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Traumatismo dentário Os traumatismos na dentição decídua ocorrem na idade pré-escolar. Nesta fase, as características comportamentais, como a curiosidade e a inquietação, levam a criança a explorar os ambientes; como não possui coordenação motora suficiente para evitar quedas e promover a autoproteção, a ocorrência de lesões é alta. É de suma importância salientar que o sucesso do tratamento está diretamente relacionado com a rapidez e a eficiência dos primeiros socorros do paciente Importante! Por falta de conhecimento dos responsáveis, geralmente o primeiro atendimento ocorre em prontos-socorros, clínicas médicas e postos de saúde, o que pode acarretar um mau prognostico do trauma. O ideal é que o primeiro atendimento seja realizado de forma imediata por um cirurgião dentista e, nesse atendimento, seja realizado um exame clínico e radiográfico do paciente traumatizado para determinar o diagnostico inicial, a gravidade da lesão e o plano de tratamento. Fratura em esmalte e fratura em esmalte e dentina. Perda parcial de esmalte ou perda parcial de esmalte e dentina. Conduta: elemento fraturado deve ser armazenado em soro fisiológico para colagem (técnica de baixo custo e de resultados estéticos satisfatórios). Também pode ser feita a restauração convencional. Normalmente a restauração feita somente em esmalte cai facilmente então se for um caso que posso lixar para emparelhar é melhor do que resturar pois se for minimo a restauração cai. Fratura em esmalte. Fratura em esmalte e dentina. Fratura coronária. Fratura dental envolvendo esmalte, dentina e polpa. Conduta: O atendimento de urgência deve ocorrer em até três horas após o trauma, com intervenções menos invasivas e melhor prognóstico. Se houver fragmentos, proceder como descrito acima. O tratamento endodôntico (pulpotomia parcial) pode ser necessária quando a fratura alcançar a polpa do dente. O tratamento endodôntico convencional (pulpectomia) deve ser evitado, principalmente nos casos de dentes jovens com a raiz incompleta. Fratura de coroa e raíz. Fratura de esmalte, dentina, cemento e polpa, podendo ocorrer tanto no sentido axial como horizontal, com presença de mobilidade. Conduta: Se a fratura for no sentido horizontal, pode-se manter o elemento radicular por meio de técnicas de reposicionamento dental( Não havendo fratura de tecido duro, é indicada uma contenção semi-rígida por 2 a 3 semanas, sem interferências oclusais). É necessário o tratamento endodôntico pelo risco de necrose pulpar em alguns casos. O rápido atendimento após o trauma oferece melhor prognóstico. Na fratura vertical, o único tratamento é a extração do elemento dentário. Fratura radicular. Fatura envolvendo dentina, cemento e polpa, com presença de mobilidade dental. Conduta: reposicionamento dental e contenção rígida. Pode ser necessária a realização do tratamento endodôntico em alguns casos.Quase sempre há perda no dente com raíz fraturada. Dente de leite quebrado na raiz: é preciso fazer o reposicionamento, a contenção ou a remoção do dente. Há a possibilidade de colocar uma prótese no local para tapá-lo até que o dente permanente nasça. Isso faz com que o desenvolvimento da mordida não seja afetado. Fratura da parede e processo alveolar. Fratura envolvendo a parede óssea do alvéolo, impactando ou não o elemento dental. Conduta: reposicionamento do fragmento e contenção rígida ou semirrígida, por quatro semanas. Necessidade de acompanhamento odontológico depois de quatro, oito, 24 semanas a um ano. Trauma em esmalte (círculo) e esmalte e dentina (retângulo) [A]; fratura coronária envolvendo esmalte [B]; exposição pulpar [C] Concussão Lesão de tecidos de suporte, sem perda ou deslocamento do elemento dental. Conduta: recomendar alimentos macios Tratamento imediato: Raio X + observação + acompanhamento + remoção de hábitos de sucção + orientação para dieta leve. Tratamento tardio: Raio X + observação + acompanhamento + remoção de hábitos de sucção + orientação da alimentação Subluxação Lesão de tecidos de suporte, com presença de hemorragia gengival, afrouxamento anormal. O dente pode apresentar mobilidade mas sem deslocamento aparente. (ou seja sem que esteja em uma posição diferente da que se encontrava antes do trauma) Conduta: recomendar alimentos macios e, se necessário, contenção semirrígida se ocorrer em mais de dois dentes, para conforto do paciente. Luxação extrusiva O elemento dental se desloca parcialmente no sentindo axial do alvéolo dental. Presença de sangramento e aparência do dente alongada. Conduta: reposicionamento do elemento dental e contenção semirrígida, por duas semanas. Luxação lateral Deslocamento irregular do elemento dental do alvéolo dental, que pode ser acompanhada por fratura ou esmagamento do osso alveolar. Conduta: reposicionamento do elemento dental e necessidade de contenção semirrígida por quatro semanas. Pode ser necessária a realização de tratamento endodôntico. Luxação lateral do elemento 11 e luxação extrusiva do elemento 21. Luxação intrusiva Deslocamento do elemento dental em relação ao osso do processo alveolar. Clinicamente, a coroa se apresenta encurtada e existe sangramento gengival Conduta: pode ocorrer a re-erupção dental ou então necessidade de tração ortodôntica do elemento dental. Avulsão Perda total do elemento dental. Clinicamente, o alvéolo dental fica vazio ou preenchido com coágulo sanguíneo. Conduta: O elemento dental deve ser armazenado imediatamente em leite gelado (4°C) para melhor conservação dos ligamentos. Também podem ser usados o soro fisiológico e a saliva. Se reimplantado em menos de 60 minutos, o prognóstico é favorável; porém, se houver demora ou se o dente for mantido seco ou em soluções não indicadas, o prognóstico é desfavorável, levando à perda permanente. ATENÇÃO EM DENTES DECÍDUOS NÃO SE DEVE FAZER O REIMPLANTE DENTAL.
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