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Perfusão Tecidual no Choque

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Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
1 PERFUSÃO TECIDUAL NO CHOQUE 
DO2 – OFERTA DE OXIGÊNIO: 
➔ Mede a capacidade que o organismo tem de 
fornecer oxigênio aos tecidos 
➔ Varia em função do débito cardíaco é conteúdo 
arterial de oxigênio 
➔ DO2 = DC x CaO2 
➔ Formas de Disponibilidade do O2: 
➢ Dissolvido no Plasma: 
• PaO2 – pressão parcial do oxigênio no leito 
arterial, é diretamente proporcional a saturação 
de oxigênio, ou seja, quanto maior a PaO2 
maior a saturação 
 
• PvO2 – pressão parcial do oxigênio no leito 
venoso 
➢ Carreado pela Hemoglobina: a hemoglobina 
possui 4 sítios de ligação do oxigênio, e a SaO2 
mede o quanto desses sítios está ligado no 
oxigênio no leito arterial e SvO2 está ligado no 
leito venoso 
• A afinidade da hemoglobina sofre variações 
• No pulmão a hemoglobina tem que ter uma alta 
afinidade com o oxigênio para captar ele, e na 
periferia ela possui baixa afinidade para que 
possa liberar o oxigênio 
• Isso acontece pois a afinidade varia com o pH, 
temperatura e PCO2, então em situações em 
que a baixa temperatura, alcalose e PCO2 é 
baixa, a hemoglobina possui alta afinidade pelo 
oxigênio, e em situações em que a alta 
temperatura, acidose e PCO2 é alta, a 
hemoglobina possui baixa afinidade pelo 
oxigênio 
 
VO2 – CONSUMO DE OXIGÊNIO: 
➔ Aumento do VO2: 
➢ Condições Fisiológicas: 
• Variações emocionais 
• Exercício físico 
• Pacientes mais jovens 
➢ Condições Patológicas: 
• Sepse 
• Neoplasia 
• Inflamação 
• Hipertireoidismo 
➔ Diminuição do VO2: 
➢ Condições Fisiológicas: 
• Sono 
• Pacientes mais velhos 
➢ Condições Patológicas: 
• Hipotireoidismo 
• Alterações hormonais 
• Estados comatosos 
HIPOPERFUSÃO TECIDUAL: 
➔ Quando a célula não recebe oxigênio suficiente 
para suprir o seu consumo, ocorre hipóxia e 
hipoperfusão tecidual, gerando disfunção de 
múltiplos órgão e sistema e até mortalidade 
➔ Nenhum marcador de hipoperfusão tecidual pode 
ser usado isoladamente 
SINAIS E SINTOMAS: 
➔ Pele Fria e Pegajosa: 
➢ TEC – Tempo de Enchimento Capilar: tempo que 
demora para o capilar do paciente encher depois 
que é pressionado 
• Quanto maior, maior é a gravidade do paciente 
➢ Mottling Score: em cenários de choque há um 
desvio da circulação da periferia para a 
Terapia Intensiva – Amanda Longo Louzada 
2 PERFUSÃO TECIDUAL NO CHOQUE 
circulação central, para manter os órgãos vitais 
perfundidos, ficando com um aspecto reticular 
 
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO LABORATORIAIS: 
➔ Lactato: é um subproduto do metabolismo 
anaeróbio 
➢ Valor de Referência: < 2 mmol/l ou 18 mg/L 
➢ É um marcador de hipóxia tecidual 
➢ É um indicador de gravidade, ou seja, quanto 
maior o seu nível maior a gravidade 
➢ Pode aumentar em condições não hipóxicas, 
como na insuficiência hepática, descarga 
adrenérgica e deficiência de tiamina 
➢ Hiperlactatemia Tipo A: associado a hipóxia 
tecidual 
➢ Hiperlactetemia Tipo B: associada a outras 
causas que não sejam hipoxemia 
➔ SvO2: varia de 65% a 75% 
➢ Valor de Referência: 
➢ É um marcador indireto do consumo de oxigênio 
pelos tecidos periféricos 
➢ Taxa de Extração: quando o organismo manda 
oxigênio para o tecido através do sistema 
arterial, uma parte é extraída e uma parte volta 
para o sistema venoso, ou seja, eles não 
extraem todo o oxigênio fornecido 
• Em situações de estresse ocorre aumenta da 
taxa de extração, diminuindo a SvO2 
• SvO2 é colhida na artéria pulmonar, então 
avalia o sangue da VCI + VCS 
• SvcO2 é colhida na circulação venosa central, 
então avalia apenas a VCS 
• Por isso a saturação de oxigênio da SvO2 tende 
a ser maior que a da SvcO2 
➔ Gap CO2: diferença entre a PCO2 no sangue 
arterial e no sangue venoso, é importante para 
demonstrar uma alteração no débito cardíaco, 
sendo um marcador precoce 
➢ Valor de Referência: em torno de 2 a 5 mmHg

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