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1 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem DIREITO Material destinado aos estudos para o cargo de Soldado da Polícia Militar da Bahia CONTATOS: @maai.leite_futurapfem ou EMAIL: carreiras.policiais.ba2018@gmail.com 2 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem SUMÁRIO 1. Administração Pública: princípios e contexto. 2. Princípios básicos do Direito Administrativo: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência. 3. Atos Administrativos: conceito, requisitos, atributos, anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação. 4. Poderes e deveres dos administradores públicos: uso e abuso do poder, poderes vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar, poder de polícia, deveres dos administradores públicos. 5. Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. 6. Regime jurídico do militar estadual: Estatuto dos Policiais Militares do Estado da Bahia (Lei estadual nº 7.990, de 27 de dezembro de 2001). (OUTRO PDF) 7. Lei Estadual nº 13.201, de 09 de dezembro de 2014 (Reorganização a Polícia Militar da Bahia). (OUTRO PDF) 3 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem 1.Administração Pública: princípios e contexto. Princípios básicos do Direito Administrativo: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade, Eficiência. DIREITO ADMINISTRATIVO - CONCEITO Primeiramente falaremos o que é o direito administrativo: É o ramo do direito público que estuda a administração pública e as atividades dos seus integrantes. Tal disciplina tem por objeto os órgãos, entidades, agentes e atividades públicas, e a sua meta é atingir os fins desejados pelo Estado, ou seja, o interesse público. O Direito Administrativo integra o ramo do direito público, cuja principal característica é a desigualdade jurídica entre as partes envolvidas. De um lado, a Administração Pública defende os interesses coletivos; de outro, o particular. Havendo conflito entre tais interesses, haverá de prevalecer o da coletividade, representado pela Administração Pública. No Direito Público, a Administração Pública se encontrará sempre em um patamar superior ao do particular, diferentemente do que é visto no Direito Privado. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (Quem gere aquilo que é de todos) Agora vamos entender o que seria a administração pública: É a atividade desenvolvida pelo Estado ou seus delegados, sob regime de Direito Público, destinada a atender de modo direto e imediato, necessidades concretas da coletividade. É todo o aparelhamento do Estado para a prestação dos serviços públicos, para a gestão dos bens públicos e dos interesses da comunidade. Comentário da May: (Em resumo, a administração pública é toda atividade desenvolvida pelo Estado, pelos seus administrados, visando o interesse da coletividade. Toda atividade exercida pela administração, será visando o interesse da coletividade, jamais pensando em um particular, aqui, o interesse coletivo é superior ao particular. Sempre que houver conflito entre o interesse do particular e o interesse da coletividade, o da coletividade vai ser superior.) ‘’ A administração pública direta e indireta ou fundacional, de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.’’ Art: 37 CF88 FAMOSO L I M P E Princípios Dentro da administração pública, temos os princípios que regem a administração, dentre eles, temos os princípios implícitos e os expressos, brevemente vamos entende-los. Mas para que servem os princípios? https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_p%C3%BAblico https://pt.wikipedia.org/wiki/Parte_(direito) https://pt.wikipedia.org/wiki/Coletividade https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_Privado https://pt.wikipedia.org/wiki/Direito_Privado 4 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem Os princípios são necessários para nortear o direito, embasando como deve ser. Na Administração Pública não é diferente, temos os princípios expressos na constituição que são responsáveis por organizar toda a estrutura e além disso mostrar requisitos básicos para uma “boa administração”, não apenas isso, mas também gerar uma segurança jurídica aos cidadãos, como por exemplo, no princípio da legalidade, que atribui ao indivíduo a obrigação de realizar algo, apenas em virtude da lei, impedindo assim que haja abuso de poder. Começaremos por dois princípios (implícitos) que são basilares na administração pública, o princípio da supremacia do interesse público sobre o privado, e o princípio da indisponibilidade do interesse público. Supremacia do interesse público sobre o privado Os interesses da coletividade vão preponderar (prevalecerão) sobre os interesses do particular. EX: Desapropriação por utilidade pública, um tríplex sendo desapropriado para a construção de hospital, qual o interesse maior? Do particular ou da coletividade, que necessita do hospital? Da coletividade. Indisponibilidade do interesse público - Estabelecerá limites a atuação da administração pública. A administração não dispõe dos bens públicos, pois é a coletividade quem é o titular, é quem tem a titularidade dos bens públicos. EX: Um administrador público não pode agir em nada pensando de modo pessoal, do seu jeito ou vontade, deve seguir (SEMPRE) o interesse coletivo, jamais beneficiando um particular específico. Falaremos agora sobre os princípios expressos (explícitos) da administração pública, previstos no artigo 37 da Constituição Federal de 1988 (ler artigo!), o famoso LIMPE que cai com força em provas de concurso (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência), vamos dar procedência a cada um destes princípios agora. Legalidade – Em nosso pais tudo tem que estar em LEI, a lei é quem manda. Então, aquilo que está em lei, quem ferir, sofrerá as consequências. Para o particular, a legalidade é diferente da legalidade para o gestor público, para o particular, ele pode fazer TUDO que a lei não proíba, já para o gestor público, aquele que administra os bens públicos, ele só pode fazer o que a lei PERMITE, apenas o que está em lei. Mas como assim? O que a lei permite? A lei vai dar as regras a serem seguidas, não podendo o administrador agir fora daquele parâmetro. Por exemplo, um particular não pode matar alguém, pois isso é proibido pela lei (Código Penal) Impessoalidade – O princípio da impessoalidade é dividido em duas partes: 1 – A relação com os particulares: tem como objetivo a finalidade pública, sem promover interesses pessoais. Como, por exemplo, a nomeação de algum 5 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem amigo ou parente para exercer um cargo público, sem ter o conhecimento técnico para a função, em troca de benefícios pessoais. 2 – Em relação à própria Administração Pública: vedação de promoção pessoal de agentes públicos em quaisquer atos, obras, serviços, publicidade de atos, programas e campanhas, como reza o Art. 37, §1º da Constituição Federal: §1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.Suponha que o prefeito da sua cidade, na inauguração de uma obra, tenha colocado algo exaltando o trabalho do Secretário de Obras, por exemplo. Nesse caso, ele estaria violando o princípio da impessoalidade. Como se nota, o objetivo principal aqui é a proibição de promoções e interesses particulares, afinal, a Administração Pública deve sempre prezar pela supremacia do interesse público em relação ao particular. Para você entender, ele terá duas vertentes, a primeira dela é dele sempre ter que buscar a finalidade pública, sendo imparcial, sem favorecer nenhum ‘’ amiguinho’’. Segunda vertente, ele não pode atribuir nenhuma obra feita ele, como que foi ele quem fez, pois quem realiza as obras é o Estado. Moralidade – Não basta obediência ao princípio da legalidade exposto acima. Aqueles que lidam com o interesse e patrimônio público devem, também, seguir padrões éticos esperados em determinada comunidade. O princípio da moralidade existe para estabelecer os bons costumes como regra da Administração Pública, ao passo que a sua inobservância importa em um ato viciado (errado), que se torna inválido, pois o ato praticado é considerado ilegal, justamente por não ser moralmente aceitável naquela comunidade. Um exemplo prático na política? A nomeação de parentes em cargos comissionados, que são preenchidos por nomeação de prefeitos ou governadores e ocupam funções de chefia. Ele tem que ser honesto, pois vai mexer com a coisa pública. Publicidade – Tornar tudo público, levando a diário oficial, deixando claro tudo aquilo que está sendo feito, levando o conhecimento ao povo das atuações da administração. Os atos praticados pela Administração Pública devem ser publicados oficialmente, para conhecimento e controle da população. Para alguns estudiosos, este princípio atinge, além do aspecto da divulgação dos atos, a possibilidade de conhecimento da conduta interna dos funcionários públicos. Assim, os documentos públicos podem ser examinados por qualquer pessoa do povo, exceto em casos de necessidade de preservação da segurança da sociedade e do Estado ou de interesse público, como, por exemplo, um processo judicial que corre em segredo de justiça. Exemplos: divulgação dos salários de servidores públicos e publicações dos atos no Diário Oficial da União, Estado ou Município, dependendo do caso. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm https://www.politize.com.br/seguranca-publica-no-municipio/ 6 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem Eficiência – tornar a administração pública algo gerencial e dinâmico, fazendo com que tudo que é feito pela administração pública seja feito com eficiência. Compreende-se “eficiência” por quando o agente cumpre com suas competências, agindo com presteza, perfeição, buscando sempre o melhor resultado e com o menor custo possível, no sentido econômico-jurídico. Exige desfecho satisfatório, em tempo razoável, em prol do interesse público e segurança jurídica. 3. Atos Administrativos: conceito, requisitos, atributos, anulação, revogação e convalidação; discricionariedade e vinculação. CONCEITO: É toda manifestação unilateral de vontade da administração pública que, no exercício de sua função administrativa, agindo concretamente, tem por imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar ou extinguir direitos, com vistas à realização de sua finalidade pública e sujeita ao controle jurisdicional. Desta forma a administração pública em sentido lado é exercida pelo poder executivo, mas está presente também no legislativo e no judiciário (nas atividades administrativas). REQUISITOS BIZU: CO-FI-FOR-MO-OB Seus requisitos são: Competência: poder legal do agente para desempenho de suas funções; É o poder, resultante da lei, que dá ao agente administrativo a capacidade de praticar o ato administrativo; é VINCULADO; É o primeiro requisito de validade do ato administrativo. Inicialmente, é necessário verificar se a Pessoa Jurídica tem atribuição para a prática daquele ato. É preciso saber, em segundo lugar, se o órgão daquela Pessoa Jurídica que praticou o ato, estava investido de atribuições para tanto. Finalmente, é preciso verificar se o agente público que praticou o ato, fez no exercício das atribuições do cargo. O problema da competência, portanto, resolve-se nesses três aspectos. A competência ADMITE DELEGAÇÃO E AVOCAÇÃO. Esses institutos resultam da hierarquia. Finalidade: objetivo de interesse público a atingir; É o bem jurídico objetivado pelo ato administrativo; é VINCULADO; O ato deve alcançar a finalidade expressa ou implicitamente prevista na norma que atribui competência ao agente para a sua prática. O Administrador não pode fugir da finalidade que a lei imprimiu ao ato, sob pena de NULIDADE do ato pelo DESVIO DE FINALIDADE específica. 7 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem Havendo qualquer desvio, o ato é nulo por DESVIO DE FINALIDADE, mesmo que haja relevância social. Forma: é a exteriorização do ato. Ex: editais, licitações. O ato exige forma para ter validade. Sem forma ele não é eficaz; É a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser praticado; É o revestimento externo do ato; é VINCULADO. Em princípio, exige-se a forma escrita para a prática do ato. Excepcionalmente, admitem-se as ordens através de sinais ou de voz, como são feitas no trânsito. Em alguns casos, a forma é particularizada e exige-se um determinado tipo de forma escrita. Motivo: é a situação de direito ou de fato que determina ou autoriza o ato; É a situação de direito que autoriza ou exige a prática do ato administrativo; Motivação obrigatória - ato vinculado - pode estar previsto em lei (a autoridade só pode praticar o ato caso ocorra a situação prevista), Motivação facultativa - ato discricionário - Pode não estar previsto em lei (a autoridade tem a liberdade de escolher o motivo em vista do qual editará o ato); A efetiva existência do motivo é sempre um requisito para a validade do ato. Se o Administrador invoca determinados motivos, a validade do ato fica subordinada à efetiva existência desses motivos invocados para a sua prática. É a teoria dos Motivos Determinantes. Objeto: é o conteúdo do Ato. É a própria alteração na ordem jurídica; é aquilo que o ato dispõe. Pode ser VINCULADO ou DISCRICIONÁRIO. Ato vinculado - o objeto já está predeterminado na lei (Ex.: aposentadoria do servidor). Ato discricionário - há uma margem de liberdade do Administrador para preencher o conteúdo do ato (Ex.: desapropriação – cabe ao Administrador escolher o bem, de acordo com os interesses da Administração). MOTIVO e OBJETO, nos chamados atos discricionários, caracterizam o que se denomina de MÉRITO ADMINISTRATIVO. OBS: os Atos vinculados tem que ter os 5 requisitos citados (CO-FI-FO-MOOB); enquanto que nos discricionários ocorre a retirada do OBJETO e do MOTIVO (CO- FI-FO), entrando o juízo de conveniência e oportunidade do administrador. ATRIBUTOS 8 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem Os atributos do ato administrativo não devem ser confundidos com seus requisitos ou elementos (sujeito, forma, objeto, finalidade e motivo). A Administração pública, por desenvolver atividades no interesse público, tem poderes para a sua consecução. Enquanto alguns dos atributos acompanham qualquer ato administrativo, outros existem tão somente na hipótese de condicionaremou restringirem os direitos dos administrados, porque não são necessários nos atos administrativos que ampliam os direitos dos administrados, como no caso de concessões, permissões, autorizações, licenças de funcionamento etc. Assim, reitera-se, os atos administrativos possuem atributos típicos, inexistentes nos atos de direito privado. Com efeito, são atributos dos atos administrativos: Atributos (características) P - Presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos; A - Autoexecutoriedade; T - Tipicidade; I - Imperatividade. MACETE: P A T I Presunção de legitimidade e veracidade dos atos administrativos: Conceito: os atos administrativos são presumidos verdadeiros e legais até que se prove o contrário. Assim, a Administração não tem o ônus de provar que seus atos são legais e a situação que gerou a necessidade de sua prática realmente existiu, cabendo ao destinatário do ato o encargo de provar que o agente administrativo agiu de forma ilegítima. Este atributo está presente em todos os atos administrativos. Principais informações sobre o atributo: Fundamento: Rapidez e agilidade na execução dos atos administrativos. Natureza da presunção: Relativa, uma vez que pode ser desconstituída pela prova que deve ser produzida pelo interessado prejudicado. Inversão do ônus da prova: O particular prejudicado que possui o dever de provar que a Administração Pública contrariou a lei ou os fatos mencionados por ela não são verdadeiros. Consequências: Até a sua desconstituição, o ato continua produzir seus efeitos normalmente; Tanto a Administração como o Poder Judiciário têm legitimidade para analisar as presunções mencionadas. Autoexecutoriedade Conceito: Os atos administrativos podem ser executados pela própria Administração Pública diretamente, 9 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem independentemente de autorização dos outros poderes. De acordo com a doutrina majoritária, o atributo da autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos, mas somente: Quando a lei estabelecer. Ex. Contratos administrativos (retenção da caução quando houver prejuízo na prestação do serviço pelo particular). Em casos de urgência. Ex. Demolição de um prédio que coloca em risco a vida das pessoas. Tipicidade Conceito: É o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras previamente definidas pela lei como aptas a produzir determinados efeitos. O presente atributo é uma verdadeira garantia ao particular que impede a Administração de agir absolutamente de forma discricionária. Para tanto, o administrador somente pode exercer sua atividade nos termos estabelecidos na lei. Somente está presente nos atos unilaterais. Não existe tipicidade em atos bilaterais, já que não há imposição de vontade da Administração perante a outra parte. É o caso dos contratos, onde a sua realização depende de aceitação da parte contrária. Imperatividade Conceito: Os atos administrativos são impostos a todos independentemente da vontade do destinatário. Rigorosamente, a imperatividade traduz a possibilidade de a administração pública, unilateralmente, criar obrigações para os administrados, ou impor-lhe restrições. Este atributo decorre do poder extroverso do Estado, cuja principal característica é de impor seus atos independentemente da concordância do particular. (Impera, assim como o rei, para massificar.) Basta que o ato exista no mundo jurídico para que produza imperatividade. No entanto, o atributo somente está presente nos atos que impõem ao particular obrigação (comandos administrativos). Há imperatividade, portanto, nos atos de apreensão de alimentos, interdição de estabelecimento etc. Anulação, Revogação e Convalidação Os atos administrativos valem até a data neles prevista ou, como regra geral, até que outro ato os revogue ou anule. Desde o nascimento, seja ele legítimo ou não, produz seus efeitos, em face da presunção de legitimidade e veracidade. Duas são as maneiras de um ato ser desfeito: revogação e anulação. 10 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem Anulação Um ato é nulo quando afronta a lei, quando foi produzido com alguma ilegalidade. Pode ser declarada pela própria Administração Pública, no exercício de sua autotutela, ou pelo Judiciário. Opera efeitos retroativo, “ex tunc”, como se nunca tivesse existido, exceto em relação a terceiros de boa-fé. Entre as partes, não gera direitos ou obrigações, não constitui situações jurídicas definitivas, nem admite convalidação. Revogação Revogação é a forma de desfazer um ato válido, legítimo, mas que não é mais conveniente, útil ou oportuno. Como é um ato perfeito, que não mais interessa à Administração Pública, só por ela pode ser revogado, não cabendo ao Judiciário fazê-lo, exceto no exercício de sua atividade secundária administrativa, ou seja, só pode revogar seus próprios atos administrativos. Assim, seus efeitos são proativos, “ex nunc”, sendo válidas todas as situações atingidas antes da revogação. Se a revogação é total, nomeia-se ab- rogação; se parcial, chama-se derrogação. Então em face de um incremento temporário do atendimento à população, uma repartição pode, via ato administrativo, ampliar o horário para fazer face a essa demanda. Com o passar do tempo, voltando ao normal, revoga-se o ato que instituiu o novo horário, retornando o atendimento à hora normal, estando válidos todos os efeitos produzidos no período de exceção. Sobre anulação e revogação, veja as seguintes Súmulas do STF e o art. 53 da Lei nº 9.784/99: “Súmula 346: A Administração pública pode declarar a nulidade dos seus próprios atos.” “Súmula 473: A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revoga-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial.” Lei nº 9.784/99, “Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.” Mas não é todo ato que pode ser revogado pela Administração Pública. Alguns, em face de suas características peculiares, não podem ser modificados. Isso pode decorrer de tipo de ato praticado ou dos efeitos gerados. Assim, não podem ser revogados, entre outros, os atos vinculados, os já http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11320781/artigo-53-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99 http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11320781/artigo-53-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999 11 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem consumados, os que geraram direitos adquiridos, etc. Noutros casos, fixa um prazo para o exercício desse poder/dever. A propósito, veja o que determina o art. 54 da Lei nº 9.784/99: Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé. § 1º No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-áda percepção do primeiro pagamento. § 2º Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à validade do ato. Em determinados casos, a revogação de um ato administrativo que afete a relação jurídica mantida entre o Estado e um particular pode gerar o dever de indenização para o segundo, posto que o ato revogado foi válido durante algum tempo, e alguém pode ter agido com base nele e sofre alguns prejuízos com sua revogação. Ressalte-se que, em princípio, não há esse direito de indenização. Convalidação Convalidar é tornar válido, é efetuar correções (quando há erros sanáveis, que não fere a legalidade.) no ato administrativo, de forma que ele fique perfeito, atendendo a todas as exigências legais. A doutrina tradicional não admitia essa possibilidade, aduzindo que, ou o ato era produzido com os rigores da lei, e, portanto válido, ou era inválido. Os vícios, no âmbito do Direito Privado, há muito podem ser sanados, sendo considerados os atos assim praticados como anuláveis. No entanto, a mesma possibilidade não era aceita no âmbito administrativo. No entanto, a doutrina mais atual, seguida da jurisprudência e até da legislação (Art. 50. VIII e 55, da Lei nº 9.787/99), tem abrandado esse rigor, com vistas a melhor atender ao interesse público, evitando que sejam anulados atos com pequenos vícios, sanáveis sem prejuízo das partes. Nesse rumo, os ditos defeitos sanáveis podem ser corrigidos, validando o ato. Ressalte-se que, se tais falhas não forem supridas, o ato será nulo. Como regra geral, os atos eivados de algum defeito devem ser anulados. A exceção é que haja convalidação, como positivado na Lei nº 9.784/99, sobre o processo administrativo federal. Essa é a possibilidade de convalidação expressa, desde que não acarrete lesão ao interesse público ou prejuízo a terceiros. A mesma lei prevê uma outra espécie, tácita. Assim, nos termos do seu art. 54, eventual ato administrativo viciado, de que decorram efeitos favoráveis para os http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11320763/artigo-54-da-lei-n-9784-de-29-de-janeiro-de-1999 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99 http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104076/lei-de-procedimento-administrativo-lei-9784-99 12 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem destinatários, que não seja anulado no prazo decadencial de cinco anos, contados da data em que foram praticados, estará convalidado tacitamente, não podendo mais ser alterado, salvo comprovada má-fé. De uma forma ou de outra, a convalidação será sempre retroativa, “ex tunc”, lançando seus efeitos sempre à data da realização inicial do ato. A finalidade, o motivo e o objeto nunca podem ser convalidados, por sua própria essência. Só existe uma finalidade de todo ato público, que é atender ao interesse público. Se é praticado para atender interesse privado, não se pode corrigir tamanha falha. Quanto ao motivo, ou este existe, e a ato pode ser válido, ou não existe, e não pode ser sanado. E o objeto, conteúdo do ato, também não pode ser corrigido com vistas a convalidar o ato, pois ai teríamos um novo ato, sendo nulo o primeiro. No entanto, ainda nos resta a competência e a forma. A forma pode sim ser convalidada, desde que não seja fundamental à validade do ato. Se a lei estabelecia uma forma determinada, não há como convalidar-se. Com relação à competência, é possível a convalidação dos atos que não sejam exclusivos de uma autoridade, quando não pode haver delegação ou avocação. Assim, desde que não se trate de matéria exclusiva, pode o superior ratificar o ato praticado por subordinado incompetente. 4. Poderes e deveres dos administradores públicos: uso e abuso do poder, poderes vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar, poder de polícia, deveres dos administradores públicos. USO E ABUSO DE PODER Uso do Poder: O uso de poder é uma prerrogativa do agente público. Concomitantemente à obtenção da prerrogativa de "fazer" o agente atrai o "dever" de atuar (o denominado poder-dever). Importante salientar que o agente público só pode fazer aquilo que a lei determina e o que a lei não veda, ou seja, não pode atuar contra legem (de forma contrária à Lei), ultra legem (além da Lei), mas exclusivamente secundum legem (de acordo com a Lei). Abuso de Poder: O abuso de poder corresponde a um desvio de conduta, à inobservância, por parte do agente público, de seu poder-dever de agir "secundum legem". 13 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem O Abuso de Poder configura afronta ao Princípio da Legalidade e, com isso, é possível dizer que é ato ilegal. Pelo Princípio da Supremacia do Interesse Público, surge para o administrador público o poder- dever de agir, o qual lhe obriga a atuar quando houver interesse público (forma comissiva). Nesse sentido, se diante da necessidade de se tutelar o interesse público houver inércia da autoridade administrativa, há abuso de poder, de forma omissiva. Toma-se como exemplo o caso de uma Autoridade Sanitária que não determina a interdição de um estabelecimento, embora este não possua condições de estar em funcionamento. Há 3 (três) formas de expressão do chamado abuso de poder: Excesso: quando a autoridade competente vai além do permitido na legislação, ou seja, atua ultra legem; Desvio de finalidade: quando o ato é praticado por motivos ou com fins diversos dos previstos na legislação, ou seja, contra legem, ainda que em seu "espírito", normalmente com violação de atuação discricionária; Omissão: quando constata-se a inércia da Administração em fazer o que lhe compete, injustificadamente (com violação de seu poder-dever). PODERES ADMINISTRATIVOS Os Poderes Administrativos são inerentes à Administração Pública e possuem caráter instrumental, ou seja, são instrumentos de trabalho essenciais para que a Administração possa desempenhar as suas funções atendendo o interesse público. Os poderes são verdadeiros poderes- deveres, pois a Administração não apenas pode como tem a obrigação de exercê-los. Os poderes Administrativos são aqueles da administração pública para consecução de seus interesses através disso visando o bem comum da coletividade, dentre eles estão os poderes vinculados, discricionários, hierárquico, disciplinar, regulamentar e o poder de polícia. Para bem compreender os poderes administrativos é de fundamental importância, fazer a distinção de poderes administrativos e poderes políticos. Ambos são considerados como instrumentos de trabalho que se adequam as tarefas dos meios administrativos. Os poderes administrativos tem fundamento com a administração que expõem suas diferenças no que toca sobre exigências do serviço público, juntamente com a coletividade. Com essa diversidade classifica-se com a liberdade da administração a 14 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem prática de seus próprios atos em poder vinculado e discricionário; que os mesmo visem o ordenamento da administração ou punição que a ela seja vinculada ao poder hierárquico e disciplinar com finalidade normativa sobre o poder de regulamentar visando objetivos de direitos individuais com poder de polícia. Esse são poderes inerentes as atividade estatais compostos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, contendo limites sobre suas competências.CLASSIFICAÇÃO DOS PODERES São cinco os poderes administrativos: • Poder Vinculado • Poder Discricionário • Poder Hierárquico • Poder Disciplinar • Poder Regulamentar • Poder de Polícia PODER VINCULADO É o Poder que tem a Administração Pública de praticar certos atos "sem qualquer margem de liberdade". A lei encarrega-se de prescrever, com detalhes, se, quando e como a Administração deve agir, determinando os elementos e requisitos necessários. Ex: A prática de ato de aposentadoria de servidor público. PODER DISCRICIONÁRIO É aquele pelo qual a Administração Pública de modo explícito ou implícito, pratica atos administrativos com liberdade de escolha de sua conveniência, oportunidade e conteúdo. A discricionariedade é a liberdade de escolha dentro de limites permitidos em lei, não se confunde com arbitrariedade que é ação contrária ou excedente da lei. Ex: Autorização para porte de arma; Exoneração de um ocupante de cargo em comissão. PODER HIERÁRQUICO É aquele pelo qual a Administração distribui e escalona as funções de seus órgãos, ordena e rever a atuação de seus agentes, estabelece a relação de subordinação entre os servidores públicos de seu quadro de pessoal. No seu exercício dão-se ordens, fiscaliza-se, delega-se e avoca-se. PODER DISCIPLINAR É aquele através do qual a lei permite a Administração Pública aplicar penalidades às infrações funcionais de seus servidores e demais pessoas ligadas à disciplina dos órgãos e serviços da Administração. A aplicação da punição por parte do superior hierárquico é um poder-dever, se não o fizer incorrerá em crime contra Administração Pública (Código Penal, art. 320). Ex: Aplicação de pena de suspensão ao servidor público. 15 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem ATENÇÃO! Poder disciplinar não se confunde com Poder Hierárquico. No Poder hierárquico a administração pública distribui e escalona as funções de seus órgãos e de seus servidores. No Poder disciplinar ela responsabiliza (PUNE) os seus servidores pelas faltas cometidas. PODER REGULAMENTAR É aquele inerente aos Chefes dos Poderes Executivos (Presidente, Governadores e Prefeitos) para expedir decretos e regulamentos para complementar, explicitar(detalhar) a lei visando sua fiel execução. A CF/88 dispõe que: “Art. 84 - Compete privativamente ao Presidente da República: IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução”; O direito brasileiro não admite os chamados "decretos autônomos", ou seja aqueles que trazem matéria reservada à lei. PODER DE POLÍCIA Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando o disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público. Em resumo: através do qual a Administração Pública tem a faculdade de condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício do interesse público. LIMITES DO PODER DE POLÍCIA Necessidade: a medida de polícia só deve ser adotada para evitar ameaças reais ou prováveis de perturbações ao interesse público; Proporcionalidade/razoabilidade: é a relação entre a limitação ao direito individual e o prejuízo a ser evitado; Eficácia: a medida deve ser adequada para impedir o dano a interesse público. Para ser eficaz a Administração não precisa recorrer ao Poder Judiciário para executar as suas decisões, é o que se chama de auto-executoriedade. 5. Servidores públicos: cargo, emprego e função públicos. O que é emprego público? (Empregados públicos.) No emprego público, você será contratado pela administração pública, mas serão aplicadas as regras da CLT - Consolidação das Leis do Trabalho. Por isso, apesar de ser aprovado no concurso, você não terá estabilidade e http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm 16 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem poderá ser demitido, assim como acontece nas empresas privadas. Entretanto, a demissão precisa ser justificada, porque o seu empregador é a administração pública, assim, essa relação deverá atender aos princípios da legalidade, moralidade e impessoalidade. Contudo, não há exigência de processo administrativo disciplinar (PAD) para ocorrer a demissão. Em geral, os empregados públicos estão ligados à administração pública indireta, ou seja, às empresas públicas e sociedades de economia mista. Exemplo: Banco do Brasil, Caixa, Correios, Petrobras, Infraero e outras. Então, os contratados para essas empresas são empregados públicos. O que é cargo público? Em geral, o cargo público é o mais interessante aos concurseiros! A Lei n. 8.112/1990 traz as regras sobre os servidores públicos federais e, também, serve como base para leis estaduais e municipais, definindo o cargo público como: “Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. […] Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com denominação própria e vencimento [salário] pago pelos cofres públicos, para provimento em caráter efetivo ou em comissão.” Portanto, você que está (ou estará) em um cargo público, deverá obedecer às regras do estatuto próprio do serviço público, por isso, é chamado de servidor estatutário. Contudo, nem todos os cargos públicos garantem estabilidade na administração pública, pois existem estas diferenças: Cargo público efetivo: após aprovação no concurso público, há estabilidade após 3 anos no exercício do cargo e só pode ser demitido após o processo administrativo disciplinar (PAD); Cargo público em comissão: é de livre nomeação e exoneração da administração pública, ou seja, pode ser contratado e demitido a qualquer momento. Os cargos em comissão também são chamados de cargos de confiança e, de acordo com a Constituição Federal, só podem ser contratados para funções de direção, chefia e assessoramento. O que é função pública? Na função pública, existe a temporária ou de confiança. Na função temporária são admitidas pessoas para realizarem trabalhos esporádicos ou urgentes para a administração, mas de forma temporária. Já a função de confiança, são apenas para pessoas que têm cargos públicos e http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=233987&tip=UN http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=233987&tip=UN https://concursos.adv.br/processo-administrativo-disciplinar/ https://concursos.adv.br/processo-administrativo-disciplinar/ http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8112cons.htm#art3 https://concursos.adv.br/processo-administrativo-disciplinar/ 17 D I R E I T O A D M I N I S T R A T I V O – SOLDADO DA POLÍCIA MILITAR DA BAHIA – EDITAL 02.2019 @maai.leite_futurapfem que passam a exercer atividades de direção, chefia e assessoramento. As regras sobre a função pública estão na Lei n. 8.746/1993: “Para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, os órgãos da Administração Federal direta, as autarquias e as fundações públicas poderão efetuar contratação de pessoal por tempo determinado”. Na lei também existem as situações em que podem ocorrer a contratação de função pública, como: Atividades de identificação e demarcação territorial; Realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística – IBGE; Atividades ligadas a projetos temporários na área industrial ou a encargos temporários de obras e serviços de engenharia; e Assistência a situações de calamidade pública; Assistência a emergências em saúde pública (como ocorreu na crise do novo coronavírus); e Admissão de professor substituto, professor visitante, professor pesquisador visitante estrangeiro. Lembrando que na função pública não existe estabilidade e o contrato deve ter prazo máximo de duração, limitado a 2 anos. Conclusão Agora, você pôde entender as diferenças entre emprego, cargo e função pública: Emprego público é aquele em que você pode atuar em empresas da administração pública indireta (ex. empresas públicas); Cargo público é aquele ocupado por servidor público, concursado e com estabilidade após o estágio probatório de 3 anos; Função pública pode ser uma pessoa externa em função temporária e em casos excepcionais; ou, ainda, uma função de confiança exercida por quem tem um cargo público. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8745cons.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8745cons.htm https://concursos.adv.br/requisitos-para-prestar-concurso-publico/