Os dispositivos médicos piratas do século XVIII encontrados no navio do urso-negro

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Os dispositivos médicos piratas do século XVIII encontrados no
navio do urso-negro
Quando você pensa em piratas, um nome inegavelmente se destaca: Barba Negra. Nascido Edward Teach (ou às
vezes Thatch), o nom de guerre deste notório pirata evoca imagens de uma figura escura e temível com fusíveis
fumegantes tecidos em sua barba.
Barba Negra é a encarnação da Idade de Ouro da pirataria, um período entre o século XVII e o início do século
XVIII, quando o roubo em alto mar e nos portos coloniais atingiu um recorde de todos os tempos. De acordo com um
relato britânico de durante o terror desta era, o pirata “assustou a América mais do que qualquer cometa que
apareceu lá [por] um longo tempo”.
Durante sua breve, mas produtiva carreira, Barba Negra e seus homens saquearam muitos navios mercantes e
negreiros e até montaram uma mini armada pirata que bloqueou a cidade de Charleston, na Carolina do Norte, por
quase uma semana. Curiosamente, depois de saquear vários navios nas docas de Charleston, Barba Negra fez
apenas uma demanda de resgate: um baú de remédios em troca de reféns. Alguns desses suprimentos médicos
podem ter sobrevivido, oferecendo um raro vislumbre dos cuidados de saúde piratas.
O carro-chefe da Barba Negra, a Rainha Anne's Revenge, encalhou em maio de 1718 na Beaufort Inlet, Carolina do
Norte, logo após o bloqueio do porto de Charleston. O chefe pirata dissolveu a flotilha e escapou com apenas um
punhado de homens, transferindo seu saque mais valioso para um navio menor chamado Adventure, no qual ele fez
sua fuga. Barba Negra foi morto em batalha apenas um ano depois, quase no dia.
Imagem do naufrágio da vingança da rainha Ana. Crédito: Juha Flinkman, SubZone OY / CC BY-SA 4.0 /
Wikimedia Commons.
O naufrágio da Vingança da Rainha Ana foi milagrosamente redescoberto em 1996 ao largo da costa da Carolina do
Norte, e os arqueólogos têm estudado desde então. Eles escavaram cerca de 60% do local e recuperaram vários
artefatos, entre eles um tesouro de equipamentos médicos que enviam médicos que os médicos usavam na
tripulação ferida e doente do Barba Negra.
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https://www.rmg.co.uk/stories/topics/golden-age-piracy
https://www.zmescience.com/science/news-science/high-seas-protection-29062022/
https://www.zmescience.com/science/news-science/high-seas-protection-29062022/
https://www.smithsonianmag.com/history/three-centuries-after-his-beheading-kinder-gentler-blackbeard-emerges-180970782/
https://chstoday.6amcity.com/blackbeards-blockade-charleston-sc
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Esta seringa uretral encontrada a bordo do navio do Blackbeard foi usada para tratar a sífilis. Departamento de Recursos Culturais da
Muitos desses instrumentos foram brutais pelos padrões médicos de hoje. Estes incluem uma seringa uretral de
metal usada para injetar mercúrio para tratar piratas impertinentes de sífilis. O uso de mercúrio muitas vezes causa
efeitos colaterais graves, como perda de dentes, danos nos rins e até mesmo a morte. Apesar desses riscos, o
mercúrio permaneceu um tratamento popular para a sífilis até a descoberta da penicilina no século XX.
“Por causa de sua paixão pela pirataria, acho que ele se importava muito em mantê-la, e para mantê-la, ele tinha
que ter uma equipe saudável e funcional”, disse Linda Carnes-McNaughton, arqueóloga que trabalha no projeto, ao
The Washington Post.
De fato, o navio provavelmente tinha muito mais dispositivos e instrumentos médicos do que o seu típico navio pirata
comum. A Vingança da Rainha Ana era originalmente um navio negreiro francês chamado La Concorde de Nantes.
Depois que Barba Negra capturou o vaso com o sangue e suor de seus homens, ele decidiu adotar os três cirurgiões
franceses que estavam a bordo. As vidas dos médicos foram poupadas e foram pagas por seus serviços, que
continuaram a realizar mesmo depois que o Barba Negra pulou do navio logo após Charleston.
Os médicos devem ter empregado todos os tipos de gadgets, incluindo uma “bomba de galos”, um dispositivo de
enema usado para tratar a desidratação grave, bombeando fluido para o reto. Outros dispositivos interessantes
encontrados entre os destroços da Vingança da Rainha Anne incluem um instrumento de derramamento de sangue
chamado porringer, argamassa de latão e pilão para moagem de medicamentos, e panelas de galera provavelmente
usadas para armazenar bálsamos, pomadas e outras poções de cura. Uma agulha de prata e os restos de tesoura
provavelmente teriam sido úteis durante as cirurgias.
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http://www.qaronline.org/
http://www.washingtonpost.com/news/morning-mix/wp/2015/01/30/blackbeards-medical-tools-show-his-crew-battled-syphilis-scurvy-and-the-bloody-flux/
https://www.zmescience.com/science/physics/device-powered-ear-bioelectricity-07112012/
https://www.zmescience.com/science/physics/device-powered-ear-bioelectricity-07112012/
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Os restos de dois clysters de bomba, que teriam sido usados para bombear fluido para o reto, permitindo que
o corpo o absorvesse rapidamente. Crédito: NORTH CAROLINA DEPARTAMENTO DOS RECURSOS
CULTURAIS
Dois conjuntos de pesos de nidificação, que podem ser armazenados de forma compacta colocando um
dentro do outro, foram encontrados na Vingança da Rainha Anne. Crédito: NORTH CAROLINA
DEPARTAMENTO DOS RECURSOS CULTURAIS
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Dois conjuntos de pesos de nidificação, que podem ser armazenados de forma compacta colocando um
dentro do outro, foram encontrados na Vingança da Rainha Anne. Crédito: NORTH CAROLINA
DEPARTMENT OF CULTURAL RECURSOS.
Uma agulha de prata encontrada no naufrágio teria sido útil durante as cirurgias para costurar feridas. Crédito:
NORTH CAROLINA DEPARTMENT OF CULTURAL RECURSOS.
Todos os instrumentos foram feitos na França e foram levados junto com o resto do navio.
Os médicos e seus aparelhos médicos provavelmente ajudaram a salvar muitas vidas, mas isso não significa que a
vida de um pirata fosse fácil – pelo contrário. A tripulação sofreu muitos ferimentos, ferimentos, amputações e
queimaduras como resultado de seus saques violentos. Mas suas piores provações foram devido a doenças típicas
da vida em alto mar.
Indiscutivelmente o mais infame de doenças relacionadas a piratas, o escorbuto resultou de uma deficiência de
vitamina C. Os piratas muitas vezes passavam meses no mar com produtos frescos limitados, levando a sintomas
como gengivas inchadas, dor nas articulações e anemia. Uma vez entendido, o remédio simples de consumir frutas
cítricas como limões e limas fez um mundo de diferença.
Além do escorbuto, a dieta de um pirata – muitas vezes limitada à carne salgada, hardtack e grog – não era
exatamente uma mina de ouro nutricional. Com o tempo, deficiências de outras vitaminas e minerais essenciais
podem se manifestar em vários problemas de saúde.
Depois, houve disenteria, uma doença inflamatória dos intestinos, muitas vezes causada por água potável
contaminada e condições pobres e insalubres. Os piratas frequentemente navegavam em regiões tropicais e
subtropicais, onde doenças transmitidas por mosquitos, como malária e febre amarela, eram desenfreadas. Visitas a
portos e indulgência em prazeres locais significaram que as doenças sexualmente transmissíveis, particularmente a
sífilis, não eram incomuns entre as tripulações piratas.
Quanto a Barba Negra, seu conto encontrou um fim abrupto nas mãos do tenente Robert Maynard da Marinha Real
nas margens arenosas da Ilha Ocracoke em 22 de novembro de 1718. Sua cabeça estava presa em uma
acoplamentode Hampton, Virgínia, servindo como um aviso para outros infratores.
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Mas mesmo na morte, a lenda do Barba Negra persistiu; contos foram sussurrados de seus círculos de natação de
corpo decapitados em torno de seus inimigos.
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