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AS CINCO HABILIDADES ADMINISTRATIVAS E OS PENSAMENTOS ADMINISTRATIVOS

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Aula
02Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres- UNIGRAN
AS CINCO HABILIDADES 
ADMINISTRATIVAS E 
OS PENSAMENTOS 
ADMINISTRATIVOS
Para ampliar ao máximo sua capacidade de estudo, compreensão 
do texto e construção dos conhecimentos segue uma dica: durante a leitura 
desta e das demais Aulas desta disciplina, procure criar um ambiente que 
permita o máximo possível de concentração. Pense no que vai precisar e 
deixe tudo à mão: livros, apostilas, anotações, dicionário etc. Se for utilizar 
o computador, abra os arquivos que serão necessários ou úteis e avise a 
todos que você irá estudar. 
Ah, outra importante dica é a de que este texto foi resumido com base 
na obra: “Princípios de Administração” de Andrew Dubrin! Desse modo, é 
fundamental que confira a referência completa ao final da Aula e consulte-a!
Finalmente, quero lembrá-lo de que após o estudo dos conteúdos 
aqui presentes, bem como da realização das atividades propostas, 
você será capaz de identificar as habilidades administrativas básicas e 
entender como elas podem ser desenvolvidas. Além disso, irá conhecer os 
principais pensamentos administrativos, também chamados de escalas de 
administração. Legal, você concorda?
Então, só nos resta desejar-lhe uma boa Aula e sucesso em seus estudos!
Objetivos de aprendizagem 
Ao final desta Aula, você será capaz de:
apontar e refletir sobre as habilidades necessárias para o administrador;
 reconhecer e desenvolver as habilidades administrativas;
27
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
 caracterizar e analisar criticamente os atributos do antigo administrador 
e do novo administrador;
 interpretar os pensamentos administrativos e suas consequências;
 identificar as principais escolas da administração.
Seções de estudo
 Seção 1 – Habilidades do Administrador
 Seção 2 – Principais Escolas da Administração
Seção 1 – Habilidades do administrador
1.1 Habilidades indispensáveis para o Administrador
Para serem eficazes, os administradores precisam possuir habilidades 
técnicas, interpessoais, conceituais, analíticas e políticas. 
Segundo Robbins (2002, p. 35) e Dubrin (1998, p. 9), em qualquer nível de 
administração, um gerente precisa de uma combinação das referidas cinco habilidades:
 habilidade técnica: abrange uma compreensão e competência em 
uma atividade específica que envolva métodos, processos, procedimentos 
ou técnicas. As habilidades técnicas incluem a habilidade de preparar um 
orçamento, programar um rol de tarefas produtivas, programar um computador 
ou demonstrar o funcionamento de um aparelho eletrônico. A habilidade técnica 
bem desenvolvida pode facilitar o crescimento rumo à administração;
 habilidade interpessoal: a habilidade interpessoal ou de relações 
humanas é uma habilidade administrativa para trabalhar eficientemente como 
Na primeira seção da Aula 2, vamos conhecer as habilidades que são inerentes e 
indispensáveis para um administrador, refl e ndo sobre como podemos desenvolvê-
las na prá ca. Como você pode perceber, esses conteúdos serão fundamentais 
para sua formação acadêmica, bem como para futura realização de sua a vidade 
profi ssional. Portanto, sugerimos que se dedique para entendê-los e anote todas as 
eventuais dúvidas e indagações que surgirem durante os estudos, para discu -las 
com seus colegas de curso e com seu tutor no Ambiente Virtual de Aprendizagem.
As habilidades técnicas são importantes tanto para quem atua no nível 
operacional quanto para os administradores de todos os níveis, uma 
vez que “[...] consistem em u lizar conhecimentos, métodos, técnicas e 
equipamentos necessários para o desempenho de tarefas específi cas, 
por meio da experiência e educação” (CHIAVENATO, 2000, p. 3).
28
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
um membro da equipe e para empreender esforços cooperativos na unidade. As 
habilidades interpessoais, às vezes, são mais importantes que as técnicas para se 
subir de nível administrativo. As habilidades de comunicação são um componente 
importante das habilidades interpessoais. Elas formam a base para enviar e receber 
mensagens de trabalho;
 habilidade conceitual: é a habilidade para visualizar a organização 
como uma entidade total. Isso inclui reconhecer como as várias unidades da 
organização dependem uma das outras e como uma mudança em uma afeta 
todas as outras partes. Inclui também visualizar a relação dos negócios 
individuais como setor de atividade, a comunidade e as forças políticas, 
sociais e econômicas da nação como um todo. Para os administradores de alto 
nível, as habilidades conceituais são uma prioridade, porque são os executivos 
os que mais têm contato com o mundo externo. Além disso, as habilidades 
conceituais cresceram e aumentam constantemente sua importância, pois os 
administradores precisam repensar frequente e substancialmente sobre como 
o trabalho é realizado;
 habilidades diagnósticas: são importantes porque frequentemente os 
administradores são chamados para investigar um problema, decidir sobre ele e 
implementar uma solução. Nesse ínterim, as habilidades diagnósticas, na maioria 
das vezes, acabam se ligando e exigindo a coexistência de outras habilidades, tais 
como: humanas, conceituais ou políticas para que o profissional consiga resolver 
os problemas a ele apontados;
 habilidades políticas: a habilidade política é a habilidade de adquirir o 
poder necessário para atingir os objetivos. Entre outras habilidades políticas estão 
estabelecer as conexões adequadas e impressionar as pessoas certas.
Você já havia pensado sobre a importância das habilidades 
humanas para um profissional que lidera ou pretende liderar 
pessoas, comunicar-se com elas, bem como compreender 
suas atitudes e motivações para com elas alcançar a um 
determinado objetivo? 
?
?
Podemos ainda afi rmar que a “habilidade conceitual consiste na capacidade de 
compreender a complexidade da organização com um todo e o ajustamento do 
comportamento de suas partes. Essa habilidade permite que a pessoa se comporte 
de acordo com os obje vos da organização total e não apenas de acordo com os 
obje vos e as necessidades de seu departamento ou grupo imediato” (CHIAVENATO, 
2000, p. 3). Pense nisso...
29
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
1.2 Desenvolvendo as habilidades administrativas
As habilidades administrativas podem ser aprendidas!
A educação para administração começa na escola e continua na forma 
de programas de treinamento e no desenvolvimento durante toda a carreira 
profissional. São exemplos: os seminários e cursos sobre como ser um líder 
eficiente, um workshop sobre como usar a Internet para expandir os negócios, etc.
Vale salientar que, entender a diferença entre os papéis do 
administrador moderno e do antigo, não implica em afirmar que o 
administrador tradicional (antigo) seja mau e o moderno seja bom, mas 
apenas em reconhecer a mudança que o tempo ocasionou, bem como as 
habilidades que foram aprimoradas substancialmente.
Informação relevante
Além das habilidades citadas, “[...] as organizações desejam 
profi ssionais de Administração com as seguintes caracterís cas: 
capacidade de iden fi car prioridades; capacidade de operacionalizar 
idéias; capacidade de delegar funções; habilidade para iden fi car 
oportunidades; capacidade de comunicação, redação e cria vidade; 
capacidade de trabalho em equipe; capacidade de liderança; disposição para 
correr riscos e responsabilidade; facilidade de relacionamento interpessoal; 
domínio de métodos e técnicas de trabalho; capacidade de adaptar-se a normas e 
procedimentos; capacidade de estabelecer e consolidar relações, dentre outras” 
(MEIRELES, 2003, p. 34).
A
p
ca
idé
Workshop é uma reunião de pessoas que têm interesse em determinada a vidade, 
com o fi m de discu rem sobre a mesma. O eventopode incluir palestras ministradas 
por mestres e doutores na área.
ANTIGO ADMINISTRADOR NOVO ADMINISTRADOR
Pensa em si mesmo como administrador 
ou chefe.
Pensa em si mesmo como patrocinador, 
líder de equipe ou consultor interno.
Segue a cadeia de comando. Lida com qualquer um que seja necessário 
para que a tarefa seja feita.
Trabalha dentro de uma estrutura 
organizacional fi xa.
Muda a estrutura organizacional em 
resposta à mudança no mercado.
Toma a maioria das decisões sozinho. Convida outros a tomar decisões em 
conjunto.
Acumula informações. Compar lha as informações.
Tenta especializar-se em um tema 
principal, como marke ng ou fi nanças.
Tenta dominar um amplo espectro de 
disciplinas administra vas.
Cobra longas jornadas de trabalho. Cobra resultados.
Quadro 1 Habilidades do an go e do novo administrador
Fonte: Adaptado de DUMAINE, Brian. The New Non-Managers. Fortune, 22 fev. 1993.
30
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
Além disso, como você pode observar, desenvolver a maior parte das 
habilidades administrativas é mais complexo do que desenvolver habilidades 
estruturadas (por exemplo: calcular o retorno de uma taxa de investimento). O 
seu desenvolvimento não acaba nunca, uma vez que sempre será preciso reciclar 
e treinar para aumentar o nível de suas habilidades. 
Alguns autores como Montana e Charnov (2003, p. 8) comentam ainda 
sobre as habilidades pessoais necessárias para o sucesso gerencial. Dentre as 
quais destacam-se:
 liderança: habilidade de influenciar os outros na execução da tarefa;
 auto-objetividade: habilidade da pessoa de se avaliar de modo realista;
 pensamento analítico: habilidade para interpretar e explicar padrões 
nas informações;
 comportamento flexível: habilidade para modificar o comportamento 
pessoal para atingir um objetivo;
comunicação oral: habilidade para expressar claramente em 
apresentações orais;
 comunicação escrita: habilidade para expressar com clareza as 
próprias idéias ao escrever;
 impacto pessoal: habilidade para passar boa impressão e confiança;
 resistência ao estresse: habilidade para desempenhar sob condições estressantes;
 tolerância à incerteza: habilidade para desempenhar em situações difíceis.
Para
Refl e r
Pa
Refle
Atualmente, caminha-se para um ambiente em que o tempo 
é o recurso mais escasso e verdadeiramente não renovável. A 
pressão da reação rápida, da resposta em curto espaço de tempo, 
está impressa nas a tudes e comportamentos e, gerenciar 
efi cazmente o tempo é um diferencial tanto para empresas 
quanto para os profi ssionais em geral. Portanto, a maioria dos 
estudos na área de administração apresentam um cenário 
baseado na compe vidade, na busca pela qualidade e pela produ vidade. 
Para isso, o Administrador precisa de uma série de qualidades individuais e 
profi ssionais para ajudar as organizações a alcançar seus obje vos; qualidades 
estas que vem sendo cada vez mais valorizadas, considerando-o como um ser 
dinâmico e sistêmico, capaz de interagir, de par cipar a vamente da vida na e 
da organização, mesmo com todo o advento da Tecnologia (LIMA, 2002). 
Como você pode verifi car, as habilidades pessoais necessárias para administrar tratam-
se de caracterís cas desafi adoras, as quais não são fáceis de serem desenvolvidas e 
sustentadas. Essa é, portanto, exatamente a missão do Administrador, vencer todos 
31
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
Outra questão relevante que precisamos considerar refere-se aos 
pensamentos dos administradores, os quais são os grandes responsáveis pelas 
ações por ele assumidas. 
Observe:
Como você pode supor, as ações de cada um dos administradores que 
aparecem na Figura 03 certamente refletirão seus pensamentos e, portanto, serão 
diferentes e trarão resultados distintos. 
Assim, durante a realização da atividade profissional é importante que 
o administrador fique atento aos pensamentos que norteiam suas ações, uma 
vez que eles poderão ocasionar consequências positivas ou negativas no seu 
cotidiano profissional.
Seção 2 – Principais escolas da administração
seus desafi os e mostrar sua capacidade de se manter e crescer nos mais diferentes 
cenários. Somente assim um administrador estará pronto para enfrentar os 
“temporais” que eventualmente surgirem e será efe vamente capaz de Administrar. 
Você concorda?
Figura 3 - Pensamento dos administradores.
Fonte: De nossa autoria.
Fique antenado! No site www.youtube.com, você pode encontrar inúmeros vídeos 
sobre as habilidades indispensáveis a um administrador. Sugiro que realize buscas 
u lizando esses termos como palavras-chave, procure assis r alguns deles e se 
posicionar cri camente em relação ao conteúdo. Com os conhecimentos que está 
adquirindo, cada vez mais, você se torna capaz de superar o senso comum sobre as 
informações disponibilizadas nos diferentes meios de comunicação e u lizá-las como 
fontes de pesquisa, sempre que considerar que se trata de conhecimentos úteis!
?
?
Quais são as principais escolas da administração? Que ideias 
norteiam seus pressupostos? Nesta seção, vamos ajudá-lo a 
responder a estas e outras questões sobre o tema. Está pronto 
para o desafi o?
32
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
As escolas clássica, comportamental e da administração científica são as 
principais contribuições em pensamento administrativo. Elas são complementadas 
pelas abordagens contingencial e sistêmica, as quais tentam integrar essas três 
principais contribuições.
Vamos entendê-las com mais detalhes nos próximos subtópicos a serem 
estudados nesta seção.
2.1 Escola Clássica
A escola clássica da administração é a abordagem formal original do 
estudo da administração. Seus seguidores procuram princípios e conceitos sólidos 
que podem ser usados para administrar de modo produtivo o trabalho das pessoas. 
A principal força da escola clássica segundo Dubrin (1998, p. 11), é que 
ela proporciona um modo sistemático de administrar pessoas e tarefas que se 
provou útil com o passar do tempo. Sua principal limitação é que, às vezes, ignora 
as diferenças entre pessoas e situações. 
Vejamos um exemplo: alguns dos princípios clássicos para se projetar 
uma organização não se aplicam às situações de mudanças rápidas como as que 
acontecem nos dias atuais.
2.2 Escola Comportamental
Levando em consideração o fato da escola clássica não ter prestado 
atenção suficiente ao elemento humano, alguns pensadores nos conduziram 
à escola comportamental da administração. Sua ênfase principal é o 
desenvolvimento da administração por meio da compreensão da constituição 
psicológica das pessoas. 
Por essa razão, os tópicos da escola comportamental são a liderança, a 
motivação, a comunicação, a tomada de decisão em grupo e o conflito. Ao insistir 
no fato de que a liderança eficiente depende da compreensão da situação, a escola 
comportamental deu início à abordagem contingencial da administração. 
?
VOCÊ 
SABIA A escola clássica da Administração teve origem par ndo do 
pensamento de dois engenheiros: Taylor (1856-1915), com 
seu livro Shop Management (Gerência de Fábrica), lançado em 
1903, o qual teve uma extraordinária repercussão nos meios 
acadêmicos e empresariais e Henry Fayol (1841-1925), com sua 
obra Administracion Industrielle et Generale, publicada em 1916, que também 
ganhou um grande pres gio. 
Do ponto de vista didá co, costuma-se dividir a Escola Clássica ou Teoria Clássica 
da Administração em dois grupos: a “Administração Cien fi ca” (operacional com 
ênfase nas tarefas) encabeçada por F. Taylor, a qual estudaremos no Tópico 2.3, e 
a “Teoria Clássica da Administração” (enfa za a estrutura organizacional) liderada 
por H. Fayol (ADMINISTRADORES, 2011).
33
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
Lacombe (2003) lembraque os principais conceitos dessa escola derivam 
de estudo realizados em Hawthorne, em 1924, pela Western Eletric Company.
2.3 Escola da Administração Científica
A escola da Administração Científica proporciona aos administradores 
uma base científica para resolver problemas e tomar decisões. 
Montana e Charnov (2003, p. 13) ressaltam que antes das ideias de 
Taylor, grande responsável por essa escola, os trabalhadores realizavam 
atividades de acordo com palpites. Ela usa uma ampla gama de técnicas 
estatísticas e matemáticas. 
A origem da Escola Comportamental pode ser resumida nos seguintes 
pontos: oposição (ênfase nas pessoas/grupos) à Escola Clássica (ênfase 
nas tarefas e na estrutura organizacional); desdobramento da Teoria das 
Relações Humanas que rejeita suas concepções ingênuas e român cas; 
cri ca severa à Escola Clássica pela visão mecânica, autoridade formal 
e princípios gerais da administração. 
Assim, a Escola Comportamental fundamenta-se no comportamento individual, 
razão pela qual um dos seus temas-chave é a mo vação. Um nome importante nessa 
abordagem é o do psicólogo americano Abraham H. Maslow (1908-1970), especialista 
em mo vação humana (BRASIL ADMINISTRAÇÃO, 2011).
Foi a par r da análise e sistema zação proposta pela escola da administração 
cien fi ca que se desenvolveu uma organização racional do trabalho, a qual consiste 
no estabelecimento da melhor forma de se desenvolver cada operação fabril, ou 
seja, do método mais efi ciente para executar a(s) tarefas(s).
Essa organização estabeleceu ainda uma divisão de responsabilidades: a gerência 
fi cou com o planejamento das a vidades, a supervisão se tornou responsável por 
repassar o planejamento e controlar a execução e ao operário sobrou a execução 
pura e simples das tarefas. 
Com isso, passou a se delinear uma estruturação mais sistemá ca do gerenciamento 
das organizações, aliando princípios militares e de engenharia. Para descrever as 
atribuições da gerência nessa escola de administração, Taylor estabeleceu quatro 
princípios: do planejamento, do preparo, do controle e da execução (PORTAL DO 
ADMINISTRADOR, 2011).
Frederick Winslow Taylor (1856 - 1915) foi um engenheiro mecânico estadunidense, 
inicialmente técnico em mecânica e operário, formou-se engenheiro mecânico 
estudando à noite. É considerado o “Pai da Administração Cien fi ca” por propor 
a u lização de métodos cien fi cos cartesianos na administração de empresas. 
Seu foco era a efi ciência e efi cácia operacional na administração industrial. Sua 
orientação cartesiana extrema é ao mesmo tempo sua força e fraqueza (NET 
SABER, 2011).
34
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
É válido salientar que para algumas pessoas, o uso de computadores na 
administração é sinônimo de administração científica. Contudo, ela não se resume 
somente nisso, já que muitas técnicas quantitativas para o controle da qualidade 
derivaram dessa escola. 
Um ponto fraco na administração científica é que os dados que ela produz 
frequentemente são menos precisos do que parecem. Mesmo que a administração 
científica utilize métodos precisos, vários dados são baseados em estimativas de 
comportamento humano, as quais são menos confiáveis.
2.4 Escola da Administração de abordagem sistêmica
A escola da administração de abordagem sistêmica baseia-se no conceito 
de que uma organização é um sistema ou uma entidade de partes inter-relacionadas. 
Se você ajustar uma parte do sistema, as outras serão automaticamente 
afetadas. Por exemplo: suponha que você ofereça salários menores aos candidatos 
a um emprego. De acordo com a abordagem sistêmica, sua ação irá influenciar a 
qualidade do produto. Os empregados de “baixa qualidade” que aceitam salários 
baixos irão produzir bens de baixa qualidade. 
Lacombe (2003, p. 41) afirma que o grande foco dessa abordagem é a 
interação da organização com o ambiente. Nesse ínterim, a organização transforma 
inputs em outputs e os fornece ao mundo externo. Se esses outputs são percebidos 
como valiosos, a organização irá sobreviver e prosperar. Já o feedback indica 
que a aceitação dos outputs pela sociedade dá à organização novos inputs para 
revitalização e expansão.
A figura abaixo mostra o processo de administração refletido de um 
ponto sistêmico de forma contextualizada. Veja:
2.5 Escola da Administração de abordagem contingencial
A escola da administração de abordagem contingencial destaca que não 
existe modo correto de administrar pessoas ou tarefas. Desse modo, um método 
que eleva a produtividade em uma empresa pode não dar certo em outra. Ela é, 
portanto, derivada dos aspectos de liderança da escola comportamental. 
Ambiente
(demandas da sociedade)
Outputs
(produtos ou serviços)Processo
Inputs
(recursos)
Figura 04 Processo de administração refl etido de um ponto sistêmico.
Fonte: De nossa autoria.
35
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
Particularmente, os psicólogos desenvolveram explicações detalhadas 
sobre quais estilos de liderança funcionariam melhor e em que situações. Um 
exemplo é o administrador que dá mais liberdade de movimento aos membros 
competentes do grupo. 
O senso comum também contribui bastante para a abordagem 
contingencial, uma vez que os administradores experientes sabem que nem todas 
as pessoas e situações respondem de modo idêntico a situações idênticas e utilizam 
esse tipo de conhecimento na tomada de decisões. 
Megginson (2003) nos lembra de que a principal autora dessa teoria é 
Joan Woodward.
“A Teoria da Contingência representa o mais recente estudo integrado 
na teoria da administração”. Nela, tudo é composto de variáveis, sejam 
situacionais, circunstanciais, ambientais, tecnológicas, econômicas; “enfim 
diferem em graus de variação. De todas as Teorias da Administração, ela é a 
que melhor enfoca as organizações de dentro para fora colocando o ambiente 
como fator primordial na estrutura e no comportamento das organizações, 
uma vez que ela oferece oportunidades e recursos, de outro impõe coações 
e ameaças à organização. É neste ponto que a tecnologia torna-se também 
uma variável importante para o ambiente, pois dela depende os conceitos 
de oportunidades fora da organização como dentro da organização já que 
interfere na coerência dos membros internos da organização para obter e 
adaptar a coesão com características externas do ambiente. Cada organização 
requer sua própria estrutura organizacional dependendo das características 
de seu entorno e de sua tecnologia. Assim, para a teoria da Contingência, 
os dois grandes desafios para as organizações modernas são o ambiente e a 
tecnologia” (CHIAVENATO, 2011).
Joan Woodward, socióloga britânica, nasceu em 1916 e faleceu em 1971. Sua 
área de trabalho foi a sociologia industrial e seu principal trabalho foi decorrente 
de pesquisa que realizou com empresas do South-East Essex durante os anos 50. 
Sua principal obra foi Industrial Organization: theory and practice. Ela produziu 
uma tipologia amplamente discutida de sistemas de produção, diferenciados 
de acordo com seu grau de complexidade técnica, que variam de unidade e de 
produção em pequenos lotes, através de grandes lotes e produção em massa, 
a forma mais complexa do processo de produção. Essa classificação muitas 
vezes é acusada de determinismo tecnológico. O trabalho de Woodward foi 
fundamental no estabelecimento de novos padrões de pesquisa empírica na 
sociologia das organizações, e em demonstrar as possibilidades de comparação 
sistemática contra o até então (predominante) estudo de caso isolado (HISTÓRIA 
DA ADMINISTRAÇÃO, 2011).
36
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
Retomando a conversa inicial
 E então, entendeu direitinho o conteúdo? Para encerrar, vamos relembrar 
os conteúdos estudados na Aula 2:
 Seção 1 – Habilidades do administrador
Neste contexto, você conheceue refletiu sobre as habilidades necessárias para 
o administrador realizar sua atribuições profissionais, ou seja, as habilidades técnicas, 
interpessoais, conceituais, diagnósticas e políticas. Além disso, reconhecemos 
e refletimos sobre como desenvolver essas habilidades. Para tanto, analisamos os 
atributos do antigo administrador e do novo administrador, bem como reconhecemos 
a importância e as consequências ocasionadas pelos pensamentos administrativos.
 Seção 2 – Principais escolas da administração
Vimos, nesta seção, as principais escolas da administração e seus 
pressupostos: Escola Clássica, Escola Comportamental, Escola da Administração 
Científica, Escola da Administração de Abordagem Sistêmica e a Escola da 
Administração de Abordagem Contingencial.
É importante observar que os conhecimentos construídos nesta Aula são 
fundamentais e servem como base de muitos outros conhecimentos importantes 
para a vida acadêmica, bem como para o profissional que atua ou pretende atuar na 
área de Administração.
Sugestões de leituras, sites e vídeos
Leituras
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 6. ed. 
Rio de Janeiro: Campus, 2000.
Há três principais escolas de pensamento administra vo, 
a saber: a clássica, a comportamental e a de administração 
cien fi ca. Duas outras abordagens vêm juntar-se a essas 
escolas de pensamento a fi m de contribuir para uma melhor 
administração geral. São elas: a abordagem sistêmica, focada 
na relação entre as partes, e a abordagem con ngencial, que 
destaca as diferenças entre cada membro da organização.
Caso você tenha fi cado com dúvidas sobre a Aula 2, envie uma mensagem para o 
endereço eletrônico <mkoche@unigran.br> ou acesse as ferramentas “fórum”, 
“quadro de avisos” ou “chat” e interaja com seus colegas de curso e com seu tutor.
Lembre-se de que você faz parte de uma comunidade colabora va de conhecimento. 
Portanto, esperamos sua par cipação!
37
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DUBRIN, A. J. Princípios de administração. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e 
Científicos Editora, 1998.
DUMAINE, Brian. The new non-managers. Fortune, Sine loco, 22 fev. 1993.
LACOMBE. F. Administração: princípios e tendências. São Paulo: Saraiva, 2003.
MEGGINSON, L. C. et al. Administração: conceitos e aplicações. 4. ed. São 
Paulo: Harbra, 1998.
MEIRELES, Manuel. Teorias da administração: clássicas e modernas. São Paulo: 
Futura, 2003.
MONTANA, J.; CHARNOV, B. Administração. São Paulo: Saraiva, 2003.
ROBBINS, S. Administração: mudanças e perspectivas. São Paulo: Saraiva, 2002.
Sites
 ADMINISTRADORES. Introdução à escola clássica de administração. 
Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/>. 
Acesso em: 15 jul. 2011.
 BRASIL ADMINISTRAÇÃO. Escola comportamental. Disponível em: <http://
bradministracao.blogspot.com/2008/08/pessoas-escola-comportamental.html >. 
Acesso em: 15 jul. 2011.
 CHIAVENATO, I. Abordagem contingencial da administração. Disponível 
em: <http://www.netsaber.com.br/resumos/ver_resumo_c_2947.html>. Acesso 
em: 15 jul. 2011.
 HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO. Gurus da administração. Disponível 
em: <http://www.historiadaadministracao.com.br/jl/index.php?option=com_
content&view=article&id=213:joan-woodward&catid=10:gurus&Itemid=10>. 
Acesso em: 15 jul. 2011.
 LIMA, S. M. D. O perfil do administrador do presente, face as novas tecnologias 
da informação (2002). Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/biografias>. 
Acesso em: 15 jul. 2011.
 NET SABER. Biografias. Disponível em: <http://www.netsaber.com.br/
biografias>. Acesso em: 15 jul. 2011.
 PORTAL DO ADMINISTRADOR. A administração científica. Disponível em: 
<http://www.htmlstaff.org/xkurt/projetos/portaldoadmin/modules/news/article.
php?storyid=296>. Acesso em: 15 jul. 2011.
Vídeos
 YOU TUBE. Teoria clássica x administração científica. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=5R2FNhbYR7M>. Acesso em: 11 jul. 2011.
______. Abordagem contingencial. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=O04TMm_ylug>. Acesso em: 11 jul. 2011.
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