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Especialização UTI Choques Enfermeira: Natália Mendonça Séc. XIX: “um desequilíbrio violento na engrenagem da vida.” Recente: “colapso e falência progressiva do sistema cardiovascular.” Se não tratado fatal. DEFINIÇÃO DE CHOQUE Ocorre quando o coração não bombeia sangue suficiente para encher as artérias a uma pressão suficiente para fornecer/enviar oxigênio para os órgão e tecidos. Deixa de ocorrer a perfusão. Danos em 4 a 6 minutos (coração, pulmões, cérebro) CHOQUES � Perda de líquidos pelo sist. circulatório; � Coração não bombeia sangue suficiente; � Vasos sanguíneos dilatam/contraem, o sangue se acumula longe das áreas vitais; � Suprimento de oxigênio inadequado. CAUSAS DO CHOQUE 1. Compensatório; 2. Progressivo; 3. Irreversível. ESTÁGIOS DO CHOQUE � O corpo tenta superar os problemas utilizando seus mecanismos de defesa habitual procurando manter as funções. � SINAIS E SINTOMAS: PAdiast normal, taquicardia, pele fria e úmida, pele opaca (acinzentada). 1. COMPENSATÓRIO � O sangue dos membros (MMSS e MMII) + região abdominal é desviado para órgãos vitais (coração, cérebro, pulmões). � SINAIS E SINTOMAS: Cianose, queda da PA, sudorese aumentada, sede, náuseas e vômitos, tonturas, alteração da consciência. 2. PROGRESSIVO Desvio de sangue do fígado e rins para coração, cérebro, gerando falência de órgãos, fazendo com que o sangue se acumule afastado dos órgãos vitais, seguido de óbito. SINAIS E SINTOMAS: olhos opacos, pupilas dilatadas, respiração superficial e irregular, perda da consciência. 3. IRREVERSÍVEL � Choque Hipovolêmico: perda de sangue, plasma ou líquidos extracelulares. � Choque Cardiogênico: insuficiência miocárdica. � Choque Distributivo: diminuição do tônus vascular. Dividido em: - Choque Neurogênico - Choque Anafilático - Choque Séptico � Choque Obstrutivo: obstrução mecânica do fluxo sanguíneo CLASSIFICAÇÃO � Inquietude, por vezes, ansiedade e temor; � Náuseas, lipotímias; � Astenia e sede intensa. Sintomas que antecedem o choque � Hipotensão, taquicardia; � Pulso fino e taquicárdico, pele fria e pegajosa, � Sudorese abundante, mucosas descoradas e secas, � Palidez, cianose, resfriamento das extremidades, � Hipotermia, respiração superficial, rápida e irregular, � Sede, náuseas e vômitos � Alterações neurossensoriais. Sinais e Sintomas Gerais � É o tipo mais comum � Perda sanguínea secundária a hemorragia (interna ou externa); � Perda de líquidos e eletrólitos. FISIOPATOLOGIA: - Sistemas hematológico; - Sistema cardiovascular; - Sistema renal e - Sistema neuroendócrino. CHOQUE HIPOVOLÊMICO Manifestações Clínicas: - Ansiedade e inquietação, com agravamento do quadro de consciência; - Palidez ou cianose; - Pele fria e úmida; - Respiração rápida e profunda, com o agravamento do quadro a respiração torna-se superficial e irregular; - Pulso rápido e fraco, dificil de sentir ou até ausente; - Sede, secura na boca, línguas e lábios; - Náusea e vômito; - Fraqueza, tontura e frio; - Queda acentuada da pressão arterial; - pupilas dilatas. CHOQUE HIPOVOLÊMICO � Hemorragia Aguda – trauma, lesões arteriais, lesões de grandes vasos, cirurgias, hemorragias gastrintestinal, hemorragio do SNC, aborto, parto complicado, hemorragia peritoneal, Ruptura de fígado ou baço. � Terceiro espaço- peritonite aguda, hipoproteinemia grave, obstrução intestinal, pancreatite aguda, queimadura. � Perdas renais – DM, diuréticos, insuficiência renal poliúrica. � Perdas pela pele- queimaduras, lesões cutâneas CHOQUE HIPOVOLÊMICO NA UTI TRATAMENTO: - Tratar a causa básica; - Reposição hídrica e sanguínea; - Redistribuição de líquidos; - Medicamentos. CHOQUE HIPOVOLÊMICO NA UTI � Caracteriza-se por um estado de baixa perfusão tecidual, porém com adequado volume sanguíneo intravascular, devido à dificuldade na contração do músculo cardíaco. ETIOLOGIA: -Infarto do miocárdio, falência miocárdica aguda, arritmias, -miocardites, hipóxia, depressão dos centros nervosos, Acidose, distúrbios eletrolíticos, intoxicações ou envenenamento. CHOQUE CARDIOGÊNICO FISIOPATOLOGIA: - CONTRATILIDADE CARDÍACA DIMINUIDA - DÉBIDO CARDÍACO E VOLUME SISTÓLICODIMINUÍDOS OCORRE ENTÃO.... - CONGESTÃO PULMONAR - PERFUSÃO TECIDUAL SISTÊMICA DIMINUÍDA - PERFUSÃO DIMINUÍDA DA ARTÉRIA CORONÁRIA CHOQUE CARDIOGÊNICO Manifestações Clínicas: - Hipotensão arterial; - Queda rápida e acentuada do índice cardíaco; - Oligúria, taquisfigmia; - Hiperpneia; - Alteração no nível de consiciência; - Dor anginosa e arritmias CHOQUE CARDIOGÊNICO � Falência miocárdica- IAM, miocardites, miocardiopatias � Obstrução dos ventrículos � Crise de hipertensão, CHOQUE CARDIOGÊNICO NA UTI TRATAMENTO: - Depende do agente etiológico - Obstrução mecânica: tratamento cirúrgico - Comprometimento miocárdico: monitorização hemodinâmica e uso de drogas. Ainda pode-se utilizar: - Sedação, oxigênio, reposição de volume; - Correção das alterações hemodinâmicas com drogas - Balão intra-aórtico CHOQUE CARDIOGÊNICO NA UTI � Também chamado de Vasogênico, ocorre quando o volume sanguíneo é anormal e deslocado no sistema vascular tal como também ocorre quando ele se acumula nos vasos sanguíneos periféricos. � Subdividido em 3 : � Neurogênico � Anafilático � Séptico CHOQUE DISTRIBUTIVO � Lesão da medula espinhal (vasodilatação por perda do tônus simpático) CAUSAS: - Lesão da medula espinhal; - Anestesia espinhal; - Lesão do sistema nervoso; - Efeito depressor de medicamentos; - Uso de drogas e estados hipoglicemiantes. CHOQUE DISTRIBUTIVO - Neurogênico FISIOPATOLOGIA: - Diminuição do tônus venoso; - Diminuição da pressão venosa; - Diminuição das pressões do enchimento do coração; - Diminuição do débito cardíaco. Manifestações Clínicas - Pele seca e quente; - Hipotensão; - bradicardia CHOQUE DISTRIBUTIVO - Neurogênico Tratamento: - Restauração do tônus simpático, através da estabilização da medula espinhal, no caso de anestesia espinhal ou posicionar o paciente corretamente. CHOQUE DISTRIBUTIVO - Neurogênico � Reação alérgica de hipersensibilidade imediata e severa que afeta todo o corpo. CAUSAS: - Alimentos e aditivos alimentares; - Picada e mordida de insetos; - Agentes usados na imunoterapia; - Drogas como a penicilina; - Drogas usadas como anestésicos locais (benzocaína e lidocaína); - Vacinas como o soro antitetanico; - Poeiras e substâncias presentes no ar (casos raros) CHOQUE DISTRIBUTIVO - Anafilático Manifestações Clínicas: - Sensação de desmaio; - Pulso rápido; - Dificuldade respiratória; - Náuseas e vômito; - Dor de estômago; - Edema de glote; - Urticária; - Confusão mental, perda de consciência - Pode haver parada cardíaca. CHOQUE DISTRIBUTIVO - Anafilático Tratamento: - EMERGENCIAL - Adrenalina, - Anti-histamínico, - Corticóide. Em casos de parada cardíaca e respiratória: RCP Caso necessário: intubação endotraqueal Garantir acesso venoso. CHOQUE DISTRIBUTIVO - Anafilático � Mais comum entre os choques distributivos; � É a principal causa de morte nas UTIs � Pode ocorrer após qualquer agressão grave à hemostasia corporal, seja ela: - Hemorragia profusa; - Traumatismo grave; - Queimadura extensa - Infarto amplo do miocárdio - Sepse bacteriana CHOQUE DISTRIBUTIVO - Séptico � Condição anormal e grave causada por uma infecção generalizada, resultando em hipotensão e oligúria, que ocorrem por insuficiência do fluxo sanguíneo corporal. Manifestações Clínicas: � Hipotensão Arterial � Taquicardia � Febre � Oliguria – Anuria – IRA � Alterações no nível de consciência CHOQUE DISTRIBUTIVO - Séptico CHOQUE DISTRIBUTIVO - Séptico � Diminuição do débito cardíaco secundária a um enchimento ventricular inadequado. � Obstrução total do fluxo no sistema � Tamponamento cardíaco � TEP � Embolia aérea, gordurosa � Obstrução do trato de saída do ventrículo direito. � Trombosearterial de grandes vasos CHOQUE OBSTRUTIVO � Geralmente fatal. � Monitorização necessária � Manejo – trabalhar em cima da resolução da causa - suporte CHOQUE OBSTRUTIVO � Observar responsividade; � Monitorizar; � Assegurar acesso venoso calibroso na impossiblidade de periférico, passagem de CVC; � Anotar SSVV; valorizando PAM � Iniciar oxigenoterapia � Ponto de vácuo pronto para aspiração s/n; � Material de intubação, ambu; � Preparo e instalação precisa de soluções, COM; CHOQUES – CUIDADOS DE ENFERMAGEM Drogas Vasoativas e seus efeitos CHOQUES – CUIDADOS DE ENFERMAGEM � São coadjuvantes no restabelecimento da perfusão efetiva dos órgãos, garantindo o funcionamento destes; � A instalação destas deve ser realizada após a reposição de volume intravascular; � Drogas mais usadas: � Dopamina: aumento da contratilidade e da frequência cardíaca � Noradrenalina: mais efetiva em aumentar a PAM no choque séptico � Dobutamina: efeito inotrópico na PAM. CHOQUES - DROGAS
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