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Resumo endodontia

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@destinodonto 
 Aspectos Anatômicos de Interesse em Endodontia: 
 
 - A câmara pulpar geralmente acompanha o 
formato da coroa do dente. Mas a morfologia 
pulpar pode se alterar, como resposta às 
agressões sofridas. 
- A polpa é maior nos indivíduos jovens, que nos 
idosos. 
- Os canais tem forma irregular na quase 
totalidade dos casos. 
 
- A Câmara Pulpar abriga a polpa coronária, e o Canal Radicular abriga a polpa radicular. 
 
 
- A Câmara Pulpar possui teto, parede 
vestibular, parede lingual, parede mesial e 
parede distal. O assoalho só esta presente 
nos dentes com mais de uma raiz. 
 
A: Assoalho 
C: Cornos Pulpares 
T: Teto 
P: Paredes Laterais 
 
 
 
 
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 @destinodonto 
Resumo Endodontia 
 
 
 
->Ramificações radiculares são frequentes no terço apical, 
comuns no terço médio e raras no terço cervical. 
 
->Canal Principal: Está presente no eixo longitudinal do dente. Segue do teto da câmara 
coronária ao forame apical. 
->Canal Colateral: É paralelo ao canal principal, pode ou não alcançar isoladamente o forame 
apical. Possui menor volume que o canal principal. Se comunica com o canal principal. 
- É bem comum no IC inferior e no PM inferior. 
->Canal Lateral (Adventício): Presente no terço cervical e começo do terço médio. Caminha 
em direção ao ligamento periodontal. 
->Canal Secundário: Presente no terço apical, sai do canal principal e caminha em direção ao 
ligamento periodontal. 
->Canal Acessório: Sai do canal secundário e caminha em direção ao ligamento periodontal. 
->Intercanal (Interconduto): Liga o canal principal ao canal colateral. 
->Canal Recorrente: Parte do canal principal, percorre um pequeno trecho e retorna ao canal 
principal. Não chega isoladamente a região apical. 
->Canal Reticular: É o entrelaçamento de 3 ou mais canais que caminham paralelamente, a 
partir de ramificações do intercanal. 
->Delta Apical: São as várias derivações que partem do canal principal na região apical e, 
originam forames múltiplos. 
- Embora os túbulos dentinários só possam ser vistos microscópicamente, várias bactérias 
podem se alojar nele. 
- No tratamento endodontico, nós só limpamos mecanicamente o canal principal. Os demais 
canais são limpos por difusão das substâncias utilizadas. 
- Para haver sucesso endodontico o canal deve ser limpo, desinfetado e preenchido 
corretamente (obturado). 
 
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Dicas Para a Clínica 
 
 
Elementos de Diagnóstico: Conjunto de testes e procedimentos realizados afim de chegar 
ao diagnóstico correto. (Tanto das alterações da polpa como das alterações do periápice). 
 
 Sequência para Diagnóstico em Endodontia: 
 
 
 
 
 Características Clinicas da Dor: 
 
 
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Anamnese Exame Clínico
Teste de 
Sensibilidade 
Pulpar
Exames Por 
Imagem
Frequência
Intermitente Contínua 
Origem
Localizada Difusa
Condição do Aparecimento
Provocada Espontânea
Duração
Curta : Após a remoção do agente causador, a dor passa. Longa: Após a remoção do agente causador, a dor lentamente 
vai desaparecendo.
Fatores Atenuantes
Frio Quente
Anamnese 
 
 Qualidade da Sensação Dolorosa: 
 
- Leve: Pouco doloroso. 
- Moderada: Dor Suportável. 
- Severa: Dura semanas ou meses. 
- Aguda: Surge repentinamente e tem duração limitada. 
- Pulsátil: latejante. 
- Lancinante: Pontadas, picadas, fisgadas internas. 
 
 
 
 
 Extra-oral: 
 - Inspeção: Assimetrias Faciais. 
 
(Deve ser feita com o paciente devidamente posicionado e iluminação adequada) 
- Palpação: Tem por finalidade detectar e analisar as regiões que denotem aumento de 
volume, alteração na consistência, limites marginais da tumefação, grau de fixação ou 
mobilidade e sensibilidade. 
 
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 Intra-oral: 
Exame Clínico 
 
- Inspeção: Avaliar dentes e tecidos moles (Edemas,Fístulas,Áreas Avermelhadas). 
 
- Palpação: Palpar a região apical exercendo uma leve pressão para avaliar a sensibilidade 
dos dentes e edemas. 
 
- Percussão Vertical: O teste de percussão vertical é aquele em que com um dedo ou 
instrumento clínico iremos exercer uma leve pressão no sentido paralelo ao longo eixo do 
dente. -> se o resultado for positivo é porque sugere um processo inflamatório periapical. 
 
- Percussão Horizontal: O teste de percurssão horizontal é aquele em que com o dedo ou 
instrumento clínico iremos exercer uma leve pressão no sentido perpendicular ao longo eixo 
do dente. -> se o resultado for positivo é porque sugere um processo inflamatório no 
periodonto da região. 
 
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 Também conhecido como Testes de Vitalidade Pulpar, tem como objetivo estimular 
as fibras nervosas da polpa. 
 
 
 
 
 
 Att: 
 
- Os testes térmicos possuem potencial para agravar a situação de uma polpa inflamada! 
- O teste Elétrico não permite informações sobre o suprimento sanguíneo pulpar, fator que 
determina a vitalidade pulpar! 
- Uma resposta Positiva aos teste térmicos nem sempre comprovará uma alteração 
patológica pulpar! 
 
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• Frio
• CalorTérmicos
• Abertura Coronária e Remoção do Tecido Cariado Sem 
Anéstesia.Cavidade
• Corrente Elétrica - Uso de um aparelho específico.Elétrico
• Teste para saber se a dor é difusa ou localizada, caso a dor 
passe, o dente anestesiado é o dente origem da dor.Anestesia
Testes de Sensibilidade Pulpar 
 
 
 
 
Dente Origem da Dor. 
 
 
Dente que Reflete a Dor. 
 
- O Profissional Deve ter muita atenção antes de realizar qualquer procedimento clínico, pois 
o paciente durante a anamnese e exames pode relatar que a dor vem do dente sinálgico, 
porém ele só reflete a dor que é de origem de outro dente (Dente Algógeno), essa devida 
atenção previne uma intervenção incorreta! 
 
 
 
 
 Radiografia Periapical : Nesse exame iremos avaliar não só a presença de cáries ou 
qualquer alteração na câmara pulpar desse dente, como devemos avaliar a porção 
radicular e por fim a porção periapical. [Avaliando a presença de áreas radiolúcidas ou 
radiopacas que podem sugerir alterações na região do periápice]. 
 Tomografia Computadorizada. 
 
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 Dor Reflexa 
 
Dente Algógeno 
Dente Sinálgico 
Exames Por Imagem 
 
 
Teoria Hemodinâmica 
 
- Essa teoria explica porque as raízes dentais geralmente são curvadas para a distal e, os 
forames apicais ao invés de serem centralizados também são voltados para a distal. 
- Isso ocorre devido a vascularização. Ou seja, o dente se forma inclinando-se em busca de 
nutrição. 
-> Inclinação dos Dentes na Arcada: 
 1- Curva De Spee: 
 -Percebemos a curva de Spee ao analisarmos o paciente 
lateralmente. 
-Ela forma uma pequena concavidade no sentido Antero-
posterior dos dentes. 
 
 
 2- Curva de Wilson: 
- É observada olhando os dentes pela frente. 
- É uma curva médio-lateral que contata os pontos 
das cúspides vestibulares e linguais do molares, em cada 
lado do arco. 
- Essa curva resulta das diferentes inclinações axias dos 
dentes posteriores. 
- Assim, é normal os molares inf. Serem voltados para a 
lingual, e os sup. Serem voltados para a bochecha. 
- Já os incisivos (tantos os superiores quanto os inferiores) são inclinados para a vestibular. 
-Ou seja, cada dente possui uma inclinação específica. Através de diversos estudos, foi 
definida uma média de inclinação para cada dente. Porém, cada caso deve ser analisado com 
o auxilio deraio-x, pois a inclinação pode não consentir com a média pré-estabelecida. 
->Limitação Radiográfica: -Através do raio-x eu consigo ver as inclinações que o dente faz no 
sentido disto-mesial. 
-Porém, as inclinações no sentido vestíbulo-lingual não são visíveis radiograficamente. 
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Incisivo Central Superior 
 
 - Possui câmara pulpar ampla. 
- Dente fácil de tratar. 
- O canal radicular é reto e amplo (sendo ligeiramente 
pontiagudo na direção do ápice). 
-> Comprimento Médio: 21,8mm. 
-> Número de Raízes: 1 (100%). 
-> Número de Canais : 1 (100%). 
->Disposição da Raíz: 
Reta: 75% Vestibular: 9,3% Distal: 7,8% Mesial: 4,3% 
-> Irrupção: Entre 6 e 7 anos. 
->Rizogênese Completa: 10 anos (geralmente a rizogênese completa ocorre 3 anos após a 
irrupção). 
- A abertura do ICS é feita por palatina. 
- Porém, para encontrarmos o canal radicular forma-se um ângulo entre o trajeto da coroa 
e o trajeto da raiz. 
- Esse ângulo (em vermelho na imagem) recebe o nome de Ombro Palatino, e deve ser 
quebrado. 
- Quando abrimos um canino, também ocorre a formação do ombro palatino. 
- Mas atenção, o ombro palatino não é uma estrutura anatômica. É apenas uma angulação 
formada durante a abertura endodontica de incisivos e caninos. 
 
-> Forma da raiz: Forma conicopiramidal. Secção triangular e no terço apical mais circular. 
-> Câmara pulpar: Estreita no sentido vestibulolingual e larga em sentido mesiodistal. 
-> Canal radicular: Tem a forma cônica e o canal é mais largo no sentido vestíbulolingual do 
que no sentido mesiodistal. 
 
 
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Incisivo Lateral Superior 
 
 - É comum encontrarmos malformações neste dente: sulco, 
invaginações, dens-in-dente e fusão. 
- É similar ao ICS, porém é menor. 
- Seu canal radicular é mais oval. 
->Comprimento Médio: 23,1 mm. 
-> Número de Raízes: 1 (100%). 
 
-> Número de Canais: 1 (97%) / 2 (3%) . 
-> Disposição da Raíz: 
 Distal: 49,2% Reta: 29,7% Palatina: 3,9% 
Obs: O percentual que sobra (17,2%) pode ser de qualquer formato! 
 
-> Irrupção: 8 e 9 anos. 
->Rizogênese Completa: 11 anos. 
 
->Forma da raiz: Forma conicopiramidal. É delgada e achatada no sentido mesiodistal com 
um sulco discreto. Normalmente, a porção apical é curva em sentido distal e, muitas vezes, 
em sentido distolingual. Secção oval e achatada no sentido mesiodistal. 
->Câmara pulpar: É menor que do ICS devido ao menor tamanho mesiodistal, mas 
acompanha a forma da coroa. 
->Canal radicular: O diâmetro vestíbulo lingual é maior que o diâmetro mesiodistal. 
 
 
 
 
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Canino Superior 
 
 - É um dente maior. 
- Seu canal é mais achatado no sentido vestíbulo-lingual. 
- O canino possui áreas de embolsamento (barrigas) na 
parede palatina. 
->Comprimento Médio: 26,4mm . 
-> Número de Raízes: 1 (100%) . 
-> Número de Canais: 1 (100%) . 
-> Disposição da Raíz: 
 
Reta: 38,5% Distal: 31,5% Vestibular: 12,8% ( a curvatura para vestibular é chata). 
 
-> Irrupção: Entre 11 e 12 anos. 
->Rizogênese Completa: Entre 13 e 15 anos. 
 
->Forma da raiz: Forma conicopiramidal com bordo vestibular mais arredondado e largo 
que o bordo lingual e normalmente se curva em sentido vestibulodistal. Tem secção 
triangular. 
 ->Câmara pulpar: Apresenta o máximo de largura no colo com diâmetro maior no sentido 
vestíbulolingual, principalmente na união com o canal radicular. Em direção coronal, ela se 
afila. 
->Canal radicular: É amplo e acessível, de secção oval. Possui a dimensão vestibulolingual 
mais larga que a mesiodistal. 
 
 
 
 
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Primeiro Pré-Molar Superior 
 
 -> Comprimento Médio: 21,5 mm 
-> Número de Raízes: 
1 (35,5%) 2 Diferenciadas (42%) 2 Fusionadas (19%) 
Obs: A chance de ele ter 3 raízes é bem pequena. 
Quando as raízes são fusionadas, elas estão unidas por 
cemento. Então para o tratamento endodontico é como 
se fosse uma raiz só! (em 54,5% tenho 1 raíz). 
-> Número de Canais: 
2 (84,2%) 1 (8,3%) 3 (7,5%) 
Obs: Ter um canal apenas, é uma exceção. Sempre devo procurar o segundo canal! 
-> Disposição da Raiz: 
Raiz Palatina: 
Reta: 44,4% Vest.: 27,8% Distal: 14% 
Raiz Vestibular: 
Lingual: 36,2% Reta: 27,8% Distal: 14% Vest.: 14% 
-> Irrupção: 10 à 11 anos. 
-> Rizogênese Completa: 12 à 13 anos. 
->Forma das raízes: As duas raízes tem forma conicopiramidal (vestibular mais piramidal e a 
lingual mais cônica). A raiz vestibular apresenta secção oval, achatada no sentido 
vestíbulolingual e é maior que a raiz lingual. A raiz lingual tem secção mais circular. 
->Câmara pulpar: Estreita no sentido mesiodistal e larga no sentido vestibulolingual. 
Apresenta forma cubóide. Às vezes apresenta uma única entrada em comum para os dois 
canais. 
->Canal radicular: Normalmente são 2 canais bem diferenciados (69,4%), mas podem se unir 
ao nível do terço médio da raiz com 1 forame (6,5%), se uniam ao nível do terço médio e se 
bifurcavam no terço apical com 2 forames (5,5%) ou os dois canais se uniam ao nível do terço 
apical (2,8%). 
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Segundo Pré-Molar Superior 
 
 
 
->Comprimento Médio: 21,6mm 
->Número de Raízes: 1 (94,6%) 2 fusionadas (5,4%) 
->Número de Canais: 1 (53,7%) 2 (46,3%) 
->Disposição da Raíz: 
Reta: 37,4% Distal: 33,9% Vestibular: 15,7% Baioneta: 13% 
->Irrupção: 10 à 12 anos 
->Rizogênese Completa: 12 à 14 anos. 
->Forma das raízes: A raiz é maior no sentido vestibulolingal. Inclina-se no sentido distal, 
podendo também inclinar-se em sentido distovestibular. 
->Câmara pulpar: Possui maior diâmetro vestíbulo lingual e acompanha a forma da coroa. 
->Canal radicular: Quando o canal radicular é único é bem achatado no sentido mesiodistal 
e larga no sentido vestibulolingual. 
 
 
 
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Primeiro Molar Superior 
 
->Comprimento: 21,3mm 
->Número de Raízes: 
3 Diferenciadas (95%) -> (1 palatina, 1 disto-vestibular e 1 mésio-vestibular) 
3 Fusionadas (5%) 
->Número de Canais: 4 (70%) -> O quarto canal é bem pequeno e difícil de tratar. 
 3 (30%). 
->Disposição da Raíz: 
 Raíz Palatina Raíz Mesio-Vestibular Raíz Disto-Vestibular 
Reta 40% 21% 54% 
Distal 1,1% 78% 17% 
Mesial 3,2% -------------------------- 19% 
Vestibular 55% -------------------------- --------------------------- 
Baioneta --------------------------- 1% 10% 
- O canal Palatino é o mais amplo. Sua curva vestibular não é vista na radiografia, mais é 
bem comum (55% dos casos). 
-O 4º Canal encontra-se na região mesio-palatina da raiz mesio-vestibular. 
-Em 37% dos casos o quarto canal termina em forames distintos. Em 33% acaba em um 
forame único. 
->Irrupção: entre 6 à 7 anos. 
->Rizogênese Completa: entre 9 e 10 anos. 
 
 
 
14 
 
 
 
->Forma das raízes: A raiz mesiovestibular é de maior diâmetro no sentido vestibulolingual 
do que a raiz distovestibular e é menor no sentido mesiodistal. A raiz se apresenta, 
normalmente, para o sentido distovestibular; A raiz distovestibular apresenta dimensões 
menores que a da raiz mesiovestibular e apresenta a raiz inclinada em sentido 
distovestibular; A raiz lingual é a maior e mais volumosa das três. A raiz apresenta inclinação 
no sentido distovestibular. 
 
->Câmarapulpar: É ampla com a forma da coroa. Apresenta 4 divertículos devido suas 4 
cúspides e às vezes pode apresentar 5 quando o tubérculo de Carabelli é bem pronunciado. 
Sua dimensão vestibulolingual é mais larga que a mesiodistal. No acesso ao dente, a raiz 
lingual é a mais fácil de se achar. À altura do terço cervical visualiza-se que o canal lingual é 
ligeiramente oval ou circular, o mesial muito achatado e o distal ligeiramente achatado ou 
circular. 
 
->Canal radicular: A raiz mesiovestibular normalmente apresenta 2 canais estreitos e pouco 
acessíveis que se unem perto do ápice ou não; Um mais para vestibular e outro para a lingual. 
A raiz distovestibular apresenta só 1 canal de difícil acesso tendo forma de fenda. E a raiz 
lingual, com 1 canal também é amplo e de fácil acesso, quase sempre circular ou oval. 
 
 
 
 
 
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Segundo Molar Superior 
 
- Anatomicamente é uma simplificação do 1ºM superior. 
-Sua raiz é mais reta e possui menos canais. 
->Comprimento Médio: Raiz Palatina 21mm – Demais raízes 19mm. 
->Número de Raízes: 3 Distintas (55%) 3 Fusionadas (45%) . 
-> Número de Canais: 3 (50%) 4 (50%). 
-> Disposição da Raíz: 
 Raíz Palatina Raíz Mésio-Vestibular Raíz Disto-Vestibular 
Reta 63% 22% 54% 
Distal --------------------------- 54% --------------------------- 
Mesial --------------------------- --------------------------- 17% 
Vestibular 37% --------------------------- --------------------------- 
Baioneta --------------------------- --------------------------- 9% 
 
->Irrupção: 12 e 13 anos. 
->Rizogênese Completa: Entre 14 e 16 anos. 
->Terço apical: Forma elíptica ou circular para todos canais. 
->Terço médio: Forma elíptica, alongada de vestibular para palatino e Ovalar ou circular 
para o DV e Palatino. 
->Terço cervical: MV - Forma de vírgula para 1 canal e "oitoide" para 2 canais 
DV - Ovalar ou circular 
P - Ovalar ou circular 
 
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Incisivo Central Inferior 
 
 ->Comprimento Médio: 21 mm 
->Número de Raízes: 1 (100%) 
->Número de Canais : 1 (73%) 2 (27%) 
->Disposição da Raíz: 
Reta: 67% 
Vestibular: 18,8% 
 Distal: 12,5% 
 Baioneta: 2%. 
->Irrupção: Entre 6 e 7 anos. 
->Rizogênese Completa: 9 anos. 
 
->Terço cervical, médio e apical: forma elipsóide com achatamento proximal. 
->Número e forma radicular: raiz única, forma elipsóide com achatamento proximal, 
podendo determinar a presença de dois canais: vestibular e lingual. 
 
Incisivo Lateral Inferior 
 ->Comprimento Médio: 21 mm . 
->Número de Raízes: 1 (100%) . 
-> Número de Canais : 1 (84,6%) 2 (15,4%) . 
->Disposição da Raíz: Reta: 54% Distal: 33,3% 
Vestibular: 10,7% Baioneta: 2%. 
-> Irrupção: Entre 7 e 8 anos. 
 ->Rizogênese Completa: 10 anos. 
 
17 
 
Canino Inferior 
 
 -> Comprimento Médio: 25 mm 
-> Número de Raízes: 1 (94%) 2 Fusionadas (6%) 
-> Número de Canais : 1 (88,2%) 2 (11,8%) 
->Disposição da Raíz: Reta: 68,2% 
Distal: 19,6% Vestibular: 6,8% 
->Irrupção: Entre 9 e 10 anos. 
->Rizogênese Completa: Entre 12 e 14 anos. 
->Terço cervical: Forma ovalada com base para vestibular e achatamento proximal. 
->Terço médio: Forma ovalada com base para vestibular e achatamento proximal, porém 
de menor calibre que o cervical. 
 ->Terço apical: Forma circular. 
Primeiro Pré-Molar Inferior 
 ->Comprimento Médio: 21 mm 
->Número de Raízes: 1 (82%) 2 Fusionadas (18%) 
->Número de Canais : 1 (66,6%) 2 (31,3%) 3 (2,1%) 
->Disposição da Raíz: Reta: 47,5% Distal: 34,8% 
Lingual: 7,1% Baioneta: 6,4% 
-> Irrupção: Entre 10 e 12 anos. 
 ->Rizogênese Completa: Entre 12 e 13 anos. 
->Terço cervical: forma ovalada com base para vestibular (ou elíptica, devido achatamento 
proximal, podendo determinar a bifurcação do conduto e mesmo da raiz). 
->Terço médio: forma ovalada, porém de menor calibre que o cervical. 
->Terço apical: forma circular. 
 
 
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Segundo Pré-Molar Inferior 
 
 ->Comprimento Médio: 21 mm 
->Número de Raízes: 1 (92%) 2 Fusionadas (8%) 
->Número de Canais: 1 (89,3%) 2 (10,7%) 
->Disposição da Raíz: Reta: 38,5% Distal: 39,8% 
Vestibular: 10,1% Baioneta: 6,8%. 
->Irrupção: Entre 11 e 12 anos. 
->Rizogênese Completa: Entre 13 e 14 anos. 
->Terço cervical: forma ovalada com base para vestibular (ou elíptica, devido achatam ento 
proximal, podendo determinar a bifurcação do conduto e mesmo da raiz). 
 ->Terço médio: forma ovalada, porém de menor calibre que o cervical 
 ->Terço apical: forma circular. 
Primeiro Molar Inferior 
 ->Comprimento Médio: 21 mm. 
->Número de Raízes: 2 Diferenciadas (92,2%) 
2 Fusionadas (5,3%) 3 Diferenciadas (2,5%) 
->Número de Canais: 3 (56%) 4 (36%) 2 (8%) 
->Disposição da Raiz: 
Raiz Mesial: Distal: 84% Reta: 16,5%. 
Raiz Distal: Reta: 73,5% Distal: 18% Mesial: 8,5%. 
->Irrupção: 6 à 7 anos. 
->Rizogênese Completa: 9 à 10 anos. 
->Terço Cervical: Condutos com forma elíptica e achatamento proximal. 
->Terço médio: Condutos com forma discretamente elíptica. 
->Terço apical: Condutos em forma circular. 
 
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Segundo Molar Inferior 
 
->Comprimento Médio: 21 mm 
->Número de Raízes: 
2 Diferenciadas (68%) 
2 Fusionadas (30,5%) 
 3 (1,5%) 
-> Número de Canais: 
3 (72,5%) 
2 (16,2%) 
4 (11,3%) 
 
->Disposição da Raiz: 
Raiz Fusionada: Raiz Mesial: Raiz Distal: 
Reta: 53,2% Distal: 60,8% Reta: 57,6% 
Distal: 25,6% Reta: 27,2% Distal: 18,4% 
Baioneta: 19,1% Baioneta: 8% Mesial: 13,6% 
->Irrupção: 11 à 13 anos. 
->Rizogênese Completa: 14 à 15 anos. 
 
 
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 Introdução a Endodontia 
 
->Endodontia: 
 - É a ciência que se dedica à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento das alterações 
inflamatórias dos tecidos pulpares e periapicais. 
- A polpa é constituída por tecido conjuntivo frouxo especializado. 
- Dizemos que é um tecido conjuntivo especializado, devido à presença dos odontoblastos 
dispostos em sua periferia. 
- Os odontoblastos criam uma relação entre a polpa e a dentina, formando o Complexo 
Dentino-Pulpar. Assim, eventos que ocorrem na dentina repercutem na polpa, e eventos que 
ocorrem na polpa repercutem na dentina. 
->Pulpite: 
- É a inflamação da polpa. 
- Quando a polpa esta no estágio de pulpite ela ainda está viva. -A pulpite pode ou não ser 
sintomática. 
- Ela pode ser crônica ou aguda. 
- Mesmo quando eu tenho apenas uma mancha branca (cariosa) no dente, a polpa já inflama. 
- Toda a região inflamada é hipersensível, ou seja, seu limiar de ativação é menor. Assim, é 
esperadoque um dente com a polpa inflamada seja mais sensível aos estímulos do meio. 
- A polpa pode inflamar tanto, que o processo se torna irreversível. Neste caso, devemos 
fazer o tratamento endodontico desse dente que receberá o nome de Biopulpectomia. 
->Necrose Pulpar: 
- A necrose pulpar sempre causa a contaminação da cavidade pulpar e da região apical por 
bactérias. 
- As bactérias saem pelo forame apical e irritam a região apical. 
- Com isso, há a infecção que acaba destruindo o osso. Forma-se então um granuloma ou um 
cisto apical. 
- Quando fazemos o tratamento endodontico em um dente necrosado, chama-se 
Necropulpectomia. 
21 
 
->Radiografia Inicial e Diagnóstica: 
- Após a necrose pulpar, pode formar tanto um cisto quanto um granuloma apical. Mas pela 
radiografia não consigo saber se é um ou o outro. 
- Se um determinado dente já passou por um tratamento endodontico, mas mesmo assim 
um cisto/granuloma persistir, este dente deve ser retratado. 
- No tratamento endodontico devo abrir o dente, limpar e desinfetar a cavidade pulpar. Ela 
também deve ser ampliada e preenchida com um material inerte. Esse material serve para 
eliminar o habitat das bactérias. 
 - Se o dente dói com um estímulo, como por exemplo o frio intenso, é sinal que a polpa ainda 
esta viva! 
->Pus: 
- O pus pode ser fagocitado pelo organismo ou drenar, formando uma fístula. 
- A fístula pode ser usada como diagnóstico: deve-se Insirir nela um cone de guta-percha 
para consiguir encontrar o dente responsável pela inflamação. 
 
->Anestesia: 
- É feita após o raio-x e obtenção do diagnóstico. 
- Se o dente apresentar um cisto/granuloma apical eu posso fazer o tratamento endodontico 
sem anestesia, pois a polpa já necrosou. 
- Mas é mais interessante usar sempre a anestesia, pois durante o tratamento pode haver o 
extravasamento de fluidos que geram sensibilidade na região apical. 
-> Isolamento Absoluto: 
- Em endodontia, o isolamento absoluto é feito somente no dente que será tratado. 
- E deve sempre ser feito! 
 
 
 
 
 
22 
 
Acesso á Cavidade Pulpar 
- É a fase operatória do tratamento endodontico que permite o acesso ao interior da cavidade 
pulpar através da remoção do teto da câmara, e a realização de desgastes compensatórios e 
extensões suplementares que permitam um acesso direto, amplo e sem obstáculos à toda 
extensão dos canais radiculares. 
- Ou seja, é a retirada do teto da câmara pulpar. É feito com brocas. 
- No tratamento endodontico todo o teto da câmara pulpar deve ser retirado. A permanência 
de restos do teto da câmara pulpar dificulta a localização dos canais radiculares e gera o 
escurecimento da coroa dental. 
- Sabemos assim, que um tratamento endodontico só irá escurecer o dente se for mal 
executado (se restarem restos de polpa). 
- Devemos ter em mente que a câmara pulpar segue o formato do dente! 
- Desgastes Compensatórios: É a retirada dos ombros dentinários vindos da dentina 
secundária, que dificultam o acesso aos canais radiculares. 
->Objetivos da Abertura Coronária: 
1- Possibilitar um acesso livre e direto a todas as porções da cavidade pulpar, especialmente 
a todas as paredes dos canais radiculares. 
2- Visualização plena da Câmara Pulpar, sem perfurar seu assoalho. 
3- Facilitar as etapas seguintes do tratamento. 
Obs: Quando não conseguimos localizar todos os canais, é porque nossa abertura coronária 
esta deficiente (não conseguimos remover todo o teto da câmara pulpar). 
->Princípios da Abertura Coronária: 
- Remoção de todo o teto da câmara pulpar, dos divertículos (reentrâncias) que abrigam os 
cornos pulpares e exposição dos orifícios de entrada dos canais. 
- Não alterar a anatomia do assoalho da câmara pulpar, pois sua integridade tende a guiar o 
instrumento até a entrada dos canais (o assoalho da câmara pulpar é convexo, sendo mais 
baixo nas embocaduras dos canais). Ou seja, o assoalho não deve ser tocado pelas brocas 
que fazem a abertura coronária! 
 - Conservação da estrutura dentária, prevenindo a fratura e o enfraquecimento do esmalte 
e dentina remanescentes. 
- Prover formas de resistência para permanência total do selamento provisório da cavidade 
de acesso até a colocação da restauração final. 23 
 
 
->Etapas da Abertura Coronária: 
 
1- Ponto de Eleição: 
-É por onde se iniciará a abertura coronária. 
-O ponto de eleição, deve sempre ser o mais fácil, e que proporcione uma menor trajetória 
até a câmara pulpar. 
2- Direção de Trepanação: (Broca 1014) - Pré-clinica Unime lauro - 
 -Trepanar =Furar . Então trepanação é o rompimento do teto da câmara pulpar. 
- Ou seja, a trepanação é a abertura da cavidade, fazendo um pequeno orifício der acesso 
para atingir a câmara pulpar; traz a sensação de “cair no vazio”. 
-A Trepanação ocorre em direção a parte mais volumosa da câmara pulpar. E está relacionada 
com o posicionamento e inclinação dos dentes: 
- Dentes Superiores: Ocluem por fora dos dentes inferiores (são mais inclinados para 
vestibular) . 
- Dentes Inferiores: Ocluem por dentro dos superiores (são mais inclinados para lingual). 
- Quando ocorre a trepanação há a sensação de “Queda no Vazio”. É a sensação de falta de 
resistência, pois rompemos a dentina que é mais firme e atingimos a polpa que possui apenas 
tecido mole. 
-Para não corrermos o risco de passar pela câmara pulpar e perfurar o outro lado do dente, 
devemos ir aprofundando aos poucos e ir sondando. 
-Quanto menor a distancia entre o teto e o assoalho da câmara pulpar, menor a sensação de 
queda no vazio. Portanto, maior deve ser o cuidado!!! 
- Logo após trepanar “furar o teto da câmara pulpar”, já devo mudar de broca. Pois irá 
começar a forma de contorno. 
3- Forma de Contorno: (Broca ENDO Z) – Pré clínica Unime Lauro - 
- É a remoção do teto da câmara pulpar. 
- Ela segue a forma da câmara pulpar. Ou seja, a forma de contorno não é definida pelo CD, 
mas sim pela própria forma da câmara pulpar. 
 
24 
 
 
 
 
4- Forma de Conveniência: (Broca ENDO Z) – Pré clínica Unime Lauro - 
- São os desgastes compensatórios (remoção dos ombros dentinários) e ampliação da 
embocadura dos canais. 
- Os ombros são dentina secundária que se formam sobre as paredes laterais e a entrada do 
canal. 
- A dentina secundária se forma durante toda a vida do paciente. Ela não chega a obliterar a 
entrada do canal radicular, mais dificulta sua localização. 
- Por isso, dizemos que a dentina secundária altera o volume da câmara pulpar. 
- Já a dentina de reação pode obliterar a entrada do canal, e chegar até a fechar toda a 
câmara pulpar. 
- Dizemos então, que a dentina reacional altera o volume e a forma da câmara pulpar. 
- A forma de conveniência serve para melhorar o acesso dos instrumentos a toda extensão 
do canal. 
- Se fará a remoção do “ombro palatino” dos dentes anteriores. 
- Eliminação da convexidade das paredes dos dentes posteriores; essa convexidade é 
formada pelos “ombros” dentinários. 
 - Saliências que atrapalham o preparo também devem ser removidas. 
5- Limpeza da Cavidade: 
- Eliminar detritos de dentina e restos de tecido pulpar necrótico. 
- Deve ser feita uma irrigação profusa (abundante), com hipoclorito de sódio (Qboa) entre 
0,5 à 5%. Na UFPR usamos a 1%. 
- O hipoclorito degrada a parte orgânica do tecido e, ajuda a neutralizar as bactérias 
presentes na câmara pulpar, para que elas não sejam levadas para o canal radicular durante 
o tratamento. 
Obs.: Já existem bactérias no canal radicular, mas em menor quantidade que na câmara 
pulpar. 
 
 
 
 
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Incisivos 
- Sua abertura terá a Forma Triangular (Forma de Contorno), com a base voltada para a 
incisal e o vértice voltado para a lingual. 
Obs: A disposição correta das paredes na abertura coronária, serve para preservar 
estrutura e facilitar o acesso aos canais radiculares.->Ponto de Eleição: 
 - Centro da face palatina, 1 à 2mm distante do cíngulo. 
- O ponto de eleição não deve ser no cíngulo, pois o cíngulo serve para dar resistência e 
sustentação ao dente, portanto deve ser preservado. 
->Direção de Trepanação: 
-Em direção ao centro do dente na altura do colo anatômico, paralelamente ao longo eixo 
do dente. 
 
Caninos 
 
- Os caninos tem um único corno pulpar, que esta no centro de sua cúspide. 
- Assim, a abertura terá a Forma Losangular (Forma de Contorno). 
- Parede vestibular convergente para lingual. 
- As Paredes Lingual, Mesial e Distal ficam paralelas entre si. 
-> Ponto de Eleição: 
- No centro da face palatina, 1 à 2mm distante do cíngulo. 
- O ponto de eleição não deve ser no cíngulo, pois o cíngulo serve para dar resistência e 
sustentação ao dente, portanto deve ser preservado. 
->Direção de Trepanação: 
 -Paralelo ao longo eixo do dente. 
 
 
26 
 
Pré-Molares 
- Possuem 2 cornos pulpares. 
- A abertura coronária terá a forma contorno: oval nos pré-molares superiores e circular 
nos pré-molares inferiores. 
- Paredes Mesial e Distal paralelas entre si. 
 - Paredes lingual e vestibular levemente convergentes para oclusal (isso é definido na 
forma de contorno) 
->Ponto de Eleição: 
 -No centro da superfície oclusal (centro do sulco Mésio-Distal) 
->Direção de Trepanação: 
-Reto, paralelo ao longo eixo do dente. 
*Inferiores: Movimentos no sentido mesiodistal. 
*Superiores: Movimentos no sentido vestibulolingual. 
 
Obs.: Na Pré-clinica de Endo da Unime- Lauro de freitas só trabalhamos até pré-molar, os 
molares só na clínica de urgências no 9º semestre! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
Radiografia em Endodontia 
 
 O tratamento endodôntico é limitado, pois as únicas informações que temos para nos 
auxiliar em nosso trabalho são: 
- Estatísticas anatômicas; 
- Sensibilidade tátil; 
- Radiografia; -> Por isso, a importância de fazermos boas radiografias! 
-> Repensando a Radiologia: 
- É imprescindível que se visualize com perfeição as estruturas relacionadas à Endodontia. 
- É muito útil tirar o máximo proveito de variações de técnicas clássicas. 
- É fundamental interpretar corretamente as imagens obtidas. 
->Técnicas Clássicas: 
1- PERIAPICAL 
Variação do ângulo Vertical: Técnica de Le Master 
Variação do ângulo horizontal: Técnica de Clarck 
-> É a técnica mais utilizada em endodontia, pois permite uma boa visualização do ápice 
dental. 
->Técnica de Le Máster: 
- É uma radiografia periapical, com variação do ângulo vertical; 
- Usada em molares superiores; 
- Na técnica de Le Master diminuímos o ângulo vertical; 
 - Uma imagem radiográfica ideal não deve ser nem alongada, nem encurtada; 
 - Porém, é melhor encurtar do que alongar a imagem. Pois quando a alongamos, perdemos 
nitidez; 
 - Às vezes encurtamos a imagem de propósito para visualizar melhor o ápice (mas é 
um encurtamento pequeno, encurtar muito também não é bom); 
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Diminuição do Ângulo Vertical = Imagem Alongada 
Aumento do Ângulo Vertical = Imagem Encurtada 
 
- Como na técnica de Le Master diminuímos o ângulo vertical, a tendência é que a imagem 
fique alongada; 
- Para não ocorrer esse alongamento, deixo o objeto e o filme paralelos com um chumaço de 
algodão; 
- O objetivo dessa técnica é evitar a projeção do processo zigomático da maxila sobre 
o ápice do 1 º e principalmente do 2º Molar Superior; 
- Usando essa técnica o feixe de radiação passará por baixo do processo zigomático 
da maxila, permitindo a visualização dos ápices dentais. 
->Técnica de Clarck: 
- É uma técnica periapical com variação da angulação horizontal. 
- Segue o Princípio do Paralaxe: “Quando o observador se desloca para direita ou 
esquerda, o objeto MAIS PRÓXIMO tende a se deslocar em sentido CONTRÁRIO ao do 
observador. O objeto que estiver MAIS DISTANTE do observador, irá se deslocar no 
MESMO sentido do observador. 
 -> Orto-Radial: Convencional. O feixe de radiação fica perpendicular ao objeto que será 
radiografado; 
-> Mesio-Radial: Entro com o feixe de radiação de mesial para distal (variação de 10 à 15°); 
-> Disto-Radial: Entro com o feixe de radiação de distal para mesial (variação de 10 à 15°). 
Obs.: As angulações mesio-radial e disto-radial fazem a dissociação da imagem. 
 
->Incidência de eleição nos Dentes: 
- Dentes com 1 canal: Orto-Radial; 
- Pré-Molares (2 canais): Incidência de eleição é Mesio-Radial, pois nestes dentes o 
filme fica meio torto. Fazendo uma Disto-radial corre-se o risco de projetar a imagem fora 
da película; 
- Pré-Molares (1 canal): Neste caso uso a Orto-radial. 
 
29 
 
 
2- INTERPROXIMAL (BITE-WING): 
Utilizada para verificar: 
 - Cárie; 
- Relação restauração / corno; 
- Relação teto/assoalho; 
- Relação assoalho/furca; 
- Presença de nódulos; 
- Atresias da câmara pulpar; 
- Adaptação de restaurações. 
Obs.: A técnica interproximal, não é utilizada no transoperatório de endodontia. 
Usamos apenas para diagnóstico e para auxiliar na abertura coronária. 
 
 Na Endodontia faremos 5 radiografia: 
1- Inicial (é feita sem isolamento absoluto, antes de começar o trabalho); 
2- Odontometria; 
3- Prova de Cone ; 
4- Comprovação de Obturação; 
5- Final (Sem isolamento absoluto. É uma radiografia de documentação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
 
Fisiologia e Tratamento da dor no Complexo Dentino Pulpar 
 
 
-> Proteção Pulpar: 
Indireta Direta 
Procedimentos Restauradores. - Exposições pequenas e Acidentais; 
 - Ausência de Contaminação; 
 - Paciente Jovem. 
 
-> Pulpotomia: É a remoção da porção mais afetada do tecido pulpar, geralmente a polpa 
coronária, preservando a vitalidade da polpa radicular. 
- Remoção da polpa coronária; 
- Não é tratamento definitivo; 
- É feito em Urgências�; 
- Apicogênese. 
 
*Apicogênese: É a Manutenção da polpa radicular para permitir a completa formação 
radicular. 
- Refere-se ao procedimento de induzir a formação apical de um dente com polpa viva. As 
caraterísticas desta terapia são: 
-> Manter a integridade da bainha de Hertwig, deposição de dentina nas paredes do dente e 
desenvolvimento radicular normal, anatômico e histológico. 
-> A indicação da apicigênese é em dente imaturo com formação radicular incompleta e lesão 
da polpa coronária,mas com polpa radicular sadia. A coroa deve estar preservada e com 
condições de ser restaurada. 
 
 
-> Biopulpectomia: Pode ser definida como a remoção da polpa vital, normal ou inflamada. 
Este procedimento microcirúrgico tem sua indicação primordial nos casos de pulpite 
irreversível ou onde houve fracasso do tratamento conservador. 
-> Desinfecção do conteúdo necrótico. 
 
31 
Tratamento Conservador 
Tratamento Radical 
 
 Pulpite Reversível: 
 Na pulpite reversível a polpa está inflamada a tal ponto que os estímulos térmicos, 
normalmente o frio causam uma resposta rápida, aguda e hipersensível que cessa 
imediatamente após a remoção do estímulo. Quando não estimulada não há percepção de 
dor. 
->Agente etiológico: 
- Cárie incipiente; 
- Raspagem periodontal; 
- Alisamento radicular; 
- Restauração sem proteção pulpar e/ou deslocamento de restauração. 
-> ATT.: 
- Quando o irritante é removido, ou seja, a polpa é isolada do agente irritante, a condição 
inflamatória se reverte a um estado não inflamado assintomático. 
- Por outro lado, se a irritação persiste, a inflamação e os sintomas também persistem e 
podem se tornar mais intensos e levar a um quadro de pulpite irreversível. 
-> Tratamento: 
-> O tratamento da pulpite reversível é do tipo conservador: como a remoção de tecido 
cariado e a realizaçãode restauração com proteção pulpar. 
-> Podemos também lançar mão de um curativo de óxido de zinco e eugenol (efeito 
analgésico e anti-inflamatório), reavaliar após 7 dias e realização da restauração. 
->Testes Pulpares: 
– Frio: Dor rápida, aguda e localizada que cessa após a remoção do estímulo, ou alguns 
segundos após. 
– Calor: Dor aguda e imediata podendo causar dor tardia. 
 
 
 
 
 
 
32 
 
 Pulpite Irreversível: 
A pulpite irreversível normalmente é uma sequela da pulpite reversível. Danos pulpares 
severos que vão desde uma remoção extensa de dentina durante procedimentos 
restauradores até a falta de suprimento sanguíneo a polpa por razão de trauma. 
- Ainda que a causa seja removida, o processo inflamatório persiste. 
->Exame clínico: 
- Presença de cáries ou restaurações extensas. 
-> Testes pulpares: 
- Calor: Positivo, podendo ocorrer exacerbação da dor. 
- Frio: Geralmente não há resposta, mas nos casos sintomáticos o frio pode causar alívio! 
Caso se encontre nos estágios iniciais pode presentar resposta positiva. 
- A pulpite irreversível pode ser aguda, subaguda ou crônica; 
- Pode ser parcial ou total; 
- Infectada ou não. 
* Clinicamente, a inflamação aguda da polpa é sintomática, enquanto a inflamação crônica 
é usualmente assintomática. 
 
HISTOFISIOLOGIA PULPAR ( Att.: P/Provas e Concursos) 
 
-> Origem da Polpa Dental: 
- Tecido Mesenquimal; *Papila dentária 
-> Componentes da Polpa Dental: 
- Células; 
- Matriz Extracelular; 
- Fibras; 
- Vasos Sanguíneos; 
- Vasos linfáticos; 
- Nervos. 
33 
 
-> Componentes Celulares: 
*Odontoblastos : 
- Células colunares dispostas em paliçada,localizadas na periferia; 
- Forma e arranjo variam de acordo com a localização – Atividade metabólica: 
 > Coronária e cervical: cilíndricas altas; 
 > Médio: cilíndricas baixas; 
 > Apical: cúbicas. 
- Constituição: 
• Corpo celular; 
• Prolongamentos celulares (fibrilas de Tomes). - 0,5 – 1,0 mm (BYERS; SAGAYA, 1995). 
- Altamente diferenciados, especializados na produção de dentina dentina primária, 
secundária e terciária; 
- Estímulos fisiológicos; 
- Estímulos moderados: cárie incipiente de esmalte, cárie de progressão lenta, preparos 
cavitários rasos. 
* FIBROBLASTOS: 
• Células mais numerosas da Polpa; 
• Células fusiformes ou estreladas, prolongamentos; 
• Grande quantidade de organelas; 
• Síntese e secreção de componentes da matriz extracelular e fibras; 
• Envelhecimento – fibrócito. 
*CÉLULAS MESENQUIMAIS INDIFERENCIADAS: 
• Semelhantes aos fibroblastos; 
• Células de reserva; 
• Capacidade de diferenciação em odontoblastos,fibroblastos; 
• Localizadas ao redor dos vasos sanguíneos; 
• Diminuem com a idade. 
34 
 
 
* CÉLULAS DO SISTEMA IMUNE: 
• Linfócitos T, Macrófagos, Células dendríticas (Células apresentadoras de antígenos - APCs). 
 
* MATRIZ EXTRACELULAR: 
• Meio de transporte para nutrição; 
• Proteoglicanas e água; 
• Feixes de fibras,fibras nervosas,vasos sanguíneos e elementos celulares. 
 
* TRAMA FIBRILAR: 
• Fibras colágenas: arcabouço do tecido pulpar. 
 - Colágeno tipo I (60%); 
 - Maior concentração próximo ao ápice, dispostas paralelamente; 
 - Pequena quantidade em polpas jovens; 
 - Resposta pulpar inversamente relacionada com sua presença. 
• Fibras reticulares (von Korff): em torno dos vasos. 
 - Colágeno tipo III. 
• Fibras elásticas: paredes dos vasos. 
 - Escassas. 
 
* VASCULARIZAÇÃO: 
• Ricamente vascularizada; 
• Sistema microcirculatório: 
 - Arteríolas, capilares,vênulas; 
• Tipo terminal – anastomoses; 
• Fluxo sanguíneo na polpa coronária é quase o dobro da região radicular; 
• Vasos linfáticos – drenagem e direcionamento das APCs até os linfonodos regionais. 
 
35 
 
* INERVAÇÃO: 
• Corpos celulares no gânglio trigeminal; 
• Terminações nervosas livres (nociceptores); 
• Maioria das terminações está situada na interface dentina-polpa da polpa coronária; 
- Fibras mielínicas (tipo A) 
• Localização periférica; 
• Raschkow; 
• Algumas penetram nos túbulos dentinários (150-200µm); 
• Respondem a estímulos “hidrodinâmicos” aplicados na dentina; 
• Dor aguda, pulsátil, rápida; 
• Sensibilidade dentinária -> Ativação mecânica da fibras tipo A -> Teoria hidrodinâmica da 
dor. 
- Teoria hidrodinâmica da dor: 
-> Estímulo na dentina; 
-> Alta força capilar nos finos túbulos dentinários; 
-> Fluxo hidrodinâmico do fluido dos túbulos dentinários para fora; 
-> Distorção mecânica na área da junção dentino-pulpar; 
-> Estimulação das fibras tipos A; 
= Dor ! 
- Fibras amielínicas (tipo C): 
• Localização profunda; 
• Limiar de excitação alto; 
• Estímulos mais fortes (térmicos ou mecânicos intensos) e mediadores inflamatórios 
(bradicinina e histamina); 
• Dor difusa, mais lenta; 
• Mantêm a integridade por mais tempo. 
 
 
36 
 
 Funções da Polpa Dental: 
Formadora: 
• Produção de dentina 
Nutritiva: 
• Vascularização; 
• Líquido para as estruturas orgânicas dos tecidos mineralizados. 
Defensiva: 
• Formação de dentina reacional ou reparadora; 
• Sensibilidade dolorosa; 
• Sistema de defesa celular. 
Sensorial: 
• Resposta aos estímulos nocivos da dor. 
->Características peculiares da Polpa Dental: 
• Confinamento entre paredes resistentes de dentina; 
• Circulação do tipo terminal; 
• Deposição contínua de dentina; 
• Túbulos dentinários – vias de comunicação. 
 
 -> Modificações com a idade da Polpa Dental: 
• Diminuição do volume da polpa; 
• Diminuição dos componentes celulares; 
• Aumento da trama fibrilar; 
• Degeneração de fibras nervosas; 
• Remodelação da rede vascular; 
• Calcificações; 
• Diminuição do volume pulpar; 
• Remodelação da rede vascular. 
= Diminuição da capacidade de reparação. 
37 
 
Instrumentos Endodonticos 
1- História: 
- Pierre Fauchard (1.746) : Cordas de piano ; 
- Edwin Maynard (1.838): Mola de Relógio; 
- Até 1.875 eram os próprios CDs que fabricavam seus instrumentos; 
- Wais e Ingle (1.954-1.956): Não havia ajustes entre os instrumentos e o material 
obturador; 
- Ingle e Levine (1958-1962): Proposta de Estandartização (padronização) dos instrumentos. 
2 - Tipos de Instrumentos Endodonticos: 
- Limas: Cortam por raspagem/torção; 
- Brocas; 
- Instrumentos Manuais; 
- Instrumentos para obturação; 
- Instrumentação Mecanizada. 
-> Normas- Instituições que padronizam os instrumentos: ANSI, ISO e FDI. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
-> Cabo: 
- Parte onde é feito o comando do instrumento; 
- O cabo deve ter o comprimento de 11mm; 
- Seu diâmetro deve estar entre 2mm (mínimo) à 5mm (máximo), permitindo rotação e 
tração; 
38 
 
 - A forma do cabo tem o intuito de facilitar a pega do instrumental; 
 - O cabo deve proporcionar o maior conforto possível ao operador; 
 - Feito de silicone ou plástico autoclaváveis. 
-> Haste: 
 - Une o cabo à parte ativa do instrumental; 
- Ela tem um tamanho variável. Sendo assim, ela definirá o comprimento do instrumento; 
- Quanto mais curto o instrumento, melhor o comando. Por isso, usamos sempre o 
instrumento de menor comprimento possível para cada caso. 
- Quanto mais curto, melhor o comando e a transmissão do movimento. 
- A haste pode ter: 18mm - 19mm – 21mm – 25mm – 27mm ou 31mm 
- No Brasil as hastes possuem 21mm, 25mm ou 31mm. 
-> Parte Ativa: 
- É a parte de corte do instrumento; 
- A parte ativa possui um comprimento fixo -> 16mm; 
- Sendo assim, a parte ativa vai do “D0” ao “D16”. 
 
 
 
-> Conicidade / Taper: 
- Conicidade é a relação entre o aumento no diâmetro por unidade de comprimento da 
lâmina ativa do instrumento; 
- Como o canal é cônico, o ideal é usarmos instrumentos cônicos; 
- Varia de 0,2 à 12mm/mm -> .02 à .12: 
0,02mm/mm - 0,03mm/mm - 0 ,04mm/mm - 0,05mm/mm - 0,06mm/mm - 0,07mm/mm - 
0,08mm/mm - 0,09mm/mm - 0 ,10mm/mm - 0,11mm/mm - 0,12mm/mm; 
- Os instrumentos manuais convencionais tem uma conicidade fixa de 0,2mm/mm.Isso 
significa que há um aumento na conicidade de 0,02mm a cada 1mm da lâmina ativa; 
 
 
39 
 
- Ex: A Lima 15 tem no D0 = 0,15 mm (15 décimos de milímetros de diâmetro). 
No D1 aumentará 0,2mm/mm de diâmetro e ela terá 0,17 mm / D2 = 0,19 mm / D3 = 0,21 
mm / ... / D10 = 0,35 mm / D11 = 0,37 mm / D12 = 0,39 mm / D13 = 0,41 mm / D14 = 0,43 
mm / D15 = 0,45 mm. E no D16, ela terá 0,47 mm, ou seja, 0,32 mm a mais que em D0. 
 - Ou seja, a variação a cada mm, desde D0 (0,00) à D16 é de 0,32mm nos instrumentos 
convencionais; 
 
- Instrumentos com uma conicidade maior que 
0,2mm/mm permitem um tipo diferente de 
preparo; 
- Se o instrumento for mais cônico (azul), posso 
usar um único instrumento para dar conicidade ao 
canal; 
- Já um instrumento com menor conicidade 
(preto), penetra mais fundo no canal; 
 
- Instrumentos rotatórios também têm conicidade, mas é variável entre os fabricantes ou 
marcas. Podem ainda ter múltiplas conicidades. Não há uma padronização. 
-> Diâmetro: 
- O diâmetro determina a série das limas; 
- É definida no “D0” do instrumento; 
- O diâmetro da ponta de um instrumento endodontico é denominado “D0”; 
Ex: Lima 10, tem no “D0” 10 décimos de milímetros de diâmetro. 
- O diâmetro junto à haste é denominado “D16” porque a parte ativa do instrumento tem 
16mm de comprimento. 
 -“D0” varia de = 06 à 140. 
-> Os instrumentos endodonticos apresentam 4 Séries: 
SÉRIE DIÂMETROS DA SÉRIE GRADUAÇÃO DE AUMENTO 
DE DIÂMETRO 
Série Especial 06 à 10 0,02mm 
1º e 2º Série 10 à 60 0,05mm 
3º Série 60 à 140 0,1mm 
40 
 
-> Limas de Série Especial: 
- As Limas da Série Especial tem um menor aumento de diâmetro; 
- Ou seja, de um instrumento à outro da série, há um aumento de apenas 0,02mm de 
diâmetro; 
- Essas limas são usadas em dentes com câmara pulpar atrésica; 
- A Série Especial possui 3 limas: 
Nº D0 D16 
6 0,06mm 0,38mm 
8 0,08mm 0,40mm 
10 0,10mm 0,42mm 
-> Limas de 1º Série: 
- Vão do 15 ao 40; 
- Elas aumentam 0,05mm de diâmetro de uma lima para a outra; 
- A 1º Série possui 6 limas: 
Nº D0 D16 
15 0,15mm 0,47mm 
20 0,20mm 0,52mm 
25 0,25mm 0,57mm 
30 0,30mm 0,62mm 
35 0,35mm 0,67mm 
40 0,40mm 0,72mm 
-> Limas de 2º Série: 
 - Vão do 45 à 80; 
- Podemos dizer que as limas de 2º série são mistas. Pois há instrumentos que aumentam 
0,05mm de diâmetro (da 45 à 60) e outros que aumentam 0,1mm de diâmetro (60 à 80). 
- A 2º Série possui 6 limas: 
Nº D0 D16 
45 0,45mm 0,77mm 
50 0,50mm 0,82mm 
55 0,55mm 0,87mm 
60 0,60mm 0,92mm 
70 0,70mm 1,02mm 
80 0,80mm 1,12mm 
 
41 
 
->Limas de 3º Série: 
- São usadas em canais mais amplos; 
- A 3º Série possui 6 instrumentos: 
Nº D0 D16 
90 0,90mm 1,22mm 
100 1mm 1,32mm 
110 1,10mm 1,42mm 
120 1,20mm 1,52mm 
130 1,30mm 1,62mm 
140 1,40mm 1,72mm 
*Somando-se todas as séries temos 21 instrumentos!!! 
-> Cor: 
 
- A cor determina o diâmetro de cada 
instrumento; 
- Analisando a tabela, vemos que o primeiro 
instrumento de cada série é branco; 
- Já o segundo instrumento de cada série é 
amarelo. E assim, sucessivamente. 
- Isso facilita o trabalho do CD que sabe que o 
instrumento mais fino de cada série é branco, 
o mais grosso é preto, etc; 
- Alguns cones de guta-percha e de papel absorvente seguem essas cores. 
->Numeração: As limas possuem uma numeração de 6 à 140 (0,06mm à 1,40mm no D0), 
divididas em 4 série (como vimos anteriormente). 
-> Guia de Penetração: 
- É o ângulo do bico/ponta do instrumento; 
- Confere ao instrumento o poder de corte e penetração, guiando o mesmo dentro do 
canal; 
- A guia de penetração deve ser 75º +/-15º. Ou seja, a guia de penetração deve estar entre 
60º (ponta mais aguda) e 90º (ponta mais reta). 
- É o fabricante que decide se a guia de penetração será ATIVA ou INATIVA; 
42 
 
- Os instrumentos flexíveis, as Gates e os instrumentos usados em contra ângulo tem a guia 
de penetração INATIVA. 
-> Guia de Penetração Ativa: Com Arestas, ângulos vivos. 
-> Guia de Penetração Inativa: Sem corte na Extremidade. 
*A Guia de Penetração INATIVA, é a de escolha pois: 
- Desviam menos, formando menos degraus; 
- Não há risco de perfurações indesejadas. 
-> Seção Transversal: 
 - A seção transversal dos instrumentos NÃO É PADRONIZADA. 
- Cada fabricante faz de um jeito, mas deve estar especificado na caixa. 
*Hoje existem várias formas de seção transversal disponíveis no mercado: 
1- Circular; 
2- Triplo “S” e “U”; 
3- Losangular: não é mais fabricada ; 
4- Quadrangular: São as mais usadas por clinico geral. Possuem o ângulo em 90º; 
5- Triangular: São a tendência hoje dentre os instrumentos manuais convencionais. Elas 
possuem menos massa metálica, por isso são mais flexíveis. Seu ângulo de corte é de 60º, 
ou seja, são ângulos mais agudos, por isso cortam mais; sendo mais eficientes; 
6- K3; 
7- HERO; 
8- ProTaper; 
9- Profile; 
10- Quantec. 
->Passo entre Espiras: 
- É a distância entre as espiras de um instrumental. 
-> Maior ângulo - Corte por raspagem (espiras mais juntas); 
->Menor ângulo - Corte por rotação / giro (espiras mais separadas). 
 
43 
 
-> Classificação dos Instrumentais: 
GRUPO I: 
A- Limas Tipo K; 
B- Limas de Hedström. 
Limas Tipo K (Kerr): 
- Aço inoxidável; 
- Torcidas (25 “voltas”); 
- Menor distância entre as espiras (mais torcida); 
- Movimentos variados (permite limagem e giros); 
Desvantagens: 
- Guia de penetração ATIVA; 
- Seção quadrangular; 
- Baixa flexibilidade. 
- Dos instrumentos endodonticos ainda em uso, as limas Tipo K são as mais velhas, e 
originaram vários outros instrumentais; 
- As limas de 2º Série e as Limas Especiais são Tipo Kerr (pois tem seção quadrangular e 
ponta ativa); 
- As limas tipo Kerr originaram várias outras; 
-Indentificação: Na caixa estará escrito Lima K ou K-file. E no cabo há um quadrado que 
indica sua sessão transversal. 
Limas Tipo Hedström: 
- Aço inoxidável; 
- Usinadas; 
- Seção Circular; 
- Guia de Penetração INATIVA; -> É sua única vantagem! 
- Pouca Flexibilidade; 
- Movimento de limagem; 
- Possuem uma bolinha no cabo para identificá-las; 
44 
 
- Conformação: Cones Superpostos; 
- Devido a sua conformação, elas são limas frágeis. Necessitam que outros instrumentos 
abram espaço para ela; 
- Pouco usadas. São utilizadas para retratamento. 
Obs.: As limas do Grupo II não são mais utilizadas! 
GRUPO III: 
- Para canetas; 
- São instrumentos rotatórios desenvolvidos em peça única para usar intra-canal; 
- Conexão, haste e parte ativa fazem parte de uma única unidade; 
- Fazem parte do Grupo III: 
A- Lentulo ; 
B- Gates ; 
C- Brocas de Largo. 
-> Limas Flexíveis: 
-> As limas flexíveis foram todas baseadas nas Limas Tipo Kerr. 
- K–Flex: 
- É da Kerr; 
- Aço inoxidável; 
- Torcida; 
- Seção transversal losangular; 
- Guia de penetração ATIVA; 
- Movimentos variados. 
- Flexo-File: 
- Aço inoxidável; 
- Torcida (33 “voltas”); 
- Maior corte -Seção Triangular; 
- Guia de Penetração INATIVA (antigamente sua guia era ativa); 
- Ótima flexibilidade (possuem molibdênio); 
 45 
 
-Movimentos Variados; 
- É uma lima de eleição/ referência para instrumentação manual (é uma lima muito boa); 
- São oferecidas comercialmente, nos comprimentos de 18, 21, 25 e 31mm. Nos números 
de 15 à 40; 
 - Estudos demostram que: 
- Quanto maior o diâmetro da lima = mais ela desvia; 
- Quanto mais flexível uma lima = menos ela desvia; 
- A Flexo-File é a lima que menos desvia! 
- Flex – R: 
- Aço inoxidável; 
- Usinada (maior tendência à fratura); 
- Seção triangular; 
- Guia de penetração INATIVA (primeiro instrumento com essa característica); 
- Movimentos variados; 
- Média Flexibilidade (em relação a Flexo-File); 
- Oferecidas comercialmente no comprimentode 21mm nos nº de 8 à 80. Comprimento de 
25 e 31mm nos nº de 8 à 140. 
- Pathfinder: 
- É uma lima 12; 
- Aço inoxidável; 
- NÃO É CÔNICA, é cilindrica. Ou seja, possui paredes paralelas; 
- Usada na exploração dos canais, pois os canais são cônicos num primeiro momento. Mas, 
com o passar do tempo há deposição de dentina secundária no terço médio e no terço 
cervical, deixando o canal mais reto. 
Obs.: A dentina secundária não é depositada no terço apical, pois ela poderia tapar o 
forame apical, matando a polpa! 
 
 
 
46 
 
- Golden Mediums: 
- São limas intermediárias; 
- Fazem uma transição mais suave entre limas de diferentes calibres. Ou seja: 
Entre a lima 15 e a 20 há uma Golden de 17; 
Entre a lima 20 e a 25 há uma golden de 22, etc... 
 
 
 Com o tempo percebeu-se que essas limas 
intermediárias eram desnecessárias! 
 
 
- Disponíveis comercialmente nos comprimentos de 21, 25 e 31mm. 
- Limas Nitiflex / Sureflex: 
- Liga NÍQUEL/TITÂNIO; 
- Usinadas -Seção triangular; 
-Guia de penetração INATIVA; 
- Alta flexibilidade; 
- Baixo módulo de elasticidade; 
- Movimentos de alargamento; 
- São identificadas por um quadrado, com a metade preenchida; 
- As limas Nitiflex/Sureflex, são as limas Flexo-File em Niquel-Titânio! 
Obs 1.: A liga níquel-titânio não permite torcer. Por isso, todas as limas de níquel-titanio 
são usinadas. 
Obs 2.: A Liga de níquel-titânio é de 2 a 3 vezes mais resistente que o aço inox, permitindo 
sua usinagem sem quebra. Não é dobrável, possui memória elástica. 
Obs 3.: Níquel-Titânio não encurva, portanto só corta em movimento de alargamento. 
 
 
47 
 
-Limas Onyx–R: 
- Liga de níquel-titânio; 
- Guia de Penetração INATIVA; 
- Praticamente não fratura; 
- É a Flex-R confeccionada em níquel titânio; 
- Oferecidas comercialmente nos comprimentos de 21 e 25mm, entre os nº 15 e 80. 
- Instrumentos com Desenho Híbrido: 
- Seção Losangular; 
- Seção em forma de “S”; 
- Seção em forma de “U”; 
- Triocut (Helifile); 
-Limas diamantadas. 
- Instrumentos Movidos a Motor: 
A- Contra-Ângulo convencional; 
B- Contra-ângulo de movimento vibratório; 
C- Contra-ângulo de movimento recíproco /alternado; 
D- Contra-ângulo de alto torque / baixa rotação. 
- Contra-ângulo Convencional: 
- Brocas de Gates – Glidden; 
- Brocas de Largo; 
- Limas Adaptadas. 
 
 
 
 
 
 
48 
 
 Brocas de Gates-Glidden: 
 
- Utilizadas dentro do canal; 
- São acionadas a motor; 
 - Empregadas no preparo dos segmentos cervicais e médios dos 
canais radiculares; 
- Aço inoxidável; 
- Usinadas; 
- Parte ativa em forma de chama; 
- Haste cilíndrica longa, fina e sem corte, que não atinge as paredes do canal; 
- Nº de 1 à 6 (correspondem ao diâmetro de 50 à 150); 
- O nº da broca corresponde à quantidade de sulcos que ela tem no cabo; 
- Guia de penetração INATIVA (não corre o risco de fazer degrau). 
- Gates Curtas: 28 mm (dentes posteriores) 
- Gates Longas: 32 mm (mais usadas) 
 ->São encontradas no comércio nos nº de 1 à 6: 
-Gates 1 – corresponde a uma lima 50 – D0= 0,50mm; 
-Gates 2 – corresponde a uma lima 70 – D0 = 0,70mm; 
-Gates 3 – corresponde a uma lima 90 - D0 = 0,90mm; 
-Gates 4 – corresponde a uma lima 110 – D0 = 1,10mm; 
-Gates 5 – corresponde a uma lima 130 – D0 = 1,30mm; 
-Gates 6 – corresponde a uma lima 150 – D0 = 1,50mm. 
 
 
 
 
 
 
49 
 
->Brocas de Largo: 
 
- Só trabalham dentro do canal; 
- São acionadas a motor; 
- Aço inoxidável ; 
- Fabricadas por usinagem; 
- Tem maior resistência à fratura que as brocas de Gates; 
- Comprimentos: 28mm e 32mm; 
-> São encontradas no comércio nos nº de 1 à 6: 
-Largo 1 – corresponde a uma Gates 2 – D0 = 0,70mm. 
-Largo 2 – corresponde a uma Gates 3 – D0 = 0,90mm. 
-Largo 3 – corresponde a uma Gates 4 – D0 = 1,10mm. 
-Largo 4 – corresponde a uma Gates 5 – D0 = 1,30mm. 
-Largo 5 – corresponde a uma Gates 6 – D0 = 1,50mm. 
-Largo 6 – D0 = 1,70mm. 
- Guia de Penetração INATIVA ; 
- São usadas quando posteriormente será colocado um pino no canal, pois elas ALARGAM 
O CANAL; 
- Tem a ponta ativa maior que a broca de Gates e são mais resistentes. 
Observações: 
- Os instrumentos endodonticos manuais de aço inoxidável podem ser fabricados por 
torção ou usinagem; 
- Os de níquel-titânio (NiTi), são confecionados apenas por usinagem. 
->Limitações das Limas de NiTi: Não encurvam = Em canais com defeitos (degraus) não 
podem ser usadas. Só cortam em movimentos de alargamento. 
-> Como a liga de NiTi é mais resistente, permitiu a criação das brocas para uso em 
instrumentos rotatórios. 
 
 
50 
 
Preparo Químico-Mecânico 
 
- O PQM deve ser feito no canal principal e no SCR (Sistema de Canais Radiculares); 
- O PQM é um conjunto de manobras que visam a limpeza, a desinfecção e a ampliação do 
canal; 
- O PQM prepara o canal; 
- O Debridamento, a Desinfecção e o Alargamento são etapas que compreendem o preparo 
químico-mecânico do SCR; 
-> O Debridamento consiste na remoção do conteúdo do canal (esvaziamento), seja ele polpa 
normal, inflamada ou necrosada, eliminando-se o substrato disponível para a proliferação 
bacteriana; 
- O Debridamento remove matéria orgânica (dentina, bactérias...) ; 
-> A Desinfecção se faz mecanicamente, pela limagem e irrigação do canal. E quimicamente, 
pela ação da substância auxiliar de instrumentação e da ação antisséptica da Medicação 
Intra-Canal (MIC) utilizada entre as sessões; se indicada; 
- A limagem retira a porção superficial de dentina, que é porção mais contaminada por 
bactérias; 
- A irrigação do canal é um passo extremamente importante, ela não deixa o canal entupir, 
retira raspas de dentina, restos de tecidos vivos ou mortos e bactérias. Sua ação se dá através 
de Refluxo e Turbilhonamento; 
- Para auxiliar a limpeza é feita a Recapitulação que consiste no uso de uma lima folgada 
chacoalhando dentro do canal durante a irrigação; 
- A limpeza e a desinfecção do canal são essenciais para que o tratamento endodontico de 
certo; 
- A substância auxiliar de instrumentação (geralmente hipoclorito de sódio) dissolve matéria 
orgânica e é bactericida; 
- O liquido irrigador tem ação mecânica e química; 
- A Medicação Intra-Canal tem ação antisséptica , promovendo desinfecção; 
-A Obturação é uma perpetuação da limpeza e da desinfecção; 
 
51 
 
->O Alargamento do canal (instrumentação propriamente dita), é realizada com 
instrumentos manuais e/ou mecânicos, que ao desgastarem as paredes do canal o vão 
conformando, sendo variável a intensidade do desgaste e a forma dada ao canal em função 
do tipo de instrumento e da técnica de instrumentação empregada; 
- Para limpar e desinfetar o canal, não é necessária a ampliação. Mas, para obturar o canal 
e, perpetuar a limpeza, a ampliação é necessária; 
- A ampliação e a obturação do canal caminham juntas (devo fazer minha ampliação, 
pensando em qual técnica de obturação vou utilizar); 
 - A ampliação favorece a obturação. 
->MODELAGEM – Objetivos Mecânicos: 
- Desenvolver uma forma continuamente cônica; 
- O canal deve ser mais fino apicalmente, com o seu menor diâmetro em seu término; 
- Reproduzir a forma original do canal em todos os planos (devo ampliar o canal, sem 
deformá-lo); 
- Manter o forame apical na sua posição espacial original; 
- Manter o forame apical tão constrito quanto possível (não devo ampliá-lo). 
->Retificação: 
- A Retificação estraga o preparo e a obturação do canal. 
- Não tem como evitar a Retificação, mas ela pode ser diminuída de 3 formas: 
1- Utilizando Guia de penetração modificada (Inativa) 
2- Usando instrumentos mais flexíveis 
3- O tipo de movimento empregado (limagem aumenta a retificação) 
4- Não superinstrumentar o canal (pois mesmo uma lima flexível pode gerar retificação) 
Obs1: A medida que um instrumento aumentaseu diâmetro, sua flexibilidade diminui! Ex: 
Uma lima 20 é mais flexível que uma lima 30! 
Obs 2: Canais curvos permitem limas de no máximo 0,40mm. 
 
 
 
 
52 
 
-> Desafios do PQM: 
 
1- Confecionar o Stop: 
- Retentividade do Stop; 
- Forma da Seção Transversal deve ser circular (consigo isso usando movimentos de giro). 
2- Não Retificar: -Terço Apical; -Terço Médio; -Terço Cervical. 
3- Não ampliar excessivamente o canal: 
- A dentina serve de reforço ao dente, por isso ela não deve ser desgastada 
excessivamente; 
- Ampliando excessivamente o canal, tenho dificuldade para criar o Stop apical. 
4- Manter a forma Original do Canal: 
- Canais curvos devem se manter curvos, após a retificação. 
5- Limpar Reentrâncias: 
- As reentrâncias não são atingidas pelas limas, só pela irrigação. 
6- Desinfecção: 
- Não irá eliminar completamente as bactérias (pois não é uma esterilização), mas diminuirá 
sua quantidade. 
 
ATT.:Como Realizar? 
->Biopulpectomia: 
- Girar lima com ponta encurvada; 
- Girar lima Hedström (traciona materiais de dentro do canal); 
- Extirpador Pulpar (é a melhor forma). 
->Necropulpectomia: 
- Irrigação eficiente; 
- Utiliza-se Hipoclorito de sódio concentrado; 
- Lima fina, agitando até o CC (comprimento do canal). 
 
53 
 
- TÉCNICA DE TAYLOR: 
- Utilizada quando o canal é muito estreito e a lima 35 não consegue entrar. Apenas as 
limas 6, 8 ou 10 entram; 
- A Técnica de Taylor prepara o canal para a Técnica Clássica; 
- Essa técnica amplia o canal de forma mais gradativa, com mais segurança; 
- Vou trabalhar com a lima seguinte a que entra no canal até o CPT, 0,5mm mais curta, 
ampliando o canal; 
- Usar limas com guia de penetração modificada (inativa). 
-TÉCNICA DE ÓREGON: 
- A Técnica de Oregon é uma forma de fazer a ampliação reversa; 
- É uma ampliação descendente e progressiva; 
- iniciada com uma lima que se ajusta na entrada no canal, ao nível do colo anatômico; 
- Com um cursor demarco nela o CPT; 
 - Ela deve ser introduzida no canal até seu ajustamento, e segue-se com Movimento de 
Alargamento Alternado (giro da lima um quarto de volta à direita e um quarto à esquerda) 
até que ela fique folgada nessa posição. O movimento deve ser muito suave, porém firme; 
- Esta etapa não visa ganhar profundidade, mas um pequeno alargamento; 
- Faça a irrigação e recapitule; 
- Repita esta manobra com as limas de calibre imediatamente menor, em direção apical, 
até o CT. 
- CONFECÇÃO DO STOP APICAL: 
- Sabendo o DA, posso iniciar a confecção do Stop Apical; 
- O Stop Apical será confecionado à 1mm do forame apical (comprimento de trabalho ->CT); 
- A confecção do Stop Apical utiliza uma Técnica Seriada; 
 
 
-DA: Diâmetro Anatômico. Corresponde a 1º lima que chega ao CT. Ou seja, é o diâmetro 
do canal antes do PQM. 
-DC: Diâmetro Cirúrgico. Corresponde a lima mais calibrosa usada no CT. Ou seja, é o 
diâmetro do canal após o PQM. 
54 
 
->DA e DC são medidos no CT!!! 
-> Sendo assim, a Diferença entre o DA e o DC corresponde ao Stop Apical. 
-> Ou seja, a confecção do Stop Apical consiste em transformar o DA em DC. 
->Cuidados Durante a Instrumentação: (com ênfase na confecção do Stop Apical) 
1- Movimentos Curtos: 
- Tanto em Alargamento Alternado (giro) quanto em limagem (0,5 à 1,5mm); 
- O movimento curto na limagem evita a ação de pilão (para não condensar raspas em 
direção apical). 
2- Instrumento Adequado: 
- Canal Curvo (devo utilizar instrumentos flexíveis) 
- Canal Reto (não necessito de instrumentos tão flexíveis, mas se eu tratar canais retos com 
os mesmos cuidados que trato canais curvos, a instrumentação sempre dará certo). 
3- Teste do Stop e Patência: 
- Durante a confecção do Stop, voltar com a lima anterior e ver se ela esta parando no 
anteparo. Se não estiver, é sinal de que arrombei o forame! 
- ESCALONAMENTO REGRESSIVO: 
-Ultima etapa do PQM; 
- Após a confecção do Stop Apical o canal esta pouco cônico, o Escalonamento Regressivo 
gera um aumento da conicidade do preparo e regulariza regiões ainda não instrumentadas; 
- O Escalonamento aumenta o calibre do canal nos terços mais superiores, o terço apical se 
mantém com o mesmo diâmetro; 
 
 
 
 
 
 
-> O escalonamento se inicia com uma lima imediatamente maior que a lima do DC; 
-> O movimento usado é a Limagem (introdução e remoção da lima com pressão contra a 
dentina); 
55 
 
-> Quando a lima entrar folgadamente no canal, devo trocar de lima; 
-> Aumenta-se sequencialmente os calibres dos instrumentos e recua-se um mm a cada nº 
(como no ex. anterior); 
-> Como Regra Geral, uso no escalonamento 3 Instrumentos; 
-> Porém, se usando esses 3 instrumentos não chegar ao 55, continuo até chegar ao 55; 
-> O menor DC possível é 30 (que está no exemplo acima). Neste caso, terei que fugir da 
regra geral e utilizar 5 instrumentos para chegar em 55; 
-> Os instrumentos utilizados no Escalonamento regressivo devem ser menos flexíveis. 
 
 
Medicação Intracanal 
- São medicamentos colocados no interior do canal entre as consultas necessárias para 
realização do tratamento endodontico. Auxiliam no controle do processo inflamatório nos 
casos de biopulpectomia e, infecciosos nas necropulpectomias; 
- A medicação intracanal é utilizada entre sessões, quando não conseguimos finalizar o 
tratamento endodontico em uma única sessão; 
->Em casos de polpa viva (Biopulpectomia) o tratamento de eleição é em uma única 
sessão. Claro, quando houver tempo hábil para fazer o tratamento completo em uma 
sessão! Não devemos deixar o paciente por mais de uma hora e meia na cadeira. 
-> Em casos de polpa morta (Necropulpectomia) há uma grande discussão entre fazer o 
tratamento em sessão única ou em sessões múltiplas. As duas opções trazem vantagens e 
desvantagens. E o resultado final do tratamento é muito próximo nos 2 casos (variação de 
cerca de 3%). Na UFPR adotamos fazer a Necropulpectomia em sessões múltiplas. 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
Sessão Única: 
1- Biopulpectomia; 
2- Necropulpectomia SEM LESÃO periapical; 
3- Tempo Suficiente (se for para fazer uma biopulpectomia em sessão única mal feita; é 
melhor fazer em 2 sessões!); 
4- Ausência de Sintomatologia; 
 
- Não posso finalizar o tratamento na mesma sessão se o paciente estiver com dor (em 
casos de Necropulpectomia); 
- Na biopulpectomia o paciente pode ou não ter dor. Se houver dor é porque está 
inflamado. Mas, ao remover a polpa a dor cessará e posso obturar na mesma sessão; 
 - Em casos de necropulpectomia se o paciente sentir dor é porque há Infecção. A infecção 
não é tratada somente tirando a polpa, pois ao removê-la ainda restam bactérias nos 
canalículos e na smear layer. Portanto, se o paciente vier ao consultório com dor em casos 
de necropulpectomia, não devo finalizar em uma única sessão; 
 5- Canal Seco: 
 - Este é o fator primordial / principal! Ele vai definir se podemos ou não finalizar o 
tratamento em uma única sessão; 
- Em casos de necropulpectomia pode haver Exsudato -> Sinal de que o canal não esta 
totalmente desinfectado! Então ele não deve ser obturado! 
- Se houver sangramento (biopulpectomia) é porque um vaso maior foi rompido, então 
também não devemos obturar na mesma sessão! 
 
Sessões Múltiplas: 
1- Necropulpectomia com lesão periapical: 
- Quando há lesão periapical, há maior contaminação no canal, no SCR (sistema de canais 
radiculares) e nos canalículos dentinários. Neste caso, a medicação irá auxiliar no combate 
aos micro-organismos; 
- São as bactérias que causam o Exsudato. 
 
57 
 
2- Retratamento: 
- Se um tratamento endodontico já foi feito e esta havendo falhas é sinal de que algo a mais 
deve ser feito. Uma maneira de otimizar o resultado é utilizando a medicação intracanal. 
 
Tratamentos de Eleição: 
BIOPULPECTOMIA -> Sessão Única 
NECROPULPECTOMIA SEM LESÃO -> Podeser feita em Sessão Única 
NECROPULPECTOMIA COM LESÃO -> Sessões Múltiplas 
RETRATAMENTO -> Sessões Múltiplas 
 
->OBJETIVOS DA MEDICAÇÃO INTRACANAL: 
1- Eliminar Bactérias que Sobreviveram ao PQM: 
-Algumas áreas são inatingíveis pelos instrumentos e pela substância auxiliar de irrigação 
(Istmos, ramificações, reentrâncias e túbulos dentinários). 
-Assim, a medicação ajudará a complementar a desinfeccção dessas regiões! 
2- Impedir a Proliferação de Bactérias que Sobreviveram ao PQM: 
- O selamento do canal restaura a atmosfera de anabiose (dando condições para as 
bactérias que sobraram se reproduzirem!); 
- O fluxo de fluidos teciduais podem sustentar (alimentar) o crescimento de bactérias, 
especialmente as anaeróbicas; 
- O PQM elimina a maioria das bactérias. Mas, mesmo restando poucas, elas conseguem se 
proliferar muito rapidamente. Pois o canal vazio é um ambiente propicio a sua reprodução: 
Há substratos (o plasma penetra pelos canalículos dentinários), é úmido e, nos pontos mais 
profundos não há oxigênio; 
- Por isso, quando fazemos o tratamento em 2 SESSÕES é OBRIGATÓRIO o uso de 
MEDICAÇÃO INTRACANAL. 
0bs.: Não podemos deixar o canal vazio, pois haverá amplo espaço para as bactérias se 
reproduzirem! 
 
 
58 
 
3- Barreira Físico-Química: 
- Entre as sessões pode haver infiltração através do selador temporário, ou fratura do 
dente. Nestes caos entrará saliva/fluidos no canal e ele será recontaminado; 
- Algumas medicações intracanais atuam como barreira físico-química ajudando a evitar 
esta recontaminação; 
Obs: Devemos usar um selador resistente, que impeça a infiltração do fluxo salivar CIV é o 
mais indicado hoje! 
4- Redução do Processo Inflamatório: 
 -> Efeito Direto: Corticosteróides 
 Na Biopulpectomia o corte do tecido conjuntivo vivo desencadeia um processo 
inflamatório. Mas este é um processo inflamatório não infeccioso, por isso utiliza-se 
Corticosteróides. 
->Efeito Indireto: Antibacterianos 
 Na Necropulpectomia há inflamação devido a Infecção. Então não devemos usar os 
Costicosteróides porque eles deprimem o sistema imune, deixando o paciente vulnerável. 
Por isso, são usados os antibacterianos. 
5- Neutralização de Produtos Tóxicos: 
- Penetração no canal em ambiente asséptico; 
- Em alguns casos, na primeira sessão limpa-se apenas a câmara pulpar e coloca-se um 
medicamento que irá atuar nos canais; 
- Assim, na segunda sessão quando eu for trabalhar nos canais eles já estarão com uma 
contaminação bem menor, evitando que as bactérias passem para a região mais apical! 
6- Controle do Exsudato: 
- Inibição da resposta inflamatória; 
- Ação higroscópica (o hidróxido de cálcio absorve o exsudato); 
- Atividade antibacteriana; 
 - Se há exsudato é porque há bactérias. Se as bactérias forem removidas, a inflamação 
desaparecerá e o exsudato também! 
 
 
 
59 
 
-> PRINCIPAIS MEDICAMENTOS INTRACANAIS: 
1- Corticosteróides / Antibióticos; 
2- Derivados Fenólicos; 
3- Derivados Aldeídos; 
4- Hidróxido de Cálcio; 
5- Clorexidina. 
 
IRRIGAÇÃO: 
- É o ato de limpar um campo operatório e, mais especificamente o SCR, pela 
movimentação e renovação frequente de liquido em sua superfície interior. 
 - A irrigação do canal é um passo extremamente importante, ela não deixa o canal entupir, 
retira raspas de dentina, restos de tecidos vivos ou mortos e bactérias. Sua ação se dá 
através de Refluxo e Turbilhonamento. 
->Turbilhonamento: Irrigamos empurrando o liquido para a região apical, ele turbilhona 
naquela região e volta para a região cervical, por onde irá sair do canal! 
-> Refluxo: O liquido não deve sair pela região apical, ele deve voltar para a coroa e sair do 
dente! 
- Para auxiliar a limpeza é feita a Recapitulação que consiste no uso de uma lima folgada 
chacoalhando dentro do canal durante a irrigação. 
->Objetivos da Irrigação: 
1- Movimentar ou solubilizar partículas teciduais ou estranhas (isso evita a obstrução do 
canal). 
 - Extrusão Apical ( passagem de raspas para a região periapical) = Irritam a região e 
atrapalham o sucesso do tratamento. Pior do que as raspas irem para a região periapical é 
elas serem compactadas no fundo do canal, porque elas são ricas em bactérias e o 
organismo não conseguirá destruí-las, pois não há mais fluxo sanguíneo nessa região! 
2- Conservar úmidos os tecidos (tecido que resseca, necrosa!) 
3- Solubilizar ou dispersar partículas; 
4- Reduzir os micro-organismos progressivamente / Degermação 
 -Ou seja, a própria irrigação mecânica contribui para a desinfecção dos canais. 
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 5- Facilitar o contato de fármacos (ao remover a smear layer a MIC terá um melhor contato 
com a dentina). 
6- Controle de possível infecção; 
7- Remoção de sangue da câmara, canais e túbulos dentinários; 
8- Remoção de matéria orgânica e inorgânica do sistema de canais radiculares (SCR); 
9- Neutralização de conteúdo tóxico; 
10- Ação lubrificante. 
*Quando Irrigar? SEMPRE! Antes, durante a após a instrumentação! 
-> Instrumentos: 
- Luer-Lok (permite rosquear e travar a agulha); 
- Seringa Carpule; 
- Aparelhos para Irrigação; 
- Cânulas Injetoras. 
 
Odontometria 
INTRODUÇÃO: 
- O Tratamento de Canal serve para limpar o conteúdo orgânico (polpa e pré-dentina) da 
cavidade pulpar. 
- Polpa Necrosada: A polpa necrosada traz um problema biológico -> As bactérias do 
tecido necrosado causam inflamação no ápice do raiz dental, devido a esta inflamação 
devo fazer o tratamento endodôntico. 
- Polpa Viva: Não há lesão apical. O tratamento endodontico nestes casos é feito 
devido à dor que o paciente sente, para prevenção, ou por necessidade mecânica 
(colocação de um núcleo metálico fundido). 
- Após a limpeza do canal, ele deve ser “lacrado” para não permitir a entrada de bactérias 
e ex udato. O canal é lacrado com o material obturador, e assim estarei perpetuando 
sua limpeza. Limpar o canal é algo relativamente fácil, o problema é conseguir uma boa 
obturação, que tampe todos os canais (inclusive canais secundários, acessórios, etc). 
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-> Ampliação do Canal: 
- O material obturador deve ser condensado no canal. Para fazer uma condensação correta 
necessito de um espaço um pouco maior, por isso a ampliação do canal é feita; 
- Durante a ampliação devo criar um espaço retentivo, afim de que a obturação não saia pelo 
forame apical; 
- Em relação ao diâmetro da ampliação, ela deve ser a m enor possível para se obter 
um bom resultado. Ou seja, não devo ampliar excessivamente o canal, mas devo ampliá-
lo o suficiente; 
- Mas, a ampliação não é feita em toda a extensão do canal. Ela deve ser feita 1mm 
aquém do ápice para criarmos assim o Stop Apical. 
 
-> Stop Apical: 
- Pode também ser chamado de Batente Apical ou Matriz Dentinária Apical; 
- O Stop Apical é fundamental, pois garante uma boa o bturação, servindo de 
apoio/anteparo para o material obturador; 
- Podemos definir o Stop Apical como uma transição entre a região virgem e a região 
ampliada do canal; 
- O Stop Apical deve ficar a 1mm do ápice da raiz. Sendo assim, para fazer o Stop 
Apical é necessário saber o comprimento do canal. Por isso que a Odontometria é feita. 
 
Por que o Stop Apical deve ficar a 1mm do ápice? 
- 88% das vezes o forame apical não está no centro do ápice. Na maioria das vezes, ele está 
para distal do ápice; 
- Assim, o forame está em média 0,5mm deslocado do ápice; 
- E a distância entre o forame e o CDC é 0,05mm. Somando-se os dois tenho 1mm. 
 
 
 
 
 
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-> Limite CDC: 
- Analisando o esquema do ápice dental acima, percebemos que o canal é fo rmado 
por 2 “cones” que se unem. Um cone maior com sua abertura voltada para

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