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O ADMINISTRADOR EMPREENDEDOR

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Aula
07
O ADMINISTRADOR 
EMPREENDEDOR
Caros alunos, na Aula 7 continuaremos a tratar do assunto 
empreendedorismo, mas daremos ênfase à profissão do administrador. 
Veremos também a relação entre o desenvolvimento econômico do 
Brasil e o empreendedorismo. 
Bons estudos!
Objetivos de aprendizagem 
Ao final desta Aula, você será capaz de:
 diferenciar e apontar as características dos conceitos de 
“empreendedor” e “administrador”;
 reconhecer a relação entre empreendedorismo e desenvolvimento 
nacional.
Seções de estudo
 Seção 1 – O administrador empreendedor.
 Seção 2 – O empreendedorismo e o desenvolvimento econômico brasileiro. 
Ah, esta Aula é um resumo do artigo da administradora Isabela Castello Miguel, 
que ficou em 2º Lugar no Prêmio Belmiro Siqueira de 2004. Na Plataforma 
Lattes, CNPQ, você pode pesquisar o currículo de Isabela e conhecer mais 
sobre o seu trabalho.
Para saber mais sobre os temas aqui tratados, sugerimos que verifi que a 
referência completa da obra ao fi nal desta Aula e consulte-as!
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres- UNIGRAN
99
Seção 1 ̶ O administrador empreendedor
O administrador empreendedor é o profissional graduado em 
Administração que atua em uma organização e desempenha variadas atividades 
que incluem planejar, organizar, liderar e controlar. São essas as funções 
tradicionalmente aceitas pelos teóricos da área para esse profissional.
Ainda hoje, a grande maioria dos cursos de administração é voltada para 
a formação de executivos para atuarem em organizações de grande porte. Além 
disso, essa tem sido, nos últimos anos, a carreira buscada por grande parte dos 
profissionais graduados na área.
O mesmo caminho foi seguido por profissionais que foram demitidos 
de seus empregos, por funções de reestruturações, por processo de reengenharia 
e por novas tecnologias que ceifaram muitas vagas no Brasil nos últimos anos.
Confrontados com uma dura realidade de escassez de oferta de empregos 
formais, muitos jovens têm considerado a possibilidade de abrir uma empresa. 
CONCEITO
Informação complementar
“Segundo Dornelas (2005) quando se compara o papel e função do 
administrador com o do empreendedor vemos muita semelhança entre 
ambos, isto é, o empreendedor é um administrador mais com alguns 
pontos convergentes em relação a média dos gerentes ou execu vos, pois 
os empreendedores são mais visionários do que a maioria dos gerentes comuns.
O administrador se enquadra no mundo corpora vo. Ele está mais relacionado 
aos processos gerenciais, à solução de confl itos e de circunstâncias desfavoráveis 
para a empresa. Enquanto que, o empreendedor nem sempre se faz presente nas 
corporações. Ele é uma pessoa que tem coragem para ousar. Talvez abrir um novo 
empreendimento, fazer algo ou criar uma ideia nunca vista antes. Para fi car mais claro, 
um exemplo de administrador é o Roberto Justus. E um exemplo de empreendedor 
é um garçom que resolve abrir seu próprio negócio. Para Ba sta: 
Todo empreendedor precisa ser um bom administrador para poder tomar as decisões 
adequadas. Por outro lado, nem todo administrador possui as habilidades e os 
anseios dos empreendedores, por mais efi caz que seja o administrador em realizar o 
seu trabalho. O empreendedor vai além das tarefas normalmente relacionadas aos 
administradores, tem uma visão mais abrangente e não se contenta em apenas fazer 
o que deve ser feito. 
Eles se diferenciam também na maneira com que trabalham: o administrador 
trabalha em base de diretrizes, cultura, paradigmas e outros fatores na empresa que 
trabalha e o empreendedor trabalha mais com a cria vidade, aprendizado e outros 
fatores no ambiente de mercado.
Segundo Dornelas (2001), ‘as diferenças entre os domínios empreendedor e 
administra vo podem ser comparadas em cinco dimensões dis ntas de negócio: 
orientação estratégia, análise das oportunidades, comprome mento dos recursos, 
controle dos recursos e estrutura gerencial’” (ADMINISTRADORES, 2011).
“S
ad
am
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
100
Somado a isso, ou como consequência desse fato, o estudo do 
empreendedorismo vem ganhando força no cenário brasileiro nos últimos anos.
Entretanto, parece óbvio que, dada a alta taxa de mortalidade de empresas 
no país, um administrador, com toda bagagem teórica e prática que o curso lhe 
oferece, terá mais chances de sucesso. 
Hoje, em São Paulo, segundo a revista Pequenas Empresas, Grandes 
Negócios, apenas 29% das empresas sobrevivem até o quinto ano de operação.
Vale mencionar que apenas uma formação em Administração não vai 
garantir o êxito como empreendedor, apesar deste profissional ter acesso às 
ferramentas e aos conhecimentos de gestão que profissionais de outras áreas não 
têm em seus cursos de graduação. 
O sucesso depende da conexão de vários fatores e variáveis. Por isso, a 
elaboração de um plano de negócios é recomendada a fim de avaliar previamente 
a viabilidade do empreendimento. Cumpre ressaltar que esse conhecimento o 
administrador tem em função de sua formação.
Embora o administrador aprenda habilidades necessárias para ser 
empreendedor, é importante lembrar que há uma distinção entre administrador e 
empreendedor, a qual se dá à medida que este inova. Assim, ao inovar de forma 
absolutamente original, a pessoa pode ser considerada um empreendedor.
É importante destacar que o empreendedor pode ter formação em 
qualquer área ou, até mesmo, não ter educação formal. Ele não 
precisa, necessariamente, ser um administrador.
Para
Refl e rRe
Segundo dados do Ins tuto Cidadania, 32% dos jovens entre 
15 e 24 anos já montaram ou desejam montar seu próprio 
negócio. Isso signifi ca um total de 10,8 milhões de jovens que 
demonstram vontade de empreender. CURIOSIDADE
Uma explicação para esse dado pode ser o elevado percentual de empreendedores 
por necessidade. Segundo relatório da GEM – Global Entrepreunership Monitor – 
2003, 43% dos empreendedores brasileiros abriram um negócio para sobreviver e 
apenas 56% o fi zeram em busca de uma oportunidade. 
“Um dos fatores que mais contribuem para o fechamento de empresas no Brasil é a 
falta de planejamento” (Pequenas Empresas, Grandes Negócios). 
A necessidade de abrir um negócio por falta de emprego, aliada ao baixo nível educacional 
e à falta de planejamento do negócio, leva a um elevado índice de mortalidade.
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
101
Partindo das características para a definição, Timmons (apud 
DOLABELA, 2003, p. 23) declara que o empreendedor “é alguém capaz de 
identificar, agarrar e aproveitar oportunidades para transformá-las em negócios 
de sucesso, buscar e gerenciar recursos”.
Na visão de Schumpeter (apud DORNELAS, 2007, p. 37), economista 
e um dos primeiros teóricos a conceituar esse termo, empreendedor “é aquele 
que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e 
serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de 
novos recursos materiais”.
Já Filion (apud DOLABELA, 2002, p. 27) vê o empreendedor como 
alguém que “imagina, desenvolve e realiza visões”. A grande questão que surge é 
se o espírito empreendedor é uma característica nata ou se pode ser desenvolvido.
Há pouco tempo acreditava-se na primeira hipótese. Contudo, 
atualmente, a maioria dos autores da área entende que o empreendedorismo 
pode e deve ser ensinado. 
Em virtude disso, Filion e Dolabela (2002, p. 27) creem que o espírito 
empreendedor pode ser desenvolvido. Assim, qualquer pessoa pode vir a ser um 
empreendedor, basta querer.
Há a necessidade de um perfi l para o empreendedor. Vários autores têm 
tentado defi nir essas caracterís cas e, dentre outras qualidades, afi rmam que o 
empreendedor: 
● é cria vo; 
● tem inicia va; 
● possui autoconfi ança; 
● tem autonomia;
● é o mista e demonstra necessidade de realização; 
● tem um “modelo”– uma pessoa que o infl uencia; 
● tem alto comprome mento com o que faz; 
● é automo vado; 
● é perseverante; 
● sabe traduzir seus pensamentos em ações; 
● é proa vo; 
● defi ne o que quer e onde quer chegar; enfi m, é visionário!
A pesquisa GEM 2003 – Global Entrepreunership Monitor, 
realizada em 40 países, ra fi cou essa concepção, pois revelou 
que o Brasil é o sexto país mais empreendedor do mundo, com 
13,2% da população envolvida em a vidades empreendedoras, 
o que representa um total de 14 milhões de empreendedores.CURIOSIDADE
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
102
 Temos, por conseguinte, um percentual elevado de empreendedores e 
uma economia com baixo crescimento e desenvolvimento econômico irrisório. 
Seção 2 − O empreendedorismo e o desenvolvimento 
econômico brasileiro 
A fim de permitir e de contribuir para o crescimento econômico do país, a 
discussão da importância das condições macroeconômicas tem-se mostrado relevante. 
O controle da inflação, as taxas de juros adequadas, a taxa de câmbio equilibrada e o 
baixo risco-país são fatores que influenciam o crescimento econômico. 
Todavia, não podemos deixar de destacar o papel relevante do 
empreendedor para o desenvolvimento econômico. Acerca disso, Pereira (1992, 
p. 91) aduz que ambos, Estado e empresários, são os gerentes, por excelência, do 
desenvolvimento econômico.
De acordo com Pereira (1992: 83), Schumpeter foi capaz de caracterizar 
a importância do processo tecnológico do empreendedor no desenvolvimento 
econômico ao afirmar que desenvolver é inovar, é recompor os fatores de 
produção, é avançar tecnologicamente. Além disso, o responsável por tais tarefas 
é o empreendedor.
É notório que a iniciativa privada, na perspectiva de Souza, (1999, p. 26), 
é a principal responsável pelo crescimento econômico.
 O empreendedor é um dos elementos estratégicos no processo de 
desenvolvimento econômico de um país. 
À luz disso, é importante pensarmos em como esses empreendedores, em especial 
os administradores, podem contribuir para o desenvolvimento econômico do país. 
Vamos fazer isso no próximo tópico!
?
VOCÊ 
SABIA
O primeiro a relacionar empreendedorismo com crescimento 
econômico foi o economista austríaco Joseph Schumpeter. Ele 
atribuiu as diferenças de comportamento da economia a um único 
fator: os empreendedores. Para ele, os empreendedores com 
suas inovações criam um novo ciclo econômico, transformando a 
economia e a sociedade.
?
?
No Brasil, as diferentes taxas de empreendedorismo entre 
regiões afetam o desempenho econômico?
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
103
Assim, a feição característica do desenvolvimento é o 
crescimento das empresas, isto é, o aparecimento de um pequeno 
número de pessoas que utiliza grandes somas e dá emprego a um 
grande número de pessoas. Esse pequeno número de pessoas 
são os empreendedores, cujo papel dentro do desenvolvimento 
econômico de um país é crucial (PEREIRA, 1992, p. 82).
Em virtude disso, um dos objetivos da pesquisa GEM é entender o papel 
do empreendedorismo no crescimento econômico. 
Desse modo, desde 1999, a pesquisa tem mostrado que a atividade 
empreendedora está associada ao crescimento dos países (GEM, 2001, p. 12). 
Essa assertiva está presente no relatório da pesquisa do referido ano e vem sendo 
confirmada nos anos subsequentes.
Outro aspecto mostrado pela pesquisa é o de que a criação de novas 
empresas provoca maior impacto no crescimento econômico que a presença 
de empresas existentes. Diante disso, os estudos propõem algumas políticas 
para incentivar o crescimento econômico, entre elas, focar a abertura de 
novas empresas. 
Dessa forma, uma das conclusões do estudo, a de que vigora a abertura 
de empresas, parece ser a condição necessária para os mais altos níveis de 
crescimento econômico.
A importância do empreendedorismo para o desenvolvimento do país 
é inquestionável para Dolabela (2003, p. 117). O autor afirma que “o tema 
do empreendedorismo é o desenvolvimento” e que a necessidade urgente do 
O relatório de 2003 da GEM concluiu que há uma relação posi va e esta s camente 
signifi cante entre o nível de empreendedorismo e o crescimento econômico de 
um país. Ademais, há evidências de que o nível de a vidade empreendedora está 
associado ao crescimento econômico.
Um dos principais veículos da atividade empreendedora é a 
pequena empresa. Nos últimos anos, as pequenas empresas 
brasileiras geraram mais empregos do que as empresas com 
100 ou mais empregados. No setor industrial, as empresas 
consideradas pelo SEBRAE como de pequeno porte (até 99 
empregados) ocupavam, em 1974, 1.128,7 mil pessoas, 34% do emprego total de 
3.325 mil naquele ano (Barros & Sidsamer, 1983, p. 50). Trinta anos depois, em 
2004, essas pequenas empresas passaram a empregar 3.252,8 mil dos 7.160,8 mil 
trabalhadores industriais, ou seja, 45% do total (IBGE, 2004). O ressurgimento da 
importância dos pequenos negócios no mundo está documentado em diversos 
estudos (THURIK; WENNEKERS; UHLANER, 2002).
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
104
empreendedorismo, no Brasil, decorre da sua importância para o desenvolvimento 
não só econômico, mas humano e social. 
Dolabela (2003) destaca também que o empreendedorismo deve servir 
à construção do desenvolvimento humano e social, além de ser instrumento de 
geração e distribuição de riquezas, de conhecimento, de poder e de renda. 
A referida ONG entende que
 
[...] o empreendedorismo é fator determinante para impulsionar 
o crescimento econômico sustentável, a mobilidade social e as 
mudanças culturais, tão necessárias em países emergentes. A 
O Brasil apresenta ações que visam desenvolver um dos maiores programas de 
ensino de empreendedorismo e potencializa o país perante o mundo nesse milênio. 
Segundo Dornelas (2001, p. 25-6), tem-se o seguinte: 
1. “Os programas SOFTEX e GENESIS (Geração de Novas Empresas de So ware, 
Informação e Serviço), que apóiam a vidades de empreendedorismo em so ware, 
es mulando o ensino da disciplina em universidades e a geração de novas empresas 
de so ware (start-ups).
2. Ações voltadas à capacitação do empreendedor, como os programas EMPRETEC 
e Jovem Empreendedor do SEBRAE. E ainda o programa Brasil Empreendedor, do 
Governo Federal, dirigido à capacitação de mais de 1 milhão de empreendedores em 
todo país e des nando recursos fi nanceiros a esses empreendedores, totalizando 
um inves mento de oito bilhões de reais.
3. Diversos cursos e programas sendo criados nas universidades brasileiras para 
o ensino do empreendedorismo. É o caso de Santa Catarina, com programa 
Engenheiro Empreendedor, que capacita alunos de graduação em engenharia de 
todo o país. Destaca-se também o programa REUNE, da CNI (Confederação Nacional 
das Indústrias), de difusão do empreendedorismo nas escolas de ensino superior do 
país, presente em mais de duzentas ins tuições brasileiras.
4. A recente explosão do movimento de criação de empresas de Internet no país, 
mo vando o surgimento de en dades com o Ins tuto e-cobra, de apoio aos 
empreendedores das ponto.com (empresas baseadas em Internet), com cursos, 
palestras e até prêmios aos melhores planos de negócios de empresas Start-ups de 
Internet, desenvolvidos por jovens empreendedores.
5. Finalmente, mas não menos importante, o enorme crescimento do movimento 
de incubadoras de empresas no Brasil. Dados da ANPROTEC (Associação Nacional 
de En dades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas) mostram 
que em 2000, havia mais de 135 incubadoras de empresas no país, sem considerar 
as incubadoras de empresas de Internet, totalizando mais de 1.100 empresas 
incubadoras, que geram mais de 5.200 empregos diretos”.
No site da Endeavor, uma ONG cuja missão é fomentar a cultura empreendedora, 
também há uma percepção de que empreendedorismoe desenvolvimento 
econômico estão associados. Para saber mais, acesse: ENDEAVOR, disponível em: 
<www.endeavor.org.br>. Acesso em: 15 jul. 2011.
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
105
formação de novas empresas gera empregos, distribui renda e 
cria oportunidades para toda a sociedade. A promoção de um 
modelo de desenvolvimento, baseado no estímulo à atividade 
empreendedora, é a forma mais efi ciente de impactar a economia 
e a estrutura das sociedades.
A relação entre o nível de empreendedorismo de uma nação e o 
desenvolvimento econômico está presente nos resultados da maior pesquisa 
mundial sobre o tema e, também, na opinião de teóricos das áreas de economia e 
de empreendedorismo.
O administrador que opta por uma carreira empreendedora gera emprego, 
renda e contribui para o desenvolvimento econômico do país. O incentivo para 
empreender deve estar em toda a sociedade. 
Por essa razão, os cursos de Administração precisam repensar o seu 
modelo pedagógico para desenvolver nos administradores esse perfil. Assim, a 
atuação dos administradores empreendedores pode ter um impacto mais efetivo 
no desenvolvimento brasileiro.
O empreendedorismo precisa se transformar em uma mania nacional. 
Todos – governo, iniciativa privada, terceiro setor, ensino, imprensa – precisam 
se unir em torno dessa causa para conseguirmos chegar a um novo patamar de 
desenvolvimento econômico, humano e social. 
Alguns dados do IBGE – Ins tuto Brasileiro de Geografi a e Esta s ca – confi rmam a 
incontestável contribuição das micro e pequenas empresas para a economia do país:
• “Das 3,5 milhões de empresas do país, 98 % são de micro e pequeno porte, 
empregam 35 milhões de pessoas e exportam o equivalente a US$ 800 milhões.
• Entre 2001 e 2002, as micro, pequenas e médias empresas criaram 900 mil empregos 
no país enquanto as grandes geram 600 mil novas vagas no mesmo período.
• Entre 1995 e 2001, a diferença entre o número de vagas criadas pelas empresas 
com menos de cem empregados é gritante: as empresas menores criaram 21 vezes 
mais vagas que as maiores” (IBGE, 2011).
[...] a educação para o empreendedorismo é um processo de 
transmissão/aquisição do conhecimento sobre o ambiente e sobre 
o próprio indivíduo. Este po de educação visa contribuir para o 
desencadeamento de habilidades, a tudes e comportamentos 
para a prospecção e exploração de oportunidades para 
transformação do meio em que vive pelo desenvolvimento 
econômico, social e cultural (FERREIRA; RAMOS; GIMENEZ, 2006, p. 7).
CURIOSIDADE
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
106
Nesse processo, os administradores têm um papel essencial, quer como 
empreendedor, quer como professor, ajudando a formar novos empreendedores. 
Isso significa que todo e qualquer profissional de qualquer área pode empreender, 
mas os administradores são, por excelência, os mais preparados para a tarefa! 
Em função de sua formação teórica e habilidades desenvolvidas durante 
a graduação, o administrador tem acesso ao conhecimento de gestão de empresas 
que outros profissionais não têm.
Eis, portanto, um caminho que merece investimento, pois ele pode mudar 
a cara deste país, criando empresas inovadoras com diferenciais competitivos, em 
condição de competir globalmente. 
Investir em uma formação que desenvolva o perfil empreendedor é a 
saída para a estagnação econômica e para os baixos níveis de desenvolvimento 
humano que o país tem enfrentado na última década. Esse é o desafio que nós, 
administradores, precisamos abraçar.
Retomando a conversa inicial
?
VOCÊ 
SABIA
Que existe uma tênue diferença entre os empreendedores sociais 
e os empreendedores privados, especialmente nos seus objetivos 
e formas de atuação. Segundo Melo Neto e Froes (2002, p. 11) ‘o 
empreendedorismo privado é de natureza individual, centrado na 
produção de bens e serviços para o mercado. Seu foco é o mercado, 
onde busca o lucro e satisfaz as necessidades de seus clientes’. 
Quanto ao empreendedorismo social, os autores (2002, p. 12) observam que: [...] 
é coletivo, pois envolve todos os membros da comunidade num esforço comum 
de participação, integração e desenvolvimento. [...] Produz bens e serviços para 
a comunidade de modo que esta [...] possa solucionar demandas e carências 
sociais. Seu foco é a busca de soluções para os problemas sociais mediante a 
ideação e da testagem de novos modelos adequados de atenção às necessidades 
da comunidade. Sua medida de desempenho é o impacto social de suas atuações 
(FEGER et al., 2008).
Ah, já que estamos tratando sobre inves mento em conhecimentos sobre 
o empreendedorismo, é importante lembrar que no úl mo ano do curso de 
Administração você, em seu Trabalho Final (TCC – Trabalho de Conclusão de Curso), 
irá elaborar um Plano de Negócio. 
Nele, você desenvolverá os passos básicos necessários para o planejamento de uma 
nova empresa.
Para encerrar a Aula 7, convido você a recordar o que 
estudamos aqui. Vamos lá?
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
107
 Seção 1 ̶ O Administrador Empreendedor
Nesta Seção, entendemos que o administrador empreendedor é o 
profissional que pode ou não ser graduado em Administração. 
Contudo, ele atua em uma organização e desempenha variadas atividades 
que incluem planejar, organizar, liderar e controlar, ou seja, funções diretamente 
ligadas à administração e seus pressupostos. 
Desse modo, isto é, agregando suas características inatas com conhecimento 
constantemente adquiridos, o empreendedor terá mais possibilidades de obter 
sucesso, uma vez que este depende da conexão de vários fatores e variáveis, das 
quais, a maioria são objetos de estudo da administração.
 Seção 2 ̶ O Empreendedorismo e o Desenvolvimento Econômico Brasileiro
Já na Seção 2, vimos o papel relevante do empreendedor para o 
desenvolvimento econômico. Percebemos, portanto, que o empreendedor é um dos 
elementos estratégicos no processo de desenvolvimento econômico de um país.
Vimos ainda que a abertura de empresas, parece ser a condição necessária 
para os mais altos níveis de crescimento econômico de um país. Finalmente, 
percebemos que, dentre outros pressupostos, o empreendedorismo deve servir 
à construção do desenvolvimento humano e social, além de ser instrumento de 
geração e distribuição de riquezas, de conhecimento, de poder e de renda.
Sugestões de leituras, sites e vídeos 
Leituras
DOLABELA, F. O segredo de Luísa. São Paulo: Cultura, 2002.
______. REUNE – Rede Universitária de Ensino do Empreendedorismo. São 
Paulo: Cultura. 2001.
FEGER, J. E. et al. Empreendedores sociais e privados: reflexões sobre suas 
características comportamentais. RGO - Revista Gestão Organizacional, v. 1, n. 
1, jul.-dez., 2008.
FERREIRA, J. M.; RAMOS, S. C.; GIMENEZ, F. A. P. Ensino de 
empreendedorismo e pequena empresa: subsídios para um reposicionamento 
Caso você tenha fi cado com dúvidas sobre a Aula 7, acesse as ferramentas “fórum”, 
“quadro de avisos” ou “chat” e interaja com seus colegas de curso e com seu professor. 
Lembre-se de que os conteúdos estudados nesta e na Aula anterior representam 
apenas os primeiros passos de sua construção de conhecimentos sobre o 
empreendedorismo, uma vez que aprender é algo que vamos fazer em nossa vida 
toda! Assim, é fundamental que você con nue pesquisando e interagindo com seus 
colegas de curso sobre o tema. Sua dedicação pode ser uma das responsáveis pela 
excelência de sua vida acadêmica e profi ssional! Pense nisso.
Fundamentos de Administração de Empresas - Marcelo I. Koche / Samuel Mota Torres - UNIGRAN
108
estratégico de cursos de administração. In: SLADE Brasil 2006 e Encontro Luso-
Brasileiro de Estratégia, 1, Itapema, 2006. Anais. Itapema: Sociedade Latino-
Americana de Estratégia, 2006. CD-ROM.
FILLION, L. Boa idéia e agora. São Paulo: Cultura, 2000.
MIGUEL, I. C. O administrador empreendedore o desenvolvimento econômico 
brasileiro. Revista Brasileira de Administração, 2005.
THURIK, R.; WENNEKERS, S.; UHLANER, L. M. Entrepreneurship and 
economic performance: a macro perspective. Zoetermeer: EIM Business & Policy 
Research, 2002.
Sites
 ADMINISTRADORES. Empreendedor x administrador. Disponível em: 
<http://www.administradores.com.br/informe-se/artigos/empreendedor-x-
administrador/37780/>. Acesso em: 15 jul. 2011.
 ENDEAVOR. Homepage. Disponível em: <www.endeavor.org.br>. Acesso em: 
15 jul. 2011.
 IBGE. Homepage. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso 
em: 15 jul. 2011.
Vídeos
 YOUTUBE. Empreendedorismo e empreendedorismo social. Disponível em: 
<http://www.youtube.com/watch?v=NMHoaRYNcAU>. Acesso em: 15 jul. 2011.
______. Todo mundo pode mudar o mundo. Disponível em: <http://www.youtube.
com/watch?v=2VgiBIv_eSo&feature=related>. Acesso em: 15 jul. 2011.
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