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esgotassem as possibilidades de penas alternativas. Contudo, essa idéia não é correta, pois não há revogação expressa do sursis na lei 9714, ao contrário, houve o seu reforço: 1. a substituição só é possível quando crime não foi praticado com violência ou grave ameaça à vítima, enquanto que o sursis não coloca essa condicionante, convivendo harmonicamente a pena alternativa de direito com a idéia da suspensão condicional da pena - sursis; 2. até a 9714, não havia o sursis humanitário (suspensão condicional da pena quando a condenação for de até 4 anos –maior que a regra geral que é de 2 anos -, desde que indivíduo, no momento da execução da pena seja portador de enfermidade/patologia grave, em estágio avançado, que torne injustificável a execução da pena, exs são câncer, AIDS, paralisias, diabetes aguda, etc), assim, não há a supressão, mas sim harmonia do sursis com a pena alternativa. Conversão da pena alternativa em pena privativa de liberdade: quando há descumprimento injustificado da pena, em relação às obrigações impostas na pena. Se a pena é de prestação de serviços comunitários, o indivíduo deve prestar o serviço, etc, se ele descumpre o conteúdo proibido da pena restritiva de direito, injustificadamente, há a conversão em prisão, nesses casos, devemos trabalhar com a detração e aquele tempo que ele cumpriu em pena alternativa também é descontado, devendo só suportar o restante. Ex: foi condenado a dois anos de prisão e foi substituído por restritiva de direito, e só cumpriu um ano; só o ano restante é cumprido em prisão. Também se a pessoa foi condenada em outro crime a ppl haverá a conversão em prisão, se somada com a pena nova com o que foi substituído passar 4 anos (unificação de penas, art. 111, LEP) em crime doloso, haverá a conversão para prisão, e possível redirecionamento de regime (pode voltar para fechado, por exemplo). A LEP, no art. 181, se estiver em local incerto, pratica falta grave, foge, não reaparece, etc, ocorre a determinação da conversão em prisão nos mesmos moldes. Vantagens das penas alternativas: Diminui o custo do Estado: se comparado com a ppl; perspectiva de reparação à vítima; possui finalidade privativa, integrando infrator com meio social, socializando-o; intervenção proporcional – intervenção mínima do direito penal; dignidade da pessoa humana; não tira condenado do convívio familiar; Penas alternativas (restritivas) de direito em espécie – classificação LFG 1989 – existem dez penas restritivas de direito, falaremos de 5 delas, que são as novidades porque foram alteradas ou surgiram com a 9714: prestação serv comunidade, perda bens e valores, prestação pecuniária, prestação de outra natureza e a multa; 1. Prestação de serviços à comunidade: é a principal pena restritiva de direito aplicada; s regras de Tóquio definiram como alternativas penais, toda pena que não seja de prisão (privação de liberdade). Quando falamos em alternativas, está-se englobando o sursis, as medidas alternativas, as penas restritivas/alternativas de direito. O terno Pena alternativa é espécie do gênero alternativas penais, as quais contemplam pena e medida alternativa. A prestação serviços comum é pena restritiva de direito, sendo sinônima pena alternativa stricto sensu, mas não é somente pena, mas também medida alternativa, pois pode ser condição em outras coisas, como o sursis. É a execução gratuita de tarefas (não há remuneração), devendo respeitar aptidão do infrator (ex: músico infrator gerenciando curso de piano em escola pública, etc), se sentindo útil,