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Elaboracao_de_Roadmap_Tecnologico_e_de_M

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DOI: http://dx.doi/10.9771/cp.v14i3.39052
810 Cadernos de Prospecção – Salvador, v. 14, n. 3, p. 810-823, setembro, 2021
Elaboração de Roadmap Tecnológico e de 
Modelo de Negócios de Economia Circular
Elaboration of Technological and Business Roadmap 
of the Circular Economy
Aline Souza Tavares1
Suzana Borschiver1
1Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Resumo
A Economia Circular pode ser definida como um modelo que busca a extensão da vida útil de materiais e de 
produtos em sua maior utilidade e valor. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho é apresentar parte da tese de 
doutorado que vem sendo desenvolvida, desde 2018, na elaboração de um Roadmap Tecnológico e de Negócios 
da Economia Circular, a fim de elucidar tendências tecnológicas e mercadológicas para futuros investimentos e 
parcerias. A metodologia empregada para o Estágio atual foi realizada a partir da análise de mídias especializadas 
e de estudos de caso na plataforma da Fundação Ellen MacArthur, e, no Longo Prazo, com a análise de artigos 
científicos, relacionando-os com os respectivos drivers. Entre os resultados obtidos, é possível destacar, em ambos 
os estágios temporais, os processos em Design Circular e Reciclagem, os modelos de negócios de Logística Reversa 
e Produto como Serviço, assim como os setores mais impactados: Petroquímico, Energético e Têxtil.
Palavras-chave: Economia Circular. Modelos de Negócios Circulares. Roadmap Tecnológico.
Abstract
Circular Economy can be defined as a model, which seeks to extend the materials and product life extension in their 
greatest utility and value. In this context, this work objective present part of the doctoral thesis in development, since 
2018, about Circular Economy Technological and Business Roadmap to elucidate technological and market trends 
for future investments and partnerships. The methodology for the Current Stage was carried out using specialized 
media and case studies in the Ellen MacArthur Foundation platform, and in the Long Term, with the analysis of 
scientific articles, relating them with the respective drivers. Among the results obtained, it is possible to highlight, in 
both temporal stages, the circular actions in Circular Design and Recycling, the Reverse Logistics and Product-service 
systems (PSS) business models, as well as the sectors most impacted: Petrochemical, Energy and Textile.
Keywords: Circular Economy. Circular Business Models. Technology Roadmap.
Área Tecnológica: Gestão Tecnológica. Ciências Ambientais. Planejamento Estratégico. 
Artigo recebido em: 28/09/2020
Revisado em: 18/03/2021
Aprovado em: 22/03/2021
Direito autoral e licença de uso: Este artigo está licenciado sob uma Licença Creative 
atribua a autoria da obra, forneça um link para a licença, e indicar se foram feitas alterações.
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Elaboração de Roadmap Tecnológico e de Modelo de Negócios de Economia Circular
1 Introdução
Cada vez mais, a sociedade como um todo tem enxergado a necessidade urgente de mitigar 
as externalidades negativas expostas pelo modelo econômico tradicional do take-make-dispose. 
Cenários como poluição, aquecimento global, perda da biodiversidade, desperdício de alimentos, 
volatilidade de preços das matérias-primas, entre outros, se acumulam e tornam a capacidade 
de regeneração sustentável dos recursos do planeta cada vez mais distante.
Diante desse contexto, é urgente a necessidade de mudanças sistêmicas que busquem 
reverter esses efeitos negativos e alcançar as metas propostas pelas agendas globais de susten-
tabilidade, por exemplo, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela 
Organização das Nações Unidas (ONU) em 2015 (UN, [2018?]).
Indo ao encontro das metas determinadas, a Economia Circular se apresenta como um 
modelo holístico de sustentabilidade que busca principalmente manter o ciclo de vida útil dos 
materiais, dos produtos e de seus componentes, eliminando ou minimizando o uso de compostos 
tóxicos e transformando os resíduos em novos recursos (ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, 
2015). 
Kirchherr, Reike e Hekkert (2017) reportaram que a maioria dos artigos define a economia 
circular como um conjunto de atividades que englobam o reuso, a redução e a reciclagem. Mais 
do que isso, a Economia Circular tem como foco o redesign dos produtos e dos modelos de 
negócios de modo a favorecer os processos ao final da cadeia e fazê-los recircular (LUZ et al., 
2017). De acordo com Stahel (1982 apud LIEDER; RASHID, 2016), esse modelo minimiza o 
uso de matéria e a deterioração ambiental sem restringir o crescimento econômico ou o pro-
gresso social e técnico.
Ghisellini, Cialani e Ulgiati (2016) consideram em seu estudo dois princípios fundamentais 
do modelo circular: um herdado da Ecologia Industrial e o outro vindo da Biomimética. No 
primeiro caso, os resíduos são alimentados na cadeia industrial, tanto como fluxo de material 
quanto como de energia. No segundo, o meio ambiente é visto como um exemplo a ser co-
piado para redesenhar as atividades de produção, em particular os padrões industriais ou de 
desenvolvimento.
O conhecimento da Economia Circular tem se expandido entre as grandes esferas de poder 
e as empresas de variados setores e tamanhos. A Comissão Europeia, por exemplo, determinou 
como principais objetivos no Pacto Ecológico Europeu, publicado em dezembro de 2019, a 
transição para uma economia limpa e circular, de se tornar o primeiro continente neutro nas 
emissões de carbono até 2050 e financiar projetos não prejudiciais para o ambiente (COMISSÃO 
EUROPEIA, 2019). Tavares (2018) apresentou em seu estudo diversas iniciativas já realizadas 
por 43 empresas de 15 setores econômicos, estando entre elas a Danone (Alimentos), a Unilever 
(Bens de Consumo), a Equinor (antiga Statoil) (Energia) e a Nike (Materiais Esportivos), por 
exemplo. É possível citar as diretrizes denominadas, Design for Recyclability, da Unilever como 
foco na fabricação de embalagens modulares, maior uso de refis, reciclagem e uso de resíduos 
pós-consumo reciclados.
Para entender melhor as formas de como a Economia Circular tem se apresentado, se 
faz necessário estudar os modelos de negócio circulares, representando como as empresas 
criam, entregam e capturam valor por meio do fluxo de recursos em ciclos fechados ou não 
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Aline Souza Tavares, Suzana Borschiver
(ANTIKAINEN; VALKOKARI, 2016). Tavares e Borschiver (2019) identificaram sete principais 
tipos de modelos de negócio da Economia Circular na literatura, cuja breve explicação se en-
contra no Quadro 1. 
Quadro 1 – Modelos de Negócios da Economia Circular
MODELO DE 
NEGÓCIO
EXPLICAÇÃO
Agricultura 
Regenerativa
Promove a produção de alimentos saudáveis, a criação de ciclos fechados de geração 
de insumos a partir de resíduos e a aplicação no campo de práticas conservadoras da 
natureza. Visa à regeneração e à manutenção não apenas das culturas, mas também de 
todo o sistema de produção alimentar, incluindo as comunidades rurais e os consumidores. 
Logística 
Reversa
Modelo de logística empresarial que objetiva planejar, operar e controlar o fluxo de bens 
de pós-venda e pós-consumo, bem como o seu retorno ao ciclo de negócios ou produtivo. 
Simbiose 
industrial
Empresas dentro da mesma área física (parques industriais), ou virtuais (quando a 
integração transcende o limite físico), visam ao intercâmbio de resíduos e insumos, 
à otimização de energia, de água, de rejeitos e de outros recursos entre elas. 
Chemical 
Leasing
Os produtos químicos não devem ser tóxicos e têm como base de pagamento 
para a operação comercial o serviço realizado pela substância química, 
isto é, a unidade de pagamento é baseada na produtividade. 
Economia 
Colaborativa
Valor compartilhado no qual práticas interindustriais e intraindustriais 
permitem o intercâmbio de conhecimentose recursos, investimento 
em inovação, formando uma rede de cooperação. 
Produto como 
serviço
Sistema comercial em que as empresas mantêm a posse dos bens produzidos, 
sendo responsáveis pela manutenção, e o cliente paga por usufruir as funções 
proporcionadas pelo produto. O preço por unidade de um produto passa a ser o 
preço por serviço, compartilhando a responsabilidade do produto/serviço. 
Waste-to-energy
Tecnologias de obtenção de energia a partir de resíduos 
produzidos por diferentes setores industriais.
Fonte: Adaptado de Tavares e Borschiver (2019)
Dada a relevância da Economia Circular no contexto mundial, é extremamente útil inferir 
o estado da arte e identificar as tecnologias e os mercados promissores, que podem servir como 
possibilidades futuras de parcerias para uma determinada organização ou país, priorização de 
uma agenda de P&D e de melhor alocação de recursos financeiros e de políticas públicas. 
Variados atores no mundo e no Brasil vêm elaborando roadmaps voltados para a Economia 
Circular, na forma de roteiros promovidos pela gestão pública com estratégias a serem alcançadas. 
A Comissão Europeia, por exemplo, criou, em 2015, o roadmap “Circular Economy Strategy” 
com o objetivo de criar condições para o desenvolvimento da Economia Circular, bem como a 
identificação de barreiras e de fatores viabilizadores de novos mercados e modelos de negócios 
em variados segmentos que incluem a bioeconomia, a gestão de resíduos, o design de produtos, 
as embalagens, entre outros, sendo atualizado, em 2019, com base no Pacto Ecológico Europeu, 
a fim de acelerar a transição (EU, 2019). 
No Brasil, a Confederação Nacional das Indústrias (CNI) vem atuando na coordenação do 
Estudo Especial de Economia Circular da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) junto 
à Organização Internacional de Normalização (ISO), no lançamento do roadmap “Economia 
Circular: Caminho Estratégico para a Indústria Brasileira” (CNI, 2019). No Paraná, o Sistema 
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Sistema FIEP) elaborou o roadmap “Rotas 
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Estratégicas para o Futuro da Indústria Paranaense 2031”, contendo ações a serem realizadas 
de acordo com estágios temporais, como a criação de projeto-piloto de simbiose industrial em 
municípios paranaenses de médio porte no longo prazo (2027-2031) (FIEPR, 2019).
Na literatura, o Roadmap Tecnológico ou Technology Roadmap (TRM) é reportado como uma 
ferramenta de grande destaque no campo do Prospecção Tecnológica pelo seu desempenho e 
versatilidade em estabelecer tendências de mercado, estudar trajetórias tecnológicas e perfil dos 
atores atuantes no setor, monitorar concorrentes ao longo do tempo e identificar oportunidades 
de novos negócios (BORSCHIVER; SILVA, 2016).
Segundo Lee e Park (2005), o Technology Roadmap (TRM) é uma técnica de planejamen-
to estratégico e gerenciamento corporativo que possibilita alinhar objetivos organizacionais e 
recursos tecnológicos em uma instituição, indústria ou empresa. Na literatura, é possível encon-
trar variadas formas de se organizar um Roadmap Tecnológico, que pode ser representado de 
maneira geral pela Figura 1.
Figura 1 – Roadmap Tecnológico esquemático
Fonte: Borschiver e Silva (2016)
A representação gráfica é baseada de modo geral no tempo no eixo “x”, que inclui pers-
pectivas comerciais e tecnológicas, e, no eixo “y”, os parâmetros-chave mercado, produto e 
tecnologia (PHAAL; KIRATLI; SEMEIJN, 2001; KAPPEL, 2001). Além de ser um processo dinâ-
mico, permite a visualização de lacunas no planejamento estratégico, bem como de vantagens 
competitivas e de alocação correta de recursos humanos e tecnológicos e, por isso, esse método 
tem sido cada vez mais aplicado por tomadores de decisões (BORSCHIVER; SILVA, 2016).
Assim, o objetivo deste trabalho é apresentar um recorte do Roadmap Tecnológico e de 
Negócios da Economia Circular, que se encontra em fase de construção, de modo a já se obter 
insights preliminares de oportunidades em relação às principais tecnologias, modelos de negó-
cios e setores impactados. Com isso, tais resultados poderão servir de base para a economia 
brasileira alcançar alavancagem competitiva por meio da economia circular, gerando valor para 
toda a cadeia produtiva.
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2 Metodologia
A metodologia utilizada para a elaboração do Roadmap Tecnológico e de Negócios da 
Economia Circular segue as etapas descritas na Figura 2, correspondente à construção de um 
Roadmap Tecnológico genérico.
Na etapa denominada “Etapa Pré-prospectiva”, é realizada uma pesquisa preliminar em 
que os assuntos relacionados ao tema são levantados em mídias especializadas e por meio da 
qual serão delineados os principais conceitos. Trata-se de uma fase fundamental da metodolo-
gia, pois é nessa etapa que se obtém a definição de palavras-chave para a Fase de Prospecção 
(BORSCHIVER; SILVA, 2016). 
A etapa seguinte, denominada de “Etapa de Prospecção Tecnológica”, constitui do levan-
tamento de artigos, patentes, informações de mídias especializadas, relatórios, Annual Reports, 
entre outros (BORSCHIVER; SILVA, 2016). Os documentos são organizados em uma planilha 
Excel, analisados e tratados em uma perspectiva Macro, Meso e Micro.
Figura 2 – Etapas de construção do Roadmap Tecnológico
Fonte: Borschiver e Silva (2016)
Na análise Macro, são destacados os principais anos de publicação, os países de origem 
dos autores ou dos documentos, o tipo de ator/player (universidades, centros de pesquisa ou 
empresas, por exemplo) e outras informações. Na análise Meso, é realizada uma divisão das in-
formações relevantes dos documentos por meio de taxonomias ou drivers, de modo a identificar 
as tendências tecnológicas e mercadológicas. Na análise Micro, cada taxonomia/drtiver Meso 
pode ser subdividida em classificações mais detalhadas a partir de particularidades identificadas 
(BORSCHIVER; SILVA, 2016).
Na etapa denominada “Etapa Pós-prospectiva”, ocorre a construção do Roadmap Tec-
nológico, em que os players identificados nas etapas anteriores são alocados de acordo com 
as suas respectivas taxonomias e o tipo de estágio temporal identificado (Estágio atual, Curto 
prazo, Médio prazo e Longo prazo). O Estágio atual corresponde ao cenário cujas ações já estão 
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sendo aplicadas, podendo ser encontradas em mídias especializadas e em artigos científicos 
cujo conteúdo aponta para pesquisas nesse sentido. No Curto e Médio prazo, são mostrados os 
players que estarão atuando no mercado em um futuro próximo, cuja informação é encontrada 
em patentes concedidas e depositadas, respectivamente. O Longo prazo corresponde ao cenário 
cujas ações podem vir a ocorrer, ao ter como base artigos científicos contendo pesquisas ainda 
em fase de elaboração e testes de bancada (BORSCHIVER; SILVA, 2016).
Por fim, o mapa é dividido em eixo horizontal, que retrata os estágios temporais, e, no eixo 
vertical, que apresenta a divisão taxonômica utilizada. O software utilizado para visualização 
final foi o Microsoft® Visio® Microsoft® Office.
Para este trabalho será apresentado um recorte correspondente à pesquisa de doutorado 
em desenvolvimento. Nesse sentido, serão apresentados os resultados obtidos até o momento no 
Estágio Atual a partir do levantamento de Estudos de Caso realizado na plataforma da Fundação 
Ellen MacArthur (2020)1, em outras mídias especializadas e em websites de empresas, bem como 
no Longo prazo a partir de artigos científicos identificados na base Scopus. Para essa etapa, 
foi utilizada a palavra-chave“circular economy” no campo “título-resumo-palavra-chave”, no 
período de 2009 a 2019, e selecionados os 100 primeiros artigos mais recentes.
3 Resultados e Discussão
A seguir, serão apresentados os resultados encontrados a partir das análises Prospectivas dos 
artigos científicos e do conteúdo de mídias especializadas consultados, bem como as análises 
estratégias Pós-Prospectivas resultantes da relação entre as taxonomias e os players responsáveis 
pelas respectivas iniciativas no modelo de Economia Circular.
3.1 Etapa Prospectiva
A partir da análise dos documentos selecionados, conforme descrito na metodologia, 
pode-se extrair algumas informações nos níveis Macro, Meso e Micro.
No nível Macro, pode-se observar que as empresas compõem a maioria de tipo de ator 
entre as publicações de mídias especializadas e os estudos de caso analisados neste trabalho e 
são em grande parte da Holanda e da China. Todos os artigos identificados foram publicados 
em 2019, a maioria por Universidades, destacando-se a University of L’Aquila, Brunel Univer-
sity London e Maastricht University, correspondente aos países Itália, Reino Unido e Holanda.
Para os níveis Meso e Micro, foi possível extrair as seguintes taxonomias/drivers a partir 
dos documentos analisados: 
a) Matéria-prima: quando o foco do artigo ou do caso estudado consiste na utilização de 
um insumo ou matéria-prima, por exemplo, biomassa, resíduos (agrícolas, de processo, 
plástico), entre outros, para alcançar a economia circular. 
b) Processo: quando o artigo ou o caso estudado pretende alcançar a economia circular com 
foco em um processo, podendo ser por meio químico, da cogeração de energia, design 
circular, reuso, remanufatura, reciclagem, entre outros.
1 Disponível em: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/case-studies. Acesso em: 28 set. 2020.
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c) Produto: quando algum produto é obtido no caso estudado ou no artigo com ênfase 
em economia circular, por exemplo, biocombustíveis, bioenergia, biomateriais, materiais 
reciclados/recicláveis, entre outros.
d) Modelo de Negócio: quando o artigo ou o caso estudado tem como foco a utilização ou 
desenvolvimento de um modelo de negócio circular, como a Agricultura Regenerativa, a 
Logística Reversa, a Simbiose Industrial, entre outros.
e) Setores impactados: quando as ações identificadas no artigo ou o caso estudado impac-
tam um ou mais setores industriais conforme a matéria-prima, o processo e/ou produto 
utilizado ou ainda pelo próprio perfil de atuação do player.
Na perspectiva Meso, de maneira geral, as taxonomias Processo e Setores Impactados se 
destacaram tanto na análise de mídias especializadas e estudos de caso quanto em artigos, 
neste trabalho.
Na perspectiva Micro, observou-se que os processos identificados que mais têm sido aplicados 
com ênfase em economia circular tratam do Design Circular e da Reciclagem, impactando, princi-
palmente, os setores Petroquímico e Têxtil na análise de mídias especializadas e estudos de caso. 
Esses processos também se destacam nos artigos, incluindo os processos químicos, cujos setores 
mais impactados foram o Petroquímico, a Energia, os Transformados Plásticos e o Químico. Tais 
resultados estão em consonância ao esperado nas ações imediatas que vêm sendo realizadas pelos 
atores, uma vez que transformam a cadeia produtiva desde o projeto de um produto ou processo 
com o Design Circular e retornam seus respectivos componentes com a Reciclagem no final dela. 
A Figura 3 apresenta uma esquematização das taxonomias mencionadas, correspondentes 
ao nível Meso (caixas brancas) e suas respectivas Micro (caixas verdes). Vale mencionar que um 
mesmo documento pode ser categorizado em mais de uma taxonomia. 
Figura 3 – Diagrama de Taxonomias do Roadmap Tecnológico e de Negócios da Economia Circular
Fonte: Elaborada pelas autoras deste artigo com base nos dados da tese de doutorado em andamento
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Elaboração de Roadmap Tecnológico e de Modelo de Negócios de Economia Circular
3.2 Etapa Pós-Prospectiva – Elaboração do Roadmap Tecnológico e de 
Negócios da Economia Circular
A partir das taxonomias e das informações recolhidas nos documentos de mídias especiali-
zadas, estudos de caso e artigos, pode-se elaborar o Roadmap Tecnológico, que se encontra em 
fase de desenvolvimento. Os players identificados nas análises anteriores foram posicionados 
de acordo com o estágio temporal analisado para este trabalho (Estágio atual e Longo prazo) 
e relacionados às suas respectivas taxonomias. Cada logomarca é referente a um player espe-
cífico, que pode ter publicado o documento de maneira individual ou em conjunto com outros 
players, formando um cluster de parceria. Nesse caso, as logomarcas parceiras estão envolvidas 
por um retângulo pontilhado preto e identificadas acima por “Parceria”.
Foram também identificadas similaridades de tendências tecnológicas entre diferentes 
players, gerando a formação de clusters de mesmo foco dadas as taxonomias identificadas serem 
as mesmas. Nesse caso, as logomarcas estão envolvidas por um retângulo pontilhado cinza e 
identificadas acima por “Mesmo Foco”. 
A Figura 4 apresenta um recorte do Estágio Atual do Roadmap Tecnológico, representando 
as ações que estão sendo aplicadas no tempo presente. Adicionalmente, os setores correspon-
dentes ao perfil de atuação de cada player estão representados por variadas cores, cuja legenda 
se encontra abaixo da figura.
Figura 4 – Recorte do Roadmap Tecnológico e de Negócios de Economia Circular: Estágio Atual
Fonte: Elaborada pelas autoras deste artigo com base nos dados da tese de doutorado em andamento
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Pode-se observar a presença de empresas de setores variados e de multinacionais, como a 
Renault Group (Automobilístico), a Orsted e a Equinor (Energia), a Novo Nordisk e a Novozymes 
(Farmacêutico), entre outras. A Renault Group, por exemplo, empresa francesa especializada na 
Fabricação e montagem de automóveis, criou uma plataforma experimental para a “Reciclagem” 
de veículos em fim de vida (ELV), denominada CAR REcycling 95% (ICARRE 95), apoiada pelo 
EU LIFE Program2 (ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, 2020). A iniciativa busca reutilizar 
matérias-primas, como aço, cobre, têxteis e plásticos, remetendo aos “Resíduos plásticos” e 
“Outros” (resíduos metálicos e têxteis), fazendo a “Logística Reversa” desses materiais para a 
fabricação de novas peças (“Design Circular”), mantendo-os o máximo possível na indústria 
automobilística local. Com isso, o retorno desses componentes para as cadeias produtivas pode 
impactar os setores “Petroquímico”, “Transformados plásticos”, “Têxtil” e “Outros” (Metalúrgico).
Vale destacar também a empresa holandesa Niaga, uma joint venture entre dois empreen-
dedores e a multinacional holandesa DSM, que desenvolveu um adesivo que torna as camadas 
de um material mais facilmente separáveis, facilitando a reciclagem, em que materiais separa-
dos podem ser alimentados em um próximo ciclo de fabricação3. Em parceria com a empresa 
norte-americana Mohawk, especializada na fabricação de Materiais de Construção, passou a 
oferecer a tecnologia Air.O para a fabricação de carpete totalmente reciclável, em que materiais 
podem ser recuperados após o uso e transformados em novos carpetes ou outros materiais3. 
Desse modo, apresentam o mesmo foco em “Design Circular”, produzindo “Materiais recicláveis” 
e impactando os setores de “Construção civil e “Têxtil”. 
A Niaga também realizou parceria com a empresa holandesa Auping para a fabricação de 
colchões modular e totalmente reciclável, utilizando a mesma tecnologia3. A Auping oferece o 
modelo “Produto como Serviço” doscolchões por meio de uma opção de venda e locação, que 
inclui um contrato de manutenção. Os consumidores pagam uma taxa fixa por mês enquanto 
é utilizado e a empresa leva o colchão de volta para a sua “Reciclagem” no final da vida útil. 
Desse modo, poderá impactar os setores “Têxtil” e de “Serviços”.
Já a empresa indiana Teemil desenvolveu um processo circular de produção que transforma 
camisetas antigas em novas, utilizando uma plataforma Open Source3 (“Economia Colaborativa”) 
(ELLEN MACARTHUR FOUNDATION, 2020). A produção, que utiliza práticas da “Agricultura 
Regenerativa”, é feita sob demanda, o algodão utilizado nas camisetas é colhido de sua produ-
ção orgânica, cujos resíduos de sementes são transformados em óleo vegetal e ração animal, a 
água é tratada e recirculada nas fábricas para consumo e utiliza energia renovável em algumas 
plantas. Por meio do “Design Circular”, as camisetas são desenhadas para serem enviadas de 
volta e “Remanufaturadas” quando desgastadas. Além disso, a digitalização de um código QR 
na etiqueta permite ao consumidor realizar a “Logística Reversa” da peça e ganhar créditos 
na próxima compra. Tais práticas podem vir a impactar de certo modo os setores “Agrícola”, 
“Petroquímico”, de “Energia” e “Têxtil”.
Representando o Brasil, pode-se citar a Native, que faz parte da Balbo Group, especializada 
na produção de cana-de-açúcar e seus derivados (álcool vegetal orgânico, açúcar e outros pro-
dutos orgânicos) (NATIVE ALIMENTOS, 2020)4. Por meio da aplicação do modelo “Agricultura 
Regenerativa” em sua usina, implementa o uso de “Resíduos de agrícolas e de processo”, por 
2 Disponível em: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/case-studies. Acesso em: 28 set. 2020.
3 Disponível em: https://www.ellenmacarthurfoundation.org/case-studies. Acesso em: 28 set. 2020.
4 Disponível em: https://www.nativealimentos.com.br/. Acesso em: 28 set. 2020.
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Elaboração de Roadmap Tecnológico e de Modelo de Negócios de Economia Circular
exemplo, a torta de filtro gerada na produção da cana como biofertilizante (“Biomateriais”) e 
o bagaço na produção de “Bioenergia” pela “cogeração de energia”, remetendo também ao 
modelo “Waste-to-Energy”3. Além disso, substituiu pesticidas sintéticos por controle biológico 
(“Outros processos”) e outro “biomaterial” gerado é o polihidroxibutirato (PHB), um tipo de 
um bioplástico, a partir do açúcar da cana. Nesse sentido, os setores mais impactados podem 
ser o “Agrícola”, “Petroquímico”, de “Energia” e de “Transformados plásticos”.
A Figura 5 apresenta um recorte do Longo prazo do Roadmap Tecnológico, representando 
as pesquisas científicas que estão sendo desenvolvidas com foco na economia circular, mas com 
grande potencial de aplicação futura. 
Figura 5 – Recorte do Roadmap Tecnológico e de Negócios de Economia Circular: Longo Prazo
Fonte: Elaborada pelas autoras deste artigo com base nos dados da tese de doutorado em andamento
Pode-se observar a presença maciça de universidades de variados países, dada a análise de 
artigos científicos, bem como de clusters de parcerias e de mesmo foco. Vale destacar a parceria 
entre as universidades University of Bologna (Itália), Hamburg University of Applied Sciences 
(Alemanha) e Manchester Metropolitan University (Reino Unido) com o centro de pesquisa ale-
mão, Geospatial Analysis and Modelling Research Group (GAMR). O documento investiga as 
inovações em modelos de negócio que podem ser aplicadas para obter conversão de plásticos 
em nova matéria-prima a partir de uma amostra de empresas na região de Emilia Romagna 
(Itália) (PALETTA et al., 2019). Já a parceria entre as universidades, Qatar University (Qatar) 
e Brunel University London (Reino Unido), examinou a reciclagem de resíduos de plástico 
pós-consumo sob a ótica do design, da produção, da coleta e da classificação (HAHLADAKIS; 
IACOVIDOU, 2019). Tais clusters de parceria formam um outro cluster de mesmo foco com a 
Maastricht University, que buscou entender barreiras para a reciclagem de resíduos da impressão 
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3D doméstica que poderia ser feita por parte do fabricante (PEETERS; KIRATLI; SEMEIJN, 
2019). Desse modo, pode-se apontar que esse grande grupo está atuando com pesquisas para 
a “Reciclagem” de “Resíduos plásticos”, impactando, por isso, os setores “Petroquímico” e de 
“Transformados Plásticos”.
Já as universidades University of de Miskolc (Hungria) e Wageningen University & Research 
(Holanda) formam um cluster de mesmo foco. A pesquisa da universidade húngara avaliou um 
processo termodinâmico de Captura e Utilização de Carbono (UCC) a fim de obter metano e 
metanol a partir de dióxido de carbono em escala industrial de modo mais eficiente (HADJADJ 
et al., 2019). A universidade holandesa pesquisou o uso de células de combustível microbianas 
(MFCs) para tratamento de águas residuais, podendo produzir eletricidade pela remoção de 
matéria orgânica (CAIZÁN-JUANARENA et al., 2019). Desse modo, ambos os estudos têm 
como foco a utilização de “Resíduos de processo” para produzir “Bioenergia” por meio de um 
processo “Químico”, remetendo ao modelo de negócio “Waste-to-Energy”. Essas ações podem 
vir a impactar os setores de “Energia” e “Químico”.
Pode-se citar também a pesquisa da Universidade de Lisboa (Portugal), com foco no de-
senvolvimento de um sistema integrado de pirólise térmica/catalítica (“Processo Químico”), 
utilizando polietileno de alta densidade (HDPE) (“resíduos plásticos”) para produzir hidrocar-
bonetos gasosos e serem usados como matéria-prima petroquímica (“materiais reciclados”) ou 
combustível (“Bioenergia”), remetendo ao modelo de negócio (“Waste-to-Energy”) (SANTOS 
et al., 2019). Tais ações podem vir a impactar os setores “Petroquímico”, de “Energia”, “Trans-
formados Plásticos” e “Químico”.
A partir da análise estratégica do Roadmap Tecnológico e de Negócios em uma perspec-
tiva de Estágio atual e de Longo prazo, pode-se observar diversas tendências tecnológicas e 
mercadológicas. Apesar de o mapa estar em fase de desenvolvimento, vale destacar as ações 
no Estágio atual em Design Circular e Reciclagem, bem como os modelos de negócios Logísti-
ca Reversa e Produto como Serviço, impactando, principalmente, os setores Petroquímico, de 
Energia e Têxtil. No Longo prazo, é possível observar tendências semelhantes com foco também 
no desenvolvimento de Processos Químicos, uma vez que a poluição dos plásticos ainda é uma 
questão pendente para o desenvolvimento sustentável, impactando o setor Químico.
4 Considerações Finais
Diante do exposto, pode-se inferir que a Economia Circular apresenta um grande poten-
cial de alavancar as agendas globais já firmadas para o desenvolvimento sustentável, como a 
redução do aquecimento global causado pelas emissões de gases estufa e a difusão das ener-
gias renováveis. Por se tratar de um modelo de produção e serviços, que visa ao redesenho 
de processos e produtos desde a sua concepção, a Economia Circular se apresenta como um 
modelo de necessárias mudanças disruptivas entre as esferas de poder e na sociedade, a fim de 
se atingir a mitigação de externalidades negativas e o uso eficiente dos recursos.
O “modus operandi” da Economia Circular também traz consigo o desenvolvimento de 
novos modelos de negócio que estão sendo vistos de diferentes formas na literatura. Os modelos 
apresentados neste trabalho têm englobado grande parte dos documentos analisados e podem 
direcionar a forma como as empresas irão garantir a circularidade nos seus negócios.
821Cadernos de Prospecção – Salvador, v. 14, n. 3, p. 810-823, setembro, 2021
Elaboração de Roadmap Tecnológico e de Modelo de Negócios de Economia Circular
Nesse sentido, o Roadmap Tecnológico, que trata de uma metodologia de suma importância 
para o planejamento estratégico,tem se mostrado fundamental para o estudo tecnológico e de 
tendências da Economia Circular e seus modelos de negócios em andamento. Os resultados 
aqui apresentados indicam principais ações em Design Circular e Reciclagem, com os modelos 
de negócios Logística Reversa e Produto como Serviço, e impactando, principalmente, os setores 
Petroquímico, de Energia e Têxtil, tanto no Estágio atual quanto no Longo prazo. Neste último, 
pode-se observar ainda tendências no desenvolvimento de Processos Químicos, impactando o 
setor Químico. O aprofundamento deste trabalho poderá auxiliar os tomadores de decisão para 
futuros investimentos, parcerias, concorrentes e aplicações relacionados a esse modelo circular.
Vale ressaltar que a Economia Circular não trata somente da reciclagem, o redesign de 
produtos desde a etapa de seu projeto é fundamental para que a transformação do modelo 
linear para o modelo circular de fato ocorra. Tanto os materiais renováveis quanto os manu-
faturados devem retornar à biosfera ou ao seu ciclo produtivo, agregando valor e utilidade à 
cadeia produtiva.
5 Perspectivas Futuras
Dada a construção do Roadmap Tecnológico e de Negócios da Economia Circular estar em 
fase de andamento, as próximas etapas devem ser continuar prospectando os setores descritos 
neste trabalho, além de pesquisar ações em economia circular nos documentos de patentes 
(concedidas e depositadas), a fim de alimentar as perspectivas de Curto e Médio prazo e com-
pletar o Roadmap Tecnológico.
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Sobre as Autoras
Aline Souza Tavares
E-mail: alinetavares@eq.ufrj.br
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-7373-4000
Mestre em Engenharia de Processos Químicos e Bioquímicos na área de Gestão e Inovação Tecnológica pela 
UFRJ em 2018.
Endereço profissional: Av. Athos da Silveira Ramos, n. 149, Escola de Química, Bloco E, Sala E-204, Ilha do 
Fundão, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 21949-900.
Suzana Borschiver
E-mail: suzana@eq.ufrj.br
ORCID: http://orcid.org/0000-0002-9551-7795
Pós-Doutora na área de Gestão e Inovação Tecnológica. Professora Titular na área de Gestão e Inovação 
Tecnológica pela UFRJ em 2019.
Endereço profissional: Av. Athos da Silveira Ramos, n. 149, Escola de Química, Bloco E, Sala E-204, Ilha do 
Fundão, Rio de Janeiro, RJ. CEP: 21949-900.

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