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@destinodonto Aspectos Anatômicos de Interesse em Endodontia: - A câmara pulpar geralmente acompanha o formato da coroa do dente. Mas a morfologia pulpar pode se alterar, como resposta às agressões sofridas. - A polpa é maior nos indivíduos jovens, que nos idosos. - Os canais tem forma irregular na quase totalidade dos casos. - A Câmara Pulpar abriga a polpa coronária, e o Canal Radicular abriga a polpa radicular. - A Câmara Pulpar possui teto, parede vestibular, parede lingual, parede mesial e parede distal. O assoalho só esta presente nos dentes com mais de uma raiz. A: Assoalho C: Cornos Pulpares T: Teto P: Paredes Laterais 1 @destinodonto Resumo Endodontia ->Ramificações radiculares são frequentes no terço apical, comuns no terço médio e raras no terço cervical. ->Canal Principal: Está presente no eixo longitudinal do dente. Segue do teto da câmara coronária ao forame apical. ->Canal Colateral: É paralelo ao canal principal, pode ou não alcançar isoladamente o forame apical. Possui menor volume que o canal principal. Se comunica com o canal principal. - É bem comum no IC inferior e no PM inferior. ->Canal Lateral (Adventício): Presente no terço cervical e começo do terço médio. Caminha em direção ao ligamento periodontal. ->Canal Secundário: Presente no terço apical, sai do canal principal e caminha em direção ao ligamento periodontal. ->Canal Acessório: Sai do canal secundário e caminha em direção ao ligamento periodontal. ->Intercanal (Interconduto): Liga o canal principal ao canal colateral. ->Canal Recorrente: Parte do canal principal, percorre um pequeno trecho e retorna ao canal principal. Não chega isoladamente a região apical. ->Canal Reticular: É o entrelaçamento de 3 ou mais canais que caminham paralelamente, a partir de ramificações do intercanal. ->Delta Apical: São as várias derivações que partem do canal principal na região apical e, originam forames múltiplos. - Embora os túbulos dentinários só possam ser vistos microscópicamente, várias bactérias podem se alojar nele. - No tratamento endodontico, nós só limpamos mecanicamente o canal principal. Os demais canais são limpos por difusão das substâncias utilizadas. - Para haver sucesso endodontico o canal deve ser limpo, desinfetado e preenchido corretamente (obturado). 2 Dicas Para a Clínica Elementos de Diagnóstico: Conjunto de testes e procedimentos realizados afim de chegar ao diagnóstico correto. (Tanto das alterações da polpa como das alterações do periápice). Sequência para Diagnóstico em Endodontia: Características Clinicas da Dor: 3 Anamnese Exame Clínico Teste de Sensibilidade Pulpar Exames Por Imagem Frequência Intermitente Contínua Origem Localizada Difusa Condição do Aparecimento Provocada Espontânea Duração Curta : Após a remoção do agente causador, a dor passa. Longa: Após a remoção do agente causador, a dor lentamente vai desaparecendo. Fatores Atenuantes Frio Quente Anamnese Qualidade da Sensação Dolorosa: - Leve: Pouco doloroso. - Moderada: Dor Suportável. - Severa: Dura semanas ou meses. - Aguda: Surge repentinamente e tem duração limitada. - Pulsátil: latejante. - Lancinante: Pontadas, picadas, fisgadas internas. Extra-oral: - Inspeção: Assimetrias Faciais. (Deve ser feita com o paciente devidamente posicionado e iluminação adequada) - Palpação: Tem por finalidade detectar e analisar as regiões que denotem aumento de volume, alteração na consistência, limites marginais da tumefação, grau de fixação ou mobilidade e sensibilidade. 4 Intra-oral: Exame Clínico - Inspeção: Avaliar dentes e tecidos moles (Edemas,Fístulas,Áreas Avermelhadas). - Palpação: Palpar a região apical exercendo uma leve pressão para avaliar a sensibilidade dos dentes e edemas. - Percussão Vertical: O teste de percussão vertical é aquele em que com um dedo ou instrumento clínico iremos exercer uma leve pressão no sentido paralelo ao longo eixo do dente. -> se o resultado for positivo é porque sugere um processo inflamatório periapical. - Percussão Horizontal: O teste de percurssão horizontal é aquele em que com o dedo ou instrumento clínico iremos exercer uma leve pressão no sentido perpendicular ao longo eixo do dente. -> se o resultado for positivo é porque sugere um processo inflamatório no periodonto da região. 5 Também conhecido como Testes de Vitalidade Pulpar, tem como objetivo estimular as fibras nervosas da polpa. Att: - Os testes térmicos possuem potencial para agravar a situação de uma polpa inflamada! - O teste Elétrico não permite informações sobre o suprimento sanguíneo pulpar, fator que determina a vitalidade pulpar! - Uma resposta Positiva aos teste térmicos nem sempre comprovará uma alteração patológica pulpar! 6 • Frio • CalorTérmicos • Abertura Coronária e Remoção do Tecido Cariado Sem Anéstesia.Cavidade • Corrente Elétrica - Uso de um aparelho específico.Elétrico • Teste para saber se a dor é difusa ou localizada, caso a dor passe, o dente anestesiado é o dente origem da dor.Anestesia Testes de Sensibilidade Pulpar Dente Origem da Dor. Dente que Reflete a Dor. - O Profissional Deve ter muita atenção antes de realizar qualquer procedimento clínico, pois o paciente durante a anamnese e exames pode relatar que a dor vem do dente sinálgico, porém ele só reflete a dor que é de origem de outro dente (Dente Algógeno), essa devida atenção previne uma intervenção incorreta! Radiografia Periapical : Nesse exame iremos avaliar não só a presença de cáries ou qualquer alteração na câmara pulpar desse dente, como devemos avaliar a porção radicular e por fim a porção periapical. [Avaliando a presença de áreas radiolúcidas ou radiopacas que podem sugerir alterações na região do periápice]. Tomografia Computadorizada. 7 Dor Reflexa Dente Algógeno Dente Sinálgico Exames Por Imagem Teoria Hemodinâmica - Essa teoria explica porque as raízes dentais geralmente são curvadas para a distal e, os forames apicais ao invés de serem centralizados também são voltados para a distal. - Isso ocorre devido a vascularização. Ou seja, o dente se forma inclinando-se em busca de nutrição. -> Inclinação dos Dentes na Arcada: 1- Curva De Spee: -Percebemos a curva de Spee ao analisarmos o paciente lateralmente. -Ela forma uma pequena concavidade no sentido Antero- posterior dos dentes. 2- Curva de Wilson: - É observada olhando os dentes pela frente. - É uma curva médio-lateral que contata os pontos das cúspides vestibulares e linguais do molares, em cada lado do arco. - Essa curva resulta das diferentes inclinações axias dos dentes posteriores. - Assim, é normal os molares inf. Serem voltados para a lingual, e os sup. Serem voltados para a bochecha. - Já os incisivos (tantos os superiores quanto os inferiores) são inclinados para a vestibular. -Ou seja, cada dente possui uma inclinação específica. Através de diversos estudos, foi definida uma média de inclinação para cada dente. Porém, cada caso deve ser analisado com o auxilio deraio-x, pois a inclinação pode não consentir com a média pré-estabelecida. ->Limitação Radiográfica: -Através do raio-x eu consigo ver as inclinações que o dente faz no sentido disto-mesial. -Porém, as inclinações no sentido vestíbulo-lingual não são visíveis radiograficamente. 8 Incisivo Central Superior - Possui câmara pulpar ampla. - Dente fácil de tratar. - O canal radicular é reto e amplo (sendo ligeiramente pontiagudo na direção do ápice). -> Comprimento Médio: 21,8mm. -> Número de Raízes: 1 (100%). -> Número de Canais : 1 (100%). ->Disposição da Raíz: Reta: 75% Vestibular: 9,3% Distal: 7,8% Mesial: 4,3% -> Irrupção: Entre 6 e 7 anos. ->Rizogênese Completa: 10 anos (geralmente a rizogênese completa ocorre 3 anos após a irrupção). - A abertura do ICS é feita por palatina. - Porém, para encontrarmos o canal radicular forma-se um ângulo entre o trajeto da coroa e o trajeto da raiz. - Esse ângulo (em vermelho na imagem) recebe o nome de Ombro Palatino, e deve ser quebrado. - Quando abrimos um canino, também ocorre a formação do ombro palatino. - Mas atenção, o ombro palatino não é uma estrutura anatômica. É apenas uma angulação formada durante a abertura endodontica de incisivos e caninos. -> Forma da raiz: Forma conicopiramidal. Secção triangular e no terço apical mais circular. -> Câmara pulpar: Estreita no sentido vestibulolingual e larga em sentido mesiodistal. -> Canal radicular: Tem a forma cônica e o canal é mais largo no sentido vestíbulolingual do que no sentido mesiodistal. 9 Incisivo Lateral Superior - É comum encontrarmos malformações neste dente: sulco, invaginações, dens-in-dente e fusão. - É similar ao ICS, porém é menor. - Seu canal radicular é mais oval. ->Comprimento Médio: 23,1 mm. -> Número de Raízes: 1 (100%). -> Número de Canais: 1 (97%) / 2 (3%) . -> Disposição da Raíz: Distal: 49,2% Reta: 29,7% Palatina: 3,9% Obs: O percentual que sobra (17,2%) pode ser de qualquer formato! -> Irrupção: 8 e 9 anos. ->Rizogênese Completa: 11 anos. ->Forma da raiz: Forma conicopiramidal. É delgada e achatada no sentido mesiodistal com um sulco discreto. Normalmente, a porção apical é curva em sentido distal e, muitas vezes, em sentido distolingual. Secção oval e achatada no sentido mesiodistal. ->Câmara pulpar: É menor que do ICS devido ao menor tamanho mesiodistal, mas acompanha a forma da coroa. ->Canal radicular: O diâmetro vestíbulo lingual é maior que o diâmetro mesiodistal. 10 Canino Superior - É um dente maior. - Seu canal é mais achatado no sentido vestíbulo-lingual. - O canino possui áreas de embolsamento (barrigas) na parede palatina. ->Comprimento Médio: 26,4mm . -> Número de Raízes: 1 (100%) . -> Número de Canais: 1 (100%) . -> Disposição da Raíz: Reta: 38,5% Distal: 31,5% Vestibular: 12,8% ( a curvatura para vestibular é chata). -> Irrupção: Entre 11 e 12 anos. ->Rizogênese Completa: Entre 13 e 15 anos. ->Forma da raiz: Forma conicopiramidal com bordo vestibular mais arredondado e largo que o bordo lingual e normalmente se curva em sentido vestibulodistal. Tem secção triangular. ->Câmara pulpar: Apresenta o máximo de largura no colo com diâmetro maior no sentido vestíbulolingual, principalmente na união com o canal radicular. Em direção coronal, ela se afila. ->Canal radicular: É amplo e acessível, de secção oval. Possui a dimensão vestibulolingual mais larga que a mesiodistal. 11 Primeiro Pré-Molar Superior -> Comprimento Médio: 21,5 mm -> Número de Raízes: 1 (35,5%) 2 Diferenciadas (42%) 2 Fusionadas (19%) Obs: A chance de ele ter 3 raízes é bem pequena. Quando as raízes são fusionadas, elas estão unidas por cemento. Então para o tratamento endodontico é como se fosse uma raiz só! (em 54,5% tenho 1 raíz). -> Número de Canais: 2 (84,2%) 1 (8,3%) 3 (7,5%) Obs: Ter um canal apenas, é uma exceção. Sempre devo procurar o segundo canal! -> Disposição da Raiz: Raiz Palatina: Reta: 44,4% Vest.: 27,8% Distal: 14% Raiz Vestibular: Lingual: 36,2% Reta: 27,8% Distal: 14% Vest.: 14% -> Irrupção: 10 à 11 anos. -> Rizogênese Completa: 12 à 13 anos. ->Forma das raízes: As duas raízes tem forma conicopiramidal (vestibular mais piramidal e a lingual mais cônica). A raiz vestibular apresenta secção oval, achatada no sentido vestíbulolingual e é maior que a raiz lingual. A raiz lingual tem secção mais circular. ->Câmara pulpar: Estreita no sentido mesiodistal e larga no sentido vestibulolingual. Apresenta forma cubóide. Às vezes apresenta uma única entrada em comum para os dois canais. ->Canal radicular: Normalmente são 2 canais bem diferenciados (69,4%), mas podem se unir ao nível do terço médio da raiz com 1 forame (6,5%), se uniam ao nível do terço médio e se bifurcavam no terço apical com 2 forames (5,5%) ou os dois canais se uniam ao nível do terço apical (2,8%). 12 Segundo Pré-Molar Superior ->Comprimento Médio: 21,6mm ->Número de Raízes: 1 (94,6%) 2 fusionadas (5,4%) ->Número de Canais: 1 (53,7%) 2 (46,3%) ->Disposição da Raíz: Reta: 37,4% Distal: 33,9% Vestibular: 15,7% Baioneta: 13% ->Irrupção: 10 à 12 anos ->Rizogênese Completa: 12 à 14 anos. ->Forma das raízes: A raiz é maior no sentido vestibulolingal. Inclina-se no sentido distal, podendo também inclinar-se em sentido distovestibular. ->Câmara pulpar: Possui maior diâmetro vestíbulo lingual e acompanha a forma da coroa. ->Canal radicular: Quando o canal radicular é único é bem achatado no sentido mesiodistal e larga no sentido vestibulolingual. 13 Primeiro Molar Superior ->Comprimento: 21,3mm ->Número de Raízes: 3 Diferenciadas (95%) -> (1 palatina, 1 disto-vestibular e 1 mésio-vestibular) 3 Fusionadas (5%) ->Número de Canais: 4 (70%) -> O quarto canal é bem pequeno e difícil de tratar. 3 (30%). ->Disposição da Raíz: Raíz Palatina Raíz Mesio-Vestibular Raíz Disto-Vestibular Reta 40% 21% 54% Distal 1,1% 78% 17% Mesial 3,2% -------------------------- 19% Vestibular 55% -------------------------- --------------------------- Baioneta --------------------------- 1% 10% - O canal Palatino é o mais amplo. Sua curva vestibular não é vista na radiografia, mais é bem comum (55% dos casos). -O 4º Canal encontra-se na região mesio-palatina da raiz mesio-vestibular. -Em 37% dos casos o quarto canal termina em forames distintos. Em 33% acaba em um forame único. ->Irrupção: entre 6 à 7 anos. ->Rizogênese Completa: entre 9 e 10 anos. 14 ->Forma das raízes: A raiz mesiovestibular é de maior diâmetro no sentido vestibulolingual do que a raiz distovestibular e é menor no sentido mesiodistal. A raiz se apresenta, normalmente, para o sentido distovestibular; A raiz distovestibular apresenta dimensões menores que a da raiz mesiovestibular e apresenta a raiz inclinada em sentido distovestibular; A raiz lingual é a maior e mais volumosa das três. A raiz apresenta inclinação no sentido distovestibular. ->Câmarapulpar: É ampla com a forma da coroa. Apresenta 4 divertículos devido suas 4 cúspides e às vezes pode apresentar 5 quando o tubérculo de Carabelli é bem pronunciado. Sua dimensão vestibulolingual é mais larga que a mesiodistal. No acesso ao dente, a raiz lingual é a mais fácil de se achar. À altura do terço cervical visualiza-se que o canal lingual é ligeiramente oval ou circular, o mesial muito achatado e o distal ligeiramente achatado ou circular. ->Canal radicular: A raiz mesiovestibular normalmente apresenta 2 canais estreitos e pouco acessíveis que se unem perto do ápice ou não; Um mais para vestibular e outro para a lingual. A raiz distovestibular apresenta só 1 canal de difícil acesso tendo forma de fenda. E a raiz lingual, com 1 canal também é amplo e de fácil acesso, quase sempre circular ou oval. 15 Segundo Molar Superior - Anatomicamente é uma simplificação do 1ºM superior. -Sua raiz é mais reta e possui menos canais. ->Comprimento Médio: Raiz Palatina 21mm – Demais raízes 19mm. ->Número de Raízes: 3 Distintas (55%) 3 Fusionadas (45%) . -> Número de Canais: 3 (50%) 4 (50%). -> Disposição da Raíz: Raíz Palatina Raíz Mésio-Vestibular Raíz Disto-Vestibular Reta 63% 22% 54% Distal --------------------------- 54% --------------------------- Mesial --------------------------- --------------------------- 17% Vestibular 37% --------------------------- --------------------------- Baioneta --------------------------- --------------------------- 9% ->Irrupção: 12 e 13 anos. ->Rizogênese Completa: Entre 14 e 16 anos. ->Terço apical: Forma elíptica ou circular para todos canais. ->Terço médio: Forma elíptica, alongada de vestibular para palatino e Ovalar ou circular para o DV e Palatino. ->Terço cervical: MV - Forma de vírgula para 1 canal e "oitoide" para 2 canais DV - Ovalar ou circular P - Ovalar ou circular 16 Incisivo Central Inferior ->Comprimento Médio: 21 mm ->Número de Raízes: 1 (100%) ->Número de Canais : 1 (73%) 2 (27%) ->Disposição da Raíz: Reta: 67% Vestibular: 18,8% Distal: 12,5% Baioneta: 2%. ->Irrupção: Entre 6 e 7 anos. ->Rizogênese Completa: 9 anos. ->Terço cervical, médio e apical: forma elipsóide com achatamento proximal. ->Número e forma radicular: raiz única, forma elipsóide com achatamento proximal, podendo determinar a presença de dois canais: vestibular e lingual. Incisivo Lateral Inferior ->Comprimento Médio: 21 mm . ->Número de Raízes: 1 (100%) . -> Número de Canais : 1 (84,6%) 2 (15,4%) . ->Disposição da Raíz: Reta: 54% Distal: 33,3% Vestibular: 10,7% Baioneta: 2%. -> Irrupção: Entre 7 e 8 anos. ->Rizogênese Completa: 10 anos. 17 Canino Inferior -> Comprimento Médio: 25 mm -> Número de Raízes: 1 (94%) 2 Fusionadas (6%) -> Número de Canais : 1 (88,2%) 2 (11,8%) ->Disposição da Raíz: Reta: 68,2% Distal: 19,6% Vestibular: 6,8% ->Irrupção: Entre 9 e 10 anos. ->Rizogênese Completa: Entre 12 e 14 anos. ->Terço cervical: Forma ovalada com base para vestibular e achatamento proximal. ->Terço médio: Forma ovalada com base para vestibular e achatamento proximal, porém de menor calibre que o cervical. ->Terço apical: Forma circular. Primeiro Pré-Molar Inferior ->Comprimento Médio: 21 mm ->Número de Raízes: 1 (82%) 2 Fusionadas (18%) ->Número de Canais : 1 (66,6%) 2 (31,3%) 3 (2,1%) ->Disposição da Raíz: Reta: 47,5% Distal: 34,8% Lingual: 7,1% Baioneta: 6,4% -> Irrupção: Entre 10 e 12 anos. ->Rizogênese Completa: Entre 12 e 13 anos. ->Terço cervical: forma ovalada com base para vestibular (ou elíptica, devido achatamento proximal, podendo determinar a bifurcação do conduto e mesmo da raiz). ->Terço médio: forma ovalada, porém de menor calibre que o cervical. ->Terço apical: forma circular. 18 Segundo Pré-Molar Inferior ->Comprimento Médio: 21 mm ->Número de Raízes: 1 (92%) 2 Fusionadas (8%) ->Número de Canais: 1 (89,3%) 2 (10,7%) ->Disposição da Raíz: Reta: 38,5% Distal: 39,8% Vestibular: 10,1% Baioneta: 6,8%. ->Irrupção: Entre 11 e 12 anos. ->Rizogênese Completa: Entre 13 e 14 anos. ->Terço cervical: forma ovalada com base para vestibular (ou elíptica, devido achatam ento proximal, podendo determinar a bifurcação do conduto e mesmo da raiz). ->Terço médio: forma ovalada, porém de menor calibre que o cervical ->Terço apical: forma circular. Primeiro Molar Inferior ->Comprimento Médio: 21 mm. ->Número de Raízes: 2 Diferenciadas (92,2%) 2 Fusionadas (5,3%) 3 Diferenciadas (2,5%) ->Número de Canais: 3 (56%) 4 (36%) 2 (8%) ->Disposição da Raiz: Raiz Mesial: Distal: 84% Reta: 16,5%. Raiz Distal: Reta: 73,5% Distal: 18% Mesial: 8,5%. ->Irrupção: 6 à 7 anos. ->Rizogênese Completa: 9 à 10 anos. ->Terço Cervical: Condutos com forma elíptica e achatamento proximal. ->Terço médio: Condutos com forma discretamente elíptica. ->Terço apical: Condutos em forma circular. 19 Segundo Molar Inferior ->Comprimento Médio: 21 mm ->Número de Raízes: 2 Diferenciadas (68%) 2 Fusionadas (30,5%) 3 (1,5%) -> Número de Canais: 3 (72,5%) 2 (16,2%) 4 (11,3%) ->Disposição da Raiz: Raiz Fusionada: Raiz Mesial: Raiz Distal: Reta: 53,2% Distal: 60,8% Reta: 57,6% Distal: 25,6% Reta: 27,2% Distal: 18,4% Baioneta: 19,1% Baioneta: 8% Mesial: 13,6% ->Irrupção: 11 à 13 anos. ->Rizogênese Completa: 14 à 15 anos. 20 Introdução a Endodontia ->Endodontia: - É a ciência que se dedica à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das alterações inflamatórias dos tecidos pulpares e periapicais. - A polpa é constituída por tecido conjuntivo frouxo especializado. - Dizemos que é um tecido conjuntivo especializado, devido à presença dos odontoblastos dispostos em sua periferia. - Os odontoblastos criam uma relação entre a polpa e a dentina, formando o Complexo Dentino-Pulpar. Assim, eventos que ocorrem na dentina repercutem na polpa, e eventos que ocorrem na polpa repercutem na dentina. ->Pulpite: - É a inflamação da polpa. - Quando a polpa esta no estágio de pulpite ela ainda está viva. -A pulpite pode ou não ser sintomática. - Ela pode ser crônica ou aguda. - Mesmo quando eu tenho apenas uma mancha branca (cariosa) no dente, a polpa já inflama. - Toda a região inflamada é hipersensível, ou seja, seu limiar de ativação é menor. Assim, é esperadoque um dente com a polpa inflamada seja mais sensível aos estímulos do meio. - A polpa pode inflamar tanto, que o processo se torna irreversível. Neste caso, devemos fazer o tratamento endodontico desse dente que receberá o nome de Biopulpectomia. ->Necrose Pulpar: - A necrose pulpar sempre causa a contaminação da cavidade pulpar e da região apical por bactérias. - As bactérias saem pelo forame apical e irritam a região apical. - Com isso, há a infecção que acaba destruindo o osso. Forma-se então um granuloma ou um cisto apical. - Quando fazemos o tratamento endodontico em um dente necrosado, chama-se Necropulpectomia. 21 ->Radiografia Inicial e Diagnóstica: - Após a necrose pulpar, pode formar tanto um cisto quanto um granuloma apical. Mas pela radiografia não consigo saber se é um ou o outro. - Se um determinado dente já passou por um tratamento endodontico, mas mesmo assim um cisto/granuloma persistir, este dente deve ser retratado. - No tratamento endodontico devo abrir o dente, limpar e desinfetar a cavidade pulpar. Ela também deve ser ampliada e preenchida com um material inerte. Esse material serve para eliminar o habitat das bactérias. - Se o dente dói com um estímulo, como por exemplo o frio intenso, é sinal que a polpa ainda esta viva! ->Pus: - O pus pode ser fagocitado pelo organismo ou drenar, formando uma fístula. - A fístula pode ser usada como diagnóstico: deve-se Insirir nela um cone de guta-percha para consiguir encontrar o dente responsável pela inflamação. ->Anestesia: - É feita após o raio-x e obtenção do diagnóstico. - Se o dente apresentar um cisto/granuloma apical eu posso fazer o tratamento endodontico sem anestesia, pois a polpa já necrosou. - Mas é mais interessante usar sempre a anestesia, pois durante o tratamento pode haver o extravasamento de fluidos que geram sensibilidade na região apical. -> Isolamento Absoluto: - Em endodontia, o isolamento absoluto é feito somente no dente que será tratado. - E deve sempre ser feito! 22 Acesso á Cavidade Pulpar - É a fase operatória do tratamento endodontico que permite o acesso ao interior da cavidade pulpar através da remoção do teto da câmara, e a realização de desgastes compensatórios e extensões suplementares que permitam um acesso direto, amplo e sem obstáculos à toda extensão dos canais radiculares. - Ou seja, é a retirada do teto da câmara pulpar. É feito com brocas. - No tratamento endodontico todo o teto da câmara pulpar deve ser retirado. A permanência de restos do teto da câmara pulpar dificulta a localização dos canais radiculares e gera o escurecimento da coroa dental. - Sabemos assim, que um tratamento endodontico só irá escurecer o dente se for mal executado (se restarem restos de polpa). - Devemos ter em mente que a câmara pulpar segue o formato do dente! - Desgastes Compensatórios: É a retirada dos ombros dentinários vindos da dentina secundária, que dificultam o acesso aos canais radiculares. ->Objetivos da Abertura Coronária: 1- Possibilitar um acesso livre e direto a todas as porções da cavidade pulpar, especialmente a todas as paredes dos canais radiculares. 2- Visualização plena da Câmara Pulpar, sem perfurar seu assoalho. 3- Facilitar as etapas seguintes do tratamento. Obs: Quando não conseguimos localizar todos os canais, é porque nossa abertura coronária esta deficiente (não conseguimos remover todo o teto da câmara pulpar). ->Princípios da Abertura Coronária: - Remoção de todo o teto da câmara pulpar, dos divertículos (reentrâncias) que abrigam os cornos pulpares e exposição dos orifícios de entrada dos canais. - Não alterar a anatomia do assoalho da câmara pulpar, pois sua integridade tende a guiar o instrumento até a entrada dos canais (o assoalho da câmara pulpar é convexo, sendo mais baixo nas embocaduras dos canais). Ou seja, o assoalho não deve ser tocado pelas brocas que fazem a abertura coronária! - Conservação da estrutura dentária, prevenindo a fratura e o enfraquecimento do esmalte e dentina remanescentes. - Prover formas de resistência para permanência total do selamento provisório da cavidade de acesso até a colocação da restauração final. 23 ->Etapas da Abertura Coronária: 1- Ponto de Eleição: -É por onde se iniciará a abertura coronária. -O ponto de eleição, deve sempre ser o mais fácil, e que proporcione uma menor trajetória até a câmara pulpar. 2- Direção de Trepanação: (Broca 1014) - Pré-clinica Unime lauro - -Trepanar =Furar . Então trepanação é o rompimento do teto da câmara pulpar. - Ou seja, a trepanação é a abertura da cavidade, fazendo um pequeno orifício der acesso para atingir a câmara pulpar; traz a sensação de “cair no vazio”. -A Trepanação ocorre em direção a parte mais volumosa da câmara pulpar. E está relacionada com o posicionamento e inclinação dos dentes: - Dentes Superiores: Ocluem por fora dos dentes inferiores (são mais inclinados para vestibular) . - Dentes Inferiores: Ocluem por dentro dos superiores (são mais inclinados para lingual). - Quando ocorre a trepanação há a sensação de “Queda no Vazio”. É a sensação de falta de resistência, pois rompemos a dentina que é mais firme e atingimos a polpa que possui apenas tecido mole. -Para não corrermos o risco de passar pela câmara pulpar e perfurar o outro lado do dente, devemos ir aprofundando aos poucos e ir sondando. -Quanto menor a distancia entre o teto e o assoalho da câmara pulpar, menor a sensação de queda no vazio. Portanto, maior deve ser o cuidado!!! - Logo após trepanar “furar o teto da câmara pulpar”, já devo mudar de broca. Pois irá começar a forma de contorno. 3- Forma de Contorno: (Broca ENDO Z) – Pré clínica Unime Lauro - - É a remoção do teto da câmara pulpar. - Ela segue a forma da câmara pulpar. Ou seja, a forma de contorno não é definida pelo CD, mas sim pela própria forma da câmara pulpar. 24 4- Forma de Conveniência: (Broca ENDO Z) – Pré clínica Unime Lauro - - São os desgastes compensatórios (remoção dos ombros dentinários) e ampliação da embocadura dos canais. - Os ombros são dentina secundária que se formam sobre as paredes laterais e a entrada do canal. - A dentina secundária se forma durante toda a vida do paciente. Ela não chega a obliterar a entrada do canal radicular, mais dificulta sua localização. - Por isso, dizemos que a dentina secundária altera o volume da câmara pulpar. - Já a dentina de reação pode obliterar a entrada do canal, e chegar até a fechar toda a câmara pulpar. - Dizemos então, que a dentina reacional altera o volume e a forma da câmara pulpar. - A forma de conveniência serve para melhorar o acesso dos instrumentos a toda extensão do canal. - Se fará a remoção do “ombro palatino” dos dentes anteriores. - Eliminação da convexidade das paredes dos dentes posteriores; essa convexidade é formada pelos “ombros” dentinários. - Saliências que atrapalham o preparo também devem ser removidas. 5- Limpeza da Cavidade: - Eliminar detritos de dentina e restos de tecido pulpar necrótico. - Deve ser feita uma irrigação profusa (abundante), com hipoclorito de sódio (Qboa) entre 0,5 à 5%. Na UFPR usamos a 1%. - O hipoclorito degrada a parte orgânica do tecido e, ajuda a neutralizar as bactérias presentes na câmara pulpar, para que elas não sejam levadas para o canal radicular durante o tratamento. Obs.: Já existem bactérias no canal radicular, mas em menor quantidade que na câmara pulpar. 25 Incisivos - Sua abertura terá a Forma Triangular (Forma de Contorno), com a base voltada para a incisal e o vértice voltado para a lingual. Obs: A disposição correta das paredes na abertura coronária, serve para preservar estrutura e facilitar o acesso aos canais radiculares.->Ponto de Eleição: - Centro da face palatina, 1 à 2mm distante do cíngulo. - O ponto de eleição não deve ser no cíngulo, pois o cíngulo serve para dar resistência e sustentação ao dente, portanto deve ser preservado. ->Direção de Trepanação: -Em direção ao centro do dente na altura do colo anatômico, paralelamente ao longo eixo do dente. Caninos - Os caninos tem um único corno pulpar, que esta no centro de sua cúspide. - Assim, a abertura terá a Forma Losangular (Forma de Contorno). - Parede vestibular convergente para lingual. - As Paredes Lingual, Mesial e Distal ficam paralelas entre si. -> Ponto de Eleição: - No centro da face palatina, 1 à 2mm distante do cíngulo. - O ponto de eleição não deve ser no cíngulo, pois o cíngulo serve para dar resistência e sustentação ao dente, portanto deve ser preservado. ->Direção de Trepanação: -Paralelo ao longo eixo do dente. 26 Pré-Molares - Possuem 2 cornos pulpares. - A abertura coronária terá a forma contorno: oval nos pré-molares superiores e circular nos pré-molares inferiores. - Paredes Mesial e Distal paralelas entre si. - Paredes lingual e vestibular levemente convergentes para oclusal (isso é definido na forma de contorno) ->Ponto de Eleição: -No centro da superfície oclusal (centro do sulco Mésio-Distal) ->Direção de Trepanação: -Reto, paralelo ao longo eixo do dente. *Inferiores: Movimentos no sentido mesiodistal. *Superiores: Movimentos no sentido vestibulolingual. Obs.: Na Pré-clinica de Endo da Unime- Lauro de freitas só trabalhamos até pré-molar, os molares só na clínica de urgências no 9º semestre! 27 Radiografia em Endodontia O tratamento endodôntico é limitado, pois as únicas informações que temos para nos auxiliar em nosso trabalho são: - Estatísticas anatômicas; - Sensibilidade tátil; - Radiografia; -> Por isso, a importância de fazermos boas radiografias! -> Repensando a Radiologia: - É imprescindível que se visualize com perfeição as estruturas relacionadas à Endodontia. - É muito útil tirar o máximo proveito de variações de técnicas clássicas. - É fundamental interpretar corretamente as imagens obtidas. ->Técnicas Clássicas: 1- PERIAPICAL Variação do ângulo Vertical: Técnica de Le Master Variação do ângulo horizontal: Técnica de Clarck -> É a técnica mais utilizada em endodontia, pois permite uma boa visualização do ápice dental. ->Técnica de Le Máster: - É uma radiografia periapical, com variação do ângulo vertical; - Usada em molares superiores; - Na técnica de Le Master diminuímos o ângulo vertical; - Uma imagem radiográfica ideal não deve ser nem alongada, nem encurtada; - Porém, é melhor encurtar do que alongar a imagem. Pois quando a alongamos, perdemos nitidez; - Às vezes encurtamos a imagem de propósito para visualizar melhor o ápice (mas é um encurtamento pequeno, encurtar muito também não é bom); 28 Diminuição do Ângulo Vertical = Imagem Alongada Aumento do Ângulo Vertical = Imagem Encurtada - Como na técnica de Le Master diminuímos o ângulo vertical, a tendência é que a imagem fique alongada; - Para não ocorrer esse alongamento, deixo o objeto e o filme paralelos com um chumaço de algodão; - O objetivo dessa técnica é evitar a projeção do processo zigomático da maxila sobre o ápice do 1 º e principalmente do 2º Molar Superior; - Usando essa técnica o feixe de radiação passará por baixo do processo zigomático da maxila, permitindo a visualização dos ápices dentais. ->Técnica de Clarck: - É uma técnica periapical com variação da angulação horizontal. - Segue o Princípio do Paralaxe: “Quando o observador se desloca para direita ou esquerda, o objeto MAIS PRÓXIMO tende a se deslocar em sentido CONTRÁRIO ao do observador. O objeto que estiver MAIS DISTANTE do observador, irá se deslocar no MESMO sentido do observador. -> Orto-Radial: Convencional. O feixe de radiação fica perpendicular ao objeto que será radiografado; -> Mesio-Radial: Entro com o feixe de radiação de mesial para distal (variação de 10 à 15°); -> Disto-Radial: Entro com o feixe de radiação de distal para mesial (variação de 10 à 15°). Obs.: As angulações mesio-radial e disto-radial fazem a dissociação da imagem. ->Incidência de eleição nos Dentes: - Dentes com 1 canal: Orto-Radial; - Pré-Molares (2 canais): Incidência de eleição é Mesio-Radial, pois nestes dentes o filme fica meio torto. Fazendo uma Disto-radial corre-se o risco de projetar a imagem fora da película; - Pré-Molares (1 canal): Neste caso uso a Orto-radial. 29 2- INTERPROXIMAL (BITE-WING): Utilizada para verificar: - Cárie; - Relação restauração / corno; - Relação teto/assoalho; - Relação assoalho/furca; - Presença de nódulos; - Atresias da câmara pulpar; - Adaptação de restaurações. Obs.: A técnica interproximal, não é utilizada no transoperatório de endodontia. Usamos apenas para diagnóstico e para auxiliar na abertura coronária. Na Endodontia faremos 5 radiografia: 1- Inicial (é feita sem isolamento absoluto, antes de começar o trabalho); 2- Odontometria; 3- Prova de Cone ; 4- Comprovação de Obturação; 5- Final (Sem isolamento absoluto. É uma radiografia de documentação). 30 Fisiologia e Tratamento da dor no Complexo Dentino Pulpar -> Proteção Pulpar: Indireta Direta Procedimentos Restauradores. - Exposições pequenas e Acidentais; - Ausência de Contaminação; - Paciente Jovem. -> Pulpotomia: É a remoção da porção mais afetada do tecido pulpar, geralmente a polpa coronária, preservando a vitalidade da polpa radicular. - Remoção da polpa coronária; - Não é tratamento definitivo; - É feito em Urgências�; - Apicogênese. *Apicogênese: É a Manutenção da polpa radicular para permitir a completa formação radicular. - Refere-se ao procedimento de induzir a formação apical de um dente com polpa viva. As caraterísticas desta terapia são: -> Manter a integridade da bainha de Hertwig, deposição de dentina nas paredes do dente e desenvolvimento radicular normal, anatômico e histológico. -> A indicação da apicigênese é em dente imaturo com formação radicular incompleta e lesão da polpa coronária,mas com polpa radicular sadia. A coroa deve estar preservada e com condições de ser restaurada. -> Biopulpectomia: Pode ser definida como a remoção da polpa vital, normal ou inflamada. Este procedimento microcirúrgico tem sua indicação primordial nos casos de pulpite irreversível ou onde houve fracasso do tratamento conservador. -> Desinfecção do conteúdo necrótico. 31 Tratamento Conservador Tratamento Radical Pulpite Reversível: Na pulpite reversível a polpa está inflamada a tal ponto que os estímulos térmicos, normalmente o frio causam uma resposta rápida, aguda e hipersensível que cessa imediatamente após a remoção do estímulo. Quando não estimulada não há percepção de dor. ->Agente etiológico: - Cárie incipiente; - Raspagem periodontal; - Alisamento radicular; - Restauração sem proteção pulpar e/ou deslocamento de restauração. -> ATT.: - Quando o irritante é removido, ou seja, a polpa é isolada do agente irritante, a condição inflamatória se reverte a um estado não inflamado assintomático. - Por outro lado, se a irritação persiste, a inflamação e os sintomas também persistem e podem se tornar mais intensos e levar a um quadro de pulpite irreversível. -> Tratamento: -> O tratamento da pulpite reversível é do tipo conservador: como a remoção de tecido cariado e a realizaçãode restauração com proteção pulpar. -> Podemos também lançar mão de um curativo de óxido de zinco e eugenol (efeito analgésico e anti-inflamatório), reavaliar após 7 dias e realização da restauração. ->Testes Pulpares: – Frio: Dor rápida, aguda e localizada que cessa após a remoção do estímulo, ou alguns segundos após. – Calor: Dor aguda e imediata podendo causar dor tardia. 32 Pulpite Irreversível: A pulpite irreversível normalmente é uma sequela da pulpite reversível. Danos pulpares severos que vão desde uma remoção extensa de dentina durante procedimentos restauradores até a falta de suprimento sanguíneo a polpa por razão de trauma. - Ainda que a causa seja removida, o processo inflamatório persiste. ->Exame clínico: - Presença de cáries ou restaurações extensas. -> Testes pulpares: - Calor: Positivo, podendo ocorrer exacerbação da dor. - Frio: Geralmente não há resposta, mas nos casos sintomáticos o frio pode causar alívio! Caso se encontre nos estágios iniciais pode presentar resposta positiva. - A pulpite irreversível pode ser aguda, subaguda ou crônica; - Pode ser parcial ou total; - Infectada ou não. * Clinicamente, a inflamação aguda da polpa é sintomática, enquanto a inflamação crônica é usualmente assintomática. HISTOFISIOLOGIA PULPAR ( Att.: P/Provas e Concursos) -> Origem da Polpa Dental: - Tecido Mesenquimal; *Papila dentária -> Componentes da Polpa Dental: - Células; - Matriz Extracelular; - Fibras; - Vasos Sanguíneos; - Vasos linfáticos; - Nervos. 33 -> Componentes Celulares: *Odontoblastos : - Células colunares dispostas em paliçada,localizadas na periferia; - Forma e arranjo variam de acordo com a localização – Atividade metabólica: > Coronária e cervical: cilíndricas altas; > Médio: cilíndricas baixas; > Apical: cúbicas. - Constituição: • Corpo celular; • Prolongamentos celulares (fibrilas de Tomes). - 0,5 – 1,0 mm (BYERS; SAGAYA, 1995). - Altamente diferenciados, especializados na produção de dentina dentina primária, secundária e terciária; - Estímulos fisiológicos; - Estímulos moderados: cárie incipiente de esmalte, cárie de progressão lenta, preparos cavitários rasos. * FIBROBLASTOS: • Células mais numerosas da Polpa; • Células fusiformes ou estreladas, prolongamentos; • Grande quantidade de organelas; • Síntese e secreção de componentes da matriz extracelular e fibras; • Envelhecimento – fibrócito. *CÉLULAS MESENQUIMAIS INDIFERENCIADAS: • Semelhantes aos fibroblastos; • Células de reserva; • Capacidade de diferenciação em odontoblastos,fibroblastos; • Localizadas ao redor dos vasos sanguíneos; • Diminuem com a idade. 34 * CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE: • Linfócitos T, Macrófagos, Células dendríticas (Células apresentadoras de antígenos - APCs). * MATRIZ EXTRACELULAR: • Meio de transporte para nutrição; • Proteoglicanas e água; • Feixes de fibras,fibras nervosas,vasos sanguíneos e elementos celulares. * TRAMA FIBRILAR: • Fibras colágenas: arcabouço do tecido pulpar. - Colágeno tipo I (60%); - Maior concentração próximo ao ápice, dispostas paralelamente; - Pequena quantidade em polpas jovens; - Resposta pulpar inversamente relacionada com sua presença. • Fibras reticulares (von Korff): em torno dos vasos. - Colágeno tipo III. • Fibras elásticas: paredes dos vasos. - Escassas. * VASCULARIZAÇÃO: • Ricamente vascularizada; • Sistema microcirculatório: - Arteríolas, capilares,vênulas; • Tipo terminal – anastomoses; • Fluxo sanguíneo na polpa coronária é quase o dobro da região radicular; • Vasos linfáticos – drenagem e direcionamento das APCs até os linfonodos regionais. 35 * INERVAÇÃO: • Corpos celulares no gânglio trigeminal; • Terminações nervosas livres (nociceptores); • Maioria das terminações está situada na interface dentina-polpa da polpa coronária; - Fibras mielínicas (tipo A) • Localização periférica; • Raschkow; • Algumas penetram nos túbulos dentinários (150-200µm); • Respondem a estímulos “hidrodinâmicos” aplicados na dentina; • Dor aguda, pulsátil, rápida; • Sensibilidade dentinária -> Ativação mecânica da fibras tipo A -> Teoria hidrodinâmica da dor. - Teoria hidrodinâmica da dor: -> Estímulo na dentina; -> Alta força capilar nos finos túbulos dentinários; -> Fluxo hidrodinâmico do fluido dos túbulos dentinários para fora; -> Distorção mecânica na área da junção dentino-pulpar; -> Estimulação das fibras tipos A; = Dor ! - Fibras amielínicas (tipo C): • Localização profunda; • Limiar de excitação alto; • Estímulos mais fortes (térmicos ou mecânicos intensos) e mediadores inflamatórios (bradicinina e histamina); • Dor difusa, mais lenta; • Mantêm a integridade por mais tempo. 36 Funções da Polpa Dental: Formadora: • Produção de dentina Nutritiva: • Vascularização; • Líquido para as estruturas orgânicas dos tecidos mineralizados. Defensiva: • Formação de dentina reacional ou reparadora; • Sensibilidade dolorosa; • Sistema de defesa celular. Sensorial: • Resposta aos estímulos nocivos da dor. ->Características peculiares da Polpa Dental: • Confinamento entre paredes resistentes de dentina; • Circulação do tipo terminal; • Deposição contínua de dentina; • Túbulos dentinários – vias de comunicação. -> Modificações com a idade da Polpa Dental: • Diminuição do volume da polpa; • Diminuição dos componentes celulares; • Aumento da trama fibrilar; • Degeneração de fibras nervosas; • Remodelação da rede vascular; • Calcificações; • Diminuição do volume pulpar; • Remodelação da rede vascular. = Diminuição da capacidade de reparação. 37 Instrumentos Endodonticos 1- História: - Pierre Fauchard (1.746) : Cordas de piano ; - Edwin Maynard (1.838): Mola de Relógio; - Até 1.875 eram os próprios CDs que fabricavam seus instrumentos; - Wais e Ingle (1.954-1.956): Não havia ajustes entre os instrumentos e o material obturador; - Ingle e Levine (1958-1962): Proposta de Estandartização (padronização) dos instrumentos. 2 - Tipos de Instrumentos Endodonticos: - Limas: Cortam por raspagem/torção; - Brocas; - Instrumentos Manuais; - Instrumentos para obturação; - Instrumentação Mecanizada. -> Normas- Instituições que padronizam os instrumentos: ANSI, ISO e FDI. -> Cabo: - Parte onde é feito o comando do instrumento; - O cabo deve ter o comprimento de 11mm; - Seu diâmetro deve estar entre 2mm (mínimo) à 5mm (máximo), permitindo rotação e tração; 38 - A forma do cabo tem o intuito de facilitar a pega do instrumental; - O cabo deve proporcionar o maior conforto possível ao operador; - Feito de silicone ou plástico autoclaváveis. -> Haste: - Une o cabo à parte ativa do instrumental; - Ela tem um tamanho variável. Sendo assim, ela definirá o comprimento do instrumento; - Quanto mais curto o instrumento, melhor o comando. Por isso, usamos sempre o instrumento de menor comprimento possível para cada caso. - Quanto mais curto, melhor o comando e a transmissão do movimento. - A haste pode ter: 18mm - 19mm – 21mm – 25mm – 27mm ou 31mm - No Brasil as hastes possuem 21mm, 25mm ou 31mm. -> Parte Ativa: - É a parte de corte do instrumento; - A parte ativa possui um comprimento fixo -> 16mm; - Sendo assim, a parte ativa vai do “D0” ao “D16”. -> Conicidade / Taper: - Conicidade é a relação entre o aumento no diâmetro por unidade de comprimento da lâmina ativa do instrumento; - Como o canal é cônico, o ideal é usarmos instrumentos cônicos; - Varia de 0,2 à 12mm/mm -> .02 à .12: 0,02mm/mm - 0,03mm/mm - 0 ,04mm/mm - 0,05mm/mm - 0,06mm/mm - 0,07mm/mm - 0,08mm/mm - 0,09mm/mm - 0 ,10mm/mm - 0,11mm/mm - 0,12mm/mm; - Os instrumentos manuais convencionais tem uma conicidade fixa de 0,2mm/mm.Isso significa que há um aumento na conicidade de 0,02mm a cada 1mm da lâmina ativa; 39 - Ex: A Lima 15 tem no D0 = 0,15 mm (15 décimos de milímetros de diâmetro). No D1 aumentará 0,2mm/mm de diâmetro e ela terá 0,17 mm / D2 = 0,19 mm / D3 = 0,21 mm / ... / D10 = 0,35 mm / D11 = 0,37 mm / D12 = 0,39 mm / D13 = 0,41 mm / D14 = 0,43 mm / D15 = 0,45 mm. E no D16, ela terá 0,47 mm, ou seja, 0,32 mm a mais que em D0. - Ou seja, a variação a cada mm, desde D0 (0,00) à D16 é de 0,32mm nos instrumentos convencionais; - Instrumentos com uma conicidade maior que 0,2mm/mm permitem um tipo diferente de preparo; - Se o instrumento for mais cônico (azul), posso usar um único instrumento para dar conicidade ao canal; - Já um instrumento com menor conicidade (preto), penetra mais fundo no canal; - Instrumentos rotatórios também têm conicidade, mas é variável entre os fabricantes ou marcas. Podem ainda ter múltiplas conicidades. Não há uma padronização. -> Diâmetro: - O diâmetro determina a série das limas; - É definida no “D0” do instrumento; - O diâmetro da ponta de um instrumento endodontico é denominado “D0”; Ex: Lima 10, tem no “D0” 10 décimos de milímetros de diâmetro. - O diâmetro junto à haste é denominado “D16” porque a parte ativa do instrumento tem 16mm de comprimento. -“D0” varia de = 06 à 140. -> Os instrumentos endodonticos apresentam 4 Séries: SÉRIE DIÂMETROS DA SÉRIE GRADUAÇÃO DE AUMENTO DE DIÂMETRO Série Especial 06 à 10 0,02mm 1º e 2º Série 10 à 60 0,05mm 3º Série 60 à 140 0,1mm 40 -> Limas de Série Especial: - As Limas da Série Especial tem um menor aumento de diâmetro; - Ou seja, de um instrumento à outro da série, há um aumento de apenas 0,02mm de diâmetro; - Essas limas são usadas em dentes com câmara pulpar atrésica; - A Série Especial possui 3 limas: Nº D0 D16 6 0,06mm 0,38mm 8 0,08mm 0,40mm 10 0,10mm 0,42mm -> Limas de 1º Série: - Vão do 15 ao 40; - Elas aumentam 0,05mm de diâmetro de uma lima para a outra; - A 1º Série possui 6 limas: Nº D0 D16 15 0,15mm 0,47mm 20 0,20mm 0,52mm 25 0,25mm 0,57mm 30 0,30mm 0,62mm 35 0,35mm 0,67mm 40 0,40mm 0,72mm -> Limas de 2º Série: - Vão do 45 à 80; - Podemos dizer que as limas de 2º série são mistas. Pois há instrumentos que aumentam 0,05mm de diâmetro (da 45 à 60) e outros que aumentam 0,1mm de diâmetro (60 à 80). - A 2º Série possui 6 limas: Nº D0 D16 45 0,45mm 0,77mm 50 0,50mm 0,82mm 55 0,55mm 0,87mm 60 0,60mm 0,92mm 70 0,70mm 1,02mm 80 0,80mm 1,12mm 41 ->Limas de 3º Série: - São usadas em canais mais amplos; - A 3º Série possui 6 instrumentos: Nº D0 D16 90 0,90mm 1,22mm 100 1mm 1,32mm 110 1,10mm 1,42mm 120 1,20mm 1,52mm 130 1,30mm 1,62mm 140 1,40mm 1,72mm *Somando-se todas as séries temos 21 instrumentos!!! -> Cor: - A cor determina o diâmetro de cada instrumento; - Analisando a tabela, vemos que o primeiro instrumento de cada série é branco; - Já o segundo instrumento de cada série é amarelo. E assim, sucessivamente. - Isso facilita o trabalho do CD que sabe que o instrumento mais fino de cada série é branco, o mais grosso é preto, etc; - Alguns cones de guta-percha e de papel absorvente seguem essas cores. ->Numeração: As limas possuem uma numeração de 6 à 140 (0,06mm à 1,40mm no D0), divididas em 4 série (como vimos anteriormente). -> Guia de Penetração: - É o ângulo do bico/ponta do instrumento; - Confere ao instrumento o poder de corte e penetração, guiando o mesmo dentro do canal; - A guia de penetração deve ser 75º +/-15º. Ou seja, a guia de penetração deve estar entre 60º (ponta mais aguda) e 90º (ponta mais reta). - É o fabricante que decide se a guia de penetração será ATIVA ou INATIVA; 42 - Os instrumentos flexíveis, as Gates e os instrumentos usados em contra ângulo tem a guia de penetração INATIVA. -> Guia de Penetração Ativa: Com Arestas, ângulos vivos. -> Guia de Penetração Inativa: Sem corte na Extremidade. *A Guia de Penetração INATIVA, é a de escolha pois: - Desviam menos, formando menos degraus; - Não há risco de perfurações indesejadas. -> Seção Transversal: - A seção transversal dos instrumentos NÃO É PADRONIZADA. - Cada fabricante faz de um jeito, mas deve estar especificado na caixa. *Hoje existem várias formas de seção transversal disponíveis no mercado: 1- Circular; 2- Triplo “S” e “U”; 3- Losangular: não é mais fabricada ; 4- Quadrangular: São as mais usadas por clinico geral. Possuem o ângulo em 90º; 5- Triangular: São a tendência hoje dentre os instrumentos manuais convencionais. Elas possuem menos massa metálica, por isso são mais flexíveis. Seu ângulo de corte é de 60º, ou seja, são ângulos mais agudos, por isso cortam mais; sendo mais eficientes; 6- K3; 7- HERO; 8- ProTaper; 9- Profile; 10- Quantec. ->Passo entre Espiras: - É a distância entre as espiras de um instrumental. -> Maior ângulo - Corte por raspagem (espiras mais juntas); ->Menor ângulo - Corte por rotação / giro (espiras mais separadas). 43 -> Classificação dos Instrumentais: GRUPO I: A- Limas Tipo K; B- Limas de Hedström. Limas Tipo K (Kerr): - Aço inoxidável; - Torcidas (25 “voltas”); - Menor distância entre as espiras (mais torcida); - Movimentos variados (permite limagem e giros); Desvantagens: - Guia de penetração ATIVA; - Seção quadrangular; - Baixa flexibilidade. - Dos instrumentos endodonticos ainda em uso, as limas Tipo K são as mais velhas, e originaram vários outros instrumentais; - As limas de 2º Série e as Limas Especiais são Tipo Kerr (pois tem seção quadrangular e ponta ativa); - As limas tipo Kerr originaram várias outras; -Indentificação: Na caixa estará escrito Lima K ou K-file. E no cabo há um quadrado que indica sua sessão transversal. Limas Tipo Hedström: - Aço inoxidável; - Usinadas; - Seção Circular; - Guia de Penetração INATIVA; -> É sua única vantagem! - Pouca Flexibilidade; - Movimento de limagem; - Possuem uma bolinha no cabo para identificá-las; 44 - Conformação: Cones Superpostos; - Devido a sua conformação, elas são limas frágeis. Necessitam que outros instrumentos abram espaço para ela; - Pouco usadas. São utilizadas para retratamento. Obs.: As limas do Grupo II não são mais utilizadas! GRUPO III: - Para canetas; - São instrumentos rotatórios desenvolvidos em peça única para usar intra-canal; - Conexão, haste e parte ativa fazem parte de uma única unidade; - Fazem parte do Grupo III: A- Lentulo ; B- Gates ; C- Brocas de Largo. -> Limas Flexíveis: -> As limas flexíveis foram todas baseadas nas Limas Tipo Kerr. - K–Flex: - É da Kerr; - Aço inoxidável; - Torcida; - Seção transversal losangular; - Guia de penetração ATIVA; - Movimentos variados. - Flexo-File: - Aço inoxidável; - Torcida (33 “voltas”); - Maior corte -Seção Triangular; - Guia de Penetração INATIVA (antigamente sua guia era ativa); - Ótima flexibilidade (possuem molibdênio); 45 -Movimentos Variados; - É uma lima de eleição/ referência para instrumentação manual (é uma lima muito boa); - São oferecidas comercialmente, nos comprimentos de 18, 21, 25 e 31mm. Nos números de 15 à 40; - Estudos demostram que: - Quanto maior o diâmetro da lima = mais ela desvia; - Quanto mais flexível uma lima = menos ela desvia; - A Flexo-File é a lima que menos desvia! - Flex – R: - Aço inoxidável; - Usinada (maior tendência à fratura); - Seção triangular; - Guia de penetração INATIVA (primeiro instrumento com essa característica); - Movimentos variados; - Média Flexibilidade (em relação a Flexo-File); - Oferecidas comercialmente no comprimentode 21mm nos nº de 8 à 80. Comprimento de 25 e 31mm nos nº de 8 à 140. - Pathfinder: - É uma lima 12; - Aço inoxidável; - NÃO É CÔNICA, é cilindrica. Ou seja, possui paredes paralelas; - Usada na exploração dos canais, pois os canais são cônicos num primeiro momento. Mas, com o passar do tempo há deposição de dentina secundária no terço médio e no terço cervical, deixando o canal mais reto. Obs.: A dentina secundária não é depositada no terço apical, pois ela poderia tapar o forame apical, matando a polpa! 46 - Golden Mediums: - São limas intermediárias; - Fazem uma transição mais suave entre limas de diferentes calibres. Ou seja: Entre a lima 15 e a 20 há uma Golden de 17; Entre a lima 20 e a 25 há uma golden de 22, etc... Com o tempo percebeu-se que essas limas intermediárias eram desnecessárias! - Disponíveis comercialmente nos comprimentos de 21, 25 e 31mm. - Limas Nitiflex / Sureflex: - Liga NÍQUEL/TITÂNIO; - Usinadas -Seção triangular; -Guia de penetração INATIVA; - Alta flexibilidade; - Baixo módulo de elasticidade; - Movimentos de alargamento; - São identificadas por um quadrado, com a metade preenchida; - As limas Nitiflex/Sureflex, são as limas Flexo-File em Niquel-Titânio! Obs 1.: A liga níquel-titânio não permite torcer. Por isso, todas as limas de níquel-titanio são usinadas. Obs 2.: A Liga de níquel-titânio é de 2 a 3 vezes mais resistente que o aço inox, permitindo sua usinagem sem quebra. Não é dobrável, possui memória elástica. Obs 3.: Níquel-Titânio não encurva, portanto só corta em movimento de alargamento. 47 -Limas Onyx–R: - Liga de níquel-titânio; - Guia de Penetração INATIVA; - Praticamente não fratura; - É a Flex-R confeccionada em níquel titânio; - Oferecidas comercialmente nos comprimentos de 21 e 25mm, entre os nº 15 e 80. - Instrumentos com Desenho Híbrido: - Seção Losangular; - Seção em forma de “S”; - Seção em forma de “U”; - Triocut (Helifile); -Limas diamantadas. - Instrumentos Movidos a Motor: A- Contra-Ângulo convencional; B- Contra-ângulo de movimento vibratório; C- Contra-ângulo de movimento recíproco /alternado; D- Contra-ângulo de alto torque / baixa rotação. - Contra-ângulo Convencional: - Brocas de Gates – Glidden; - Brocas de Largo; - Limas Adaptadas. 48 Brocas de Gates-Glidden: - Utilizadas dentro do canal; - São acionadas a motor; - Empregadas no preparo dos segmentos cervicais e médios dos canais radiculares; - Aço inoxidável; - Usinadas; - Parte ativa em forma de chama; - Haste cilíndrica longa, fina e sem corte, que não atinge as paredes do canal; - Nº de 1 à 6 (correspondem ao diâmetro de 50 à 150); - O nº da broca corresponde à quantidade de sulcos que ela tem no cabo; - Guia de penetração INATIVA (não corre o risco de fazer degrau). - Gates Curtas: 28 mm (dentes posteriores) - Gates Longas: 32 mm (mais usadas) ->São encontradas no comércio nos nº de 1 à 6: -Gates 1 – corresponde a uma lima 50 – D0= 0,50mm; -Gates 2 – corresponde a uma lima 70 – D0 = 0,70mm; -Gates 3 – corresponde a uma lima 90 - D0 = 0,90mm; -Gates 4 – corresponde a uma lima 110 – D0 = 1,10mm; -Gates 5 – corresponde a uma lima 130 – D0 = 1,30mm; -Gates 6 – corresponde a uma lima 150 – D0 = 1,50mm. 49 ->Brocas de Largo: - Só trabalham dentro do canal; - São acionadas a motor; - Aço inoxidável ; - Fabricadas por usinagem; - Tem maior resistência à fratura que as brocas de Gates; - Comprimentos: 28mm e 32mm; -> São encontradas no comércio nos nº de 1 à 6: -Largo 1 – corresponde a uma Gates 2 – D0 = 0,70mm. -Largo 2 – corresponde a uma Gates 3 – D0 = 0,90mm. -Largo 3 – corresponde a uma Gates 4 – D0 = 1,10mm. -Largo 4 – corresponde a uma Gates 5 – D0 = 1,30mm. -Largo 5 – corresponde a uma Gates 6 – D0 = 1,50mm. -Largo 6 – D0 = 1,70mm. - Guia de Penetração INATIVA ; - São usadas quando posteriormente será colocado um pino no canal, pois elas ALARGAM O CANAL; - Tem a ponta ativa maior que a broca de Gates e são mais resistentes. Observações: - Os instrumentos endodonticos manuais de aço inoxidável podem ser fabricados por torção ou usinagem; - Os de níquel-titânio (NiTi), são confecionados apenas por usinagem. ->Limitações das Limas de NiTi: Não encurvam = Em canais com defeitos (degraus) não podem ser usadas. Só cortam em movimentos de alargamento. -> Como a liga de NiTi é mais resistente, permitiu a criação das brocas para uso em instrumentos rotatórios. 50 Preparo Químico-Mecânico - O PQM deve ser feito no canal principal e no SCR (Sistema de Canais Radiculares); - O PQM é um conjunto de manobras que visam a limpeza, a desinfecção e a ampliação do canal; - O PQM prepara o canal; - O Debridamento, a Desinfecção e o Alargamento são etapas que compreendem o preparo químico-mecânico do SCR; -> O Debridamento consiste na remoção do conteúdo do canal (esvaziamento), seja ele polpa normal, inflamada ou necrosada, eliminando-se o substrato disponível para a proliferação bacteriana; - O Debridamento remove matéria orgânica (dentina, bactérias...) ; -> A Desinfecção se faz mecanicamente, pela limagem e irrigação do canal. E quimicamente, pela ação da substância auxiliar de instrumentação e da ação antisséptica da Medicação Intra-Canal (MIC) utilizada entre as sessões; se indicada; - A limagem retira a porção superficial de dentina, que é porção mais contaminada por bactérias; - A irrigação do canal é um passo extremamente importante, ela não deixa o canal entupir, retira raspas de dentina, restos de tecidos vivos ou mortos e bactérias. Sua ação se dá através de Refluxo e Turbilhonamento; - Para auxiliar a limpeza é feita a Recapitulação que consiste no uso de uma lima folgada chacoalhando dentro do canal durante a irrigação; - A limpeza e a desinfecção do canal são essenciais para que o tratamento endodontico de certo; - A substância auxiliar de instrumentação (geralmente hipoclorito de sódio) dissolve matéria orgânica e é bactericida; - O liquido irrigador tem ação mecânica e química; - A Medicação Intra-Canal tem ação antisséptica , promovendo desinfecção; -A Obturação é uma perpetuação da limpeza e da desinfecção; 51 ->O Alargamento do canal (instrumentação propriamente dita), é realizada com instrumentos manuais e/ou mecânicos, que ao desgastarem as paredes do canal o vão conformando, sendo variável a intensidade do desgaste e a forma dada ao canal em função do tipo de instrumento e da técnica de instrumentação empregada; - Para limpar e desinfetar o canal, não é necessária a ampliação. Mas, para obturar o canal e, perpetuar a limpeza, a ampliação é necessária; - A ampliação e a obturação do canal caminham juntas (devo fazer minha ampliação, pensando em qual técnica de obturação vou utilizar); - A ampliação favorece a obturação. ->MODELAGEM – Objetivos Mecânicos: - Desenvolver uma forma continuamente cônica; - O canal deve ser mais fino apicalmente, com o seu menor diâmetro em seu término; - Reproduzir a forma original do canal em todos os planos (devo ampliar o canal, sem deformá-lo); - Manter o forame apical na sua posição espacial original; - Manter o forame apical tão constrito quanto possível (não devo ampliá-lo). ->Retificação: - A Retificação estraga o preparo e a obturação do canal. - Não tem como evitar a Retificação, mas ela pode ser diminuída de 3 formas: 1- Utilizando Guia de penetração modificada (Inativa) 2- Usando instrumentos mais flexíveis 3- O tipo de movimento empregado (limagem aumenta a retificação) 4- Não superinstrumentar o canal (pois mesmo uma lima flexível pode gerar retificação) Obs1: A medida que um instrumento aumentaseu diâmetro, sua flexibilidade diminui! Ex: Uma lima 20 é mais flexível que uma lima 30! Obs 2: Canais curvos permitem limas de no máximo 0,40mm. 52 -> Desafios do PQM: 1- Confecionar o Stop: - Retentividade do Stop; - Forma da Seção Transversal deve ser circular (consigo isso usando movimentos de giro). 2- Não Retificar: -Terço Apical; -Terço Médio; -Terço Cervical. 3- Não ampliar excessivamente o canal: - A dentina serve de reforço ao dente, por isso ela não deve ser desgastada excessivamente; - Ampliando excessivamente o canal, tenho dificuldade para criar o Stop apical. 4- Manter a forma Original do Canal: - Canais curvos devem se manter curvos, após a retificação. 5- Limpar Reentrâncias: - As reentrâncias não são atingidas pelas limas, só pela irrigação. 6- Desinfecção: - Não irá eliminar completamente as bactérias (pois não é uma esterilização), mas diminuirá sua quantidade. ATT.:Como Realizar? ->Biopulpectomia: - Girar lima com ponta encurvada; - Girar lima Hedström (traciona materiais de dentro do canal); - Extirpador Pulpar (é a melhor forma). ->Necropulpectomia: - Irrigação eficiente; - Utiliza-se Hipoclorito de sódio concentrado; - Lima fina, agitando até o CC (comprimento do canal). 53 - TÉCNICA DE TAYLOR: - Utilizada quando o canal é muito estreito e a lima 35 não consegue entrar. Apenas as limas 6, 8 ou 10 entram; - A Técnica de Taylor prepara o canal para a Técnica Clássica; - Essa técnica amplia o canal de forma mais gradativa, com mais segurança; - Vou trabalhar com a lima seguinte a que entra no canal até o CPT, 0,5mm mais curta, ampliando o canal; - Usar limas com guia de penetração modificada (inativa). -TÉCNICA DE ÓREGON: - A Técnica de Oregon é uma forma de fazer a ampliação reversa; - É uma ampliação descendente e progressiva; - iniciada com uma lima que se ajusta na entrada no canal, ao nível do colo anatômico; - Com um cursor demarco nela o CPT; - Ela deve ser introduzida no canal até seu ajustamento, e segue-se com Movimento de Alargamento Alternado (giro da lima um quarto de volta à direita e um quarto à esquerda) até que ela fique folgada nessa posição. O movimento deve ser muito suave, porém firme; - Esta etapa não visa ganhar profundidade, mas um pequeno alargamento; - Faça a irrigação e recapitule; - Repita esta manobra com as limas de calibre imediatamente menor, em direção apical, até o CT. - CONFECÇÃO DO STOP APICAL: - Sabendo o DA, posso iniciar a confecção do Stop Apical; - O Stop Apical será confecionado à 1mm do forame apical (comprimento de trabalho ->CT); - A confecção do Stop Apical utiliza uma Técnica Seriada; -DA: Diâmetro Anatômico. Corresponde a 1º lima que chega ao CT. Ou seja, é o diâmetro do canal antes do PQM. -DC: Diâmetro Cirúrgico. Corresponde a lima mais calibrosa usada no CT. Ou seja, é o diâmetro do canal após o PQM. 54 ->DA e DC são medidos no CT!!! -> Sendo assim, a Diferença entre o DA e o DC corresponde ao Stop Apical. -> Ou seja, a confecção do Stop Apical consiste em transformar o DA em DC. ->Cuidados Durante a Instrumentação: (com ênfase na confecção do Stop Apical) 1- Movimentos Curtos: - Tanto em Alargamento Alternado (giro) quanto em limagem (0,5 à 1,5mm); - O movimento curto na limagem evita a ação de pilão (para não condensar raspas em direção apical). 2- Instrumento Adequado: - Canal Curvo (devo utilizar instrumentos flexíveis) - Canal Reto (não necessito de instrumentos tão flexíveis, mas se eu tratar canais retos com os mesmos cuidados que trato canais curvos, a instrumentação sempre dará certo). 3- Teste do Stop e Patência: - Durante a confecção do Stop, voltar com a lima anterior e ver se ela esta parando no anteparo. Se não estiver, é sinal de que arrombei o forame! - ESCALONAMENTO REGRESSIVO: -Ultima etapa do PQM; - Após a confecção do Stop Apical o canal esta pouco cônico, o Escalonamento Regressivo gera um aumento da conicidade do preparo e regulariza regiões ainda não instrumentadas; - O Escalonamento aumenta o calibre do canal nos terços mais superiores, o terço apical se mantém com o mesmo diâmetro; -> O escalonamento se inicia com uma lima imediatamente maior que a lima do DC; -> O movimento usado é a Limagem (introdução e remoção da lima com pressão contra a dentina); 55 -> Quando a lima entrar folgadamente no canal, devo trocar de lima; -> Aumenta-se sequencialmente os calibres dos instrumentos e recua-se um mm a cada nº (como no ex. anterior); -> Como Regra Geral, uso no escalonamento 3 Instrumentos; -> Porém, se usando esses 3 instrumentos não chegar ao 55, continuo até chegar ao 55; -> O menor DC possível é 30 (que está no exemplo acima). Neste caso, terei que fugir da regra geral e utilizar 5 instrumentos para chegar em 55; -> Os instrumentos utilizados no Escalonamento regressivo devem ser menos flexíveis. Medicação Intracanal - São medicamentos colocados no interior do canal entre as consultas necessárias para realização do tratamento endodontico. Auxiliam no controle do processo inflamatório nos casos de biopulpectomia e, infecciosos nas necropulpectomias; - A medicação intracanal é utilizada entre sessões, quando não conseguimos finalizar o tratamento endodontico em uma única sessão; ->Em casos de polpa viva (Biopulpectomia) o tratamento de eleição é em uma única sessão. Claro, quando houver tempo hábil para fazer o tratamento completo em uma sessão! Não devemos deixar o paciente por mais de uma hora e meia na cadeira. -> Em casos de polpa morta (Necropulpectomia) há uma grande discussão entre fazer o tratamento em sessão única ou em sessões múltiplas. As duas opções trazem vantagens e desvantagens. E o resultado final do tratamento é muito próximo nos 2 casos (variação de cerca de 3%). Na UFPR adotamos fazer a Necropulpectomia em sessões múltiplas. 56 Sessão Única: 1- Biopulpectomia; 2- Necropulpectomia SEM LESÃO periapical; 3- Tempo Suficiente (se for para fazer uma biopulpectomia em sessão única mal feita; é melhor fazer em 2 sessões!); 4- Ausência de Sintomatologia; - Não posso finalizar o tratamento na mesma sessão se o paciente estiver com dor (em casos de Necropulpectomia); - Na biopulpectomia o paciente pode ou não ter dor. Se houver dor é porque está inflamado. Mas, ao remover a polpa a dor cessará e posso obturar na mesma sessão; - Em casos de necropulpectomia se o paciente sentir dor é porque há Infecção. A infecção não é tratada somente tirando a polpa, pois ao removê-la ainda restam bactérias nos canalículos e na smear layer. Portanto, se o paciente vier ao consultório com dor em casos de necropulpectomia, não devo finalizar em uma única sessão; 5- Canal Seco: - Este é o fator primordial / principal! Ele vai definir se podemos ou não finalizar o tratamento em uma única sessão; - Em casos de necropulpectomia pode haver Exsudato -> Sinal de que o canal não esta totalmente desinfectado! Então ele não deve ser obturado! - Se houver sangramento (biopulpectomia) é porque um vaso maior foi rompido, então também não devemos obturar na mesma sessão! Sessões Múltiplas: 1- Necropulpectomia com lesão periapical: - Quando há lesão periapical, há maior contaminação no canal, no SCR (sistema de canais radiculares) e nos canalículos dentinários. Neste caso, a medicação irá auxiliar no combate aos micro-organismos; - São as bactérias que causam o Exsudato. 57 2- Retratamento: - Se um tratamento endodontico já foi feito e esta havendo falhas é sinal de que algo a mais deve ser feito. Uma maneira de otimizar o resultado é utilizando a medicação intracanal. Tratamentos de Eleição: BIOPULPECTOMIA -> Sessão Única NECROPULPECTOMIA SEM LESÃO -> Podeser feita em Sessão Única NECROPULPECTOMIA COM LESÃO -> Sessões Múltiplas RETRATAMENTO -> Sessões Múltiplas ->OBJETIVOS DA MEDICAÇÃO INTRACANAL: 1- Eliminar Bactérias que Sobreviveram ao PQM: -Algumas áreas são inatingíveis pelos instrumentos e pela substância auxiliar de irrigação (Istmos, ramificações, reentrâncias e túbulos dentinários). -Assim, a medicação ajudará a complementar a desinfeccção dessas regiões! 2- Impedir a Proliferação de Bactérias que Sobreviveram ao PQM: - O selamento do canal restaura a atmosfera de anabiose (dando condições para as bactérias que sobraram se reproduzirem!); - O fluxo de fluidos teciduais podem sustentar (alimentar) o crescimento de bactérias, especialmente as anaeróbicas; - O PQM elimina a maioria das bactérias. Mas, mesmo restando poucas, elas conseguem se proliferar muito rapidamente. Pois o canal vazio é um ambiente propicio a sua reprodução: Há substratos (o plasma penetra pelos canalículos dentinários), é úmido e, nos pontos mais profundos não há oxigênio; - Por isso, quando fazemos o tratamento em 2 SESSÕES é OBRIGATÓRIO o uso de MEDICAÇÃO INTRACANAL. 0bs.: Não podemos deixar o canal vazio, pois haverá amplo espaço para as bactérias se reproduzirem! 58 3- Barreira Físico-Química: - Entre as sessões pode haver infiltração através do selador temporário, ou fratura do dente. Nestes caos entrará saliva/fluidos no canal e ele será recontaminado; - Algumas medicações intracanais atuam como barreira físico-química ajudando a evitar esta recontaminação; Obs: Devemos usar um selador resistente, que impeça a infiltração do fluxo salivar CIV é o mais indicado hoje! 4- Redução do Processo Inflamatório: -> Efeito Direto: Corticosteróides Na Biopulpectomia o corte do tecido conjuntivo vivo desencadeia um processo inflamatório. Mas este é um processo inflamatório não infeccioso, por isso utiliza-se Corticosteróides. ->Efeito Indireto: Antibacterianos Na Necropulpectomia há inflamação devido a Infecção. Então não devemos usar os Costicosteróides porque eles deprimem o sistema imune, deixando o paciente vulnerável. Por isso, são usados os antibacterianos. 5- Neutralização de Produtos Tóxicos: - Penetração no canal em ambiente asséptico; - Em alguns casos, na primeira sessão limpa-se apenas a câmara pulpar e coloca-se um medicamento que irá atuar nos canais; - Assim, na segunda sessão quando eu for trabalhar nos canais eles já estarão com uma contaminação bem menor, evitando que as bactérias passem para a região mais apical! 6- Controle do Exsudato: - Inibição da resposta inflamatória; - Ação higroscópica (o hidróxido de cálcio absorve o exsudato); - Atividade antibacteriana; - Se há exsudato é porque há bactérias. Se as bactérias forem removidas, a inflamação desaparecerá e o exsudato também! 59 -> PRINCIPAIS MEDICAMENTOS INTRACANAIS: 1- Corticosteróides / Antibióticos; 2- Derivados Fenólicos; 3- Derivados Aldeídos; 4- Hidróxido de Cálcio; 5- Clorexidina. IRRIGAÇÃO: - É o ato de limpar um campo operatório e, mais especificamente o SCR, pela movimentação e renovação frequente de liquido em sua superfície interior. - A irrigação do canal é um passo extremamente importante, ela não deixa o canal entupir, retira raspas de dentina, restos de tecidos vivos ou mortos e bactérias. Sua ação se dá através de Refluxo e Turbilhonamento. ->Turbilhonamento: Irrigamos empurrando o liquido para a região apical, ele turbilhona naquela região e volta para a região cervical, por onde irá sair do canal! -> Refluxo: O liquido não deve sair pela região apical, ele deve voltar para a coroa e sair do dente! - Para auxiliar a limpeza é feita a Recapitulação que consiste no uso de uma lima folgada chacoalhando dentro do canal durante a irrigação. ->Objetivos da Irrigação: 1- Movimentar ou solubilizar partículas teciduais ou estranhas (isso evita a obstrução do canal). - Extrusão Apical ( passagem de raspas para a região periapical) = Irritam a região e atrapalham o sucesso do tratamento. Pior do que as raspas irem para a região periapical é elas serem compactadas no fundo do canal, porque elas são ricas em bactérias e o organismo não conseguirá destruí-las, pois não há mais fluxo sanguíneo nessa região! 2- Conservar úmidos os tecidos (tecido que resseca, necrosa!) 3- Solubilizar ou dispersar partículas; 4- Reduzir os micro-organismos progressivamente / Degermação -Ou seja, a própria irrigação mecânica contribui para a desinfecção dos canais. 60 5- Facilitar o contato de fármacos (ao remover a smear layer a MIC terá um melhor contato com a dentina). 6- Controle de possível infecção; 7- Remoção de sangue da câmara, canais e túbulos dentinários; 8- Remoção de matéria orgânica e inorgânica do sistema de canais radiculares (SCR); 9- Neutralização de conteúdo tóxico; 10- Ação lubrificante. *Quando Irrigar? SEMPRE! Antes, durante a após a instrumentação! -> Instrumentos: - Luer-Lok (permite rosquear e travar a agulha); - Seringa Carpule; - Aparelhos para Irrigação; - Cânulas Injetoras. Odontometria INTRODUÇÃO: - O Tratamento de Canal serve para limpar o conteúdo orgânico (polpa e pré-dentina) da cavidade pulpar. - Polpa Necrosada: A polpa necrosada traz um problema biológico -> As bactérias do tecido necrosado causam inflamação no ápice do raiz dental, devido a esta inflamação devo fazer o tratamento endodôntico. - Polpa Viva: Não há lesão apical. O tratamento endodontico nestes casos é feito devido à dor que o paciente sente, para prevenção, ou por necessidade mecânica (colocação de um núcleo metálico fundido). - Após a limpeza do canal, ele deve ser “lacrado” para não permitir a entrada de bactérias e ex udato. O canal é lacrado com o material obturador, e assim estarei perpetuando sua limpeza. Limpar o canal é algo relativamente fácil, o problema é conseguir uma boa obturação, que tampe todos os canais (inclusive canais secundários, acessórios, etc). 61 -> Ampliação do Canal: - O material obturador deve ser condensado no canal. Para fazer uma condensação correta necessito de um espaço um pouco maior, por isso a ampliação do canal é feita; - Durante a ampliação devo criar um espaço retentivo, afim de que a obturação não saia pelo forame apical; - Em relação ao diâmetro da ampliação, ela deve ser a m enor possível para se obter um bom resultado. Ou seja, não devo ampliar excessivamente o canal, mas devo ampliá- lo o suficiente; - Mas, a ampliação não é feita em toda a extensão do canal. Ela deve ser feita 1mm aquém do ápice para criarmos assim o Stop Apical. -> Stop Apical: - Pode também ser chamado de Batente Apical ou Matriz Dentinária Apical; - O Stop Apical é fundamental, pois garante uma boa o bturação, servindo de apoio/anteparo para o material obturador; - Podemos definir o Stop Apical como uma transição entre a região virgem e a região ampliada do canal; - O Stop Apical deve ficar a 1mm do ápice da raiz. Sendo assim, para fazer o Stop Apical é necessário saber o comprimento do canal. Por isso que a Odontometria é feita. Por que o Stop Apical deve ficar a 1mm do ápice? - 88% das vezes o forame apical não está no centro do ápice. Na maioria das vezes, ele está para distal do ápice; - Assim, o forame está em média 0,5mm deslocado do ápice; - E a distância entre o forame e o CDC é 0,05mm. Somando-se os dois tenho 1mm. 62 -> Limite CDC: - Analisando o esquema do ápice dental acima, percebemos que o canal é fo rmado por 2 “cones” que se unem. Um cone maior com sua abertura voltada para
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