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RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS RECUPERAÇÃO DE SOLOS Técnicas e Estabilização de encostas Prof. Renato Yochio EROSÃO A erosão superficial pode ser controlada ou evitada observando alguns princípios básicos; Tais princípios são universalmente aplicáveis; Pode ser observado independente das estratégias utilizadas; São baseados no bom senso; São mais eficientes quando aplicados em conjunto. UGB – Processos de Recuperação do Solo Princípios de Controle Os 10 Princípios Básicos de Controle da Erosão (Goldman et, al. 1986) 1. Ajuste o plano de desenvolvimento ao local. Evite trabalhos de movimentação do solo e terraplanagem em áreas com tendência à erosão; 2. Instale equipamentos de condução hidráulica para lidar com o aumento do runoff; 3. Mantenha baixa a velocidade de escoamento superficial; 4. Desvie o runoff para fora das encostas íngremes e áreas desprotegidas construindo bermas e drenos de inteceptação; 5. Aproveite a vegetação nativa do local sempre que possível; UGB – Processos de Recuperação do Solo Princípios de Controle EROSÃO Os 10 Princípios Básicos de Controle da Erosão (Goldman et, al. 1986) 6. Se a vegetação deve ser removida, limpe o local aos poucos, dividindo a área em parcelas. Limite a duração de exposição; 7. Proteja áreas limpas com mulches e coberturas vegetais de herbáceas temporárias de rápido crescimento; 8. Construa bacias de sedimentação para evitar que o solo erodido deixe o local; 9. Instale as medidas de controle tão cedo quanto possível; 10. Inspecione e faça manutenção das medidas de controle; UGB – Processos de Recuperação do Solo Princípios de Controle EROSÃO UGB – Processos de Recuperação do Solo Princípios de Controle EROSÃO Outros Fatores importantes • Utilização de forrageiras e/ou leguminosas em processos de erosão laminar; • Adubação orgânica para retenção de água; • Uso de plantações associadas; • Controle de queimadas; • Uso de Cortinas-verdes para diminuir a erosão eólica e reter água; • Uso de cordões vivos; UGB – Processos de Recuperação do Solo Princípios de Controle EROSÃO Tipos de Encosta UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Natureza dos Movimentos das Massas • Tipo do Movimento • Rastejamento ( creep ou reptação); • Solifluxão; • Fluxos de terra ou de lama; • Avalanche; • Deslizamentos e desmoronamentos; • Tipo do Material • Consolidado • Incosolidado UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Tipo do Movimento • Rastejamento ( creep ou reptação); • Solifluxão; • Fluxos de terra ou de lama; • Avalanche; • Deslizamentos e desmoronamentos; • Quedas e Solapamentos UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Tipo do Movimento Rastejamento ( creep ou reptação); Deslocamento das partículas, de forma lenta e imperceptível, dos vários horizontes do solo UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO RASTEJOS: TRINCAS E ABATIMENTOS – INDÍCIOS INDIRETOS UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO IPT, 1991 Tipo do Movimento Fluxos de terra ou de lama; Movimentos do regolito muito similares à solifluxão, diferindo destas por serem rápidos e atingirem maiores dimensões. Avalanche; Fluxo coletivo do regolito mais rápido que se conhece, envolvendo gelo e neve UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO ESCORREGAMENTOS PLANARES DE SOLO UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO IP T, 1 9 9 1 UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO IP T, 1 9 9 1 ROLAMENTO DE MATACÃO UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas IPT, 1991 Tipo do Movimento Deslizamentos e desmoronamentos; Deslocamento de massa do regolito sobre o embasamento saturado de água. UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Deslizamento Desmoronamento DESMORONAMENTOS CIRCULARES/ROTACIONAIS UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas IPT, 1991 EROSÃO UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas Tipo do Movimento Quedas e Solapamentos; Deslocamento de massa associado a ação de dois agentes erosivos: ÁGUA X GRAVIDADE VENTO X GRAVIDADE QUEDAS UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas IPT, 1991 EROSÃO Causas da Ruptura nas Encostas Aumento na tensão do cisalhamento • Encosta sobrecarregada (estruturas e preenchimentos no topo); • Remoção do apoio lateral ( cortes e escavações); • Mudanças rápidas no nível de água adjacente a encosta; • Aumento na tensão lateral (rachaduras e fissuras preenchidas pela água); • Terremotos Cisalhamento: Deformação de uma rocha, com ou sem fratura, resultante da atuação de tensões tangenciais Ruptura parcial de um membro, decorrente da quebra da tensão superficial do mesmo; UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Causas da Ruptura nas Encostas Diminuição na resistência ao cisalhamento • Aumento na poropressão, que reduz a tensão efetiva (infiltração de águas pluviais nas encostas); • Presença de argilas dilatadas (absorção de água e perda de coesão intrínseca); • Intemperismo e degradação físico-química (troca de íons, hidrólise, etc.); • Falha progressiva pelo enfraquecimento da tensão de cisalhamento. EROSÃO UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Processos Ações sem o uso de Estruturas de Contenção; Ações com o uso de Estruturas de Contenção; Ação de Proteção para Massas movimentadas; UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Processos Grupos Sub-grupos Sem estruturas de contenção Retaludamento Cortes Aterro compactado Proteção Superficial Materiais Naturais Materiais Artificiais Estabilização de Blocos Retenção Remoção UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Representação esquemática de um terraço em perfil, mostrando: A - faixa de movimentação de terra, B - Camalhão ou dique e C - o canal. UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas •TALUDE DE CORTE talude natural com algum tipo de escavação •TALUDE ARTIFICIAL taludes de aterros diversos (rejeitos, bota-foras, etc.) TALUDE ARTIFICIAL (ATERRO) TALUDE NATURAL/ ENCOSTA TALUDE DE CORTE UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas UGB – Processos de Recuperação do Solo PERFIL ORIGINAL TALUDE DE CORTE TALUDE NATURAL TALUDE ARTIFICIAL (ATERRO) EROSÃO Processos Grupos Sub-grupos Com estruturas de contenção Muros de Arrimo Solo cimento Pedra rachão Concreto Gabião Bloco Concreto Articulado Solo-pneu Outras soluções Terra armada Micro-ancoragem Solo compactado reforçado UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Processos UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Processos Grupos Sub-grupos Contenção de Massas Movimentadas Materiais Naturais Barreiras Vegetais Materiais Artificiais Muro de Espera UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO Processos Grade-viva UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas escorregamento de solo área desmatada suscetível à erosão e escorregamentos área com cobertura vegetal DESMATAMENTO E ESCORREGAMENTO DE SOLO remoção das bananeiras; implantação de cobertura vegetal apropriada, associada, quando necessário, a barreiras vegetais para proteção contra possíveis massas escorregadas. UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas solo altura excessiva ruptura inclinação excessiva estrutura residual solo de alteração superficial ALTURA E INCLINAÇÃO EXCESSIVAS execução de obras de contenção. retaludamento; UGB – Processosde Recuperação do Solo Estabilização de Encostas caminhos preferenciais d'água aterro lançado (fofo) sobre vegetação ruptura execução de reaterro, associada a drenagem e proteção vegetal; drenagem da fundação do aterro. ATERRO MAL EXECUTADO UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas zonas saturadas rupturas lançamento de água servida canaleta subdimensionada e/ou obstruída chuva INFILTRAÇÃO DE ÁGUA implantação de rede de coleta e condução das águas servidas, de preferência separada do sistema de drenagem das águas pluviais. SOLUÇÃO UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas ruptura vazamento em rede de abastecimento d'água zonas saturadas trincas serviços de manutenção na rede já implantada; implantação de adequada rede de abastecimento de água SOLUÇÕES VAZAMENTO E INFILTRAÇÃO DE ÁGUA zonas de saturação gradual do solo surgência d'água FOSSA implantação de rede e de dispositivos para tratamento e disposição de esgotos. FOSSAS SÉPTICAS UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas LIXO deslizamento de lixo e solo acúmulo de lixo remoção do lixo e definição de locais adequados para sua deposição; implantação ou melhoria do serviço público de coleta. ESCORREGAMENTO DE LIXO UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas ruptura do corte chuva ruptura do aterro SOLUÇÃO implantação de sistemas adequados de coleta e condução das águas pluviais, juntamente com o tamponamento das trincas com solo argiloso compactado e execução de proteção superficial. ESCORREGAMENTO EM CORTE / ATERRO UGB – Processos de Recuperação do Solo Estabilização de Encostas EROSÃO 1 - Isolamento da área de contribuição Elimina fatores que estejam influenciando para a concentração da água na bacia de captação, bem como no interior da voçoroca, e paralisar seu crescimento. Acesso de animais; Tráfego de máquinas nas áreas adjacentes; Atividade agrícola sem práticas conservacionistas no entorno; Atividades extrativistas (minerais e florestais); Alocação inadequada de estradas e caminhos que direcionam a enxurrada para a voçoroca etc. UGB – Processos de Recuperação do Solo Recuperação de Voçorocas EROSÃO 2 - Controle da erosão em toda a bacia de captação de água da voçoroca Executar práticas mecânicas e vegetativas tanto a montante como nas laterais da voçoroca para desviar a água que cai em seu interior. Sistemas de terraceamento, com canais escoadouros, Bacias de captação de água, Plantio em nível, Cobertura vegetal com espécies herbáceas, Instalação de paliçadas de bambu e sacos de terra Implantação de cordões vegetados UGB – Processos de Recuperação do Solo Recuperação de Voçorocas EROSÃO 2 - Controle da erosão em toda a bacia de captação de água da voçoroca UGB – Processos de Recuperação do Solo Recuperação de Voçorocas EROSÃO 3 - Drenagem da água subterrânea Toda vez que a voçoroca atinge o lençol freático aparece uma mina de água subterrânea que, para o sucesso do controle da mesma, deve ser captada e conduzida para fora da voçoroca até um leito de drenagem estável, o que pode ser feito com dreno de pedra ou feixes de bambu. UGB – Processos de Recuperação do Solo Recuperação de Voçorocas EROSÃO 4 - Suavização dos taludes da voçoroca Geralmente, os flancos da voçoroca são muito íngremes, havendo necessidade de se fazer à suavização dos taludes para a implantação da vegetação protetora do solo. Em outros casos pode-se fazer a contenção das paredes utilizando-se paliçadas de bambu e eucalipto UGB – Processos de Recuperação do Solo Recuperação de Voçorocas EROSÃO 5 - Construção de barreiras artificiais e/ou naturais no interior das voçorocas Visa evitar a erosão no interior da voçoroca e reter os sedimentos carregados Construir barreiras que funcionam como pequenas barragens. (bambu, pedras, sacos de terra, madeira, galhos e troncos de árvores, entulhos etc). UGB – Processos de Recuperação do Solo Recuperação de Voçorocas
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