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PROCESSO SAÚDE-DOENÇA Profa. Ana Matos anavmsbarreto@gmail.com CONCEITOS DE SAÚDE OMS – “Saúde é um completo estado de bem-estar físico, mental e social, e não meramente ausência de doença.” O processo saúde-doença da coletividade pode ser entendido como “o modo específico pelo qual ocorre, nos grupos, o processo biológico de desgaste e reprodução, destacando como momentos particulares a presença de um funcionamento biológico diferente, com consequências para o desenvolvimento regular das atividades cotidianas, isto é, o surgimento da doença” (Laurell, 1985). PROCESSO SAÚDE-DOENÇA CONTEXTO HISTÓRICO ANTIGUIDADE Sobrenatural Teoria humoral IDADE MÉDIA Cristianismo Ideia do contágio RENASCIMENTO Fortalece a teoria do contágio ERA MODERNA Teoria miasmática Teoria unicausal Teoria multicausal Teoria social MODELO UNICAUSAL Surgiu a partir do século 19, pois a teoria dos miasmas não explicavam mais a ocorrência de certas doenças. Defendia que cada doença tem um agente específico. Louis Pasteur (1822 – 1895) e Robert Koch (1843 – 1910), estabeleceram a teoria dos germes ou teoria bacteriana. A prática médica resultante é predominantemente curativa e biologicista. MODELO ECOLÓGICO MODELO MULTICAUSAL Incorpora os fatores socioeconômicos, culturais, físicos, químicos. Grande ênfase na avaliação estatística e quantitativa das variáveis, fazendo com que os indivíduos e fatores de doença sejam agrupados e organizados. Ignorando-se, o peso e a hierarquia dos fatores de origem social e de origem biológica. Definiu um propósito prático para a descoberta das relações que oferecem possibilidades para prevenção de doenças. Surge no início do século XX, o modelo multicausal de Leavel & Clarck. 1. Promoção da Saúde – ações destinadas para manter o bem-estar, sem visar nenhuma doença. • Educação sanitária • Alimentação e nutrição adequadas • Habitação adequada • Empregos e salários adequados 2. Proteção específicas – inclui medidas para impedir o aparecimento de uma determinada doença. • Vacinação • Exame pré-natal • Quimioprofilaxia 3. Diagnóstico e tratamento precoce – identificar o processo patológico no seu início, antes do aparecimento dos sintomas. • Rastreamento • Exames periódicos • Busca de casos entre contatos • Autoexame • Intervenções médicas e cirúrgicas precoces. 4. Limitação do dano – consiste em identificar a doença, limitar a extensão das respectivas lesões e retardar o aparecimento das complicações. • Acesso facilitado a serviços de saúde • Tratamento médico ou cirúrgicos adequados • Hospitalizações em função das necessidades. 5. Reabilitação – desenvolver o potencial residual do organismo após a doença e contribuir para que o indivíduo leve uma vida útil e produtiva, reintegrando a pessoa na família, trabalho e na sociedade. • Terapia ocupacional • Treinamento do deficiente • Melhores condições de trabalho para o deficiente • Educação para o público para aceitação dos deficientes • Próteses e órteses PREVENÇÃO QUARTENÁRIA A prevenção quaternária é a prevenção da medicação desnecessária ou prevenção da hipermedicalização. RESUMINDO Prevenção primária – promoção da saúde e proteção específica Prevenção secundária – diagnóstico e tratamento precoce e limitação da invalidez Prevenção terciária – reabilitação Prevenção quaternária – intervenções e tratamentos desnecessários. MODELO DA DETERMINAÇÃO SOCIAL DAS DOENÇAS Aponta-se para o modo de adoecer, como um processo que tem como elemento modelador a estrutura social. Especialmente na América Latina, nos anos de 1970, e se tornaram referência para a constituição de um novo campo científico, o da chamada Epidemiologia Social (baseada na determinação). o processo saúde-doença é a síntese do conjunto de determinações que operam numa sociedade concreta, produzindo, nos diferentes grupos sociais, o aparecimento de riscos ou potencialidades característicos, por sua vez manifestos na forma de perfis ou padrões de doença ou saúde. A epidemiologia social considera que as doenças acontecem de acordo com a inserção das pessoas na sociedade. Também na década de 1970, os epidemiologistas Jaime Breilh e Asa Cristina Laurell propõem um paradigma alternativo: a história social da doença (processo saúde-doença: biológico e social). Determinantes Sociais de Saúde, que define que as condições de vida e trabalho das pessoas influenciam em sua situação de saúde. DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE – (DSS) DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE – (DSS) Os Determinantes Sociais de Saúde – (DSS) são as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham ou “as características sociais dentro das quais a vida transcorre” (Tarlov, 1996). OMS adota uma definição mais curta, segundo a qual os DSS são “as condições sociais em que as pessoas vivem e trabalham”. Comissão Nacional sobre os Determinantes Sociais da Saúde (CNDSS) - define que, os Determinantes Sociais da Saúde são os fatores sociais, econômicos, culturais, étnico-raciais, psicológicos e comportamentais. Influenciam a ocorrência de problemas de saúde Fatores de risco à população DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE – (DSS) AVANÇAR EM POLÍTICAS PÚBLICAS COM MAIS EQUIDADE. EQUIDADE – ausência de diferenças injustas, evitáveis ou remediáveis na saúde de populações ou grupos definidos com critérios sociais, econômicos ou geográficos (EVANS et al., 2001). DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE – (DSS) DETERMINANTES SOCIAIS DE SAÚDE – (DSS) • O cenário saúde e doença no Brasil é diverso e desigual. As taxas de mortalidade mudam de acordo com as regiões, estados, cidades, classe social, etnia/raça, sexo e idade. • Por exemplo, apesar da importante queda da mortalidade infantil no Brasil, as regiões Nordeste e Norte são as que apresentam os maiores números, e não é por acaso. • Essa situação tem fortes raízes no processo histórico de exclusão dessas duas regiões dos avanços sociais e econômicos em nosso país. BOM ESTUDO!
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