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Prevenção e ações da vigilância sanitária Apresentação Nesta Unidade de Aprendizagem, serão abordados o conceito de vigilância em saúde ambiental, as formas de prevenção e as ações referentes aos controles e fatores de riscos ambientais associados a doenças e a outros agravos à saúde que se relacionam com a vigilância em saúde ambiental. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Definir vigilância em saúde ambiental.• Identificar as formas de prevenção em vigilância em saúde ambiental.• Reconhecer as ações associadas a controles e fatores de riscos ambientais relacionados com a vigilância em saúde ambiental. • Desafio Seu município foi atingido por uma forte enchente, e o supermercado de um bairro foi reaberto logo após o nível da água ter baixado. Na mesma semana, foram feitas várias ocorrências de intoxicação alimentar por diversos moradores do bairro em que o supermercado atingido pela enchente está situado. A vigilância sanitária do município foi acionada por meio de denúncia anônima. Você é o fiscal que deverá ir ao supermercado realizar a fiscalização. Como fiscal, você deverá observar quais questões? O que o gestor do supermercado deveria ter providenciado antes de o estabelecimento ser reaberto? Infográfico Vigilância ambiental em saúde, ações que visam ao controle de impactos ambientais negativos que afetam a saúde da população e formas de prevenção a fatores de risco são os tópicos centrais abordados nesta Unidade de Aprendizagem e estão sintetizados no infográfico a seguir. Conteúdo do livro O trecho selecionado a seguir integra o livro Meio ambiente e sustentabilidade, e faz parte do Capítulo 7, "Saúde e meio ambiente". Inicie sua leitura a partir do tópico "Evolução da percepção da problemática ambiental" e leia até o final do tópico "Mudança de paradigma na área de saúde e meio ambiente". Boa leitura! André Henrique Rosa Leonardo Fernandes Fraceto Viviane Moschini-Carlos Organizadores M514 Meio ambiente e sustentabilidade [recurso eletrônico] / Organizadores, André Henrique Rosa, Leonardo Fernandes Fraceto, Viviane Moschini-Carlos. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : Bookman, 2012. Editado também como livro impresso em 2012. ISBN 978-85-407-0197-7 1. Meio ambiente. 2. Sustentabilidade. I. Rosa, André Henrique. II. Fraceto, Leonardo Fernandes. III. Moschini- Carlos, Viviane. CDU 502-022.316 Catalogação na publicação: Natascha Helena Franz Hoppen CRB10/2150 160 Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (Orgs.) EVOLUÇÃO DA PERCEPÇÃO DA PROBLEMÁTICA AMBIENTAL Alguns eventos internacionais geraram do- cumentos norteadores que podem ser apontados como marcos políticos. A partir desses eventos, a sociedade iniciou uma mudança de paradigmas, apontando para a necessidade de desregulamentar a ação dos agentes econômicos sobre o meio ambiente. Durante muitos anos, o desenvolvimento econômico decorrente da Revolução Indus- trial impediu que os problemas ambientais fossem considerados com a devida impor- tância. Embora a poluição e os impactos ambientais do desenvolvimento desordena- do fossem visíveis, os benefícios proporcio- nados pelo progresso sempre foram usados como justificativa para manutenção desse modelo em detrimento da atenção às ques- tões ambientais. O relatório do Clube de Roma, “Limites ao crescimento”, já aponta- va para restrições à forma de crescimento decorrente do esgotamento de certos recur- sos naturais e da contaminação ambiental associada aos processos produtivos e forma de ocupação do ambiente. A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em 1972 (Estocolmo – Suécia) já reforçava a necessi- dade de medidas que coibissem a acelerada degradação do meio ambiente e suas possí- veis consequências sobre a saúde humana. Foi prevista a intensificação e ampliação das ações do Estado na conservação e prote- ção do meio ambiente, e esse é visto não só em relação às questões associadas à gestão da vida selvagem, conservação do solo e am- biente aquático, mas contemplando tam bém as questões relativas à inserção social e inse- rindo as questões ambientais na agenda da política nacional e internacional. Fica explí- cita a íntima relação entre as questões am- bientais e a pobreza, que coloca os menos favorecidos economicamente e a saúde des- tes como principais vítimas das consequên- cias do desequilíbrio ambiental. Os riscos associados aos processos de produção e de consumo da sociedade e a consequente de- gradação ambiental e agravos à saúde são distribuídos espacial e socialmente de for- ma desigual. Em 1987, a publicação do documento “Nosso Futuro Comum”, Relatório da reu- nião da Comissão das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, ocorrida em Oslo, na Noruega, apontou para o modelo de Desenvolvimento que contemplasse o princípio de solidariedade entre as gera- ções, visando ao compromisso com esta e as futuras gerações, ou seja, um desenvolvi- mento solidário e sustentável. Os documentos gerados na Conferên- cia das Nações Unidas para o Meio Am- biente e o Desenvolvimento (Rio-92), pre- conizam o direito a um ambiente sadio, que proteja a saúde, o bem-estar e os valores culturais. A Agenda 21, programa de ações para o século XXI, em seu Capítulo 6 – seção I – já reconhecia a saúde ambiental como prioridade social para a promoção da saúde. O CONCEITO DE SAÚDE AMBIENTAL E SUA INSERÇÂO NAS POLÍTICAS PÚBLICAS A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, definiu saúde como um completo estado de bem-estar físico, mental e social e não meramente a ausência de doença, pas- sando oficialmente do modelo biológico de ser humano para o modelo biopsicossocial. Esse conceito vem sofrendo inúmeras críti- cas e evoluindo continuamente. A interferência dos aspectos ambien- tais nos padrões de saúde das populações deixa evidente a percepção dessa relação já Meio ambiente e sustentabilidade 161 em trabalhos muito antigos, como os de Hi- pócrates, considerado o pai da Medicina. Mesmo não contando com o repertório científico atual, esses trabalhos delinearam a compreensão de epidemias e endemias, a partir da compreensão das características do ambiente e da valorização de aspectos geográficos e sua influência na distribuição das doenças. Essa influência grega somada à contribuição romana na área da engenharia e da administração propiciaram à popula- ção obras de saneamento, como sistemas de esgoto, sanitários públicos, aquedutos, dre- nagem de pântanos para controle de vetores de malária e disposição organizada de lixo. Posteriormente, a influência espiritualista e sobrenatural se impôs na compreensão dos processos infecciosos e, favorecida pela de- sintegração do império greco-romano, pro- vocou um retrocesso do ponto de vista da higiene e da saúde pública. Muito tempo depois, a partir de mea- dos do século XIX, com os trabalhos de Louis Pasteur, Robert Koch e outros, o esta- belecimento da Teoria Microbiana das Do- enças Infecciosas pode auxiliar na compre- ensão gradativa da origem, ocorrência e evolução dessas doenças. Essa contribuição permitiu a elaboração de medidas sanitá- rias de controle mais específicas e menos empíricas. A compreensão dos processos infec- ciosos somados ao avanço da tecnologia, tanto da área sanitária como da área de diagnóstico e terapêutica, contribuiu enor- memente para redução dos níveis de inú- meras doenças e, de certa forma, provocou um distanciamento do entendimento des- ses processos como resultado das alterações do meio ambiente e das condições sociais e econômicas das populações. No entanto, à medida que se verificou a consolidação da polarização da divisão geopolítica, em países ricos e países pobres, consolida-se também um cenário de distri- buição de doenças distinto. Os países menos privilegiados economicamente, carentes de recursos sanitários e de planejamento de ocupação de território,em sua maioria, ainda apresentam altos níveis de morbi- mortalidade relacionados a causas infeccio- sas. Estima-se que 4% de todas as mortes e 5,7% das doenças que ocorrem no mundo estejam associadas a condições precárias ou inexistentes de saneamento. Os registros de morbimortalidade em países que usufruem de recursos tec- nológicos mostram que a detenção do poder econômico não isenta a população dos agravos de saúde por influência dos fa- tores ambientais. A saúde da população desses países, economicamente privilegia- dos, também sucumbe aos efeitos do seu padrão de vida, cada vez mais urbano, con- sumista, exposto a um contexto de elevado adensamento populacional, confinado em ambientes com alta concentração de po- luentes atmosféricos e consumindo alimen- tos provenientes de cadeias cada vez mais complexas e artificiais. Nesse contexto, emergem padrões ele- vados de doenças cardiovasculares e degene- rativas. Portanto, mesmo que apontando para prioridades e medidas distintas para o enfrentamento das questões relativas à saúde da população local, a importância dos fato- res ambientais fica cada vez mais evidente. Esse fato reforça a necessidade de valorização da Saúde Ambiental como norteadora de políticas públicas de promoção de saúde da população. No Brasil, o conceito de vigilância em saúde vem se consolidando nas últimas dé- cadas. Essa vigilância tem caráter sistêmico, buscando ser um elo que reoriente o plane- jamento e a gestão das diversas vigilâncias que vem sendo implementada no Sistema Único de Saúde, como a vigilância epide- miológica, a sanitária, a de saúde do traba- lhador e mais recentemente a ambiental. Esta última pode ser considerada o braço operacional da Política Nacional de Saúde 162 Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (Orgs.) Ambiental, pois consiste em um conjunto de ações que proporcionam o conhecimen- to e a detecção de mudanças nos fatores de- terminantes e condicionantes do meio am- biente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identificar as medidas de prevenção e controle de fatores de risco ambientais relacionados às doenças e a ou- tros agravos à saúde. Essa estrutura privile- gia o conceito de geração da informação para a ação, viabilizando essas ações no sen- tido de promover a saúde, superando a esfe- ra da mera intervenção sobre a doença para se voltar à esfera da prevenção desses agra- vos. Nesse sentido, as principais tarefas da Vigilância em Saúde Ambiental se referem aos processos de produção, integração, pro- cessamento e interpretação de informações visando ao conhecimento dos problemas de saúde relacionados aos fatores ambientais, além da execução de ações relativas às ativi- dades de promoção da saúde, prevenção e controle de doenças. A Figura 7.4 mostra a ocorrência da meningite durante o período de 2004 a 2008 no estado de São Paulo co mo forma de ajudar a promover a execução de ações de promoção à saúde. A Epidemiologia é uma das ciências fundamentais para a construção e condu- ção desses estudos e cada vez mais exige a participação de uma rede multiprofissional bem formada, integrada, para a abordagem de um cenário no qual lidera a multifatoria- lidade. No que tange aos aspectos preventi- vos, a epidemiologia avalia riscos, validan- do estatisticamente a relação de eventos ocorridos em grupos populacionais expos- tos e não expostos ou então entre doentes e não doentes. A Epidemiologia também contribui para o monitoramento da situação de saúde Figura 7.4 Distribuição espacial dos registros de meningites por município no estado de São Paulo no período de 2004 a 2008 (Lourenço e Vedovato, 2010). 53º W 20º S 25º S 44º W 0 1 – 30 31 – 60 61 – 90 91 – 104 172 Meio ambiente e sustentabilidade 163 de determinadas populações, na realização de avaliações do impacto de mudanças am- bientais produzidas por projetos econômi- cos e sociais, no próprio ecossistema local e na saúde das populações humanas para a tomada de decisão sobre o desenvolvimen- to de projetos. Essas avaliações têm como fi- nalidade oferecer informações sobre os pro- váveis impactos e as possíveis medidas para reduzir e ou prevenir essas situações de risco. MUDANÇA DE PARADIGMA NA ÁREA DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE As últimas décadas registraram vários even- tos na área tanto de meio ambiente como da saúde, documentando a mudança de uma série de paradigmas nessas áreas. A mudança de valores se reflete na atualização do conceito de saúde que reconhece que, para enfatizar o viés profilático, deve ser re- conhecida a relevância da interferência di- reta ou indireta dos fatores ambientais na prevenção de doenças e agravos à saúde hu- mana. A Declaração da Conferência sobre cuidados Primários de Saúde da OMS- -UNICEF, que ocorreu em 1978 em Alma- -Ata, no Cazaquistão, enfatiza a saúde como um direito humano fundamental. Permitiu que a saúde, como um bem público, se in- corporasse à legislação nacional e interna- cional como instrumento de ações que ob- jetivassem a redução das desigualdades do estado de saúde dos povos, principalmente entre os de países desenvolvidos e em de- senvolvimento. Portanto, a saúde não mais se explica exclusivamente pela ausência de doença, apoiada principalmente em intervenções clínico-cirúrgicas ou em medidas preventi- vas tradicionais, mas sim como resultado de ações de caráter intersetorial, que a conside- rem um produto e, ao mesmo tempo, um insumo do desenvolvimento. Em 1986, ocorreu no Canadá a Primeira Conferência Internacional sobre a Promoção da Saúde, na qual foi promulgada, pela Organização Mundial da Saúde, a “Carta de Ottawa para promoção da Saúde” atendendo à demanda de uma nova concepção de saúde pública. Nesse contexto, delineou-se um cenário no qual a importância da qualidade do meio ambiente era redimensionada para um espa- ço ecossocial. Definiram-se linhas de ação no sentido de se criarem ambientes favorá- veis à saúde, os chamados ambientes saudá- veis. Inúmeras conferências internacionais sobre o tema se sucederam e vêm influen- ciando políticas de saúde coletiva dos mais diversos países. O texto da Constituição Federal Brasi- leira, promulgada em 1988, já reflete essa concepção de relação intrínseca entre meio ambiente e saúde. Em seu Artigo 196, a saúde é definida como direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políti- cas sociais e econômicas que visem à redu- ção do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e re- cuperação. Já em seu Art. 225, prevê que todos têm direito ao meio ambiente ecologica- mente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletivi- dade o dever de defendê-lo, preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Em 1990 a Organização Mundial da Saúde cria uma Comissão de Saúde e Meio Ambiente. Durante essa mesma década, o Brasil deu início à elaboração da Política Nacional de Saúde Ambiental, possibilitan- do posteriormente a implantação do Siste- ma de Vigilância em Saúde Ambiental com o objetivo de compreender as relações entre os elementos ambientais e de saúde sobre os quais cabe à saúde pública intervir. 164 Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (Orgs.) De acordo com o documento “Subsí- dios para construção da Política Nacional de Saúde Ambiental”, divulgado em 2007 pelo Ministério da Saúde, o campo da Saúde Am- biental compreende a área da saúde pública afeita ao conhecimento científico e à for- mulação de políticas públicas e as corres- pondentes intervenções (ação) relacionadas à interação entre a saúde humana e os fato- res do meio ambiente natural e antrópico que a determinam, condicionam e influen- ciam, com vistas a melhorar a qualidade de vida do ser humano sob o ponto de vista da sustentabilidade. Nesse sentido, a articulação e a visão de indissociabilidade entre as áreasde meio ambiente e saúde aponta para a necessidade de ações preventivas, tanto relacionadas à proteção do meio ambiente como à promo- ção de saúde. No caso particular da vigilân- cia em saúde, a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) estruturou o Sistema Na- cional de Vigilância Ambiental em Saúde (SINVAS). Sua regulamentação através da Instrução Normativa No 1 do Ministério da Saúde, de 25 de setembro de 2001, definiu competências no âmbito federal dos Esta- dos, do Distrito Federal e dos Municípios e, para esses fins, apontou também como prioridades para intervenção os fatores bio- lógicos representados pelos vetores, hospe- deiros, reservatórios e animais peçonhen- tos; e os fatores não biológicos, que incluem a qualidade da água para consumo huma- no, ar, solo, contaminantes ambientais, de- sastres naturais e acidentes com produtos perigosos. A Vigilância Ambiental em Saúde é definida pela Fundação Nacional da Saúde como um conjunto de ações que proporciona o conhecimento e a detecção de qualquer mu- dança nos fatores determinantes e condicio- nantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de identifi- car as medidas de prevenção e controle dos fa- tores de risco ambientais relacionados às do- enças ou outros agravos à saúde. Compete ao sistema produzir, integrar, processar e in- terpretar informações que sirvam de ins- trumentos para que o Sistema Unificado de Saúde possa planejar e executar ações relati- vas à promoção de saúde e de prevenção e controle de doenças relacionadas ao am- biente. A Vigilância em Saúde Ambiental foi estruturada por meio do Subsistema Nacio- nal de Vigilância em Saúde Ambiental, re- gulamentado pela Instrução Normativa MS/SVS Nº 1, de 7 de março de 2005. O Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental – SINVSA compreende o conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e entidades públicas e privadas, rela- tivos à vigilância em saúde ambiental, vi- sando ao conhecimento e à detecção ou pre- venção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na saúde humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de promoção da saúde ambiental, prevenção e controle dos fatores de risco re- lacionados às doenças e outros agravos à saúde, em especial: I. água para consumo humano; II. ar; III. solo; IV. contaminantes ambientais e substân- cias químicas; V. desastres naturais; VI. acidentes com produtos perigosos; VII. fatores físicos; e VIII. ambiente de trabalho. Parágrafo Único – Os procedimentos de vi- gilância epidemiológica das doenças e agra- vos à saúde humana associados a contami- nantes ambientais, especialmente os rela- cionados com a exposição a agrotóxicos, amianto, mercúrio, benzeno e chumbo serão de responsabilidade da Coordenação Geral de Vigilância Ambiental em Saúde – CGVAM. O conceito ampliado de exposição, tratado não como um atributo da pessoa, Meio ambiente e sustentabilidade 165 mas como conjunto de relações complexas entre a sociedade e o ambiente, é central para a definição de indicadores e para a orientação da prática de vigilância ambien- tal. Entre as dificuldades encontradas para sua efetivação no Sistema Único de Saúde no Brasil, estão a necessidade de reestrutu- ração das ações de vigilância em saúde e a formação de equipes multidisciplinares, com capacidade de diálogo com outros se- tores, além da construção de sistemas de in- formação capazes de auxiliar a análise de si- tuações de saúde e a tomada de decisões. Por exemplo, a Figura 7.5 mostra o poten- Figura 7.5 Mapa da distribuição espacial do Risco Relativo da incidência de tuberculose em Rio Claro, São Paulo, Brasil. 166 Rosa, Fraceto e Moschini-Carlos (Orgs.) cial do uso de indicadores de risco para ges- tão e planejamento em vigilância ambiental que, muitas vezes, não são incorporados aos métodos de análise. Como tentativa de articular as esferas governamentais e demais atores envolvidos nesse processo e consolidar a Política Na-cional de Saúde Ambiental, o Ministério de Meio Ambiente programou para dezembro de 2009, em Brasília, a I Conferência Nacio-nal de Saúde Ambiental. Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Dica do professor O vídeo a seguir contém uma contextualização relacionada com as prevenções e com as ações de vigilância ambiental. Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. https://fast.player.liquidplatform.com/pApiv2/embed/cee29914fad5b594d8f5918df1e801fd/5091523e273e0fa81413cf78dd55cd29 Exercícios 1) O que compreende o Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental (SINVSA)? A) Compreende a programação pactuada integrada da área de vigilância em saúde. B) É o estado de bem-estar físico, mental e social,e não meramente a ausência de doença, passando do modelo biológico de ser humano para o modelo biopsicossocial. C) Conjunto de ações e serviços prestados por órgãos e por entidades públicas e privadas referentes à vigilância em saúde ambiental. D) Processos infecciosos somados ao avanço da tecnologia, tanto da área sanitária como da área de diagnóstico e terapêutica. E) Ciência para a construção e condução de estudos com participação de uma rede multiprofissional bem formada e integrada. 2) Segundo a regulamentação da Instrução Normativa MS/SVS No 1, de 7 de março de 2005, a vigilância em saúde ambiental tem a finalidade de recomendar e de adotar medidas de promoção da saúde ambiental, de prevenção e controle dos fatores de risco relacionados com as doenças e outros agravos à saúde, em especial, os itens das alternativas a seguir, EXCETO: A) Água para consumo humano, ar. B) Solo e contaminantes ambientais, substâncias químicas. C) Desastres naturais e acidentes com produtos perigosos. D) Fatores biológicos e patogênicos. E) Fatores físicos e ambiente de trabalho. 3) Que palavra definiria vigilância em saúde ambiental? A) Esgoto. B) Saúde. 212162 Realce 212162 Realce 212162 Realce C) Sustentabilidade. D) Legislação. E) Resíduos. 4) No Brasil, o conceito de vigilância em saúde tem um elo que reorienta o planejamento e a gestão das diversas vigilâncias. Onde estas vêm sendo implementadas? A) No Sistema Único de Saúde (SUS). B) Na vigilância epidemiológica. C) Na vigilância do trabalhador. D) Na vigilância sanitária. E) Conforme Norma ISO 14.001. 5) Qual imagem resume, conforme o estudado, as ações e a prevenção da vigilância em saúde ambiental? A) 212162 Realce B) 212162 Realce C) D) Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. E) https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/ce463a19-85e1-4e84-ba9a-6e18178c695f/c70bf4ab-a301-4881-813f-8ea9a82d3caf.png Na prática Imagine que você deverá realizar um plano de saneamento básico em seu munícipio, englobando também as questões de vigilância em saúde ambiental. São feitas várias reuniões para discussão do assunto, e verifica-se cada tópico a ser englobado no plano. Nesse sentido, resolve-se inserir um cronograma para as obras que serão incorporadas ao plano de saneamento do município, indicando os locais que são foco de contaminação como prioritários para o início do projeto. Além disso, você sugere, e é apoiado por todos, a realização de programas de prevenção junto a esses locais focos de contaminação e que abrigam, na grande maioria, comunidades de baixa renda. Saiba + Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Meio Ambiente e Sustentabilidade ROSA, André Henrique; FRACETO, Leonardo Fernandes; CARLOS, Viviane Moschini. Meio Ambiente e Sustentabilidade. Editora: Bookman. Capítulo 7, páginas 155 a 176. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!Vigilância ambiental em saúde e sua implantação no Sistema Único de Saúde Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. Gestão da vigilância à saúde Aponte a câmera para o código e acesse o link do conteúdo ou clique no código para acessar. http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102006000100025 https://pt.scribd.com/document/183140477/Gestao-Vigilancia-Em-Saude-GS-Miolo-Online-2ed-Nacional
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