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Anticonvulsivante Profa. Cristiane Paiva Fármaco utilizado no tratamento das convulsões e epilepsia. Esquizofrenia Transtorno psiquiátrico crônico incapacitante. Caracteriza por consciência lúcida, porém com aumento do distúrbio do pensamento. - As crises convulsivas são ocasionadas por alterações na resposta elétrica das células neuronais. Farmacodinâmica II Antipsicóticos - Neurolépticos Sintomas: - Positivos: Delírios – crenças distorcidas ou falsas Alucinações – percepções anormais (auditivas) - Negativos: Afastamento dos contatos sociais Anulação das respostas emocionais Causas: A etiologia é muito variada, incluindo causas genéticas e adquiridas Fatores hereditários Incompatibilidade do fator Rh Segundo sua etiologia as epilepsias se classificam em: •Epilepsias Idiopáticas (genéticas): problemas de carga genética •Epilepsias Sintomáticas: associadas a enfermidades e patologias adquiridas •Epilepsia Criptogênica: sem causa identificável Teoria Dopaminérgica - Hiperfunção dopaminérgica - Eficácia clínica → ação antagonista receptores DA - Agentes dopaminérgicos (cocaina, anfetaminas) → estado esquizofreniforme. Teoria da Serotonina Clozapina e Risperidona → Antidopaminérgicos e bloqueadores de receptores 5-HT2. Epilepsias Idiopáticas: • Heranc ̧a poligênica em síndromes generalizadas de ocorrência frequente. • Heranc ̧a monogênica em síndrome focais de rara ocorrência. Epilepsias Sintomáticas: • Trauma, infarto cerebral, enfermidades cerebrovascular, trauma encefálico, tumor cerebral, infecções do SNC (meningite), doenças degenerativas, dentre outras. • ATENÇÃO AO TRATAMENTO DA ORIGEM!! COMO É REGULADO ?? Sistema de Neurotransmissores que estão envolvidos na esquizofrenia PROPRIEDADES ELÉTRICAS DAS MEMBRANAS Distribuição dos íons e regulação iônica: Gradiente Eletroquímico SINAPSES EXCITATÓRIAS E INIBITÓRIAS NEUROTRANSMISSORES E RECEPTORES Excitatórios Inibitórios Teoria Dopaminérgica CRISES CONVULSIVAS As convulsões são episódios limitados e transitório de disfunção cerebral resultado de descargas anormais dos neurônios cerebrais. üDepressão transitória da consciência üRisco de sofrer lesões corporais ü Frequentemente interferem no desempenho escolar e profissional. Hipótese dopaminérgica da esquizofrenia üCaracterizada por crises súbitas e espontâneas associadas à descarga anormal, excessiva e transitória de células nervosas. üO sítio de descarga e sua extensão são fatores determinantes da sintomatologia clínica apresentada. üPode variar desde a perda da consciência por poucos segundos até crises convulsivas generalizadas prolongadas. ATENÇÃO: Uma crise isolada não é sinônimo de epilepsia. EPILEPSIA EPIDEMIOLOGIA üDescargas neuronais excessivas e sincrônicas em determinada populac ̧ão neuronal. üAlterac ̧ão das correntes io ̂nicas a ni ́vel neuronal. üEntrada de so ́dio e cálcio: despolarizac ̧ão neuronal e aumento da excitabilidade. üSai ́da de potássio: hiperpolarizac ̧ão dos dendritos com diminuic ̧ão da excitabilidade. üAlterac ̧ão dos receptores de neurotransmissores, por sua vez associada a canais io ̂nicos (Glutamato, GABA). üOcorre excitac ̧ão excessiva pelo Glutamato ou falta de inibic ̧ão do GABA. FISIOPATOLOGIA CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS Crises Não Classificadas • Se incluem neste grupo todas as crises que por dados incompletos ou inadequados as impossibilite de classificar em alguma das categorias descritas anteriormente • Especialmente na infância CLASSIFICAÇÃO DA CRISES EPILÉPTICAS CUIDADO DURANTE AS CRISES EPILÉPTICAS O objetivo é evitar as crises e assegurar ao paciente as condições de uma vida social a mais próxima possível da normal. Baseia-se em medicamentos que na ̃o esta ̃o desprovidos de efeitos secundários, devendo ser adaptados a ̀ forma da epilepsia, sua gravidade e sua tolerância individual. • Efica ́cia: Capacidade da droga para controlar as crises • Tolerância: Incidência, gravidade e o impacto dos efeitos adversos dos anticonvulsivantes • Efetividade: Eficácia e tolerância das drogas antiepilépticas (DAEs) que se reflete na adesão ao tratamento üAumento da atividade sináptica inibitória üDiminuição da atividade sináptica excitatória üControle da excitabilidade da membrana neuronal e da permeabilidade iônica TRATAMENTO • Modificação da condutância iônica • FENITOÍNA: Difenil-hidantoína • Altera condutância iônica, bloqueando canais de Sódio e inibindo a geração de potenciais de ação repetitivos. ANTI-CONVULSIVANTES Ina;vação do canal de Na+ Reduzem a capacidade dos neurônios de deflagrarem em frequências altas MODIFICAÇÃO DA CONDUTÂNCIA IÔNICA Farmacocinética: - Alta ligação (95%) a proteínas plasmáticas (Pode apresentar picos da liberação do fármaco – Níveis tóxicos) - Absorção gastrointestinal com pico 3-12hs. - Absorção intramuscular imprevisível • Metabolizada pelo citocromo p450 (Indutor enzimático) • Tolerância Metabólica (Meia –vida 24hs) Usos Clínicos: Todas exceto crises de ausência. Uso limitado em crianças devido a imprevisibilidade da relação dose X efeitos tóxicos. Toxicidade: Depressão do SNC: Diplopia (visão dupla), ataxia, vertigem, hiperplasia gengival, hirsutismo, anemia megaloblástica, malformação fetal, reações de hipersensibilidade FENITOÍNA Hirsu&smo Hiperplasia gengival FENITOÍNA Farmacodinâmica - Bloqueiam os canais de Sódio e inibem os disparos repetitivos dos neurônios - Atuam também pré-sinapticamente diminuindo a transmissão do impulso nervoso. - Evidências recentes sugerem que podem potencializar os efeitos pós-sinápticos do GABA (inibitório) Farmacocinética - Absorção gastrointestinal completa com pico entre 6-8hs. - Tolerância metabólica: • Aumento do “clearence” alterando meia-vida biológica de 36 para 20 horas. • Necessário ajuste da dose. - Metabolizada por conjugação. CARBAMAZEPINA CARBAMAZEPINA Usos Clínicos: Todas exceto crises de ausência, particularmente epilepsia de lobo temporal, também utilizada na neuralgia do trigêmeo e como estabilizador do humor (apresenta efeito ansiolítico). • Em doses terapêuticas não se mostra sedativa. Toxicidade: Insônia, labilidade emocional, visão turva e diplopia, ataxia, sedação, retenção de água, arritmia cardíaca, reações de hipersensibilidade, malformações fetais, anemia aplástica e agranulocitose. Semelhante a Carbamazepina, útil nos mesmos tipos de ataques, porém menos tóxica (menos efeitos colaterais). Meia-vida de 1-2hs. Forma o metabólito ativo 10-OH derivado com meia-vida de 8-12hs. Potência reduzida (1/2) em relação a Carbamazepina OXCARBAMAZEPINA Farmacodinâmica - Ações complexas: Bloqueia parcialmente os canais de Na+ e ativa os receptores GABA-A pós- sinápticos. Farmacocinética - Rapidamente absorvido por via oral - Excreção urinária (Não sofre metabolização hepática, mas é um indutor enzimático) Usos clínicos - Convulsões tônico-clônicas em adultos e crianças portadoras de epilepsia generalizada primária - Prevenção da enxaqueca Efeitos adversos - Sonolência, fadiga, nervosismo e perda de peso TOPIRAMATO ETOSSUXIMIDA Farmacodinâmica: - Bloqueio de canais de Cálcio no tálamo Usos Clínicos - Particularmente nas crises de ausência Toxicidade: - Transtornos gastrointestinais, sonolência, perda de peso, fotofobia, euforia, soluços, cefaleia, transtornos comportamentais (menos frequentes). PRIMIDONA Farmacodinâmica: - Bloqueia canais de cálcio, mas é convertida a fenobarbital Farmacocinética - Absorção oral completa com pico após 3 hs. - Pouca ligação com proteínas plasmáticas (70% circulam livres). - Metabolizada por oxidação a fenobarbital (Não induz lesões hepáticas), Ambos são eliminados na urina. Usos Clínicos - Crises parciais e convulsões tônico-clônicas- Crises generalizadas (grande mal) em crianças, podendo ser mais eficaz que o fenobarbital. Toxicidade: Semelhante a do Fenobarbital GABAPENTINA Farmacodinâmica - Mecanismo de ação desconhecido - Derivado quimicamente do GABA (ligado a um anel ciclo-hexano) altamente lipofílico. - Induz o aumento na síntese e a liberação de GABA na fenda sináptica Farmacocinética - Eliminado pela urina com meia vida biológica entre 5 e 9 horas Usos clínicos: • - Epilepsia parcial • - Enxaqueca crônica • - Dor crônica • - Desordens bipolares • Efeitos colaterais: Sonolência, ataxia, tontura e tosse seca. FÁRMACO MUITO UTILIZADO EM ASSOCIAÇÃO LAMOTRIGINA Mecanismo de ação: - Semelhante a Fenitoína e Carbamazepina, bloqueio dos canais de Sódio (e cálcio?) - Inibi a liberação de Glutamato (?) Farmacocinética: - Completamente absorvida por via oral - Metabolizada no fígado - conjugação com ácido glicurônico. - Meia-vida plasmática é de 24 a 35 horas - O Valproato inibe a glicuronização - pode levar a níveis tóxicos da Gabapentina. Usos clínicos: - Epilepsia parcial e generalizada secundária - Monoterapia para tratamento das convulsões tônico-clônicas generalizadas e parcias Efeitos adversos: Tontura, ataxia, náuseas, insuficiência hepática e distúrbios da visão Cuidados com a dosagem nos tratamentos associados a outros anticonvulsivantes à Ácido carboxílico, ionizado no pH sanguíneo à Forma ativa é o Valproato Farmacocinética - Bem absorvido por via oral, com pico de 2 horas. - Possui um pKa de 4.7 e portanto encontra-se totalmente ionizado no plasma - Distribuição se dá através dos fluidos extracelulares. - Metabolizada por oxidação. Inibidor Enzimático. Usos Clínicos: - A maioria, particularmente as Crises de ausência Toxicidade: - Em geral são menores do que com outros fármacos: Náusea, alopecia, vômito e dores abdominais, ganho de peso, síndrome do ovário policístico, malformações fetais. - Hepatotoxicidade VALPROATO Mecanismo de Ação - Bloqueia o disparo de alta-frequência de neurônios (Inibe canais de Cálcio e Sódio). - Inibe em altas concentrações a enzima GABA-T responsável pela degradação do GABA. VALPROATO Barbitúricos e Benzodiazepínicos: Aumentam a atividade do GABA: - Facilitam a ação do GABA na abertura dos canais de Cl- - Atenção com a associação com outros fármacos: Efeitos graves com a depressão do SNC Inibitórios ANTI-CONVULSIVANTES FENOBARBITAL - Derivado do ácido barbitúrico - Mais antigo antiepiléptico - Custo baixo ($) Farmacodinâmica - Liga-se a um sítio alostérico regulatório do receptor GABA, prolongando o tempo de abertura dos canais de cloro. - Bloqueia a resposta excitatória induzida pelo glutamato. Usos Clínicos: - Pouco uso, pois induz atividade microssomal hepática (degradação mais rápida); - Utilizado somente nas convulsões febris, e nas incontroláveis do recém-nascido; - Não é eficaz nas crises de ausência ou espasmos infantis. Toxicidade: Sedação e Depressão BENZODIAZEPÍNICOS Utilizados em crises emergências – Potencializam a ação de GABA: - Clonazepam – fármaco de escolha para epilepsia generalizada ou parcial - Diazepam – fármaco de escolha para o estado de mal epiléptico por via I.V. São drogas que agem em curto prazo e, em geral, tem boa tolerabilidade, mas podem causar problemas como: - Sedação - Disfunção cognitiva - Depressão respiratória - Alterações psicomotoras - Depressão - Dependência química BENZODIAZEPÍNICOS Obrigada!!!!!!
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