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As Normas Sobre Responsabilidade Social e a NBR ISO 45001

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DESCRIÇÃO
Apresentar os requisitos e as diretrizes de um Sistema Responsabilidade Social de acordo com normas ABNT
NBR 16001:2012 e NBR ISO 26000:2010, e os quesitos para o Sistema de Gestão de Saúde e Segurança
Ocupacional (SGSSO), conforme a norma ISO 45001:2018.
PROPÓSITO
Demonstrar ao engenheiro de segurança do trabalho a importância da responsabilidade social para as
organizações e a aplicação da norma NBR ISO 45001:2018, incluindo seus benefícios mútuos para a empresa e
para o trabalhador.
CONTEÚDO
A IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE SOCIAL E DO
SISTEMA DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL PARA AS
ORGANIZAÇÕES
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer a importância da Responsabilidade Social para as empresas
MÓDULO 2
Reconhecer a importância e a aplicação da norma ISO 45001:2018
MÓDULO 1
 Reconhecer a importância da Responsabilidade Social para as empresas
LIGANDO OS PONTOS
As empresas têm sido muito pressionadas a adotar práticas de gestão que viabilizem o seu desenvolvimento
sustentável. Tais pressões provêm de acionistas, parceiros comerciais, clientes, trabalhadores, autoridades e
demais partes interessadas, que entendem ser o papel adequado para uma empresa realmente preocupada em
seguir as boas práticas de governança corporativa, enfocando o cumprimento de sua responsabilidade social e,
assim, garantindo a sua perenidade e o seu sucesso.
MAS O QUE SIGNIFICA DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL?
POR QUE ELE ESTÁ CORRELACIONADO ÀS BOAS PRÁTICAS
DE GOVERNANÇA CORPORATIVA? E O QUE É
RESPONSABILIDADE SOCIAL? COMO ESSES CONCEITOS SE
CRUZAM? E POR QUE ELES SÃO TÃO INTERESSANTES PARA
AS PARTES RELACIONADAS À EMPRESA?
Para responder a essas perguntas, vamos estudar um caso prático baseado na empresa ZPK Logística.
A ZPK Logística é uma empresa brasileira legalmente estabelecida e recentemente instalada no estado do Rio
de Janeiro. Seus principais acionistas são grandes empresas de e-commerce brasileiras. É especializada no
transporte de cargas leves e apresenta como diferenciais o alto nível de automação de suas operações e a
velocidade com que realiza o transporte de cargas, conseguida graças a parcerias com empresas de aviação e
de transporte rodoviário.
Em diferentes reuniões mantidas recentemente com acionistas, parceiros comerciais e bancos de investimento, a
diretoria foi cobrada quanto à necessidade de dar transparência às decisões estratégicas e táticas tomadas no
exercício diário de governança da empresa e de comprovar a prática efetiva e constante da responsabilidade
social e o desenvolvimento sustentável da empresa.
A diretoria ficou perplexa com o fato de fontes tão diversas terem originado a mesma demanda em reuniões
diferentes. Visando definir uma resposta adequada e abrangente a esses questionamentos, a diretoria decidiu
realizar um fórum de debates com diretores e gerentes.
O fórum buscou analisar as principais decisões estratégicas e táticas da empresa no último ano. Ele foi aberto
com um teste anônimo de avaliação do conhecimento prévio dos presentes sobre os temas sustentabilidade
corporativa, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável.
Seguiu-se a palestra de um consultor externo sobre o significado desses temas, realizado enquanto outros
consultores tabulavam as respostas dos testes. As respostas apresentadas mostraram que a maioria dos
presentes desconhecia esses temas, ou os associavam exclusivamente à gestão do meio ambiente.
A seguir, foram formados grupos aleatórios. Cada grupo foi orientado a listar 20 decisões tomadas na empresa
correlacionadas aos temas acima apresentados. Cada escolha precisou ser descrita e justificada. Os benefícios
esperados e alcançados por cada ação ou decisão precisaram ser listados.
Foto: Shutterstock.com
As cinco decisões mais lembradas pelos grupos foram:
Atualização do código de ética, com a inclusão de capítulos específicos sobre proteção ambiental e saúde e
segurança ocupacional.
Implementação de apresentações on-line semanais (lives) para apresentação de notícias e resultados da
empresa aos acionistas, investidores e financiadores.
Revisão das políticas de gestão da qualidade, de gestão ambiental, e de saúde e segurança ocupacional.
Implementação do Sistema de Gestão Integrado (SGI).
Implantação de um programa de melhoria da segurança dos ambientes de produção, com a implantação de
equipamentos de proteção coletiva, exaustores para melhoria da circulação de ar etc.
Após a leitura do caso, é hora de aplicar seus conhecimentos! Vamos ligar esses pontos e ajudar a equipe de
projeto com as decisões a serem tomadas?
1. ACIONISTAS, BANCOS E AUTORIDADES COBRARAM DA DIRETORIA
TRANSPARÊNCIA EM RELAÇÃO À PRÁTICA EFETIVA E CONSTANTE DA
RESPONSABILIDADE SOCIAL E DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. JÁ O FÓRUM
APRESENTOU CINCO DECISÕES TOMADAS QUE ESTARIAM CORRELACIONADAS A
ESSAS PRÁTICAS. A DIVULGAÇÃO AO PÚBLICO DE DECISÕES COMO ESSA
ATENDERIA A DEMANDA DESSAS PARTES RELACIONADAS?
A) Não. As decisões citadas não estão relacionadas à responsabilidade social e ao desenvolvimento sustentável.
B) Não. Apenas aquelas relacionadas ao meio ambiente seriam aplicáveis, já que se perguntou sobre o
desenvolvimento sustentável.
C) Sim. Já que todas apresentam correlação direta com a responsabilidade social e com o desenvolvimento
sustentável.
D) Sim. Elas ou estão correlacionadas à responsabilidade social ou ao desenvolvimento sustentável.
E) Não. Apenas aquelas relacionadas a serviços sociais estão correlacionadas à responsabilidade social.
2. AO SEREM CONFRONTADOS COM OS QUESTIONAMENTOS DE PARTES
RELACIONADAS, A DIRETORIA DECIDIU REALIZAR O FÓRUM E DESCOBRIU, PELO
TESTE APLICADO, QUE A MAIORIA DOS PRESENTES (DIRETORES E GESTORES) NÃO
CONHECIA OU NÃO ENTENDIA REALMENTE O QUE ERA RESPONSABILIDADE SOCIAL
E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. O QUE A DIRETORIA DEVERIA FAZER EM
RELAÇÃO A ESSA CONSTATAÇÃO?
A) Substituir todos os gestores por profissionais que entendam esses temas.
B) Fazer novos testes para identificar outras falhas de conhecimento de práticas empresariais, treinamento, e
substituir quem demonstrar muitas falhas.
C) Promover treinamentos e palestras que levem diretores e gestores a compreenderem esses temas.
D) Promover treinamentos e palestras que levem todas as partes relacionadas dentro da organização —
diretores, gerentes, equipes — a compreenderem esses temas.
E) Não deve fazer nada, pois esses temas não apresentam correlação possível com as atividades dos gerentes.
GABARITO
1. Acionistas, bancos e autoridades cobraram da Diretoria transparência em relação à prática efetiva e
constante da responsabilidade social e do desenvolvimento sustentável. Já o fórum apresentou cinco
decisões tomadas que estariam correlacionadas a essas práticas. A divulgação ao público de decisões
como essa atenderia a demanda dessas partes relacionadas?
A alternativa "C " está correta.
A norma NBR 16001:2012 estabelece que a responsabilidade social envolve a ética e a transparência no
relacionamento com as partes interessadas, viabilizando assim o desenvolvimento sustentável, ou seja, o
atendimento das necessidades de hoje, sem prejudicar a capacidade de se atender as demandas futuras. Desse
modo, o que acionistas, bancos e parceiros comerciais cobraram foi a comprovação da prática da ética e da
transparência nos relacionamentos com as partes relacionadas (eles, inclusive) e da condução de ações que
viabilizem a operação da empresa hoje sem colocar em riscos essa mesma operação no futuro.
2. Ao serem confrontados com os questionamentos de partes relacionadas, a diretoria decidiu realizar o
fórum e descobriu, pelo teste aplicado, que a maioria dos presentes (diretores e gestores) não conhecia
ou não entendia realmente o que era responsabilidade social e desenvolvimento sustentável. O que a
diretoria deveria fazer em relação a essa constatação?
A alternativa "D " está correta.
Trata-se de uma postura ética e transparente da empresa o treinamento de todas essas partes relacionadasque
atuam na empresa – diretores, gerentes e equipes. São eles que deverão desenvolver as práticas que levam ao
desenvolvimento sustentável, portanto, precisam saber o que isso significa na prática.
3. CONSIDERANDO QUE A RESPONSABILIDADE SOCIAL
ENVOLVE A PRÁTICA DA ÉTICA E DA TRANSPARÊNCIA NO
RELACIONAMENTO COM AS PARTES RELACIONADAS, PODERIA
O CÓDIGO DE ÉTICA CORPORATIVO SER UMA FORMA DE SE
PRATICAR ESSA RESPONSABILIDADE? JUSTIFIQUE A SUA
RESPOSTA.
RESPOSTA
Sim. O código de ética registra a forma como a empresa entende que diretores,
gestores e equipes devem atuar nos seus relacionamentos mútuos ou com as demais
partes relacionadas. Sua divulgação deve ser ampla e acessível a todos, para que eles
compreendam qual é a postura ética esperada para tais relacionamentos.
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ENTENDENDO A IMPORTÂNCIA DA RESPONSABILIDADE
SOCIAL
SUSTENTABILIDADE E GOVERNANÇA
CORPORATIVAS
Imagem: Shutterstock.com
SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA
Estabelece uma ligação ou interdependência equilibrada entre o capital (empresas), o social (pessoas) e o
ambiental (meio ambiente).
A sustentabilidade possui importância para as organizações de hoje, a ponto e haver um índice da Bolsa de
Valores (Bovespa – B3) que inclui apenas empresas que desenvolvem práticas sustentáveis e que tem sido
muito valorizado pelos investidores (B3, 2021).
GOVERNANÇA CORPORATIVA
Representa um conjunto de boas práticas e valores que os administradores (conselheiros e diretores executivos)
precisam praticar na condução e no controle das operações empresariais, valorizando e incentivando o
relacionamento com as partes relacionadas.
As partes relacionadas são as pessoas e as empresas que mantém negócios ou interdependência entre si. Isso
inclui acionistas, empregados, clientes, fornecedores, órgãos reguladores etc. Esses relacionamentos devem ser
pautados pela ética, a transparência das decisões, a isonomia de tratamento, e a conformidade com as
disposições de contratos, de legislações ou de regulamentações, entre outros aspectos.
Por outro lado, a governança corporativa preconiza a importância da garantia da perenidade ou continuidade
da empresa, o que é benéfico para as partes relacionadas que dependem da empresa. Com isso, há uma
valorização dos resultados, já que a continuidade e o crescimento da empresa dependem deles. Sendo assim,
também são benéficos para as partes relacionadas. Além disso, a governança promove a gestão ambiental, pois
a empresa depende do meio ambiente para sobreviver e prosperar.
Ao relacionarmos os conceitos de sustentabilidade corporativa com os de governança corporativa, percebemos
que a busca da sustentabilidade é uma obrigação das administrações, uma vez que viabiliza a sua continuidade;
as suas operações; o cumprimento de legislações e regulamentações; e seus relacionamentos com as partes
relacionadas, entre outros aspectos.
A EMPRESA SUSTENTÁVEL, PORTANTO, SERÁ AQUELA QUE
CONSEGUIR EQUILIBRAR OS RESULTADOS FINANCEIROS, O
SEU IMPACTO NO MEIO AMBIENTE, E OS RELACIONAMENTOS
COM SUAS PARTES RELACIONADAS. QUANTO MAIOR FOR
ESSE EQUILÍBRIO, MAIOR SERÁ A SUSTENTABILIDADE.
OBRIGAÇÕES DA ADMINISTRAÇÃO E DAS PARTES
RELACIONADAS
Além de conduzir os relacionamentos com ética, transparência, isonomia, respeito, entre outros atributos ligados
aos valores da governança, os administradores, que são cada vez mais cobrados pelas partes relacionadas,
ainda devem garantir que as ações e decisões de todos na empresa com essas partes relacionadas sejam
pautadas em leis, regulamentações e normas internas e externas, garantindo a sustentabilidade da empresa.
VOCÊ DEVE ESTAR SE PERGUNTANDO: ESSAS PARTES PODEM
COBRAR TUDO ISSO DOS ADMINISTRADORES? OS
ADMINISTRADORES REALMENTE PRECISAM SER TÃO
CUIDADOSOS COM INVESTIDORES, CLIENTES,
TRABALHADORES? AS OUTRAS PARTES SÃO ASSIM TÃO
IMPORTANTES PARA OS ADMINISTRADORES?
 RESPOSTA
A resposta é sim. Investidores, empregados, clientes e outras partes relacionadas fazem essa cobrança por
perceberem os ganhos que podem ter com esses cuidados, incluindo, por exemplo, a certeza de que os
administradores vão considerá-los em suas decisões, o tratamento justo, a cordialidade, e a confiança nas
prestações de contas da empresa. Já os administradores têm sua performance avaliada pela forma como
mantêm esses relacionamentos.
A verdade é que todas as partes relacionadas a uma empresa dependem da ação dos administradores. Por outro
lado, essas cobranças variam conforme os termos do relacionamento estabelecido entre eles e as partes
interessadas.
Foto: Shutterstock.com
Os trabalhadores empregados na empresa possuem uma série de direitos, obrigações e benefícios trabalhistas
definidos por lei (Consolidação da Leis do Trabalho – CLT), regulamentações (ex.: Normas Regulamentadoras –
NR – do Ministério do Trabalho) e contratos de trabalho. Eles têm grande interesse na perenidade da empresa,
pois dela depende a continuidade de seu vínculo empregatício, e na geração de lucros, pois se valem dela por
meio da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), por exemplo.
Atualmente, o foco das administrações não pode envolver apenas o resultado financeiro da empresa. Claro que
ele é muito importante, pois a empresa precisa dele para honrar seus compromissos e sobreviver. Mas esse foco
precisa ser mais abrangente, envolvendo a manutenção e o estímulo dos bons relacionamentos com todas as
partes relacionadas.
 SAIBA MAIS
O bom nível desses relacionamentos aumenta o interesse das diversas partes relacionadas em manter negócios
com a empresa. Esse interesse pode tanto gerar novos negócios quanto aumentar o valor dessa empresa no
mercado, e assim atrair novos investimentos nela.
O EVENTUAL DESCASO COM ESSES RELACIONAMENTOS PODE
TER CONSEQUÊNCIAS MUITO NEGATIVAS PARA A EMPRESA E
SEUS ADMINISTRADORES OU, AINDA, PARA AS PARTES
RELACIONADAS. PODEM OCORRER, POR EXEMPLO:
Reduções ou até cancelamentos de negócios
Exposição negativa da empresa e/ou de seus administradores na mídia
Processos judiciais
Boicote de cliente a produtos/serviços etc
CONSIDERAÇÕES SOBRE AS RELAÇÕES COM AS PARTES
INTERESSADAS
Há aspectos legais envolvidos, legislações e regulamentações brasileiras que regulam esses relacionamentos e
estabelecem as obrigações das empresas em relação a eles. Um bom exemplo disso está na chamada Lei dos
Direitos do Consumidor – Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990.
É claro que, se bem conduzidos, esses relacionamentos podem trazer consequências muito positivas para a
empresa, tais como sua valorização no mercado, o que contribui para a sua continuidade. São os
relacionamentos que constroem a reputação ou imagem de mercado da empresa, de modo que, quanto mais
positiva for a reputação mais interessados em manter negócios ou participar dela serão atraídos.
Para os investidores, uma boa reputação atrai negócios, valoriza o capital investido e gera bons dividendos.
Já para os trabalhadores, clientes e fornecedores essa boa reputação significa que a empresa é capaz de honrar
contratos e compromissos firmados com eles.
A ÉTICA E A CONDUTA
Imagem: Shutterstock.com
CONCEITOS
As respostas dadas pelas administrações das empresas às demandas das partes relacionadas e da legislação
têm sido cada vez mais objetivas, rápidas e claras. Com isso, essas demonstram sua determinação em garantir o
bom relacionamento com as partes relacionadas.
Essa determinação leva a administração a criar e incentivar uma cultura de ética e transparência com as partes
relacionadas, que é disseminada e seguida por toda a empresa.
A mudança cultural é necessária pois a grande maioria desses relacionamentos é desenvolvida pelos gestores e
equipes operacionais das empresas
 ATENÇÃO
A cultura de uma empresa é o conjunto de ideias, considerações, atitudes e comportamentos que
administradores e empregados da empresa valorizam e seguem no seu dia a dia.
ÉTICA E CONDUTA
Um aspecto-chave para a construção dessa cultura é a ética, sem a qual não há condiçõesde manter essas
relações. E ainda temos a questão da conduta, que afeta diretamente esses relacionamentos.
Você sabe definir os termos ética e conduta? Vejamos como o dicionário Michaellis (2021) os apresenta:
ÉTICA
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Conjunto de princípios, valores e normas morais e de conduta de um indivíduo ou de grupo social ou de uma
sociedade.
CONDUTA
Ato ou efeito de conduzir, de levar, de trazer; condução. Procedimento moral; comportamento.
Podemos, então, concluir que, se a ética estabelece o que deve ser feito, a conduta esclarece como algo deve
ser feito.
Por tudo isso, cabe à administração estabelecer meios de transmitir a todos os que a representam as definições
e diretrizes para o desenvolvimento desses relacionamentos. E os administradores o fazem por meio de
decisões, orientações aos gestores (seus subordinados mais diretos), políticas formalizadas (que estudaremos
mais profundamente logo a frente) e pelo código de ética, que vamos estudar neste tópico.
O CÓDIGO DE ÉTICA
O código de ética é um documento que registra os entendimentos e as práticas definidas pela administração
sobre como deve ocorrer o relacionamento entre a empresa, representando os que nela atuam, e todas as
demais partes relacionadas. Além disso, esse documento pode definir como as partes devem se relacionar com
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os colaboradores da empresa. Muitas vezes, vemos o código de ética associado a um código de conduta,
podendo integrar o mesmo documento.
É IMPORTANTE OBSERVAR QUE O CÓDIGO DE ÉTICA, ASSIM
COMO O DE CONDUTA, EXPRESSA ESSAS DISPOSIÇÕES EM
TÓPICOS, ESTABELECENDO O QUE DEVE OU NÃO SER FEITO, E
COMO DEVE SER FEITO.
NOTE QUE OS TÓPICOS DO CÓDIGO DE ÉTICA NÃO SÃO MUITO
DETALHADOS. ESSE DETALHAMENTO ESTÁ PRESENTE NAS
POLÍTICAS E MANUAIS OU NORMAS DE PROCEDIMENTO QUE
AS EMPRESAS DISPONIBILIZAM PARA OS SEUS
COLABORADORES.
O código de ética possui uma força administrativa e legal muito grande nas empresas. Ele pode conter, por
exemplo, o processo de denúncia, verificação, análise e eventual penalização por desvios de suas disposições.
Os códigos podem conter disposições sobre assuntos bastante diversos, tais como:
1. Obrigatoriedade do cumprimento de leis e regulamentações.
2. Obrigatoriedade da garantia da saúde e segurança ocupacional dos colaboradores.
3. Formas de relacionamento com clientes e fornecedores.
4. Atenção à postura ética e moral em todos os relacionamentos.
5. Obrigatoriedade de responder às demandas de clientes com a máxima brevidade, ética e respeito.
6. Uso de marcas e símbolos da empresa.
7. Forma adequada de tratamento de informações da empresa e/ou de suas partes relacionadas.
8. Vedação do recebimento de presentes e favores de quaisquer partes relacionadas;
9. Transparência das ações e decisões da administração e seus níveis subordinados.
A TRANSPARÊNCIA DAS AÇÕES E DECISÕES CORPORATIVAS
Do conjunto de disposições que vimos até agora, vale destacar a transparência nas decisões. A transparência é
um dos valores da governança corporativa e envolve a vontade da administração em dar ciência às partes
interessadas de suas ações e decisões.
 ATENÇÃO
Claro que não estamos falando da divulgação de quaisquer informações sobre essas ações e decisões, pois
várias são cobertas por sigilos legais ou de negócios. Esse interesse envolve a divulgação de mais informações
do que o requisitado em lei ou em regulamentações, respeitadas essas limitações legais e de negócios.
Neste contexto, evita-se que decisões, prejudiciais ou benéficas, sejam tomadas sem conhecimento e
autorização das partes interessadas. Os acionistas, por exemplo, poderiam se sentir prejudicados se a
administração tomasse decisões sem avisá-los sobre questões que afetam positiva ou negativamente o valor de
mercado da empresa e, consequentemente, de suas participações. Tomadas de decisão desse tipo parecem
erradas, não é? Mas essas situações já foram muito comuns e ainda podem estar acontecendo em várias
empresas. Daí a importância da transparência.
AS POLÍTICAS CORPORATIVAS
As políticas corporativas apresentam diretrizes da administração sobre diversos temas corporativos, assim como
a atribuição de reponsabilidades pela sua condução. Elas são formas de a administração mostrar sua
determinação, sua orientação e seu apoio na aplicação de suas disposições.
 SAIBA MAIS
Essas políticas podem envolver assuntos tão diversos como vendas, crédito, combate à corrupção, gestão de
recursos humanos (ou de pessoas), segurança da informação, produção, ou saúde e segurança ocupacional.
Trata-se de um documento que apresenta afirmações genéricas (ou não) sobre o que deve ser feito pelos
integrantes da empresa. Por isso, sua leitura deve ser clara e objetiva, de forma a ser facilmente compreendida
por todos na empresa. Essas políticas costumam ser acompanhadas de normas e padrões que detalham o
como fazer.
NOS CONTEXTOS DA GOVERNANÇA E DA SUSTENTABILIDADE
CORPORATIVAS, MUITAS EMPRESAS APRESENTAM COMO
PARTE DE SUAS POLÍTICAS OU COMO UMA POLÍTICA
INDEPENDENTE AS SUAS DIRETRIZES PARA A
RESPONSABILIDADE CORPORATIVA. MAS, DESDE JÁ, É
IMPORTANTE SALIENTAR QUE VÁRIAS POLÍTICAS SÃO
DESENVOLVIDAS DE FORMA A ALINHAR AS AÇÕES DA
EMPRESA ÀS PRÁTICAS DA RESPONSABILIDADE SOCIAL.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Foto: Shutterstock.com
Os debates sobre a governança corporativa e a sustentabilidade corporativa também têm envolvido a chamada
responsabilidade social. Esse termo, lido fora de contexto pode sugerir ações sociais desenvolvidas por
pessoas ou empresas visando auxiliar os mais necessitados. Mas, será que é isso mesmo?
A RESPONSABILIDADE SOCIAL, NO CONTEXTO CORPORATIVO,
PODE SER DEFINIDA COMO O CONJUNTO DAS AÇÕES,
DECISÕES E POSTURAS QUE BENEFICIEM ASPECTOS COMO A
PROSPERIDADE DAS ORGANIZAÇÕES, BENEFICIEM AS
PESSOAS, E PRESERVEM O MEIO AMBIENTE.
O exercício da responsabilidade social é um dever se todos na empresa, com destaque para administradores e
gestores. Esses devem considerá-la em todas as sus tomada de decisão. Mas, como isso deve ser
implementado nas empresas? Existem referências de mercado a serem seguidas?
 RESPOSTA
Existem normas da Associação Brasileiras de Normas Técnicas (ABNT) e da International Organization for
Standardization (ISO). Essas normas são as normas ABNT NBR 16001:2012 e ABNT NBR ISO 26000:2010.
NORMA ABNT NBR 16001:2012
Em 2004, após uma demanda do mercado e uma ampla consulta nacional, a ABNT publicou a norma: ABNT
NBR 16001 Responsabilidade social – Sistema da gestão – Requisitos. Atualmente está em vigor a sua primeira
revisão, ocorrida em 2012.
Essa norma não só disciplina o tema como apresenta um sistema de gestão próprio para a sua implementação e
execução. Note que ela não é uma norma ISO, mas sim uma produção própria da ABNT, voltada para o nosso
mercado.
O sistema de gestão que a NBR 16001 propõe é similar aos apresentados pelas normas NBR ISO 9001:2000,
NBR ISO 14001:2004 e ISO 45001:2018. Ela usa a abordagem do ciclo PDCA – Planejar, Fazer, Checar, Agir
(melhoria contínua) e apresenta estrutura e elementos similares aos dessas normas. Observa-se que a NBR
16001 foi lançada em 2004, na mesma época da revisão da NBR ISO 14001.
NORMA NBR 16001 E O SISTEMA DE GESTÃO INTEGRADO (SGI)
Você deve estar se perguntando se a norma NBR 16001:2012 pode integrar o SGI assim como as outras três
normas que já conhecemos. A resposta é sim. Isso é possível graças à compatibilidade dos quesitos e do próprio
tema com o contexto das demais normas.
 ATENÇÃO
Note que a norma NBR 16001 e a norma ISO 45001, que vamos estudar no próximo módulo, estão relacionadas
à dimensão “social” da sustentabilidade.
Um aspecto importante a destacar é que a implementação dessa norma pode ter os resultados da auditoria de
sua conformidade certificados, já que apresenta requisitos para implementação do sistema de gestão. Ou seja,
essa norma é “certificável”.
Mas observe que a implementação do sistema de gestão que ela propõe não significa quea empresa é
socialmente responsável, condição esta que só será alcançada a partir do desempenho de suas operações no
dia a dia. A implementação do sistema, com ou sem a certificação, significa que a empresa criou mecanismos
que auxiliam a chegar a essa condição. Ela será reconhecida como socialmente responsável pelas suas partes
relacionadas.” para “Portanto, a empresa será reconhecida como socialmente responsável se as suas ações e
decisões forem assim reconhecidas pelas partes relacionadas.
CONCEITO DE REPONSABILIDADE SOCIAL
O conceito proposto pela norma NBR 16001:2012 envolve dois temas importantes para a governança
corporativa, que são a transparência e a ética. Vejamos esse conceito:
RESPONSABILIDADE DE UMA ORGANIZAÇÃO (...) PELOS
IMPACTOS (...) DE SUAS DECISÕES E ATIVIDADES NA
SOCIEDADE E NO MEIO AMBIENTE (...). POR MEIO DE UM
COMPORTAMENTO ÉTICO (...) E TRANSPARENTE...”. A NORMA
PROSSEGUE ESCLARECENDO QUE
- CONTRIBUA PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (...),
INCLUSIVE A SAÚDE E O BEM-ESTAR DA SOCIEDADE;
- LEVE EM CONSIDERAÇÃO AS EXPECTATIVAS DAS ÁREAS
INTERESSADAS (...);
- ESTEJA EM CONFORMIDADE COM A LEGISLAÇÃO APLICÁVEL
E SEJA CONSISTENTE COM AS NORMAS INTERNACIONAIS DE
COMPORTAMENTO (...); E
- ESTEJA INTEGRADA EM TODA A ORGANIZAÇÃO (...) E SEJA
PRATICADA EM SUAS RELAÇÕES.
(ABNT, 2012, p. 5)
Com isso, as administrações estão agindo dentro da responsabilidade social quando:
Imagem: Shutterstock.com
Buscam o desenvolvimento sustentável.
Imagem: Shutterstock.com
Praticam a governança corporativa.
Imagem: Shutterstock.com
Empregam a ética em todos os seus relacionamentos com as partes relacionadas, ou a transparência nas suas
tomadas de decisão e ações, entre outros aspectos.
O mesmo ocorre quando a empresa vem a público e informa suas boas e más notícias. Realmente é muito fácil
comentar alguma ação empresarial ou social de sucesso, na qual a empresa se destacou ou conduziu. Por outro
lado, é tão difícil quanto necessário dar transparência às más notícias, como acidentes que afetam suas equipes,
seus clientes, ou terceiros.
 EXEMPLO
Imagine uma situação fictícia em que uma montadora de veículos descobrisse falhas no sistema de freios de
seus carros mais vendidos. Nesse caso, a atitude socialmente responsável seria vir a público e fazer o chamado
recall, convidando os proprietários a vir trocar gratuitamente o sistema de freios. Mas essa transparência teria
seu preço, e a empresa deveria arcar com ele: eventuais vítimas (ou seus parentes) poderiam procurar a
empresa e/ou a justiça em busca de reparação pelo acidente sofrido comprovadamente por esse problema de
freio.
No exemplo apresentado, embora tenha enfrentado alguns problemas relacionados à decisão pela transparência,
a empresa cumpriu suas obrigações legais e veio a público relatar o problema. Nesse sentido, os impactos
negativos serão inferiores ao que aconteceria se a empresa optasse pela não transparência, esperando alguém
reclamar. Note que o desempenho dessa responsabilidade viabiliza o desenvolvimento sustentável da empresa.
A seguir, veremos o que isso significa.
CONCEITO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
A norma NBR ISO 16001:2012 define desenvolvimento sustentável como sendo o:
“DESENVOLVIMENTO QUE SATISFAZ AS NECESSIDADES DO
PRESENTE SEM COMPROMETER A CAPACIDADE DAS FUTURAS
GERAÇÕES DE SUPRIR SUAS PRÓPRIAS NECESSIDADES”
(ABNT, 2012, p. 2)
Você consegue perceber um certo “toque ecológico” nessa definição? Algo como “vamos tratar do meio ambiente
agora para que as gerações futuras também possam usufruir dele!”? O fato é que essa frase até se aplica em
parte ao tema meio ambiente, mas há bem mais do que isso envolvido nesse desenvolvimento.
A norma NBR 16001 expõe que o desenvolvimento sustentável envolve três dimensões – capital, meio ambiente
e social –, as quais podemos definir da seguinte maneira:
CAPITAL
MEIO AMBIENTE
SOCIAL
CAPITAL
Envolve os efeitos econômicos que a empresa provoca nas suas partes relacionadas.
MEIO AMBIENTE
Envolve os efeitos da empresa sobre os sistemas ecológicos onde atua.
SOCIAL
Trata dos impactos dos efeitos das ações da empresa sobre os ambientes sociais internos e externos.
Esses impactos ou efeitos envolvem qualquer tipo de influência, seja ela positiva ou negativa, que a empresa
possa ter exercido sobre os ambientes socais, ecológicos ou sobre as partes relacionadas.
Isso quer dizer que a empresa que deseje alcançar o desenvolvimento sustentável deve, por exemplo:
Imagem: Shutterstock.com
Honrar contratos e acordos que mantém com clientes, colaboradores, fornecedores, órgãos reguladores etc.
(capital).
Imagem: Shutterstock.com
Tratar os footprints (Pegada ecológica.) que deixou na natureza durante a sua operação (meio ambiente).
Imagem: Shutterstock.com
Oferecer serviços sociais de apoio as populações de baixa renda próximas e suas unidades de produção,
atenuando os impactos de sua produção sobre elas (social).
ABNT NBR ISO 26000:2010 – DIRETRIZES PARA A
RESPONSABILIDADE SOCIAL
Em 2010, a ABNT publicou a norma ABNT NBR ISO 26000:2010 – Diretrizes para a responsabilidade social.
Essa é uma noma ISO que visa apresentar princípios, conceitos, ferramentas e orientações voltadas para a
responsabilidade social. Por ser conceitual e não apresentar quesitos, ela não é certificável, e a própria norma
esclarece isso.
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Essa norma apresenta uma estrutura diferenciada em relação a outras normas: seu conteúdo está organizado
como um texto didático ou artigo acadêmico, ou seja, com uma leitura mais informativa do que técnica.
É uma norma que pode ser apresentada e aplicada em conjunto com a NBR 16001, não com o intuito de compor
o sistema de gestão da responsabilidade social, mas para orientar administradores, gestores, equipes e até as
partes interessadas sobre o exercício adequado da responsabilidade social.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E SAÚDE E A SEGURANÇA DO
TRABALHO
Conforme já vimos, os trabalhadores são também partes interessadas. O cuidado com sua saúde e segurança
no ambiente de trabalho faz parte das responsabilidades sociais da administração.
Nesse contexto, são aplicações da responsabilidade social:
gerenciamento de riscos ocupacionais;
disponibilização de equipamentos de proteção individual e coletiva;
desenvolvimento de campanhas de conscientização sobre riscos ocupacionais;
alocação de serviços de medicina do trabalho;
disponibilização de máquinas e equipamentos de trabalho ergonomicamente corretos.
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 Equipamentos de Proteção Individual.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. VIMOS QUE AS PARTES INTERESSADAS TÊM DEMONSTRADO GRANDE INTERESSE
NA FORMA COMO AS ADMINISTRAÇÕES EXERCEM A RESPONSABILIDADE SOCIAL.
TAMBÉM VIMOS QUE ESSA RESPONSABILIDADE ESTÁ RELACIONADA À
GOVERNANÇA E À SUSTENTABILIDADE CORPORATIVA. A RESPONSABILIDADE
CORPORATIVA ENVOLVE AÇÕES QUE TRATEM:
A) Da saúde e da segurança dos trabalhadores exclusivamente.
B) Das três dimensões da sustentabilidade corporativa, ou seja, o capital, o social e o ambiental.
C) De ações judiciais movidas contra a empresa (sociedade empresarial).
D) Da saúde e segurança das pessoas necessitadas, exclusivamente.
E) De um dos três sistemas que compõem o SGI.
2. UM ASPECTO DE GRANDE IMPORTÂNCIA PARA AS PARTES RELACIONADAS É O
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL. ELE É PERCEBIDO COMO SENDO UM
ELEMENTO FUNDAMENTAL PARA A GARANTIA DA CONTINUIDADE DA EMPRESA.
ESSA PERCEPÇÃO SE EXPLICA PELO FATO DE QUE:
A) A empresa vai compensar o meio ambiente pelos danos que causou.
B) As pessoas que foram prejudicadas pela empresa serão compensadas.
C) A empresa vai garantir a sua operação no futuro mesmo que prejudicando a sua performance atual.
D) A empresa vai garantir a sua operação atual sem causar prejuízos ao meio ambiente.
E) A empresa vai garantir a sua operação atual sem comprometer essa operação no futuro.
GABARITO
1. Vimos que as partes interessadas têm demonstrado grande interesse na forma como as
administraçõesexercem a responsabilidade social. Também vimos que essa responsabilidade está
relacionada à governança e à sustentabilidade corporativa. A responsabilidade corporativa envolve ações
que tratem:
A alternativa "B " está correta.
A responsabilidade social envolve o desenvolvimento pelos administradores de ações corporativas que devem
abranger os três eixos da sustentabilidade, sendo eles o econômico, o social e o ambiental.
2. Um aspecto de grande importância para as partes relacionadas é o desenvolvimento sustentável. Ele é
percebido como sendo um elemento fundamental para a garantia da continuidade da empresa. Essa
percepção se explica pelo fato de que:
A alternativa "E " está correta.
A norma NBR ISO 16001:2012 define esse desenvolvimento sustentável como sendo o “Desenvolvimento que
supre as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em supri-las”. E esse
desenvolvimento envolve as dimensões capital, social e ambiental da sustentabilidade corporativa.
MÓDULO 2
 Reconhecer a importância e a aplicação da norma ISO 45001:2018
LIGANDO OS PONTOS
A norma ISO 45001:2018 apresenta os requisitos para a implementação de um Sistema de Gestão de Saúde e
Segurança Ocupacional. Mas por que esse sistema é importante para uma empresa? Ele se integra ao Sistema
de Gestão Integrado (SGI)? Para entender isso, vamos ver o que ocorre na empresa ZPK Logística.
A empresa ZPK logística tem cinco centros regionais de distribuição em parceria com grandes aeroportos
brasileiros e empresas de logística locais, as quais fazem a entrega aos clientes. Esses centros estão
aparelhados com equipamentos de última geração (robôs fixos e móveis, drones de solo e voadores, e outros
recursos de tecnologia de ponta, em pleno funcionamento junto com suas equipes operacionais (humanas)).
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Para completar o projeto de implantação do SGI, a ZPK Logística contratou uma consultoria externa
especializada para apoiá-los na implementação do seu Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional
(SGSSO) e na complementação e revisão do seu Sistema de Gestão Integrado. Eles também devem considerar
no seu trabalho os Sistemas de Gestão da Qualidade (SGQ) e de Gestão Ambiental (SGA), que já estão
implementados e certificados. Vale lembrar que a certificação foi revalidada pouco antes desse trabalho.
O trabalho da consultoria envolveu etapas como:
auditoria de conformidade da implementação do SGQ e do SGA, visando ao seu aproveitamento na
implementação do SGSSO e do SGI;
identificação dos elementos que são comuns aos sistemas SGQ, SGA e que poderão ser aproveitados para
o SGSSO e SGI;
desenvolvimento da política de Saúde e Segurança Ocupacional (SSO), integrando-a às políticas do SGA e
SGQ;
implementação do SGSSO e do SGI, considerando os elementos comuns com os outros sistemas;
pré-auditoria da implementação do SGSSO, visando à preparação para a auditoria de conformidade de
terceira parte e certificação.
Após a leitura do caso, é hora de aplicar seus conhecimentos! Agora, vamos ligar esses pontos e ajudar a equipe
de projeto com as decisões a serem tomadas.
1. A CONSULTORIA INICIOU SUAS ATIVIDADES COM UMA AUDITORIA DE
CONFORMIDADE DO SGQ E DO SGA, QUE JÁ ESTAVAM IMPLEMENTADOS E
CERTIFICADOS, E RECERTIFICADOS. ISSO FAZ SENTIDO?
A) Não. Os Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiental já estão certificados, e essa certificação foi
revalidada.
B) Não. A consultoria não deveria considerar esses sistemas no seu trabalho.
C) Faz sentido, sim, e a consultoria precisa avaliar se essas implementações ocorreram dentro dos quesitos da
norma, dando assim a sua própria certificação.
D) Faz sentido, já que essas auditorias de terceiro para certificação não farão a avaliação da conformidade do
cumprimento dos quesitos das normas.
E) Faz sentido, já que as certificações desses sistemas são inadequadas. Apenas o SGI pode ser certificado.
2. A CONSULTORIA PRETENDE DESENVOLVER UMA PRÉ-AUDITORIA DA
IMPLEMENTAÇÃO DO SGSSO, VISANDO À PREPARAÇÃO PARA A AUDITORIA DE
CONFORMIDADE DE TERCEIRA PARTE E CERTIFICAÇÃO. ESSE PROCEDIMENTO É O
MAIS ADEQUADO?
A) A realização da pré-auditoria é adequada, mas não por essa mesma consultoria, pois a implementação feita
por ela não traria uma visão independente do que foi realizado.
B) Esse procedimento é um erro sob qualquer ponto de vista, uma vez que não trata de uma conformidade para
certificação.
C) Esse procedimento está correto sob qualquer ponto de vista, pois ela trará segurança à empresa de que o
trabalho da consultoria foi perfeito.
D) Esse procedimento não faz sentido, a menos que seja usado para a certificação.
E) É um procedimento que só serve para liberar pagamento para a consultoria.
GABARITO
1. A consultoria iniciou suas atividades com uma auditoria de conformidade do SGQ e do SGA, que já
estavam implementados e certificados, e recertificados. Isso faz sentido?
A alternativa "A " está correta.
Como os dois sistemas em questão já estão certificados, e essa certificação foi revalidada recentemente, essa
auditoria mostra-se desnecessária. A princípio, caberia à consultoria apenas estudar os sistemas para identificar
a forma como operam, visando ao seu aproveitamento parcial no novo SGSSO. Esse poderá ser também
certificado, deixando todo o SGI certificado.
2. A consultoria pretende desenvolver uma pré-auditoria da implementação do SGSSO, visando à
preparação para a auditoria de conformidade de terceira parte e certificação. Esse procedimento é o mais
adequado?
A alternativa "A " está correta.
O procedimento é válido, mas não poder ser realizado pela própria empresa, pois ela não terá independência
para fazê-lo. Isso quer dizer que ela poderá manter interpretações que deu aos quesitos da norma que podem
não corresponder ao que foi preconizado pela ISO e adotado pela organização certificadora.
3. A CONSULTORIA VAI DESENVOLVER UMA POLÍTICA DE
SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL. MAS ISSO FAZ
SENTIDO? NÃO DEVERIA SER UMA POLÍTICA ÚNICA DO SGI,
SUBSTITUINDO AS POLÍTICAS DE QUALIDADE, DE MEIO
AMBIENTE, E DE SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL?
RESPOSTA
O procedimento está correto. A política em questão deve ser desenvolvida para tratar
desse tema, e sua conformidade com a norma será avaliada dessa forma. No SGI,
essa política deverá ser integrada com as do SGQ e SGA, mas isso não quer dizer que
haverá uma nova política resultante dessa integração. Haverá a eliminação de conflitos
ou discordâncias entre elas.
javascript:void(0)
O QUE É O SISTEMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA
OCUPACIONAL?
SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL
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Neste módulo, estudaremos o sistema de gestão que compõe o SGI, que é o proposto pela norma ISO
45011:2018 PT – Sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional – Requisitos com orientação para
uso, sobre o qual discutiremos neste módulo.
A norma ISO 45001:2018 é uma norma internacional publicada em 2018 pela International Organization for
Standardization (ISO). A ABNT distribui no Brasil uma versão traduzida para o português – é por isso que as
letras PT (português) aparecem junto à numeração da norma.
A seguir, vamos estudar essa norma, começando pelas suas origens.
ORIGENS DA NORMA ISO 45001:2018
Os acidentes e as doenças ocupacionais estão presentes nas empresas há séculos. Ao longo dos últimos cem
anos, governos, empresas, sindicatos, universidades e outras organizações correlacionadas passaram a
desenvolver legislações, regulamentações, normas (internas e externas) e outros mecanismos preventivos que
protegem o trabalhador. E o fazem por perceber esse esforço como benéfico tanto para elas quanto, e
principalmente, para os seus empregados e terceiros que atuam nesses ambientes, conforme o que já
estudamos sobre os benefícios do gerenciamento de riscos.
Nesse contexto, sabemos que as legislações e regulamentações apresentam o que deve ser feito pelas
empresas para proteger os seus trabalhadores de riscos ocupacionais, incluindoo gerenciamento desses riscos.
 EXEMPLO
Inclui-se aqui, por exemplo, o conjunto de normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho, as quais
resolvem para as empresas várias questões gerais a respeito da prevenção desses riscos. Há, no entanto,
inúmeras outras questões que não são tratadas por esses instrumentos, mas que representam problemas para
as empresas.
Por outro lado, já aprendemos que o principal objetivo da normalização técnica é exatamente solucionar
problemas que as empresas encontram em suas operações, incluindo-se aqui questões gerais ou específicas
relacionadas à saúde e segurança do trabalho. Essas empresas costumam buscar o auxílio das organizações
normalizadoras visando à produção de normas para o tratamento dessas questões.
É POR ISSO QUE, AO ANALISARMOS AS NORMAS NACIONAIS E
INTERNACIONAIS PUBLICADAS PELA ABNT, POR EXEMPLO,
PODEMOS VER NORMAS TRATANDO DE QUESTÕES
ESPECÍFICAS PARA UM OU OUTRO SETOR DE NEGÓCIOS, OU
MEIO DE PRODUÇÃO.
Nesse cenário, as empresas também precisam organizar seus esforços e recursos visando direcioná-los para a
identificação e o gerenciamento dos seus riscos ocupacionais. Com isso, podem tratar os riscos para os quais
não há referências diretas na legislação, regulamentação, ou mesmo em normas técnicas. Para isso, as
empresas lançam mão de sistemas de gestão que são propostos pelas organizações normalizadoras para esse
fim.
Em relação aos sistemas de gestão de riscos para a saúde e a segurança ocupacional, um bom ponto de partida
do nosso estudo está no conjunto de normas britânicas OSHAS 18001 e OSHAS 18002, publicadas em 1999 e
revisadas em 2007. Passaremos a estudá-las a seguir.
AS NORMAS OSHAS 18001:2007 E OSHAS 18002:2008
A norma OSHAS 18001:2007 – Occupational Health and Safety Assessment Series foi desenvolvida pelo The
British Standards Institution – BSI, em conjunto com outras organizações normalizadoras e certificadoras.
 SAIBA MAIS
O BSI é uma organização normatizadora e certificadora britânica sem fins lucrativos, que representa o Reino
Unido junto a International Organization for Standardization (ISO), da mesma forma que ocorre com a ABNT no
Brasil. Suas atividades incluem o desenvolvimento de normas técnicas, treinamentos, certificações e atividades
de consultoria.
Desde a sua primeira versão, a norma OSHAS 18001 foi complementada pela norma OHSAS 18002, Guidelines
for the implementation of OHSAS 18001, em que se apresentavam recomendações para a implementação da
norma 18001. Assim, ambas precisavam ser implementadas em conjunto.
A primeira versão dessa norma foi publicada em 1999 em atendimento a uma demanda internacional pela
proposição de um padrão para a implementação e operação de um Sistema de Gestão da Segurança e Saúde
no Trabalho (SGSST).
CONVÉM DESTACAR QUE ESSA NORMA FOI PUBLICADA PELO
BSI, MAS FOI DESENVOLVIDA EM CONJUNTO POR UM GRUPO
DE ORGANIZAÇÕES DE NORMALIZAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE
OUTROS PAÍSES. PARA ISSO, ESSE GRUPO TOMOU COMO
BASE OS PADRÕES PRESENTES NA NORMA ISO 14001:1996,
QUE PROPUNHA UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL E
ESTAVA EM VIGOR NA ÉPOCA. COMO ESSA NOVA NORMA
APRESENTAVA QUESITOS E DIRETRIZES PARA A
IMPLEMENTAÇÃO DESSE SISTEMA, VIABILIZOU A
CERTIFICAÇÃO DE SUA IMPLEMENTAÇÃO BASEADA NOS
RESULTADOS DE UMA AUDITORIA DE CONFORMIDADE.
Por ter sido desenvolvida por um grupo de organizações normalizadoras e ter usado como base uma norma ISO,
a norma OSHAS 18001 gozava de um destaque e de uma aceitação internacional dignos de uma norma da ISO,
apesar de não ser uma delas. Ainda assim, essa norma preencheu uma lacuna no conjunto de normas ISO, ao
apresentar um sistema de gestão desenvolvido especificamente para tratar da saúde e segurança ocupacional
nos ambientes de trabalho.
A norma OSHAS 18001 sucedeu a norma BS 8800:1996 – Série de Avaliação da Saúde e Segurança no
Trabalho, que também foi publicada pelo BSI e ganhou grande projeção e aceitação internacional durante a sua
vigência. A norma BS 8800:1996 trazia conceitos, definições e recomendações sobre a gestão da saúde e da
segurança ocupacional, mas não apresentava efetivamente o meio para implementar um sistema que
operacionalizasse esse tema (BARSANO; BARBOSA, 2014).
 COMENTÁRIO
Um fato interessante a ser observado é que a norma OSHA 18001:1999 propôs o seu sistema de gestão um ano
antes da publicação das mudanças na série 9000 (qualidade). Essas mudanças incluíram a proposição da norma
ISO 9001:2000 – Sistema de Gestão da Qualidade, que apresentava o padrão que foi adotado mais tarde por
outras normas ISO, e que usamos até hoje.
Em 2004, o padrão da ISO 9001:2000 foi adotado pela norma ISO 14001:2004 – Sistema de Gestão Ambiental,
e, em 2007, pela OSHAS 18001:2007, viabilizando a implementação do SGI com essas três normas.
NOTE QUE AS EVOLUÇÕES OCORRIDAS ENTRE AS VERSÕES
1999 E 2007 DA OSHAS 18001 ENVOLVERAM BASICAMENTE O
ALINHAMENTO DO MODELO DE GESTÃO PROPOSTO POR ESSA
NORMA AO ADOTADOS PELAS NORMAS ISO 9001 E 14001.
É importante destacar que a produção e divulgação de normas como essas visam disseminar boas práticas de
saúde e de segurança ocupacional (incluindo os sistemas de gestão) por organizações normativas como BSI ou
ABNT, que seguem recomendações da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Trata-se de uma boa forma
de divulgar essas práticas nos diferentes países e promover adaptações às condições de cada país, ou mesmo a
publicação de normas complementares locais que se façam necessárias.
 ATENÇÃO
Vale lembrar que as Normas Regulamentadoras (NR) publicadas pelo Ministério do Trabalho também foram
publicadas seguindo recomendações dessa mesma OIT, embora com um caráter mandatório, e não opcional
como o das normas técnicas que temos discutido.
A NORMA ISO 45001:2018
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SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL
(SGSSO)
Ao apresentar o principal objetivo do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional (SGSSO) – ou do
trabalho (SGSST), a norma ISO 45001:2018 estabelece que:
O OBJETIVO DE UM SISTEMA DE GESTÃO DE SSO É FORNECER
UMA ESTRUTURA PARA GERENCIAR RISCOS E
OPORTUNIDADES DE SSO. OS OBJETIVOS E OS RESULTADOS
PRETENDIDOS DO SISTEMA DE GESTÃO DE SSO SÃO
PREVENIR LESÕES E PROBLEMAS DE SAÚDE RELACIONADOS
AO TRABALHO PARA OS TRABALHADORES E PROPORCIONAR
LOCAIS DE TRABALHO SEGUROS E SAUDÁVEIS;
CONSEQUENTEMENTE, É EXTREMAMENTE IMPORTANTE PARA
A ORGANIZAÇÃO ELIMINAR OS PERIGOS E MINIMIZAR OS
RISCOS DE SSO, TOMANDO MEDIDAS PREVENTIVAS E DE
PROTEÇÃO EFETIVA.
(ISO 45001, 2018)
Assim, o primeiro ensinamento que essa afirmação nos apresenta é que o SGSSO é um sistema essencialmente
preventivo. Por meio dele, é possível:
Identificar as fontes de riscos ou perigos.

Antecipar as suas consequências antes que se façam presentes.

Tomar medidas preventivas.
Os tratamentos preventivos são sempre priorizados, já que permitem evitar ocorrências danosas que tragam
lesões ou agravos de saúde do trabalhador, ou ainda que reduzam as suas consequências. Mas também são
previstas medidas corretivas, quando aplicável;
MAS, POR QUE PRIORIZAR OS TRATAMENTOS PREVENTIVOS E
NÃO OS CORRETIVOS?
 RESPOSTA
Os tratamentos corretivos são necessários caso os preventivos não sejam suficientes, e ocorram danos para as
pessoas. Daí a importância de se priorizar os tratamentos que evitem a ocorrência desses danos.
 VOCÊ SABIA
Os tratamentos preventivos incluem treinamentos sobre a preservação da saúde e a segurança no trabalho, a
distribuição de equipamentos de proteção individual e coletiva, o gerenciamento de riscos nos ambientes de
trabalho, etc.
Os tratamentos corretivos incluem, por exemplo,
A disponibilidade de equipes treinadas e equipadas para prestar primeiros socorros; acesso a serviços de
emergência de saúde; disponibilidade de desfibriladores; etc.
Outro aspecto a ser considerado é o foco do SGSSO no provimento de meios que tornem o ambiente de trabalho
seguro e saudável.
É sempre bom lembrar que as medidas preventivas serão realmenteefetivas apenas se aplicadas
adequadamente sobre as fontes dos riscos. Caso não o sejam, a probabilidade de ocorrência do evento danoso
ou os seus impactos crescerá.
Equipamentos de Proteção individual (EPI), por exemplo, são inúteis quando o trabalhador se abstém de usá-los
continuamente em seu trabalho. Os EPI só serão efetivos se estiverem em uso quando o trabalhador se
aproximar de uma fonte de risco, como uma fonte de energia ou um ambiente onde pode ocorrer a queda de
detritos.
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GENERALIDADES SOBRE A NORMA
A nova norma ISO é uma evolução ou atualização da antiga do BSI? A resposta é não! Há diferenças conceituais
e práticas entre as normas que não permitem classificar a nova norma como uma atualização da antiga.
O fato de ambas apresentarem proposições para Sistemas de Gestão da Saúde e Segurança do Trabalho,
considerarem o ciclo PDCA (melhoria contínua) na sua implantação, estarem alinhadas com outros Sistemas de
Gestão ISO (NBR ISO 9001 e NBR ISO 14001) e enfocarem o gerenciamento de riscos para o trabalhador no
seu ambiente de trabalho as tornam similares.
Por outro lado, aspectos conceituais e práticos como a abordagem por processos ou o método de avaliação de
riscos da nova norma as tornam bastante diferentes.
OUTRO ASPECTO INTERESSANTE ESTÁ NA REGRA DE
TRANSIÇÃO PARA AS EMPRESAS QUE ADOTAVAM AS NORMAS
OSHAS 18001 E 18002. ESSAS EMPRESAS PUDERAM
CONTINUAR USANDO A NORMA ANTIGA COMO REFERÊNCIA
PARA OS SEUS SISTEMAS DE GESTÃO DE SAÚDE E
SEGURANÇA DO TRABALHO POR MAIS TRÊS ANOS APÓS A
PUBLICAÇÃO DA NORMA ISO 45001:2018, OCORRIDA EM
MARÇO DE 2018. ESSE PERÍODO É DEFINIDO COMO DE
ADAPTAÇÃO A NOVA NORMA.
As vantagens da implantação da norma são:
1. Redução de ocorrências de acidentes e doenças ocupacionais.
2. Redução de gastos com tratamentos médicos.
3. Redução de ausências e afastamentos do trabalho devido a acidentes e doença ocupacionais.
4. Formação da cultura de segurança do trabalho e prevenção de acidentes.
5. Melhoria da produtividade e dos negócios.
6. Melhoria da imagem da empresa junto ao mercado.
7. Garantia do cumprimento de requisitos definidos pela legislação e regulamentação relacionadas ao
trabalho no Brasil.
CICLO PDCA
Da mesma forma que ocorre com as normas NBR ISO 9001:2015 e NBR ISO 14001:2015, a norma ISO
45001:2018 utiliza o ciclo PDCA como referência para a operação do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança
do Trabalho que propõe. Com isso, ela estabelece que o sistema será aplicado continuadamente, definindo a
evolução como uma de suas metas.
ESSA BUSCA PELA MELHORIA CONTÍNUA LEVA À REDUÇÃO DE
ERROS E FALHAS DOS PROCESSOS COBERTOS PELO SISTEMA
DE GESTÃO POR MEIO DA BUSCA E DO TRATAMENTO
PERMANENTES DAS SUAS CAUSAS, O QUE FAZ COM QUE AS
OCORRÊNCIAS DE FALHAS TENDAM A ZERO.
Trazendo esse raciocínio para a saúde e segurança do trabalho, podemos também concluir que as ocorrências
de lesões e problemas de saúde relacionados ao trabalho tenderão a zero.
IMPLEMENTAÇÃO DO SISTEMA DE GESTÃO DA SAÚDE E
SEGURANÇA OCUPACIONAL (SGSSO)
Primeiros passos
Inicialmente, vale lembrar que é necessário o desenvolvimento de aplicação de políticas, objetivos e processos
para a implementação do sistema de gestão.
As políticas definem as responsabilidades e diretrizes da administração em relação ao sistema de gestão. Nesse
cenário, é a administração que estabelece os objetivos para o sistema de gestão. A fim de garantir o
cumprimento das políticas e o atingimento dos objetivos estabelecidos, são implementados processos visando à
operacionalização desse mesmo sistema.
VOCÊ DEVE ESTAR PENSADO QUE, PARA SE DESENVOLVER
ESSES E OUTROS SISTEMAS DE GESTÃO, É NECESSÁRIO
OBTER ANTES UM BOM ENTENDIMENTO SOBRE A EMPRESA,
NÃO É?
 RESPOSTA
E é isso mesmo! Tanto essas normas quanto a norma ISO 45001:2018 destacam a necessidade se conhecer
previamente a empresa, a sua estrutura, o seu mercado, a sua produção e até as legislações e regulamentações
que a empresa precisa seguir para desenvolver os seus negócios.
Mas há outros aspectos a serem considerados. No caso da norma ISO 45001:2018, como o sistema que ela
descreve está relacionado à saúde e segurança ocupacional, é interessante que os trabalhadores participem de
seu planejamento, implementação e gestão.
No Brasil, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), prevista pela NR-5, pode ser uma dessas
formas. A empresa, no entanto, pode buscar outras formas, como reuniões, campanhas de sugestão de
melhorias, eventos de divulgação e conscientização, e pesquisas de opinião. E elas o farão motivadas pelo
entendimento de que, quanto maior for a participação dos trabalhadores na construção desse sistema, mais ele
será entendido e aceito.
OUTRO ASPECTO IMPORTANTE ESTÁ NA PARTICIPAÇÃO E NO
APOIO EXPLÍCITO DA ADMINISTRAÇÃO DA EMPRESA AO
PROJETO DE IMPLEMENTAÇÃO E GESTÃO POSTERIOR DO
SISTEMA DE GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA
OCUPACIONAL. ESSE PRESTÍGIO DADO PELA ADMINISTRAÇÃO
AO PROJETO DEMONSTRA A TODOS NA EMPRESA O
COMPROMETIMENTO E INTERESSE DELA NO SUCESSO DO
PROJETO.
A definição de objetivos do sistema também é uma responsabilidade da administração e deve estar alinhada aos
objetivos estratégicos da empresa. O item 3.11 da ISO 45001:2018 estabelece dois objetivos mínimos ou básicos
para o SGSSO:
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Estabelecer medidas preventivas contra a ocorrência de lesões e doenças ocupacionais.
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Disponibilizar ambientes de trabalho mais seguros para os trabalhadores.
Política de segurança e saúde ocupacional
Como já vimos anteriormente, a política deve conter as definições das responsabilidades e as diretrizes da
administração quanto ao SGSSO. Além disso, é um instrumento de divulgação e conscientização de todos sobre
a importância da segurança do trabalho na empresa. A norma ISO 45001:2018 cita alguns aspectos-chave a
serem considerados nela. Por exemplo:
Compromisso da organização com o provimento de um ambiente de trabalho saudável e seguro para os
trabalhadores.
Busca constante pela eliminação e redução dos perigos presentes no ambiente de trabalho.
Conformidade com os requisitos legais e regulatórios relacionados ao trabalho.
Envolvimento dos trabalhadores nas atividades de gerenciamento do risco ocupacional.
Essa política de Saúde e Segurança Ocupacional deve estar em harmonia com as demais políticas da empresa,
com destaque para as que formam com ela o SGI, ou seja, as de Gestão da Qualidade e de Gestão Ambiental.
 ATENÇÃO
É importante lembrar que, junto com a política, devem ser desenvolvidos objetivos e responsabilidades sobre a
saúde e a segurança ocupacional na empresa.
Desenvolvimento do projeto de implementação do SGSSO
Como já vimos, o processo de implementação segue o ciclo do PDCA. Assim, cada etapa vai levar a ações que
vão gerar melhorias no processo. E esse ciclo vai rodar continuamente.
PLANEJAMENTO DO SGSSO
O planejamento do Sistema de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional começa a partir da definição das já
citadas políticas, dos objetivos e dos processos. Ele deve seguir padrões de gestão de projetos que incluem a
definição de cronograma, a alocação de equipes, a integração com outros processos, o plano de alocação de
recursos, os padrões de avaliação de desempenho etc. Mas há outros aspectos a serem considerados, como:
Necessidade de se conduzir o gerenciamento de riscos ocupacionais, incluindo identificação, avaliação,
resposta e tratamento de perigos do ambiente de trabalho.
Identificação e avaliação de oportunidades de melhorias nos processos visando à melhoria da segurança
para o trabalhador.
Definição de planos de ação para o atingimento dos objetivos.
Planejamento e alocação de recursos demandados pela operação do SGSSO.
Definição de um plano de comunicação interna e externa sobre o projeto de implementação e posterior
gestão do SGSSO.
Implementação de treinamentos e campanhas de divulgação e conscientização sobre Saúde e Segurança
Ocupacional (SSO).Estabelecer métodos e sistemas de documentação e gestão de informações do SGSSO.
OPERAÇÃO DO SGSSO
Com o término do projeto de implementação do SGSSO, o sistema entra em operação. Muitas atividades
realizadas durante o planejamento continuam funcionando após a entrada em operação do sistema, como o caso
do gerenciamento de riscos ocupacionais, cuja operação é sempre permanente, pois os riscos estão sempre
presentes e/ou se modificando. Essa operação inclui etapas como:
implementação do plano de gestão e controle da operação;
alocação de recursos demandados pelo projeto;
condução das atividades de eliminação ou mitigação de fontes de riscos ou perigos;
gestão das mudanças operacionais que se façam necessárias para o desenvolvimento do sistema ou a
aplicação dos seus produtos;
definição dos planos de contingência que garantam a continuidade do projeto mesmo se contratempos
ocorrerem.
AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DO SGSSO
O SGSSO pode ser parametrizado para entrar em operação e começar a ser monitorado. Para isso, são
definidos indicadores de processo que possam ser acompanhados pela gestão de projeto e, depois, pela gestão
do processo resultante do projeto. Essa etapa pode incluir:
definição de indicadores de desempenho de cada processo;
implementação de sistemas de monitoramento dos indicadores de desempenho;
análise e avaliação da evolução dos indicadores de desempenho;
definição de sistemas de auditoria de conformidade permanente dos quesitos do sistema (não serve para
certificação, mas sim para controle de gestão);
execução de auditorias internas periódicas.
MELHORIA DO SGSSO
O resultado do monitoramento das operações e da análise de indicadores pode levar à necessidade de ajustes
do processo. Se for esse o caso, deverão ser definidas melhorias a serem implementadas no processo, a fim de
aperfeiçoá-lo. É importante lembrar que essas melhorias tratam as causas das falhas do processo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. SOBRE AS NORMAS OSHAS 18001:2007 E OSHAS 18002:2008 PODEMOS AFIRMAR
QUE:
ELAS NÃO FORAM SEQUER CONSIDERADAS NO DESENVOLVIMENTO DA NORMA
ISO 45001:2018.
ELAS NÃO USAM A ABORDAGEM DO CICLO PDCA.
A NORMA OSHAS 18001:2007 É CERTIFICÁVEL.
SOBRE ESSAS AFIRMAÇÕES PODE-SE CONCLUIR QUE:
A) Apenas a afirmativa II está correta.
B) Apenas a afirmativa III está correta.
C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
E) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
2. A ISO 45001:2018 VEIO SUBSTITUIR AS NORMAS OSHAS 18001:2007 E OSHAS
18002:2008. SOBRE ELA PODEMOS AFIRMAR QUE:
NÃO É CERTIFICÁVEL.
USA A ABORDAGEM DO CICLO PDCA.
FORNECE UMA ESTRUTURA PARA GERENCIAR RISCOS E OPORTUNIDADES DE
SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL.
SOBRE ESSAS AFIRMAÇÕES PODE-SE CONCLUIR QUE:
A) Apenas a afirmativa II está correta.
B) Apenas a afirmativa III está correta.
C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas.
D) Apenas as afirmativas II e III estão corretas.
E) Apenas as afirmativas I e III estão corretas.
GABARITO
1. Sobre as normas OSHAS 18001:2007 e OSHAS 18002:2008 podemos afirmar que:
Elas não foram sequer consideradas no desenvolvimento da norma ISO 45001:2018.
Elas não usam a abordagem do ciclo PDCA.
A norma OSHAS 18001:2007 é certificável.
Sobre essas afirmações pode-se concluir que:
A alternativa "B " está correta.
A OSHAS 18001 é mesmo certificável já que apresenta quesitos para um sistema de gestão. Vários aspectos
tratados na OSHAS 18001:2007 foram mantidos e continuam válidos na norma ISO 45001:2018, incluindo o
emprego do PDCA.
2. A ISO 45001:2018 veio substituir as normas OSHAS 18001:2007 e OSHAS 18002:2008. Sobre ela
podemos afirmar que:
Não é certificável.
Usa a abordagem do ciclo PDCA.
Fornece uma estrutura para gerenciar riscos e oportunidades de saúde e segurança Ocupacional.
Sobre essas afirmações pode-se concluir que:
A alternativa "D " está correta.
A norma ISO 45001 foi publicada em 2018 e veio substituir as normas OSHAS 18001:2007 e OSHAS
18002:2008. Ele é certificável pois apresenta quesitos para um sistema de gestão, o que advém da proposição
de uma estrutura parametrizada para gerenciar riscos e oportunidades de Saúde e Segurança Ocupacional.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conhecemos a importância da responsabilidade social e o significado do desenvolvimento sustentável e sua
correlação com a gestão empresarial.
Aprendemos também a reconhecer o conteúdo e a importância da norma ISO 45001:2018, que trata do Sistema
de Gestão da Saúde e Segurança Ocupacional (SGSSO) e da forma como esse sistema pode ser planejado,
implementado e monitorado.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2021. Consultado na internet em: 30 jul. 2021.
ABNT CATÁLOGO. Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2021. Consultado na internet em: 30 jul. 2021.
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Fundamentos e vocabulário. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 9001: Sistemas de gestão da qualidade –
Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 14001: Sistemas de gestão ambiental —
Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2005.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 16001: Responsabilidade Social - Sistemas
de gestão — Requisitos com orientações para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2012.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 19011: Diretrizes para auditorias de sistema de
gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR ISO 26000: Diretrizes sobre Responsabilidade
Social. Rio de Janeiro: ABNT, 2010.
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ocupacional - Requisitos com orientação para uso. Rio de Janeiro: ABNT, 2018.
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BRASIL. Portaria n.° 3.214, de 08 de junho de 1978. Aprova as normas regulamentadoras que consolidam as leis
do trabalho, relativas à segurança e medicina do trabalho. Norma Regulamentadora nº 05 (NR-5): COMISSÃO
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18001. XXXIX ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO. 2019. Consultado na internet em: 9
ago. 2021.
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Leia o artigo: Sistema de gestão de segurança e saúde ocupacional: fator crítico de sucesso à implantação
dos princípios do desenvolvimento sustentável nas organizações brasileiras.
CONTEUDISTA
Ronaldo Augusto Granha

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