Buscar

PROCESSAMENTO DE MATERIAIS NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERIZAÇÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Processamento de Materiais na Central de 
Material e Esterilização 
 
 
A Central de Material e Esterilização (CME) é uma unidade 
especializada dentro das instituições de saúde responsável pelo 
processamento de materiais, desempenhando uma função crítica na 
prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde. A 
importância do papel da CME tem sido cada vez mais reconhecida à 
medida que a complexidade dos procedimentos médicos e o uso de 
dispositivos reutilizáveis aumentam. 
O processamento de materiais na CME envolve uma série de etapas 
cuidadosamente controladas, que incluem a limpeza, a desinfecção e a 
esterilização dos dispositivos médicos reutilizáveis. Cada uma dessas 
etapas é crucial para garantir a segurança do paciente e a eficácia do 
tratamento. O objetivo principal é garantir que todos os materiais 
processados estejam livres de microorganismos capazes de causar 
infecções, sem comprometer a funcionalidade ou a integridade do 
material. 
Este processo deve ser rigorosamente aderido e constantemente 
aperfeiçoado, à medida que novos desafios e tecnologias emergem. 
Assim, torna-se essencial para profissionais de saúde, especialmente 
enfermeiros e técnicos de enfermagem que frequentemente lidam 
com o manejo de materiais esterilizados, entenderem 
profundamente o processamento de materiais na CME. Isso garante a 
proteção do paciente e a qualidade da assistência em saúde. 
Nesse sentido, vamos explorar mais profundamente os detalhes do 
processamento de materiais na CME, as normas e regulamentos que 
o orientam, bem como as melhores práticas a serem seguidas para 
garantir a segurança e a eficácia do tratamento médico. 
Diretrizes e regulamentos sobre os artigos médicos 
A classificação dos artigos médicos é determinada por várias 
diretrizes e regulamentos, dependendo da jurisdição. No Brasil, a 
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) é o órgão 
responsável pela regulação dessas práticas. 
A Resolução de Diretoria Colegiada – RDC nº 15, de 15 de março de 
2012, por exemplo, dispõe sobre requisitos de boas práticas para o 
processamento de produtos para saúde e é uma das normativas que 
orientam a classificação de artigos médicos no Brasil. No entanto, 
essa RDC não detalha explicitamente a classificação dos artigos em 
críticos, semi-críticos e não-críticos, uma vez que se concentra mais 
nos processos de limpeza, desinfecção e esterilização. 
A classificação de artigos em críticos, semi-críticos e não-críticos é 
comumente utilizada e aceita, baseada principalmente em diretrizes 
internacionais, como as do Centers for Disease Control and 
Prevention (CDC) dos Estados Unidos. Essa classificação é utilizada 
como uma prática padrão em muitas instituições de saúde e é 
ensinada em programas de formação em saúde. 
Entretanto, é importante frisar que cada instituição de saúde deve 
seguir as regulamentações e diretrizes locais, nacionais e 
internacionais aplicáveis, e que essas diretrizes podem mudar ao 
longo do tempo à medida que novas informações e tecnologias se 
tornam disponíveis. 
Classificação de artigos médicos 
A classificação de artigos médicos é uma prática importante dentro 
das instituições de saúde que ajuda a determinar o nível de 
desinfecção ou esterilização necessária para cada item. Essa 
classificação é baseada no potencial de risco de infecção envolvido no 
uso do artigo e está geralmente dividida em três categorias: críticos, 
semi-críticos e não-críticos. 
1. Artigos Críticos: São aqueles que entram em contato com partes 
estéreis do corpo humano ou com o sistema vascular. Incluem 
dispositivos como instrumentos cirúrgicos, cateteres cardíacos 
e outros dispositivos implantáveis. Esses artigos requerem 
esterilização, pois qualquer presença de microrganismos pode 
levar a infecções graves. 
2. Artigos Semi-críticos: Esses itens entram em contato com 
mucosas ou pele não intacta, mas não penetram tecidos ou o 
sistema vascular. Exemplos incluem endoscópios flexíveis, 
laringoscópios e alguns equipamentos de anestesia. A 
esterilização é preferível para esses itens, mas a desinfecção de 
alto nível pode ser aceitável se a esterilização não for viável. 
3. Artigos Não-críticos: Esses são itens que entram em contato 
apenas com a pele intacta ou não entram em contato direto 
com o paciente. Incluem estetoscópios, camas hospitalares, 
mesas de exame e outros equipamentos de suporte ao 
paciente. Esses itens podem ser adequadamente desinfetados 
com desinfetantes de baixo a intermediário nível, dependendo 
do risco de contaminação. 
Essa classificação ajuda a orientar os profissionais de saúde na 
escolha do método mais adequado de limpeza, desinfecção ou 
esterilização, garantindo assim a segurança do paciente. É importante 
notar que essa classificação pode variar dependendo da política e dos 
protocolos específicos da instituição de saúde. 
Portanto, é crucial que os profissionais de saúde estejam 
familiarizados com as diretrizes de sua instituição específica. 
Artigos Críticos 
Artigos críticos são aqueles que têm contato direto com tecidos 
estéreis do corpo humano ou com o sistema vascular. Esses artigos 
têm a capacidade de transmitir doenças se estiverem contaminados, 
devido à possibilidade de levar micro-organismos patogênicos 
diretamente para locais onde eles podem causar infecções. 
Exemplos de artigos críticos incluem instrumentos cirúrgicos, 
implantes, cateteres, agulhas, pinças, entre outros. Todos os 
equipamentos que são usados em cirurgias ou em procedimentos 
invasivos, ou que entram em contato com a corrente sanguínea ou 
outros tecidos normalmente estéreis, são considerados críticos. 
Devido ao alto risco de infecção associado a esses artigos, eles devem 
ser esterilizados antes de cada uso. A esterilização é o processo de 
eliminar todos os micro-organismos viáveis, incluindo bactérias, vírus, 
fungos e esporos. Isso geralmente é alcançado através de métodos 
que incluem calor (como autoclave), produtos químicos (como óxido 
de etileno), ou radiação (como raios gama ou feixe de elétrons). 
Em muitos casos, os artigos críticos são de uso único, significando que 
são descartados após um único uso. No entanto, muitos artigos 
críticos são reutilizáveis e, portanto, devem passar por um processo 
de limpeza e esterilização entre os usos. 
Os processos de limpeza, desinfecção e esterilização desses artigos 
são rigorosamente regulamentados por agências de saúde, como a 
ANVISA no Brasil, a fim de garantir a segurança do paciente. A não 
conformidade com essas regulamentações pode resultar em risco de 
infecção para o paciente, além de possíveis sanções legais para a 
instituição de saúde. 
Artigos Semi-críticos 
Artigos semi-críticos são aqueles que entram em contato com 
mucosas intactas ou pele não intacta do corpo humano. A mucosa é 
uma membrana que reveste várias cavidades do corpo e secreta 
muco, como a boca, o trato respiratório e o trato gastrointestinal. 
Apesar de serem menos suscetíveis à infecção do que tecidos 
estéreis, essas áreas ainda são vulneráveis à transmissão de doenças. 
Exemplos comuns de artigos semi-críticos incluem equipamentos de 
endoscopia, termômetros orais e retais, espéculos, laringoscópios, 
aparelhos de anestesia e outros instrumentos que entram em contato 
com a mucosa ou pele não intacta. 
Os artigos semi-críticos requerem um alto nível de desinfecção, o que 
significa que todos os microrganismos são eliminados, exceto 
esporos bacterianos de alta resistência. Isso é geralmente alcançado 
através de processos químicos, como o uso de glutaraldeido, 
peróxido de hidrogênio ou ácido peracético, ou processos físicos, 
como o calor. 
Algumas vezes, dependendo do tipo de artigo semi-crítico e de sua 
utilização, pode ser indicado o processo de esterilização, que elimina 
todos os micro-organismos, incluindo esporos. 
Os artigos semi-críticos também podem serde uso único ou 
reutilizáveis. Se forem reutilizáveis, eles devem passar por um 
processo rigoroso de limpeza e desinfecção ou esterilização entre 
usos para evitar a transmissão de infecções. 
Assim como os artigos críticos, a manipulação e processamento de 
artigos semi-críticos são regulamentados por agências de saúde, 
como a ANVISA no Brasil, a fim de garantir a segurança do paciente. 
As instituições de saúde são responsáveis por garantir que esses 
padrões sejam atendidos e podem ser responsabilizadas se não 
cumprir essas normas. 
Artigos Não-críticos 
Os artigos não-críticos são aqueles que entram em contato apenas 
com a pele intacta do paciente, sem penetrar em tecidos estéreis do 
corpo ou entrar em contato com a corrente sanguínea. A pele intacta 
é uma barreira eficaz contra a maioria dos microrganismos, o que 
significa que o risco de infecção a partir de artigos não-críticos é 
baixo. 
Exemplos comuns de artigos não-críticos incluem estetoscópios, 
termômetros de axila ou de têmpora, monitores de pressão arterial, 
camas de hospital, mesas de exame e outros móveis ou 
equipamentos que o paciente pode tocar. 
Os artigos não-críticos requerem apenas um nível de limpeza ou 
desinfecção de baixo a intermediário. A limpeza geralmente envolve a 
remoção de sujeira visível e a redução da quantidade de 
microrganismos presentes por meio de lavagem com água e 
detergente. A desinfecção pode envolver o uso de produtos químicos 
ou toalhetes desinfetantes para matar mais microrganismos. No 
entanto, os artigos não-críticos não precisam ser esterilizados. 
Alguns artigos não-críticos são de uso único e devem ser descartados 
após serem usados com um paciente. Outros são reutilizáveis e 
devem ser limpos e desinfetados entre usos. 
Como todos os equipamentos médicos, os artigos não-críticos estão 
sujeitos a regulamentações de segurança. Embora o risco de infecção 
a partir desses artigos seja baixo, ainda é importante manter boas 
práticas de higiene e limpeza para garantir a segurança do paciente. 
Isso inclui o uso adequado de equipamentos de proteção pessoal, a 
lavagem correta das mãos e a adesão a protocolos de limpeza e 
desinfecção. 
Etapas do processamento: recepção, limpeza, secagem, inspeção, 
embalagem, esterilização e armazenamento 
O processamento de materiais na Central de Material e Esterilização 
(CME) é um processo meticuloso e complexo que envolve várias 
etapas críticas. O objetivo principal é garantir que todos os 
instrumentos e equipamentos sejam adequadamente limpos, 
desinfetados ou esterilizados para evitar a propagação de infecções. 
As etapas principais incluem: 
1. Recepção e Limpeza: Esta é a primeira etapa do processo, 
onde os materiais usados são recebidos. Eles são 
primeiramente inspecionados e, em seguida, limpos. 
2. Desinfecção: Esta etapa é necessária para materiais que não 
podem ser esterilizados devido ao seu material ou design. A 
desinfecção é realizada usando-se desinfetantes químicos ou 
físicos (como calor) para matar a maioria dos microrganismos 
patogênicos. 
3. Preparação e Acondicionamento: Após a limpeza e 
desinfecção, os materiais são preparados para esterilização. 
Isso pode envolver a montagem de instrumentos complexos, a 
embalagem dos materiais em pacotes de esterilização e a 
verificação de que todos os itens estão prontos para a 
esterilização. 
4. Esterilização: Esta é a etapa mais crítica do processamento. Os 
materiais são expostos a agentes esterilizantes (geralmente 
calor, como o fornecido por autoclaves, ou gases, como o óxido 
de etileno) que matam todos os microrganismos, incluindo 
esporos bacterianos. 
5. Armazenamento: Após a esterilização, os materiais são 
armazenados em uma área limpa e seca, mantendo-se na 
embalagem de esterilização até o momento do uso para 
garantir que permaneçam estéreis. 
6. Distribuição: Os materiais esterilizados são então distribuídos 
para as várias unidades e salas de cirurgia dentro do hospital 
conforme necessário. 
7. Controle de Qualidade: Durante todo o processo, devem ser 
realizados controles de qualidade para garantir que todas as 
etapas sejam executadas corretamente e que os materiais 
estejam efetivamente estéreis. Isso pode incluir a verificação do 
funcionamento das máquinas, testes de indicadores biológicos 
e químicos para confirmar a eficácia da esterilização, e a 
monitoração das condições de armazenamento. 
Cada etapa deste processo é crucial para garantir que os materiais 
processados na CME estejam livres de microrganismos patogênicos, 
proporcionando assim um atendimento seguro ao paciente. 
Recepção e Limpeza 
A recepção e a limpeza são as primeiras etapas cruciais no 
processamento de materiais na Central de Material e Esterilização 
(CME). Essas etapas estabelecem a base para a eficácia de todas as 
outras etapas do processo. 
Recepção: 
Na recepção, os instrumentos e equipamentos sujos, usados nas 
diversas unidades do hospital, são recebidos. Os itens são 
inicialmente inspecionados para determinar o grau e o tipo de 
contaminação. Durante essa etapa, é importante classificar e separar 
os instrumentos de acordo com o tipo e o nível de contaminação para 
evitar a contaminação cruzada. 
A recepção deve ser realizada por profissionais devidamente 
paramentados para evitar a exposição a materiais potencialmente 
infecciosos. Além disso, é essencial ter um fluxo unidirecional, ou seja, 
os materiais devem se mover de uma área suja para uma área limpa 
para evitar a recontaminação de materiais limpos. 
Limpeza: 
Após a recepção, o próximo passo é a limpeza, que visa remover a 
sujeira e os detritos biológicos dos materiais. A limpeza pode ser 
realizada de forma manual ou mecânica. 
Na limpeza manual, os instrumentos são imersos em água e 
detergentes ou enzimas específicas são usados para remover 
sujeiras. Escovas podem ser usadas para limpar os locais de difícil 
acesso. É importante frisar que os profissionais devem usar 
Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado durante todo o 
processo de limpeza manual para evitar lesões e exposição a 
patógenos. 
A limpeza mecânica geralmente envolve o uso de máquinas como 
lavadoras ultrassônicas ou termodesinfectoras. A lavadora 
ultrassônica usa ondas sonoras para criar bolhas microscópicas que 
agitam a água e o detergente, removendo a sujeira e os detritos. Já as 
termodesinfectoras lavam, enxaguam, desinfetam com calor e secam 
os instrumentos. 
A limpeza é uma etapa vital porque a presença de matéria orgânica 
pode interferir com o processo de esterilização. Após a limpeza, os 
instrumentos devem ser completamente secos para evitar a 
proliferação de microrganismos e a corrosão do equipamento. 
Ao longo de todas essas etapas, é essencial seguir rigorosamente os 
protocolos estabelecidos para garantir a segurança do paciente e dos 
profissionais de saúde. 
Desinfecção 
A desinfecção é uma etapa crucial no processamento de materiais na 
Central de Material e Esterilização (CME). Ela se destina a reduzir a 
quantidade de microorganismos presentes nos materiais, mas não 
necessariamente elimina todas as formas de vida microbiana, como 
os esporos bacterianos. 
Existem três níveis de desinfecção – alta, intermediária e baixa – e a 
escolha do nível adequado depende da classificação do instrumento 
(crítico, semicrítico, não crítico) e do seu uso pretendido. 
Desinfecção de Alto Nível (DAN): Este é o nível mais alto de 
desinfecção e pode eliminar todos os microorganismos, exceto 
grandes quantidades de esporos bacterianos. Geralmente é usado 
para desinfetar instrumentos semicríticos, ou seja, aqueles que 
entram em contato com as mucosas ou a pele não intacta. A DAN 
pode ser realizada usando uma variedade de agentes químicos, como 
glutaraldeído, ácido peracético, peróxido de hidrogênio, entre outros. 
Desinfecção de Nível Intermediário (DNI): Este nível de desinfecçãoé capaz de matar a maioria dos vírus, fungos, bactérias e alguns 
esporos. É geralmente usado para instrumentos que entram em 
contato com a pele, mas não com as mucosas ou a pele não intacta. 
Compostos como o quaternário de amônio e o hipoclorito de sódio 
são comumente usados para DNI. 
Desinfecção de Baixo Nível (DBN): Este nível de desinfecção pode 
matar a maioria das bactérias, alguns vírus e fungos, mas não é eficaz 
contra esporos e alguns vírus. É adequado para a desinfecção de 
instrumentos que entram em contato apenas com a pele intacta. 
Alcoóis e compostos de amônio quaternário são usados para DBN. 
Importante ressaltar que a desinfecção deve ser seguida por enxágue 
adequado para remover os resíduos químicos que podem interferir 
com a etapa de esterilização e podem ser prejudiciais aos pacientes e 
aos profissionais de saúde. 
Também é crucial que as instruções do fabricante sejam seguidas 
para a preparação e o uso de desinfetantes, pois a eficácia dos 
desinfetantes pode ser afetada por fatores como concentração, 
tempo de contato, temperatura e pH. 
A desinfecção é uma parte essencial do processamento de materiais, 
mas não substitui a esterilização. Para os instrumentos classificados 
como críticos, uma etapa de esterilização é necessária após a 
desinfecção para garantir a segurança do paciente. 
Preparação e Acondicionamento 
A etapa de preparação e acondicionamento é fundamental no 
processo de processamento de materiais na Central de Material e 
Esterilização (CME). Esta fase engloba uma série de atividades que 
preparam os itens para o processo de esterilização e para o 
armazenamento posterior. 
1. Inspeção e Preparação: Após a limpeza e desinfecção, os 
materiais devem ser cuidadosamente inspecionados para 
verificar se ainda há sujeira ou detritos presentes. Além disso, 
os instrumentos devem ser verificados quanto à integridade e 
funcionalidade. Instrumentos danificados ou quebrados não 
devem ser processados e devem ser descartados ou enviados 
para reparo. Os instrumentos devem ser preparados para 
esterilização de acordo com as instruções do fabricante. Por 
exemplo, alguns instrumentos devem ser desmontados, 
enquanto outros devem ser esterilizados em uma posição 
aberta. 
2. Acondicionamento: O acondicionamento é o processo de 
embalar os instrumentos em materiais apropriados antes da 
esterilização. O objetivo do acondicionamento é proteger os 
itens de contaminação após a esterilização durante o 
armazenamento e o manuseio. Os materiais de embalagem 
devem ser resistentes à penetração de microorganismos e 
permitir a penetração do agente esterilizante. As embalagens 
comuns incluem papel grau cirúrgico, tecido de algodão, bolsas 
e envelopes de esterilização, e containers rígidos. Além disso, 
cada pacote deve conter um indicador químico interno que 
mostrará se as condições de esterilização foram atingidas no 
interior do pacote. 
3. Selagem: Após a embalagem, os pacotes devem ser selados 
para evitar a entrada de microorganismos. A selagem pode ser 
realizada com fita adesiva para embalagens de papel ou tecido, 
ou com seladoras de calor para bolsas e envelopes de 
esterilização. 
4. Rotulagem: Por fim, cada pacote deve ser rotulado com 
informações como o conteúdo do pacote, a data de 
esterilização e o operador responsável. Este passo é importante 
para a rastreabilidade dos pacotes e para garantir que os 
pacotes sejam usados dentro do prazo de validade da 
esterilização. 
A preparação e acondicionamento adequados dos materiais são 
cruciais para garantir que a esterilização seja eficaz e que os 
instrumentos permaneçam esterilizados até o momento do uso. 
Esterilização 
A esterilização é a etapa final crítica no processamento de materiais 
na Central de Material e Esterilização (CME). Trata-se de um processo 
que elimina ou mata todos os tipos de microorganismos, incluindo 
bactérias, vírus, fungos e esporos bacterianos. A esterilização é 
essencial para prevenir a transmissão de infecções aos pacientes. 
Métodos de esterilização 
Existem vários métodos de esterilização utilizados em uma CME, cada 
um com suas próprias vantagens, desvantagens e requisitos 
específicos. Os principais tipos de esterilização incluem: 
1. Esterilização a vapor: Este é o método mais comumente 
utilizado em estabelecimentos de saúde devido à sua eficiência, 
eficácia e baixo custo. O vapor sob pressão é capaz de penetrar 
em materiais e matar microorganismos rapidamente. 
Entretanto, este método não é adequado para materiais 
sensíveis ao calor e umidade. 
2. Esterilização por gás óxido de etileno (ETO): Este método é 
geralmente utilizado para materiais sensíveis ao calor e à 
umidade, como dispositivos eletrônicos e plásticos. O ETO é um 
gás altamente penetrante que pode matar todos os 
microorganismos, mas é tóxico para humanos e requer 
ventilação adequada e um período de aeração após a 
esterilização. 
3. Esterilização por peróxido de hidrogênio: Esta é uma 
alternativa aos métodos a vapor e ETO, especialmente para 
itens sensíveis ao calor. O peróxido de hidrogênio é um agente 
oxidante forte que pode matar microorganismos, incluindo 
esporos bacterianos. Os sistemas de esterilização por peróxido 
de hidrogênio geralmente usam uma combinação de vapor e 
peróxido de hidrogênio em uma câmara sob vácuo. 
4. Esterilização por formaldeído: O formaldeído é um gás que, 
quando usado em uma solução aquosa, pode ser usado como 
esterilizante químico. Este método é comumente usado para 
esterilizar instrumentos de endoscopia. 
5. Esterilização por radiação: A radiação gama ou a radiação de 
feixe de elétrons são usadas principalmente para a esterilização 
de produtos para a saúde de uso único. A radiação pode 
penetrar nas embalagens e matar microorganismos, mas este 
método não é comumente usado em hospitais devido ao alto 
custo e aos requisitos técnicos. 
Cada método de esterilização tem suas próprias especificidades e 
requisitos para monitoramento, controle de qualidade e segurança. 
Portanto, é crucial seguir as diretrizes e recomendações do fabricante 
e as normas e regulamentos locais e internacionais para garantir a 
eficácia da esterilização. 
Esterilização a vapor 
A esterilização a vapor é o método mais comumente usado em 
serviços de saúde devido à sua eficácia, eficiência e baixo custo. Esse 
processo utiliza vapor saturado sob pressão para eliminar todos os 
microorganismos, incluindo bactérias, vírus, fungos e esporos. 
Aqui está uma descrição detalhada do processo de esterilização a 
vapor: 
1. Pré-condicionamento: Também conhecido como fase de 
aquecimento, este é o estágio inicial do ciclo de esterilização a vapor. 
Nessa fase, o ar é removido da câmara de esterilização e substituído 
por vapor. Isso é crucial para garantir que o vapor possa penetrar 
completamente em todos os materiais a serem esterilizados. 
2. Exposição ou saturação: Durante esta fase, o vapor saturado é 
introduzido na câmara sob uma pressão específica e por um período 
específico. A temperatura e a pressão devem ser mantidas em níveis 
que garantam a morte de todos os microorganismos. Normalmente, 
as temperaturas variam de 121°C a 134°C, com tempos de exposição 
de 15 a 30 minutos, dependendo da temperatura escolhida e do tipo 
de material a ser esterilizado. 
3. Exaustão ou secagem: Após o período de exposição, o vapor é 
removido da câmara e os materiais são secos. A secagem adequada é 
crucial para prevenir a recontaminação dos materiais. A umidade 
pode servir como meio de transporte para microorganismos, 
portanto, os materiais devem estar completamente secos antes de 
serem removidos da câmara de esterilização. 
É importante mencionar que não todos os materiais podem ser 
esterilizados a vapor. Materiais que são sensíveis ao calor ou à 
umidade, como alguns plásticos e dispositivos eletrônicos, podem ser 
danificados por esse método de esterilização.Nesses casos, outros 
métodos de esterilização, como o óxido de etileno ou o peróxido de 
hidrogênio, podem ser mais adequados. 
Além disso, o monitoramento regular e a manutenção adequada da 
autoclave são essenciais para garantir a eficácia da esterilização a 
vapor. Isso inclui a realização de testes biológicos e químicos 
regularmente, bem como a verificação da temperatura, pressão e 
tempo durante cada ciclo de esterilização. 
Esterilização por gás óxido de etileno (ETO) 
A esterilização por óxido de etileno (ETO) é um método químico de 
esterilização usado principalmente para materiais sensíveis ao calor e 
à umidade, que não podem ser esterilizados com segurança por 
vapor. O ETO é um gás altamente eficaz que pode penetrar em todos 
os aspectos do material, tornando-o particularmente útil para 
dispositivos complexos e intrincados. 
Aqui está uma descrição detalhada do processo de esterilização por 
óxido de etileno: 
1. Preparação dos materiais: Os materiais a serem esterilizados 
devem ser cuidadosamente limpos e secos antes de serem 
acondicionados para a esterilização por ETO. Isso é importante 
porque a presença de matéria orgânica pode inibir a ação do óxido de 
etileno. 
2. Acondicionamento: Os materiais são embalados em materiais que 
permitem a penetração do gás, como papel grau cirúrgico ou 
envoltórios de tecido. Depois, são colocados em uma câmara de 
esterilização. 
3. Ciclo de esterilização: O ciclo de esterilização por ETO envolve 
várias fases. Primeiro, a câmara é evacuada para remover o ar. Em 
seguida, é preenchida com uma mistura de óxido de etileno e outros 
gases, como dióxido de carbono ou vapor de água, para ajudar a 
reduzir a inflamabilidade do óxido de etileno. A câmara é então 
mantida a uma temperatura específica (geralmente entre 37-63°C) e 
pressão por um período de tempo para permitir que o gás penetre 
nos materiais e mate todos os microorganismos. 
4. Desgaseificação: Após a esterilização, os materiais passam por um 
período de desgaseificação para permitir que qualquer resíduo de 
óxido de etileno se disperse. Isso é importante porque o óxido de 
etileno é um gás tóxico e potencialmente cancerígeno. 
5. Quarentena e verificação de esterilização: Os materiais são 
então mantidos em quarentena até que testes de esterilidade sejam 
concluídos para confirmar que o processo foi bem-sucedido. 
Embora o ETO seja um método de esterilização altamente eficaz, 
também tem algumas desvantagens significativas. Além de ser tóxico 
e potencialmente perigoso para os trabalhadores, o processo de 
esterilização por ETO é demorado e os materiais precisam ser 
ventilados por um período prolongado após a esterilização para 
garantir que todo o gás seja removido. Além disso, a esterilização por 
ETO exige equipamentos especializados e treinamento adequado 
para manusear e descartar o gás de maneira segura e eficaz. 
Esterilização por peróxido de hidrogênio 
A esterilização por peróxido de hidrogênio é um método de 
esterilização a baixa temperatura que utiliza vapor de peróxido de 
hidrogênio para eliminar microorganismos. Este método é 
frequentemente utilizado para esterilizar itens sensíveis ao calor e à 
umidade que não podem ser esterilizados com segurança através do 
método tradicional de esterilização a vapor. 
Aqui está uma descrição detalhada do processo de esterilização por 
peróxido de hidrogênio: 
1. Preparação dos materiais: Assim como em outros métodos de 
esterilização, os materiais devem ser limpos e secos antes da 
esterilização. A presença de matéria orgânica pode inibir a ação do 
peróxido de hidrogênio. 
2. Acondicionamento: Os materiais são embalados em embalagens 
compatíveis com o vapor de peróxido de hidrogênio, como papel grau 
cirúrgico ou plástico. Eles são então carregados em uma câmara de 
esterilização. 
3. Ciclo de esterilização: A câmara de esterilização é evacuada para 
remover o ar e, em seguida, preenchida com vapor de peróxido de 
hidrogênio. A câmara é mantida a uma temperatura específica 
(geralmente entre 20-40°C) por um período de tempo para permitir 
que o vapor de peróxido de hidrogênio penetre nos materiais e mate 
todos os microorganismos. 
4. Fase de aeração: O vapor de peróxido de hidrogênio é então 
removido da câmara e os materiais são aerados para eliminar 
quaisquer resíduos de peróxido de hidrogênio. Como o peróxido de 
hidrogênio se decompõe em água e oxigênio, não há necessidade de 
um longo período de desgaseificação como no caso da esterilização 
por óxido de etileno. 
5. Verificação de esterilização: Após a esterilização por peróxido de 
hidrogênio, os materiais passam por testes de esterilidade para 
confirmar que o processo foi bem-sucedido. 
Os benefícios da esterilização por peróxido de hidrogênio incluem 
tempos de ciclo mais curtos em comparação com outros métodos de 
esterilização a baixa temperatura, a ausência de resíduos tóxicos e a 
capacidade de esterilizar uma ampla gama de materiais. No entanto, 
é importante notar que não todos os materiais são compatíveis com 
este método de esterilização e que o equipamento necessário para a 
esterilização por peróxido de hidrogênio pode ser caro. 
Esterilização por formaldeído 
A esterilização por formaldeído é um método de esterilização a baixa 
temperatura que utiliza formaldeído gasoso ou vapor de formaldeído 
para eliminar microorganismos. Este método é utilizado para 
esterilizar materiais que são sensíveis ao calor e à umidade e que não 
podem ser esterilizados com segurança pelo método de esterilização 
a vapor. 
Aqui está uma descrição detalhada do processo de esterilização por 
formaldeído: 
1. Preparação dos materiais: Como em outros métodos de 
esterilização, os materiais devem ser limpos e secos antes da 
esterilização. Qualquer matéria orgânica pode inibir a ação do 
formaldeído. 
2. Acondicionamento: Os materiais são acondicionados em 
embalagens compatíveis com o formaldeído, como papel grau 
cirúrgico ou plástico. Em seguida, são carregados em uma câmara de 
esterilização. 
3. Ciclo de esterilização: A câmara de esterilização é evacuada para 
remover o ar e, em seguida, preenchida com formaldeído gasoso ou 
vapor de formaldeído. A câmara é mantida a uma temperatura 
específica (geralmente entre 60-80°C) por um período de tempo para 
permitir que o formaldeído penetre nos materiais e mate todos os 
microorganismos. 
4. Fase de aeração: O formaldeído é então removido da câmara e os 
materiais são aerados para eliminar quaisquer resíduos de 
formaldeído. A aeração é especialmente importante porque o 
formaldeído é tóxico e pode ser irritante para os olhos, nariz e 
garganta. 
5. Verificação de esterilização: Após a esterilização por formaldeído, 
os materiais passam por testes de esterilidade para confirmar que o 
processo foi bem-sucedido. 
Os benefícios da esterilização por formaldeído incluem a capacidade 
de esterilizar uma ampla gama de materiais, incluindo aqueles que 
são sensíveis ao calor e à umidade. No entanto, é importante notar 
que o formaldeído é um produto químico perigoso que requer 
manuseio cuidadoso e proteção adequada. Além disso, o 
equipamento necessário para a esterilização por formaldeído pode 
ser caro, e o processo de aeração pode ser demorado. 
Esterilização por radiação 
A esterilização por radiação é um método que utiliza radiação 
ionizante para destruir microorganismos e alcançar a esterilização. A 
radiação ionizante inclui raios gama, raios-x e feixes de elétrons. Este 
método é amplamente utilizado em certos setores da indústria 
médica para esterilizar dispositivos médicos descartáveis de uso 
único, como seringas, cateteres e equipamentos cirúrgicos. 
Aqui está uma descrição detalhada do processo de esterilização por 
radiação: 
1. Preparação dos materiais: Os materiais devem ser limpos e secos 
antes da esterilização. Todos os materiais a serem esterilizados são 
cuidadosamenteembalados em embalagens que permitem a 
penetração da radiação. 
2. Processo de irradiação: Os materiais embalados são então 
expostos à radiação ionizante em uma câmara de irradiação. A 
radiação causa a ionização da água dentro dos microorganismos, 
levando à formação de radicais livres que causam danos ao DNA dos 
microorganismos, impedindo sua reprodução e sobrevivência. 
3. Pós-processamento: Após a irradiação, não é necessário nenhum 
processo de ventilação ou desgaseificação, pois a radiação não deixa 
resíduos tóxicos. Os materiais esterilizados podem ser usados 
imediatamente após a esterilização, a menos que a embalagem seja 
violada. 
4. Verificação da esterilização: São realizados testes de esterilidade 
para confirmar a eficácia do processo de esterilização por radiação. 
A esterilização por radiação tem várias vantagens. É um processo 
rápido, pode ser usado para esterilizar um grande volume de 
materiais de uma só vez, e é eficaz contra todos os tipos de 
microorganismos, incluindo bactérias, vírus, fungos e esporos. Além 
disso, a radiação pode penetrar em embalagens e materiais densos, e 
não deixa resíduos tóxicos. 
No entanto, também existem desvantagens. A radiação pode causar 
mudanças nas propriedades físicas e químicas de alguns materiais, 
como descoloração ou enfraquecimento. Além disso, o equipamento 
para esterilização por radiação é caro e requer instalações especiais e 
pessoal treinado para operá-lo. Além disso, a exposição à radiação é 
perigosa para os seres humanos, portanto, medidas rigorosas de 
segurança devem ser seguidas. 
Armazenamento 
O armazenamento adequado de materiais esterilizados na Central de 
Material e Esterilização (CME) é uma etapa crucial para garantir a 
manutenção da esterilidade até o momento do uso. Aqui estão alguns 
pontos importantes a serem considerados: 
1. Condições de Armazenamento: O local de armazenamento deve 
ser limpo, seco, bem ventilado e protegido da luz direta do sol. As 
condições de temperatura e umidade devem ser controladas para 
evitar a proliferação de microrganismos. 
2. Organização: Os itens devem ser organizados de maneira lógica e 
sistemática para facilitar a recuperação quando necessário. A 
organização pode ser feita com base no tipo de material, frequência 
de uso, tamanho ou qualquer outro critério que faça sentido para a 
instituição. Deve-se evitar o empilhamento excessivo de pacotes para 
evitar danos às embalagens. 
3. Rotação de Estoque: É recomendado usar o sistema de rotação de 
estoque “primeiro a entrar, primeiro a sair” (PEPS). Isso significa que 
os itens esterilizados mais antigos devem ser usados primeiro, para 
garantir que nenhum item permaneça no armazenamento por tempo 
demais. 
4. Manuseio: O manuseio de materiais esterilizados deve ser feito 
com cuidado para evitar danos à embalagem. As mãos devem estar 
limpas e secas, e não se deve tocar nas superfícies internas da 
embalagem. 
5. Verificação de Integridade: Antes de serem usados, todos os 
pacotes devem ser inspecionados para garantir que a embalagem 
não esteja danificada e que os indicadores de esterilização mostrem 
que a esterilização foi bem-sucedida. 
6. Validade da Esterilização: Alguns tipos de pacotes de esterilização 
têm uma data de validade após a qual não podem ser usados. Essas 
datas devem ser claramente marcadas e respeitadas. 
Seguir essas diretrizes ajudará a garantir que os materiais 
esterilizados permaneçam estéreis até o momento do uso, 
minimizando o risco de infecções associadas aos cuidados de saúde. 
Distribuição 
A distribuição de materiais é a última etapa do processo de trabalho 
na Central de Material e Esterilização (CME). Envolve a entrega segura 
e eficiente de instrumentos e suprimentos esterilizados às áreas 
usuárias. Essa etapa é crucial para garantir que os materiais 
esterilizados estejam disponíveis quando e onde forem necessários. A 
seguir estão os principais aspectos desta etapa: 
1. Sistema de Distribuição: A CME pode utilizar um sistema de 
distribuição ativa, passiva ou mista. Na distribuição ativa, os materiais 
são levados às unidades requisitantes pela equipe da CME. Na 
distribuição passiva, as unidades requisitantes vêm buscar os 
materiais na CME. O sistema misto combina ambos os métodos. 
2. Programação: A distribuição dos materiais deve ser programada 
de acordo com as necessidades das áreas usuárias. Isso pode ser 
feito com base em uma programação regular ou conforme a 
necessidade. 
3. Transporte: Os materiais esterilizados devem ser transportados de 
maneira que proteja sua integridade e esterilidade. Isso pode 
envolver o uso de carrinhos fechados ou embalagens protetoras. O 
transporte deve ser feito de maneira rápida e eficiente para evitar 
atrasos. 
4. Entrega: Ao entregar os materiais, é importante verificar se os 
itens corretos estão sendo entregues ao local certo. Deve-se 
confirmar a recepção dos materiais e garantir que sejam 
armazenados corretamente após a entrega. 
5. Registros: A CME deve manter registros precisos da distribuição de 
materiais. Isso pode incluir informações como o tipo e a quantidade 
de itens distribuídos, a data e a hora da distribuição, e o local de 
entrega. 
6. Segurança: Durante todo o processo de distribuição, a segurança 
do pessoal e a manutenção da esterilidade dos materiais devem ser 
priorizadas. 
A distribuição eficaz dos materiais esterilizados é crucial para o 
funcionamento eficiente de um estabelecimento de saúde. A CME 
desempenha um papel vital em garantir que os profissionais de 
saúde tenham acesso oportuno a instrumentos e suprimentos 
esterilizados de alta qualidade. 
Controle de Qualidade 
O controle de qualidade na Central de Material e Esterilização (CME) é 
um conjunto de atividades desenvolvidas para garantir que os 
processos de limpeza, desinfecção e esterilização sejam realizados de 
forma eficaz e segura. Isso é vital para assegurar a esterilidade dos 
materiais e prevenir a transmissão de infecções. Vejamos os 
principais aspectos desse processo: 
1. Monitoramento dos processos de limpeza e desinfecção: Isso 
pode envolver a verificação visual dos itens para garantir que estão 
limpos, assim como a utilização de indicadores químicos ou testes de 
biocarga para confirmar a eficácia da desinfecção. 
2. Controle de qualidade na esterilização: Este inclui o uso de 
indicadores químicos e biológicos para garantir que as condições 
adequadas de esterilização foram alcançadas. Além disso, deve-se 
confirmar a integridade das embalagens dos materiais esterilizados. 
3. Monitoramento de equipamentos: Isso envolve a manutenção 
regular e inspeções de todos os equipamentos utilizados na CME, 
incluindo lavadoras desinfectoras, autoclaves e esterilizadores. Os 
registros de manutenção devem ser mantidos. 
4. Treinamento e educação dos funcionários: Os profissionais da 
CME devem ser adequadamente treinados e educados sobre os 
procedimentos corretos de limpeza, desinfecção e esterilização. O 
treinamento deve ser continuamente atualizado para refletir as 
melhores práticas atuais. 
5. Auditorias e inspeções: Estas devem ser realizadas regularmente 
para verificar a conformidade com as diretrizes e regulamentos de 
controle de infecções. Qualquer problema ou desvio dos padrões 
deve ser corrigido imediatamente. 
6. Documentação e registros: Todas as atividades de controle de 
qualidade devem ser documentadas e registradas para permitir a 
rastreabilidade e a revisão dos processos. 
O controle de qualidade na CME é fundamental para a segurança do 
paciente. Através da monitorização rigorosa e contínua dos processos 
de limpeza, desinfecção e esterilização, a CME pode garantir que os 
materiais processados estejam seguros para uso em procedimentos 
de saúde.

Continue navegando