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7 8 Governador do Estado de Minas Gerais Romeu Zema Neto Secretário de Estado de Educação Igor de Alvarenga Oliveira Icassatti Rojas Secretária Adjunta Geniana Guimarães Faria Subsecretaria de Desenvolvimento da Educação Básica Kellen Silva Senra Superintendente da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores Weynner Lopes Rodrigues Diretora da Coordenadoria de Ensino da EFE Janeth Cilene Betônico da Silva Produção de Conteúdo Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores Revisão Equipe Pedagógica e Professores Formadores da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores Av. Amazonas, 5855 - Gameleira, Belo Horizonte - MG 30510-000 2 9 10 Prezado(a) Professor(a), No intuito de contribuir com o seu trabalho em sala de aula, preparamos este caderno com muito carinho. Por meio dele, você terá a oportunidade de ampliar o trabalho já previsto em seu planejamento. O presente caderno foi construído tendo por base os Planos de Curso 2024, que foram elaborados a partir das competências e habilidades estabelecidas na BNCC e no CRMG a serem desenvolvidas e trabalhadas por todas as unidades escolares da rede pública de Minas Gerais. Aborda os diversos componentes curriculares e para facilitar a leitura e manuseio foi organizado de forma linear. Contudo, ao implementá-lo em sala de aula, você poderá recorrer aos planejamentos de forma não sequencial, atendendo às necessidades pedagógicas dos estudantes. É preciso atentar-se, apenas, para os conhecimentos que são pré-requisitos, ou seja, aqueles que foram trabalhados nos planejamentos anteriores e que precisam ser retomados com os estudantes para a construção do novo conhecimento em questão. Como o principal objetivo deste material é o trabalho com o desenvolvimento de habilidades, este caderno vem com o propósito de dialogar com sua prática e com o seu planejamento dentro das habilidades básicas - aquelas que devemos assegurar que todos os nossos estudantes aprendam. Destacamos ainda, que o livro didático continua sendo um instrumento eficiente e necessário, principalmente por não anular o papel do professor de mediador insubstituível dentro dos processos de ensino e de aprendizagem. Coracini[1] (1999) nos diz que “o livro didático já se encontra internalizado no professor (...) o professor continua no controle do conteúdo e da forma (...)”, reafirmando que, o que torna o livro didático e o que torna os Cadernos MAPA eficientes, é justamente a maneira como o professor utiliza-os junto aos estudantes. Desejamos a você, professor(a), um bom trabalho! Equipe da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores 1. CORACINI, Maria José. (Org.) Interpretação, autoria e legitimação do livro didático. São Paulo: Pontes, 1999. 4 11 SUMÁRIO ENSINO RELIGIOSO ......................................................................................... 07 TEMA DE ESTUDO: Crenças Religiosas e Filosofias de Vida ............................. 07 REFERÊNCIAS ............................................................................................ 16 5 12 7 TEMA DE ESTUDO: Em que nós acreditamos? APRESENTAÇÃO Olá, professor! No primeiro bimestre para o oitavo ano, trabalhamos para que nossos estudantes desenvolvessem habilidades relacionadas às tecnologias de informação e comunicação (TIC’s), perpassando princípios éticos para sua utilização, bem como sua contribuição para as diferentes tradições religiosas e filosofias de vida. No segundo bimestre, prosseguimos nosso trabalho apresentando e discorrendo sobre as diferentes tradições religiosas e filosofias de vida, enfocando suas doutrinas e sua influência sobre seus seguidores. A habilidade EF08ER08MG diz respeito a inventariar as principais crenças, convicções e atitudes religiosas contemporâneas. É importante que você utilize essa habilidade para PLANEJAMENTO MATERIAL DE APOIO PEDAGÓGICO PARA APRENDIZAGENS - MAPA ANO DE ESCOLARIDADE 8º Ano ÁREA DE CONHECIMENTO Ciências Humanas COMPONENTE CURRICULAR Ensino Religioso REFERÊNCIA Ensino Fundamental ANO LETIVO 2024 UNIDADE TEMÁTICA HABILIDADE(S) OBJETO(S) DE CONHECIMENTO (EF08ER08MG) Inventariar as principais crenças, convicções e atitudes religiosas contemporâneas. (EF08ER03X) Explicitar e analisar doutrinas das diferentes tradições religiosas e suas concepções de mundo, vida e morte. (EF08ER01) Discutir como as crenças e convicções podem influenciar escolhas e atitudes pessoais e coletivas. (EF08ER02X) Analisar filosofias de vida, manifestações e tradições religiosas destacando seus princípios éticos para o pleno desenvolvimento da cidadania. Crenças, convicções e atitudes. Doutrinas religiosas Crenças Religiosas e Filosofias de Vida. Produção deTextos 8 apresentar aos seus estudantes a diversidade religiosa em um nível global, mas sem se isentar da contextualização de sua realidade. A habilidade EF08ER03X fala sobre a análise de doutrinas de diferentes tradições religiosas. Sugerimos que esse enfoque seja contextualizado, privilegiando as tradições com que os estudantes convivem. A habilidade EF08ER01 se refere à forma como as crenças e convicções influenciam atitudes pessoais. Trabalhe essa habilidade sob a perspectiva da busca de sentido para a vida: se as pessoas se deixam influenciar pela religião, é porque enxergam nela um orientador. A habilidade EF08ER02X prossegue o tema trabalhado na anterior, porém demonstrando que as religiões podem ensinar princípios éticos e ajudar a desenvolver a cidadania. DESENVOLVIMENTO 1º MOMENTO Inicie o momento dialogando com os estudantes sobre sua perspectiva acerca da diversidade religiosa. Ajude-os a pensar que existem muitas religiões no mundo. Questione- os acerca da diversidade religiosa em seu município e região. Convide-os a falar acerca de suas impressões, identificando quais grupos religiosos são mais comuns em sua opinião. Apresente a eles o mapa a seguir, feito a partir dos resultados do Censo 2010. O mapa acima mostra as religiões com maior concentração em cada microrregião brasileira. Discuta sobre os estudantes sobre suas impressões a respeito do mapa, e procure localizar sua microrregião, identificando qual religião é considerada de maior influência. Discuta com os estudantes se os dados do IBGE correspondem à sua percepção sobre sua região. A seguir, convide os estudantes a fazerem um levantamento da própria classe, indicando qual ou quais são os grupos religiosos de maior concentração. Convide os estudantes a fazerem o registro numérico dos resultados. Após discutir sobre suas percepções, estenda o trabalho a toda a escola: divididos em pequenos grupos, os estudantes deverão visitar as outras classes e realizar um levantamento acerca das crenças religiosas e filosofias de vida representadas entre os estudantes da escola. Compare os resultados entre as classes, e Organização da Turma À escolha do(a) professor(a). Recursos e Providências Mapa impresso em tamanho cartaz ou exibido através de meio eletrônico. Material de escrita. MAPA (ícone clicável) 9 convide-os a encontrar razões que expliquem as semelhanças ou divergências nas formas de crer representadas. 2º MOMENTO Propomos, neste momento, um trabalho interdisciplinar que ajude os estudantes a compreender melhoro que representam os dados levantados. Sugerimos que haja participação dos seguintes conteúdos: ▪ Matemática: a partir dos dados levantados pelos estudantes, calcule os percentuais de representação religiosa em cada classe e em toda a escola, e represente os dados em forma de gráfico. ▪ Arte: confecção de cartazes com representação correta dos dados identificados. ▪ Geografia: comparação dos resultados obtidos na pesquisa local com os dados do Censo, tanto para seu município quanto para seu estado e em nível nacional. ▪ História: trabalho de pesquisa que ajude os estudantes a compreenderem as razões pelas quais determinados grupos religiosos alcançaram maior proeminência em sua comunidade e microrregião. A partir do trabalho interdisciplinar, espera-se que os estudantes construam coletivamente um mural, expressando seus resultados de pesquisa e os conhecimentos construídos. Recomendamos a exposição dos resultados em uma área comum da escola, ou em uma feira de cultura, para que os demais estudantes e a comunidade escolar tenham acesso aos resultados. 3º MOMENTO Inicie o momento relembrando os estudantes acerca dos grupos religiosos representados nos dados do IBGE e nos resultados de pesquisa. Convide-os a pensar sobre o que significa ser sem religião. Convide-os a se organizarem em duplas e distribua o texto para leitura e discussão acerca das questões. Após o tempo aprazado, convide os estudantes à apresentação de resultados e discussão sobre o tema. Organização da Turma À escolha do(a) professor(a). Recursos e Providências Negociação do trabalho interdisciplinar; material para confecção de cartazes. Organização da Turma Duplas. Recursos e Providências Texto impresso. 10 Espiritualidade não religiosa: quem são os sem religião? Quando falo que estudo pessoas sem religião no Brasil, é comum que minha fala cause estranheza. Isso porque nosso país é marcado fortemente pela religiosidade a ponto de conseguirmos destacar, em cada estado, diferentes formas manifestações do que entendemos por fenômeno religioso. Manifestações essas que, em tom festivo, marcam a cultura, a tradição e a diversidade do povo brasileiro. Dos batuques do candomblé, passando pela Folia de Reis à lavagem da escadaria do Senhor do Bonfim, os simbolismos e sincretismos religiosos invadem não apenas as memórias individuais como também imprimem na arte brasileira uma autêntica expressão das vivencias da fé. Como, então, falar de pessoas sem religião que crescem neste mesmo contexto de fertilidade religiosa? Ou melhor, como essas pessoas que dizem não ter religião já são, desde o Censo do IBGE de 2010, 8,04% da população brasileira, formando o terceiro maior grupo da amostragem sobre religião? Para esclarecer melhor essas dúvidas, falarei, primeiramente, sobre o que significa ser sem religião, e para isso, é preciso falar sobre a diferença entre religião e espiritualidade. Diferente do que se especula popularmente, pessoas sem religião não são, necessariamente, ateias. Se consultarmos os dados do já citado Censo do IBGE, perceberemos que esse grupo se subdivide em três, sendo esses os sem-religião – ateus; sem-religião – agnósticos, e os sem-religião – sem religião. Os ateus representam 3.98% do grupo; os agnósticos 0.87% e os sem religião 95.15%. Isso nos leva ao entendimento de que pessoas que mantêm o sentimento de fé — assim como o afeto pela religiosidade, seja pela manifestação artística, festiva ou individual — podem ser parte deste grupo chamado sem-religião, uma vez que a compreensão que se tem do que é a religião não é a mesma compreensão que se tem do que é o sentimento de fé, que pode ser vivenciado dentro ou fora de instituições. Sendo assim, essa parcela de 95,15% das pessoas que se declaram sem-religião é composta por sujeitas e sujeitos que cultivam uma espiritualidade afastada das instituições religiosas — sejam essas igrejas, mosteiros, terreiros, sinagogas, mesquitas, templos, dentre outras. A espiritualidade ganha um lugar diferente da religião, visto que pode ser desenvolvida e cultivada de maneira autônoma, individual e desinstitucionalizada mesmo que seja por sujeitas e sujeitos que antes tiveram essa dimensão da vida direcionada pelas instituições religiosas. Dessa forma, enquanto a religião, de acordo com a cientista da religião Clarissa Franco, diz respeito a uma identificação com determinada instituição, bem como com seus “rituais, doutrinas, mitos, símbolos, cultos, orações, crença/fé”, a espiritualidade é uma “busca pessoal de sentido, autorrealização, autonomia em relação às instituições, autenticidade, espontaneidade, criatividade, liberdade, mal-estar em relação à materialidade do mundo, crença/fé.” (FRANCO, 2013, p.401-402). (…) Motivos para ser religiosa ou religioso, assim como motivos para não o ser, são da ordem individual das sujeitas e sujeitos, o respeito deve estar presente em todas as relações que buscamos estabelecer nas nossas próprias buscas de sentido. E assim como os simbolismos e sincretismos religiosos vão dos batuques do candomblé, passando pela Folia de 11 Reis à lavagem da escadaria do Senhor do Bonfim, o respeito pela escolha do outro de ser ou não religioso deve atravessar todas as diferenças e nos aproximar sem tentar nos igualar. Fonte: (Pinheiro, 2021) Questões para reflexão 1. De acordo com o texto, quem são as pessoas sem religião? 2. A autora do texto ressalta que as celebrações e a influência da religião são muito presentes em nossa cultura. Como pode uma pessoa, entre tantas manifestações religiosas, não ter uma religião? 3. Na pesquisa de campo que vocês realizaram sobre a concentração religiosa na escola vocês encontraram muitas pessoas sem religião? Na sua opinião, a que isso se deve? 4. De acordo com o texto, qual é a diferença entre religião e espiritualidade? 5. O texto fala sobre pessoas que têm espiritualidade sem ter religião. Na sua opinião, é possível viver o contrário disso: ter religião mas não ter espiritualidade? Explique. 4º MOMENTO Nesse momento, usaremos a dinâmica da sala de aula invertida. Cada estudante deverá pesquisar o significado de um dos termos representado no quadro a seguir. Ao iniciar o momento, promova um momento de discussão sobre o tema, em que os estudantes possam compartilhar o resultado da pesquisa e ouvir as contribuições dos colegas. Monoteísmo Deísmo Panteísmo Agnosticismo Politeísmo Humanismo Ateísmo Após esse período, proponha uma dinâmica aos estudantes, que deverão estar organizados em duplas. Você, docente, irá ler a descrição da forma de crer de um personagem fictício. Cada dupla deverá identificar, dentro dos conceitos apresentados, qual é o posicionamento religioso do personagem. Vence a dinâmica a dupla que conseguir identificar o maior número de personagens corretamente. Se possível, providencie um prêmio simbólico para os vencedores. Organização da Turma Roda de debate; duplas. Recursos e Providências Texto impresso. 12 1 João é cristão. Ele acredita que existe um único Deus. Monoteísta 2 Ragnar foi um viking, que viveu na Escandinávia no século VIII. Ele acreditava em Odin, Thor, Loki, Freya e nos demais deuses de sua cultura. Politeísta 3 Larissa não acredita que exista um Deus pessoal. Para ela, a ideia de Deus é apenas um reflexo daquilo que a humanidade tem de melhor. Humanista 4 Carlos não sabe se existe um Deus, ou deuses. Ele acha provável que sim, mas nunca ouviu um argumento forte o suficiente para ser considerado uma prova. Agnóstico 5 Fátima é muçulmana. Ela acredita que existe um só Deus, e que Mohammed é seu profeta. Monoteísta 6 Elisa não acredita em nada que seja sobrenatural. Para ela, não existem deuses, espíritos, fantasmas ou qualquer outra coisa. Ateia 7 Na Grécia Antiga, as pessoas cultuavam vários deuses,como Zeus, Hades, Afrodite, Atena. Politeístas 8 Lucas acha que não existe nenhum deus. Nunca ouviu um argumento bom o suficiente para garantir que exista, mas também nunca viu ninguém provar que não existe. Agnóstico 9 Ana é judia. Ela acredita que existe apenas um Deus, conforme relata seu livro sagrado, a TaNaKh (inclui a Torá, os Profetas (Nebiim) e os Escritos (Ketubim). Monoteísta 10 Tamires acredita em Deus, mas não acha que ele seja uma pessoa específica. Para ela, a essência divina está no universo, nas pessoas, na natureza, em tudo. Panteísta 5º MOMENTO Inicie o momento com a leitura coletiva do texto. Organização da Turma Pequenos grupos; roda de debate. Recursos e Providências Texto impresso ou apresentado através de meio eletrônico. 13 O PAPEL QUE AS CRENÇAS RELIGIOSAS DESEMPENHAM NA VIDA SOCIAL O estudo da religião é um dos principais temas da Sociologia. Vários autores tentaram compreender aspectos da vida religiosa e sua influência na sociedade. Um desses autores, chamado Max Weber, analisou e comparou diversas religiões que existiram e que ainda existem no mundo, avaliando o papel que as crenças religiosas exercem na conduta dos indivíduos em sociedade. Seus estudos demonstram o potencial que a religião tem de provocar transformações na ordem social, sejam elas na esfera da economia, da política ou da cultura em geral. Weber parte do pressuposto que a forma como o homem trabalha e busca seu sustento está diretamente relacionada com suas ideias, valores éticos e concepções de mundo. Em alguns casos, o trabalho influencia a construção de valores das pessoas. Porém, em outros casos, os valores influenciam como a sociedade vai se organizar para trabalhar. Weber atribuiu às crenças e valores religiosos um papel importante na conduta dos indivíduos em sociedade. Num dos seus livros mais proeminentes, "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", ele defendeu a tese de que a religião protestante exerceu uma poderosa influência no surgimento do modo de produção capitalista. Através do estudo da sociedade norte-americana, que tem maioria da população protestante, Weber percebeu que as pessoas dessa religião tendiam a trabalhar de forma mais intensa e acumular mais dinheiro do que outros grupos cristãos, como os católicos. Isso acontecia porque os protestantes acreditavam que trabalhar honestamente era uma missão divina, e o enriquecimento era sinal de bênção de Deus. Os grupos protestantes da época em que Weber fez o estudo eram muito exigentes na forma como seus fiéis deviam proceder, e desencorajavam gastos com bens luxuosos. Por isso, o dinheiro ganho nos negócios era reinvestido na própria empresa, gerando um movimento cíclico de acumulação/reinvestimento/acumulação. Essa dinâmica fortaleceu o capitalismo nos Estados Unidos e favoreceu sua dispersão pelo mundo. Além do protestantismo, Weber estudou também outras religiões. No caso das religiões asiáticas, como o hinduísmo, a religião serviria para manter uma ordem social e econômica acentuadamente hierarquizada e estática, ou seja, sem qualquer possibilidade de haver mobilidade e mudança social. O caso da Índia é interessante, pois a sociedade é dividida em castas que se relacionam com os mitos hinduístas da criação da humanidade. Em um sistema hereditário, as melhores posições na sociedade são destinadas aos membros de castas superiores, e as piores, aos membros de castas inferiores. Quem não pode ser ligado a nenhuma casta possui um papel social ainda mais inferior. Há décadas, o Partido Comunista da Índia, considerado uma das grandes forças políticas daquele país, tentou em vão aplicar programas políticos de melhoria das condições de vida das populações mais pobres. Sempre houve uma enorme resistência 14 social, que levou ao fracasso inúmeros programas políticos que preconizavam igualdade e justiça social, pois a sociedade de castas está fortemente assentada sobre preceitos religiosos muito arraigados, que concebem as desigualdades e diferenças sociais como manifestações da vontade divina. Fonte: Adaptado de (Cancian, 2020) Após a leitura, faça uma breve discussão sobre a percepção que os estudantes têm acerca da influência da religião na sociedade e no comportamento das pessoas. A seguir, divida- os em pequenos grupos, e solicite que eles escolham um tema de pesquisa e debate. Os grupos deverão pesquisar sobre como as religiões têm se posicionado acerca desses temas, e preparar uma apresentação para a classe. É importante que esse trabalho ultrapasse a mera constatação dos fatos. Você deve estimular os estudantes a pensarem sobre a importância dessas questões para a sociedade, e sobre a necessidade de uma visão laica sobre os temas, uma vez que apenas assim é possível alcançar igualdade de direitos e democracia. Aborto Relação religião e ciência Transfusão de sangue Liberdade de consciência Casamentos homoafetivos Direitos da mulher Após o período para pesquisa e reflexão, promova um debate na classe sobre os temas. É importante que essa atividade conduza à percepção de que existem formas variadas de interpretar a realidade, e muitas delas são influenciadas pelo pensamento religioso. Porém, em uma sociedade múltipla e plural, é importante que haja respeito aos múltiplos pontos de vista. Você pode concluir essa atividade solicitando uma produção escrita sobre a possibilidade de consenso entre pensamento religioso e laicidade em algum dos temas pesquisados. 15 Concentração significativa de uma religião Fonte: (Pesquisas e Análises Eleições, 2023) ANEXO MAPA 16 CANCIAN, R. Religião – o papel que as crenças religiosas desempenham na vida social. UOL, [s.l.], 2020. Disponível em: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/sociologia/religiao-o-papel-que-as-crencas- religiosas-desempenham-na-vida-social.htm. Acesso em: 29 fev. 2024. GRUEN, W. O ensino religioso na escola. Petrópolis: Vozes, 1994. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Currículo Referência de Minas Gerais: educação infantil e ensino fundamental. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2022. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1MWIv4JKcei5_OMhpMFF10ENdhgpsH0FW/view. Acesso em: 04 out. 2023. MINAS GERAIS. Secretaria de Estado de Educação. Plano de Estudo Tutorado. 8º ano. Ensino Fundamental. v. 4. 2020. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1JXZN- SOwm1lst48bgfN2ZzPcsTk3MKQa/view. Acesso em: 29 fev. 2024. MINAS GERAIS. Secretaria do Estado de Educação. Plano de Curso: ensino fundamental - anos finais. Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2024. Disponível em: https://curriculoreferencia.educacao.mg.gov.br/index.php/plano-de-cursos-crmg. Acesso em: 05 fev. 2024. PESQUISAS E ANÁLISES ELEIÇÕES. Concentração significativa de uma religião (tipologia em seis classes). [S.l.], 27 jan. 2023. Twitter: pesquisas_elige. Disponível em: https://twitter.com/pesquisas_elige/status/1619009258204565507. Acesso em: 29 fev. 2024. REFERÊNCIAS
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