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Exame físico MMSS

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Sandy Vanessa Med 08 - UFPE-CAA
Introdução
Observe, sinta, mova e avalie a função da articulação.
Olhe e sinta
● O exame começa com uma inspeção.
● Comparar um lado com o outro, verificar a simetria,
mudanças na pele, músculos, volume e/ou inchaço
dentro e ao redor da articulação.
● Procurar deformidades
● Temperatura é avaliada com o dorso da mão!
Movimentação
● Ativa e passiva
● Se o paciente não consegue realizar movimentação
ativa, mas consegue a passiva: desordem do músculo,
tendão ou nervo
● Avaliar a função da articulação, quais movimentos são
limitados
● Avaliar se não é um bloqueio álgico
● Hipermobilidade articular → pcts que tem isso, tem
mais chance de apresentar alguma patologia.
○ Escore de Beighton: 4 a 9 pontos
● Dorsiflexão passiva do 5º quirodáctilo: 2 pontos
● Joelho: 2 pontos
● Colocar as mãos no chão: 1 ponto
● Hiperestender o cotovelo mais de 10 graus: 2 pontos
● Opor o polegar ao antebraço: 2 pontos
Mãos e Punhos
Inspeção:
● Edema
● Desvios
● Deformidades
● Atrofias
● Lesões de pele e unhas
● Abaulamentos → cistos sinoviais, higromas das bainhas
dos tendões extensores (cisto sinovial, na face dorsal),
edema articular e artrite.
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Osteoartrite de mãos
● Nódulos de Heberden (+ distal) e Bouchard (+proximal)
Artrite psoriática
● Distrofia ungueal - monte de pontinho
○ Faz DD com onicomicose
○ Pode não ter artrite psoriásica e só a
psoríase
● Dedos em telescópio → artrite erosiva → se puxa
volta ao tamanho normal
● Dedos em salsicha → dactilite→ dedo todo inchado e
não só a articulação
Esclerose sistêmica
● Fenômeno de Raynaud
○ Acontece no frio → molhar e deixar no ar
para o frio desencadear
● Puffy hands→ edema mole e com cacifo + (fase 1)
● Esclerodactilia (fase 2)
● Mãos em garra → não consigo fazer prega, porque a
mão tá toda fibrótica
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Gota Tofácea
● Tofos gotosos → cotovelo, pés, orelha→ fazer dd com
nódulos reumatoides→ localização e aspecto
○ Tofos com aspecto micro perolado
○ Alteração erosiva nos locais dos tofos → sai
liquido parecido com leite condensado
AR
● Desvio ulnar dos dedos
● Dedo em botoeira
● Dedo em pescoço de cisne
● Nódulos reumatóide → nódulos na face extensora do
braço
Contratura de Dupuytren
Dedo em gatilho
● Inflamação da bainha do tendão flexor dos dedos
● Causas: DM, hipotireoidismo, artrite reumatoide,
amiloidose
Cisto Sinovial
● Indolor
● Móvel
● Fica aumentando e diminuindo
PALPAÇÃO
● Pele (endurecimento / frouxidão )
● Artrite x formação óssea
● Palpe e pesquise dor e edema
● Observe se existe bloqueios articulares
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Região de MCF
● Teste de Squeeze → leve compressão. Se tiver dor,
palpa um por um.→ palpação com 2 dedos
● Sempre fletir os dedos para visualizar as MCF
● Interfalangianas proximais e distais: palpação bimanual
Movimentos do Punho
● Flexão palmar
● Dorsiflexão
● Circundação
● Desvio radial
● Desvio ulnar
● Pensar em artrites erosivas → gota, psoriática,
reumatoide
Movimentos do polegar:
● Circundação
● Oposição e reposição
● Flexão
● Extensão
● Abdução e adução
Neuropatias
compressivas
● Mediano → C5,C6,C7,C8 e T1 → sensibilidade 1º, 2º,
3º e ½ 4º motor → oponência do polegar e flexão do
antebraço
● Ulnar → C7,C8 e T1 → sensibilidade ½ 4º e 5º motor
→ abdução e adução dos dedos e abdução do 5º QD
● Radial → C5,C6,C7,C8 e T1 → sensibilidade
tabaqueira e dorso do polegar motor → extensão do
polegar
STC
● Phalen
● Phalen invertido
● Durkan→ ficar apertando por 30s→ + sensível
● Tinel
Nervo ulnar (sd. Do túnel cubital)
● Sinal de Froment → flexão compensatória das IFD 1 e
2 dedo ao pinçar papel → TESTA ADUÇÃO
POLEGAR → Indica paralisia do músculo adutor do
polegar inervado pelo cubital
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● Sinal de Wartenberg → 5 dedo abduzido por déficit na
adução
● Sinal de tinel na goteira ulnar→ percussão do nervo
ulnar
Síndrome do canal de Guyon
● Compressão
Cotovelos
Movimentos: flexão, extensão, pronação e supinação.
Inspeção:
● Deformidades, alterações cutâneas, nódulos
reumatoides, placas psoriáticas e edema
Palpação:
● A sinovite geralmente é sentida entre o olécrano e o
epicôndilo lateral
● Observa-se se há crepitação articular, eventualmente
secundária a espessamento da bursa olecraniana ou
osteoartrite.
● Palpar o olécrano, e os epicôndilos laterais e medial.
○ identificam-se o epicôndilo medial na porção
terminal do úmero e, seguindo-se
lateralmente, o olécrano – recoberto pela
bursa olecraniana, pelo tendão e pela
aponeurose do tríceps – e o epicôndilo
lateral. O nervo ulnar situa-se entre o
epicôndilo medial e o olécrano, devendo ser
palpado e suavemente rolado entre os dedos
médio e indicador, percebido como cordão
flexível e tubuliforme. O espessamento dessa
região pode causar compressão nervosa e
sensação de formigamento nos dedos mínimo
e anular.
● Avaliar mobilidade
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Epicondilite
● Teste de Cozen
o Epicondilite lateral→ tenista
o Dor no cotovelo
o Testa-se o paciente fixando o seu antebraço e
pedindo-lhe que cerre e estenda o punho.
Quando ele estiver nessa posição, o
examinador aplica uma pressão sobre o dorso
do punho tentando forçar para a posição de
flexão. O teste é positivo quando o paciente
sente uma dor súbita na origem comum dos
extensores do punho no epicôndilo lateral
● Teste de Mill
● Em casos de compressão do nervo ulnar em sua
passagem pelo cotovelo, a percussão com o indicador
na região entre o olécrano e o epicôndilo medial pode
resultar em sensação de choque e formigamento pelo
antebraço até o quarto e o quinto dedos da mão
Epicondilite medial ou Cotovelo do golfista
● Origem dos tendões flexores do punho
● Teste:
○ Cotovelo em extensão. Antebraço em
supinação.
○ Flexão punho contra resistência.
Tendinite De Quervain
● Estrangulamento dos tendões do extensor curto do
polegar e do abdutor longo do polegar, ao passarem
pelo túnel formado pela face externa da apófise
estilóide do rádio por dentro e o ligamento anular por
fora.
● Clinicamente, observa-se dor intensa, despertada pela
palpação no nível da apófise estiloide do rádio ou pela
manobra de Finkelstein, que consiste na adução forçada
com a mão fechada
Ombros
Movimentos:
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Músculos:
● Deltóide → abdução, estabiliza o ombro e auxilia nos
movimentos de flexão, extensão, rotação lateral e
medial.
● Supra-espinhal→ abdução
● Infra-espinhal→ rotação lateral
● Redondo menor→ adução e rotação lateral
● Redondo maior→ adução, extensão e rotação medial
● Subescapular→ rotação medial e adução
● Manguito rotador
○ Supraespinhoso, infraespinhoso, subescapular,
redondo menor
○ Evidente com a extensão passiva do ombro
○ Sensível se bursite
Inspeção e palpação
● Verifique assimetrias nas escápulas, alterações na
postura e atrofias musculares → ao entrar e ao despir
camisa
● Palpe os pontos ósseos começando na região
esternoclavicular, a clavícula, a região
acromioclavicular, o processo acromial e em torno da
escápula
○ Região dolorida se osteoartrite
● Do lábio lateral do acrômio, seguindo em direção distal,
palpa-se a grande tuberosidade do úmero, ficando a
incisura bicipital imediatamente anterior e medialmente.
A rotação externa expõe essa região da melhor
maneira, além da tuberosidade menor do úmero.
● A incisura bicipital deve ser palpada com cautela para
observar a bainha e o tendão do bíceps.
● Posteriormente, palpa-se a escápula desde sua
espinha, seguindo medialmente até o ângulo superior
medial, descendo o seu bordo medial até o ângulo
inferior e, então, o seu bordo lateral.
● Deve fazer parte do exame a axila, palpada com o braço
abduzido, observando a existência de nódulos e
gânglios.
● Articulações costocondrais doloridas→ costocondrite
(sd de Tietze), trauma
● O músculo deltoide pode estar dolorido como
consequência de uma bursite subdeltoideanade lesões
associadas do manguito rotador, ou, ainda, atrofiado em
decorrência de lesões crônicas do ombro ou do nervo
axilar secundariamente ao deslocamento articular.
Manobras para manguito rotador
● Teste do arco doloroso de Codman
○ Tendinite do supraespinhoso
○ Braço pode abduzir, da pendência a 60°, sem
dor significativa. A dor manifesta-se entre
60° e 120°, tanto na elevação quanto na
descida. Não há dor no movimento de
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elevação acima da cabeça, de 120° a 180°. É
entre 60° e 120° da abdução que o tubérculo
maior – onde se insere o manguito rotador –
passa sob o acrômio e o ligamento
coracoacromial.
● Teste de Neer
○ Avalia a compressão das estruturas do ombro
entre o tubérculo maior do úmero e o acrômio
○ Inespecífico: Tendinite do supraespinhal, na
bursite, na capsulite adesiva, no impacto
acrômio clavicular
○ Elevação passiva do membro superior em
rotação medial com a escápula estabilizada
pelo examinador
○ Detecta alguma alteração no arco
coracoacromial e também detecta a síndrome
do impacto do ombro, bem como presença de
uma bursite ou inflamação do tendão
supra-espinhoso;
○ O examinador deve fixar o ombro do paciente.
Após, deve realizar uma rotação interna e
elevar o braço do paciente sempre
respeitando o ângulo da escápula;
● Yocum → supra-espinhal
○ Colocar a mão no outro ombro e fazer
elevação passiva do cotovelo (alguns livros, é
ativa)
● Teste de Jobe→ supra-espinhal
○ Paciente em pé + abdução do ombro em 90
graus + flexão em 30 graus com o polegar
direcionado para baixo.
○ O paciente deverá realizar força para cima,
contra resistência
● Hawkins→ supra-espinhal
○ Avalia o impacto das estruturas do ombro
sobre o arco coracoacromial
○ O examinador sustenta o ombro em flexão de
90º e com o cotovelo também fletido a 90º.
Com a outra mão, segura o punho do membro
examinado e faz uma rápida rotação interna;
○ O teste é positivo se o paciente referir dor;
○ Realização passiva da rotação medial ou
interna do ombro
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● Patte→ infra-espinhoso
○ Ombro abduzido a 90º e cotovelo fletido 90ª,
no plano frontal
○ Rotação externa contra resistência
● Teste da cancela → infra-espinhoso
○ Manter rotação externa com cotovelo a 90º
○ Se fechar, cancela positiva
● Gerber→ subescapular
○ Ombro em extensão e rotação interna, com o
dorso da mão tocando a lombar.
○ Paciente deve distanciar a mão e a lombar.
● Abdominal Press / Napoleão→ subescapular
○ Mão espalmada empurra abdômen
○ Se subescapular insuficiente, cotovelo desloca
posteriormente
● Teste da queda de braço
○ Detecta a ocorrência de rupturas do manguito
rotador.
○ Pede-se ao paciente para abduzir o braço
completamente e, em seguida, levar o braço
vagarosamente ao lado do corpo.
○ Caso haja ruptura no manguito rotador, o
paciente será incapaz de abaixar suave e
vagarosamente o braço, que tenderá a cair de
maneira brusca.
○ Se ele for capaz de, com certo esforço,
manter o braço abduzido, ao menor toque no
antebraço, ele penderá
Teste de Apreensão
● Avaliar deslocamento do ombro
● O paciente é submetido pelo examinador à abdução e à
rotação externa do braço. Quando o braço estiver
prestes a se deslocar, o paciente olhará o examinador
com uma expressão apreensiva, com fácies de alarme e
resistência em prosseguir com o movimento
Diagnóstico diferencial do ombro doloroso
● Cervicalgia por comprometimento do segmento
cervical médio e inferior, a síndrome de dor complexa
regional (síndrome ombro-mão) e a capsulite adesiva.
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● A cervicobraquialgia distingue-se quase sempre porque
a mobilização do ombro é permeável e indolor em todos
os sentidos.
● A adução forçada, no entanto, é dolorosa por estender
o plexo-braquial e imitar de certa maneira o seu
equivalente na extremidade inferior, o sinal de Lasègue.
Obtém-se essa manobra tentando colocar a mão
correspondente ao lado acometido no ombro saudável.
● Além da dor, a síndrome de dor complexa regional
apresenta alterações vasomotoras (vasoespasmo,
cianose), extremidade fria e aumento da sudorese em
relação ao membro contralateral, limitação da
amplitude de movimento no ombro e flexão dos dedos.
● A capsulite adesiva consiste no congelamento do
ombro com limitação total dos movimentos, e parece
ser o produto de processos inflamatórios repetidos da
cápsula articular, aos poucos substituídos por uma
fibrose intensa, embora isso não esteja totalmente
esclarecido.
Braço
Tendinite bicipital
● Palm up/speed
○ Cotovelo em extensão e antebraço supinado
○ Paciente tenta flexionar braço contra
resistência
● Yergason
○ Verificar se o tendão do bíceps está estável
no interior do sulco bicipital.
○ Dor cabeça longa do bíceps na supinação
contra-resistência com o cotovelo 90 graus
○ Instrui-se o paciente a fletir o cotovelo e, em
seguida, segurando-se firmemente, com uma
das mãos o cotovelo e o punho com a outra,
rotaciona-se o braço externamente até
encontrar resistência. Caso o tendão do
bíceps esteja instável no sulco, ele se soltará
e o paciente referirá dor. Se o tendão estiver
estável, permanecerá em sua posição
anatômica e o paciente não se queixará de
qualquer desconforto
Lesão da cabeça longa do bíceps
● Sinal de Popeye
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