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BARÃO DE ITAPEMIRIM - Primeiro Vice-Presidente da Província

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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
Arquivo Publico do Estado do Espirito Santo - XDOD - Biblioteca Digital
Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
COM QUE
© K x .m S n r
B A R Ã O B E IT Ã P E R S IR S B b
TRlMElRO YICE-PRESIDENJ'E DÁ P R O V ID A DO ES­
PIRITO SANTO A ADMIAIS-
TRAÇÃO DA MESMA
AO EXM SNH
Dr José Maurício Fernandes Pej eu o de Sai ros
NO jarA 8 PB MAItÇO DE DBS
YICTORIA
Typographia Çapitakiense de P A (PAzcied®
1 8 5 6 .
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
Míhtsli issimo £ ExcflUnlíSSimo Senhor
Passando ás mãos dc V E \ a administração des­
ta província, que desde 16 de julho do anno fin­
do ficou á meu cargo pela licença e subsequente exo­
neração, que obteve do governo imperial o Exm 
piesidente í>r Sebastião Machado Nunes, cabe-me a 
honra de expoi à V Ex , em comprimento da cir­
cular de l i d e março de 18A8, o estado da mesma 
província, c de ministrar-lhe asinformações, que me 
parecem mais necessárias para a boa direcção e anda­
mento de seus negocíos —iássumptode tanta giavida- 
de exige por sem dnvida um desenvolvimento que se 
apoie em dados mais vaiíados, e positivos, qoe n’aquel- 
le período não seria difficíl collígii; mas V Ex não 
desconhece a quanto costuma limitar-se o adminis­
trador interino, que a todos os momentos aguarda suc~ 
cessor; e pois desculpando quaesqueidacunas, que por 
ventura encontre n’esta ligeira exposíção^G servirá pre- 
enche!-as, jà com os recursos de sua elevada inteHigen- 
cia, e jácom a leitura do íelatorio, que na sessão pas­
sada apresentou á assembléa legislativa psovmeial & 
meu iIlustrado antecessor.
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
C * )
Traisquixlídade e seguíiamça pubuca.
Sinto a maior satisfação em poder anunciar à V.Kx.,. 
que esta província goza de perfeita paz,e tranquiilidade,. 
propendemlo o espirito de seus habitantes cada vez 
mais para os hahiloa de moderação, ordem, e amor às 
instituições que nos regem. Quanto à segurança indivi­
dual, e de propriedade, é lambem satisfatório o seu es­
tado, maxiine se se comparar com o dos annos anterio­
res à Í8õi .-^Para este estado de cousas não pouco tem 
concorrido o inlelligcníe o activo chefe de polícia o Div 
Antonio Thomaz de Godoy. —Não quer isto porem di­
zer que-o braço do assassino se tenha:tornado absoiú-- 
tatuente impotente ; não : a aurora d’esse dia feliz tar­
de raiará para nós, porque tarde veremos derramada ía 
ilfustração, e san moral, por cujo benefico iníUixo terá-, 
de desappareccr a omiuosa preponderância dc certos 
caracteres.que dotados de ínstinctos ferozfes, ou sequio- 
zos de mando, não cessão de proteger aos- malfeitores,, 
com o intuito de empregàl-os na satisfação de seus ca­
prichos, e vinganças ; e no empenho dc conservarem 
um laTapoio, não se pejão de recorrer aos meios mais 
asquerosos.e-torpes.—Ííurante a minha administração 
apenas um acontecimento occorreu digno de nota con­
tra a segurança individual. O lavrador Joaquim Alves 
de Vasconcellos, morador no districto de Itabapoana, 
foi ahi assassinado a 17 de novembro ultimo por dous 
de seus escravos, que logo se evadiráo ; graças porem 
ásdiligenciás da policia forão depois capturados,e ten­
do sido já pronunciados, corre o processo seus termos. 
Tara melhor informar à V. Ex ̂no qua toca á seguran­
ça de vidàe pessoa devo declarar, que n’esta provín­
cia onde outr’ora se davão annualnientedezenas deho- 
mieidios,apenas se derão.tres em l853.fcinco em 1S5Ü, 
e no anuo ultimo quatro.
S aude pubcícaa
Càbe-mo a-satisfação de poder asseverar a V.Ex,que 
a epidemia do cholera-morínis se aehía extinçta
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
( ã ) -
■c;i pitai, continuando apenas nas fregoezias de Fiann-a,* 
Gariacica com alguma intensidade.
Logo que na cidade de Campos começou dle a de­
senvolver-se, que na corte, e outras províncias fazia 
já muitos estragos, reuui os facultativos existentes nes­
ta capital, quó ciíravão-se a um medico empregado no 
corpo de saude do. exercito,e a dons antigos cirurgiões,, 
para acordarem sobre os meios do obsta.r a invasão de 
tão terrível. fíagello, edecombatel-o, quando por ven­
tura invadisse esta província. KíTecti-va mente adoptiiràn- 
se as medidas mais congruentes,c para fazer face á. el- 
las não havendo quota, abri,sob minha responsabilida­
de, um credito de Irez coutos de réis* que foi distribui- 
do pela capital, e povoneões mms rvotaveis,. c- do gover­
no imperial soüicileí médicos,, medicamentos, o todas 
as providencias, que nocaso cabiâo,.
i>j facto, em dias de novembro desenvolveu-se a epi­
demia no municipio de Beiuncnlc, e logo depois nos 
íle Itapemirim, G u ar a par y , capital, Espirito Santo,Ser­
ra, e Nova Aimaida, e até boje são fali cridos cerca.de 
-1,300 em ioda a pro' incia, O governo Imperial, aiem. 
dos medicamentos que mandou por mais de uma vez,, 
também enviou quatro médicos, e dons acadêmicos. 
Gom estes meios,,e poucos mais ú minha disposição sue­
co n i a todos aqueües pontos,, jà-enviando diníieiro,. 
medico e medicamentos,, e ja invocando a actividade, e 
piiibníropía. dos cidadãos mais notáveis das-diversas lo­
calidades, Nomeei.commissõessanitarias aqui,.em íta- 
pemiritiis Piuma,. lieneveute, Guarapary,. Espirito San­
to, Vianna,. Ca ria ci ca. Manga raliy,. Queimado, Ga ra­
pina, Serra,. í»ar,ra,e cidade de São Matheus,. e oscida- 
dâos, que as-cmiiposerão, constão da relação u.e | 
força é confessar,, que íodos-mais- om menos auxiliarão 
esta presidência no empenho, em que se achava,de sal­
var a humanidade por todos os'meios possíveis. Nesta, 
cidade o primeiro caso fatal deo-se-na>p<zssoa do esta­
feta f.eocadio, que condusindo a mala do correio drn 
Campos, aqui chegou enfermo a 23, e fallecèoa 20 d«■ 
novembro. O segundo veriíicou-se a 6 dedezembro em 
uma escr-aundo Augusto Adolplio Palhares dos Saidos,
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; ' '
* d;V lá «leste mez om diaiítemanífesto»-seomaÍtom 
-intensidade até fim de janeiro* em qne começou a de­
clinar. Sepultara o-ae nesta íeídade ^858 choleriéps, ísen^ 
do iS ó maximo ílos fatJéàdos (diariamente, $ qne cbe-
. %<.
,J:^dr^^ntü ;dô 'gdvérn.cív:. eisob airtspeccão da .respcçü- 
iva ^anitaíia; («teve aberta desde lí? de dc-
^ e m lv rò * d e .fe v e re i ro , em que sô mandou feehar,, 
uma: ■ed^íiirtdida;í'ambde :serecolherão ,6-Vdoentes, dos 
quaes 31/ mOrrerão., e 28 se restabeleceráo, Uma socie- 
(isd e,|)íiTt i im|àr íéjDtm id :ti fd !ò fte —P.hi Ia otrofpica-—estabe- 
Tece o támbeiu;nr® convento-do Francisco uma enfer­
mai ia, que aeplheo, e tratou de ígrande número de 
; doenies' pobres; e fochou-se/á;:2$Ao mez findo. - ., „
Para- acudí r ás-. ul es pesas,' 'que sobre y|ér ao, tive íe 
v» brk ai nda í.egundo e terceiro'crédíto na Íippáflaricia 
de; <5;500^)Ü0tí .rs. qne ogoverno imperial se dignou 
iipprovifi*:‘ ‘ 'V.-. ■ >
- lit^ei-fnSoer:'a quaréhtena,d os. na v io s- quo viessem da 
poiiòs-:;à#èfct'áíToà*dá;. epidWúa, nomeando om provedor 
.TesimdeTfeTvû ̂ rá soa­
' - vé 1' - gratifica c ã o e ■ na data de 11 de dezembro m and e i
• suspende r taes q na rente» as, por ler deelin ado conside- 
: TrUv e i mente n a rdrte;0 ep‘d e mia, C a ppa reciéo entrem ò s,„ 
T , : ;:;í̂ '()Íii lí i m e et e r r arm tmtò nas -igre] as , á \ isto dó-á’ ép r e -
séntóçãoi^ue me .dirigio-o Dr'; obeítí;de^pO|ioiüva prin-
• ei pia ^septítarãõ^soíosicorpo.s no eemilerioda .Santa Ca- 
■ z a d a i\li serie o n túr^ ma s s é nd ojul g ado i n « u ffi ci e n t.e,,
crcoo-se |)ro' i.<ori<iineiiteum outro em terreno do Con­
sento de S. Fra n cise o : que a! é b oj e esl á ser • i n d o., *d- 
vÇarencia do iim eenviteno geral-é. urgeatissima llésta ca- 
:: pif al!,/è:;i" í& i l í o / t o d á v ieçlrbd éTjttfi #víJÍx^;tdma« 
i / e m e d t i B d e r á e á o a T-y o-,■
■ ■■■; Admíx^ tüacaô-»/» JfsMÇA.
Mtiito a desei ;r .'oixa este itnportaoíe rsmo do«cr- 
\iço ■ pabi veO pei; á í; i en ei a co .tUnna dos joiíes-perpe^ 
tuo?, e pela de-promatoros^idALioostlí^íad.^
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
( t y
Chegou [íontcm á esla cidade o I)r. Lou r cncoCaoíano 
Fiiito, juiz de direito desta capital,, quedu*fJe itf de 
maio de AHõA se achava com licença ; o dc itapemirinv 
não veio ainda tomar conta de-seo lugar,. que por isso 
se* acha i n t e r i u a rn e n teocc u p ad od e s d o'J 1 de abril de 
18M; e ao de S. Mathcus acaba.- o governo imperial de 
conceder tres mezes de íiceoça.
Á 11 dé dezembro- p . p. entrou em exercício o juiz 
municipal e de orphàosde S. Ilatheus-bacharel Bcnig- 
noTav-ares de- Oliveira,, que-com o-Bacharel João Ca­
valcante de Albuquerque, juizõn uniei pai desta capital, 
e o bacharel Antonio Joaquim: Rodrigues do : termo da 
Serra, são os juizes munietpaes fomiadosy que couta 
actualmente a província;
Ojjt ry foticcionou rfigulannentd aír vezes que a íei 
: marca,, menos-o;da villhde Benevente; que não se reu- 
nio na ultima sessão do anuo íiudo por falta de com - ■ 
parecí mento do juiz d er d i r e i tores p e c 11 vo}. e o da co­
marca de S. Matbeus, pelas razões que A-, Ex, -achará1 
^o oíficio do respectivo juiz de d-ireito datado de 20 de 
dezembro ultimo. 0 resnítado1 porem de suas deci/Oes, 
força é confessar,.queainda é nesta província, como 
nas outrasj. favorável pela maior parte á causa do patro­
nato, e da impunidade; e assim tem de sueceder por 
muito tempo,, por causas quesão mui conhecidas-, e 
q ue todo o paiz deplora. - .
0 quadro n.° 2 oxplica a divisão judiciaria .
FORÇA: PUBLICA. ■
Compõe-se aduálmente de uma companhia fixa de 
caçadores e outra de pedpstres, ainda ipeompielas, eo- 
moj V. Ex, verà do quad ro n . 3 e Al A io rça policiai 
que a assembléá provincial decretou, não excede de 
20 praças,e um sargento, e destas apeoas existem no­
ve. Ora, se esta força Ó tão limitada para apoiar devi­
damente a acção das authoridades, qutj necessitão de 
meios para fazeremmcatar. e executar suas ordens,só-; 
BeMe ponta tal embaraço, quando se considera qpç es-
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^ mesma pequena forca existe disseminada em peque­
nos d estaca hjchIos polas \ iIias de Ííapemiri m, Bcno en - 
te, (marapary, Santa Cr-uz, Linhares, Barra, e cidade 
de S. Matheus, aiem-dos que se oehão na estrada de 
S. Pedro, e no Porto de Souza. A mesma compaqhia 
de pedestres, destinada para o serviço das estradas e 
quartéis, emprega-se na polícia, e foi por taes moti­
vos principaimente, que não pude sanccionar a lei do 
'■orçamento provincial do anno passado, onde a força 
■policial continuou a ser lixada em 21 praças.
Nem se pense que o auxilio da guarda nacional pô­
de bem sopprir qualquer falta, porquanto, apezar de 
estarem ha muito nomeados e empossados os respecti­
vos chefes e ofiiciaes, pode-se asseverar, que ella ain­
da não tem existência real; o que talvez sedeve attri- 
Luir em parte á ineplidão, e pouco zelo de alguns de 
seus commandantes. No município de Itapemirim qua- 
sí lodosos oíliciaes, e alguns soldados, se achão larda- 
dos. O eommandauto superior do ceutro ha quasi uin 
armo pedio demissão, e ainda nâoa obleveiV. Ex.com- 
prehendobem quanto padece o serviço publico com o 
-exercício interino de taes funeções.
C ulto P ublico.
Conta a província quinze freguezias, das quaes se 
íulião vagas, duas : o estado da maior parte das igrejas 
e íasltmavei, faltando em algumas a necessária decencia 
para a celebração dos ofíicios divinos ; o que provém 
principalmenle do systema que a assernbléa província1 
tem adaptado, de quererá um tempo construir e repa­
rar a ma or parte das matrizes, consignando an-nua! 
monto.para cilas quantias ínsafikienles, que se esgota- 
em pura perda, e que se aproveitando, se fossem desíi 
nadas para o reparo de doas ou tros somente. Eníretan 
to cabe-me o dever de coininemorar aqui a inaugurara 
da matriz da villa de Itapemirim, a cujo acto assistí 
- 16 de agosto do anno findo. Ho um templo bem act 
Indo, construi do sobre solidas bases, o qtse em grasu
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f ® )
.parte é devido & aclividade prodigiosa, o zelo verd.ader*" 
ram ente evangélico do ca puc b i n ho Frei Pa u 1 o An i o n iü 
de Casas Novas,., então vigário da.dita fregnezia, cpi® 
íbj infatigável em promover os meios-d elevai-o ao. fim. 
O cofre provincial pouco concorre® .para esta obra.
A matriz desta cidade tem recebido u I lima tm-m! «im­
portantes reparos, tendo .sido hem aproveitadas as 
quantias para isso decretadas pela assemblda-proí inciaj. 
Mandei,parar com a obra por falta,de credito na respe­
ctiva ,.lci d^rçamonto, mas consta-me que continua ;i 
expensas .dos membros da, cominissão, qne esperão ser 
indemnisados pela ass&mblèa provincial.
,0 »mesmo se iein..dado na de Nova Almeida, que pa- 
::-ra ultimação de .seus,reparos precisa ainda.de auxilio, 
segundo, gie participa a respectiva, com missão.
0 governo imperial, á req ui si çã o-in iiiba, a u I h o r i s o u 
.esta presidencia:ipor>avisoíde l 8 :(le janeiro proximo pas­
sado .para .mandar edi ficar u m a capeda ecemitério no 
aUkamepto Imperial .4 íTonsino, concedendo para esse 
fim a quantia de dous contos.-de.-réis, Na data de 27 do 
mez -.findo expedi .ao missionário respectivo a conve- 
. mente ordem para mandar tirar madeiras,, e entrar na 
sofiredifa consirucção.
.Tambem mandou.por aviso.de 27 de novembro ul­
timo orçar à despesa mínima à fazer-se para conclusão 
.da igreja da colonia de Santa Labei, que, avaliada em 
Ires contas,de rèis, pedi antiiorisação para a mandar 
jazer em 23 d,e fevereiro ultimo.
Cabe-meaqui dizer a V. Ex. que cm 18de julho or­
denei que se entregasse ao vigário de Santa Cruza 
quantia de 600$rs. para a obra do cemitério.
Em 22.de novembro ordenei à camara municipal de 
Linhares,, que aeeordassecom o paroçho á respeito do 
docal para um cemiterio, e começasse sua construeção. 
para o. que já recebeo a mesma camaraa quantía: neces- 
saria •
O manpa n .0 5 demonstra o numero.e nomes das
.paroch;js,.e..dc sens vigario,s.
1 ..2
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í t o I
T.xvriícauo puíu.ica .
P'esa-me declarar a. Y.Kx. qnccomUtUin a Inctar coim 
igus e gravas empa roços este iiraparlantiss imo ramo 
via publica administração, seadoMis mais salientes a ca- 
riTiciu quasi absoluta de pexsoal habilitado pa ra o exer- 
cicio do magistério, o incúria, e desinaizelo' dos paes. 
.S'(> a i â u Id>s(j tão n i c s; ] u í di a a. r oimi ac rara o dada ao 
profbsmnufo, tal vo/, disipparecesse em parle aquellü- 
i .ícüiiui.do.de, do q'io tanto, so sre-serde a geração aclnal,., 
e ijin‘ muilu- imÍíra iii s o b a vindoura. Todavia o Ty- 
t i*ii inaugurado ha pom;o qniis-.de anno pelo meu illus- 
í ra d o a u (cu ess n r, fu tirei o ua re guhtrmuile sob a zelos ar 
d i ree ç ii o d o I.) r. J oão 1*1 i cn a o o d’.dl v a renga Ha n ge | , e 
delie deve a província aguardar em parle a remoção d’ai- 
guns embaraços, se recebei’ de V. E x . , como devo 
esperar, o impulso, protecção,, o reformas, que recla­
ma A chão-se providas com professores proprietários as 
aulas de lilosophia., latim, e musica-,, tr iiiilermauiiente a 
de arithinotica, algebra, e auouwrt i nv.. Pm- resojSu çíio de'■ 
"2\ do fevereiro nomeei ao l)r. Jos-é Ortrr para profes­
sor interino de franco/,, gengrapliia,e1 historia, - o qual 
deve chegar cm breve a esta capital; as demais aulas se 
ac hão vagas. ConU a província 2 o aula s- de inslrucção 
primaria, frequentadas por Md aiumiios.e duüsmawde- 
latim na Serra, e S* Miaíbeus, o qu» V- Ex.. melhor te­
rá do uiappa m. 01 6\
G olomjsaçaüi
Ninguemhoje1 desconhece' a importando e necessida­
de da colrtnis-açdo do pai'z;: ledos proclama-o a uma, que 
delia (lepende a1 prosperidade, e rique/a publica, e se 
alguma província presta-se com propriedade para esta- 
belecimeutos eolouiaes, e- sem* duv hhr es-ta,que alem de - 
oxiguidude de população, terrr-extensas e ferteis matlas 
devoIutas, muitos porlos e tios navegaveise um clima 
nssaz benigno o-salobro. Fe 1 i t m ent e,. g raças aos e a for - ■ 
i*os-c ■ desvel js dego- erno imperial, algum moviuieutõ- ■
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I H J . ’
'ãe vac notando ti’cs!e sentido ; assi«i rao seja alia en­
torpecido oa :para-lísado por empresarias ambiciosos, 
-que encobrindo vistas egoist-ieas c framkiIeniaSjqueirão 
especular, e tirar partido ■< Lesse 1ouva\eí aí‘an, com que 
o governo protege toda e-qualquer empresa colonial.
A colou ia do Santa Labe], fundada cm LSA7 a c i n - 
co legoas desta capital, sc não lem apresentado o pro­
gresso et! es e n v ojv i m e tU o, q u e e r a para de se] ar-se, tam­
bém não retrograda, e dá ainda esperanças de um fu­
turo lísongeiro, Üm outubro passado chegãrão dacòrto 
e achâo-seali estabelecidas quatro famitias atlemãs.en- 
viadascom esse destino pelo Exm.,ministro de império. 
Contão-se íLolln actualinente 225 colonos, como verá 
V. Ex. do mappa n,° 7, os qunestodos se acfoão me­
nos mal estabelecidos,^ se pedem jà considerar peque­
nos proprietários,
Para-a colonia do Rio Novo-apenas sei,quc tem chc- 
gado alguns colonos Ha quasi um anuo mandou o go­
verno imperial um engenheiro medir no município de 
Itapemirim as -vinte legoas, que vendera ao direeter 
da dita colonia.; taes embaraços porem oecorre rã o, con­
sistentes no apparecimento de posses e sesmárias :por 
entre o terreno a medir-sc, que o meu iílustrado an­
tecessor julgou conveniente suspender aquella medição, 
e submelter.as duvidas, que surgirão, á decisão do go­
verno imperial, o qual, depois de as examinar por es­
paço de oito mezes, solveu-as cm avisode 20 do de­
zembro ultimo pela unica maneira possível,isto é,man­
dando submetter ao poder judiciário, na forma, e colu 
«s recursos da lei, e regulamento das terras, todas as 
questões sobre posses, e sesmarias.e dando outras pro- 
\ idencias tendentes a remover quaesquer d iííiçu idades, 
que ainda pudessem surgir. Ainda nao foi posto em 
e xecn çã o o ra e n ei onad o a v i so, po r depender d a VÍ n da 
■-do major frengenheiros Ernesto Antonío Lassance Cu­
nha, quesó hontem chegou a este porto.
No Rio Rocc taralie® corneça o Dr.NícoIàti Rodrigues 
dos Santos bYança Leite a fundar alguns estabelecnnen- 
tns eoloniaes, que muito promettem, Esta pressdcncia 
tem í-ítloprompta em satisfazer algumas exigências, que
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
C ! '» ’■ 3
tiirc' íem dirigidoaqnnllo etnprehendedor, por esta r cíín'i- 
da do-que u empresas como esl;í,a que inquesfionavel- 
iíhüiíl* preside a boa fé, a illuslração, e honradez, á- 
que se deve liberalisar leda a sorte de protecção, que 
as tais permiltem.
Tendo o governo imperial resolvido ddinítivamenta 
fundar uma colo.nia- nas margens-' do rio—Santa Mario­
— mandei, em. consequência do aviso- de lo-de dezem­
bro ultimo, examinar aquellesdogares [Hdo-engenheíro 
João riu sé'de Sepui veda e VaseonceHos, que ministrou- 
me informações em-- t ndo saúsíactorias e favoráveis-, Fm 
virtude do aviso de 27 de fevereiro ordenei hont-em ao 
mesmo engeulieiroque'partisse para aquellc ponto com 
2õ trabalhadores, qpe mandei engajar na villa de San­
ta Cruz, a fim de fazer as picadas necessários, marcar- 
o centro da povoação, e medir os prazos ao »tenos'para. 
as primeiras- cineoeuta fam-ildcs, qne devem chegar 
com brevidade á. este porto-,. He um seniço importante- 
que o governo imperial pr.esln-à esta província, que á. 
V. x. será grata*pelo a uxilio q/ie lhe der iTesta trans­
cendente assúmpto.-
Peniiiíta \L líx. qqeaqul iod-ique a- conveniência 
de fundar -seL uma colônia militar em aJgoin ponto cia- 
estrada-de Santa Thercs-a, onde ha, segundo consta,, 
excel lentes locandades com lerras ferieis-, e boasagua- 
das-.. .
CA-EtriíQUliSÜ 'E GWrriiAÇAÕ- DOS I-NDSOS.
O A-ldcamento Imperial ^ÍTotisino, unico na provin- 
cia,. marcha lenta.e regularmente, contando hoje mais 
dedez artnos de-existência,, e 1K. indios estabelecidos, 
que iqostrao viver satisfeitos, sob a direcção do oapu- 
chinlio Fiv Bento de Gênova qne* desde 29 de feverei­
ro nltirno se acha à íesta-d’aqUelle estabelecimento, eni 
virtude das ordens expedidas uo aviso de. 7 de janeiro.
No mez de setembro d o a uno findoappareceu «o Kio 
Doce uma tribu de indígenas, que procurando patifi- 
«amente a—Fransihania:—, estabelecimento colonial 
d o 1) r . Fra n ç a Lei lo, forã o por e s te.... b e iil a.cuJíi i d o s e , 
presenteados. ■, '
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I s a o
Secretaria da presidência.
Oslrabalhos d'esta repartição proseguem com regu­
laridade. À! frente d’eila acha-se desde (> de setembro 
nltimo o hábil secretario Dr. Joaquim Antonio d’01i- 
veira Seabra, que a 2 de fevereiro retirou-se para 
Campos com licença. A16 de outnb*'o começou a fone- 
eiooar, como olíicial maior, José Marcellino-Pereira de 
- Vasconceilos que foi por r»rm- nomeado, e lein dado 
prouiS de bastante inteüigencia, dedicação*. e zelo pelo 
serviço publico
O mappai n l u 8 demonstra o numero deem prega des: 
e a estatística dos papéis,que no anuo (indo Correrão 
por esta repartição, demonstra a nota eiri numero 9,
« ' * ' '
• Administração das rendas- riíormotaes. ■
Continua com regularidade"o serviço desta estação,- 
cujo pessoal consta do mappa u,°10.
Até hoje existeem.cofre a quantia de 
rs. Em 23 do mez passadd^pof occasião de se passarem 
estes fundos para um! cofre de ferro*, comprado para a 
aitmijriStraçãoy reconheceu-se um desfalque de réis 
1 *77^)^983, que foi, dias depois,indeiiHUsado pelo res­
pectivo thesoureiro, a quem exonerei na data de 28-. 
do. mesmo mez..
E sTAREEECIME.NTOS i)K CII-ARtpAD.Ei -
O hospital-desta cidade, único ern toda a província, 
está cot locado em edifieio proprro,e excellente posição, 
mas por não ter todas as aecoomiodações e; elemçntos 
preei sos pela pouca ded icação de a Igu mas d o suas a d- 
ministrações, e sobre tudo pela exiguidadede suas ren-1 
das* não tem prestado ãiml-ígencia aquelles soccorros, 
que erão de esperar-se. Não obstante, no armo lindo 
entrãrão aíi 86 doentes* dos quaes faileceruo 2 7 é :salii- 
íão-sãos62v
Na viíla da Barra de S-.Matheus- mandou a assemblèa1'
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
( M J
provincial fundar mti hospital, para cujo fim $o nomeou 
uma commissão quecolligio e preparou alguns mate- 
-riíMj-s. Posleriormenta a mesma asscmbléa removeu pa­
ra a cidade a dita fun(laçao, a cuja resolução 
.deixou o meu antecessor de prestar a sua sancção.por 
■ano n julgar de utilidade publica, segundo as informa- 
-cães á que mandou'proceder.
C adeias. '
Sente a província quasi falia absoluta de taas edifícios, 
com o que solVre não pouco a administração da justiça*, 
e da policia- No município de Itapemirim, um dos 
.mais importantes-da província, serve de prisão cuma 
.casa de aluguel acanhada e immunda, Offereço em n." 
11 o relatorio que a respeito desta matéria apresentou 
,.ú Ui ma mente o ü r , chefe'cie policia. <1
T rafico de africanos.
Supposto seja multo conhecida a extensão das praias 
desta província,, a falta de forçapublica, e o quanto se 
prestão certos lugares para um facil desembarque do 
.africanos, nem-um se tem dado desde 1851, em que 
so malogrou a ultima em preza,--graças aos esforços e 
.dedicação do então delegado de policia Dr.Huíino Ro­
drigues Lapa,que em ltabapoana apprehendeu cento e 
tantos africanos, e bem assim toda a tripulação do bar­
co que os trasiã ; e pois se pode considerar extinclo na 
proiíncia esse oiiiinosocommerci.o. Todavia esta presi­
dência não tem Cessado de recommondar a todas as 
R.ulhíiridrdes a mainr vigílancia a tal respeito, com es- 
pecialidadeJás dé Itapemirim, e seria para dcsejar-se 
que o governo imperial arnuindo aos pedidos última- 
to feitos,houvessetde facilitar certos meios indispensá­
veis para proflignr os traficantes, se por ventura ousa-1' 
;rcm reappareccr nesta província.
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
( t s j
OlJISAS -PUBLICAS 1>ÍIO\ IJÍGÍAES.
Durante osquasí oito mczes de minha administração1 
concluirão-se umas,e IDerão-se outras obras; entre el- 
las enumerarei as seguintes;
Gin xadrez na casa, que foi comprada por ineu an­
tecessor, e destinada para cadeia e casa da camara mu­
nicipal da viUa do Espirito Santo.
A ponte sebre o rio—Maricará—em Cariacica.
A ponte sobre o rfo—Muqui—em Itapemirim esíà 
próxima á concluir-se,« tem sido construída com muita 
solidez e coberta para sua maior duração. A proOurin 
apenas concorreu com um conto de réis,sendo o mais 
agenciado por meio de subsmpção peta capitão- João 
Hadri^ncs Barbosa, que sé prestou a dirigir esta obra, 
e á quem se resta ainda alguma, quantia,-
Os reparos na ponte do—Ona —em- Guaraparf
Os poutilhões da Fonte Grande e do largo da igreji- 
nha, ntasla cidade.
O chafariz da Fonte-Grande, que desde o dia 2 de' 
dezembro presta grande semiço ao publico-.
Os reparos do quartel -de-policia.-
Mandei entregar á ca mura mmiicípafde ;Sv;AÍ;itheus 
a quantia de 1:600$' rs. para o calçamento das ladei­
ras Grande e de S. Benedicto. Cmnmunfca-me a mes­
ma camara em offício de 1 h d o rnez fmdo, que já se 
achão promptas cerca de 100 braças quadradas de cal­
çada ; rnasjnlga iimiíltaicnle a quunua de um conto da 
réis que resta ainda para semelhante obra.
A ’ ca mura de Beneveníe mandei entregar, a quantia 
de d ÒG®1 rs., para reparosdo: edííicío, em que celebra - 
suas-sessões.
Mandei reparar as ladeiras-do—&oclía-:e Ca \ada—n o : 
municipip: da Serra.
Ordeneíò camara municipal desla cidade que man­
dasse concertar o ehafarirda Capixaba; assim corno fa­
zer a obra do revestimento domuro sobranceiro ao largo 
de pulacio, decretada; pela assembléá proviocia],
A obra do cães dooa: j t i s s i i n osea c h a p ar a <i- a, por se
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< t ® o
íer esgotado a quota para ella concedida pela assembléa. 
Ainda se deve á commissõü respecLiva 153$ti/i0 rs., 
que demais despendeu,e ajguns/maieriaes existem que 
devem ser aproveitados» A vantagem desta obra é re­
conhecida geral mente,
Encarreguei a Áureo Triflno dc Andrade e Almeida 
Moivjardim da facturu de uma casa, em que se recolhes­
se o encarregado de cobrar o pedágio da ponte de Ma- 
rubipe, visto estar próxima a desmoronar-se a casa, 
(jue existia para esse tini. .
A.ulhorisfii o concerto da barca de passagem desta ci­
dade para o porto de ltacibá. Até agora a receita d’ella 
não tem chegado para a despesa, mas a utilidade que o 
publico recebe neste serviço, 6 indisputável, c breve 
chegará o día em que a província receba com usura os 
interesses, qoe agora íalbão. *"
•Em virtude de uma disposição da lei do orçamento 
se comprarão diversos instrumentos para a aula de mu­
sica do Lycêo no valor de 6:1.2^000 rs.
Muitas outras obras tinha em vista, como fossem? 
.ama ponte sobre o rio Piuma, no município de llene- 
.veíite, a onde existem ã flor d’agoa desde 1828-os pe- 
gões de pedra para tal fim ; outra sobre o rio Jncü,aon­
de já existio ponte aiitigamentn; outra no rio — Cha- 
pho—na colonia- de Santa Izabel para facilitar o trans­
porte das tropas, que descem de Minas, ernesmoa 
com muni cação do a Idea mento Imperial A fiou si no; o 
concerto das matrizes da-cidade de S, Mal bens, e Bar­
ra, uma ca polia no districío de ltabapoanu, outra no—- 
Alegre— ; uma casa no mesmo líybapnana., ent que se 
eolloqne a meza de rendas, escola publica, e um quar­
tel para um destacamento, que auxilie o agente fiscal 
na arrecadação, dos impostos ; mas a cireumsíam ia de 
.esperar successor á cada momento, o desanimo que 
produzio a epidemia reinante, ç a falta dc mais um en­
genheiro ao Serviço da província, pais o actual o l)r» 
João Josb dc Scpn.iveda.e Vasco nrcdS os, apesar 'dc sua 
reconhecida habüidade/ledicação, <■ honradez não bas­
ta para tedas as obras publicas gera cs, e província es,, 
fora o as causas de pão as ter empndmnd.ídy.
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( * * }
O bras publicas geraes.
A estrada de Santa Theresa, cujas vantagens á ocio­
so demonstrar, e que aos habitantes de Mariana, Iía~ 
■bira, Conceição e outros, da província de Minas Gc- 
.i-aes, offerccerã tnn excedente porto de embarque, e 
os resultados -que íbe andão annexos, continua sob a 
direcção do arrematante o capitão Antonio Fernandes 
de Andrade, que informa poder ella ficar prompta em 
oito meses, sendo a estação boa . Ultimamente mandei 
entregar ão empresário a quantia de 3:500^)000 rs-
A obra do palacio deve continuar em breve, havendo 
muita madeira em ser. Ficou paralisada por causa da 
epidemia, que invadio esta capital.
Examinei pessoalmente o canal de Itaunas no muni­
cípio da Barra de SãoMatheus, c fáltão apenas 130 bra­
ças ã abrir para sua conclusão, achando-se promptas 
377, nasquaes tem se despendido-seis contos de reis-, c 
reclamando ainda cerca de 2:50ô$)-rs. para sua ulti­
mação, mandei pôr á; disposição.da commissão respe­
ctiva.
O canal do Una, no município da Serra, não tem ti­
do andamento por falta de trabalhadores ■; esta porem 
adiantado, e -para sua continuação existe em ser a 
quantia de 1:000^)000 rs., que se mandou entregar 
ao capitão Justiniano Martins Meirèlles, A commissão 
informa que.em trez -mezcs póde concluir-se este traba­
lho. '
Tendo-se esgotado a quantia de 1:000$)000 que deo 
o governo imperial para o concerto do convento de Mo­
va Almeida, a 4 de fevereiro pedi mais, 2:000«£>000 
em quo.se orçou,a sua conclusão.
Fiserão-se alguns reparos no quartel da companhia 
fixa, e na fortaleza de São Francisco Xavier da Barra.
Mandei pôr em hasta publica os reparos de que pre­
cisa o armazém de.marinha desta capital, e não achou.
licitante. - ■ -
Z
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
( f 81 )
Giuectos diverso®7
fíiblioiheca.—A 16 de julho proximo passado abria- 
s:í-->a bibliothoca publica desta capitai em uma sala, que 
em palacio foi destinada para isso. Estão delia encara 
regados o 1)r . João Climaco de Alvarenga Rangel, Dr. 
José Carniílo Ferreira iiebello, e João Malaqnias dos 
Santos e Ase vedo. Para que se possa porem tirar a uti­
lidade, .que desta instituição se deve esperar, necessário 
é que a asseinbíéa proviricbl não só faciiite quaníitati-- 
vo, com que se faça todos os anrios a acqursieão: de 
algumas obras, como também aotfeoriso a nomeação do 
um bibfiotherarfo. .
Barras:^— Desde- dezembro do 1S5A aeha-sc nesta 
capital o capiEão-ienente José Manoel da Costa,que pelo 
governo imperialToi encarregado do melhoramento das 
barras da provineia.
Para o bom andamento- deste serviço foj expedido 
pelo meo-antecessor o regulamento do 13 de fevereiro- 
do anuo passado, qne se^acha ainda em vigor. Aquclle 
capitão1 tenente já se dirigio alé o Rio Doce afrrh deexa- 
m in ar sua barra; ,e em virtude do qne então representou,., 
acaba o Exm. Sr. ministroda marinha dé authorisar a 
construeção de duas atalaias de madeira nos-ponta es- 
da mesme barra,, sobre o que jà expedi as precisas-or- 
dens.
Conservatória do commercio.—Km- virtude do avi­
so de 5 de-novembro do atino findo, foi em 11 de de— 
sémbro creada aconsepvatoriado commercio nesta ca­
pital, sondo nomeado na forma da lei o respectivo ins— 
pector d’alfandega para conservador. Lucta ainda comí 
algnns embaraços, como todas as repartições novas, 
mas é dc esperar que -sejão estes em breve removidos- 
peto governo- Imperial, á cujo conhecimento e decisão- 
tudo submetti.
Capitania iefo porto.—Por decreto n 1716 d e !2 
de janeiro ultimo houve 5. M. o Imperador por bem 
crear nesta província uma capitania do porto. Em bre­
ve comeyará ella a funceionar, pois já se achão nomea*-
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
i 1 9 )
■doso respectivo capitão, e secretario,como seme com- 
municou em avisos de i 8 e 21 do mez findo.
Correi&s.— Ev&Q tão insignificantes os vencimentos 
dos estafetas, que já se tornava diííídl encontrar quem 
quizesse empregar~se em, tal exercicio ; —estávamos 
proxímos à ver cortadas nossas relações, quando o go­
verno attendendo ás providencias, que constantemente 
lhe erão reclamadas, evitou o progresso dos entraves, 
com que luctava a administração do.correio, elevando a 
diaria dos estafetas. ;
Parece-me de manifesta utilidade a creação de um es­
tafeta, que comimmiqne a agencia da Barra de São 
Matheus com a da villa de S. Josè de Porto Alegre, na 
provjncia da Bahia, já porque neste ultimo porto toca 
mensajménte o vápor—Mz/.c«ry—,e assim tem ocom- 
merctode São Matheus mais um meio de fácil e prompta 
cominunicação com a corte, e já porque hayendo delle 
correios para a Bahia, ficará sem interrupção a corres^ 
pondencia para todas asproyincias do norte.
F.orialesaSir-Existem apenas duas nesta capital ; a de 
S. Francisco Xavier* que fica na barra, e a de S, João. 
Esta acha-se quasi abandonada ; e aquella tem um 
commandante encarregado do registro das embarcações * 
e um destacamento composto de 5 praças e um inferior.
llluminação píz&ífca,—He feita nesta capital por ad ­
ministração, e não ofíerece melhoramento algum digno 
de menção, antes são incessantes os queixujnes contra 
este ramo do serviço publico, sobre o qual chamo a 
attenção de V, Ex.; já se fez por arrematação.e o resul­
tado não foi melhor. ,
Quilombolas:—He ura mal de que muitose reseníe 
esta província a constante fuga de escravos, que se reu-7 
nem em quilombos, e tornão-se temiveis por n^ais de 
um motivo. Creou-se ultimamente uma guerrilha, cujo 
commandante vence 500$) 000 rs. e já alguns serviços 
tem prestado.
Logo que tomei conta da administração mandei en­
tregar ao delegado de polícia de:São Matheus a quantia 
de JJ50$>Q0Q rs. para bater os quilombos d’aquel!a co-
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
( " « O . } '
marca, o que ~se verificou logo, e produzio algum re­
sultado.
'lerras •publicas.—Para cumprir-se o aviso do minis- 
íerio do império do 1,® de setembro do ao no passado, 
exigí dos parochos informações a cerca d o estado, em 
que se achava o registro das terras possuídas, e até 22 
de novembro se havião feito 971 declarações. O pri­
meiro práso, para taes registres mareado, expira a 30 
dc junho deste anuo. , ;
Recrutamento.— \)c um modo regular e moderado 
se ha feito este serviço,-sem ijúo.tenhão havido queixu- 
toes. No antro findo recruíárão-se 57 indivíduos.
Vaccina.—São ainda pouco sutisfactorios os resulta­
dos, .que se-fera- obtido deste preservativo, como V.Exc 
verá do mappa n.®'12 apresentado pelo respectivo com- 
missario,do qual consta, que sò se vaccinárão 165 indi­
víduos no município da capital,e durante o anno findo.
A impre'idenciade muitos pais; e a ignorância e pre­
juízos de «ma grande parte da população, são a prin­
cipal causa deste inconvenierrte, que só otempo e a i-I- 
lustração poderá remover. :
Estão encarregados da propagação da Yaccrna um 
commissario provincial nesta capital; e nove nas diver­
sas villas,
Taes são os- dadose-informações que minhas poucas 
forças e avançada idade permittirão colligir para serem 
presentes à V. Ex em cumprimento do meo dever.
Não terminarei sem felicitar à V. Ex. por haver 
merecido a mais subida prova de confiança do governo 
de S. M. o Imperador, e congratular-me com todos b$ 
habitantes desta província por terem á frente da-admi­
nistração um cidadão eonspicuo, cujos precedentes ali­
garão o mais risonho porvir.
Ueos guarde a V. Ex.—Pala cio do governo da pro­
víncia do Espirito Santo na cidade da Victoria 8 de 
março de 1856.—IUm. c Exm. Sr. Dr. José Maurí­
cio Fernandes Pereira de Barros.
Barão de Itapemirim.
Vietoria .Tjp CAfitaxik ̂ sEdlAzeredq ,~ m e .
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4
RtXAÇlÕ DAS COMMISSOES SAN[TAIUAS NOMEADAS KOS DS-. 
VERSOS PONTOS DESTA PROVÍNCIA.
Cidade de S- Matheus.
Maiheus Antonio dos 'Santos.
Vigário Manoel Gomes Montenegro.
Manoel Ribeiro de Jesus Silvares.
Conslautino Gomes da Cunha.
Barra de S. Maiheus.
M a n o v 1 í 1 o d r i gn es dos: Sam t os.
Vigário Manoel Maria da Bocage. 
íguacio Gomes dos Santos.
- Serrar
Vigário Miguel Antunes de Brito. .
José Barbosa Méirelles.
Joaquim Fernandes Franco.
José da CoMa Silva Borges.
Carapina. ■
Vigário Francisco Antunes de Siqueira, 
Tenente-coronel: Bernardíno da Coda Saimento.
J oã o Ma rti n s d e A za m bu j a M ei reiles. '
Manoel Ferreira-de Jesus.. .
Manoel Soares-da Silva.
Cidade âa Viciaria. -
Dr. Antonio Th-omax de G-odoy.
Cemmendador Domingos Rodrigues Souto. - 
Dr. Luiz Gonzaga de. Araújo Brito.
Francisco de Souza Olitèira.
Queimado. ^
João da Fictoria Lima.
José Francisco Lima. "
José Monteiro Rodrigues VelhcL 
Manoel Pinto da .Silva...
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Yianna.
' Major Fernando Antonio Ferreira Castelio.
\ igurio João Pinto Pestana. - 
Francisco Coelho d« Mello.
Cariacica,
Josè Rodrigues Atalaia.
Francisco Monteiro de Moraes. 
lg»acio Pereira de Barcellos.
Mangarahy.
Manoel Caetano Simões.
André Gon salves Espíndola Sudró.
Frauciseo Ladisíau Pereira.
Utmto José de Freitas.
Espirito Santo.
Capitão João de Freitas Magalhães. *
Fr. João Nepomnceno Valladares.
Capitão Antonio Leitão da Silva. -
Fjrnajno.de Almeida Silva.
Guarapary.
Joaquim Moraes da Conceição Imperial.
Pedro João de Souza.
Joaquim José Simões.
Benevente.
Manoel Francisco da Silva,
Joaquim Antonio de Oliveira.
Fahíano Pires Martins.
P iuma.
■ Alexandrino Pires Martins.
Manoel Lopes dos Santos.
Manoel dos Passos Martins.
Itapemirim.
Vigário João Felipne Pinheiro,
Pr. Antonio Pinto da V,unha.
Emílio,Josc Çomçs da Silva Tavora. .
, Conforme.
losc Marcellino Pereira, de Vasconcetíos,
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]%\e %.
Quadro âo pessoal da Secretaria ãa Presidência da Província 
éo Espirito Santo,
empregos. ROSES,
S e c re ta r io ...... Joaquim Antonío de Oliveira Seabra.
Oíficial maior. * "t 3osé Marcelliao Pereira de Vasconcelfos.
1.® olíicial........... Manoel Antonio Villas Boas.
2.® dito............. Manoel Correia de Lirio,
Amanuense.. . . . . Francisco Ribeiro das Chagas,
Dito............. v . . . Manoel Anlonto dfAssis.
I Porteiro............... Luiz Barboza Brandão.
Continuo............. Josí Pinto Sesimbra.
Secretaria do Governo na cidade da Victoria era 8 de março de 1856.
Conforme.—Peío Secretario do Governo. 
José M ar cetim o Pereira de Vasconceílos.
$
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!¥ .° 0 .
Nota do expediente da secretaria do governo da 
província do espirito Santo, durante o anno de
1855.
Ministério tio impcrío . . . . . . . 94
adajustiça . 1,64
» da fazenda . . 2í>
» da guerra................................................ 198
»da m a r in h a ............................ ..... . H
» de estrangeiros..................................... 5
Presidentes de p rovíncias............................... 349
Assemhièa provinciái...........................................34
Administração da justiça, ( coinprebendenrfo 
chefe de policia, delegados, e suhdelegados, 
jnizes de direito,raunicipaes,de orfãos.ede paz.)640
E n g en h e iro ........................................................33
Guarda nacional. . . . . . . . . $7
(.'amaras munícipaes............................ 340
Thesouraría .......................................................284
Administração das rendas provinciaes. . . 250
Instruceão p u b iic a ............................................ 72
Culto pubüco ................................................ 121
Diversos cidadãos, commissões, &e . . . 551
Colonisação e terras pub licas............................37
Deliberações............................ 87
Cartas de leis,contractos,patentes, e titulos. 68
passes de embarcações................................. 133
Despachos de requerimentos . . . . , 450
Sonuíta, 4:074
Não vão mencionados os oíficios, e portarias reserva­
das, as copias dos papéis que acompanharão todo o ex­
pediente, o extraeto deste para a folha oflieial, as mi­
nutas e registros que sé fizerão, as certidões passadas à 
pedido de partes, e o registro das ordens do thesouros
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Creárão-sc livros para à matricula de Iodos-os íimc.- 
lòouarios puldicos. . .................. :
Secretaria do goTcrtio na cidade da Yietoria &'d©'íaiaroo de 1856. ,
. ......................................... _ 1 ' ■ ■■ .■■■■:«
Conforma..^PeJo secretario do governo.- ■,
José M'arciiüno Ver fira' de ^astsovcdhs-.-
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3¥ .c I O
Quadro do pessoal da Administração das Rendas áa província ||
do Espirito Santo, lí
j
E M P R E G O S . N O M E S D O S E M P R E G A D O S . j|
Administrador....... .
' 1
Francisco Rodrigues de Barcellos Freire.
Escrivão........... -Sebastião'Fernandes de Oliveira.
Thesoureiro.............. Vago
Escripturavio............. João Ferreira das Neves.
Porteiro...................... Luiz Barboza des Santos.
Fiel do lhesoureiro.. . Bernardino Pinto de Alvarenga.
Guarda........................ Manoel dos Passos Ferreira.
D ito ............................ João Antunes Barboza Brandão.
\
Secretaria do Governo na cidade da Victoria era 8 de março de 1856.
Conforme.-—Pelo Secretario do governo. 1
José Marcellino Pereira de Vasconcellos. 1 
' . .. . ■ 1
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: ■ - . ■ 3¥. S *ft.
liELATORLO SO-IÍRE AS PlUftÕES 1‘ülíUCAS DA F&01 IXtUA Do
Ííspíiuto Santo.-
Km Iodos os anteriores relatórios tenho assevcfifd <v 
que cadeias verdadeira mente tães como a constituição 
íecommenda, e a humanidade reclama, não conta esta 
província, onde apenas se cnconiràoatguinas casas de 
detenção : : pòfsista ainda nesta opinião ; e pois que a 
Ley me impõe a obrigação de smundulenie relatar o es­
tado das prisões publicas passai ei à eurtipnUa do modo 
possível, cingindo-me aos dados-cxiste-tíles-aa reparti­
ção á meu cargo;
($ip úaL ■
■ Nô mesmo edifício,que serve de cadeia tieSta'capi!al,- 
existe a sala das sessões da camara municipal, e o paect 
da assemblda provincial,—Aí em demão ser isolado, co­
mo cumpria, carecerelte de alicerces, e tem uma n m v1 
írueção por demais- defeituosa. A$■ prisões que abi se 
conlãc são duas enxovias, que ficào á-eivírada ao rez 
da rua, e no primeiro sobrado tjim estreito xadrez para 
mulheres, um outro moviam cote escuro a abafado, on­
de se recolhem os réus de menor' importan eia, e a sala 
livre, que é latnbem 3 do carcereiro, e serve para $ u ~ 
diencías de áfgnmas autftoridadcs, Huma das cuxoiiíiá 
inutílisou-se ao Lodo por falta de reparos, que mais dô 
mria vez tem» sido em mo reclamados. e a outra pôde- 
se asseverar queè a única prisão de alguma segurança,- 
etnbora pouco arejada, e de luciladaêapíte dade. En­
trarão em 18õé para estas prisões 258 presos se.ido—■ 
7Õ-— o máximo, eü 2 o mínimo á que chegou.
SãoMaiheiís.
Na casa da caoíàra municipal está coiiStituida ã pri­
são publièà desta cidade, que conta duas enxovias, ff 
oma sala livrfe. Àcánhadas, fracas, sem soalho, e muito 
íramtmdas são aquellas ; c esta, que servepara-dtíton-
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Relatorio - Barao de Itapemirim - 1856
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ção de criminosos íle pouca importância, é a mofada 
do carcereiro e a sala das audiências. —Para ellas en­
t r a r ã o no armo passada cerca de 60 presos, Selldo o 
máximo—16, eo minimo â ,á que chegou.
YiUa de Itapemirim.
Em péssimo estado pára a pequena casa de aluguer, 
que nesta villa serve de cadeia. Apenas ha nella um es­
treito^ fraco xadrez, onde se recolhem todos os presos 
e (1’aqui já se vê que lhe faltão as mais indispensáveis 
accommodações. 4 ^ esta data não me veio do respe­
ctivo delegado o relatorio, de que falia o artigo 151 üo 
regulamento de 31 de janeiro de 18/i2.
Bcnevcnle,
A prisão puhlica desta villa é em uma parte do anti­
go comento dos Jesuítas, econsiste apenas em uma 
enxovia tia parle inferior edousquartos na superior. 
<) delegado de policia tratando d‘ella expressa-se assim: 
é uui fóco de immundices--; e sobre o numero depre- 
sos nada especiíicou.
Guurapary.
Na casa da «amara municipal existe a prisão publica 
•dcM» viUa,cujo estadoé também lamentável j—poisafem 
da fraqueza, acanha mento, e pouco asseio, acim-se so- 
Lremaneira arruinada.
Yiila do Espirito Santò.
Tia pouco comprou a Exm." presidência uma casa 
que mandou preparar, e serve actuuhnenie d.1 cadeia, 
e casa da ca ma ra municipal.
Serra.
Não ha cadeia nesta-villa : nacaza que se costuma 
alugar para quar.ei do destacamento é que se recolhem 
os presos de pequenas ( ul] as, sendo os de maiores ro- 
meUidob pai a a capital,
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Nova Almeida.
jissim coma em Benevente, está a cadeia deslavilla,. 
constituída em uma parte do velho convento dos Jesu í­
tas, que ora se acha em reparos.
Santa Cruz.
Huma insignificante casa coberta de palha serve do 
cadeia nesta viiía.
Linhares.
0 mesmo que em Santa Cruz . *
Barra de São Matkeus.
Existe nesta vilja uiria casa alugada por ordom do 
governo provincial- para quartel do pequeno destaca­
mento aili postado, e n’ella mesma sáo conservados al­
guns presos de pouca importância, sendo de crimes 
mais gravesremettidos para a cadeia da cidade de Sào 
Matheus, -
Secretaria da policia da província do Espirito Santo 
2 de fevereiro de 1856, Anlonio Thomaz de Godoy, 
chefe de policia. . :
Conforme.—Pelo Secretario do Governo. 
José Marcellino Pereira de fasconceilos.
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