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E-Book - Apostila Esse arquivo é uma versão estática. Para melhor experiência, acesse esse conteúdo pela mídia interativa. Unidade 2 - Fundamentos do sistema de carroceria e chassi, car design , ergonomics & packaging e sistema de freios veicular E-Book - Apostila E-Book - Apostila 2 - 38 Introdução Caro(a) estudante, aqui, iremos conhecer alguns dos principais subsistemas de um veículo. Conheceremos um pouco sobre a geometria de direção, componente importante ligado diretamente ao sistema de suspensão do veículo e que possui fundamental importância na sua estabilidade. Ao longo da unidade, serão apresentados os conceitos de caster, câmber, convergência e divergência e os fenômenos de sobreviragem e subviragem. Também será apresentado o "esqueleto" do automóvel: os chassis, que terão suas principais características descritas. Além disso, iremos enfatizar a importância da ergonomia na concepção e desenvolvimento de um automóvel, passando por temas como posição postural, conforto climático e ruído. Encerrando a unidade, serão apresentados os conceitos do sistema de freio e sua importância dentro do automóvel. Bons estudos! Geometria de direção Dentro da indústria automotiva, não há uma área temática que seja autônoma em relação às outras. Todos os sistemas do automóvel devem interagir uns com os outros, pois as decisões de projeto tomadas por algum engenheiro sobre determinado componente irão impactar diretamente sobre outro sistema. Com os sistemas de direção e suspensão não é diferente, eles devem ser desenvolvidos de forma conjunta entre os respectivos designers (CAVALHEIRO; MACEDO; ANFLOR, 2011). A segurança desempenha um papel importante no projeto do automóvel como um todo, contudo o conceito de segurança deve possuir um apelo maior na construção dos sistemas de direção e suspensão, uma vez que os motoristas interagem com a direção e não possuem controle sobre o sistema de suspensão. A função de um sistema de direção é orientar as rodas do veículo em resposta ao movimento feito pelo motorista, fornecendo o controle direcional da trajetória do automóvel. Para que isso ocorra corretamente, um sistema de direção eficaz deve: (Clique nas setas para avançar ou retornar o conteúdo) fornecer uma conexão confiável entre as rodas dianteiras e o volante de direção; fornecer relações cinemáticas controladas para alcançar os E-Book - Apostila 3 - 38 ângulos de direção corretos das rodas internas e externas; minimizar o esforço do movimento do volante, mantendo a "sensação" de dirigir do motorista. Os mecanismos e conceitos mecânicos utilizados no sistema de direção variam de acordo com a aplicação, entretanto seu funcionamento é similar em todos os casos em que o volante de direção, comandado pelo motorista, é ligado a um sistema de redução mecânica que converte o torque de acionamento em força para transladar as barras ligadas às rodas, produzindo a rotação em relação ao plano vertical (GILLESPIE, 1992; CAVALHEIRO; MACEDO; ANFLOR, 2011). O sistema de direção é representado na Figura abaixo. FIGURA 1 - Representação esquemática dos sistemas de direção e suspensão automotiva. O sistema de direção é representado pela cor vermelha enquanto o sistema de suspensão é representado pela cor amarela Fonte: GILLESPIE, 1992, p. 276. E-Book - Apostila 4 - 38 Aliado ao sistema de direção, podemos destacar o sistema de suspensão. Ele é interconectado ao chassi e ao sistema de direção e seu principal objetivo é absorver as irregularidades da pista, de forma a proteger o automóvel dos impactos provocados pelos desníveis e irregularidades das pistas e estradas. Para que uma suspensão funcione corretamente, alguns princípios devem ser seguidos, tais como: (Clique nas setas para avançar ou retornar o conteúdo) manter o chassi livre dos impactos devido às irregularidades do solo; manter o pneu sempre em contato com o solo; manter as rodas com os ângulos de deriva e cambagem desejados; manter o controle sobre as forças longitudinais, verticais e laterais produzidas pelo pneu; evitar a rolagem excessiva da carroceria. Durante o projeto de um automóvel, diversos fatores são levados em consideração na hora de se definir os componentes que serão utilizados. No desenvolvimento dos sistemas de direção e suspensão, por exemplo, é necessário levar em consideração a geometria de direção (GILLESPIE, 1992). Uma vez que os componentes desses sistemas são definidos, é verificada a geometria de direção e os ângulos referentes ao contato do pneu com o solo. Parâmetros de alinhamento Segundo a ABRAPNEUS (2009), para que não ocorra E-Book - Apostila 5 - 38 Segundo a ABRAPNEUS (2009), para que não ocorra um desgaste prematuro dos pneus, é necessário que o sistema esteja com um alinhamento perfeito. O principal objetivo das montadoras é obter um alinhamento das rodas dianteiras igual a zero enquanto o carro estiver em movimento. O alinhamento correto do sistema de direção evita o arrasto lateral dos pneus, reduzindo o seu desgaste. O alinhamento da roda é uma medida formada pela linha central da roda e pela linha central longitudinal do veículo. A soma dos valores de alinhamento de cada roda é o valor total da convergência ou divergência. Quando as extensões das linhas centrais da roda tendem a se encontrar na frente do veículo, no sentido do seu curso, temos uma condição de convergência (ALMEIDA-JÚNIOR, 2007). Quando as linhas tendem a se encontrar atrás do sentido do curso do veículo, tem-se uma condição de divergência. FIGURA 1 - Exemplo de convergência e divergência Fonte: HEIßING; ERSOY, 2011, p. 42. E-Book - Apostila 6 - 38 Quando as extensões das linhas de centro das rodas são paralelas, ocorre a condição denominada posição zero. O valor da convergência pode ser expresso em graus ou milímetros, sendo definido como a diferença entre as larguras das trilhas do curso do veículo segundo a medida feita entre as bordas tracionadas e as bordas arrastadas dos pneus ou das rodas. Os ajustes de convergência exercem relação direta no desgaste dos pneus, na estabilidade em linha reta e na estabilidade na entrada de curvas (HEIßING; ERSOY, 2011). Para minimizar o desgaste do pneu e a perda de tração, as rodas em um eixo do automóvel devem apontar diretamente adiante quando o carro está andando em linha reta. Uma convergência ou divergência excessiva faz com que os pneus arrastem devido ao desalinhamento em relação ao curso (ABRAPNEUS, 2009). Uma grande convergência provoca um desgaste nas bordas externas dos pneus, já a divergência acentuada provoca o desgaste nas bordas internas. Para atender a condição mínima de desgaste devido ao arrasto, é necessário que o alinhamento do veículo esteja tendendo a zero. Para complementar essa temática, confira o vídeo abaixo sobre o caster e o camber. Vamos lá? Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo Com base no que você acabou de assistir, pense: as fundamentações discutidas na unidade fazem uma correlação melhor com o que até então havia sido apresentado? Cuidados com o veículo Para que o carro se desloque com o mínimo de variação possível no curso da direção e com o mínimo de deformação nos pneus e nos sistemas de direção e suspensão, é necessário que o alinhamento do carro esteja em perfeitas condições. Em veículos novos, o alinhamento é realizado pela própria fabricante. Entretanto, com o avanço da quilometragem do veículo, o desgaste natural dos componentes da suspensão, aliado aos defeitos da pista, faz com que o carro perca esse alinhamento (ABRAPNEUS, 2009). Dessa forma, para manteros sistemas em perfeitas condições, é necessário ter atenção ao dirigir, contudo, ao sinal de qualquer um dos fatores abaixo, deve-se levar o carro para que seja feito o alinhamento do veículo e o acerto da geometria de direção: E-Book - Apostila 7 - 38 efetuar o alinhamento do veículo em uma oficina especializada entre 5.000 e 10.000 km; após um forte impacto contra buracos, pedras, guias ou outros objetos; sempre que houver a substituição de algum elemento da suspensão ou da direção; ao observar que o veículo tende a ir um pouco para a esquerda ou direita, com dificuldade de se manter na trajetória; quando forem verificados desgastes irregulares nos pneus; após a troca por pneus novos. E-Book - Apostila 8 - 38 REFLITA A partir dos conceitos de convergência/divergência, caster, camber e alinhamento, foi possível notar a importância desses fatores na estabilidade e dirigibilidade de um veículo. Por isso, é necessário que a manutenção de seu veículo seja realizada periodicamente, para garantir que esteja sempre em ótimas condições de uso. Lembre-se de que o carro sem o alinhamento correto pode vir a desgastar seus componentes mais rapidamente, além de ser perigoso para a segurança do motorista e dos passageiros. Elaborado pelo Autor. E-Book - Apostila 9 - 38 Neste estudo, foram apresentados os conceitos de geometria de direção, em que os principais tópicos referentes a esse sistema, fundamental para a condução do veículo, foram abordados. Dentro da geometria de direção, fatores importantes, como o alinhamento das rodas, os ângulos de caster e camber e os cuidados relativos ao sistema de direção, foram elucidados de forma que você, aluno(a), possa entender de forma clara todo o conteúdo abordado. Fenômenos de direção Há situações na hora da condução de um veículo em que o carro pode perder sua trajetória e, consequentemente, sua estabilidade. Em situações em que a pista esteja com más condições, como com o asfalto em mau estado, com chuva ou neve. Nessas ocasiões, ocorrem fenômenos inusitados no automóvel conhecidos como sobreviragem (oversteer) e subviragem (understeer). Os automóveis modernos possuem programas eletrônicos para manter a estabilidade do veículo, entretanto, devido a essas situações adversas, nem os sistemas de controle de estabilidade dão conta de manter o carro em linha reta. A seguir, serão mostrados os conceitos de sobreviragem e subviragem (JAZAR, 2014; GUIGGIANI, 2014). Sobreviragem Sobreviragem (em inglês, oversteering) é um fenômeno que pode ocorrer quando um veículo entra em uma curva. É dito que um veículo sobrevira quando a sua traseira se move para a parte de fora da curva. As rodas traseiras excedem os limites de sua tração lateral durante a curva antes das rodas dianteiras, ou seja, o ângulo de escorregamento das rodas de trás excede o ângulo das rodas da frente (GUIGGIANI, 2014). Considere que um automóvel entre em uma curva no plano horizontal em baixa velocidade e sem acelerar. Nessa situação, as forças centrífugas são nulas, e o automóvel irá se movimentar formando um arco de circunferência que depende apenas da posição das rodas, isto é, para cada posição do volante. Contudo isso nem sempre acontece, pois diversos fatores precisam ser colocados em análise. Quando o raio do arco descrito pelo veículo for menor que o esperado, diz-se que o veículo sobrevira. A seguir, na Figura, é exibido um exemplo de sobreviragem em uma curva. E-Book - Apostila 10 - 38 FIGURA 1 - Exemplo de sobreviragem em uma curva. O veículo vira de forma acentuada, além do pretendido pelo motorista Fonte: DEN HIEPERBOREE / WIKIPEDIA. A tendência de um automóvel para sobrevirar é afetada por diversos fatores, dentre eles: a tração mecânica, a aerodinâmica do veículo, o sistema de suspensão e o controle do motorista. Veículos com tração traseira estão mais sujeitos a sobrevirar, principalmente quando aceleram em uma curva acentuada. Isso ocorre, pois os pneus traseiros ficam sujeitos ao torque do motor e seguem somente em linha reta, diferente dos pneus da frente, que seguem conforme a curva (GILLESPIE, 1992). Isso faz com que a traseira do carro seja movida para a parte de fora da curva. Se a sobrecurva for leve, o veículo sobrevira ligeiramente, ocorrendo somente uma leve desestabilização da direção, por outro lado, se a sobreviragem for acentuada, o veículo pode perder o controle e girar durante a curva. E-Book - Apostila 11 - 38 O efeito de sobreviragem é bastante utilizado em competições automotivas. O drifting é uma modalidade recente, originada no Japão, que consiste em fazer o automóvel derrapar para os lados diversas vezes, premiando as sobreviragens mais críticas. Em corridas como o Rally, a manobra em gancho é comumente utilizada, no qual se utiliza da sobreviragem crítica para a realização das curvas em terrenos acidentados. Vale lembrar que os veículos utilizados nessas competições possuem uma preparação especial nos sistemas de suspensão e direção, justamente para efetuarem essas sobreviragens de forma a atingir o máximo de performance. Subviragem A subviragem (em inglês, understeering) é um fenômeno em que um automóvel, ao entrar em uma curva, realiza um arco de circunferência no solo de raio maior que o raio da posição das suas rodas dianteiras. Durante a subviragem, as rodas dianteiras não seguem o caminho indicado pelo motorista através do movimento do volante, tendendo a seguir uma trajetória retilínea. O exemplo de subviragem é exibido na Figura abaixo. FIGURA 1 - Exemplo de subviragem em uma curva. O veículo não vira o suficiente durante a curva, tendendo a seguir uma linha reta para fora da curva Fonte: DEN HIEPERBOREE / WIKIPEDIA. E-Book - Apostila 12 - 38 De forma semelhante à sobreviragem, a tendência do veículo para subvirar é afetada por fatores como a tração, a aerodinâmica, a suspensão e o controle do motorista. Menos comum que a sobreviragem excessiva, mas igualmente perigosa quando ocorrida acidentalmente, é a subviragem crítica. SAIBA MAIS Entenda de forma rápida o conceito de sobreviragem e subviragem. Clique ou copie o link a seguir em seu navegador e acesse o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=w2Or5d1lcFs. Normalmente, ela ocorre em vias em que o asfalto não possui aderência suficiente, tornando-se escorregadia (por exemplo, neve, areia, óleo, chuva etc.). Durante a subviragem crítica, o veículo percorre uma curva a uma certa velocidade, que pode ser elevada ou não, no qual as rodas da frente perdem aderência e tendem a seguir em frente, enquanto a traseira do veículo se curva ligeiramente (GUIGGIANI, 2014). Quanto maior for a distribuição do peso da parte traseira para a dianteira do automóvel, maior é o risco do veículo entrar em subviragem crítica. Carrocerias e chassis Ao estudar a tecnologia veicular, somos lembrados o tempo todo sobre os subsistemas dos automóveis, como motores, transmissões, sistemas aerodinâmicos, freios, dentre outros. Contudo um componente importante dentro do automóvel, mas pouquíssimo lembrado, é o chassi. Normalmente, esse componente é citado na literatura quando se aborda o tema da segurança veicular, mas, além da segurança, é no chassi que todos os outros subsistemas do automóvel são conectados. Sendo assim, neste tópico serão abordados os chassis e os tipos de chassis/carrocerias mais encontrados atualmente. https://www.youtube.com/watch?v=w2Or5d1lcFs E-Book - Apostila 13 - 38 Chassi Uma definição básica e clara de chassié dada por Chandra, Sreenivasulu e Hussain (2012, p. 2594), em que "um chassi automotivo é um esqueleto onde todos os sistemas mecânicos do veículo são acoplados". O chassi pode ser considerado o componente mais significativo de um automóvel, pois é responsável por conferir resistência e estabilidade ao veículo quando solicitados por diferentes condições. O chassi automotivo é projetado para ser suficientemente rígido, de forma a produzir poucos ruídos e vibrações. Essa rigidez da estrutura também deve reagir a cargas estáticas e dinâmicas de forma que não ocorram deformações excessivas, além de resistir a vários ciclos de carga cíclica sem sofrer fadiga. Outra função de fundamental importância é vista durante uma colisão, em que o chassi deve ser deformado de forma a minimizar os riscos de ferimentos aos passageiros (FURTADO, 2013). A seguir, são apresentados os principais tipos de chassis automotivos. No vídeo a seguir, vamos falar do chassi do tipo monobloco e do tipo spaceframe. Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo Com base no que você acabou de assistir, as fundamentações discutidas na unidade fazem uma correlação melhor com o que até então havia sido apresentado? Pense sobre isso. Chassi do tipo coluna O chassi do tipo coluna, também conhecido como backbone (Figura 5), diferente dos outros tipos de chassi, apresenta uma geometria bastante simples: é constituído por uma peça única, cujo principal membro estrutural é um túnel central robusto disposto em formato que se assemelha a um retângulo. Sua função é conectar os eixos dianteiro e traseiro através de suas extremidades, atuando como suporte para o motor e suspensões, além de alojar o sistema de transmissão em sua cavidade interior (WAKEHAM, 2009; FURTADO, 2013). E-Book - Apostila 14 - 38 FIGURA 1 - Chassi backbone utilizado no Lotus Elan 1962 Fonte: CROLLA, 2009, p. 535. O resultado desse arranjo fornece quase toda a rigidez e resistência mecânica necessária aos chassis. Esse tipo de estrutura foi desenvolvido por Colin Chapman, em 1962, ao projetar o Lotus Elan (GENTA; MORELLO, 2009). A rigidez torsional desse tipo de chassi é cerca de seis vezes maior que a rigidez de uma estrutura de chassi do tipo escada. Adams (1993) relata que uma estrutura com túnel central deflete seis vezes menos que uma estrutura constituída por membros transversais e longitudinais. Chassi do tipo escada O chassi do tipo escada (em inglês, ladder frame) é o mais antigo. Até a década de 1960, a maioria dos veículos produzidos utilizavam esse tipo de estrutura. Os chassis escada são construídos a partir de tubos de seção retangular ou circulares, ou em perfil aberto tipo C. Ele é composto por longarinas, que são os principais membros estruturais que suportam os carregamentos de aceleração e frenagem (HAPPIAN-SMITH, 2002). Fazem parte da constituição desse chassi os membros transversais denominados travessas, que possuem a função de fornecer resistência às forças laterais, além de garantir o travamento da estrutura completa. E-Book - Apostila 15 - 38 O chassi do tipo escada é simples de fabricar, contudo tende a ser pesado se quiser rigidez. Quando algumas travessas ou barras de proteção são adicionados a um chassi desse tipo, não há muita melhoria na sua resistência à torção. O aumento da resistência à torção nesse tipo de estrutura se dá devido à utilização de um perfil em X entre as longarinas (WAKEHAM, 2009). A aplicação desse tipo de chassi é conferida, principalmente, a veículos de grande porte, projetados para andar em baixas velocidades, devido à função de carregar peso. Exemplos de veículos que utilizam o chassi tipo escada são: caminhões, carroças, reboques, vans e alguns ônibus (HAPPIAN-SMITH, 2002). Chassi monocoque O chassi monocoque é uma abordagem estrutural que suporta cargas através da superfície externa de um objeto, semelhante à função de uma casca de ovo. O termo é usado para indicar uma estrutura no qual a superfície externa proporciona o suporte estrutural principal, embora isso seja raro. Entretanto ele é comumente confundido com o chassi monobloco (MACEY; WARDLE, 2014). E-Book - Apostila 16 - 38 EXEMPLO Normalmente aplicado em carros de competição do tipo Fórmula 1 e superesportivos, o monocoque possui o melhor comportamento dinâmico possível, excelente resistência à torção e boa segurança veicular, podendo ser feito sob medida para somente uma pessoa. Fonte: URV / PIXABAY. O chassi monocoque é construído com materiais nobres e de alto desempenho, como titânio, fibra de carbono e aços de altíssima resistência. Além disso, ele é leve e resistente, podendo ser montado como uma estrutura à parte do restante do veículo. Essa forma de montagem permite que o automóvel receba outros itens. Se o chassi estiver em boas condições, pode ser retirado de um veículo e reinstalado em outro. E-Book - Apostila 17 - 38 Além do alto desempenho, a segurança é um dos itens de maior destaque quando se fala de monocoque. A exemplo das corridas de Fórmula 1, mesmo após batidas em velocidades que podem ultrapassar os 200 km/h, há casos de pilotos que saíram ilesos ou com poucos ferimentos. Vale lembrar que toda essa tecnologia implantada em veículos de alto desempenho torna o custo de produção oneroso, o que faz com que a sua produção só possa ser realizada em baixa escala (MACEY; WARDLE, 2014). Ergonomia automotiva Quando pensamos no projeto de um automóvel, temos que ter em mente sobre como o motorista e os passageiros ficarão dispostos dentro dele. A ergonomia é aplicada com o objetivo de reduzir o esforço do motorista e dos passageiros em diferentes condições. Ela é de fundamental importância no que diz respeito à segurança do veículo, para isso, há normas e leis internacionais que visam padronizar elementos que garantam a segurança e a ergonomia dos ocupantes dos automóveis. Durante as etapas iniciais do projeto de carroceria do automóvel, a primeira tarefa é definir as posições dos ocupantes dentro do veículo, de forma que todos estejam seguros e confortáveis. Para isso, algumas ideias devem ser consideradas no projeto, que são: (Clique na imagem para interagir com o conteúdo) otimizar o conforto postural do motorista, permitindo fácil acesso aos comandos, como volante, pedais e câmbio; reduzir o esforço do motorista e dos passageiros ao entrar e sair do veículo; respeitar os regulamentos relativos à visibilidade direta e indireta; garantir a posição adequada de todos os componentes do automóvel, sem comprometer o espaço dos passageiros. E-Book - Apostila 18 - 38 A sensação de conforto em um veículo é influenciada por diversos fatores, tais como a sensação de segurança, o estado de saúde e o bem-estar psicofísico. A sensação de desconforto gerada ao dirigir pode estar relacionada a diferentes fatores biomecânicos que envolvem os músculos, o esqueleto e o sistema de circulação sanguínea dos ocupantes do veículo. Um fator importante no estudo da ergonomia automotiva é a posição dos ocupantes do veículo em longos períodos de tempo, em que os passageiros permanecem em posição fixa durante longos períodos enquanto o motorista deve estar sempre atento à direção, sendo capaz realizar ações como acelerar, frear, movimentar o volante e visualizar o ambiente o tempo todo (MACEY; WARDLE, 2014). Para que o motorista mantenha sempre boas condições de guiar o veículo, determinados fatores devem ser considerados. Confira alguns apontamentos clicando nas caixas em vermelho enumeradasabaixo. Recurso Externo Recurso é melhor visualizado no formato interativo Todos esses fatores nos fazem concluir que a espinha dorsal é a parte do corpo que recebe a maior parte da carga. Dessa forma, ela desempenha um papel importante no que diz respeito ao nível de desconforto do condutor e dos passageiros. As pernas e os braços, por outro lado, suportam cargas relativamente mais fracas e geram uma sensação de desconforto somente quando os ângulos nas juntas e articulações excedem as faixas permitidas. E-Book - Apostila 19 - 38 DICA Para compreender o conceito de "ergonomia automotiva", é necessário entender os fatores inerentes ao posicionamento dos passageiros dentro de diversos tipos de veículo. Para melhor compreensão, leia o artigo "Ergonomia e antropometria num automóvel de pequenas dimensões" de Oliveira, Oliveira e Uva (2017). Copie o link abaixo em seu navegador: https://ftp.idu.ac.id/wp- content/uploads/ebook/ip/BUKU%20ERGONOMI/BUK U%20INGGRIS/Ergonomics%20in%20the%20Autom otive%20Design%20Process.pdfhttps://doi.org/10.3 4624/etd.v0i2.1549 De forma a aliviar ainda mais o esforço nos braços e https://doi.org/10.34624/etd.v0i2.1549 E-Book - Apostila 20 - 38 De forma a aliviar ainda mais o esforço nos braços e pernas, itens como o sistema de direção elétrica, o câmbio automático, os pedais eletrônicos, dentre outros componentes, são desenvolvidos com o intuito de aliviar a tensão produzida durante a condução. Conforto térmico O conforto térmico é definido pela norma ISO 7730 (2005) como: "a condição mental que expressa satisfação pelo ambiente térmico onde uma pessoa é exposta". A complexidade de descrever o conforto térmico com palavras adequadas compreende também sua definição. O conforto térmico depende de uma série de fatores ambientais e de parâmetros, e não apenas sobre a temperatura do ar, como uma abordagem simplista poderia sugerir. O conforto térmico também depende de fatores como: umidade do ar; radiação da energia solar; movimento do ar; qualidade do ar. O conforto térmico se relaciona diretamente com a percepção subjetiva do ser humano encarregado de avaliar o conforto térmico. Essa percepção poderia ser considerada como um sexto sentido usado pelo ser humano para perceber o ambiente ao redor (MORELLO et al., 2011). O conforto térmico também é levado em consideração na etapa de projeto do veículo. Um sistema de refrigeração que possa manter o interior do carro em temperaturas amenas em dias quentes, ou um sistema de aquecimento que possa deixar os ocupantes do carro bem aquecidos em dias frios, é estudado e projetado para que seus ocupantes possam estar termicamente confortáveis durante a viagem. E-Book - Apostila 21 - 38 Os testes e simulações de sistemas de refrigeração automotiva são realizados em um túnel climático, onde a temperatura, a velocidade e a umidade do ar são controladas. Além do controle do ar, a radiação do Sol imposta no carro é simulada com lâmpadas de alta potência. Dentro do túnel, são simulados ventos imitando a velocidade do carro em até 100 km/h, em que temperaturas de aproximadamente 40 °C são simuladas para verificar a eficácia do sistema de refrigeração do veículo em teste (MORELLO et al., 2011). Os túneis de vento climáticos também são utilizados para identificar condições operacionais em tempo quente para cada componente, trabalhando em condições de alta temperatura e verificando o desempenho em clima frio, incluindo a capacidade de arranque e dirigibilidade do motor. É preciso uma quantidade significativa de energia para manter a temperatura em condições extremas. Ruído, vibração e dureza Durante uma viagem, todos os veículos estão sujeitos a várias excitações dinâmicas. Os componentes induzidos a vibração e ruído possuem uma série de efeitos sobre o veículo e seus ocupantes, desde a integridade da estrutura até a percepção do conforto e desempenho de condução. Os altos níveis de vibração e ruído reduzem o conforto, resultando em uma maior fadiga e estresse para o motorista, porém, a longo prazo, esses ruídos e vibrações exercem influência na segurança (MORELLO et al., 2011). A excitação dinâmica induz uma série de esforços cíclicos sobre a estrutura, que reduzem a vida útil de componentes do veículo devido à fadiga, influenciando a segurança e a confiabilidade. Por exemplo, cargas dinâmicas sobre os pneus têm influência negativa sobre o deslizamento longitudinal e sobre as forças laterais, reduzindo acelerações que podem ser alcançadas durante a tração e a frenagem. O resultado disso é a redução da segurança. As vibrações que existem em um veículo envolvem uma ampla gama de frequências, que vão desde abaixo de 1 Hz até cerca de 10 kHz. O efeito não depende apenas da natureza e da intensidade da excitação, mas também sobre o comportamento dinâmico da estrutura e da cavidade acústica no interior do veículo, que pode amplificar o efeito devido às ressonâncias acústicas. Os fenômenos vibro-acústicos são, geralmente, classificados considerando as faixas de frequência. A seguir, na Figura 6, são mostrados os fenômenos vibro-acústicos que acontecem em um veículo e sua classificação quanto ao tipo de ruído (MORELLO et al., 2011). E-Book - Apostila 22 - 38 FIGURA 1 - Principais fontes de vibração e ruído no automóvel e classificação dos tipos de fenômenos vibratórios devido à frequência Fonte: MORELLO et al., 2011, p. 240. Seguindo a classificação mostrada na Figura acima, a seguir são definidos cada um dos tipos de fenômenos vibracionais. Clique nas setas para conferir. Vibração (5 ~ 25 Hz): essa classificação é dada para as primeiras ressonâncias dos principais subsistemas ligados ao chassi do veículo, como o motor de suspensão e as massas não suspensas sobre os pneus. Dureza (25 ~ 100 Hz): a dureza inclui as ressonâncias da carroceria do veículo como uma estrutura flexível. Essa faixa de frequência representa uma sobreposição parcial das frequências que são percebidas como vibrações. Algumas vibrações acústicas de alta intensidade incluídas nessa faixa são percebidas pelo E-Book - Apostila 23 - 38 ouvido como variações de pressão, normalmente chamado de boom. Ruído (>100 Hz): em frequências superiores a 100 Hz, a vibração é percebida pelos ouvidos como ruído. A sensação de vibração é significativamente atenuada e mal pode ser apreciada pelos sentidos táteis. Por isso, a faixa acima de 100 Hz é referida como ruído. Como é impossível eliminar a geração de ruídos dentro de um veículo, as montadoras conseguem atenuar os efeitos utilizando itens como a manta acústica na carroceria do veículo, além de batentes de borracha na suspensão, que, além de reduzirem o ruído, aliviam o impacto sofrido pelo amortecedor. Carros usados tendem a apresentar um número maior de ruídos, principalmente em componentes como amortecedores, pastilhas de freio e rolamentos de roda. Esses ruídos são resultantes do desgaste desses componentes, sinal claro de que a troca deve ser realizada. Segurança O conceito de segurança automotiva leva em consideração a prevenção dos ferimentos dos ocupantes de um veículo em caso de colisão. Ela assume a possibilidade de ocorrer uma colisão, que pode vir a resultar em ferimentos. Além de considerar os fatores citados acima, como conforto térmico, ruídos e ergonomia, a segurança dos ocupantes deve ter uma atenção especial na hora de projetar um veículo. Durante a etapa de projeto, a principal abordagem não é projetar um veículo "absolutamente seguro", mas, sim, considerar as questões de segurançados veículos em relação a eventos acidentais. A principal preocupação dos designers e engenheiros na concepção de um carro não é evitar danos, mas reduzir, consideravelmente, os danos sofridos pelo veículo e, acima de tudo, os ferimentos causados aos ocupantes. Originalmente, a segurança passiva de um carro estava associada à manutenção de integridade do cockpit. Dessa forma, a carroceria do carro era vista como uma concha, que pode proteger os ocupantes, mas que poderia se deformar em determinadas situações, dentro de certos limites geométricos. Assim, a carroceria do carro poderia oferecer um certo grau de proteção para os ocupantes em caso de impacto (MORELLO et al., 2011). A partir dessa abordagem, foi desenvolvida uma série de regras e normas para a segurança dos ocupantes, algumas dessas ainda seguem em vigor. Por exemplo, durante um teste de impacto frontal, o movimento do volante durante a colisão deve ser inferior a 12,7 cm. E-Book - Apostila 24 - 38 Alguns anos depois, foi verificado que essa abordagem geométrica é incompleta, dado que não está ligada aos limites da tolerância humana, como consequência de traumas devidos a acidentes (STRUBLE; STRUBLE, 2020). Dessa maneira, tornou-se evidente a necessidade de avaliar a segurança de um carro a partir de critérios biomecânicos que exigissem a necessidade de verificar, em caso de acidente, se o estresse sofrido pelos ocupantes é inferior ao limite de tolerância humana. Nos termos a seguir, são explicados os critérios biomecânicos considerados na avaliação de segurança de um veículo. Clique no (+) das sanfonas e confira. Lesão Durante um acidente, a lesão é uma alteração fisiológica decorrente de uma tensão mecânica. A detecção de lesões e a atribuição de diferentes limites de severidade dizem respeito aos médicos de primeiro atendimento (socorristas). Critério de lesão Parâmetro físico (aceleração, força, deformação) que estabelece uma correlação entre a extensão dos danos ao corpo humano, em particular no que diz respeito à gravidade da lesão para o segmento do corpo de interesse. Por exemplo, para um passageiro com cinto envolvido em um impacto frontal, a gravidade da lesão torácica pode aumentar com o esmagamento. Dessa forma, o esmagamento do tórax é considerado o critério de lesão para o tórax. Para identificar os critérios de lesão e atribuir níveis de tolerância humana para certos tipos de acidentes, é necessária a realização de exame de necropsia. Esse tipo de atividade é realizado em institutos de medicina forense. Critério de desempenho É o valor do critério de lesão obtido a partir do processo biomecânico, e não deve ser excedido. Sua medição é feita utilizando um boneco posicionado dentro de um carro em um teste de impacto, chamado de Crash Test. A seleção de critérios de desempenho diz respeito ao legislador a partir das seguintes prerrogativas: E-Book - Apostila 25 - 38 A partir da seleção desses critérios de desempenho que o legislador poderá fornecer notas da segurança do veículo e repassar para as montadoras, que, a partir do recebimento desses resultados, fazem modificações na estrutura do veículo, para que possa fornecer o máximo de segurança para os ocupantes durante uma colisão. SAIBA MAIS Confira o vídeo a seguir para entender como são feitos os testes de segurança dos veículos e a evolução da segurança ao longo dos anos. Clique ou copie o link a seguir em seu navegador e acesse o vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=EXAuNHsXI10. Agora que você conheceu um pouco mais sobre como são feitos os testes de segurança de veículos, vamos continuar nossos estudos e agora vamos ver um pouco mais sobre o sistema de freio. Sistema de freio análise de acidentes que devem definir a prioridade da intervenção e determinar a eficiência da especificação; definição das condições de teste, para que a carroceria do carro seja submetida aos mesmos níveis de estresse que em um acidente real; definição de critérios de desempenho/proteção que são expressos em termos biomecânicos. Nessa fase, é apropriado examinar cada um dos três diferentes aspectos em maiores detalhes. https://www.youtube.com/watch?v=EXAuNHsXI10 E-Book - Apostila 26 - 38 Conduzir um veículo envolve tomada de ações, como acelerar e movimentá-lo para os lados, entretanto uma ação importante que também é realizada é a frenagem (HEIßING; ERSOY, 2011). Felizmente, na maioria das vezes, nós freamos o carro muito suavemente, longe do limite de desempenho do sistema de frenagem. No entanto os engenheiros devem conhecer muito bem a mecânica de frenagem de um veículo para permitir que esse sistema pare o veículo o mais rápido possível em caso de emergência. Na verdade, esse problema foi, de alguma forma, mitigado com o desenvolvimento do sistema de freio ABS (anti-lock braking system), que equipam os carros mais atuais (SAVARESI; TANELI, 2010). No entanto muitos carros não possuem sistema ABS e, por isso, o projeto de freio é um assunto com grande relevância no estudo da dinâmica veicular. O objetivo do sistema de freio é parar o veículo o mais rápido possível, evitando o travamento das rodas. Os carros possuem somente um pedal para frear todas as rodas e manter o equilíbrio durante a frenagem (REIF, 2014). O bloqueio das rodas deve ser evitado durante a frenagem, pois, em ordem de importância: Em condições de condução perigosa, é possível que as rodas de um veículo sejam travadas durante a frenagem. As possíveis causas para isso incluem pista molhada ou escorregadia, que pode ser somada a uma reação abrupta por parte do condutor (perigo inesperado). Como resultado do travamento das rodas, o veículo pode ficar incontrolável, podendo colidir e/ou deixar a pista (REIF, 2014). O sistema ABS detecta se uma ou mais rodas estão prestes a travar sob frenagem e, em caso afirmativo, certifica-se de que a pressão do freio permaneça constante ou que seja reduzida. Ao fazer isso, o sistema evita que as rodas travem e a dirigibilidade do veículo permaneça intacta. Como consequência, o veículo pode ser travado ou parado rapidamente e com segurança. Caro aluno(a), neste tópico, foi apresentado o sistema de freios, que sabemos que possui uma grande importância dentro do automóvel, com a função de parar o veículo enquanto está em movimento. Para que a frenagem ocorra corretamente, evitando acidentes, vimos que é necessário o emprego de um sistema eletrônico de frenagem, conhecido como ABS, responsável por evitar o travamento das rodas, distribuindo a pressão de forma correta para que o veículo freie corretamente. a capacidade do condutor de manter a direção é totalmente prejudicada; a aderência na pista é reduzida. E-Book - Apostila 27 - 38 Considerações finais Neste estudo, você teve a oportunidade de: Compreender o funcionamento dos sistemas de direção, chassi e freios, de forma a avaliar os seus desempenhos no veículo; Reconhecer o conceito de ergonomia no projeto de um automóvel e seus principais pontos; Apontar as competências profissionais relativas ao tema de tecnologias veiculares. Dentro desta unidade, foram apresentados os conceitos sobre alguns componentes um pouco menos conhecidos do automóvel: a geometria de direção e os chassis, que, por mais que não recebam tanta atenção em geral no estudo, desenvolvimento e manutenção, são igualmente importantes para a segurança e bom funcionamento do carro. Vimos que o sistema de direção é interligado com o sistema de suspensão, em que o alinhamento do sistema, junto da perfeita angulação do caster e câmbersão fundamentais para a estabilidade do veículo. Também foram vistos os indesejados fenômenos de sobreviragem e subviragem durante a realização de curvas, e o risco que isso pode trazer para o condutor e para os passageiros. Foi visto dentro da unidade a função dos chassis automotivos, componentes que suportam as cargas e tensões dos veículos quando estão em movimento. Pudemos aprender que existem diversos tipos de chassis, cada um com sua finalidade, como os para os veículos de carga ou para os automóveis de Fórmula 1. Também foi apresentado o conceito de ergonomia na concepção de um automóvel. Ao longo dos tópicos, foi retratada a importância da ergonomia para o condutor e para os passageiros, de forma que o conforto e a segurança durante a viagem sejam tão importantes quanto todos os sistemas do carro. Fechando a unidade, mas não menos importante, vimos o sistema de freios e sua vital importância no automóvel no controle de frenagem do veículo. Esperamos que você possa ter aprendido e desenvolvido as competências necessárias para a aplicação dos conhecimentos obtidos nesta unidade. E-Book - Apostila 28 - 38 Agora que finalizamos este estudo, vamos testar seus conhecimentos com o quiz a seguir. QUIZ Durante a etapa de projeto de um carro, é necessário que ele, durante uma colisão, se deforme, de forma que cause o mínimo de dano possível aos seus ocupantes. Para isso, é realizado um teste que verifica a integridade dos passageiros após uma colisão. Qual é o nome do teste realizado? Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois, para que o carro seja aprovado em uma inspeção de segurança, é necessário que os índices de deformação do veículo e de ferimentos no boneco de testes estejam dentro dos limites considerados pela legislação específica de segurança durante o crash test. Collision Test.a E-Book - Apostila 29 - 38 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois, para que o carro seja aprovado em uma inspeção de segurança, é necessário que os índices de deformação do veículo e de ferimentos no boneco de testes estejam dentro dos limites considerados pela legislação específica de segurança durante o crash test. Resposta Correta: Alternativa correta, pois o crash test é utilizado com a finalidade de avaliar a segurança automotiva e verificar se cumpre determinadas normas de segurança de proteção à colisão em situações de acidente de trânsito. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois, para que o carro seja aprovado em uma inspeção de segurança, é necessário que os índices de deformação do veículo e de ferimentos no boneco de testes estejam dentro dos limites considerados pela legislação específica de segurança durante o crash test. Impact Test.b Crash Test.c Accident Test.d E-Book - Apostila 30 - 38 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois, para que o carro seja aprovado em uma inspeção de segurança, é necessário que os índices de deformação do veículo e de ferimentos no boneco de testes estejam dentro dos limites considerados pela legislação específica de segurança durante o crash test. Durante a frenagem do veículo, pode ocorrer o travamento das rodas, o que pode causar acidentes graves no trânsito. Para que isso ocorra com menos frequência, os automóveis têm saído de fábrica com sistema de freio ABS, que distribuem a pressão igualmente nas rodas, evitando o seu travamento. Qual das alternativas abaixo representa os fatores que fazem as rodas travarem durante a frenagem? Smash Test.e Pneu furado.a E-Book - Apostila 31 - 38 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o travamento das rodas durante a frenagem possui relação direta com as más condições das vias e com fatores climáticos, tais como chuva, neve e lama. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o travamento das rodas durante a frenagem possui relação direta com as más condições das vias e com fatores climáticos, tais como chuva, neve e lama. Resposta Correta: Alternativa correta, pois más condições, como pista molhada ou com neve, podem fazer as rodas travarem durante a frenagem. Para resolver esse problema, os veículos mais recentes vêm equipados com sistema ABS, que controla a pressão das rodas de forma independente, para que não ocorra o seu travamento. Buracos na pista.b Pista molhada ou com neve.c Carro desalinhado.d E-Book - Apostila 32 - 38 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o travamento das rodas durante a frenagem possui relação direta com as más condições das vias e com fatores climáticos, tais como chuva, neve e lama. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o travamento das rodas durante a frenagem possui relação direta com as más condições das vias e com fatores climáticos, tais como chuva, neve e lama. Leia o trecho a seguir: Uma definição básica e clara de chassi é dada por Chandra et al. (2012, p. 2594), em que "um chassi automotivo é um esqueleto onde todos os sistemas mecânicos do veículo são acoplados". O chassi pode ser considerado o componente mais significativo de um automóvel, pois é o responsável por conferir resistência e estabilidade ao veículo quando solicitados por diferentes condições. Analise as afirmativas a seguir: Amortecedor danificado.e E-Book - Apostila 33 - 38 I. O chassi monocoque possui altíssima resistência, pois é fabricado com materiais nobres, como ligas de titânio, fibra de carbono e aços de alta resistência. II. O chassi do tipo escada é simples de fabricar, porém é pesado. Normalmente, esse tipo de chassi é utilizado em veículos de transporte, tais como caminhões e ônibus. III. O chassi spaceframe é construído em um bloco único, em que os diversos componentes da carroceria são montados. Além disso, ele é fabricado pelas grandes montadoras, aplicando-o em veículos de passeio. IV. Além de possuir baixo desempenho em determinados pontos, a segurança é um dos itens de maior destaque quando se fala de chassi monocoque. É correto o que se afirma em: Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o chassi é o esqueleto do automóvel, em que todos os outros sistemas do veículo são acoplados. Eles conferem resistência e estabilidade ao veículo durante a solicitação de diversos esforços, como durante a aceleração ou frenagem. Além do alto desempenho, a segurança é um dos itens de maior destaque quando se fala de monocoque. I, apenas.a II, apenas.b E-Book - Apostila 34 - 38 Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o chassi é o esqueleto do automóvel, em que todos os outros sistemas do veículo são acoplados. Eles conferem resistência e estabilidade ao veículo durante a solicitação de diversos esforços, como durante a aceleração ou frenagem. Além do alto desempenho, a segurança é um dos itens de maior destaque quando se fala de monocoque. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o chassi é o esqueleto do automóvel, em que todos os outros sistemas do veículo são acoplados. Eles conferem resistência e estabilidade ao veículo durante a solicitação de diversos esforços, como durante a aceleração ou frenagem. Além do alto desempenho, a segurança é um dos itens de maior destaque quando se fala de monocoque. I e III, apenas.c I e II, apenas.d E-Book - Apostila 35 - 38 Resposta Correta: Alternativa correta, pois os chassis monocoques são fabricados com materiais nobres, promovendo alta resistência ao chassi. Já os chassis do tipo escada possuem uma simples facilidade de fabricação, contudo possuem alto peso. Por fim, os chassis fabricados para veículos de passeio são chamados de monoblocos. Resposta Incorreta: Alternativa incorreta, pois o chassi é o esqueleto do automóvel, em que todos os outros sistemas do veículo são acoplados. Eles conferem resistência e estabilidade ao veículo durante a solicitação de diversos esforços, como durante a aceleração ou frenagem. Além do alto desempenho, a segurança é um dos itens de maior destaque quando sefala de monocoque. 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