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Soluções irrigadoras e Medicação intracanal (MIC)

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UNIDADE CENTRAL DE EDUCAÇÃO FAEM FACULDADE LTDA
FACULDADE EMPRESARIAL DE CHAPECÓ - UCEFF
Recredenciada pela Portaria nº 1.436, de 7 de outubro de 2011.
CURSO DE ODONTOLOGIA
Autorizado pela Portaria nº. 916 de 27 de novembro de 2015.
PORTFÓLIO III - SOLUÇÕES IRRIGADORAS
E MEDICAÇÃO INTRACANAL (MIC)
CHEILA GEISI KLOS DAHMER
HELOISA MARIA NARDI
NICÓLY POMPERMAIER PEREIRA
KAUE OSELAME
Trabalho acadêmico apresentado à
disciplina de Endodontia do Curso de
Odontologia da UCEFF como requisito de
nota de avaliação AV3.1 da Turma 51.
Requerido pelos professores Bianca
Cristina Zanella, Cristiano Taufer e Flavia
Maria Giusti Azevedo.
CHAPECÓ
2024
 A escolha da solução apropriada depende do
cotejamento entre as propriedades do produto e
os efeitos desejados em cada uma das condições
clínicas que o dente em tratamento pode
apresentar.
 Assim, nos casos de dentes com polpa vital, a
ausência ou a incipiência da contaminação
microbiana permite o uso de produtos sem poder
anti-séptico em favor da aplicação de substâncias
que, por sua biocompatibilidade, respeitam o coto
apical e os tecidos periapicais, favorecendo o
reparo.
 Nos dentes despolpados, a irrigação integra-se ao
conjunto de ações destinadas a promover a
desinfecção do canal radicular e a neutralização
das toxinas presentes no seu conteúdo necrótico.
Esses objetivos conduzem à escolha de soluções
irrigadoras que acumulem ação anti-séptica com
poder dissolvente de matéria orgânica e
capacidade de neutralizar toxinas sem serem
agressivas, pelo menos de forma acentuada, aos
tecidos periapicais.
 Em qualquer condição, exige-se da solução
irrigadora uma boa capacidade de limpeza como
requisito funda-mental.
 A acentuada capacidade de limpeza
conferida pelo poder detergente,
aliada a uma reconhecida
compatibilidade biológica, torna os
detergentes aniônicos uma opção
adequada para a irrigação dos canais
radiculares nas pulpectomias.
 Com o objetivo de remover a lama
dentinária (smear layer) que impregna
a superfície do canal em decorrência
do preparo mecânico, está indicada a
irrigação com solução de EDTA logo
após a conclusão da modelagem 
portanto, antes da obturação ou da
aplicação do curativo de demora,
procedimentos que são favorecidos
pelo aumento da permeabilidade da
dentina.
soluções irrigadoras e
Medicação intracanal (mic)
substâncias irrigadoras
 Trata-se de uma solução de
peróxido de hidrogênio a 3%,
indicada para irrigação durante os
procedimentos de esvaziamento da
câmara pulpar, nas pulpectomias,
com o objetivo de eliminar restos de
sangue e favorecer a hemostasia.
Seu poder anti-séptico, ainda que
discreto, auxilia no controle de
eventual contaminação do tecido
pulpar da câmara.
Água Oxigenada a 10 Volumes
Soluções de Detergente Aniônico
Soluções de Hipoclorio de Sódio
edta
São utilizadas em endodontia em
baixas concentrações, como no
líquido de Dakin (0,5% de cloro ativo)
e na solução de Milton (1% de cloro
ativo), em concentrações medianas
(2,5% de cloro ativo) ou em altas
concentrações, como na soda clorada
(4 a 6% de cloro ativo). No rol das
propriedades que tornam o hipoclorito
de sódio a opção mais adequada para
a irrigação dos canais de dentes
desvitalizados, salientam-se:
a) boa capacidade de limpeza;
b) efetivo poder antimicrobiano;
c) neutralizante de produtos tóxicos;
d) dissolvente de tecido orgânico;
e) ação rápida, desodorizante e
clareadora.
Ainda que o hidróxido de cálcio seja um fármaco
amplamente empregado em endodontia, sua
utilização, sob a forma de solução, na irrigação dos
canais radiculares é limitada. É mais uma opção,
não oferecendo qualquer vantagem sobre os outros
produtos no que concerne à limpeza e, no curto
espaço de tempo que permanece no canal, não
apresenta o efeito antimicrobiano desejado.
Por cauterizar vasos pequenos, pode ser utilizada
em pulpectomias para promover a hemostasia do
tecido pulpar remanescente.
Solução de Hidróxido de Cálcio
substâncias irrigadoras
sugestões para escolha da
solução irrigadora
condição
clínica
dentes com
polpa viva
dentes
despolpados
fase
esvaziamento da câmara
pulpar
demais fases
opções
a b
água oxigenada
10v
detergentes aniônicos
clorexidinaHipoclorito de
sódio 1 a 5%
Hipoclorito de sódio 1 a 5%
Hipoclorito de
sódio 1 a 5%
todas
A clorexidina é um anti-séptico catiônico,
bacteriostático e bactericida, com ação prolongada
decorrente de sua capacidade de adsorção às
superfícies, de onde é liberada lentamente.
 Efetiva no controle da placa bacteriana e da
gengivite, essa substância tem sido também
recomendada, em várias concentrações, na
irrigação de canais radiculares com eficiência
reconhecida. Como ocorre com outros anti-
sépticos, a literatura revela restrições à sua
biocompatibilidade. 
 Trabalhos realizados pelos autores mostraram
que a clorexidina a 1% foi mais agressiva do que o
hipoclorito de sódio, em igual concentração,
quando esses produtos foram inoculados em
tecido conjuntivo de ratos potencial irritativo
moderado verificou-se apenas na baixa
concentração de 0,12%.
 Embora se mostre um eficiente anti-séptico, a
clorexidina parece não oferecer vantagens sobre o
hipoclorito de sódio como solução irrigadora. Não
possui a capacidade dissolvente de tecido orgânico
desse fármaco nem melhor biocompatibilidade.
 Assim, é uma opção a mais para a irrigação nos
tratamentos dos dentes despolpados.
Técnica de Irrigação/Aspiração
 A irrigação/aspiração é realizada nas várias fases
do preparo dos canais radiculares dentro dos
mesmos princípios técnicos. Por ser mais
frequentemente usada durante a modelagem,
descreveremos a técnica durante essa fase do
tratamento endodôntico.
a) Selecionadas as agulhas de irrigação e de
aspiração e adaptadas nos respectivos
dispositivos, preencha a seringa com solução
irrigadora.
b) Segurando com uma das mãos a seringa que
contém a solução irrigadora, faça com que a ponta
da agulha chegue até a entrada do canal radicular
c)Com a outra mão, segure o dispositivo para
aspiração de maneira que a extremidade da ponta
aspiradora fique colocada no nível da entrada da
câmara pulpar, onde permanecerá durante a
irrigação.
d) Com as agulhas colocadas nas posições
descritas e com leve pressão sobre o êmbolo da
seringa, tem início a irrigação.
e) Suavemente, e à medida que o líquido vai sendo
depositado, vá introduzindo a agulha irrigadora,
tomando os necessários cuidados para que ela não
venha a obstruir a luz do canal, impedindo o
refluxo da solução.
f)A agulha irrigadora deve atingir, sempre que
possível, o terço apical com sua ponta distando de
3 a 4 mm do limite do preparo do canal, quando
Propriedades ideais:
Antimicrobiana1.
Anti-inflamatória2.
Estimular o reparo tecidual3.
Prevenir ou reduzir a dor4.
Não ser irritante ao tecido5.
Difusibilidade através da dentina6.
Começar a agir rapidamente7.
 Longa ação8.
Agir na presença de resto de matéria
orgânica
9.
Solúvel em água10.
Uso prático 11.
Não manchar os dentes e tecidos moles12.
Baixo custo13.
Tempo de validade prolongado14.
Nenhuma medicação intracanal vai agregar todas
essas características, porém, deve ser
selecionado para cada caso uma medicação
intracanal ideal
Eliminar remanescente microbiano do
preparo biomecânico
1.
Modular inflamação dos tecidos periapicais2.
Fixar conteúdo inerte do canal3.
Neutralizar debris teciduais4.
Agir como barreira contra infiltração de
restauração provisória
5.
Ajudar a secar exudato persistente do canal6.
 Medicação intracanal (mic)
Propriedades gerais das medicações
Necropulpectomia
Seleção de medicação intracanal
1.Condição pulpar: saber se está diante de um
caso de biopulpectomia (medicamento anti-
inflamatório) ou de necropulpectomia
(medicamento antisséptico).
2.Momento de tratamento: Saber em que
momento está para escolher o medicamento
correto.
3.Tempo de permanência: Alguns
medicamentos tem o tempo de ação mais
demorado, e outros de forma mais rápida, assim
cada uma deve ser usado em cada situação.
Fonte: Lopes e Siqueira (2015)
Medicamentos para polpa Viva
Antes do PQMOtosporin
 Medicação intracanal (mic)
O otosporin é um corticoesteróide-
antibiótico escolhido em polpas que
estavam vivas antes do tratamento, ou
seja, sem microrganismos, possuindo o
objetivo principal de diminuir a inflamação
e pressão intrapulpar. 
É composto pelo corticoesteróide
hidrocortisona e pelos antibióticos sulfato
de polimixina B e sulfato de neomicina. 
Utiliza-se da seguinte maneira: 
Acesso coronário mas canal não
instrumentado: aplica-se uma bolinha
de algodão estéril embebido com
otosporin na câmara pulpar, remover
excesso com gaze estéril, outro
algodão estéril limpo por cima e
restauração em CIV com paciente
voltando em 7 dias para continuação
do tratamento;
Acesso coronário e canal foi
instrumentado parcialmente: inunda-
se com medicamento o canal, e com
um instrumento de pequeno calibre
bombeia-se o otosporin para região
apical.
Medicamentos para polpa VIVA
Depois do PQM
Hidróxido de Cálcio
O hidróxido de cálcio em pasta é
recomendado após o PQM completo com
restauração postergada para próxima
sessão, sendo aplicado com auxílio de
espirais de lentulo, preenchendo todos os
canalículos, criando contato entre
medicamento e paredes dentinárias, mas
sem extravasar do ápice.
Elas funcionam como uma obturação
provisória, evitando ou retardando
infecção no canal instrumentado, podendo
permanecer intracanal entre 7 a 30 dias.
Hidróxido de cálcio
ultra cal XS, pasta
pronta para uso com
ponteiras navi tips
Otosporin: 
-Hidrocortisona - 10mg/ml (Corticosteroide)
-Sulfato de Neomicina - 5mg/ml (Antibiótico)
-Sulfato de Polimixina B - 10.000 UI/m (Antibiótico)
A ação do hidróxido de cálcio se dá por ter
um pH muito básico (12 a 12,5), tendo
uma ação microbiana, anti-inflamatória,
solvente de matéria orgânica, é
biocompatível, possui baixa
condutibilidade térmica, inibe reabsorção
radicular e promove uma formação de
barreira remineralizada. Esses efeitos são
dados quando o Ca(OH)2 está em íntimo
contato com a dentina.
Modo de uso: Calibrar a agulha em
-2mm de CRT, colocar no canal,
apertar o êmbolo para acomodar a
medicação no canal, retirar a agulha e
fechar com bolinha de algodão estéril
de tamanho adequado do canal, e
restaurar provisoriamente com CIV,
fazer radiografia para verificar se foi
bem aplicado.
Medicamentos para polpa MORTA
Antes do PQM
Quando não dá tempo para
instrumentar:
 Medicação intracanal (mic)
Medicamentos para polpa MORTA
Depois do PQM
Utiliza-se hidróxido de cálcio (Ultracal) quando a
instrumentação está completa.
Hidróxido de cálcio : Utiliza-se em todos os casos 
de canal totalmente instrumentado. 
Fica dentro do canal por no mínimo 14 dias
(para que o hidróxido possa dissociar e agir no
canal); 
A inserção do Ultracal no canal radicular em 
biopulpectomia e necropulpectomia é feita da
mesma maneira. 
E m casos de necropulpectomia sempre se 
utiliza a medicação intracanal. Não s e 
obtura o dente na mesma sessão.
Tricresol Formalina
*O que muda entre a Tricresol Formalina e o
Formocresol é a concentração de Formaldeído, sendo
5x mais potente.
Indicado em situações de grande atividade
antimicrobiada, ex em casos de abcessos
dentroalveolar agudo. 
Muito indicado após o acesso da abertura
coronária.
*Pode ser escolhido para a mesma situação o
Formocresol ou o Tricresol Formalina
Possui 19% de Formaldeído: suficiente para ter uma
ação de volatilização, assim evapora dentro do canal
Atua entre 14 a 15 mm do local onde é colocado.
Então tem uma ação dentro do canal radicular
adequada.
Formocresol
Vantagens do Formocresol
Reduz número de microrganismos intracanal1.
Fixa restos pulpares2.
Atua na presença de resto de matéria
orgânica
3.
Em casos de falta de tempo hábil para
terminar o esvaziamento do canal radicular, o
Formocresol é uma ótima escolha.
Efeitos nocivos
Reação alérgica
Parestesia
Necrose
Assim, se tem uma necessidade de usar de
forma correta o Formocresol e saber se o
paciente possui alergia.
Forma de uso:
Após a abertura coronária, fazer uma
lavagem inicial da câmara pulpar com
hipoclorito de sódio para desinfectar o meio. 
inserir a medicação (Formocresol),
umedecendo um algodão ou esponja estéril e
remover o excesso com uma gaze estéril pois
ao usar muito medicamento pode irritar a
área. 
Após, fazer usa dupla proteção com CIV.
Remover em sete dias.
REFERÊNCIAS
LOPES, Helio Pereira; SIQUEIRA JUNIOR, Jose Freitas. Inter-relação entre Endodontia e
Periodontia. In: LOPES, Helio Pereira; SIQUEIRA JUNIOR, Jose Freitas. ENDODONTIA: BIOLOGIA
E TECNICA. 4. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. Cap. 8. p. 417-459.
SOARES, Ilson José; GOLDBERG, Fernando. Endodontia: técnica e fundamentos. 2. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2011.

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