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1 - A Policia Militar na Preservacao do Local de Crime

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UUNNIIVVEERRSSIIDDAADDEE FFEEDDEERRAALL DDEE MMAATTOO GGRROOSSSSOO 
FFAACCUULLDDAADDEE DDEE AADDMMIINNIISSTTRRAAÇÇÃÃOO,, EECCOONNOOMMIIAA EE CCIIÊÊNNCCIIAASS CCOONNTTÁÁBBEEIISS 
CCUURRSSOO DDEE EESSPPEECCIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO EEMM GGEESSTTÃÃOO DDEE SSEEGGUURRAANNÇÇAA PPÚÚBBLLIICCAA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Monografia apresentada à Coordenação do 
Curso de Especialização em Gestão de 
Segurança Pública como requisito obrigatório 
para a conclusão do curso e obtenção do grau 
de Especialista em Gestão de Segurança 
Pública. 
 
 
 
 
 
 
OOrriieennttaaddoorr:: AAnnddrréé LLuuiiss RRiibbeeiirroo FFeerrrreeiirraa.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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AA PPOOLLÍÍCCIIAA MMIILLIITTAARR NNAA PPRREESSEERRVVAAÇÇÃÃOO 
DDOO LLOOCCAALL DDEE CCRRIIMMEE 
 
 
 
 
HHÉÉLLDDEERR TTAABBOORREELLLLII SSÊÊMMPPIIOO 
 
 
 
Monografia submetida à Banca Examinadora, composta por professores do Curso de 
Especialização em Gestão de Segurança Pública – C. A. O., da Faculdade de 
Administração, Economia e Ciências Contábeis da Universidade Federal de Mato 
Grosso, e julgada adequada para a concessão do Grau de ESPECIALISTA EM 
GESTÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA. 
 
 
Banca Examinadora: 
 
__________________________ 
Orientador/ Presidente da Banca 
 
__________________________ 
Membro 
 
___________________________ 
Membro 
 
 
 
 
Nota obtida pelo aluno: ____________ 
 
 
______________________________________ 
Coordenador do Curso 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EPÍGRAFE 
 
“Tem fé no Direito como o melhor 
instrumento para a convivência humana; na 
Justiça, como destino normal do Direito; na 
Paz, como substituta benevolente da Justiça; e, 
sobretudo, tem fé na Liberdade, sem a qual não 
há Direito, nem Justiça, nem Paz”. 
Couture 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
Este trabalho de pesquisa tem por objetivo discutir o trabalho do 
Policial Militar em relação a preservação do local de crime. É o Policial Militar o 
primeiro agente público a chegar ao local com o objetivo de isolar e preservar, para que 
os indícios não se deteriore ou perca, por ações de pessoas estranhas aos acontecimentos 
delituosos. 
Preservar o local de crime é manter o ambiente o mais inalterado 
possível, ou seja, não mover ou subtrair objetos de suas posições originais, para que o 
trabalho do perito seja realizado com maior segurança, e que o resultado seja positivo na 
elucidação do fato criminoso, para melhor instruir o inquérito policial e dar maior 
credibilidade na respectiva ação penal a ser instaurada pelo Ministério Público. 
 
PALAVRAS-CHAVE: 
 
Local de Crime - Preservação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
This research work has for objective to discuss the Military 
Policeman's work in relation to preservation of the crime place. He/she is the Military 
Policeman the first public agent to arrive to the place with the objective of to isolate and 
to preserve, so that the indications don't deteriorate or lose, for strange people's actions 
to the events delituosos. 
To preserve the crime place and to maintain the atmosphere the 
most unaffected possible, in other words, not to move or to subtract objects of your 
original positions, so that the work of the expert is accomplished with more safety, and 
the positive result in the elucidation of the criminal fact, so that the picked proofs can 
instruct the inquiry policeman and he/she gives larger credibility in the respective 
criminal procedure to be established by the public prosecution service. 
 
Word-key: 
 
Place of Crime - Preservation 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 01 
1. LOCAL DE CRIME .............................................................................................. 05 
2. LOCAL DE CRIME – OBSTÁCULOS A SUA PRESERVAÇÃO .................. 10 
3. PRESERVAR – NOVOS QUESTIONAMENTOS ............................................ 15 
3.1 A questão da preservação ................................................................................ 15 
3.2 Demanda operacional – Relação de parceria ................................................... 16 
3.3 A preservação do local – Procedimentos básicos ............................................ 17 
3.4 Isolamentos de locais ....................................................................................... 18 
 
4. ANALISES DOS QUESTIONÁRIOS ................................................................. 21 
CONCLUSÃO .............................................................................................................. 29 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 36 
ANEXOS ....................................................................................................................... 37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IINNTTRROODDUUÇÇÃÃOO 
 
Assim como todas as demais atividades relacionadas com a breve 
passagem do ser humano pela terra, o crime ocupa um lugar no tempo e no espaço. Nos 
limites desse espaço e naquele lapso de tempo, ocorrem circunstâncias que, se 
corretamente interpretadas, permitem reconstituir a mecânica de cada delito. 
O local do crime para o Rabello (1996: pg. 17), é resumido com 
muita propriedade, como sendo: 
 
“Local de crime é a porção do espaço compreendida num 
raio que, tendo por origem o ponto no qual é constatado o 
fato, se entenda de modo a abranger todos os lugares em 
que, aparente, necessária ou presumivelmente, hajam sido 
praticados, pelo criminoso, ou criminosos, os atos 
materiais, preliminares ou posteriores, à consumação do 
delito, e com este diretamente relacionado”. 
 
Da definição podemos concluir que o local do crime não se 
constituiu apenas da região onde o fato foi constatado, mas em todo e em qualquer local 
onde existem vestígios relacionados com o evento, que sejam capazes de indicar uma 
premeditação do fato ou uma ação posterior para ocultar provas, que seriam 
circunstâncias qualificadas do crime em investigação. 
Os vestígios encontrados nos locais de crime podem corroborar as 
teses do inquérito policial ou até mesmo conduzir as investigações para perspectivas 
diferentes daquelas consideradas em um momento inicial. 
 2
Para melhor estabelecer a característica do local, os membros das 
equipes policiais devem conhecer alguns elementos importantes e que podem distinguir 
os crimes relacionados aos locais, melhorando, em algumas ocasiões, o levantamento 
policial. 
Em algumas situações, a área de interesse policial pode ser limitada 
a um pequeno cômodo de uma casa, mas, em outros casos, a equipe policial deve 
considerar o local do crime uma área mais abrangente, cujos elementos materiais às 
vezes despercebidos, tornam-se importantes vestígios para o laudo pericial. 
Para que seja obtido resultado conclusivo oriundo de levantamento 
de locais de crime é de suma importância a preservação da área a ser examinada e dos 
itens relacionados com o evento ocorrido (objetos diversos, manchas, cheiros e etc). 
Em casos extremos, o local examinado perde a sua validade como 
peça do inquérito policial e como prova material a ser utilizada pelo judiciário, quando 
não são observados os procedimentos corretos na preservação. 
Vale ainda salientar que em algunscasos é possível detectar a não 
preservação do local devido à impossibilidade de certos vestígios terem sido 
posicionados, em um movimento impensado, pela vítima e/ou o autor para o ponto em 
que foi encontrado, quando dos exames periciais. 
Em caso de adulteração, o perito nem sempre poderá determinar as 
circunstâncias em que ocorreu o fato delituoso e nem retornar as peças aos seus locais 
de origem. 
O objetivo principal na preservação de um local do crime é manter 
o ambiente o mais inalterado possível, ou seja, não mover e/ou subtrair objetos de sua 
posição original, mesmo sendo uma arma e/ou um projétil de arma de fogo e não 
adicionar elementos que não estavam presentes no local, como marcas de solado de 
sapato, terra, fios de cabelo, etc. 
A boa preservação do local de crime dará suporte aos peritos 
para efetuar o seu trabalho de melhor maneira possível, para que se possa chegar de 
modo mais abrangente e concreto às circunstâncias e autoria do crime, e para que se 
possa instruir, da melhor maneira possível, os inquéritos policiais, que é a peça 
administrativa que dará início à respectiva ação penal. 
 
 3
O trabalho de preservação do local de crime é 
fundamentalmente, de responsabilidade da Polícia Militar que é o primeiro agente 
de segurança a chegar ao local, que deverá tomar as providências necessárias no 
intuito de preservar o local do fato, nas mesmas condições em que foi encontrado. 
O objetivo geral deste trabalho será de verificar se os Policiais 
Militares são preparados adequadamente para atuarem na preservação dos locais de 
crime, se dispõe de recursos humanos e materiais adequados para a otimização da 
preservação, e concluindo, se a imagem da polícia militar está sendo depreciada em 
face da má preservação desses locais. 
A experiência profissional e a participação efetiva em vários 
casos, específicos de preservação de locais de crimes conduziram ao estudo deste 
assunto, eminentemente operacional e atual. 
A constatação de que a Polícia Militar de Mato Grosso, através 
de suas patrulhas ou pela interferência de militares do policiamento ostensivo, não 
está preservando com eficiência e eficácia, os locais de crimes, ficou clara após 
observações e a busca de informações, formais e informais, sobre esse assunto. 
Apesar da constante preocupação da Polícia Militar na busca 
incessante do aperfeiçoamento profissional do militar, da apuração da técnica e do 
desprendimento profissional reinante na corporação, esta vem recebendo 
questionamento da Polícia Judiciária sobre a qualidade da preservação de locais de 
crime. 
O comportamento do militar nessas circunstâncias vem 
trazendo reflexos negativos para a operacionalidade da corporação e produzindo 
efeitos indesejáveis para as investigações criminais. 
Depreende-se dessas considerações a seguinte indagação: os 
Policiais militares estão sendo preparados adequadamente para atuarem na 
preservação do local de crime? 
A tal questionamento procurou-se formular a seguinte hipótese: 
Os militares não estão sendo preparados, para atuarem na 
preservação dos locais de crimes em virtude das academias e os centro de formação 
não preocuparem em inserir em sua grade curricular a disciplina Local de crime e 
 
 4
com isso pouca importância se da pelos policiais militares quando no atendimento 
de uma ocorrência onde há crime, no que diz respeito à preservação e isolamento. . 
O objetivo geral do trabalho foi verificar a existência do 
problema enfocado e os efeitos deste para a imagem da Polícia Militar, em 
decorrência da atuação dos militares na preservação de locais de crime. 
A partir desse entendimento os objetivo específicos foram 
definidos como: 
1. Verificar se os militares estão sendo devidamente 
preparados para atuarem na preservação de locais de 
crimes; 
2. Identificar os recursos materiais, utilizados pelo militar na 
preservação do local de crime; 
3. Avaliar a maturidade profissional do militar do 
policiamento ostensivo em sua atuação na preservação do 
local de crime; 
4. Avaliar as conseqüências da atuação do militar na 
preservação do local de crime, para os trabalhos pertinentes 
à investigação criminal; 
A partir da hipótese e dos objetivos exposto, o presente trabalho 
de pesquisa buscará definir o papel da Polícia, tanto Judiciária como Administrativa, 
no que tange a preservação do local de crimes. 
A questão da prova criminal em decorrência da atuação da 
Polícia Militar no local de crime possibilitou esse estudo, do qual, partindo da 
missão da polícia buscou-se estabelecer novos conceitos e o entendimento da 
responsabilidade da Polícia Militar. 
 
 
 
 
 
 5
 
 
 
 
11.. LLOOCCAALL DDEE CCRRIIMMEE 
 
Conceitos básicos referentes a local de crime, embora comuns 
na linguagem policial, são aqui retomados para fortalecimento do estudo analítico da 
questão da preservação. 
O entendimento de local de crime é “toda área onde tenha 
ocorrido um fato que assuma a configuração de um delito que, portanto, exija as 
providências da Polícia”. 
O local de crime é o ponto de encontro da Polícia Ostensiva e 
da Polícia Judiciária. A primeira atuando com o objetivo de prevenir a ruptura da 
ordem ou de restabelecê-la; a segunda, a fim de assegurar a aplicabilidade da lei 
penal com relação àquelas que violarem, reprimindo-os. 
O militar que comparecer a um local de crime deve estar 
consciente das atividades que normalmente deve desenvolver. 
Podemos exemplificar de modo simples e com clareza, através 
da seguinte situação: 
 
• A ocorrência de um crime de homicídio poder 
ser planejado em determinado local com todos os seus 
detalhes, ou seja, números de pessoas envolvidas, os 
instrumentos usados na execução, o modo de fuga, 
etc; 
 
 
 6
• A sua consumação deverá ocorrer em lugar 
diverso do utilizado no planejamento, com o concurso 
de diversas pessoas; 
 
• A vítima poderá ser transportada para um local 
distinto da consumação do evento morte; 
 
• Poderá o veículo, as armas do crime, e os 
instrumentos utilizados para a execução e transporte 
da vítima, ser levado a locais diversos dos anteriores. 
 
Como podemos perceber com clareza, a sucessão de locais, 
com todos os seus vestígios característicos devem ser preservados com cuidado, pois 
um simples detalhe poderá levar à elucidação do crime, que poderá levar todos os 
envolvidos a serem presos e julgados pelos seus atos praticados. 
Preservar é providenciar a sua “interdição rigorosa”, sendo que 
o exame do local é tarefa do perito e cabe aos policiais que ali comparecem por 
primeiro adotar as providências necessárias para que nada seja alterada até a 
chegada deles. 
Embora existe alteração intencional no local de crime, com a 
finalidade específica de dificultar a ação da polícia e do perito, a principal causa da 
destruição de elementos materiais ainda é a pessoa que descobriu o fato, os 
familiares da vítima e os policiais que adotam as primeiras providências. Cabe, 
portanto, a academias de polícia a tarefa de conscientizá-los quanto a preservação 
adequada e completa. 
A experiência comprova que os esclarecimentos de um delito 
estão proporcionalmente relacionados ao nível de preservação a que foi submetido o 
local. As alterações que ali ocorrem muitas vezes, não visam diretamente prejudicar 
os exames, nem são causados pelo autor, ou pessoas interessadas em protegê-lo. 
Isso ocorre, freqüentemente, pela falta de entrosamento entre os 
diversos escalões do aparelho oficial. É um guarda de trânsito, um médico ou um 
 
 7
popular querendo ajudar e, inadvertidamente, prejudicando o exame do local. 
A responsabilidade pela não alteração do estado das coisas, pela 
legislação vigente, pertence à autoridade policial, que deverá tomar as providências 
necessárias no intuito de preservar o local do fato, nas mesmas condições em que foi 
encontrado. 
Os exames no local do crime devemser realizados por peritos, 
que devem registrar em seus Laudos as alterações do estado das coisas e discutirão 
no relatório, as conseqüências destas alterações na dinâmica do evento. Não 
esquecendo que o local do evento é o ponto inicial do que constituirá um dos 
suportes do inquérito policial, que é a peça administrativa que dará início a 
respectiva ação penal. 
Um dos maiores problemas encontrados nas perícias em locais 
onde ocorre crimes, é a quase inexistente preocupação das autoridades de isolar e 
preservar adequadamente o local da infração penal, de modo a garantir as condições 
de se realizar um exame pericial da melhor forma possível. Não existe entre nós, 
uma cultura e nem uma preocupação sistemática com esse fator, que é o correto 
isolamento do local do crime e respectiva preservação dos vestígios naquele 
ambiente. 
É comum, ao ocorrer um homicídio, populares terem acesso ao 
corpo da vítima, virando o mesmo para verificar se o óbito está consumado, e 
mesmo procurando um documento para identificação do mesmo, quando na 
realidade este trabalho é privativo dos peritos. 
Os locais do crime podem ser classificados em: 
 
• Internos ou Fechados: que são caracterizados 
quando o fato ocorreu em um ambiente fechado, 
circunscrito por paredes ou outras formas de 
fechamento como residências, fábricas, interiores de 
veículos, prédios, dentre outros, que também, divide 
em: 
 
 
 8
• Área Mediata Aberta: são consideradas as 
vias de acesso ao ambiente onde ocorrer o fato 
delituoso, como corredores, os ambientes ao redor do 
cômodo, os jardins e demais área vizinhas; 
 
• Área Imediata Interna: consiste no espaço 
físico onde ocorreu o fato delituoso, como um quarto 
ou outro cômodo qualquer; 
 
• Externos ou Abertos: É determinado quando o 
crime ocorre em ambiente aberto, não limitado por 
edificações, como estradas, matagal, beira de rios e 
outros, que também são subdivididos: 
 
• Área Mediata Externa: são consideradas as 
áreas de acesso para onde ocorreu o crime, como 
estradas, picadas e ainda as imediações; 
 
• Área Imediata Externa: consiste no local 
propriamente dito, onde ocorreu o crime. 
 
• Locais Relacionados: São aqueles locais que, 
apesar de diversos daqueles relacionados 
anteriormente, apresentam relações com um único fato 
delituoso. 
 
Esses locais de crimes são de interesses puramente teórico, 
porém quanto à situação tem por finalidade determinar a dinâmica do fato ocorrido. 
Os locais de crimes são classificados ainda, conforme a sua 
preservação em: 
 
 9
Preservados, Idôneos ou Não violados: são aqueles em que os 
locais de crime são mantidos nas condições originais que foram deixados pelo seu 
autor envolvido, sem alteração do estado das coisas, após a prática da infração 
penal, até a chegada dos peritos. 
Não Preservados, Inidôneos ou Violados: são aqueles em que 
após a prática de uma infração penal e antes da chegada e assunção dos peritos no 
local, eles apresentam-se alterados, quer nas posições originais dos vestígios, quer 
na subtração ou acréscimos destes, modificado de qualquer forma o estado das 
coisas. 
 
 10
 
 
 
 
 
22.. LLOOCCAALL DDEE CCRRIIMMEE –– OOBBSSTTÁÁCCUULLOOSS AA SSUUAA PPRREESSEERRVVAAÇÇÃÃOO 
 
A classificação das áreas, quanto à atuação do militar no local de 
crime ficará condicionada ao espaço físico, amplitude do fato e necessidade de 
estabelecimento das mesmas: a variação, limitação e delimitação, e é condicionado à 
estrutura física do local. 
Preservar é manter livre de qualquer mal, perigo ou dano. O ato de 
preservar é bem mais amplo e abrangente, ou seja, é a medida tomada para proteger 
alguma coisa de causas que a possam deteriorar. Logo, o conceito é: o ato de mantê-lo 
rigorosamente no estado em que o criminoso o deixou, até a chegada da autoridade 
policial competente para tomar conhecimento do fato. 
Os obstáculos que o militar encontra no local de crime são vários, 
porém, é necessário ter em mente o que deve ser preservado e, ainda, como deve ser 
preservado. 
O principal a ser preservado são todos os vestígios e a providência 
essencial a ser tomada é a interdição rigorosa do local. 
A importância dos vestígios não está restrita ao que ele representa. 
São de fundamental importância, também, as posições em que se encontram e suas 
possíveis relações com outros vestígios, que podem não ser perceptível de imediato. 
O perigo da inobservância desta regra não reside apenas na 
possibilidade de serem destruídos vestígios importantes, mas, também, a de serem 
alterados vestígios, posições e a inclusão de novos vestígios. 
A interdição consiste, idealmente, em delimitar o perímetro do 
 
 11
local e as duas vias de acesso, impedindo a entrada, de qualquer pessoa, animal ou 
coisa. Em locais abertos, a interdição se torna mais difícil, pois o acesso geralmente é 
fácil, sendo necessária a utilização de fitas e/ou cordas de isolamento. 
O isolamento necessitará de uma vigilância efetiva sobre todo o 
perímetro, principalmente nas vias de acesso normais. 
Tratando-se de locais fechados, as suas próprias características 
tornam mais fácil o isolamento, onde normalmente o acesso se dá pelas aberturas, portas 
e janelas, destinadas a essa finalidade, bastando interditá-las. 
Em diversos países recomenda-se que a interdição se faça 50 
(cinquenta) metros após a verificação do último vestígio presente no local mediato. 
Todavia, muitas vezes a aplicação dessa regra é impossível. Não há como fixarem 
normas rígidas no tocante à delimitação da extensão e da forma do local de crime. 
A autoridade e seus agentes é quem deve fazer tal delimitação, em 
cada caso concreto, usando seu próprio discernimento. Na prática, o primeiro policial 
que chegar ao local deve tomar as providências para que o local seja adequadamente 
preservado. 
De nada valerá a interdição do local, se ela não for mantida 
eficazmente até a sua liberação pelos peritos. O trabalho de levantamento no local de 
crime requer máximas atenção e concentração, devendo, pois, a sua custodia ser 
mantida, até a conclusão do trabalho pericial. 
Embora deva ser extremamente evitado alterar de qualquer forma o 
‘estado das coisas’, casos ocorrem em que algumas providências como cobrir o cadáver 
evitam que a chuva ou outra intempérie destrua vestígios importantes como manchas de 
fluídos corpóreos ou esfumaçamento. 
Em casos extremos é aceitável a proteção de vestígios, no entanto, 
ao penetrar no local para fazer isso, o policial deverá fazê-lo com o máximo de cuidado, 
evitando, tanto quanto possível, correr risco de, na tentativa de proteger certos vestígios, 
causar dano a estes ou a outros vestígios. É importante lembrar que nada deve ser 
alterado de suas posições originais. 
Em algumas situações, faz-se necessário à ação da autoridade 
policial e/ou dos seus agentes no local de crime o que, em tese, poderia constituir numa 
 
 12
não preservação do estado das coisas como foram encontradas. 
Essas situações obrigam a entrada da autoridade policial e seus 
agentes no local, com vistas a: 
1. Para fazer cessar o fato; 
2. Para prestar socorro a vítima; 
3. Para fazer a evacuação do local; 
4. Para conhecer o fato; 
5. Para evitar mal maior. 
 
Levantamento de local de crime é o conjunto dos exames que se 
realizam diretamente no local da constatação do fato, visando à caracterização deste e à 
verificação, à interpretação, à perpetuação e à legalidade, bem como a coleta dos 
vestígios existentes da ocorrência, no que tiverem de útil para a elucidação e a prova 
dela e de sua autoria material. 
Os objetivos do exame do local de crime se confundem com os 
objetivos da criminalidade, ou seja: constatar o delito, qualificar a infração penal, a 
coleta de vestígios e perpetuar os vestígios constatados. 
Para atingir os objetivos citados, é necessário a aplicação de 
técnicas que registremas características gerais e particulares de um lugar relacionado 
com um fato presumidamente delituoso. 
No intuito de perpetuar o local de crime, bem como de todos os 
vestígios resultantes, quer da atividade criminosa, quer do comportamento da vítima, o 
perito criminal utiliza-se de uma série de procedimentos, que caracterizam os 
levantamentos periciais em locais de crime. 
A rotina de procedimentos do militar nos locais tem sido objeto de 
constantes questionamentos, o que tem proporcionado vários posicionamentos a 
respeito. Deverá proteger todo o local a fim de serem aproveitadas pelos peritos de 
todos indícios que possam levar a elucidação do fato delituoso, como manchas de 
sangue, pegadas, impressões digitais que estão sujeitas a desaparecem pela ação do 
tempo. 
 
 13
Não deverá permitir de nenhum modo que policiais de folga andem 
pelo local. Repórteres e fotógrafos antes de fazerem os seus trabalhos, deverão 
primeiramente respeitar os trabalhos do policial e do perito. 
Entende-se que na prática é bem diferente dos preceitos 
doutrinários, mas o militar deve se esforçar para impedir que curiosos prejudiquem os 
trabalhos policiais. É certo que todos querem ver de perto e até tocar em objetos no 
local de crime, querem também ver o corpo ou os instrumentos utilizados em um 
homicídio, arrombamento ou em outro tipo de delito. 
Esse conflito se agrava quando familiares insistem em ver de perto 
o corpo do filho, marido ou alguém da família. Contudo, o militar deverá ser paciente e 
dedicado, tratando-se com a atenção e respeito, mas com a apuração atenção para que se 
evite a adulteração do local. 
O militar deve entender que alterar ou permitir que se altere o local 
de crime, além de transgressão disciplinar, poderá estar incorrendo em crime. 
Qualquer que seja o delito, qualquer que seja o local, é necessária a 
presença da polícia e da perícia. Não há o que se falar em dispensa da perícia, pois 
mesmo em se prendendo o infrator, identificada a vitima e recuperado objetos, a prova 
material é de grande valor para a incriminação final. 
No local de crime, a polícia colhe os elementos necessários à 
elucidação do fato e à fixação das responsabilidades. Daí a grande importância que lhe 
atribuímos nas investigações policiais, podendo-se dizer que a sua preservação e 
correto aproveitamento decidem quase sempre do êxito dessas investigações. 
Além dos dados que possibilitem descobrir a identidade do 
criminoso, o local de crime pode oferecer elementos preciosos na fixação das 
responsabilidades. Quantos delinqüentes de comprovada periculosidade escapam às 
penas da lei, apenas por falta de provas suficientes. E quantos outros alcançam 
absolvição em crimes de homicídio, graças à habilidade de seus advogados que, 
sentindo a inconsistência da prova, conseguem atrair para seus constituintes os favores 
da legitima defesa. 
E, tudo isso, tem origem na defeituosa interpretação do local de 
crime e no mau aproveitamento dos indícios e provas que ele oferece. 
 
 14
Enfim, sobre a relevância, a importância, a oportunidade de estudar e 
analisar o comportamento do militar nos locais de crimes entendeu-se que não há o que se 
questionar. É necessária uma busca constante da perfeição. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15
 
 
 
 
33.. PPRREESSEERRVVAAÇÇÃÃOO –– NNOOVVOOSS QQUUEESSTTIIOONNAAMMEENNTTOOSS
 
3.1 A Questão da Preservação 
 
Não há registros oficiais sobre quantos locais de crimes foram 
considerados inidôneos pela perícia; de quantos inquéritos foram prejudicados pela “má 
preservação” e também não há registros de quantos locais foram considerados idôneos; 
a Polícia Militar não possuem dados para confronto com as “reclamações” da Polícia 
Civil e vice-versa. 
 O entendimento de que só o delegado é autoridade competente 
para requisitar a perícia é incongruente e no mínimo, está revestido de preconceitos 
corporativistas, em face do moderno conceito de autoridade, que é mais amplo, pois 
autoridade é toda pessoa que exerce cargo, emprego ou função pública, de naturezas 
civis ou militares, investidas em consonância com normas legais. 
 O Sistema Policial Brasileiro se fundamenta na bipartição das 
policias estaduais, com distinção das funções preventivas e repressivas, exercidas pelas 
policias militar e civil. 
Essa dicotomia provoca, indiscutivelmente, a solução de 
continuidade do ciclo de polícia, não permitindo a complementação dos serviços, 
estabelecendo uma relação de causas e efeitos, que na verdade deveria ser uma relação 
de parceria, já que o ciclo completo da policia não é uma realidade. 
 
 
 
 16
3.2 Demanda Operacional - Relação de Parceria 
 
A demanda operacional da Polícia Militar pode ser aferida a partir 
do número de registros de ocorrências, seja na capital ou no interior. 
A resposta da Polícia Militar é o lançamento diuturno de militares e 
patrulhas no policiamento ostensivo, como forma de minimizar a proliferação da 
“síndrome da violência”, com a otimização dos meios materiais e recursos humanos, 
com vistas a maximização da segurança subjetiva e, estão grafados, segundo a visão 
policial militar e civil, os procedimentos básicos para atuação no local de crime. 
As informações conduzem para um consenso, em que o militar 
deverá estar bem preparado, técnica, e profissionalmente, para atuar em local de crime e 
em quaisquer ocorrências em que for preciso sua intervenção. 
 Uma comunicação eficiente deve conter dados essenciais para o 
militar que se dirige para o local de crime, não só otimiza o comportamento do militar a 
altos índices de instabilidade pela incógnita da ocorrência em que irá atuar. 
 A comunicação do fato ao militar que irá atuar em um local, que 
necessita da preservação, é de fundamental relevância, pois a partir dela desencadeai-se 
uma série de ações que poderão trazer os reflexos positivos ou negativos para os 
trabalhos decorrentes. 
Finalmente, comparecendo a autoridade policial competente, ou 
quem suas vezes fizer, entregar-lhe o local e transmitir-lhe todas as informações já 
obtidas. 
A autoridade mandará proceder ao levantamento do local e recolher 
material para a perícia, tomará outras medidas que julgar conveniente e determinará a 
remoção do cadáver. 
 A rotina de procedimentos do militar nos locais tem tido 
constantes questionamentos, o que tem proporcionado vários posicionamentos a 
respeito. 
Os procedimentos dos militares em locais de crimes devem ser o 
seguinte: 
 
 17
Isolar a área que serviu de palco aos acontecimentos, e não permitir 
que se modifique a posição do cadáver, ou que se toque no mesmo; pode-se apenas 
cobri-lo se estiver desarrumadas; não permitir que se toque em armas e instrumentos do 
crime e nos diversos vestígios espalhados pelo local; proteger os vestígios, se fizer 
necessário, a fim de serem aproveitados pelos peritos. 
A importância da correção das falhas, com entendimento de que o 
militar deve manter o local tal qual o criminoso o deixou ou tal qual o militar o tenha 
encontrado. 
A autoridade policial em questão, delegado de policia judiciária ou 
perito conforme já se registrou, adotarão as providenciam iniciais, e o perito será o 
primeiro que entrará no local isolado, para inicio dos trabalhos de levantamento de 
vestígios. 
 
3.3 A Preservação dos Locais - Procedimentos Básicos 
 
São efetivamente, árduos os primeiros minutos de trabalho do 
criminalista num local. Nem se fale da invasão dos populares e das providências todas 
tendentes a defesa do “local” e ao chamamento das autoridades e peritos: nem se 
mencionem as diversas e complexas diligências de então, dentre as quais ressalta o 
isolamento a ser feito, para garantir aquele resguardo. 
Para a análise dos procedimentos básicos do militar no local de 
crime, buscaram-se, inicialmente informações nos órgãos receptoresdos trabalhos de 
preservação desenvolvidos. 
A classificação das áreas, quanto á atuação do militar no local do 
delito ficará condicionada ao espaço físico, amplitude do fato e necessidade de 
estabelecimento das mesmas; a variação, limitação e delimitação são condicionadas, à 
estrutura física do local. 
O ato de preservar é bem mais amplo e abrangente: é a medida 
tomada para proteger alguma coisa de causas que a possam deteriorar. 
 Parte-se, então, para o conceito de preservação do local de crime 
concebido como: o ato de mantê-lo rigorosamente no estado em que o criminoso 
 
 18
deixou, até a chegada da autoridade policial competente para tomar conhecimento do 
fato. 
Há que se complementar o conceito acima, com as unidades de 
apoio da polícia e onde contido os curiosos e demais interessados no fato; é uma área 
que não tem limitação externa. 
Assim, o entendimento de local de crime como “toda área onde 
tenha ocorrido um fato que assuma a configuração de delito e que, portanto exija as 
providências da policia”, encerra os pontos fundamentais da caracterização do local. 
É todo local de ocorrência, cujo fato gerador assuma confrontação 
de crime. Portanto, assim deve ser considerado desde um local de simples furto ao de 
encontro de cadáver. O local de crime é o ponto de encontro da Polícia Ostensiva e da 
Polícia Judiciária. 
A primeira atuando com o objetivo de prevenir a ruptura da ordem 
ou de restabelecê-la, e a segunda, a fim de assegurar a aplicabilidade da lei penal com 
ralação aquelas que violarem, reprimindo-os. 
 
3.4 Isolamento de Locais 
 
Sendo a Polícia Militar uma Instituição prestadora de serviços à 
comunidade, exercendo a missão constitucional de policia ostensiva e, dentro desse 
contexto, podemos afirmar: que isolar um local de crime não se restringe a esticar uma 
corda em volta do mesmo, mas sim com uma conduta metódica e pautada pela 
qualidade da atuação. 
É necessário que o local seja perfeito e imediatamente 
identificado pelos envolvidos ou não no fato; que estejam distinguidas as áreas de 
atuação, mediata, imediatas e de informações, para que se possa ter uma noção geral do 
‘funcionamento’ do local. 
O militar deve de imediato isolar o local com fita destacável e 
descartável, de forma a garantir a autoridade policial uma visão real dos fatos a serem 
investigados. Ainda para que o local mediato possa, se necessário, ainda que a posterior, 
ser também vistoriado. 
 
 19
A capacidade técnica do militar na preservação do local de 
crime poderia atingir um elevado grau de eficiência através do bom adestramento e da 
obtenção de equipamentos modernos que constituem a base fundamental da atuação 
militar. 
Devemos ressaltar que não se pode improvisar, mas ainda hoje 
se usa corda e outros meios para se isolar um local de crime, os avanços ainda não 
poucos na especificação desses materiais. 
Na preservação incorreta de locais de ocorrências, provas que 
poderiam decidir correta e rapidamente casos de justiça deixam de ser usadas, 
criminosos andam a solta e inocentes são condenados. A técnica de superar emoções é 
um longo caminho. 
Algumas unidades têm produzido por iniciativas de seus 
integrantes, alguns instrumentos, mais atuais e modernos, que atendem com mais 
qualidade e necessidade de isolamento de locais de crime ou onde ocorram eventos sob 
o controle da Polícia Militar. 
O que ocorrem com uma maior intensidade é que normalmente 
o policial vasculha todo o local para depois isolá-lo. Na maioria das vezes em que há 
arma, o perito a recebe das mãos do policial. Dão busca no cadáver a procura de 
documentos, mudando sua posição original, dificultando o trabalho do perito. 
O Ministério Público centraliza informações que irá usar no 
Tribunal decorrentes das investigações dos policiais e certamente que as provas deverão 
estar bem consubstanciadas e ao contrário do que muitos crêem, a prova material é de 
fundamental valor para a identificação do autor do delito, ao contrário da testemunhal e 
daquele que decorre da confissão do autor, a prova decorrente da análise técnica, 
sempre é definitivamente aceita em juízo. 
A prova policial não tem valor probatório maior ou menor, o 
valor vai crescendo desde que encontre mais alguns adminículos de prova em juízo. Se 
em juízo não forem coletadas mais provas e se o réu diz que não cometeu o crime, 
pede-se pela absolvição do réu. A prova isolada não aparada em juízo é frágil. 
A prova até o oferecimento da denúncia é tida como medidas 
cautelares, pois quando existe vestígio do ato criminoso, o delegado de polícia deve 
 
 20
pedir o laudo pericial. Dentre as medidas que o delegado de polícia deve tomar, ressalta-
se a reprodução simulada do crime. 
Desse modo, podemos perceber que desde a chegada da 
autoridade policial ao local de crime até o momento da sentença em juízo todos têm que 
dar a sua contribuição da melhor forma possível, para que inocentes são sejam 
condenados e criminosos permaneçam soltos praticando outros delitos. 
 
 21
 
 
 
 
44.. AANNAALLIISSEESS DDOOSS QQUUEESSTTIIOONNÁÁRRIIOOSS
 
Os questionários foram enviados a Policiais Militares das Unidades 
de Cuiabá, Várzea Grande, e a algumas do interior do Estado. Em Cuiabá e Várzea 
Grande, foram enviados 100 (cem) questionários, sendo que desse total somente 49 
(quarenta e nove), aproximadamente 50 %, foram respondidos, e para o interior do 
Estado foram enviados 50 (cinquenta) questionários, e foram respondidos 36 (trinta e 
seis), aproximadamente 75 %. 
O retorno dos questionários distribuídos permite uma 
caracterização dos pesquisados, segundo origem, o posto e a graduação, o tempo de 
serviço na Unidade e a principal função exercida no policiamento ostensivo. 
A primeira verificação resultante da pesquisa foi o conhecimento 
técnico militar sobre a preservação do local de crime pela intensidade em que a 
instrução foi ministrada no período considerado. 
 Essa intensidade foi estabelecida a partir da sua periodicidade, se 
diária, semanal, mensal, semestral, não regular e se não foi ministrada no período 
correto. 
A não regularidade da instrução atingiu um alto índice, e 
considerando uma informação dessa natureza, entende-se que o despreparo do militar 
para essa finalidade é patente. 
Essa situação é compatível com a hipótese de que os militares não 
estão sendo preparados para um desempenho eficaz, somando-se os percentuais 
correspondentes à instrução não regular e ao não recebimento de instrução. 
 
 22
A partir do preparo do militar, através da instrução nas Unidades da 
Capital e Várzea Grande, verificou-se, no momento seguinte, a atuação dos militares, 
segundo as funções exercidas e o comparecimento da perícia ao local de crime. 
Um dado importante pesquisado, a função que mais preservou e 
solicitou a presença da perícia foi a do Comandante da guarnição, mas o resultado que 
preocupa é o baixo percentual de comparecimento da perícia nos locais de crime. 
Esse não comparecimento quando solicitado dá entendimento que a 
Polícia Judiciária não dispõe de recursos humanos e materiais suficientes, no tocante a 
perícia, seja na Capital ou no interior, para atender a demanda de locais que devem ser 
preservados. Esse procedimento desestimula o militar na preservação do local, trazendo 
conseqüências para a idoneidade da prova. 
Chega-se à conclusão, que o principal motivo da ausência do 
militar em alguns casos, é o não comparecimento da perícia no local de crime. 
Dos trabalhos policiais, sejam da Polícia Militar ou da Polícia 
Judiciária, tendem ao encontro e ao desencontro, exatamente no local de crime. Esse 
desencontro surge a partir do momento que uma das instituições estabelece o conflito. 
 Um conflito latente, por parte da perícia, é a reclamação sobre o 
local, que estava ou deveria estar sendo preservado pelo militar. Basicamente as 
reclamações incidem: 
 
1. Olocal não estava sendo preservado, é que local 
não preservado é aquele onde o militar não adotou 
nenhum procedimento básico para o isolamento e 
preservação, permitindo a adulteração dos vestígios 
locais; 
 
2. Local adulterado é aquele onde o militar interferiu 
ou permitiu que estranhos interferissem na ordem natural 
dos objetos, sendo que esse procedimento pode ter 
ocorrido antes da chegada da policia; 
 
 
 23
3. Local mal preservado é aquele em que o militar 
procedeu incorretamente à preservação, não delimitando 
ou limitando a área de atuação, em face de sua 
inexperiência, desconhecimento ou inexistência de 
recursos materiais necessários; e, 
 
4. O último ponto de conflito é ausência do militar no 
local de crime ou fato dele chegar após a perícia; mas o 
militar sempre questiona, também, a ausência e a demora 
da perícia no local de crime. 
 
Ainda em relação aos questionamentos, verifica-se que a maioria 
dos militares, segundo a maturação, são inexperientes na preservação, pois na faixa que 
registra de 05 (cinco) preservação, está concentrada a maioria dos pesquisados, sendo 
que essa faixa é considerada como a dos inexperientes. 
A qualidade da preservação de um local de crime é medida, 
também, pela qualidade e quantidade de materiais necessários para a atividade 
operacional, e a pesquisa revelou que as unidades não possuem recursos necessários 
para uma preservação eficiente do local de crime, sendo evidentes, faltas de corda, 
cavaletes e cones, materiais comuns a todas as unidades. 
Esses recursos, segundo a pesquisa, são obsoletos e não 
correspondes à imagem que a Polícia Militar deve apresentar ao público externo. 
Em decorrência da desqualificação e até pela inexistência de 
materiais necessários para a preservação do local de crime, incidentes ocorrem nesses 
locais. 
São comuns pessoas ultrapassarem as linhas demarcadas, veículos 
esbarram em cavaletes ou cones mal dispostos no terreno, o isolamento não permite a 
visibilidade necessária para “chamar a atenção” das pessoas e a ausência de sinalização 
noturna, são responsáveis pela ocorrência dos incidentes mencionados. 
Verifica-se pelas indicações que o conhecimento de materiais para 
preservação, pelos militares, é o tradicional. Entende-se que a Polícia Militar precisa 
 
 24
avançar nesse campo, buscando em outros centros, nacionais e internacionais, o que há 
de mais moderno e eficiente para a preservação do local de crime. 
 
 
 Você tem recebido instruções de como preservar local 
de ocorrência de crime? 
 
 
8%
92%
SIM
NÃO
 
 
 
 Qual a intensidade em que lhe e ministrada orientações 
sobre atuação em locais de crime e a sua preservação? 
 
 
7%
93%
NÃO REGULARMENTE
NÃO RECEBE
 
 
 
 Você já atendeu ocorrência na qual foi necessário 
preservar o local? 
 
 25
 
80%
20%
SIM
NÃO
 
 
 Já ocorreu algum incidente no seu serviço, em 
decorrência da sinalização do local de crime? 
 
 
27%
73%
SIM
NÃO
 
 
 A Perícia tem comparecido aos locais onde houve 
necessidade de preservação? 
 
 
 
 26
23%
70%
7%
SEMPRE COMPARECE
COMPARECIMENTO NÃO REGULAR
NÃO COMPARECE
 
 Se a Perícia não comparecer no local, você se sente em 
condição de preservar o local, e efetuar levantamentos 
iniciais? 
 
57%
43% SIM
NÃO
 
 
 Você já deixou o local de crime antes da chegada da 
Perícia? 
 
62%
38%
SIM
NÃO
 
 A unidade dispõe de recursos materiais para serem 
utilizados na preservação do local de crime? 
 
 27
 
8%
92%
SIM
NÃO
 
 Não havendo Perícia na cidade e havendo necessidade 
de levantamentos, como tem sido o procedimento nas 
ocorrências? 
 
80%
9%
11% A PM FAZ LEVANTAMENTO INICIAL
O DELEGADO COMPARECE E FAZ O
LEVANTAMENTO
O LOCAL É LIBERADO
NORMALMENTE
 
 
 A unidade recebeu reclamações da Policia Judiciária 
sobre atuação dos militares na preservação dos locais de 
crime? 
 
 
 
 28
5%
95%
SIM
NÃO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CCOONNCCLLUUSSÃÃOO 
 
Nos dias de hoje, o problema fundamental em relação aos 
direitos do homem, principalmente da liberdade física, não é mais sua justificação no 
campo filosófico, mas sua efetiva proteção no campo político-jurídico. 
O homem nasce livre e ao direito compete preservar sua 
liberdade, limitada apenas pela mesma liberdade de seus semelhantes. Por isso o Estado 
 
 29
cria mecanismos de controle da liberdade individual com vistas ao bem comum na 
convivência social, sendo a privação da liberdade física o meio coercitivo de que se vale 
o legislador para a obtenção do equilíbrio. 
No decorrer deste trabalho de pesquisa, verificou-se a relevância do 
tema enfocado. A participação dos militares na preservação de local de crime é a chave 
inicial para a abertura das investigações policiais e, conseqüente, a formação da culpa 
dos delinqüentes. 
Da análise da preservação de local de crime, através de conceitos e 
comportamentos e segundo os dados obtidos pelas pesquisas, verificou-se a 
comprovação das hipóteses concebidas; novas posições e indagações surgiram a partir 
da participação, no estudo, de Juristas, Policiais Militares e representantes do Ministério 
Público. 
Não há o que se questionar sobre a necessidade e a importância da 
preservação de locais de crimes, que deve cingir-se á exata observação das normas do 
Direito Processual Penal e das ciências que lhe são afins, a Criminalística e a Medicina 
Legal. 
O militar deve sempre se lembrar que o destinatário final dos 
trabalhos de preservação do local e da perícia realizada é o Judiciário, daí a importância 
de qualidade dessa atividade policial, pois o militar que primeiro tiver contato com o 
local da infração é, sem duvida, a primeira autoridade responsável pelo cumprimento 
desse dispositivo legal. 
É grande a responsabilidade da Polícia Militar na preservação de 
local de crime e a partir dessas considerações pode-se concluir: 
 
1º) Os militares da Polícia Militar do Estado de Mato 
Grosso são, na grande maioria jovens e com pouco tempo 
na atividade operacional; essa característica traz 
prejuízos á qualidade da preservação de locais de crimes, 
pois a incidência de atuação dos militares nessa atividade 
policial; 
 
 
 30
2º) A instrução sobre preservação de local de crime é 
insuficiente e aplicada de forma não regular; 
 
3º) O maior índice de incidente de adulterações em locais 
de crimes é provenientes da inexperiência profissional do 
militar, que não está sensibilizado sobre a importância do 
local de crime para a formação da culpa do infrator da 
lei; 
 
4º) A Polícia Militar não dispõe de recursos materiais 
adequados às novas realidades operacionais, para uma 
correta preservação de local de crime; 
 
5º) A Polícia Militar não possue instrumentos de 
controles sobre a atuação do militar no local do crime; 
não possue, também, controle do “tempo de espera da 
perícia”; 
 
6º) Os militares, no local de crime, tendem sempre a 
isolar apenas o cadáver, quando é o caso, e sempre 
procuram identificar a vitima e identificar os objetos do 
crime para registros imediatos, ocorrendo a adulteração 
do local; 
 
7º) A Polícia Judiciária não está aparelhada para atender 
a demanda de solicitações de perícia para os locais de 
crimes; 
 
8º) O fluxograma estabelecido para a solicitação e o 
comparecimento da perícia ao local de crime prejudica a 
 
 31
operacionalidade da Polícia Militar; 
 
9º) Os efeitos da má preservação de local de crime pelos 
militares e as falhas das perícias estão sendo 
questionados pelo Ministério Público. 
 
10º) Não há o que se discutir quando á necessidade da 
preservação de local de crime onde existem vestígios. 
Não compete ao militar deixar de acionar a perícia nem 
compete à perícia decidir pelo não comparecimento ao 
local. 
 
11º) É comum aos militares de folga ou mesmo estando de 
serviço, adentrarem ás áreas restritas do local de crime. 
Este procedimentoincorreto provoca adulterações e 
estimula comportamento semelhante de civis. 
 
Algumas recomendações são necessárias, pois o momento atual é 
de reflexão, de analise e de fundamentação das funções policiais no Estado. A Polícia 
Militar busca sua afirmação na prerrogativa de polícia ostensiva. A Polícia Civil procura 
sua identificação com a ostesividade, incoerente com a atual definição constitucional. 
Registra-se que a falta de um elo mais consistente entre as faces do 
trabalho da Polícia Militar, força a imperfeição da técnica do militar na preservação, 
provocando conflitos entre as instituições e leva ao desinteresse e a omissão da perícia e 
dos militares. 
Assim, para conclusão final e com vistas à minimização do 
problema e otimização das ações dos militares e da perícia, recomenda-se: 
 
1º) Valorizar a instrução e o ensino sobre local de crime, 
elevando esse assunto a nível de disciplina curricular, 
 
 32
desde o Curso de Formação de Soldado até o Curso de 
Aperfeiçoamento de Oficiais. 
 
Hoje, a preservação de local de crime é um assunto dentro de uma 
disciplina, Técnica Policial Militar, Policiamento Ostensivo Geral ou Policiamento 
Ostensivo de Transito, com tempos de aula insuficientes para a capacitação técnica do 
militar. 
Essa preocupação deverá ser estendida aos cursos de especialização 
e deverá ter igual ou maior tratamento nos programas de instrução da tropa, 
principalmente nas Unidades de Policiamento Ostensivo. 
A disciplina criminalística que está inserida nos currículos de 
cursos de formação deverá ser levada para os programas de instrução de tropa. 
 A utilização do vídeo e da cartilha sobre atuação do policial em 
local de crime deve ser incrementada e de uso mais freqüente. 
 
2º) Proceder a estudos visando a identificação e 
catalogação dos recursos matérias atuais e necessários 
para uma correta e moderna preservação de local de 
crime e de outras ocorrências. 
 
A polícia moderna e atual deve apresentar-se bem aos olhos da 
comunidade. Não se admitem mais o uso de cavaletes mal pintados, uns brancos, outros 
amarelos, com inscrições disformes; da mesma forma a corda não é o instrumento mais 
adequado para isolar um local. 
As polícias de hoje buscam na qualidade dos instrumentos 
utilizados, a sua identificação; as cores a serem utilizadas nos recursos materiais devem 
ser pesquisadas e padronizadas, como também as inscrições; a expressões mais urbanas 
e coerentes com o conceito de polícia moderna devem ser buscadas. 
 
3º) Promover reuniões e instituir grupos de trabalho com 
 
 33
a Polícia Judiciária, visando à otimização dos trabalhos 
da perícia, dotando o Instituto de Criminalísticas de 
recursos humanos e materiais mínimo que permitam 
maior agilidade aquele órgão; da mesma forma é preciso 
estudar e reestruturar o fluxograma de acionamento da 
perícia, para reduzir a demanda de espera das patrulhas 
nas locais de crimes. 
 
A descentralização da competência funcional, cabendo ao militar 
que comparecer ao local do crime a responsabilidade de solicitar a presença da perícia, 
pois nessa função, o militar é autoridade e responsável pelos seus atos. 
 
4º) Criar mecanismos de controle que permitam 
qualificar e quantificar a atuação do militar no local do 
crime em face dos efeitos da preservação nas 
investigações policiais e no prosseguimento do ciclo de 
persecução criminal. 
 
É importante que a Polícia Militar registre suas ações no 
instrumento próprio, o Relatório de Ocorrências, proporcionando a Polícia Judiciária e 
ao Ministério Público todos os elementos relativos aos fatos, inclusive os tempos 
medidos da perícia, desde o acionamento até o termino dos trabalhos no local do crime. 
O controle é o meio para se atingir a excelência dos serviços e é o 
caminho para a produtividade e deve ser considerado como um beneficio para a 
Instituição. 
 
5º) Estreitar relações com o Instituto de Criminalísticas, 
visando o estabelecimento de curso e estágios naquele 
órgão, para ampliar o conhecimento da técnica de 
preservação de local de crime. 
 
 
 34
A reciclagem de todos os militares que atuam no policiamento 
ostensivo deve ser vista como uma necessidade; a reciclagem pode ocorrer no próprio 
Instituto de Criminalística ou nos serviços de perícia das Delegacias Regionais de 
Polícia. 
 
6º) Desenvolver campanha de esclarecimento ao público 
para orientações gerais do procedimento básico das 
vitimas, solicitantes e testemunhas, em locais, por civis. 
 
Este trabalho de divulgação deve ser desenvolvido também junto 
aos órgãos de imprensa, para melhor desenvolvimento dos trabalhos políticos no local 
de crime. 
Por isto, o ponto fundamental da conclusão deste trabalho reside 
em reafirmar a necessidade de aperfeiçoamento, de forma a adaptá-lo à realidade dos 
novos tempos e às novas dimensões da sociedade moderna. 
As propostas de mudanças a respeito do assunto merecem 
reflexão, posto que pode vir a tornar um efetivo remédio à tutela de uma sociedade livre 
e soberana, onde a inocência, a liberdade e a dignidade humana, seja ampla, justa e 
solidária. 
 
 35
 
 
 
 
RREEFFEERRÊÊNNCCIIAASS BBIIBBLLIIOOGGRRÁÁFFIICCAASS 
 
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AANNEEXXOOSS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 37
ESTADO DE MATO GROSSO 
SECRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PUBLICA 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO 
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO, ECONOMIA E CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS. 
 
QUESTIONÁRIO DESTINADO AOS POLICIAIS MILITARES DO ESTADO 
DE MATO GROSSSO. 
Prezados companheiros. 
Estou concluindo trabalho monográfico a ser apresentado à Universidade 
Federal de Mato Grosso – UFMT, Especialização em Gestão de Segurança Pública para 
aprovação no Curso de Aperfeiçoamento de Oficiais. O tema aprovado para o trabalho 
foi “A Policia Militar na Preservação do Local de Crime”. 
Buscando colher informações dos Policiais Militares envolvidos na 
Preservação de Locais de Crime, estou aplicando o presente questionário como 
instrumento de pesquisa, solicitando que você responda a todas as questões com base 
em sua opinião pessoal. 
As respostas a este questionário são totalmente confidenciais e será mantido 
o anonimato dos respondentes. As respostasserão tratadas de forma agregada, ou seja, 
como taxas estatísticas sem qualquer referência às respostas individuais. 
 
Atenciosamente, 
Cuiabá–MT, 25 de Outubro de 2003. 
 
 
Hélder Taborelli Sêmpio 
Capitão PM 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTIONÁRIO 01 
 
Assinale seu posto ou graduação. 
( ) Oficial ( ) Praça 
 
Identifique sua Unidade e local. 
Unidade___________________________________________________ 
Local_____________________________________________________ 
 
Há quanto tempo você está na atividade operacional? 
( ) Menos de 5 anos ( ) 5 a 10 anos 
( ) 11 a 16 anos ( ) mais de 16 anos 
 
Qual sua função principal na atividade operacional? 
( ) Cmt de policiamento 
( ) Cmt Guarnição 
( ) Patrulheiro 
( ) Motorista 
 
Você tem recebido instruções de como preservar local de ocorrência de Crime? 
( ) Sim ( ) Não 
 
Qual a intensidade em que lhe é ministrada a instrução sobre “atuação em locais de 
crime e a sua preservação”? 
( ) Diariamente 
( ) Semanalmente 
( ) Mensalmente 
( ) Não regularmente 
( ) Não Recebe 
 
Você já atendeu ocorrência na qual foi necessário preservar o local? 
( ) Sim ( ) Não 
 
Quantas vezes você atendeu esse tipo de ocorrência? 
 
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( ) Menos de 5 vezes ( ) 5 a 10 vezes 
( ) 11 a 15 vezes ( ) Mais de 15 vezes 
 
09- Já ocorreu algum incidente no seu serviço, em decorrência da sinalização do local 
de crime? 
( ) Sim ( ) Não 
Quantas Vezes?________________________________________ 
 
A Perícia tem comparecido aos locais onde houve necessidade de preservação? 
( ) Sempre comparece 
( ) O comparecimento não é regular 
( ) Não comparece 
 
Se a Perícia não comparecer ao local, você se sente em condições de preservar o local e 
efetuar os levantamentos iniciais? 
( ) Sim ( ) Não 
 
Quando a Perícia compareceu ao local, houve reclamações por parte dos peritos sobre a 
preservação do local de crime? 
() Sim () Não 
Caso sim , porque? 
 
( ) Local não estava preservado 
( ) local estava adulterado 
( ) Local estava mal preservado 
( ) Porque chegamos após a Perícia. 
 
Você já deixou o local de crime antes da Perícia chegar? 
( ) Sim ( ) Não 
Caso sim Porque? 
 
( ) Não havia perícia 
( ) Para atender outra ocorrência 
( ) Ordem superior 
( ) Socorro às vitimas 
( ) Perseguição ao criminoso 
 
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( ) Vitima dispensou Perícia 
 
14-Na sua atuação, em local de crime, em conseqüência da preservação do local , você 
já foi: 
( ) Elogiado ( ) Punido ( ) Orientado 
( ) Criticado pela Perícia ( ) Criticado pelo solicitante 
 
Assinale abaixo os materiais que você julga importante e necessários à preservação de 
locais de crime. 
( ) Latas de óleo queimado ( ) Cordas 
( ) Máscaras contra gases ( ) Cavaletes 
( ) Faixas de Plástico reflexivas ( ) Capacetes 
( ) Lona para cobrir cadáveres ( ) Cones 
( ) Sacos plásticos ( ) Maca 
( ) Sinalizador noturno ( ) Trena 
( ) Coletes reflexivos ( ) Lanterna 
( ) Barraca de Lona ( ) Fita crepe 
( ) Agasalho para chuva e frio ( ) Giz p/ marcação 
outros? 
enumerar_______________________________________________________________
______________________________________________________________________
________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTIONÁRIO 02 
 
 
1) A Unidade dispõe de recursos materiais e suficientes para serem utilizados na 
preservação dos locais de ocorrências? 
( ) Sim ( ) Não 
 
2) Quais os recursos existentes na Unidade , primeiramente os orgânicos ( o) e a seguir 
os criados, preparados ou elaborados pela Unidade , face a falta de similares (S). 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
3) A área da Unidade é servida pela perícia da Polícia Judiciária; 
( ) em todas as cidades da área ; total de ______________cidades 
( ) parcialmente, pela perícia na sede da regional 
( ) não há perícia na área 
( ) só na sede da Unidade. 
 
4) - No período compreendido entre 2002 a 2003 a Unidade tem condições de relatar: 
 
Total de ocorrências que necessitaram preservação do local: 
_________________________________________________________________ 
em quantas a perícia compareceu? 
_________________________________________________________________ 
em quantas a perícia não compareceu? 
_________________________________________________________________ 
 
05- Não havendo perícia na cidade e havendo necessidade de levantamentos, como tem 
sido o procedimento na ocorrência? 
 
 ( ) A guarnição faz os levantamentos iniciais 
 ( ) A Polícia Civil nomeia perito “ad-hoc” 
 ( ) O delegado comparece e faz os levantamentos 
 ( ) O levantamento é feito por detetives 
 ( ) O local é liberado normalmente 
06-A Unidade, recebeu reclamações da Polícia Judiciária sobre a atuação dos militares 
na preservação dos locais de ocorrências. 
 
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( ) Sim ( ) Não 
 
07- Quais os motivos que deram origem às reclamações? 
 
( ) Local adulterado por civis 
( ) Local adulterado por militar 
( ) Local mal preservado 
( ) Militar não foi ao local 
08- Quais as providências tomadas pela Unidade? 
 ________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
09- Outras Informações: 
 ________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUESTIONÁRIO 03 
 
 
APLICADO AO DEPARTAMENTO DE INVESTIGAÇÕES 
 
 
1) Como tem sido, na concepção órgão a atuação dos militares da PM, na preservação 
dos locais de ocorrências? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
2) Quais os reflexos da atuação da PM nos locais de ocorrências, para os trabalhos de 
investigação? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
3_ Como tem sido os contatos desse órgão com a PMMT. Para tratar desse assunto? 
(Comentários sobre a forme e o setor retorno de informações). 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
4 - Sob a ótica desse órgão, quais são os recursos materiais ideais e necessários aos 
trabalhos iniciais de preservação de locais de ocorrências? 
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________
______________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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