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PetiçÃO INCIAL indenização

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AO JUÍZO DO SISTEMA DOS JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BA
TATIANE SANTOS SILVA, autônoma, inscrita no CPF, sob o número XXXXXXX, cadastrada no RG sob o número XXXX, residente e domiciliadaXXXXXXXXXXXXXXX, neste ato, representada pelo seu bastante procurador que assina, Manoelber Amorim Barreto, Advogado, inscrito na OAB-BA, nº XXXXXX ,email para citações, amorimbarretoadvindividual@gmail.com, com endereço profissional na Avenida Luiz Eduardo Magalhães, nº 1000, bairro Candeias, Vitória da Conquista-BA, cep 4502600, vem a presença de Vossa Excelência propor:
 (
AÇÃO
 
DE
 
OBRIGAÇÃO
 
DE
 
FAZER
 
C/COM
 
DANO
 
MORAL
 
E
 
MATERIAL
)
 	 Em face da empresa NEON PAGAMENTOS, CNPJ nº 20.855.875/0001-82 NEON PAGAMENTOS S/A INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTOS, com endereço para receber requisições, correspondências, notificações ou pedidos de informação na Avenida Franscisco Matarazzo, nº 1350, segundo andar, bairro Águia Branca, município de São Paulo, estado de São Paulo CEP nº 05001-100, email para contato oi@neon.com.br.
I- SÍNTESES DA DEMANDA
Trata-se de ação em que a parte Autora pretende a condenação da empresa NEON PAGAMENTOS S/A INSTITUIÇÃO DE PAGAMENTOS por ter a Ré um sistema falho de prevenção e segurança de dados dos seus clientes, assumindo assim, o risco de fraude em seu aplicativo de conta bancária.
Insta desde de logo pontuar Excelência, que a Autora é cliente e detentora de conta bancária junto a empresa Ré, onde possui em seu telefone móvel, aplicativo do banco digital da referida empresa, onde nele, usa serviços oferecidos por este, como conta corrente, PIX, cartão de credito em sua forma física e virtual.
Acontece que em 9 (nove) de janeiro de 2024 ao verificar seu extrato bancário, constatou 2 (duas) compras via débito desconhecidas pela autora, denominada Mariagerlaniados Casa Nova Br, nos valores de R$70,00 (setenta) e R$500,00 (quinhentos) reais, totalizando o valor de R$570 reais, como consta na imagem 1. Ao buscar mais informações com o sistema de atendimento da empresa via aplicativo de relacionamento “INSTAGRAM”, foi informada pelo atendente da empresa Ré que a compra se efetivou pelo seu cartão virtual e foi orientada a fazer Boletim de ocorrência e após contestar a compra, a Autora tentou resolver a situação administrativamente, mas não obteve êxito, uma vez que o aplicativo não completava a operação. 
IMAGENS COMPROBATÓRIASXXX
No dia posterior, a autora noticiou o fato e realizou um BO online, e encaminhou para o atendente da empresa Ré, que comunicou que abriu um chamado para análise e lhe deram um prazo de 7 (sete) dias para finalizar e dar um posicionamento através de e-mail (imagem 12). No dia 15 (quinze) de janeiro de 2024, a empresa encaminhou um e-mail a autora informando que a solicitação de análise estava com a operadora VISA, com um prazo de 35 (trinta e cinco) dias para o caso ser finalizado (como consta na imagem 13), informou ainda que se houvesse evidencia de veracidade na validação da transação, a contestação ora aberta, seria perdida e os valores continuariam em seu extrato, retando percebido que teria possibilidade da não resolução da demanda fruto de uma fraude. 
Neste sentido, é imperioso destacar desde logo, que a relação estabelecida entre as partes se insere na proteção legal do Código de Defesa do Consumidor na medida em que a autora utiliza-se da "conta" de movimentação de suas atividades, com natureza de contrato de conta corrente, pela qual a ré é responsável pela custódia dos valores disponibilizados pelo correntista.
Sendo assim temos a seguinte situação, vejamos:
1ª-A autora sofreu fraude em conta corrente, por meio de compras não reconhecidas em seu cartão de débito virtual. Ao entrar em contato com a atendente, foi orientada a contestar a compra e realizar um BO online. Ocorre que, tentou inumeras vezes a contestação da compra mas foi impossibilitada pois o aplicativo falhava durante a operação de contestação da compra, após a realização do BO, a autora apresentou a empresa Ré que informou que a contestação da compra foi efetivada e edeu um prazo de 7 (sete) dias para finalização, em seguida, a autora recebeu e-mail informando que o prazo teria se estendido a 35 (trinta e dias).
2º - A autora permanece no prejuízo que se estenderá por 35 dias e com a possibilidade de não ser reparado, além disso, teme a autora que os dados e informações pessoais e bancária estejam a mercê de fraudadores constantemente, uma vez que essa falha de deu pela insegurança presente no aplicativo de banco da empresa Ré.
Inconformada com a falta de segurança e demora por pare da empresa Ré na resolução do fato, a autora busca por meio desta a ação a indenização por danos morais pela conduta atentatória à dignidade da autora e a consequente indenização pelos danos materiais evidenciados.
Neste sentido, vejamos o que nos diz o direito e a farta jurisprudência pátria a respeito da matéria.
II- DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS DO PEDIDO
Conforme demosntrado pelos fatos narrados e provas apresentadas no processo, os danos ficam perfeitamente caracterizados ao ser exposta à um constrangimento por falha na atividade econômica da empresa Ré, gerando o dever de indenizar , conforme preconiza o Código Civil;
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou impridência, violar o direito e causar danos a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ao ilícito.
Art. 187. Também comete ao ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestadamente os limitres impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa fé e pelos bons costumes.
Trata-se de falha da prestação de serviço , pelo qual a empresa Ré, tinha o dever de ter controle preventivo, sendo responsável pelos danos causados, independentemente de culpa, conforme previsto expressamente no CDC. 
Art. 6. São direitos básicos do consumidor:
(...)
IV - A efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coeltivos e difusos.
(...)
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeito relativo à prestação de serviço , bem como informações insuficiêntes ou inadequadas sobre fruição e riscos.
Nesse sentido, é o posicionamento majoritário dos Tribunais:
Recursos inominados. Consumidor. Ação de ressarcimento por danos morais e materiais. Sentença de parcial procedência. Legitimidade passiva dos réus reconhecida. Preliminares afastadas. Golpe. Clonagem de chip de celular fornecido pela empresa de telefonia. Falha na prestação de serviços. Falta de segurança interna. Utilização dos dados do autor obtidos a partir da clonagem do chip para acessar o Mercado Livre, plataforma digital em que o recorrido exercia atividade econômica. Dano material comprovado. Danos morais configurados. Quantum indenizatório fixado com moderação e adequado ao caso. Observância da Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por KAIO CESAR PEDROSO e Tribunal de Justica do Estado de Sao Paulo, protocolado em 29/08/2022 às 11:05 , sob o número 10134763520228260320. Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1013476-35.2022.8.26.0320 e código D5DCA30. fls. 8 #3337847 Mon Nov 15 12:53:29 2021 proporcionalidade e razoabilidade. Cenário em que a r. sentença deve ser mantida por seus próprios fundamentos. Aplicação do art. 46, da Lei 9.099/95. Recursos aos quais se nega provimento. (TJSP; Recurso Inominado Cível 1009059- 73.2020.8.26.0008; Relator (a): Cristina Elena Varela Werlang; Órgão Julgador: 7ª Turma Recursal Cível e Criminal; Foro Regional VIII - Tatuapé - 1ª Vara do Juizado Especial Cível; Data do Julgamento: 09/08/2021; Data de Registro: 09/08/2021)
	Ademais, não obstante do dano material e moral devidamente comprovados, importante que seja considerado ainda o transtorno involuntário sofrido pelos Autores, ao que a doutrina denomina de DANO PELA PERDA DO TEMPO ÚTIL, pois afetadiretamente a rotina do consumidor gerando um desvio involuntário, ainda mais ao se considerar a dificuldade de mobilidade do Autor que obviamente causa angústia, dores e stress.
Humberto Theodoro Júnior leciona de forma simples e didática sobre o tema:
"Entretanto, casos há em que a conduta desidiosa do fornecedor provoca injusta perda de tempo do consumidor, para solucionar problema de vício do produto ou serviço. (...) O fornecedor, desta forma, desvia o consumidor de suas atividades para "resolver um problema criado" exclusivamente por aquele. Essa circunstância, por si só, configura dano indenizável no campo do dano moral, na medida em que ofende a dignidade da pessoa humana e outros princípios modernos da teoria contratual, tais como a boa-fé objetiva e a função social: (...) É de se convir que o tempo configura bem jurídico valioso, reconhecido e protegido pelo ordenamento jurídico, razão pela qual, "a conduta que irrazoavelmente o viole produzirá uma nova espécie de dano existencial, qual seja, dano temporal" justificando a indenização. Esse tempo perdido, destarte, quando viole um "padrão de razoabilidade suficientemente assentado na sociedade", não pode ser enquadrado noção de mero aborrecimento ou dissabor." (THEODORO JÚNIOR, Humberto. Direitos do Consumidor. 9ª ed. Editora Forense, 2017. Versão ebook, pos. 4016).
Bruno Miragem, leciona ainda no mesmo sentido e destaca;
"Por outro lado, vem se admitindo crescentemente, a partir de provocação doutrinária, a concessão de indenização pelo dano decorrente do sacrifício do tempo do consumidor em razão de determinado descumprimento contratual, como ocorre em relação à necessidade de sucessivos e infrutíferos contatos com o serviço de atendimento do fornecedor, e outras providências necessárias à reclamação de vícios no produto ou na prestação de serviços." (MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor - Editora RT, 2016. versão e-book, 3.2.3.4.1)
Fato é que a perda de tempo de vida útil do consumidor, em razão da falha da prestação do serviço, não constitui mero aborrecimento do cotidiano, mas verdadeiro impacto negativo em sua vida, devendo ser INDENIZADO.
III- DEVER DE INDENIZAR DANO MORAL
CARTÃO DE CRÉDITO. COMPRA NÃO RECONHECIDA. FRAUDE. DANO MORAL CONFIGURADO. A sentença cancelou as compras questionadas e condenou o réu na sua restituição. Apelam as partes. O réu pela improcedência dos pedidos reiterando a tese de que a compra foi efetivada na loja física através do cartão e senha e ausência de fraude. A autora pelo reconhecimento da compensação por danos morais. Falha na prestação do serviço. Ato praticado por terceiro falsário. Fortuito interno. Incidência da Súmula 479 do STJ. Danos materiais presentes. Estorno não realizado. Dano moral configurado e fixado em R$ 5.000,00. Ausência de solução na via administrativa. RECURSO DO RÉU DESPROVIDO. RECURSO DA AUTORA PROVIDO. APELAÇÃO Nº 0023348-48.2019.8.19.0205 APELANTE: BANCO PAN S A APELANTE: LAIDE DE PAULA FERNANDES APELADOS: OS MESMOS ORIGEM: CAMPO GRANDE REGIONAL 5ª VARA CÍVEL.
Veja que é do conhecimento daqueles que são operadores do direito que a finalidade da indenização além de compensatória para atenuar o desconforto da vítima também possui caráter punitivo, ou seja, impor uma penalidade ao ofensor, com a diminuição de seu patrimônio. 
Neste sentido, levando em consideração todo o tempo que os valores estão bloqueados, bem como os prejuízos causados à Autora e a imposição injustificada pela Ré de medida que está impossibilitando a Autora de continuar suas atividades e obtendo seu sustento, Requer desde já a condenação pelo dano moral no montante de R$ 10.000 (Dez mil reais)
É a denominada teoria do desestímulo, pela qual a indenização deve representar uma quantia de ordem significativa no patrimônio do ofensor a fim de se conscientizar de que não deve praticar o mesmo ato lesivo.
IV- DA TUTELA PROVISÓRIA DE URGÊNCIA
Dispõe o artigo 300 do Código de Processo Civil:
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou após justificação prévia.
Uma vez que a probabilidade do direito está evidenciada pelos documentos anexados a esta exordial e que a demora em liberação do valor incontroverso, R$ 570,00 ( quinhentos e setenta reais) acarreará sérios prejuízos à parte Autora, visto que necessita dos recurso para pagar os seus cumprir com suas obrigações financeiras.
Bem como diante do perigo de dano que pode sofrer a Demandante até que seja proferida decisão judicial, requer seja concedida a tutela provisória de urgência.
Demais disso, requer a dispensa de caução real ou fidejussória idônea para ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, uma vez que a Autora é pessoa economicamente hipossuficiente.
V- DO PEDIDO DE DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO
incidência do inciso VII do art 319 CPC Requer a Autora a designação de Audiência de Conciliação, com esperança de que seu direito seja reconhecido o mais rápido possível, DESDE QUE seja, também, do interesse parte RÉ.
VI- DOS REQUERIMENTOS FINAIS
Diante de todos os fatos e fundamentos anteriormente dispostos e considerando que a pretensão da Requerente encontra amparo nos artigos supracitados, requer:
a) O recebimento da presente inicial
b) A designação de audiência de conciliação, na espera de que o direito da Autora seja atendido o mais rápido possível, DESDE QUE seja, também, do interesse da parte Demandada.
c) Caso reste infrutífera a Audiência de conciliação, ou não venha ocorrer por desinteresse Demandada, seja deferido o pedido de antecipação de tutela de urgência, com a concessão imediata no sentido de desbloqueio URGENTE dos valores retidos na conta da Autora, R$ 570,00 visto que, ela depende desse capital para continuar suas atividades, pagar fornecedores e despesas pessoais.
d) A título de dano moral conforme já dito alhures, Requer a condenação da RÉ no importe de R$ 10.570,00 (Dez mil, quinhentos e setenta reais) a título de danos morais sofridos.
e) Requer ainda a condenação em dano material pelo transtorno que causou em consequência do prejuízo da Autora que restou impossibilitada de arcar com suas obrigações financeiras e pela desídia e descaso da Ré em dar a mínima segurança e privacidade à cliente quanto a sua conta, seu cartão e sua informações pessoais.
Dá o valor da causa a soma de R$00,00 ()
Vitória da Conquista-BA, 07 de dezembro de 2023
Manoelber Amorim Barreto Advogado
OAB-BA 80236
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