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Aula_3_-_Anticonvulsivante_

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Anticonvulsivante
Profa. Cristiane Paiva 
Fármaco utilizado no tratamento das convulsões e epilepsia.
Esquizofrenia
Transtorno psiquiátrico crônico incapacitante.
Caracteriza por consciência lúcida, porém com aumento do distúrbio do
pensamento.
- As crises convulsivas são ocasionadas por alterações na resposta elétrica das
células neuronais.
Farmacodinâmica II
Antipsicóticos - Neurolépticos
Sintomas:
- Positivos:
Delírios – crenças distorcidas ou falsas
Alucinações – percepções anormais (auditivas)
- Negativos:
Afastamento dos contatos sociais
Anulação das respostas emocionais
Causas:
A etiologia é muito variada, incluindo causas genéticas e adquiridas
Fatores hereditários
Incompatibilidade do fator Rh
Segundo sua etiologia as epilepsias se classificam em:
•Epilepsias Idiopáticas (genéticas): problemas de carga genética
•Epilepsias Sintomáticas: associadas a enfermidades e patologias adquiridas
•Epilepsia Criptogênica: sem causa identificável
Teoria Dopaminérgica
- Hiperfunção dopaminérgica
- Eficácia clínica → ação antagonista receptores DA
- Agentes dopaminérgicos (cocaina, anfetaminas) → estado
esquizofreniforme.
Teoria da Serotonina
Clozapina e Risperidona → Antidopaminérgicos e bloqueadores de receptores
5-HT2.
Epilepsias Idiopáticas:
• Heranc ̧a poligênica em síndromes
generalizadas de ocorrência frequente.
• Heranc ̧a monogênica em síndrome focais
de rara ocorrência.
Epilepsias Sintomáticas:
• Trauma, infarto cerebral, enfermidades
cerebrovascular, trauma encefálico, tumor
cerebral, infecções do SNC (meningite),
doenças degenerativas, dentre outras.
• ATENÇÃO AO TRATAMENTO DA ORIGEM!!
COMO É 
REGULADO ??
Sistema de Neurotransmissores que estão envolvidos na 
esquizofrenia
PROPRIEDADES ELÉTRICAS DAS MEMBRANAS
Distribuição dos íons e regulação iônica:
Gradiente Eletroquímico 
SINAPSES EXCITATÓRIAS E INIBITÓRIAS
NEUROTRANSMISSORES E RECEPTORES
Excitatórios Inibitórios
Teoria Dopaminérgica
CRISES CONVULSIVAS
As convulsões são episódios limitados e transitório de disfunção
cerebral resultado de descargas anormais dos neurônios cerebrais.
üDepressão transitória da consciência
üRisco de sofrer lesões corporais
ü Frequentemente interferem no desempenho escolar e profissional.
Hipótese dopaminérgica da esquizofrenia
üCaracterizada por crises súbitas e espontâneas associadas à descarga anormal,
excessiva e transitória de células nervosas.
üO sítio de descarga e sua extensão são fatores determinantes da sintomatologia
clínica apresentada.
üPode variar desde a perda da consciência por poucos segundos até crises
convulsivas generalizadas prolongadas.
ATENÇÃO: Uma crise isolada não é sinônimo de epilepsia. 
EPILEPSIA
EPIDEMIOLOGIA
üDescargas neuronais excessivas e sincrônicas em determinada populac ̧ão
neuronal.
üAlterac ̧ão das correntes io ̂nicas a ni ́vel neuronal.
üEntrada de so ́dio e cálcio: despolarizac ̧ão neuronal e aumento da
excitabilidade.
üSai ́da de potássio: hiperpolarizac ̧ão dos dendritos com diminuic ̧ão da
excitabilidade.
üAlterac ̧ão dos receptores de neurotransmissores, por sua vez associada a
canais io ̂nicos (Glutamato, GABA).
üOcorre excitac ̧ão excessiva pelo Glutamato ou falta de inibic ̧ão do GABA.
FISIOPATOLOGIA
CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS
CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS
CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS
CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS
CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS
CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS
Crises Não Classificadas 
• Se incluem neste grupo todas as crises que por dados incompletos ou
inadequados as impossibilite de classificar em alguma das categorias
descritas anteriormente
• Especialmente na infância
CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS
CUIDADO DURANTE AS CRISES EPILÉPTICAS
O objetivo é evitar as crises e assegurar ao paciente as condições de uma vida social a
mais próxima possível da normal. Baseia-se em medicamentos que na ̃o esta ̃o desprovidos
de efeitos secundários, devendo ser adaptados a ̀ forma da epilepsia, sua gravidade e sua
tolerância individual.
• Efica ́cia: Capacidade da droga para controlar as crises
• Tolerância: Incidência, gravidade e o impacto dos efeitos adversos dos anticonvulsivantes
• Efetividade: Eficácia e tolerância das drogas antiepilépticas (DAEs) que se reflete na
adesão ao tratamento
üAumento da atividade sináptica inibitória
üDiminuição da atividade sináptica excitatória
üControle da excitabilidade da membrana neuronal e da permeabilidade iônica
TRATAMENTO
• Modificação da condutância iônica
• FENITOÍNA: Difenil-hidantoína
• Altera condutância iônica, bloqueando canais de Sódio e inibindo
a geração de potenciais de ação repetitivos.
ANTI-CONVULSIVANTES
Ina;vação do canal de Na+
Reduzem a capacidade dos 
neurônios de deflagrarem em 
frequências altas
MODIFICAÇÃO DA CONDUTÂNCIA IÔNICA
Farmacocinética: 
- Alta ligação (95%) a proteínas plasmáticas (Pode apresentar picos da liberação do 
fármaco – Níveis tóxicos)
- Absorção gastrointestinal com pico 3-12hs.
- Absorção intramuscular imprevisível
• Metabolizada pelo citocromo p450 (Indutor enzimático)
• Tolerância Metabólica (Meia –vida 24hs)
Usos Clínicos: Todas exceto crises de ausência. Uso limitado em crianças devido a
imprevisibilidade da relação dose X efeitos tóxicos.
Toxicidade: Depressão do SNC: Diplopia (visão dupla), ataxia, vertigem, hiperplasia
gengival, hirsutismo, anemia megaloblástica, malformação fetal, reações de
hipersensibilidade
FENITOÍNA
Hirsu&smo Hiperplasia gengival
FENITOÍNA
Farmacodinâmica
- Bloqueiam os canais de Sódio e inibem os disparos repetitivos dos neurônios
- Atuam também pré-sinapticamente diminuindo a transmissão do impulso nervoso.
- Evidências recentes sugerem que podem potencializar os efeitos pós-sinápticos do GABA
(inibitório)
Farmacocinética
- Absorção gastrointestinal completa com pico entre 6-8hs.
- Tolerância metabólica:
• Aumento do “clearence” alterando meia-vida biológica de 36 para 20 horas.
• Necessário ajuste da dose.
- Metabolizada por conjugação.
CARBAMAZEPINA
CARBAMAZEPINA
Usos Clínicos: Todas exceto crises de ausência, particularmente epilepsia
de lobo temporal, também utilizada na neuralgia do trigêmeo e como
estabilizador do humor (apresenta efeito ansiolítico).
• Em doses terapêuticas não se mostra sedativa.
Toxicidade: Insônia, labilidade emocional, visão turva e diplopia, ataxia,
sedação, retenção de água, arritmia cardíaca, reações de
hipersensibilidade, malformações fetais, anemia aplástica e
agranulocitose.
Semelhante a Carbamazepina, útil nos mesmos tipos de ataques, porém menos
tóxica (menos efeitos colaterais).
Meia-vida de 1-2hs.
Forma o metabólito ativo 10-OH derivado com meia-vida de 8-12hs.
Potência reduzida (1/2) em relação a Carbamazepina
OXCARBAMAZEPINA
Farmacodinâmica
- Ações complexas: Bloqueia parcialmente os canais de Na+ e ativa os receptores GABA-A pós-
sinápticos.
Farmacocinética
- Rapidamente absorvido por via oral 
- Excreção urinária (Não sofre metabolização hepática, mas é um indutor enzimático)
Usos clínicos
- Convulsões tônico-clônicas em adultos e crianças portadoras de epilepsia generalizada primária 
- Prevenção da enxaqueca
Efeitos adversos
- Sonolência, fadiga, nervosismo e perda de peso
TOPIRAMATO
ETOSSUXIMIDA
Farmacodinâmica:
- Bloqueio de canais de Cálcio no tálamo
Usos Clínicos
- Particularmente nas crises de ausência
Toxicidade:
- Transtornos gastrointestinais, sonolência, perda de peso, fotofobia, euforia, 
soluços, cefaleia, transtornos comportamentais (menos frequentes).
PRIMIDONA
Farmacodinâmica:
- Bloqueia canais de cálcio, mas é convertida a fenobarbital
Farmacocinética
- Absorção oral completa com pico após 3 hs.
- Pouca ligação com proteínas plasmáticas (70% circulam livres).
- Metabolizada por oxidação a fenobarbital (Não induz lesões hepáticas), Ambos são 
eliminados na urina. 
Usos Clínicos
- Crises parciais e convulsões tônico-clônicas- Crises generalizadas (grande mal) em crianças, podendo ser mais eficaz que o 
fenobarbital.
Toxicidade: Semelhante a do Fenobarbital
GABAPENTINA
Farmacodinâmica
- Mecanismo de ação desconhecido
- Derivado quimicamente do GABA (ligado a um anel ciclo-hexano) altamente 
lipofílico.
- Induz o aumento na síntese e a liberação de GABA na fenda sináptica
Farmacocinética
- Eliminado pela urina com meia vida biológica entre 5 e 9 horas
Usos clínicos:
• - Epilepsia parcial
• - Enxaqueca crônica
• - Dor crônica 
• - Desordens bipolares
• Efeitos colaterais: Sonolência, ataxia, tontura e tosse seca.
FÁRMACO MUITO UTILIZADO EM ASSOCIAÇÃO
LAMOTRIGINA
Mecanismo de ação:
- Semelhante a Fenitoína e Carbamazepina, bloqueio dos canais de Sódio (e cálcio?)
- Inibi a liberação de Glutamato (?)
Farmacocinética:
- Completamente absorvida por via oral
- Metabolizada no fígado - conjugação com ácido glicurônico.
- Meia-vida plasmática é de 24 a 35 horas
- O Valproato inibe a glicuronização - pode levar a níveis tóxicos da Gabapentina.
Usos clínicos:
- Epilepsia parcial e generalizada secundária
- Monoterapia para tratamento das convulsões tônico-clônicas generalizadas e parcias
Efeitos adversos: Tontura, ataxia, náuseas, insuficiência hepática e distúrbios da visão
Cuidados com a dosagem nos tratamentos associados a outros anticonvulsivantes
à Ácido carboxílico, ionizado no pH sanguíneo 
à Forma ativa é o Valproato
Farmacocinética
- Bem absorvido por via oral, com pico de 2 horas.
- Possui um pKa de 4.7 e portanto encontra-se totalmente ionizado no plasma 
- Distribuição se dá através dos fluidos extracelulares. 
- Metabolizada por oxidação. Inibidor Enzimático.
Usos Clínicos: 
- A maioria, particularmente as Crises de ausência
Toxicidade:
- Em geral são menores do que com outros fármacos: Náusea, alopecia, vômito e
dores abdominais, ganho de peso, síndrome do ovário policístico, malformações
fetais.
- Hepatotoxicidade
VALPROATO
Mecanismo de Ação
- Bloqueia o disparo de alta-frequência de neurônios (Inibe canais de 
Cálcio e Sódio).
- Inibe em altas concentrações a enzima GABA-T responsável pela 
degradação do GABA.
VALPROATO
Barbitúricos e Benzodiazepínicos: Aumentam a atividade do 
GABA:
- Facilitam a ação do GABA na abertura dos canais de Cl-
- Atenção com a associação com outros fármacos: Efeitos 
graves com a depressão do SNC
Inibitórios
ANTI-CONVULSIVANTES
FENOBARBITAL
- Derivado do ácido barbitúrico
- Mais antigo antiepiléptico
- Custo baixo ($)
Farmacodinâmica
- Liga-se a um sítio alostérico regulatório do receptor GABA, prolongando o tempo de abertura
dos canais de cloro.
- Bloqueia a resposta excitatória induzida pelo glutamato.
Usos Clínicos:
- Pouco uso, pois induz atividade microssomal hepática (degradação mais rápida);
- Utilizado somente nas convulsões febris, e nas incontroláveis do recém-nascido;
- Não é eficaz nas crises de ausência ou espasmos infantis.
Toxicidade: Sedação e Depressão
BENZODIAZEPÍNICOS
Utilizados em crises emergências – Potencializam a ação de GABA:
- Clonazepam – fármaco de escolha para epilepsia generalizada ou
parcial
- Diazepam – fármaco de escolha para o estado de mal epiléptico por
via I.V.
São drogas que agem em curto prazo e, em geral, tem boa tolerabilidade,
mas podem causar problemas como:
- Sedação
- Disfunção cognitiva
- Depressão respiratória
- Alterações psicomotoras
- Depressão
- Dependência química
BENZODIAZEPÍNICOS
Obrigada!!!!!!

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