Buscar

DIREITO ADMINISTRATIVO PMBA


Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
DIREITO 
 
 
Material destinado aos estudos para o cargo de Soldado da Polícia Militar da Bahia 
 
CONTATOS: @maai.leite_futurapfem ou EMAIL: carreiras.policiais.ba2018@gmail.com
 
2 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
SUMÁRIO 
 
1. Administração Pública: princípios e contexto. 
2. Princípios básicos do Direito Administrativo: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade, Eficiência. 
3. Atos Administrativos: conceito, requisitos, atributos, anulação, revogação e 
convalidação; discricionariedade e vinculação. 
4. Poderes e deveres dos administradores públicos: uso e abuso do poder, poderes 
vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar, poder de polícia, 
deveres dos administradores públicos. 
5. Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. 
6. Regime jurídico do militar estadual: Estatuto dos Policiais Militares do Estado da 
Bahia (Lei estadual nº 7.990, de 27 de dezembro de 2001). (OUTRO PDF) 
7. Lei Estadual nº 13.201, de 09 de dezembro de 2014 (Reorganização a Polícia Militar 
da Bahia). (OUTRO PDF) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
1.Administração Pública: 
princípios e contexto. 
Princípios básicos do Direito Administrativo: 
Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, 
Publicidade, Eficiência. 
DIREITO ADMINISTRATIVO - 
CONCEITO 
Primeiramente falaremos o que é o 
direito administrativo: 
É o ramo do direito público que estuda a 
administração pública e as atividades 
dos seus integrantes. Tal disciplina tem 
por objeto os órgãos, entidades, agentes 
e atividades públicas, e a sua meta é 
atingir os fins desejados pelo Estado, ou 
seja, o interesse público. 
O Direito Administrativo integra o ramo 
do direito público, cuja principal 
característica é a desigualdade jurídica 
entre as partes envolvidas. De um lado, 
a Administração Pública defende os 
interesses coletivos; de outro, o 
particular. Havendo conflito entre tais 
interesses, haverá de prevalecer o 
da coletividade, representado pela 
Administração Pública. No Direito 
Público, a Administração Pública se 
encontrará sempre em um patamar 
superior ao do particular, 
diferentemente do que é visto no Direito 
Privado. 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
(Quem gere aquilo que é de todos) 
Agora vamos entender o que seria a 
administração pública: 
É a atividade desenvolvida pelo Estado 
ou seus delegados, sob regime de Direito 
Público, destinada a atender de modo 
direto e imediato, necessidades concretas 
da coletividade. É todo o aparelhamento 
do Estado para a prestação dos serviços 
públicos, para a gestão dos bens públicos 
e dos interesses da comunidade. 
Comentário da May: (Em resumo, a 
administração pública é toda atividade 
desenvolvida pelo Estado, pelos seus 
administrados, visando o interesse da 
coletividade. Toda atividade exercida 
pela administração, será visando o 
interesse da coletividade, jamais 
pensando em um particular, aqui, o 
interesse coletivo é superior ao 
particular. Sempre que houver conflito 
entre o interesse do particular e o 
interesse da coletividade, o da 
coletividade vai ser superior.) 
‘’ A administração pública direta e 
indireta ou fundacional, de qualquer dos 
poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, 
obedecerá aos princípios da legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade 
e eficiência.’’ 
Art: 37 CF88 
FAMOSO L I M P E 
Princípios 
Dentro da administração pública, 
temos os princípios que regem a 
administração, dentre eles, temos os 
princípios implícitos e os expressos, 
brevemente vamos entende-los. 
Mas para que servem os princípios? 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico
https://pt.wikipedia.org/wiki/Parte_(direito)
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coletividade
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_Privado
https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_Privado
 
4 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
Os princípios são necessários para 
nortear o direito, embasando como deve 
ser. Na Administração Pública não é 
diferente, temos os princípios expressos 
na constituição que são responsáveis por 
organizar toda a estrutura e além disso 
mostrar requisitos básicos para uma 
“boa administração”, não apenas isso, 
mas também gerar uma segurança 
jurídica aos cidadãos, como por 
exemplo, no princípio da legalidade, que 
atribui ao indivíduo a obrigação de 
realizar algo, apenas em virtude da lei, 
impedindo assim que haja abuso de 
poder. 
Começaremos por dois princípios 
(implícitos) que são basilares na 
administração pública, o princípio da 
supremacia do interesse público sobre o 
privado, e o princípio da 
indisponibilidade do interesse público. 
Supremacia do interesse público 
sobre o privado 
Os interesses da coletividade vão 
preponderar (prevalecerão) sobre os 
interesses do particular. EX: 
Desapropriação por utilidade pública, 
um tríplex sendo desapropriado para a 
construção de hospital, qual o interesse 
maior? Do particular ou da coletividade, 
que necessita do hospital? Da 
coletividade. 
Indisponibilidade do interesse 
público - Estabelecerá limites a atuação 
da administração pública. 
A administração não dispõe dos bens 
públicos, pois é a coletividade quem é o 
titular, é quem tem a titularidade dos 
bens públicos. EX: Um administrador 
público não pode agir em nada 
pensando de modo pessoal, do seu jeito 
ou vontade, deve seguir (SEMPRE) o 
interesse coletivo, jamais beneficiando 
um particular específico. 
Falaremos agora sobre os princípios 
expressos (explícitos) da administração 
pública, previstos no artigo 37 da 
Constituição Federal de 1988 (ler 
artigo!), o famoso LIMPE que cai com 
força em provas de concurso (legalidade, 
impessoalidade, moralidade, 
publicidade e eficiência), vamos dar 
procedência a cada um destes princípios 
agora. 
Legalidade – Em nosso pais tudo tem que 
estar em LEI, a lei é quem manda. Então, 
aquilo que está em lei, quem ferir, 
sofrerá as consequências. Para o 
particular, a legalidade é diferente da 
legalidade para o gestor público, para o 
particular, ele pode fazer TUDO que a lei 
não proíba, já para o gestor público, 
aquele que administra os bens públicos, 
ele só pode fazer o que a lei PERMITE, 
apenas o que está em lei. Mas como 
assim? O que a lei permite? A lei vai dar 
as regras a serem seguidas, não podendo 
o administrador agir fora daquele 
parâmetro. Por exemplo, um 
particular não pode matar alguém, pois 
isso é proibido pela lei (Código Penal) 
Impessoalidade – O princípio da 
impessoalidade é dividido em duas 
partes: 
1 – A relação com os particulares: tem 
como objetivo a finalidade pública, sem 
promover interesses pessoais. Como, 
por exemplo, a nomeação de algum 
 
5 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
amigo ou parente para exercer um cargo 
público, sem ter o conhecimento técnico 
para a função, em troca de benefícios 
pessoais. 
2 – Em relação à própria Administração 
Pública: vedação de promoção pessoal 
de agentes públicos em quaisquer atos, 
obras, serviços, publicidade de atos, 
programas e campanhas, como reza 
o Art. 37, §1º da Constituição Federal: 
 
§1º A publicidade dos atos, programas, 
obras, serviços e campanhas dos órgãos 
públicos deverá ter caráter educativo, 
informativo ou de orientação social, dela 
não podendo constar nomes, símbolos 
ou imagens que caracterizem promoção 
pessoal de autoridades ou servidores 
públicos.Suponha que o prefeito da sua cidade, na 
inauguração de uma obra, tenha 
colocado algo exaltando o trabalho do 
Secretário de Obras, por exemplo. Nesse 
caso, ele estaria violando o princípio da 
impessoalidade. Como se nota, o 
objetivo principal aqui é a proibição de 
promoções e interesses particulares, 
afinal, a Administração Pública deve 
sempre prezar pela supremacia do 
interesse público em relação ao 
particular. 
Para você entender, ele terá duas 
vertentes, a primeira dela é dele sempre 
ter que buscar a finalidade pública, sendo 
imparcial, sem favorecer nenhum ‘’ 
amiguinho’’. Segunda vertente, ele não 
pode atribuir nenhuma obra feita ele, 
como que foi ele quem fez, pois quem 
realiza as obras é o Estado. 
Moralidade – Não basta obediência ao 
princípio da legalidade exposto acima. 
Aqueles que lidam com o interesse e 
patrimônio público devem, também, 
seguir padrões éticos esperados em 
determinada comunidade. O princípio 
da moralidade existe para estabelecer os 
bons costumes como regra da 
Administração Pública, ao passo que a 
sua inobservância importa em um ato 
viciado (errado), que se torna inválido, 
pois o ato praticado é considerado ilegal, 
justamente por não ser moralmente 
aceitável naquela comunidade. 
Um exemplo prático na política? A 
nomeação de parentes em cargos 
comissionados, que são preenchidos por 
nomeação de prefeitos ou governadores 
e ocupam funções de chefia. Ele tem que 
ser honesto, pois vai mexer com a coisa 
pública. 
Publicidade – Tornar tudo público, 
levando a diário oficial, deixando claro 
tudo aquilo que está sendo feito, 
levando o conhecimento ao povo das 
atuações da administração. Os atos 
praticados pela Administração Pública 
devem ser publicados oficialmente, para 
conhecimento e controle da população. 
Para alguns estudiosos, este princípio 
atinge, além do aspecto da divulgação 
dos atos, a possibilidade de 
conhecimento da conduta interna dos 
funcionários públicos. Assim, os 
documentos públicos podem ser 
examinados por qualquer pessoa do 
povo, exceto em casos de necessidade 
de preservação da segurança da 
sociedade e do Estado ou de interesse 
público, como, por exemplo, um 
processo judicial que corre em segredo 
de justiça. 
Exemplos: divulgação dos salários de 
servidores públicos e publicações dos 
atos no Diário Oficial da União, Estado ou 
Município, dependendo do caso. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
https://www.politize.com.br/seguranca-publica-no-municipio/
 
6 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
Eficiência – tornar a administração 
pública algo gerencial e dinâmico, 
fazendo com que tudo que é feito pela 
administração pública seja feito com 
eficiência. Compreende-se “eficiência” 
por quando o agente cumpre com suas 
competências, agindo com presteza, 
perfeição, buscando sempre o melhor 
resultado e com o menor custo possível, 
no sentido econômico-jurídico. Exige 
desfecho satisfatório, em tempo 
razoável, em prol do interesse público e 
segurança jurídica. 
 
3. Atos Administrativos: 
conceito, requisitos, atributos, 
anulação, revogação e 
convalidação; 
discricionariedade e vinculação. 
 
CONCEITO: 
 
É toda manifestação unilateral de 
vontade da administração pública que, 
no exercício de sua função 
administrativa, agindo concretamente, 
tem por imediato adquirir, resguardar, 
transferir, modificar ou extinguir 
direitos, com vistas à realização de sua 
finalidade pública e sujeita ao controle 
jurisdicional. 
 
Desta forma a administração pública em 
sentido lado é exercida pelo poder 
executivo, mas está presente também 
no legislativo e no judiciário (nas 
atividades administrativas). 
 
REQUISITOS 
BIZU: CO-FI-FOR-MO-OB 
 
Seus requisitos são: 
Competência: poder legal do agente para 
desempenho de suas funções; 
 
É o poder, resultante da lei, que dá ao 
agente administrativo a capacidade de 
praticar o ato administrativo; é 
VINCULADO; 
 
É o primeiro requisito de validade do ato 
administrativo. 
Inicialmente, é necessário verificar se a 
Pessoa Jurídica tem atribuição para a 
prática daquele ato. 
 
É preciso saber, em segundo lugar, se o 
órgão daquela Pessoa Jurídica que 
praticou o ato, estava investido de 
atribuições para tanto. 
 
Finalmente, é preciso verificar se o 
agente público que praticou o ato, fez no 
exercício das atribuições do cargo. O 
problema da competência, portanto, 
resolve-se nesses três aspectos. A 
competência ADMITE DELEGAÇÃO E 
AVOCAÇÃO. Esses institutos resultam da 
hierarquia. 
 
Finalidade: objetivo de interesse público 
a atingir; É o bem jurídico objetivado 
pelo ato administrativo; é VINCULADO; 
 
O ato deve alcançar a finalidade expressa 
ou implicitamente prevista na norma 
que atribui competência ao agente para 
a sua prática. O Administrador não pode 
fugir da finalidade que a lei imprimiu ao 
ato, sob pena de NULIDADE do ato pelo 
DESVIO DE FINALIDADE específica. 
 
7 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
Havendo qualquer desvio, o ato é nulo 
por DESVIO DE FINALIDADE, mesmo que 
haja relevância social. 
 
Forma: é a exteriorização do ato. Ex: 
editais, licitações. O ato exige forma para 
ter validade. Sem forma ele não é eficaz; 
 
É a maneira regrada (escrita em lei) de 
como o ato deve ser praticado; É o 
revestimento externo do ato; é 
VINCULADO. 
 
Em princípio, exige-se a forma escrita 
para a prática do ato. Excepcionalmente, 
admitem-se as ordens através de sinais 
ou de voz, como são feitas no trânsito. 
Em alguns casos, a forma é 
particularizada e exige-se um 
determinado tipo de forma escrita. 
 
Motivo: é a situação de direito ou de fato 
que determina ou autoriza o ato; É a 
situação de direito que autoriza ou exige 
a prática do ato administrativo; 
 
Motivação obrigatória - ato vinculado - 
pode estar previsto em lei (a autoridade 
só pode praticar o ato caso ocorra a 
situação prevista), 
 
Motivação facultativa - ato discricionário 
- Pode não estar previsto em lei (a 
autoridade tem a liberdade de escolher 
o motivo em vista do qual editará o ato); 
A efetiva existência do motivo é sempre 
um requisito para a validade do ato. Se o 
Administrador invoca determinados 
motivos, a validade do ato fica 
subordinada à efetiva existência desses 
motivos invocados para a sua prática. É a 
teoria dos Motivos Determinantes. 
 
Objeto: é o conteúdo do Ato. 
 
 É a própria alteração na ordem jurídica; 
é aquilo que o ato dispõe. Pode ser 
VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO. 
 
Ato vinculado - o objeto já está 
predeterminado na lei (Ex.: 
aposentadoria do servidor). 
 
Ato discricionário - há uma margem 
de liberdade do Administrador para 
preencher o conteúdo do ato (Ex.: 
desapropriação – cabe ao Administrador 
escolher o bem, de acordo com os 
interesses da Administração). 
MOTIVO e OBJETO, nos chamados atos 
discricionários, caracterizam o que se 
denomina de MÉRITO ADMINISTRATIVO. 
 
OBS: os Atos vinculados tem que ter os 5 
requisitos citados (CO-FI-FO-MOOB); 
enquanto que nos discricionários ocorre 
a retirada do OBJETO e do MOTIVO (CO-
FI-FO), entrando o juízo de conveniência 
e oportunidade do administrador. 
 
 
 
ATRIBUTOS 
 
8 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
Os atributos do ato administrativo não 
devem ser confundidos com seus 
requisitos ou elementos (sujeito, forma, 
objeto, finalidade e motivo). A 
Administração pública, por desenvolver 
atividades no interesse público, tem 
poderes para a sua consecução. 
Enquanto alguns dos atributos 
acompanham qualquer ato 
administrativo, outros existem tão 
somente na hipótese de condicionaremou restringirem os direitos dos 
administrados, porque não são 
necessários nos atos administrativos 
que ampliam os direitos dos 
administrados, como no caso de 
concessões, permissões, autorizações, 
licenças de funcionamento etc. 
 
Assim, reitera-se, os atos administrativos 
possuem atributos típicos, inexistentes 
nos atos de direito privado. Com efeito, 
são atributos dos atos administrativos: 
Atributos (características) 
 
P - Presunção de legitimidade e 
veracidade dos atos administrativos; 
 
A - Autoexecutoriedade; 
 
T - Tipicidade; 
 
I - Imperatividade. 
 
MACETE: P A T I 
 
Presunção de legitimidade e veracidade 
dos atos administrativos: 
Conceito: os atos administrativos são 
presumidos verdadeiros e legais até que 
se prove o contrário. 
Assim, a Administração não tem o ônus 
de provar que seus atos são legais e a 
situação que gerou a necessidade de sua 
prática realmente existiu, cabendo ao 
destinatário do ato o encargo de provar 
que o agente administrativo agiu de 
forma ilegítima. Este atributo está 
presente em todos os atos 
administrativos. Principais informações 
sobre o atributo: 
 
Fundamento: Rapidez e agilidade na 
execução dos atos administrativos. 
 
Natureza da presunção: Relativa, uma 
vez que pode ser desconstituída pela 
prova que deve ser produzida pelo 
interessado prejudicado. 
 
Inversão do ônus da prova: O particular 
prejudicado que possui o dever de 
provar que a Administração Pública 
contrariou a lei ou os fatos mencionados 
por ela não são verdadeiros. 
 
Consequências: 
 Até a sua desconstituição, o ato 
continua produzir seus efeitos 
normalmente; 
 Tanto a Administração como o 
Poder Judiciário têm 
legitimidade para analisar as 
presunções mencionadas. 
 Autoexecutoriedade 
Conceito: Os atos administrativos podem 
ser executados pela própria 
Administração Pública diretamente, 
 
9 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
independentemente de autorização dos 
outros poderes. 
 
De acordo com a doutrina majoritária, o 
atributo da autoexecutoriedade não está 
presente em todos os atos 
administrativos, mas somente: 
 
Quando a lei estabelecer. Ex. Contratos 
administrativos (retenção da caução 
quando houver prejuízo na prestação do 
serviço pelo particular). 
 
Em casos de urgência. Ex. Demolição de 
um prédio que coloca em risco a vida das 
pessoas. 
 
Tipicidade 
Conceito: É o atributo pelo qual o ato 
administrativo deve corresponder a 
figuras previamente definidas pela lei 
como aptas a produzir determinados 
efeitos. 
 
O presente atributo é uma verdadeira 
garantia ao particular que impede a 
Administração de agir absolutamente de 
forma discricionária. 
Para tanto, o administrador somente 
pode exercer sua atividade nos termos 
estabelecidos na lei. 
 
Somente está presente nos atos 
unilaterais. Não existe tipicidade em atos 
bilaterais, já que não há imposição de 
vontade da Administração perante a 
outra parte. É o caso dos contratos, onde 
a sua realização depende de aceitação 
da parte contrária. 
 
Imperatividade 
Conceito: Os atos administrativos são 
impostos a todos independentemente 
da vontade do destinatário. 
 
Rigorosamente, a imperatividade traduz 
a possibilidade de a administração 
pública, unilateralmente, criar 
obrigações para os administrados, ou 
impor-lhe restrições. 
 
Este atributo decorre do poder 
extroverso do Estado, cuja principal 
característica é de impor seus atos 
independentemente da concordância do 
particular. (Impera, assim como o rei, 
para massificar.) 
 
Basta que o ato exista no mundo jurídico 
para que produza imperatividade. No 
entanto, o atributo somente está 
presente nos atos que impõem ao 
particular obrigação (comandos 
administrativos). 
Há imperatividade, portanto, nos atos de 
apreensão de alimentos, interdição de 
estabelecimento etc. 
 
Anulação, Revogação e 
Convalidação 
 
Os atos administrativos valem até a 
data neles prevista ou, como regra 
geral, até que outro ato os revogue ou 
anule. Desde o nascimento, seja ele 
legítimo ou não, produz seus efeitos, 
em face da presunção de legitimidade 
e veracidade. Duas são as maneiras de 
um ato ser desfeito: revogação e 
anulação. 
 
 
10 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
Anulação 
 
Um ato é nulo quando afronta a lei, 
quando foi produzido com alguma 
ilegalidade. Pode ser declarada pela 
própria Administração Pública, no 
exercício de sua autotutela, ou pelo 
Judiciário. 
Opera efeitos retroativo, “ex tunc”, 
como se nunca tivesse existido, exceto 
em relação a terceiros de boa-fé. Entre 
as partes, não gera direitos ou 
obrigações, não constitui situações 
jurídicas definitivas, nem admite 
convalidação. 
Revogação 
Revogação é a forma de desfazer um 
ato válido, legítimo, mas que não é 
mais conveniente, útil ou oportuno. 
Como é um ato perfeito, que não mais 
interessa à Administração Pública, só 
por ela pode ser revogado, não 
cabendo ao Judiciário fazê-lo, exceto 
no exercício de sua atividade 
secundária administrativa, ou seja, só 
pode revogar seus próprios atos 
administrativos. 
Assim, seus efeitos são proativos, “ex 
nunc”, sendo válidas todas as situações 
atingidas antes da revogação. Se a 
revogação é total, nomeia-se ab-
rogação; se parcial, chama-se 
derrogação. 
Então em face de um incremento 
temporário do atendimento à 
população, uma repartição pode, via 
ato administrativo, ampliar o horário 
para fazer face a essa demanda. Com o 
passar do tempo, voltando ao normal, 
revoga-se o ato que instituiu o novo 
horário, retornando o atendimento à 
hora normal, estando válidos todos os 
efeitos produzidos no período de 
exceção. 
Sobre anulação e revogação, veja as 
seguintes Súmulas do STF e o art. 53 da 
Lei nº 9.784/99: 
 
“Súmula 346: A Administração pública 
pode declarar a nulidade dos seus 
próprios atos.” 
“Súmula 473: A Administração pode 
anular seus próprios atos, quando 
eivados de vícios que os tornam ilegais, 
porque deles não se originam direitos; 
ou revoga-los, por motivo de 
conveniência ou oportunidade, 
respeitados os direitos adquiridos, e 
ressalvada, em todos os casos, a 
apreciação judicial.” 
Lei nº 9.784/99, “Art. 53. A 
Administração deve anular seus 
próprios atos, quando eivados de vício 
de legalidade, e pode revogá-los por 
motivo de conveniência ou 
oportunidade, respeitados os direitos 
adquiridos.” 
Mas não é todo ato que pode ser 
revogado pela Administração Pública. 
Alguns, em face de suas características 
peculiares, não podem ser modificados. 
Isso pode decorrer de tipo de ato 
praticado ou dos efeitos gerados. 
Assim, não podem ser revogados, entre 
outros, os atos vinculados, os já 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11320781/artigo-53-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11320781/artigo-53-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
 
11 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
consumados, os que geraram direitos 
adquiridos, etc. 
Noutros casos, fixa um prazo para o 
exercício desse poder/dever. 
 
A propósito, veja o que determina o 
art. 54 da Lei nº 9.784/99: 
 
Art. 54. O direito da Administração de 
anular os atos administrativos de que 
decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, 
contados da data em que foram 
praticados, salvo comprovada má-fé. 
§ 1º No caso de efeitos patrimoniais 
contínuos, o prazo de decadência 
contar-se-áda percepção do primeiro 
pagamento. 
§ 2º Considera-se exercício do direito de 
anular qualquer medida de autoridade 
administrativa que importe impugnação 
à validade do ato. 
Em determinados casos, a revogação de 
um ato administrativo que afete a 
relação jurídica mantida entre o Estado 
e um particular pode gerar o dever de 
indenização para o segundo, posto que 
o ato revogado foi válido durante algum 
tempo, e alguém pode ter agido com 
base nele e sofre alguns prejuízos com 
sua revogação. Ressalte-se que, em 
princípio, não há esse direito de 
indenização. 
Convalidação 
Convalidar é tornar válido, é efetuar 
correções (quando há erros sanáveis, 
que não fere a legalidade.) no ato 
administrativo, de forma que ele fique 
perfeito, atendendo a todas as 
exigências legais. A doutrina tradicional 
não admitia essa possibilidade, 
aduzindo que, ou o ato era produzido 
com os rigores da lei, e, portanto válido, 
ou era inválido. 
Os vícios, no âmbito do Direito Privado, 
há muito podem ser sanados, sendo 
considerados os atos assim praticados 
como anuláveis. No entanto, a mesma 
possibilidade não era aceita no âmbito 
administrativo. 
No entanto, a doutrina mais atual, 
seguida da jurisprudência e até da 
legislação (Art. 50. VIII e 55, da Lei nº 
9.787/99), tem abrandado esse rigor, 
com vistas a melhor atender ao 
interesse público, evitando que sejam 
anulados atos com pequenos vícios, 
sanáveis sem prejuízo das partes. 
Nesse rumo, os ditos defeitos sanáveis 
podem ser corrigidos, validando o ato. 
Ressalte-se que, se tais falhas não 
forem supridas, o ato será nulo. 
Como regra geral, os atos eivados de 
algum defeito devem ser anulados. A 
exceção é que haja convalidação, como 
positivado na Lei nº 9.784/99, sobre o 
processo administrativo federal. 
Essa é a possibilidade de convalidação 
expressa, desde que não acarrete lesão 
ao interesse público ou prejuízo a 
terceiros. A mesma lei prevê uma outra 
espécie, tácita. 
Assim, nos termos do seu art. 54, 
eventual ato administrativo viciado, de 
que decorram efeitos favoráveis para os 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11320763/artigo-54-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99
 
12 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
destinatários, que não seja anulado no 
prazo decadencial de cinco anos, 
contados da data em que foram 
praticados, estará convalidado 
tacitamente, não podendo mais ser 
alterado, salvo comprovada má-fé. 
De uma forma ou de outra, a 
convalidação será sempre retroativa, 
“ex tunc”, lançando seus efeitos sempre 
à data da realização inicial do ato. 
A finalidade, o motivo e o objeto 
nunca podem ser convalidados, por 
sua própria essência. Só existe uma 
finalidade de todo ato público, que é 
atender ao interesse público. Se é 
praticado para atender interesse 
privado, não se pode corrigir tamanha 
falha. Quanto ao motivo, ou este existe, 
e a ato pode ser válido, ou não existe, e 
não pode ser sanado. E o objeto, 
conteúdo do ato, também não pode ser 
corrigido com vistas a convalidar o ato, 
pois ai teríamos um novo ato, sendo 
nulo o primeiro. 
No entanto, ainda nos resta a 
competência e a forma. 
A forma pode sim ser convalidada, 
desde que não seja fundamental à 
validade do ato. Se a lei estabelecia uma 
forma determinada, não há como 
convalidar-se. 
Com relação à competência, é possível 
a convalidação dos atos que não sejam 
exclusivos de uma autoridade, quando 
não pode haver delegação ou avocação. 
Assim, desde que não se trate de 
matéria exclusiva, pode o superior 
ratificar o ato praticado por 
subordinado incompetente. 
4. Poderes e deveres dos 
administradores públicos: uso e 
abuso do poder, poderes 
vinculado, discricionário, 
hierárquico, disciplinar e 
regulamentar, poder de polícia, 
deveres dos administradores 
públicos. 
 
USO E ABUSO DE PODER 
 
Uso do Poder: 
 
O uso de poder é uma prerrogativa 
do agente público. 
Concomitantemente à obtenção da 
prerrogativa de "fazer" o agente 
atrai o "dever" de atuar (o 
denominado poder-dever). 
 
Importante salientar que 
o agente público só pode fazer 
aquilo que a lei determina e o 
que a lei não veda, ou seja, não 
pode atuar contra legem (de 
forma contrária à Lei), ultra 
legem (além da Lei), mas 
exclusivamente secundum 
legem (de acordo com a Lei). 
 
Abuso de Poder: 
 
O abuso de poder 
corresponde a um desvio de 
conduta, à inobservância, por 
parte do agente público, de 
seu poder-dever de 
agir "secundum legem". 
 
 
13 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
 O Abuso de Poder configura 
afronta ao Princípio da Legalidade e, 
com isso, é possível dizer que é ato 
ilegal. Pelo Princípio da Supremacia 
do Interesse Público, surge para o 
administrador público o poder-
dever de agir, o qual lhe obriga a 
atuar quando houver interesse 
público (forma comissiva). Nesse 
sentido, se diante da necessidade 
de se tutelar o interesse público 
houver inércia da autoridade 
administrativa, há abuso de poder, 
de forma omissiva. Toma-se como 
exemplo o caso de uma Autoridade 
Sanitária que não determina a 
interdição de um estabelecimento, 
embora este não possua condições 
de estar em funcionamento. 
 
Há 3 (três) formas de expressão 
do chamado abuso de poder: 
 
Excesso: quando a autoridade 
competente vai além do permitido 
na legislação, ou seja, atua ultra 
legem; 
 
Desvio de finalidade: quando o 
ato é praticado por motivos ou com 
fins diversos dos previstos na 
legislação, ou seja, contra legem, 
ainda que em seu "espírito", 
normalmente com violação de 
atuação discricionária; 
 
Omissão: quando constata-se a 
inércia da Administração em fazer o 
que lhe compete, 
injustificadamente (com violação de 
seu poder-dever). 
 
PODERES 
ADMINISTRATIVOS 
 
Os Poderes Administrativos são 
inerentes à Administração Pública e 
possuem caráter instrumental, ou 
seja, são instrumentos de trabalho 
essenciais para que a Administração 
possa desempenhar as suas funções 
atendendo o interesse público. Os 
poderes são verdadeiros poderes-
deveres, pois a Administração não 
apenas pode como tem a obrigação 
de exercê-los. 
 
Os poderes Administrativos são 
aqueles da administração pública 
para consecução de seus interesses 
através disso visando o bem comum 
da coletividade, dentre eles estão 
os poderes vinculados, 
discricionários, hierárquico, 
disciplinar, regulamentar e o poder 
de polícia. 
 
 Para bem compreender os poderes 
administrativos é de fundamental 
importância, fazer a distinção de 
poderes administrativos e poderes 
políticos. Ambos são considerados como 
instrumentos de trabalho que se 
adequam as tarefas dos meios 
administrativos. 
 Os poderes administrativos tem 
fundamento com a administração que 
expõem suas diferenças no que toca 
sobre exigências do serviço público, 
juntamente com a coletividade. 
 
 Com essa diversidade classifica-se 
com a liberdade da administração a 
 
14 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
prática de seus próprios atos em poder 
vinculado e discricionário; que os 
mesmo visem o ordenamento da 
administração ou punição que a ela seja 
vinculada ao poder hierárquico e 
disciplinar com finalidade normativa 
sobre o poder de regulamentar visando 
objetivos de direitos individuais com 
poder de polícia. 
 
 Esse são poderes inerentes as 
atividade estatais compostos pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, 
contendo limites sobre suas 
competências.CLASSIFICAÇÃO DOS PODERES 
 
São cinco os poderes administrativos: 
 
• Poder Vinculado • Poder 
Discricionário • Poder Hierárquico 
 
• Poder Disciplinar • Poder 
Regulamentar • Poder de Polícia 
 
PODER VINCULADO 
 
É o Poder que tem a Administração 
Pública de praticar certos atos "sem 
qualquer margem de liberdade". A lei 
encarrega-se de prescrever, com 
detalhes, se, quando e como a 
Administração deve agir, determinando 
os elementos e requisitos necessários. 
Ex: A prática de ato de aposentadoria de 
servidor público. 
 
 
 
 
PODER DISCRICIONÁRIO 
 
É aquele pelo qual a Administração 
Pública de modo explícito ou implícito, 
pratica atos administrativos com 
liberdade de escolha de sua 
conveniência, oportunidade e conteúdo. 
A discricionariedade é a liberdade de 
escolha dentro de limites permitidos em 
lei, não se confunde com arbitrariedade 
que é ação contrária ou excedente da lei. 
Ex: Autorização para porte de arma; 
Exoneração de um ocupante de cargo 
em comissão. 
 
PODER HIERÁRQUICO 
 
É aquele pelo qual a Administração 
distribui e escalona as funções de seus 
órgãos, ordena e rever a atuação de seus 
agentes, estabelece a relação de 
subordinação entre os servidores 
públicos de seu quadro de pessoal. No 
seu exercício dão-se ordens, fiscaliza-se, 
delega-se e avoca-se. 
 
PODER DISCIPLINAR 
 
É aquele através do qual a lei permite a 
Administração Pública aplicar 
penalidades às infrações funcionais de 
seus servidores e demais pessoas ligadas 
à disciplina dos órgãos e serviços da 
Administração. A aplicação da punição 
por parte do superior hierárquico é um 
poder-dever, se não o fizer incorrerá em 
crime contra Administração Pública 
(Código Penal, art. 320). Ex: Aplicação de 
pena de suspensão ao servidor público. 
 
 
 
15 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
 
ATENÇÃO! 
 
Poder disciplinar não se confunde com 
Poder Hierárquico. 
 
No Poder hierárquico a administração 
pública distribui e escalona as funções 
de seus órgãos e de seus servidores. No 
Poder disciplinar ela responsabiliza 
(PUNE) os seus servidores pelas faltas 
cometidas. 
 
PODER REGULAMENTAR 
 
É aquele inerente aos Chefes dos 
Poderes Executivos (Presidente, 
Governadores e Prefeitos) para expedir 
decretos e regulamentos para 
complementar, explicitar(detalhar) a lei 
visando sua fiel execução. 
 
A CF/88 dispõe que: “Art. 84 - Compete 
privativamente ao Presidente da 
República: IV - sancionar, promulgar e 
fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel 
execução”; 
 
O direito brasileiro não admite os 
chamados "decretos autônomos", ou 
seja aqueles que trazem matéria 
reservada à lei. 
 
PODER DE POLÍCIA 
 
Considera-se poder de polícia a atividade 
da administração pública que, limitando 
o disciplinando direito, interesse ou 
liberdade, regula a prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse 
público. 
 
Em resumo: através do qual a 
Administração Pública tem a faculdade 
de condicionar e restringir o uso e gozo 
de bens, atividades e direitos individuais, 
em benefício do interesse público. 
 
LIMITES DO PODER DE POLÍCIA 
 
Necessidade: a medida de polícia só 
deve ser adotada para evitar ameaças 
reais ou prováveis de perturbações ao 
interesse público; 
 
Proporcionalidade/razoabilidade: é a 
relação entre a limitação ao direito 
individual e o prejuízo a ser evitado; 
 
Eficácia: a medida deve ser adequada 
para impedir o dano a interesse público. 
Para ser eficaz a Administração não 
precisa recorrer ao Poder Judiciário 
para executar as suas decisões, é o que 
se chama de auto-executoriedade. 
 
 
5. Servidores públicos: cargo, 
emprego e função públicos. 
O que é emprego público? (Empregados 
públicos.) 
No emprego público, você será 
contratado pela administração pública, 
mas serão aplicadas as regras da CLT - 
Consolidação das Leis do Trabalho. 
Por isso, apesar de ser aprovado no 
concurso, você não terá estabilidade e 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm
 
16 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
poderá ser demitido, assim como 
acontece nas empresas privadas. 
Entretanto, a demissão precisa ser 
justificada, porque o seu empregador é a 
administração pública, assim, essa 
relação deverá atender aos princípios da 
legalidade, moralidade e 
impessoalidade. 
Contudo, não há exigência de processo 
administrativo disciplinar (PAD) para 
ocorrer a demissão. 
Em geral, os empregados públicos estão 
ligados à administração pública indireta, 
ou seja, às empresas públicas e 
sociedades de economia mista. 
Exemplo: 
 Banco do Brasil, Caixa, Correios, 
Petrobras, Infraero e outras. 
 
Então, os contratados para essas 
empresas são empregados públicos. 
O que é cargo público? 
Em geral, o cargo público é o mais 
interessante aos concurseiros! 
A Lei n. 8.112/1990 traz as regras sobre 
os servidores públicos federais e, 
também, serve como base para leis 
estaduais e municipais, definindo o 
cargo público como: 
“Cargo público é o conjunto de 
atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional 
que devem ser cometidas a um servidor. 
[…] Os cargos públicos, acessíveis a todos 
os brasileiros, são criados por lei, com 
denominação própria e vencimento 
[salário] pago pelos cofres públicos, para 
provimento em caráter efetivo ou em 
comissão.” 
Portanto, você que está (ou estará) em 
um cargo público, deverá obedecer às 
regras do estatuto próprio do serviço 
público, por isso, é chamado de servidor 
estatutário. 
Contudo, nem todos os cargos públicos 
garantem estabilidade na administração 
pública, pois existem estas diferenças: 
 Cargo público efetivo: após 
aprovação no concurso público, 
há estabilidade após 3 anos no 
exercício do cargo e só pode ser 
demitido após o processo 
administrativo disciplinar (PAD); 
 Cargo público em comissão: é de 
livre nomeação e exoneração da 
administração pública, ou seja, 
pode ser contratado e demitido a 
qualquer momento. 
 
Os cargos em comissão também são 
chamados de cargos de confiança e, de 
acordo com a Constituição Federal, só 
podem ser contratados para funções de 
direção, chefia e assessoramento. 
O que é função pública? 
Na função pública, existe 
a temporária ou de confiança. 
Na função temporária são admitidas 
pessoas para realizarem trabalhos 
esporádicos ou urgentes para a 
administração, mas de forma 
temporária. 
Já a função de confiança, são apenas 
para pessoas que têm cargos públicos e 
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=233987&tip=UN
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=233987&tip=UN
https://concursos.adv.br/processo-administrativo-disciplinar/
https://concursos.adv.br/processo-administrativo-disciplinar/
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm#art3
https://concursos.adv.br/processo-administrativo-disciplinar/
 
17 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 
02.2019 
@maai.leite_futurapfem 
que passam a exercer atividades de 
direção, chefia e assessoramento. 
As regras sobre a função pública estão na 
Lei n. 8.746/1993: 
“Para atender a necessidade temporária 
de excepcional interesse público, os 
órgãos da Administração Federal direta, 
as autarquias e as fundações públicas 
poderão efetuar contratação de 
pessoal por tempo determinado”. 
Na lei também existem as situações em 
que podem ocorrer a contratação de 
função pública, como: 
 Atividades de identificação e 
demarcação territorial; 
 Realização de recenseamentos e 
outras pesquisas de natureza 
estatística efetuadas pela 
Fundação Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística – IBGE; 
 Atividades ligadas a projetos 
temporários na área industrial ou 
a encargos temporários de obras 
e serviços de engenharia; e 
 Assistência a situações de 
calamidade pública; 
 Assistência a emergências em 
saúde pública (como ocorreu na 
crise do novo coronavírus); e 
 Admissão de professor 
substituto, professor visitante, 
professor pesquisador visitante 
estrangeiro. 
 
Lembrando que na função pública não 
existe estabilidade e o contrato deve ter 
prazo máximo de duração, limitado a 2 
anos. 
Conclusão 
Agora, você pôde entender 
as diferenças entre emprego, cargo e 
função pública: 
 
Emprego público é aquele em que você 
pode atuar em empresas da 
administração pública indireta (ex. 
empresas públicas); 
 
Cargo público é aquele ocupado por 
servidor público, concursado e com 
estabilidade após o estágio probatório 
de 3 anos; 
 
Função pública pode ser uma pessoa 
externa em função temporária e em 
casos excepcionais; ou, ainda, 
uma função de confiança exercida por 
quem tem um cargo público. 
 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8745cons.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8745cons.htm
https://concursos.adv.br/requisitos-para-prestar-concurso-publico/

Continue navegando