que está por trás) 
 
DOMICÍLIO 
 
Conforme art. 70, CC, é o lugar em que fixa a residência com ânimo definitivo (animus manendi), 
transformando-o em centro de sua vida jurídica e social. 
 
É possível a existência de diversas residências e domicílios (art. 71, CC). O art. 72 do CC consagrou o 
“domicílio profissional”: trata-se de uma forma especial de domicílio restrita a aspectos da relação 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13874.htm#art7
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profissional. Não se trata de um domicílio geral, mas limitado. Somente interessa quando se estiver 
discutindo aspectos pertinentes à atividade profissional. 
 
Mudança de domicílio – artigos 73 e 74. 
 
Classificação do domicílio 
 
I – Voluntário: é o comum, geral, fixado por simples manifestação de vontade. Natureza jurídica do ato de 
fixação do domicílio voluntário: trata-se de ato jurídico em sentido estrito; 
 
II – De eleição: é aquele estipulado pelas próprias partes no contrato (art. 78, CC). A autonomia privada não 
pode traduzir expressão de autoridade econômica. Com isso, o exercício da autonomia negocial e da livre 
iniciativa suporta parâmetros constitucionais de contenção, especialmente em decorrência da função social e 
da boa-fé objetiva. 
 
III – Legal ou necessário: arts. 77 e 76 = incapaz (representante ou assistente), servidor público (onde exerce 
PERMANENTEMENTE suas funções – comissionado está fora), militar (exército, marinha e aeronáutica – 
sede do comando a que se encontrar imediatamente subordinado), marítimo (marinha mercante – onde o 
barco está matriculado), preso (local onde cumpre a sentença, não mencionando o preso provisório); 
 
Art. 76. Têm domicílio necessário o incapaz, o servidor público, o 
militar, o marítimo e o preso.Parágrafo único. O domicílio do incapaz é o do seu representante ou 
assistente; o do servidor público, o lugar em que exercer permanentemente 
suas funções; o do militar, onde servir, e, sendo da Marinha ou da 
Aeronáutica, a sede do comando a que se encontrar imediatamente 
subordinado; o do marítimo, onde o navio estiver matriculado; e o do 
preso, o lugar em que cumprir a sentença. 
 
BENS JURÍDICOS 
 
Classificação dos bens jurídicos: 
 
1 – Bem imóvel por força de lei: (art.80 do CC) 
 
Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos legais: 
I - os direitos reais sobre imóveis e as ações que os asseguram; 
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II - o direito à sucessão aberta. 
 
Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis: 
 
I - as edificações que, separadas do solo, mas conservando a sua unidade, 
forem removidas para outro local; 
II - os materiais provisoriamente separados de um prédio, para nele se 
reempregarem. 
 
Obs.: o direito à herança, nos termos do inciso II do artigo 80, tem natureza imobiliária, o que explica a 
exigência legal da escritura pública para a cessão de direitos hereditários (art. 1.793), bem como o fato de 
respeitável parte da doutrina sustentar a exigência de outorga uxória na cessão, nos termos do art. 1.647. 
 
O artigo 81 prevê situações em que os bens não perdem a natureza de imóveis. 
 
2 – Bem móvel por força de lei: (art. 83 do CC) 
 
Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos legais: 
 
I - as energias que tenham valor econômico; 
 
II - os direitos reais sobre objetos móveis e as ações correspondentes; 
 
III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e respectivas ações. 
 
Obs.: os navios e as aeronaves são bens móveis especiais, uma vez que, por exceção, admitem hipoteca e 
têm registro peculiar. 
 
Art. 84 – CC. Os materiais destinados a alguma construção, enquanto não forem empregados, conservam sua 
qualidade de móveis; readquirem essa qualidade os provenientes de demolição de algum prédio. Porém, se o 
material for retirado para reforma para ser, após, recolocado, não perde sua característica de imóvel. 
 
3 - Bem principal: é o que existe por si mesmo. 
 
4- Bem acessório: é aquele cuja existência pressupõe a do principal, acompanhando-o, em regra, segundo o 
princípio da gravitação jurídica. Ex: frutos, produtos, pertenças e benfeitorias. 
 
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Fruto é uma utilidade renovável, cuja percepção não esgota a substância da coisa principal. (laranja, cacau). 
É um acessório que, ao ser retirado do principal, não lhe diminui. 
 
Produto é uma utilidade que não se renova e cuja percepção esgota a coisa principal. (petróleo, carvão 
mineral). É um acessório que, retirado do bem principal, lhe diminui. 
 
Pertença trata-se da coisa que, sem integrar a coisa principal, acopla-se ou justapõe-se a ela, conservando a 
sua autonomia (art. 93 do CC). (ar condicionado). É um acessório que, ao ser colocado no principal, não se 
incorpora de forma definitiva. 
 
Benfeitoria é toda obra realizada pelo homem, na estrutura de uma coisa com propósito de conservá-la, 
melhorá-la ou embelezá-la (art. 96 e 97 do CC). Não existe benfeitoria natural, sendo todas com propósito 
humano. Trata-se do acessório que, ao ser colocado no principal, a ele se incorpora de forma definitiva. 
 
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QUESTÕES – AULA 1 
 
1. (XXXIV Exame) Júlia, 22 anos, com espectro autista, tem, em razão de sua deficiência, impedimento de 
longo prazo de natureza mental que pode, em algumas atividades cotidianas, obstruir sua participação plena e 
efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Júlia, apaixona-se por Rodrigo, 19 
anos, também com espectro autista, com quem quer se casar. Mas Rita, mãe de Júlia, temendo que Júlia não 
tenha o discernimento adequado para tomar as decisões certas em sua vida, e no intuito de proteger o melhor 
interesse de sua filha, impede o casamento. Sobre a hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Júlia é relativamente incapaz e, assim o sendo, precisará de anuência de sua mãe, Rita, para celebrar o ato, 
em prol da proteção de sua dignidade. 
B) A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa para casar-se, de modo que Rita não poderá 
impedir o casamento de Júlia. 
C) Júlia é plenamente capaz em razão de sua idade, mas, em razão da deficiência que a acomete, deverá 
confirmar sua vontade com o curador que deverá ser instituído. 
D) Rita, ainda que esteja atuando no melhor interesse de Júlia, na qualidade de mãe, não pode impedir o 
casamento podendo, contudo, impor à Júlia, sua curatela. 
 
2. (XXXV Exame) Maurício, ator, 23 anos, e Fernanda, atriz, 25 anos, diagnosticados com Síndrome de 
Down, não curatelados, namoram há 3 anos. Em 2019, enquanto procuravam uma atividade laborativa em 
sua área, tanto Maurício quanto Fernanda buscaram, em processos diferentes, a fixação de tomada de decisão 
apoiada para o auxílio nas decisões relativas à celebração de diversas espécies de contratos, a qual se 
processou seguindo todos os trâmites adequados deferidos pelo Poder Judiciário. Assim, os pais de Maurício 
tornaram-se seus apoiadores e os pais de Fernanda, os apoiadores dela. Em 2021, Fernanda e Maurício 
assinaram contratos com uma emissora de TV, também assinados por seus respectivos apoiadores. Como 
precisarão morar próximo à emissora, o casal terá de mudar-se de sua cidade e, por isso, está buscando 
alugar um apartamento. Nesta conjuntura, Maurício e Fernanda conheceram Miguel, proprietário do imóvel 
que o casal pretende locar. Sobre a situação apresentada, conforme a legislação brasileira, assinale a 
afirmativa correta. 
 
A) Maurício e Fernanda são incapazes em razão do diagnóstico de Síndrome de Down. 
B) Maurício e Fernada são capazes por serem pessoas com deficiência apoiadas, ou seja, caso não fossem 
apoiados, seriam incapazes. 
C) Maurício e Fernanda são capazes, independentemente do apoio, mas Miguel poderá exigir que os 
apoiadores contra-assinem o contrato de locação, caso ele seja realmente celebrado. 
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D) Miguel, em razão da capacidade civil de Maurício e de Fernanda, fica proibido de exigir que os 
apoiadores de ambos contraassinem o contrato de locação, caso ele seja realmente celebrado. 
 
3. (XXXI EXAME) Márcia, adolescente com 17 anos de idade, sempre demonstrou uma maturidade muito 
superior à sua faixa etária. Seu maior objetivo profissional é o de tornar-se professora de História e, por isso, 
decidiu criar um canal em uma plataforma on-line, na qual publica vídeos com aulas por ela própria 
elaboradas sobre conteúdos históricos. O canal tornou-se um sucesso, atraindo multidões de jovens 
seguidores e despertando o interesse de vários patrocinadores, que começaram a procurar a jovem, propondo 
contratos de publicidade. Embora ainda não tenha obtido nenhum lucro com o canal, Márcia está animada 
com a perspectiva de conseguircustear seus estudos na Faculdade de História se conseguir firmar alguns 
desses contratos. Para facilitar as atividades da jovem, seus pais decidiram emancipá- la, o que permitirá que 
celebre negócios com futuros patrocinadores com mais agilidade. Sobre o ato de emancipação de Márcia por 
seus pais, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Depende de homologação judicial, tendo em vista o alto grau de exposição que a adolescente tem na 
internet. 
B) Não tem requisitos formais específicos, podendo ser concedida por instrumento particular. 
C) Deve, necessariamente, ser levado a registro no cartório competente do Registro Civil de Pessoas 
Naturais. 
D) É nulo, pois ela apenas poderia ser emancipada caso já contasse com economia própria, o que ainda não 
aconteceu. 
 
4. (XXX EXAME) Alberto, adolescente, obteve autorização de seus pais para casar-se aos dezesseis anos de 
idade com sua namorada Gabriela. O casal viveu feliz nos primeiros meses de casamento, mas, após certo 
tempo de convivência, começaram a ter constantes desavenças. Assim, a despeito dos esforços de ambos 
para que o relacionamento progredisse, os dois se divorciaram pouco mais de um ano após o casamento. 
Muito frustrado, Alberto decidiu reunir algumas economias e adquiriu um pacote turístico para viajar pelo 
mundo e tentar esquecer o ocorrido. Considerando que Alberto tinha dezessete anos quando celebrou o 
contrato com a agência de turismo e que o fez sem qualquer participação de seus pais, o contrato é 
 
A) válido, pois Alberto é plenamente capaz. 
B) nulo, pois Alberto é absolutamente incapaz. 
C) anulável, pois Alberto é relativamente incapaz. 
D) ineficaz, pois Alberto não pediu a anuência de Gabriela 
 
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5. (X EXAME) Gustavo completou 17 anos de idade em janeiro de 2010. Em março de 2010 colou grau em 
curso de ensino médio. Em julho de 2010 contraiu matrimônio com Beatriz. Em setembro de 2010, foi 
aprovado em concurso público e iniciou o exercício de emprego público efetivo. Por fim, em novembro de 
2010, estabeleceu-se no comércio, abrindo um restaurante. Assinale a alternativa que indica o momento em 
que se deu a cessação da incapacidade civil de Gustavo. 
 
A) No momento em que iniciou o exercício de emprego público efetivo. 
B) No momento em que colou grau em curso de ensino médio. 
C) No momento em que contraiu matrimônio. 
D) No momento em que se estabeleceu no comércio, abrindo um restaurante. 
 
6. (XII EXAME) Tiago, com 17 anos de idade e relativamente incapaz, sob autoridade de seus pais Mário e 
Fabiana, recebeu, por doação de seu tio, um imóvel localizado na rua Sete de Setembro, com dois 
pavimentos, contendo três lojas comerciais no primeiro piso e dois apartamentos no segundo piso. Tiago 
trabalha como cantor nos finais de semana, tendo uma renda mensal de R$ 3.000,00 (três mil reais). Face aos 
fatos narrados e considerando as regras de Direito Civil, assinale a opção correta. 
 
A) Mário e Fabiana exercem sobre os bens imóveis de Tiago o direito de usufruto convencional, inerente à 
relação de parentesco que perdurará até a maioridade civil ou emancipação de Tiago. 
B) Mário e Fabiana poderão alienar ou onerar o bem imóvel de Tiago, desde que haja prévia autorização do 
Ministério Público e seja demonstrado o evidente interesse da prole. 
C) Mário e Fabiana não poderão administrar os valores auferidos por Tiago no exercício de atividade de 
cantor, bem como os bens com tais recursos adquiridos. 
D) Mario e Fabiana, entrando em colisão de interesses com Tiago sobre a administração dos bens, facultam 
ao juiz, de ofício, nomear curador especial. 
 
7. (XVI EXAME) Os tutores de José consideram que o rapaz, aos 16 anos, tem maturidade e discernimento 
necessários para praticar os atos da vida civil. Por isso, decidem conferir ao rapaz a sua emancipação. 
Consultam, para tanto, um advogado, que lhes aconselha corretamente no seguinte sentido: 
 
A) José poderá ser emancipado em procedimento judicial, com a oitiva do tutor sobre as condições do 
tutelado. 
B) José poderá ser emancipado via instrumento público, sendo desnecessária a homologação judicial. 
C) José poderá ser emancipado via instrumento público ou particular, sendo necessário procedimento 
judicial. 
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D) José poderá ser emancipado por instrumento público, com averbação no registro de pessoas naturais. 
 
8. VI EXAME) Francis, brasileira, empresária, ao se deslocar do Rio de Janeiro para São Paulo em seu 
helicóptero particular, sofreu terrível acidente que culminou com a queda do aparelho em alto-mar. Após 
sucessivas e exaustivas buscas, feitas pelas autoridades e por empresas privadas contratadas pela família da 
vítima, infelizmente não foram encontrados os corpos de Francis e de Adilson, piloto da aeronave. Tendo 
sido esgotados os procedimentos de buscas e averiguações, de acordo com os artigos do Código Civil que 
regulam a situação supramencionada, é correto afirmar que o assento de óbito em registro público 
 
A) Independe de qualquer medida administrativa ou judicial, desde que seja constatada a notória 
probabilidade de morte de pessoa que estava em perigo de vida. 
B) Depende exclusivamente de procedimento administrativo quanto à morte presumida junto ao Registro 
Civil das Pessoas Naturais. 
C) Depende de prévia ação declaratória judicial quanto à morte presumida, sem necessidade de decretação 
judicial de ausência. 
D) Depende de prévia declaração judicial de ausência, por se tratar de desaparecimento de uma pessoa sem 
dela haver notícia. 
 
9. (XX – EXAME) Cristiano, piloto comercial, está casado com Rebeca. Em um dia de forte neblina, ele não 
consegue controlar o avião que pilotava e a aeronave, com 200 pessoas a bordo, desaparece dos radares da 
torre de controle pouco antes do tempo previsto para a sua aterrissagem. Depois de vários dias de busca, 
apenas 10 passageiros foram resgatados, todos em estado crítico. Findas as buscas, como Cristiano não 
estava no rol de sobreviventes e seu corpo não fora encontrado, Rebeca decide procurar um advogado para 
saber como deverá proceder a partir de agora. Com base no relato apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) A esposa deverá ingressar com uma demanda judicial pedindo a decretação de ausência de Cristiano, a 
fim de que o juiz, em um momento posterior do processo, possa declarar a sua morte presumida. 
B) A esposa não poderá requerer a declaração de morte presumida de Cristiano, uma vez que apenas o 
Ministério Público detém legitimidade para tal pedido. 
C) A declaração da morte presumida de Cristiano poderá ser requerida independentemente de prévia 
decretação de ausência, uma vez que esgotadas as buscas e averiguações por parte das autoridades 
competentes. 
D) A sentença que declarar a morte presumida de Cristiano não deverá fixar a data provável de seu 
falecimento, contando-se, como data da morte, a data da publicação da sentença no meio oficial. 
 
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10. (VII EXAME) A proteção da pessoa é uma tendência marcante do atual direito privado, o que leva 
alguns autores a conceberem a existência de uma verdadeira cláusula geral de tutela

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