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DESCRIÇÃO A exploração dos principais passos referentes à elaboração de um plano de market ing como roteiro para fortalecimento de uma marca, de um produto ou de um serviço direcionado para nutrição. PROPÓSITO A compreensão de todos os passos, bem como a execução adequada de um plano de market ing por profissionais nutricionistas é essencial para aqueles que buscam se colocar no mercado através de empresas focadas no segmento de nutrição e alimentação. OBJETIVOS MÓDULO 1 Reconhecer a importância e a aplicação de todas as etapas do plano de market ing em nutrição e a atuação do nutricionista no processo MÓDULO 2 Ident ificar as melhores maneiras de se t raçar objet ivos de market ing em nutrição para um problema a ser solucionado e qual o papel do nutricionista no processo MÓDULO 3 Descrever as formas de elaboração dos planos de market ing em nutrição para alcançar os objet ivos determinados INTRODUÇÃO Como em qualquer cenário onde é indispensável a venda de um serviço/produto, o plano de market ing em nutrição é a formalização do que se aprendeu sobre o mercado a ser explorado, indicando como a companhia planeja at ingir seus objet ivos de market ing e ajuda no direcionamento e na coordenação do seu esforço. Os planos de market ing em nutrição estão se tornando mais orientados pelos clientes e pelos concorrentes cada vez mais sofist icados. A idealização do plano está se t ransformando em um processo sucessivo para responder às rápidas mudanças do mercado de nutrição e de alimentação, sendo que o profissional nutricionista nesse contexto consegue ter uma visão técnico-estratégica que ajuda na compreensão dos dados de mercado e dos próximos passos a serem seguidos a part ir de determinado produto/serviço. Muitas vezes, os principais problemas dos planos de market ing estão em ações que beiram o irreal, por meio de avaliação compet it iva insuficiente e esforços direcionados em prazos curtos. Nos módulos a seguir, conheceremos a importância do planejamento at ravés de informações de mercado fidedignas, para que haja clareza dos cenários a serem explorados, bem como a importância de se entregar valor ao consumidor de forma planejada e, ainda, como medir os resultados de toda implementação do conteúdo executado. MÓDULO 1 Reconhecer a importância e a aplicação de todas as etapas do plano de marketing em nutrição e a atuação do nutricionista no processo A IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DAS SITUAÇÕES Todo e qualquer plano de market ing precisa apoiar o fortalecimento de uma marca, entregando o produto/serviço para os clientes de forma sustentável. O plano de market ing nunca deve ser formatado sem planejamento prévio e sem conhecimento do mercado onde esse produto/serviço irá fazer parte. Foto: Shutterstock.com Captar um insight do consumidor e entender suas implicações de marketing podem levar um lançamento de produto ao sucesso ou estimular de forma consistente o crescimento de uma marca. Nesse quesito, é necessário que o profissional nutricionista, no contexto do market ing, esteja atento às macrotendências que influenciarão as bebidas e os alimentos em todo o mundo. Destacam-se, portanto, pontos como: nostalgia (em decorrência da pandemia, muitos consumidores estão em busca de bebidas e alimentos que possuam sabor mais reconfortante), sabores inovadores e saudabilidade. SAUDABILIDADE Trazem saúde. Um exemplo que podemos explorar no nicho de saudabilidade é o mercado de iogurtes, com grandes empresas concorrendo pela preferência e pelo foco dos consumidores. Dentre tantas opções de iogurtes, reconhecer e valorizar um atributo do produto e conseguir explorá- lo para trazer diferenciação junto à concorrência é fundamental. javascript:void(0) Foto: Shutterstock.com EXEMPLO A chegada no Brasil de uma categoria de iogurtes há mais de quinze anos que cont inua em expansão: os iogurtes funcionais. Além de servir de lanche ou de sobremesa para muitos brasileiros, esse t ipo de iogurte explora profundamente o papel dos probiót icos na saúde intest inal, considerando seu consumo regular. No entanto, não basta desenvolver ou apenas buscar um diferencial para ser explorado sem uma análise profunda do ambiente/cenário onde os produtos/serviços serão comercializados. É fundamental elaborar e oferecê- los para os mercados-alvo de forma bem definida. Esse espectro mais direcionado coloca o market ing no começo do planejamento de um novo produto/serviço. Isto é, ao invés de apenas reforçar a execução e a venda, as empresas começaram a ponderar como parte da metodologia a entrega de valor dentro do segmento de alimentação e nutrição, onde o processo de entrega de valor está se tornando cada vez mais importante, devido à alta compet it ividade nesses segmentos. PREÇO VERSUS VALOR É muito claro que, ao pensarmos em um plano de market ing em nutrição, é fundamental exaltar e reforçar o valor dos produtos/serviços comercializados. Imagem: Shutterstock.com PREÇO É o que o cliente paga. Imagem: Shutterstock.com VALOR É o que o cliente leva. É preciso demonstrar as característ icas e o mais importante, os benefícios que seu produto promete, para que ocorra a construção do valor do seu produto a cada cliente. Obviamente, os clientes compram pelo valor percebido e não simplesmente pelas característ icas do produto. Um grande exemplo da questão do valor percebido são os alimentos orgânicos, que, apesar de serem mais caros que os alimentos convencionais, há um valor percebido pelos consumidores, os quais passam a gastar mais para adquirir o produto. É necessária, portanto, a criação de um conjunto de valores que at raia o interesse do comprador, que, em t roca, vai gastar dinheiro, tempo e energia a fim de adquirir e consumir tais produtos/serviços. Por esse mot ivo, é fundamental entender quais serão os valores que mais condizem com o segmento/público-alvo a ser explorado. Ou seja: é preciso realizar um pré-t rabalho para compreender em profundidade: qual segmento do mercado será explorado, como está o cenário atual (se existem compet idores, se é um nicho de mercado que ainda não foi explorado, etc.) e qual a potencialidade desse mercado. Com base nessas informações, é possível selecionar o mercado-alvo mais interessante e adequado para desenvolver todo o posicionamento do produto a ser lançado/reposicionado. Dessa maneira, é possível ter mais direcionamento ao levar em consideração alguns at ributos dos produtos/serviços a serem comercializados e, assim, convertê- los em benefícios que façam sent ido para o mercado-alvo selecionado. Temos, por exemplo, o grande crescimento do chamado plant-based ou produtos vegetarianos/veganos. Com a tendência crescente à escolha desse t ipo de produto pelos consumidores (cenário atual), é preciso entender: em qual dos segmentos (bebidas, suplementos desport ivos, etc.) se espera part icipar; se já existe concorrência (e como esta já atua no segmento escolhido) e como está a potencialidade desse mercado. Nesse cenário, é quest ionado se a t roca de alimentos de origem animal por alimentos de origem vegetal pelos clientes é algo passageiro, uma moda, ou se é uma tendência que veio para ficar. Tudo indica que existe um crescente desejo dos indivíduos em se relacionar com o planeta e com os animais de maneira mais justa, sendo nesse ponto que o profissional da nutrição, junto ao market ing, pode fazer diferença. O conhecimento profundo dos nutrientes e das necessidades nutricionais da população faz com que o nutricionista possa apoiar na diferenciação dos produtos, de forma a atender às necessidades de saudabilidade, junto ao mercado vegetariano/vegano. Alimentos sem resíduos animais, com nutrientes essenciais em quant idades adequadas, sem gordura saturada advinda dos alimentos de origem animal, podem ser explorados por nutricionistas. Dessa forma, é fundamental o apoio do nutricionista na área de pesquisa e de desenvolvimento, de modo a entender qual seriaa combinação mais adequada de nutrientes para a elaboração de um novo produto vegano, perpassando por sua atuação junto ao departamento regulatório (elaboração de rotulagem dos alimentos) e, por fim, em market ing. Nesse últ imo, no que diz respeito à exploração dos dizeres da embalagem – claims –, de forma mais vendedora possível. RESUMINDO Em resumo: a part icipação do nutricionista na indústria aliment ícia e de bebidas, em seus diversos segmentos, pode ser realizada em inúmeras áreas, agregando valor em todas as etapas de elaboração e de lançamento de um produto. ETAPAS DE UM PLANO DE MARKETING EM NUTRIÇÃO Um plano de market ing em nutrição possui duas fases: ESTRATÉGICA TÁTICA Enquanto o plano estratégico estabelece o que chamamos de “mercados-alvo” e a proposta de valor a ser ofertada com base em uma análise das melhores brechas do negócio, o plano tát ico explicita as ações operacionais a serem executadas. Existem diversos padrões de planos de market ing que englobam os aspectos estratégicos e tát icos, mas, via de regra, um plano de market ing apresenta as seguintes divisões: SUMÁRIO E RESUMO EXECUTIVO O plano deve conter um sumário e um resumo conciso das principais recomendações e finalidades. ANÁLISE SITUACIONAL Dados fundamentais sobre vendas, custos, mercado, concorrência e várias forças do macroambiente (aspectos demográficos, econômicos, culturais, tecnológicos, por exemplo). Como delimitamos o mercado, qual a sua dimensão e com que celeridade está ganhando corpo? Quais são as tendências proeminentes e as questões crít icas? Esses dados serão usados para uma análise SWOT. ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO/PRODUTO Análise da própria marca, considerando os 4Ps do market ing, bem como instalações internas, qualidade de atendimento, por exemplo para uma avaliação as competências em uma análise SWOT. ANÁLISE SWOT: AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS E ANÁLISE DOS CENÁRIOS Reunião das informações levantadas nas etapas anteriores – forças e fraquezas do produto ou da empresa, ameaças e oportunidades, onde esses últ imos consideram toda a avaliação do macro e do microambiente (mercado, concorrentes, público-alvo, etc.). OBJETIVOS E METAS DE MARKETING Podem relacionar quaisquer áreas do market ing, como lançamento de um produto/serviço, at ivamento ou retomada de imagem, aumento das vendas e market share. ESTRATÉGIAS DE MARKETING Onde são t raçadas as estratégias, considerando os 4Ps do market ing para acolher os objet ivos que foram estabelecidos. PLANOS DE AÇÃO (TÁTICO-OPERACIONAIS) Delimitam como a estratégia de market ing será implementada. ORÇAMENTO (BUDGET) E CRONOGRAMAS Planejamento para alocação dos recursos financeiros, que podem já terem sido pré- determinados pela companhia. É importante que a alocação dos recursos ocorra de maneira cronológica e considere quais at ividades são essenciais para a execução do plano elaborado. AVALIAÇÃO E CONTROLE Todas as at ividades do plano de market ing precisam ser aptas para mensuração por indicadores- chave de desempenho (ou os chamados KPIs – Key Performance Indicator). SUMÁRIO E RESUMO EXECUTIVO A elaboração do sumário e resumo execut ivo é a últ ima tarefa a ser realizada, pois contempla todos os pontos fundamentais que serão abordados ao longo do plano a seguir. É uma visão geral sobre o plano, de maneira que quem leia, entenda o que determinou sua elaboração. É importante que se consiga endereçar de forma clara e concisa o que se analisou do mercado e do cenário atual, e como será o posicionamento de produtos/marcas que irão se desenvolver. Com isso, a declaração dos objet ivos e metas, pilares estratégicos, pilares tát icos e budget complementam o exercício. ANÁLISE SITUACIONAL Para endereçarmos um produto/serviço como “solução” para os clientes potenciais, é fundamental que haja uma análise do ambiente compet it ivo. Nesta etapa do plano, busca-se avaliar toda e qualquer variável do macroambiente e os impactos que possam exercer sobre produto ou empresa. As variáveis do macroambiente são: TECNOLÓGICAS ECONÔMICAS SOCIAIS E CULTURAIS POLÍTICAS DEMOGRÁFICAS NATURAIS Vale ressaltar que os acontecimentos nas variáveis do macroambiente, inicialmente, são neutros, já que afetam a sociedade como um todo, sendo que um mesmo fato pode afetar posit ivamente alguns negócios, mas, negat ivamente, outros. Um exemplo que se pode citar é o impacto da pandemia causada pelo coronavírus nos mais diversos segmentos da sociedade. Situação que pôde t razer oportunidades de crescimento ou de adaptação de negócio. Imagem: Shutterstock.com Uma oportunidade explorada na pandemia foram os produtos direcionados a pacientes entubados em terapia intensiva, como é o caso das dietas enterais para pacientes graves. Imagem: Shutterstock.com Por outro lado, a ret ração de alguns mercados (como os restaurantes por quilo direcionados ao público de empresas e escritórios) faz com que seja necessária uma série de reflexões sobre o futuro desse mercado e como mit igar os prejuízos, buscando novas oportunidades. O objetivo dessa etapa do plano de marketing é buscar todas as variáveis que possam ser ameaças e oportunidades para empresa/produto/serviço, de modo a utilizá-las na análise SWOT. Um ponto importante para mencionar é que, durante a análise do impacto das variáveis do macroambiente sobre determinado produto/negócio, podemos encontrar algumas variáveis que não afetam o negócio/mercado a ser explorado. A demografia pode não fazer diferença por não causar impacto para produtos que atendam a consumidores de todas as idades. No entanto, dependendo do produto a ser comercializado, a demografia é fundamental. Um exemplo, nesse caso, é o mercado de fórmulas infant is: saber e entender o comportamento do número de nascidos vivos em determinado país ou região (além da evolução da taxa de natalidade) ajuda a determinar o potencial e o crescimento desse segmento, clarificando também algumas oportunidades que podem ser exploradas, como é o caso de compostos lácteos para crianças em fase pré-escolar. Ao abordarmos o mercado a ser t rabalhado, exploramos também a análise do microambiente: Imagem: Shutterstock.com MERCADO Imagem: Shutterstock.com CONCORRÊNCIA Imagem: Shutterstock.com PÚBLICO-ALVO O mercado, nesse caso, refere-se ao mercado de atuação do produto ou da empresa: mercado de nutrição enteral, mercado de suplementos desport ivos, mercado de alimentos veganos, etc. O objet ivo é a realização de uma análise quant itat iva das atuais tendências do mercado foco, com base em dados reais. ATENÇÃO A retenção de informações amplas e atuais sobre as tendências do macroambiente e os efeitos do microambiente característ icos para o seu negócio é fundamental. Dessa maneira, será assert iva a análise da situação ou do cenário, bem como a observação de oportunidades para marca/produto/serviço, com fontes fidedignas de informação, a fim de melhor compreender não somente o mercado, mas também a concorrência. Pesquisas de mercado A pesquisa de informações de macro e microambientes precisa ser realizada de forma profunda, com bases de dados que tenham credibilidade. Afinal, é com base nesse conhecimento que as oportunidades de expansão de mercado ou de lançamento de produtos são originadas. Vejamos quais são as pesquisas necessárias: Vendas totais do mercado Estes dados informam sobre a at rat ividade de determinado mercado em termos de volume. Tais elementos, assim como os demais dados explorados a seguir, podem ser adquiridos at ravés de empresas especializadas em pesquisas de mercado, tais quais: IQVIA, Close-Up (mercado de nutrição enteral e suplementação oral), Nielsen, Kantar, IPSOS, Euromonitor, KPMG, Mind Miners, etc. Vendas do mercado por região Estes dados podem apoiar na decisão das regiões onde o mercado pode ser melhor explorado ou reconsiderado. Vendas do mercado por segmento Informações sobre os segmentos do mercado com maiores e menores volumesde vendas. Aqui, a segmentação pode ser demográfica, geográfica, comportamental e psicográfica (est ilo de vida, característ icas psicológicas, etc.). Considerando o exemplo citado acima, podemos incluir no est ilo de vida o segmento de veganos, vegetarianos e flexitarianos (pessoas que reduzem o consumo de alimentos de origem animal). Principais concorrentes do mercado e suas part icipações (market share) Sabendo quem são os principais players (empresas atuantes) de determinado mercado, pode-se analisar o t ipo de concorrência (poucos concorrentes, concorrentes locais ou mult inacionais, concorrência acirrada) capaz de apresentar ameaças ou oportunidades para os produtos da empresa. Sazonalidade de vendas Quando existe, normalmente, representa ameaças e pode indicar a necessidade de ações compensatórias no plano de market ing, como é o caso da venda de sorvetes no inverno. Cruzamentos ou cross-selling A venda cruzada é a venda de produtos que se relacionam com o produto em questão. Exemplo: venda de nutrição enteral e venda de sondas, equipos ou bombas de infusão. Entender quais t ipos de produtos podem ser usados em ações de cruzamento podem indicar oportunidades estratégicas para um mix de produtos ou de parcerias com outras empresas. Um exemplo para ilust rar a importância desses dados mais abrangentes e fidedignos pode ser observado no caso sobre o aumento do consumo de produtos lácteos na pandemia. Se estamos elaborando um plano de market ing para iogurtes funcionais de uma empresa mult inacional, é necessário que se compreenda como está o comportamento do consumidor frente ao cenário pandêmico e frente ao mercado compet it ivo. Seguem alguns dados: ALGUNS DADOS DO COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR NA PANDEMIA DO CORONAVÍRUS De acordo com análise realizada pela consultoria Nielsen, a venda de derivados de leite cresceu 5,3% nos primeiros seis meses de 2020 em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com os dados pesquisados pela Embrapa Gado de Leite, o começo da pandemia chegou a provocar preocupação, já que o setor de food service representa aproximadamente 10% das vendas de leite no Brasil. No entanto, as pessoas passaram a consumir os produtos em casa, o que gerou uma “corrida aos supermercados”, compensando esse primeiro impacto da pandemia. Acredita-se também que o Auxílio Emergencial do governo tenha colaborado para a ampliação do consumo. javascript:void(0) O estudo da Kantar Brand Footprint , com base em pesquisa realizada com 74% da população mundial, reforçou o poder das marcas locais/regionais, que compõem 65,9% dos produtos consumidos. A escolha pelas marcas mundiais ficou ao redor de 34,1%. Na categoria de lácteos, a Italac ocupa a liderança do ranking, com part icipação em 80% dos lares do Brasil. AUXÍLIO EMERGENCIAL O Auxílio Emergencial foi uma benfeitoria estabelecida no Brasil pela Lei de nº 13.982/2020, que, inicialmente, anteviu o repasse de 600 reais por mês a t rabalhadores de baixa renda e informais, microempreendedores e contribuintes individuais do INSS (Inst ituto Nacional de Seguro Social), para aqueles que perderam a renda devido às restrições impostas pela pandemia do coronavírus. Fonte: Ministério da Cidadania, 2021. Análise da concorrência Concorrentes são ofertas e subst itutos verdadeiros ou possíveis do produto/marca que o consumidor-foco pode ponderar. A análise dos concorrentes ajuda na compreensão sobre prováveis oportunidades e ameaças para o produto/empresa. Uma força do seu compet idor pode representar uma ameaça para seu produto/empresa; por outro lado, uma fraqueza do seu concorrente pode significar uma oportunidade. É preciso analisar os seguintes pontos da concorrência: Quais são os principais concorrentes É necessário ident ificar pelo menos t rês concorrentes, diretos ou indiretos. Exemplo: dependendo do seu público-alvo, para um mercado de iogurtes proteicos prontos para beber, podemos considerar as bebidas lácteas proteicas em embalagens tetra pak e até mesmo os suplementos proteicos em pó dest inados aos pacientes idosos. Evolução da part icipação junto ao mercado de cada concorrente por segmento Apresenta tendências que podem ser indicat ivos de ameaças ou oportunidades para o produto ou para a empresa. Exemplo: uma empresa produtora de whey protein (proteína do soro do leite) para prat icantes de exercícios e at letas está verificando o crescimento acelerado de vendas da concorrência focada em módulos de proteína plant-based (ou módulos vegetarianos/veganos). Estratégia de cada concorrente por área/segmento Apresenta informações estratégicas valiosas sobre suas possíveis forças e fraquezas. Exemplo: busca e uso de influenciadores digitais para divulgação de marca/formas de uso do produto. Imagem de cada concorrente em meio ao público-alvo Esta informação é especialmente interessante para explorar oportunidades e ameaças em relação ao posicionamento e ao branding do produto. Esse t ipo de informação é adquirido através de pesquisas de mercado. Forças e fraquezas de cada concorrente A avaliação das forças e fraquezas dos concorrentes é fundamental para que sejam verificadas ameaças e oportunidades iminentes. Exemplo: concorrência pode ter uma bebida com apelo saudável (sem ingredientes de origem animal) em tetra pak e sem o canudinho de plást ico, o que está em linha com as últ imas tendências de proteção ao meio ambiente e melhor relação dos seres humanos com o planeta. Público-alvo O público-alvo é o foco das iniciat ivas estratégicas de market ing em nutrição. Dessa forma, quanto mais se sabe sobre o público-alvo, melhores serão as chances de se desenvolver estratégias apropriadas. Destaca-se que o público-alvo é mais abrangente do que somente consumidor final/compradores potenciais. Decisores e influenciadores podem compor o público-alvo: se estamos falando de uma empresa de refeições colet ivas, o nutricionista chefe responsável pelas compras pode decidir acerca da aquisição de uma sobremesa pronta das empresas X ou Y. No entanto, os nutricionistas gerentes das unidades e os comensais podem exercer importante influência para a aquisição de um ou de outro item, levando em consideração os mais diversos atributos, como: sabor das sobremesas, apresentação, forma de armazenamento, etc. Em resumo: o público-alvo, nesse caso, não é somente o comensal, os nutricionistas das unidades ou a compradora chefe. Todos são importantes nesse processo. É importante analisar o público-alvo a part ir de dados reais de estudos de mercado e, quando for aplicável, também por segmento de tal mercado. No caso de encomendas de pesquisas mercadológicas, é essencial haver uma prévia definição de quem será entrevistado. As informações necessárias para análise do público-alvo incluem: QUEM É? O QUE QUER? ONDE COMPRA? COMO COMPRA? COMO USA? QUEM É? A determinação do público-alvo é o primeiro passo estratégico em um plano de market ing em nutrição. Dependendo do mercado onde se atue, é possível ter mais de um t ipo de público-alvo. No caso do ambiente de nutrição desport iva ou de nutrição clínica, temos os chamados prescritores (nutricionistas, médicos) e os consumidores (pacientes). Se o produto faz parte do mercado de fórmulas infant is, um dos stakeholders (partes interessadas) é o médico prescritor, além dos pais/responsáveis pela criança e, por fim, o próprio bebê consumidor. O QUE QUER? Levantamento das necessidades do público-alvo relacionadas ao produto ou à empresa. Aqui, temos o exemplo da part icipação do SAC (Serviço de Atendimento ao Consumidor), junto à coleta dessas informações. Clientes e consumidores buscam at ivamente as empresas para reclamações, dúvidas e elogios. A part ir desse contato, é possível buscar e entender qual o público que está procurando a empresa e quais são suas “dores” referentes a determinado produto vendido. ONDE COMPRA? Dados sobre os locais de compra do seu produto e dos seus compet idores forneceminformações importantes. Exemplo: seu concorrente possui um e-commerce (Comércio elet rônico.) desenvolvido at ravés de plataforma própria? É possível comprar on- line e ret irar em loja f ísica? COMO COMPRA? Hábitos de compra do público-alvo (comprar parcelado, à vista, com cartão de crédito) podem trazer informações para serem usadas, tanto no desenvolvimento do produto quanto no preço e na praça. Exemplo: dependendo do hábito de compra do público-alvo, pode ser interessante realizar o lançamento de packs promocionais. COMO USA? Informações sobre os hábitos de uso do produto podem indicar oportunidades, estratégias ou ameaças. Exemplo: embalagens de cereais mat inais menores, em sacos, para facilitar o consumo por crianças e evitar desperdício. Um exemplo são os produtos para nutrição desport iva. Ao se pensar em at letas ou prat icantes de at ividade física que fazem uso regular de módulos proteicos, é necessária a realização de uma série de considerações. Possivelmente, esse público consome regularmente, mas a compreensão clara do comportamento desses consumidores se faz por meio de uma definição prévia de público-alvo, at ravés de pesquisa de mercado. Com base nessas informações, já existem alguns pontos de reflexão para se elaborar a pesquisa: A preferência é que seja um produto 100% whey protein (proteína do soro do leite) ou um produto mais barato com outros t ipos de proteínas (por exemplo, a caseína)? Quais são as pessoas que mais influenciam para a escolha de uma marca: amigos, professor de Educação Física, nutricionista prescritora, médico do esporte prescritor? A fidelidade por determinada marca leva sempre em consideração a prescrição do profissional de saúde que o acompanha ou existem característ icas do produto que podem influenciar na decisão da compra (por exemplo, o sabor)? A avaliação dos produtos na internet , como nota de usuários, reviews em plataformas, como o YouTube, e os comentários nos sites de compras interferem no processo decisório? ANÁLISE DO AMBIENTE INTERNO/PRODUTO A avaliação do ambiente interno da empresa (marca, departamentos, funcionários, instalações, qualidade de atendimento, preço, praça, promoção, produto) permite a detecção de forças e fraquezas do nosso próprio produto/serviço, possibilitando uma posterior avaliação dessas competências na matriz SWOT. Os levantamentos de informações desenvolvidos nesse momento do plano de market ing em nutrição devem apresentar um ret rato da situação atual da empresa/produto. Esses dados mostrarão, após a análise SWOT, o que deverá ser implementado ou revisto nas estratégias dos 4Ps. Aspectos que precisam ser avaliados: PRODUTO NO MERCADO Esta informação apresenta indícios de tendências do produto, sendo que vale entender o comportamento do nosso próprio produto e da concorrência, a fim de se verificar se nossa evolução é maior ou menor do que a evolução da concorrência. Ut ilizemos mais uma vez o exemplo do mercado plant-based: existe um concorrente direto ou indireto que está performando melhor, com mais vendas e melhor dist ribuição? O produto possui sabores/apresentações diferentes? Qual o at ributo/valor que o concorrente possui como diferenciação? ESTRATÉGIA ATUAL Análise dos 4Ps do market ing em detalhes, onde é preciso realizar um levantamento da situação atual. É importante conhecer todos os aspectos da estratégia que está atualmente implementada, para que, na fase de desenvolvimento das estratégias dos 4Ps, sejam consideradas as alterações ou os ajustes necessários. IMAGEM DO PRODUTO/MARCA PERCEBIDA PELO PÚBLICO-ALVO Esta informação pode t razer à tona forças ou fraquezas do produto em relação ao seu posicionamento, inclusive a possível necessidade de adaptações entre o posicionamento almejado e o que de fato foi at ingido. Exemplo: o produto plant-based lançado atende às expectat ivas do público consumidor? Ele compreende e vê valor nos at ributos explorados, como sabor, preocupação com o meio ambiente e valor nutricional? LEVANTAMENTO FINANCEIRO Apresenta informações sobre a lucrat ividade, composição dos custos e ident ificação de maneiras de aumentar a lucrat ividade. Tais informações podem dar indícios estratégicos para modificar produto/preço/praça, tanto para endereçar situações de baixa lucrat ividade quanto para melhorar a lucrat ividade ou o possível aumento de part icipação no mercado. Uma coisa é achar ocasiões at rat ivas; outra é ser capaz de t irar vantagem dessas oportunidades. Todo e qualquer negócio precisa ter a capacidade de entender suas fraquezas e forças internas. Naturalmente, a companhia não necessita ajustar todas as suas fraquezas, muito menos gabar- se de todas as suas forças. O grande ponto é se o negócio deve limitar-se às opções para as quais têm as forças requeridas ou se deve considerar aquelas que podem demandar o encontro ou o desenvolvimento de novas forças, como reestruturação de departamentos para que sejam lançados produtos inovadores, além de reformulação de port fólio para t razer maior foco à inovação. ANÁLISE SWOT: AVALIAÇÃO DE COMPETÊNCIAS E ANÁLISE DOS CENÁRIOS A análise SWOT é um método descomplicado e versát il, pois, como abordado anteriormente, averigua o posicionamento estratégico de negócios. Nesta etapa, todas as informações coletadas nas etapas precedentes são reunidas para realização da análise SWOT, termo em inglês que significa: Imagem: Shutterstock.com [S] Forças do produto/empresa Coletadas na análise do ambiente interno/produto. Imagem: Shutterstock.com [W] Fraquezas do produto/empresa javascript:void(0) javascript:void(0) Obt idas também através da etapa de análise do ambiente interno/produto. Imagem: Shutterstock.com [O] Oportunidades Informações advindas da coleta e da avaliação do macro e do microambiente. Imagem: Shutterstock.com javascript:void(0) javascript:void(0) [T] Ameaças Também resultantes das avaliações de macro e microambiente. Vale lembrar que, apesar da análise SWOT estar sob responsabilidade junto à área de market ing das empresas, para sua construção, toda a equipe precisa fazer parte do processo, uma vez que os funcionários de cada área possuem conhecimento específico sobre as respect ivas qualidades e desafios. Cabe aos profissionais de market ing que atuam em nutrição serem bons para ident ificar oportunidades, como os exemplos a seguir: UMA EMPRESA PODE SE BENEFICIAR DE UMA TENDÊNCIA DE CONVERGÊNCIA ENTRE OS SETORES E LANÇAR PRODUTOS HÍBRIDOS QUE SEJAM INOVADORES PARA O MERCADO Dentro do mercado de nutrição enteral, algumas empresas mult inacionais atuantes no mercado brasileiro lançaram disposit ivos que convertem uma dieta no sistema fechado (ut ilizada especialmente no ambiente hospitalar) para o sistema aberto (uso na alta hospitalar e no home care). Dessa forma, o prescritor não precisa alterar o t ipo de produto entre o período de internação e a alta hospitalar do paciente, t razendo mais share of mind das marcas relacionadas. Aqui, o profissional nutricionista é fundamental para apoiar nas estratégias de exploração de mensagem, at ravés da explanação clara das característ icas e dos benefícios desses disposit ivos, t razendo uma vantagem compet it iva associada à melhoria da rot ina do profissional no ambiente hospitalar/home care. SHARE OF MIND Maneira de fixar uma marca (produto, empresa) na memória do consumidor ou público em geral. UMA EMPRESA PODE TORNAR O MÉTODO DE COMPRA javascript:void(0) MAIS FAVORÁVEL OU EFICIENTE Atualmente, com a evolução do e-commerce, não basta apenas estar presente na internet . A experiência do usuário precisa ser efet iva e precisa atender às suas mais diferentes necessidades, como: realizar uma compra com poucos cliques at ravés de uma plataforma simples e intuit iva; comprar at ravés da internet e buscar na loja f ísica, ou receber o produto mediante logíst ica eficiente. Exemplo: entendendo claramente as necessidades de um paciente que precisa adquirirnutrição enteral para ambiente domiciliar, o nutricionista, atuando em market ing junto a um ponto de venda que comercializa dietas enterais e suplementos, consegue antever alguns cenários e pode ajudar a mit igá- los, como é o caso da implementação de uma experiência de compra mais eficiente nesse segmento. O nutricionista pode auxiliar no plano de melhorias de entrega e logíst ica das dietas enterais e suplementos desse ponto de venda, pois compreende a importância da realização de atendimento em feriados e finais de semana (ocasiões em que pode ocorrer a alta hospitalar de pacientes com dieta enteral e sua necessidade de aquisição em dias não úteis), bem como implementação de uma logíst ica eficiente para esses pacientes. O próprio nutricionista, atuando como market ing, entende que um profissional da mesma classe pode ser contratado para agregar valor ao serviço, sanando as dúvidas de pacientes e cuidadores no processo de alta hospitalar e manutenção de dieta ou suplementação em ambiente domiciliar. UMA EMPRESA PODE ATENDER ÀS NECESSIDADES DOS CONSUMIDORES POR MAIS INFORMAÇÕES E ORIENTAÇÃO Muitas lojas de produtos naturais, lojas de suplementos nutricionais desport ivos ou pontos de venda de dietas enterais e suplementos orais possuem nutricionistas enquanto funcionários para apoiar e orientar os clientes, com edificação de um relacionamento de confiança com os pacientes/consumidores. UMA EMPRESA PODE LANÇAR UM RECURSO Dentro do mercado de nutrição enteral, a Prodiet , empresa brasileira, lançou o Zappar, um aplicat ivo de realidade aumentada que ensina os pacientes a como fazer uso dos produtos em ambiente domiciliar. Compete também aos profissionais de market ing ident ificar, analisar e adaptar suas estratégias a diferentes cenários de mercado. Uma ameaça ambiental é um desafio atribuído a uma tendência ou a um acontecimento adverso, que, na carência de ações defensivas de market ing, levaria a níveis mais baixos de vendas ou lucros. EXEMPLO Um excelente exemplo para esse caso é a pandemia de covid-19, que assolou o mundo. As empresas, de uma forma geral, t iveram de ter muita agilidade para t razer modelos adaptados de negócio que iam de encontro à nova realidade de isolamento social, como é o caso de restaurantes e lanchonetes que t iveram de se adaptar rapidamente ao mercado delivery. Vale ressaltar que a detecção de oportunidades e ameaças é o produto resultado de vários estudos – aqui, destaca-se a importância de pesquisas de mercado. Quanto mais acurada a percepção e mais efetiva a visão sistêmica do gestor em nutrição, mais diferenciada e substanciosa será a definição de oportunidades e ameaças. É importante mencionar que a identificação das ameaças e das oportunidades propicia à empresa bases mais efetivas para a determinação dos objetivos/metas, e o levantamento dos pontos fortes e fracos apoia a definição das estratégias. De volta ao exemplo de iogurtes funcionais, vamos imaginar que a estratégia da empresa mult inacional seja aumentar as vendas pela maior penetração no mercado do Nordeste. Após pesquisas e compreensão profunda do mercado (vendas totais, concorrentes regionais, sazonalidade de vendas, etc.) e do público-alvo, definiu-se com clareza que, frente às análises dos produtos e da capacidade produt iva e de logíst ica, era possível aumentar a part icipação no mercado nordest ino. As pesquisas de mercado reforçam a just ificat iva para essa estratégia, já que o consumo per capita de iogurtes no Brasil está aumentando e muitas pessoas (em especial, das classes A e B) buscam uma vida com mais saudabilidade at ravés da alimentação. Após um estudo detalhado, chegou-se à seguinte matriz SWOT: POSITIVO NEGATIVO ORIGEM INTERNA FORÇAS: Reconhecimento mundial. FRAQUEZAS: Qualidade dos produtos reconhecida pelo público- alvo. P&D avançado para lançamento de produtos funcionais. Expansão do mercado nas classes C, D e E da sociedade. Dist ribuição por canais indiretos (dist ribuidores). Presença somente na Bahia de toda região Nordeste. ORIGEM EXTERNA OPORTUNIDADES: Logíst ica e dist ribuição para regiões distantes do Sudeste do Brasil. AMEAÇAS: Alta part icipação de empresas regionais. Custos mais baixos das empresas regionais. Produtos funcionais (como leite fermentado) que podem subst ituir o iogurte. Atenção! Para visualização completa da tabela ut ilize a rolagem horizontal UM EXEMPLO PRÁTICO DA ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA COM BASE NA ANÁLISE SWOT O especialista Danilo Prazeres Cunha abordará um exemplo prát ico da atuação do Nutricionista com base na análise SWOT. É importante reforçar que a constatação de pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades incidem dos resultados de uma análise ajustada, em que o cenário interno precisa ser aplicado e confrontado com os cenários do ambiente de negócios da empresa. A part ir dessa perspect iva, pontos fortes e fracos só podem ser reconhecidos nos contextos em que acontecem e em relação às ameaças e às oportunidades presentes. ATENÇÃO Dessa maneira, o que pode ser sinalizado como “força” em um contexto, em outro, pode ser pontuado como ponto fraco. Vale ressaltar que, com essa observação, não se está considerando que “tudo é relat ivo”, mas, sim, que pontos fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças só podem ser compreendidos em relação uns aos outros. VEM QUE EU TE EXPLICO Etapas de um plano de market ing Etapas de um plano de market ing Análise SWOT: avaliação de competências e análise dos cenários Análise SWOT: avaliação de competências e análise dos cenários VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. UM DOS PRINCIPAIS DESAFIOS NA PREPARAÇÃO DE UM PLANO DE MARKETING CONSISTENTE É A ANÁLISE CLARA DO AMBIENTE PARA A ELABORAÇÃO DOS OBJETIVOS, DO DESENHO DO PLANO TÁTICO E DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS. PARA O LANÇAMENTO DE UM NOVO PRODUTO PARA 2022, UMA FORMA DE ANALISARMOS O CENÁRIO É: A) Buscarmos informações baseadas nas opiniões dos funcionários mais ant igos da empresa, pois eles possuem expert ise para apoiar na tomada de decisão. B) Analisarmos o que o concorrente faz para agirmos da mesma forma, pois ele já analisou o mercado e entende quais são as áreas de oportunidades para os produtos comercializados. Com isso, temos economia de tempo e de esforços. C) Realizarmos diversos t ipos de análises para uma compreensão profunda de diversos aspectos, com o apoio de pesquisas de mercado, como é o caso de: macroambiente, microambiente, público-alvo e concorrência. Uma análise interna também é fundamental para a elaboração de uma análise SWOT e a compreensão de fraquezas, fortalezas, ameaças e oportunidades que podem ser endereçadas no plano de market ing. D) Realizarmos uma análise SWOT detalhada com base no que ocorreu no ano anterior para a correção de desvios e implementação de novas estratégias. E) Ut ilizarmos as pesquisas de mercado, bem como as pesquisas de público-alvo adquiridas em 2018, que estão na base de dados da empresa, juntamente com a análise SWOT para elaboração do plano, já que houve grande invest imento de tempo e recursos financeiros que não foram aproveitados na ocasião. 2. AO EXECUTAR A ANÁLISE SWOT, ESTAMOS REUNINDO AS INFORMAÇÕES COLETADAS PARA CHECAGEM DO NOSSO PRODUTO/EMPRESA PELA ÓTICA ESTRATÉGICA DOS NEGÓCIOS. DITO ISSO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) As fortalezas e as fraquezas de uma análise SWOT consideram a concorrência como foco da avaliação. B) As oportunidades são analisadas no item “O” da SWOT e estão relacionadas com as análises internas da empresa e do produto promovido. C) A realização da análise SWOT é resultado da profunda avaliação do ambiente interno e do produto/serviço promovido. D) A análise SWOT deve considerar uma análise combinada de macroambiente, microambiente e ambiente interno/produto, pois o cenário interno da empresa precisa ser comparado com o ambiente de negócios e com a concorrência. Dessa maneira, pontos fortes e fracos só podem ser analisados em situaçõesrelacionadas às oportunidades e às ameaças observadas no meio externo. E) A análise SWOT é a primeira etapa analít ica de um plano de market ing, pois é a part ir da análise SWOT que se determina quais serão as análises de ambiente externo que devem ser realizadas. GABARITO 1. Um dos principais desafios na preparação de um plano de marketing consistente é a análise clara do ambiente para a elaboração dos objetivos, do desenho do plano tát ico e das ações estratégicas. Para o lançamento de um novo produto para 2022, uma forma de analisarmos o cenário é: A alternat iva "C " está correta. Para a preparação de qualquer plano de market ing, é essencial que haja um estudo profundo e atualizado de macro e microambientes, público-alvo e concorrência, além da análise interna do produto e da própria empresa. Esse estudo só pode ser realizado com base em informações atuais e coletadas por fontes idôneas, sendo que, no contexto, destacam-se as pesquisas de mercado para suportar tais análises. 2. Ao executar a análise SWOT, estamos reunindo as informações coletadas para checagem do nosso produto/empresa pela ótica estratégica dos negócios. Dito isso, assinale a alternativa correta: A alternat iva "D " está correta. A análise SWOT t raz de forma gráfica simples a reunião das informações previamente coletadas do ambiente externo (macroambiente e microambiente – mercado, concorrência, público-alvo) e do ambiente interno (marca, departamentos, instalações, 4Ps do market ing). Essas informações possibilitam a detecção de forças e fraquezas da empresa (ou do produto) e as ameaças e as oportunidades, quando avaliadas de forma conjunta e sobreposta. MÓDULO 2 Identificar as melhores maneiras de se traçar objetivos de marketing em nutrição para um problema a ser solucionado e qual o papel do nutricionista no processo ETAPAS DE UM PLANO DE MARKETING EM NUTRIÇÃO Ainda sobre as etapas de um plano de market ing, começaremos detalhando a etapa “objet ivos de metas de market ing”. OBJETIVOS E METAS DE MARKETING A definição de objet ivos e metas de market ing em nutrição é a fase que marca efet ivamente o começo do planejamento estratégico orientado ao mercado, pois passa a definir, de forma clara, qual a finalidade da empresa, além de determinar onde e quando ela quer chegar. Essa atuação se dá por meio do estabelecimento de objet ivos e metas a serem buscadas pela empresa. Quando os responsáveis pelo planejamento estratégico fazem um trabalho minucioso de análise de micro e de macroambientes, art iculando todas essas informações ao SWOT e operando com o máximo de possibilidades, a empresa dispõe de um conhecimento acumulado de informações importantes a respeito de alguns elementos, como: PRÓPRIA EMPRESA FORNECEDORES E PARCEIROS CLIENTES E MERCADO EM QUE SE ENCONTRA CONCORRÊNCIA E AMBIENTE AO SEU REDOR A part ir desses pressupostos, surgem infinitas possibilidades diante da equipe de planejamento, gerando um turbilhão de art iculações nesse conjunto de interesses que podem ser estabelecidos. Se o momento de análise foi devidamente privilegiado, muitos problemas e oportunidades, certamente, surgirão desse processo e, portanto, precisam ser considerados. Para tanto, a equipe precisa levar em conta nesse momento do plano de market ing toda a integração dos pontos fortes e fracos da empresa, as oportunidades e as ameaças do mercado e os campos ambientais de influência que incidem, de forma crít ica, configurando as variáveis vitais para o sucesso dos objet ivos e das metas. Dentro desse contexto de análise e planejamento mercadológico, raras são as empresas e os negócios que optam pelo estabelecimento de um único objet ivo, até porque é muito complexo usar um único referencial para toda a organização. Quer-se dizer que: um plano de market ing em nutrição é desenvolvido quando existem problemas a serem solucionados ou objet ivos a serem alcançados no mercado. Muitas BUs (sigla em inglês que significa unidades de negócio) buscam um conjunto de objet ivos, incluindo, por exemplo: lucrat ividade, volume e crescimento das vendas, progresso na part icipação de mercado, retenção de riscos, inovação ou reputação. De fato, um objet ivo de market ing pode envolver quaisquer aspectos do ramo, como lançamento e relançamento (fortalecimento ou recuperação de imagem) de um produto, aumento de vendas e de market share, etc. Foto: Shutterstock.com Junto com essas variáveis, é fundamental considerar a análise de barreiras do mercado em questão, juntamente com a capacidade da empresa em conseguir superá- las, não deixando de lado o chamado core business, ou seja, a própria razão de ser da empresa (missão e valores), além do escopo que orienta todo o negócio. Uma mult inacional do mercado de lácteos que deseja expandir de forma robusta seu port fólio de iogurtes, por exemplo, pode até tentar empreender at ravés de diversas frentes, mas não deve se esquecer do estabelecimento de conexões sinérgicas essenciais, como: Planejamento de produção da fábrica (considerando toda a produção atual). Planejamento de novos produtos (todo o t ime de pesquisa e desenvolvimento, t ime do Serviço de Atendimento ao Consumidor - SAC, t ime da cozinha experimental, etc.). Planejamento financeiro (considerando o atual e o novo port fólio a ser desenvolvido). Planejamento de recursos humanos (equipe suficiente para lançar os novos produtos no tempo determinado). Planejamento de vendas (ponderar mercado e port fólio atuais para estabelecer o crescimento). ATENÇÃO Não é incomum que, em algumas situações, os planejamentos tornem-se conflitantes, suscitando problemas sérios de relacionamento e de disputa de poder entre os diferentes setores da organização. Um ponto essencial no estabelecimento dos objet ivos é lembrar que nenhum setor de uma organização se sustenta sozinho. Da mesma forma que a part icipação das demais áreas de uma empresa para apoiar na coleta das informações externas e internas é fundamental, aplicar esse conceito de sinergia entre os departamentos torna-se fator-chave para o sucesso. Faz-se necessário, portanto, o estabelecimento de um objet ivo geral, que, por sua vez, poderá ser desdobrado em objet ivos específicos para cada área envolvida. Por exemplo: OBJETIVO GERAL OBJETIVOS ESPECÍFICOS (DERIVADOS DO OBJETIVO GERAL) OBJETIVO GERAL Expandir as at ividades da empresa com incremento da part icipação do mercado de fórmulas infant is. OBJETIVOS ESPECÍFICOS (DERIVADOS DO OBJETIVO GERAL) Melhorar a produt ividade das fórmulas infant is X, Y e Z (setor de produção); incrementar as receitas de venda nos grandes dist ribuidores e farmácias (setor de vendas); aperfeiçoar o relacionamento com os fornecedores de matéria-prima para proteína do soro do leite e mix de vitaminas e minerais (setor de compras); melhorar a imagem inst itucional (setor de relações públicas), etc. Em busca de um resultado relat ivamente pleno e sem equívocos, o objetivo do plano de marketing pode ser encarado como o conjunto de valores finais a serem obtidos ao longo e ao final de determinado período de planejamento, execução e controle. Uma vez que ocorre o estabelecimento dos objet ivos, é possível realizar a administ ração. Para que esse sistema funcione, os objet ivos previamente determinados precisam ser organizados de forma hierárquica (do mais para o menos importante), o mais quant itat ivo possível, reduzindo interpretações subjet ivas, realistas e consistentes com o negócio e com o mercado a ser t rabalhado. Algumas outras escolhas importantes a se considerar incluem: Lucro em curto prazo versus lucro em longo prazo. Maior penetração nos mercados atuais ou desenvolvimento de mercados novos. Metas com ou sem lucros e baixo risco versus alto crescimento. Atenção! Para visualização completa da tabela ut ilize a rolagem horizontal Toda escolha realizada requer uma estratégia de market ing diferente. Cabe à equipe mult idepartamentalapresentar todos os objet ivos em uma ordem sat isfatória, de forma que se propicie seu devido cumprimento. Além da premissa anterior, não se aconselha a elaboração de objet ivos que concorram entre si, pois isso pode causar um verdadeiro conflito de decisões estratégicas. Exemplo: ampliar a part icipação do mercado com o iogurte funcional e aumentar expressivamente o percentual de lucrat ividade com o mesmo iogurte. Outro exemplo seria acelerar o crescimento do negócio e buscar mercados de baixo risco – que, muitas vezes, possuem baixo potencial de crescimento – ao mesmo tempo. Não podemos deixar de reforçar que balizar o estabelecimento dos objet ivos, fundado na síntese das análises, diminui a margem de erro em termos de magnitude, tanto para mais como para menos. As metas compõem-se na quant ificação dos objet ivos: aquilo que se ambiciona conseguir em termos de tempo, valor e volume. Essa definição quant itat iva é essencial, porque pode ser desdobrada em metas setoriais específicas, além de permit ir a aferição periódica dos resultados parciais obt idos. As metas devem ser as mais realistas possíveis, sem subest imar a capacidade dos concorrentes e sem superest imar o potencial de negócios da empresa. Foto: Shutterstock.com EXEMPLOS: Aumentar para 42% o market share do Nutri Fitness em 9 meses. Lançar uma nova bebida em tetra pak no mercado vegano para alcançar um volume de vendas de pelo menos R$550 mil em 6 meses. Consolidar a liderança dos produtos focados para UTI no mercado hospitalar, com market share acima de 65%. MARKET SHARE O quanto uma empresa part icipa em relação a vendas de determinado produto. javascript:void(0) Conforme observamos acima, a definição de metas a serem alcançadas no final de um período possibilita o estabelecimento de metas intermediárias, que deverão servir de parâmetro para a avaliação constante da evolução dos resultados das estratégias e ações previstas no planejamento. Imagem: Shutterstock.com EXEMPLO: Alcançar 35% de market share do Nutri Fitness no primeiro semestre, chegando no terceiro t rimestre com 42%. Tal monitoramento permite à empresa efet ivar os devidos ajustes de rota necessários ao longo do tempo. Vejamos o fluxograma de definição das estratégias: UM EXEMPLO PRÁTICO DE UMA EMPRESA DO RAMO ALIMENTÍCIO COM BASE NAS METAS DE MARKETING O especialista Danilo Prazeres Cunha abordará um exemplo prát ico de uma empresa do ramo aliment ício com base nas metas de market ing. Vale ressaltar aqui uma questão que será melhor abordada no próximo módulo: o alinhamento de objet ivos e metas com as estratégias gerais de market ing da empresa. Uma empresa pode perseguir alguns pressupostos para o pensamento estratégico e os objet ivos desenhados precisam estar em linha com tais pressupostos. Se a empresa em questão tem como estratégia a diferenciação – por exemplo, ser reconhecida no mercado como uma empresa de produtos premium, elaborados com matéria-prima de qualidade diferenciada e eficácia comprovada –, os objet ivos mais importantes precisam estar alinhados com o direcionamento da empresa. PAPEL DO NUTRICIONISTA NO ESTABELECIMENTO DOS OBJETIVOS Como observamos até o momento, todo o conhecimento prévio do nutricionista é fundamental no estabelecimento de objetivos dentro de um plano de marketing em nutrição. O conhecimento das patologias, o papel dos nutrientes no corpo humano, a evolução das doenças crônicas não t ransmissíveis junto à população, bem como os comportamentos e as tendências da sociedade em sua relação com os alimentos auxiliam nas avaliações prévias de cenário e no conhecimento de mercado. Podem, inclusive, ajudar a companhia a estabelecer alguns drivers (caminhos) que podem ser seguidos quando se desenha ou se lança um novo produto para o mercado, ou ainda, quando se reposiciona um já existente. ATENÇÃO Todo o conhecimento técnico-cient ífico, aliado ao conhecimento em saúde pública e sociedade em geral, é um grande apoio para a discussão e o estabelecimento desses objet ivos em empresas que atuem com nutrição e alimentação, direta ou indiretamente. OBJETIVOS E METAS NO UNIVERSO DIGITAL É evidente que as tecnologias digitais estão cada vez mais inseridas em todas as áreas da vida humana moderna (pessoal, social, profissional), impactando a sociedade, a cultura e o modo como estamos vivendo e interagindo com o mundo. As tecnologias digitais penetram cada vez mais as ações humanas, em que o digital passa a ter cada vez mais influência no market ing, o que reflete nos objet ivos e metas de qualquer empresa atualmente. Estamos em uma fase na qual a experiência e a interat ividade são prioritárias para o sucesso das estratégias de market ing que veremos a seguir. Portanto, não apenas as grandes empresas precisam se preocupar em melhorar/aumentar a presença digital; as pequenas também precisam se atualizar e acompanhar as tendências mundiais de experiência do consumidor at relada à tecnologia. A mensuração é um dos principais componentes de qualquer estratégia, tanto para abalizar as ações quanto para aferir resultados. Dessa forma, quanto melhor o processo de mensuração, melhor é o desenvolvimento claro de objet ivos e metas de um plano de market ing em nutrição. Uma das modificações principais no market ing por conta da int rodução das tecnologias digitais se pauta na facilidade de medições que o ambiente digital proporciona. Para as mídias analógicas t radicionais (revistas, jornais, rádio, TV, etc.), são necessárias metodologias externas para observação e acompanhamento dos resultados (pesquisas de mercado, códigos promocionais nos produtos, etc.). No mundo digital, o rastreamento dos acessos, a observação dos resultados e o comportamento do usuário são processos nat ivos, ou seja: são naturais e fazem parte do mundo digital. Dessa forma, não são necessárias metodologias externas para a coleta e a interpretação dos dados, pois o universo digital é totalmente pautado em métricas passíveis de análise. Com base nessas informações, os objet ivos referentes ao plano de market ing em nutrição podem incluir a esfera digital, uma vez que os objet ivos digitais podem ser claramente pautados em objet ivos “clássicos”, os quais relacionem crescimento nas vendas, inovação, melhoria de reputação. Imagem: Shutterstock.com EXEMPLO: Aumentar o percentual de vendas no ambiente digital para 25% do total das vendas dos cereais mat inais em 3 meses. Lançar um novo sabor do produto Nutri Fitness somente at ravés das mídias digitais para alcançar um volume de vendas de R$480 mil em 12 meses. Com os objet ivos e metas determinados, finaliza-se a fase de avaliação estratégica do plano de market ing em nutrição. É fundamental salientar que, para cada objet ivo ou meta em relação a um público-alvo específico, é necessário desenvolver ações estratégicas também específicas. A próxima fase é o desenvolvimento das estratégias de market ing. VEM QUE EU TE EXPLICO Objet ivos e metas de market ing Objet ivos e metas de market ing Objet ivos e metas no universo digital Objet ivos e metas no universo digital VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. O DESENVOLVIMENTO DE UM PLANO DE MARKETING OCORRE QUANDO HÁ UMA SITUAÇÃO A SER RESOLVIDA OU UM OBJETIVO A SER OBTIDO NO MERCADO COM DETERMINADO PRODUTO OU MARCA. ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA SOBRE O DESENVOLVIMENTO DE OBJETIVOS E DE METAS DE MARKETING: A) Via de regra, os objet ivos de market ing precisam considerar a análise SWOT e o público-alvo que foram estudados e estabelecidos nas etapas anteriores do plano de market ing. Tais objet ivos sempre precisam ser quant ificáveis no tempo. B) “Crescimento da marca” é um objet ivo claro definido para um plano de market ing. C) Os objet ivos e metas de market ing fazem parte da primeira etapa de elaboração de um plano de market ing. A part ir dos objet ivos e metas, estabelece-se quais serão as análises de ambiente interno e externo que deverão ser realizadas parasuportar os objet ivos já definidos. D) A elaboração de objet ivos e metas de market ing se dá logo ao final do plano de market ing anterior, pois parte-se da premissa daquilo que não foi conquistado ao final de um período e que precisa ser retomado no período seguinte. E) O desenvolvimento de objet ivos e metas de market ing independe da avaliação de competências da empresa e dos cenários observados na análise SWOT, e precisam ser definidos o quanto antes. 2. SABEMOS QUE A INFLUÊNCIA DO MUNDO DIGITAL NAS EMPRESAS E NAS MARCAS É ALGO CADA VEZ MAIS TANGÍVEL E CONSISTENTE. PORTANTO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA SOBRE OBJETIVOS E METAS NO UNIVERSO DIGITAL: A) Ter objet ivos e metas para o universo digital de uma grande empresa é algo totalmente opcional e que não vai t razer nenhuma influência no plano de market ing da empresa/marca. B) É totalmente possível desenvolver objet ivos e metas de market ing voltados ao mundo digital, pois ele faz parte do plano de market ing de uma marca ou de um produto. C) O mundo digital possui uma dinâmica de mensuração de resultados altamente part icular, o que faz com que sejam sempre necessárias buscas externas de informação através de pesquisas digitais lideradas por terceiros. D) A interat ividade e a experiência do usuário em plataformas digitais são informações irrelevantes para o possível estabelecimento de objet ivos e metas dentro do universo digital. E) A preocupação de haver a part icipação dentro do universo digital se restringe a grandes empresas, com um port fólio mais robusto de produtos e serviços. GABARITO 1. O desenvolvimento de um plano de marketing ocorre quando há uma situação a ser resolvida ou um objetivo a ser obtido no mercado com determinado produto ou marca. Assinale a alternativa correta sobre o desenvolvimento de objetivos e de metas de marketing: A alternat iva "A " está correta. Um objet ivo de market ing pode endereçar quaisquer aspectos do market ing, que podem incluir lançamento de produto, recuperação de imagem, aumento de market share, aumento das vendas, etc. Para que isso ocorra, é necessário que sejam considerados os pontos levantados na análise SWOT, juntamente com o público-alvo previamente pesquisado e estudado. Todos os objet ivos devem possuir metas quant ificáveis no tempo, como: “aumentar para pelo menos 35% o market share do produto X em 6 meses, alcançando a vice- liderança do mercado”. 2. Sabemos que a influência do mundo digital nas empresas e nas marcas é algo cada vez mais tangível e consistente. Portanto, assinale a alternativa correta sobre objetivos e metas no universo digital: A alternat iva "B " está correta. Frente à grande t ransformação digital que estamos vivenciando atualmente, considerar objet ivos e metas de market ing focados para o universo digital se faz cada vez mais importante e necessário, já que os consumidores buscam at ivamente as marcas dentro das plataformas digitais. A pandemia e a evolução das plataformas digitais t rouxeram uma verdadeira democrat ização do universo digital, em que, tanto as pequenas quanto as grandes empresas, têm conseguido se posicionar e coletar dados dos seus consumidores potenciais nesse universo. MÓDULO 3 Descrever as formas de elaboração dos planos de marketing em nutrição para alcançar os objetivos determinados ETAPAS DE UM PLANO DE MARKETING EM NUTRIÇÃO Neste terceiro módulo, ainda detalharemos as demais etapas de um plano de market ing, as quais foram citadas no módulo 1: “Estratégias de market ing”, “Planos de ação tát ico-operacionais”, “Orçamento (budget) e cronogramas” e “Avaliação e controle”. ESTRATÉGIAS DE MARKETING Enquanto as metas indicam o que a empresa deseja conseguir, a estratégia é o plano de ação para alcançar esse objet ivo. Para que se possa at ingir as metas, todo e qualquer negócio necessita elaborar uma estratégia, que é denominada “estratégia de market ing”, assim como uma estratégia de tecnologia, por exemplo, ou uma estratégia de busca por fornecedores de matérias-primas compat íveis. Estratégias genéricas de marketing Vale ressaltar que a empresa em questão pode perseguir algumas premissas para o pensamento estratégico, ou seja, é possível que haja objet ivos mais amplos – podemos chamar aqui de “estratégias genéricas da empresa” – para a companhia. Objet ivos esses que precisam estar em consonância com o plano de market ing em nutrição elaborado. Imagem: Shutterstock.com EXEMPLO A empresa pode buscar como foco a liderança total do mercado através dos custos. Nesse caso, a empresa t rabalha para at ingir os menores custos possíveis de produção e dist ribuição, de maneira que possa prat icar preços inferiores da concorrência e conquistar market share. Na verdade, essa empresa não precisa ser boa em market ing, pois o foco é o preço baixo. O grande problema é que outras organizações também buscam a redução de custos e podem afetar profundamente as empresas que apostaram todo seu futuro somente nos custos mais baixos. Existem diversos exemplos no mercado de alimentos, onde algumas empresas sempre prat icam um preço inferior aos similares do mercado, buscando essa similaridade inclusive no t ipo embalagem, nas cores e na disposição do rótulo, nos sabores e na indicação de consumo. Outro objetivo mais amplo da empresa é a diferenciação: o drive (direcionamento) da empresa pode se concentrar no alcance do maior desempenho em um campo importante para os clientes, valorizada por uma grande parcela do mercado. Vamos manter aqui o exemplo da mult inacional de iogurtes: se o objet ivo da empresa é ser reconhecida como a linha de iogurtes com melhor sabor, melhor apresentação ou maior eficácia comprovada, a estratégia de market ing para os iogurtes funcionais precisará reflet ir esse ponto de diferenciação. Ou seja: será preciso t razer no plano estratégico esse posicionamento de diferenciação frente aos concorrentes, como valorizar e demonstrar junto aos consumidores toda a eficácia dos lactobacilos ou das bifidobactérias do iogurte, at ravés da sobrevivência em meio ácido do estômago e comprovação na regularização da função intest inal. ATENÇÃO Outra estratégia mais genérica que pode ser almejada por uma empresa é o foco. O negócio concentra-se em um ou mais segmentos do mercado, conhece-os a fundo e busca a liderança em diferenciação ou custo no segmento alvo. Um bom exemplo que temos para foco é a empresa Yakult , com mais de 80 anos no mercado brasileiro, cujo foco se concentra na promoção do leite fermentado de mesmo nome, sendo reconhecido como sinônimo de categoria. Sua estratégia ao longo dos últ imos anos sempre foi o maior foco no leite fermentado – apesar de ter outros produtos na linha com e sem lactobacilos, como é o caso do Sofyl, que possui os mesmos lactobacilos do leite fermentado, e de produtos, como Taffman-EX, sucos de soja Tonyu e suco de maçã, que são isentos de lactobacilos. Estratégias do plano de marketing em nutrição Com as estratégias mais genéricas em mente, é a part ir deste ponto do plano de market ing em nutrição que são t raçadas as estratégias com os chamados 4Ps do marketing (produto, preço, praça e promoção). O objet ivo, neste momento, é atender aos objet ivos de market ing pré-determinados na etapa anterior. Dessa maneira, o plano precisa apresentar em detalhes os 4Ps indicados como estratégia. É preciso agora relatar as mudanças e os ajustes dentro dos 4Ps que foram descritos na análise do ambiente interno/produto. Assim, alguns modelos de ações estratégicas dentro dos 4Ps podem incluir modificações no mix de produtos, criação de novos produtos, alteração de praça e o que será feito na comunicação. Os 4Ps precisam ser analisados separadamente: Imagem: Shutterstock.com PRODUTO Estabelecer modificações e novidades que precisam de implementação em relação ao produto ou à linha de produtos (mix: lançamento de novos sabores, embalagens e tamanhos, característ icas de produtos, etc.).Imagem: Shutterstock.com PREÇO Estabelecer tudo o que for alterado e as inovações que devem ser prat icadas referentes ao preço (reformulação de preço – aumento ou rebaixa, formas de pagamento – em e-commerce, sites parceiros ou marketplaces, descontos em packs promocionais, entre outros). MARKETPLACE Plataforma de compra e venda de produtos. javascript:void(0) Imagem: Shutterstock.com PRAÇA Determinar tudo o que for modificado e as inovações que devem ser implementadas referentes à praça (criação/expansão/alteração de pontos de venda, expansão para outras cidades/localidades, estruturação ou reformulação do e-commerce, logíst ica, inclusão e remoção de canais, etc.). Imagem: Shutterstock.com PROMOÇÃO Determinar modificações e novidades que precisam ser implementadas em relação à comunicação. É preciso avaliar cada item do conjunto de comunicação, definindo como deve ser t rabalhado ou modificado: comunicação junto ao consumidor ou junto ao shopper, pacientes ou cuidadores, propagandas em mídias de massa ou mídias digitais, promoção de vendas, etc. UM EXEMPLO PRÁTICO DE UMA EMPRESA DO RAMO ALIMENTÍCIO COM BASE NAS ESTRATÉGIAS DO MARKETING (4PS) O especialista Danilo Prazeres Cunha abordará um exemplo prát ico de uma empresa do ramo aliment ício com base nas estratégias do market ing (4Ps). Presença digital Vale ressaltar nesse momento que a presença digital junto à estratégia de market ing em tempos atuais se torna uma condição prat icamente obrigatória para a sobrevivência das marcas e das companhias. A velocidade com que o consumidor está assumindo o controle da jornada de compra está desafiando profundamente o status quo dos negócios. A t ransformação relat ivamente rápida e cont ínua segue como a maior tendência que qualquer setor está enfrentando neste momento, ainda mais acelerada pela pandemia mundial ocasionada pelo Coronavírus. Atualmente, os consumidores/clientes exigem uma experiência cada vez mais conectada, contínua, transparente e relevante junto às marcas consumidas. O market ing dentro do ambiente digital coloca a empresa nos mesmos canais onde se encontram os clientes comuns e os clientes potenciais. Dessa maneira, as companhias podem ser vistas por diferentes formas no ambiente digital, onde os consumidores podem aprender mais sobre a empresa, consultar informações sobre os produtos (ou serviços), comprar ou receber atendimento e realizar elogios ou reclamações. Hoje, a jornada de compra do cliente tem absolutas condições de ser 100% realizada através dos canais digitais. ATENÇÃO A int rodução dos canais digitais na dist ribuição dos produtos ou serviços impacta sensivelmente o P de praça, abrindo grandes possibilidades, como é o caso da comercialização e das transações – como o site do produto ou o portal da empresa, o já citado e-commerce, e ainda, os e-marketplaces, as mídias sociais e os aplicat ivos de mensagens. Ao abordarmos o P de promoção, entende-se que, hoje, por conta do ambiente digital, é uma das at ividades mais complexas do composto do market ing, tanto por conta da fragmentação da comunicação quanto pela fragmentação das preferências das pessoas em termos de mídia. De fato, surgiram — e cont inuam a surgir — novas plataformas e canais de comunicação, o que torna mais complexa a tarefa de impactar o público-alvo, que, muitas vezes, pode não estar presente somente em uma plataforma. Ou seja: sabemos que o ambiente digital acomoda diversas novas plataformas para o desenvolvimento das estratégias de market ing, como é o caso das mídias sociais, dos sites de busca (de forma paga ou orgânica), dos displays/banners digitais em sites parceiros (ex.: caso de um banner de cereais infant is em uma página de farmácia), etc. O grande desafio é saber como t rabalhar com os diferentes t ipos de mídia de acordo com o público-alvo e com os objet ivos de market ing. O mesmo conteúdo, via de regra, não deveria abastecer uma mídia social voltada para o contato profissional e uma mídia que possui como foco a produção de vídeos curtos, por exemplo. Estar presente em todos os t ipos de mídias digitais não significa replicar o mesmo conteúdo naquelas já existentes. Conhecer qual a melhor forma de interação com o público nas diferentes mídias sociais é fundamental para maior conexão com o público-alvo presente e consumidor desse t ipo de conteúdo. Isso porque estamos t ratando de plataformas com públicos, t ipos de comunicação e objet ivos de plataformas diferentes. PLANOS DE AÇÃO TÁTICO-OPERACIONAIS Neste momento do plano de market ing, são determinados os planos de ação ou a forma como a estratégia elaborada será implementada. Note que grandes estratégias de marketing podem ser literalmente arruinadas por uma implementação ruim. Por exemplo: se uma empresa decide alcançar a diferenciação dentro do mercado de iogurtes funcionais, ela deve fortalecer seu departamento de pesquisa e desenvolvimento (P&D), juntamente com o departamento cient ífico, a fim de reunir informações robustas e atualizadas sobre a temát ica (como: microbiota, ingredientes prebiót icos, lactobacilos e bifidobactérias), além de desenvolver produtos de ponta, t reinar sua força de vendas com excelência e comunicar adequadamente ao público consumidor sobre sua liderança e robustez dentro desse mercado. Para cada atuação relacionada nas estratégias dos 4Ps (definidas na etapa anterior), deve-se ter um plano que decida como será a sua implementação. Por exemplo: se um item da estratégia do P do produto é o desenvolvimento de um novo sorvete que será lançado no segundo semestre do ano com menos açúcar e mais proteínas, o plano de ação para essa estratégia deve determinar os passos operacionais necessários para que haja a criação desse novo sorvete. Abaixo, seguem alguns passos, como: De onde virá a receita do sorvete? Será um desenvolvimento da própria empresa ou haverá a contratação de um terceiro para esse desenvolvimento? Qual a est imat iva de tempo para desenvolvimento desse novo produto? O t ime do Serviço de Atendimento ao Consumidor e a cozinha experimental terão papel no desenvolvimento desse sorvete? Quais serão as matérias-primas necessárias para aquisição após a elaboração e teste desse sorvete? Essas matérias-primas já fazem parte do rol de fornecedores da empresa? A marca será uma variante das marcas de sorvete já consagradas pela empresa ou será uma marca totalmente nova e diferente dos demais produtos vendidos? Quais os custos est imados para cada etapa citada? Todas as questões tát ico-operacionais deverão ser planejadas nesta etapa do plano de market ing e devem contar com a intensa part icipação da equipe mult ifuncional da empresa, já que diversos itens não são de responsabilidade do gestor de market ing. Os tempos e os momentos operacionais, dependendo do plano de ação determinado, contarão com a part icipação extensa de outras áreas da companhia, como é o caso de pesquisa e desenvolvimento, finanças, compras, qualidade, regulatórios, etc. Para facilitar o processo, o plano de ação para cada estratégia elaborada deve responder aos seguintes quest ionamentos: Imagem: Shutterstock.com O que precisa ser realizado para a execução da estratégia? Quando deve ser realizado? Quem deverá fazer? Quais são os custos diretos e indiretos envolvidos? ATENÇÃO Em função do desenvolvimento detalhado do plano de ação, pode-se constatar que existem etapas que não poderão ser devidamente executadas por limitações orçamentárias ou de prazo, recursos disponíveis, etc. Quando isso ocorre, é preciso retornar para a etapa de determinação das estratégias e modificá- las de forma a conciliar os objet ivos de market ing com as limitações reais do plano. Com base no exemplo do sorvete com menos açúcar e mais proteínas, durante o desenvolvimento dos planos, podem ocorrer limitações de prazo de desenvolvimento/dificuldades de aquisição de matéria-prima. Portanto, seránecessária a revisão da estratégia, com uma possível flexibilização do t ipo de produto a ser desenvolvido ou o tempo em que isso deve ocorrer. ORÇAMENTO (BUDGET) E CRONOGRAMAS Neste estágio, são realizados os gráficos/planilhas de alocação dos planos de ação estruturados no estágio anterior, de forma cronológica, f ísica e financeira. A fim de que esta etapa seja devidamente realizada, é fundamental que haja uma pesquisa/realização de orçamentos, de forma que a alocação dos recursos previstos seja a mais assert iva possível. Por isso, o t rabalho integrado do t ime mult ifuncional para a elaboração do plano de market ing é decisivo para o sucesso do plano. Caso a previsão de custos de uma ação do plano tát ico- operacional seja mal elaborada, a ação poderá ser compromet ida somente no momento que for implementada, o que pode gerar ret rabalho, busca por outros fornecedores, cancelamento ou atraso do plano de ação e desvio dos objet ivos e metas planejados. Como citado anteriormente, conforme a alocação de recursos/finanças ao longo do tempo são devidamente visualizadas, pode ser mandatório voltar e rever as estratégias ou os planos de ação. Por exemplo, caso se verifique que a quant idade de recursos alocada em determinada etapa do cronograma seja maior que a disponibilidade da empresa/unidade de negócios para o período no qual o plano de market ing está sendo elaborado, será necessária uma readequação, a fim de alocar os recursos necessários ou conseguir recursos suficientes para manter o plano em curso. Colocando o modelo acima em prát ica, vamos considerar o exemplo de se expandir a área de atuação da mult inacional de iogurtes para o Nordeste do Brasil. Caso a est imat iva para cobrir a operação de todo a região seja muito mais alta do que o inicialmente previsto, poderá ser necessária a implementação da chegada nesse território em um número menor de estados, como aqueles com maior potencial de mercado consumidor, por exemplo, ou aqueles com uma malha rodoviária mais acessível, ou ainda, aqueles estados mais próximos da fábrica produtora de iogurtes. Portanto, após a elaboração do cronograma físico-financeiro, é fundamental que haja nova avaliação acerca de ser ou não viável a aplicação. AVALIAÇÃO E CONTROLE Todas as at ividades de um plano de market ing precisam estar aptas para clara mensuração através de indicadores que permitam a avaliação e o controle para, então, possibilitar futuros ajustes. Os chamados “indicadores-chave de desempenho/performance”, conhecidos pela sigla em inglês KPIs (Key Performance Indicators) , devem ser pré-estabelecidos antes da implementação do plano de market ing, e medidos durante toda a sua evolução. Isso para que, após toda a implementação do plano, sejam analisados com a finalidade de controle e avaliação de desempenho das estratégias do plano de market ing executado. Ao elaborarmos KPIs, é importante saber a sua diferença com relação às métricas. Uma métrica é algo que você pode contar, como número de vendas, downloads, etc.; é apenas um número, em que cada um interpretará de uma forma. Já um indicador-chave de desempenho (KPI) contém dados que podem ser quant ificados, que o ajudam a enxergar e medir o sucesso. Geralmente, os KPIs são resultantes do cruzamento de uma ou mais métricas com uma meta de tempo. Um exemplo de KPI é a taxa de conversão dos e-mails market ing para o público-alvo de dist ribuidores potenciais de iogurtes funcionais, at ravés da taxa de abertura de ≥ 20% e da taxa de cliques para a página da empresa ≥ a 2%. Imagem: Shutterstock.com Todas as análises que são resultado do controle do plano de market ing (o que foi certeiro, o que deu errado, o que pode ser aperfeiçoado, o que foi superado) devem ser devidamente regist radas na etapa, para que esses outputs (resultados) orientem planos futuros sobre produto, marca ou serviço, realizando-se obviamente os ajustes necessários. Um ponto relevante nesse caso é que alguns resultados esperados, como consciência da marca mais difundida/lançada, imagem da marca intensificada, maior fidelidade do cliente, podem levar alguns meses ou até mesmo anos para se manifestar de forma mais consistente. Dessa forma, algumas empresas ut ilizam métricas de market ing (resultados de curto prazo ou mensurações como consciência e comportamento dos clientes), painéis (indicadores de tempo real, como análise de desempenho em relação ao atendimento aos clientes) e várias análises para avaliar o desempenho ao longo do tempo. Uma das análises mais relevantes do plano de marketing é a análise da lucratividade: avaliar a rentabilidade de produtos, territórios, grupos de clientes, segmentos e canais de vendas, acaba auxiliando as companhias a determinarem se algo precisa ser eliminado ou modificado durante o curso do plano de marketing. Vale reforçar que a questão da lucrat ividade possui forte relação com o ciclo de vida do produto: Um produto em franco lançamento que ainda não foi devidamente adotado pelos consumidores pode t razer lucros negat ivos ou baixos. Em contrapart ida, caso o produto se encontre na etapa de crescimento, observa-se um rápido aumento de vendas, muitas vezes, de forma mais rápida do que os custos e, assim, observa-se um lucro crescente. Na maturidade, um produto tem seu índice de crescimento de vendas lent ificado, o que resulta em uma estabilização da lucrat ividade. Por fim, o estágio de declínio, em que as vendas e a lucrat ividade são reduzidas por conta da intensificação da concorrência, avanços tecnológicos ou até mesmo mudanças no gosto do consumidor. Atualmente, muitas empresas ut ilizam análises de lucrat ividade de market ing para quant ificar a sua verdadeira lucrat ividade. Dessa forma, os gestores podem reduzir os recursos adquiridos para a realização de diversas at ividades, torná- los mais produt ivos, adquiri- los a um custo inferior ou aumentar os preços de produtos que gastam enorme volume de recursos. VEM QUE EU TE EXPLICO Planos de ação tát ico-operacionais Planos de ação tát ico-operacionais Avaliação e controle Avaliação e controle VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. A ETAPA DE ORÇAMENTO E CRONOGRAMAS É FUNDAMENTAL PARA MELHOR VISUALIZAÇÃO A RESPEITO DOS INVESTIMENTOS PARA UM PLANO DE MARKETING. SOBRE ESSE TEMA, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) A parte de orçamentos e cronogramas pode ser realizada de forma não realista, considerando-se somente est imat ivas rasas de custos para se ter somente uma ideia de gastos e implementação do plano de market ing. B) Neste estágio do plano, pode-se considerar somente os gastos finais de cada ação, desconsiderando-se os recursos que serão consumidos ao longo do tempo. C) A alocação dos recursos, bem como a verificação da quant idade de recursos necessária para a implementação das etapas do plano podem sinalizar a necessidade de reavaliação de etapas do plano devido à falta de recursos ou busca por alternat ivas para conseguir invest imentos suficientes para sustentar o plano em curso. D) Caso haja limitação do ponto de vista financeiro para execução do plano, o cronograma deverá ser executado da mesma forma, sendo que a busca por mais recursos deverá ser realizada ao longo do desenvolvimento do plano. E) Não há a obrigação de se t rabalhar de forma cronológica ou financeira, pois sabe-se que o plano de market ing precisa ser prioritário dentro da organização e tudo deverá ser executado de forma planejada. 2. UMA EMPRESA X PODE BUSCAR ALGUMAS PREMISSAS GERAIS PARA SUA ESTRATÉGIA, ISTO É, OBJETIVOS MAIS AMPLOS (AS CHAMADAS ESTRATÉGIAS GENÉRICAS DA EMPRESA), QUE PRECISAM ESTAR EM CONFORMIDADE COM O PLANO DE MARKETING A SER DESENVOLVIDO. DITO ISSO, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE APRESENTA CONCEITOS DE ESTRATÉGIAS GENÉRICAS: A) Uma empresa pode ter como estratégia genérica a diferenciação através dos custos. Nesse caso, as empresas t rabalham para se diferenciar no mercado através dos menores custos possíveis, que resulta
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