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Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Introdução Componentes do sistema motor→ músculo esquelético: ● Músculos esqueléticos; ○ Proteínas contráteis -geradoras de movimento e homeostase térmica. ● Neurônios efetores, motores ou motoneurônios ● Neurônios controladores → cerebelo e núcleos da base; ● Neurônios planejadores→ córtex motor. Junção neuromuscular ● Região de contato entre o terminal axônico e uma região especializada da fibra muscular: ● Terminal axônico: ○ Varicosidades chamadas botões sinápticos; ○ Acetilcolina (Ach); ○ Canais de cálcio dependentes de voltagem. ● Fenda sináptica: ○ Fenda sináptica maior (100 nM). ● Dobras juncionais: ○ Densidade de receptores (AChR). ○ Canais de Na + dependentes de voltagem. ● A fibra nervosa forma um complexo de terminais nervosos ramificados que se invaginam na superfície extracelular da fibra muscular. ● Recoberta por células de Schwann, cuja função é isolá-la dos líquidos circunjacentes. ● A membrana invaginada é chamada de goteira ou canaleta sináptica. ● O espaço entre o terminal e a membrana da fibra é chamado de espaço ou fenda sináptica. ● No fundo da goteira existem pequenas dobras numerosas da membrana muscular, chamadas de fendas subneurais, que aumentam a área de superfície na qual o transmissor sináptico pode agir. ● No terminal axonal há muitas mitocôndrias cuja função é fornecer ATP para a síntese da acetilcolina ○ A acetilcolina tem função de excitar a fibra muscular, sendo sintetizada no citoplasma do terminal e absorvida rapidamente por muitas pequenas vesículas sinápticas. ○ No espaço sináptico há uma grande quantidade acetilcolinesterase, que destrói a acetilcolina alguns ms após ela ter sido liberada das vesículas sinápticas. Secreção de acetilcolina ● Vesículas de acetilcolina são liberadas dos terminais no espaço sináptico quando o impulso nervoso atinge a junção neuromuscular. ● Quando o potencial de ação se propaga, canais se abrem e permitem que Ca 2+ se difundam do espaço sináptico para o interior do terminal nervoso. ● O Ca 2+ exerce atração sobre as vesículas de acetilcolina, favorecendo a exocitose e liberação 1 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA Efeito de acetilcolina ● Os canais se mantêm fechados até que duas moléculas do neurotransmissor se liguem às suas subunidades, o que provoca uma alteração conformacional que resulta em sua abertura. ● Esses canais são grandes o suficiente para permitir a passagem de Na + , K + e Ca 2+ . à Ânions, como o Cl - , não passam pelo canal. ● O efluxo de sódio provoca alteração potencial local positiva no lado interno da membrana da fibra muscular, chamado de potencial da placa motora. Esse potencial inicia um potencial de ação que se propaga ao longo da membrana muscular, causando a contração. Destruição da acetilcolina ● Enquanto a acetilcolina estiver na placa motora, continuará ativando os receptores e, por isso, é degradada. ● A maior parte da degradação decorre da ação da enzima acetilcolinesterase. ● Uma pequena quantidade é difundida para fora do espaço sináptico e, portanto, deixa de estar disponível para agir sobre a membrana da fibra muscular. Potencial de Ação Muscular Túbulos transversos ● Cursam transversalmente às miofibrilas, começando na membrana celular e penetrando por toda a fibra muscular. ● Se abrem e se comunicam com o líquido extracelular. ● O retículo sarcoplasmático faz contato com os túbulos T a partir das cisternas terminais. Liberação de cálcio pelo retículo sarcoplasmático ● O potencial de ação do túbulo T provoca fluxo de corrente para as cisternas do retículo sarcoplasmático, o que provoca a ativação de receptores que abrem os canais de liberação de cálcio das cisternas e em seus túbulos longitudinais associados. Remoção do cálcio do líquido miofibrilar ● Depois de liberados pelo retículo, os íons cálcio se difundem para provocar a contração muscular. ● Uma bomba de cálcio continuamente ativada, localizada nas paredes do retículo sarcoplasmático, bombeia os íons de volta para o retículo. Estrutura da Célula Muscular Fibra ● O músculo esquelético é composto por numerosas fibras.→Células alongadas multinucleadas ● Cada fibra se prolonga por todo o comprimento do músculo. → Inervada por apenas uma terminação nervosa. ● Sarcolema → membrana celular. → Em cada extremidade da fibra muscular, essa camada superficial se funde com uma fibra do tendão. ○ Contém inúmeras miofibrilas, compostas por actina e miosina. ○ Os filamentos de miosina e actina estão parcialmente interdigitados, fazendo com que a miofibrila alterne faixas escuras e claras. ● Miofibrilas 2 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ○ Banda A → escura → Formada por filamentos finos e grossos (miosina) que se interdigitam. →Nela se encontram as Bandas H e M. Há a sobreposição de actina e miosina. ○ Banda I → clara. → Formada apenas por filamentos finos (actina). ○ Linha Z → linha transversal escura no centro de cada Banda I. → Partem filamentos finos de actina que vão até a borda externa da banda H. Delimitam o sarcômero. ○ Banda H → zona mais clara no centro da banda A. → Formada por filamentos grossos de miosina. ○ Linha M → linha escura no centro do sarcômero e que inclui as proteínas fundamentais para a organização dos filamentos de miosina. ○ Pontes cruzadas → pequenas projeções laterais dos filamentos de miosina. Interagem com a actina na contração muscular. ○ Cada sarcômero é formado pela parte da miofibrila que fica entre duas linhas Z sucessivas e contém uma banda A separando duas semibandas I. ○ A disposição dos sarcômeros coincide nas várias miofibrilas da fibra muscular, e as bandas formam um sistema de estriações transversais, paralelas, que é característico das fibras musculares estriadas. ○ Organização da actina e miosina é presa ao sarcoplasma por proteínas, a exemplo da distrofina. ● Quando a fibra muscular está contraída, os filamentos de actina se sobrepõem completamente aos filamentos de miosina. ● O posicionamento das moléculas de actina e miosina é mantido por um grande número de proteínas titina. ● Sarcoplasma→ citoplasma dos sarcômeros. Preenche o espaço entre as miofibrilas. Contém grande quantidade de potássio, magnésio e fosfato, além de múltiplas enzimas. ● Retículo sarcoplasmático → retículo endoplasmático especializado.→Armazenamento de cálcio!! ● Túbulos transversos - T ● Actina → filamentos longos (Actina F), formados por monômeros globulares (Actina G). A actina G é assimétrica. ● Tropomiosina → filamento longo e fino, instalada no sulco formado pela Actina F. ● Troponina→ complexo de 3 unidades: ○ TnT -afinidade pela tropomiosina; ○ TnC –afinidade pelo cálcio ○ TnI –protege o sítio ativo da actina, onde ocorre interação com a miosina. ● Miosina → molécula grande (500 KDa) – apresenta formato de bastão. Em uma de suas extremidades ocorre saliência globular ou cabeça. ● Adicionalmente, outras proteínas participam da organização dos filamentos: ○ Desmina → união das miofibrilas umas às outras; ○ Distrofina → Liga a actina a proteínas integrais da membrana plasmática; ○ Titina e nebulina → manutenção da estrutura e controle da elasticidade do sarcômero. Mecanismo Geral da Contração Muscular 1. Potenciais de ação cursam pelo nervo motor até suas terminações nas fibras musculares 2. Em cada terminação, o nervo secreta pequena quantidade de acetilcolina. 3. A acetilcolina age em área local da membrana da fibra muscular para abrir múltiplos canais de cátion por meio de moléculas de proteína que flutuam na membrana. 4. A abertura dos canais regulados pela acetilcolina permite a difusão de grande quantidade de íons sódio para o lado interno da membrana das fibras musculares. → Isso causa despolarização local que produz a abertura de canais de sódio dependentes de voltagem. →Potencial de ação na membrana. 5. O potencial de ação se propaga por toda a membrana da fibra muscular do mesmo modo que cursapela membrana das fibras nervosas. 3 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA 6. O potencial de ação despolariza a membrana muscular e grande parte da eletricidade do potencial de ação flui pelo centro da fibra muscular, fazendo com que o retículo sarcoplasmático libere grande quantidade de íons cálcio. 7. Os íons cálcio ativam as forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que deslizem ao lado um do outro.→Processo contrátil. 8. Após fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o retículo sarcoplasmático pela bomba de Ca 2+ da membrana, onde permanecem armazenados até que novo potencial de ação se inicie. Essa remoção de íons cálcio faz com que a contração muscular cesse.→ Sequestrina 9. Desacoplamento e um novo ATP se liga a cabeça da miosina. Mecanismo Molecular da Contração Muscular Deslizamento dos filamentos ● No estado relaxado, as extremidades dos filamentos de actina que se estendem de dois discos Z sucessivos mal se sobrepõem. ● No estado contraído, os filamentos de actina são tracionados por entre os filamentos de miosina→ suas extremidades se sobrepõem. →Os discos Z também são tracionados. → Contração muscular ocorre por mecanismo de deslizamento. ● O deslizamento resulta da força gerada pela interação das pontes cruzadas dos filamentos de miosina com os de actina. ● A energia que permite o deslizamento deriva das ligações do ATP. Interação desencadeante da contração ● Quando o complexo troponina-tropomiosina está ligado ao filamento de actina a união desta com a miosina não acontece. ● Uma vez que os íons de cálcio se ligam à troponina C, o complexo total da troponina sofre uma alteração conformacional que traciona a tropomiosina, deslocando-a para o sulco entre os filamentos de actina e liberando o sítio de ligação da actina com a miosina. ● A miosina é atraída pelos locais ativos da actina, produzindo o encurtamento do sarcômero e, consequentemente, a contração. ● O alinhamento do complexo faz com que a cabeça da miosina se incline em direção ao braço e leve com ela o filamento de actina. → Essa ação gera um movimento de força. ● Imediatamente após a inclinação, a cabeça se separa de forma automática do local ativo, retornando, em seguida, para sua posição estendida. Nessa posição, tem-se a combinação com outro local ativo, um pouco mais à frente, num mecanismo que se assemelha a passos. Função do ATP ● Quanto maior a quantidade de trabalho realizada pelo músculo, maior a quantidade de ATP degradada. ● Antes do início da contração, as pontes cruzadas das cabeças se ligam ao ATP. ● A atividade ATPase das cabeças da miosina cliva o ATP, deixando ADP e fosfato como produtos ainda ligados a elas. ● A energia ativa do movimento de força é advinda da quebra do ATP pela cabeça da miosina. ● A inclinação da cabeça da ponte cruzada permite a liberação do ADP e permite que um novo ATP seja ligado. 4 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● O processo ocorre até que os filamentos de actina puxem a membrana Z contra as extremidades dos filamentos de miosina. Fontes de energia para a contração muscular ● Tem-se gasto de ATP no bombeamento de cálcio do sarcoplasma para o retículo sarcoplasmático quando cessa a contração e no bombeamento dos íons sódio e potássio, através da membrana da fibra muscular, para manter o ambiente iônico apropriado para a propagação do potencial de ação. ● A primeira fonte de energia que é utilizada para reconstruir o ATP é a fosfocreatina, que transporta uma ligação fosfato de alta energia. A sua clivagem fornece fosfato para ser ligado ao ADP. Entretanto, por existir em uma quantidade muito pequena na fibra muscular, mantém a contração muscular máxima por cerca de 5 a 8 segundos. ● A segunda fonte de energia utilizada é o glicogênio previamente armazenado nas células musculares. O seu desdobramento enzimático libera energia para ser utilizada na conversão do ADP em ATP. ● A terceira e última fonte de energia é o metabolismo oxidativo, ou seja, combinação do oxigênio com os produtos finais da glicólise e com vários outros nutrientes celulares. A maior proporção de energia vem da gordura e dos carboidratos armazenados. Tipos de Fibras Há fatores que influenciam a distribuição de fibras lentas e rápidas, como: idade, sexo, nível de atividade física, tipo de atividade física, tipo de atividade muscular realizada pelo órgão. Rápidas – Músculo Branco - Tipo 2 ● Maioria. ● Fibras grandes para uma grande força contrativa. ● Retículo sarcoplasmático intenso que acelera liberação de cálcio. ● Grande quantidade de enzimas glicolíticas, para rápida liberação de energia pelo processo glicolítico. ● Suprimento sanguíneo menos extenso devido ao metabolismo oxidativo ter importância secundaria. ● Déficit de mioglobina ● Predominante em ginastas e velocistas à exercícios com duração menor e que carecem de mais energia. ● Pode ser A, B ou C Lentas – Músculo Vermelho - Tipo 1 ● Menores ● Inervadas por fibras nervosas pequenas ● Sistema dos vasos sanguíneos e capilares mais extensos, para suprir quantidades extras de oxigênio. ● Número de mitocôndrias muito elevado, o que garante o suporte aos altos níveis de metabolismo oxidativo. ● Grande quantidade de mioglobina, que se combina com o O2 e acelera o seu transporte para as mitocôndrias. à Aspecto avermelhado. ● Alta resistência a fadiga. ● Predominante em maratonistas e triatletas à exercícios de longa duração. Alterações Miastenia grave ● Não ocorre a expressão de distrofina suficiente! ● Causa paralisia muscular devido à incapacidade das junções neuromusculares transmitirem sinais suficientes das fibras nervosas para as musculares. ● Anticorpos atacam receptores de acetilcolina à doença autoimune. ● Os potenciais da placa motora são muito fracos para iniciar a abertura dos canais de sódio regulados por voltagem, de modo que a despolarização da fibra muscular não ocorre. ● Se for muito intensa, o paciente pode morrer de paralisia. ● +/- 30 anos de vida 5 Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA ● Comum em homens Myasthenia gravis ● Autoimune , mas, também pode ser congênita; ● Diminuição de AChR; ● Diminuição da capacidade ligante ● Fraqueza muscular→ músculos da face ● Agentes anticolinesterásicos -neostigmina ● Timectomia ● Plasmeférese Fadiga muscular ● Contrações fortes e perduradas por períodos prolongados levam a este estado. ● Aumenta em proporção direta à intensidade de depleção do glicogênio muscular. ● Surge da incapacidade contrátil e do processo metabólico das fibras musculares de manter a mesma quantidade de trabalho. ● A interrupção do fluxo sanguíneo durante a contração do músculo leva à fadiga muscular quase total em 1 a 2 minutos, devido à perda do suprimento de nutrientes e O2. Câimbras ● Contrações musculares involuntárias intensas caracterizadas, pela ativação de uma grande quantidade de unidades motoras com uma alta frequência de disparos ● Têm origem periférica e surgem a partir de descargas dos neurônios motores e não do músculo em si. ● Nas induzidas pelo desequilíbrio hidroeletrolítico normalmente há um quadro de sudorese acentuada, com diminuição considerável de água e eletrólitos, especialmente sódio e cloreto. → Para compensar a redução de água e eletrólitos, há movimentação de água entre os diferentes compartimentos e, com isso, o espaço intersticial fica contraído. Como consequência da contração do espaço intersticial, algumas junções neuromusculares se tornam hiperexcitáveis. A deformação mecânica das estruturas expõe os terminais nervosos desmielinizados e as membranas pós-sinápticas a níveis elevados de moléculas excitatórias (acetilcolina, eletrólitos, metabólitos) 6
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