Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ANA CLÁUDIA COELHO BRITO Meia Idade Idade Adulta: Idade Adulta Hoje a vida adulta intermediária é considerada uma fase distinta da vida, com suas próprias normas sociais, papéis, oportunidades e desafios. Até recentemente a meia idade era o período menos estudado do ciclo vital. Era um hiato relativamente sem ocorrências especiais entre as mudanças mais dramáticas do início da vida adulta e a velhice. Idade Adulta Fase do ciclo vital: 40 – 65 anos. Características marcantes desse período: REAVALIAR. Espera-se que a pessoa tenha consolidado: aspectos profissionais, vida conjugal e familiar. Não somente em relação às metas, mas às satisfações interiores. Idade Adulta Erikson: Generatividade vs Estagnação. Generatividade: Preocupação em estabelecer e orientar a geração seguinte – passar a diante conhecimentos e habilidades. A virtude associada nesse estágio: CUIDADO. Aspectos duradouros da formação da identidade: liderança e protagonismo versus abdicação de responsabilidade. Idade Adulta Na falha da generatividade: estagnação pessoal. Empobrecimento das relações pessoais; cetralização em si mesmo. Crise da meia-idade e as consequências são percebidas nos próprios indivíduos, nos que os cercam e nas diferentes organizações que deles dependem. Tarefas Evolutivas da Meia Idade Aceitação do corpo que envelhece. Aceitação da limitação do tempo e da morte pessoal. Manutenção da intimidade. Reavaliação dos relacionamentos. Relacionamento com os filhos: deixar ir, atingir igualdade, integrar novos membros. Relação com os seus pais: inversão de papéis, morte e individuação. Exercício do poder e posição: trabalho e papel de instrutor. Novos significados, habilidades e objetivos dos jogos na meia idade. Transição e crise na Meia Idade A transição na meia idade é um fenômeno evolutivo normal, quase universal. Colarusso (2000): “a transição consiste numa avaliação intrapsíquica de todos os aspectos da vida, precipitada pelo reconhecimento crescente de que ela é finita”. Na meia-idade também pode ocorrer um período de crise ou de ruptura. Conflito entre manter as estruturas já conslidadas (casamento, carreira, amizades, família), abdicar de sonhos mais ambiciosos ou fantasias, satisfazendo-se com o que foi obtido ou ruptura, para novas tentativas seja na vida profissional, amorosa ou familiar. Transição e crise na Meia Idade Crença: “Esta é a última oportunidade, adiar será tarde demais.” Crise da meia-idade: Para aqueles que entram na meia-idade com uma patologia significativa e um sentimento de frustação com suas realizações, enfrentar a tarefa evolutiva de perceber a limitação do tempo e a própria morte pode precipitar sintomas que configuram uma verdadeira crise pessoal, de natureza psicológica e existencial. Transição e crise na Meia Idade Crise em relação à capacidade criadora. No desfecho da crise: Grau de satisfação ou insatisfação com o que foi obtido. Grau de confiança em si mesmo e as expectativas de sucesso. Autoestima. Capacidade de correr riscos e conviver com incertezas. Em resumo: a solidez das estruturas do ego, estabelecidas ao longo das etapas anteriores. 1. 2. 3. 4. Transição e crise na Meia Idade Pesam ainda: exigência consigo mesmo, a coerência entre o pensar/sentir/agir e a intolerência com a discrepância ou incoerência entre esses diferentes níveis. Estagnação: acomodação como forma de fuga dos conflitos e um aumento da ansiedade. Soluções paliativas: relacionamentos paralelos, abandonos intempestivos da carreira, ruptura com antigos relacionamentos e amizades. AS FRUSTRAÇÕES DECORRENTES DE OBJETIVOS NÃO ATINGIDOS E A PROXIMIDADE COM A VELHICE PODEM OCASIONAR SENTIMENTOS DE DESVALIA E DE INCAPACIDADE, O QUE REPERCUTE NEGATIVAMENTE NA AUTOESTIMA, PODENDO GERAR UMA CRISE EMOCIONAL. Alterações Físicas Efeito significativo na vida psicológica. Envelhecimento. Elevada ocorrência de transtornos psiquiátricos: depressão, transtornos mentais, diminuição do interesse sexual. Principais doenças: Degenerativas, Cardiopatias e Câncer (mama e próstata). Alterações Hormonais Climatério: fase de transição da vida reprodutiva para a não reprodutiva. Menopausa (mulher). Impotência sexual (homens). Família Reavaliação dos relacionamentos. Avaliação conjugal. Capacidade para intimidade é importante para o desenvolvimento. Um bom casamento: pode trazer segurança aos cônjuges. Intimidade sexual: aceitar a aparência do outro e na sua própria aparência. Desafios com a sexualidade: podem fazer uso do envelhecimento, do trabalho e do relacionamento com os filhos e com os pais idosos para justificar o seu desinteresse, evitando, com o uso da racionalização, o enfrentamento de seus conflitos. Os filhos passam a ser adolescentes e adultos jovens. Família Conflitos familiares nessa fase: Dificuldade de separação (sobretudo por parte dos filhos). Conflito de poder e autoridade (competição). Dificuldade dos pais de confiar e delegar poderes. Inveja (sexualidade dos filhos em ascenção, declínio da sexualidade dos pais). Alívio x ingratidão. Renúncia da pretensão de estarem na posição de objeto de amor na vida dos filhos. Chegada dos netos: ligação entre o desenvolvimento da meia-idade e os temas da infância 1. 2. 3. 4. 5. Família O Cuidado com os pais: Inversão de papéis. Pode ser uma tarefa evolutiva difícil. Lidar com a finitude, favorece a separação definitiva dos pais. A doença dos pais é um ponto de tensão. Na atualidade, cuidado com pais e filhos torna-se uma dupla jornada. Família Aposentadoria Acontecimento relevante dessa fase da vida, muitos significados. Aguardada como uma solução mágica. Vivenciada como perda financeira, social... Pode trazer desilusões, depressão, transtornos psíquicos, abuso de álcool, isolamento social. Sentimentos de inutilidade, improdutividade e diminuição da auto-estima. Devido a valorização da sociedade da produtividade. Medidas Preventivas Manter a saúde física, com a prevenção de doenças degenerativas. Independência econômica. Ter o próprio espaço físico ou moradia. Ter laços de amizade e vínculos fortes com a família. Manter relacionamento intimo com um(a) companheiro(a). Ter vínculo com a comunidade.
Compartilhar