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2023 Formas e apresentação dos medicamentos Diversas formas de apresentação de medicamentos, tais como: • Capsulas • Comprimidos ✓ Soluções (mais usados na odontopediatria) ✓ Suspenções (mais usados na odontopediatria) Prescrição medicamentosa: • o profissional deve estar atento à concentração, dosagem e posologia do medicamento de acordo com a forma de apresentação, além de evitar possíveis efeitos adversos. • Toda prescrição deve ser feita em forma de receituário, com as devidas informações referentes ao profissional, ao paciente e ao medicamento que será utilizado. • É essencial as orientações aos pais ou responsáveis, não apenas de forma escrita, mas também de forma verbal. • Medidas são importantes para evitar a automedicação e a administração incorreta de medicamentos, que podem levar à resistência medicamentosa, intoxicação e até mesmo ao óbito. Formas de uso e vias pelas quais os medicamentos podem ser administrados 1. Medicamentos de uso Parenteral* (Uso Externo) • Não ocorre através do sistema digestivo Vias diretas: (Intravenosa, intramuscular, subcutânea, intradérmica, intra-articular). Vias indiretas: (Vias respiratórias, conjuntival, genitourinária, intracanal, tópica) 2. Medicamentos de uso enteral* (Uso Interno) • Ocorre através do sistema digestivo → Via oral; via sublingual; Via Retal Receituário Deve conter: → Identificação do profissional (nome completo, endereço, CRO); → Nome, peso e endereço do paciente infantil; → Forma de uso do medicamento → Nome do medicamento, concentração e quantidade; → Posologia; → Data, assinatura + carimbo do profissional. Analgésicos Medicamentos utilizados para controle da dor de intensidade leve a moderada Classificação 1. Ação periférica (não opióides): mais utilizados na odontopediatria 2. Ação central (opióides): utilizados em tratamentos oncológicos ou pós traumáticos. Medicamento/administração/posologia/forma de apresentação/concentração • Paracetamol 6/6horas 1gota/kg. Suspensão e solução em gotas. 32mg/ml**, 100mg/ml • Dipirona sódica: 6/6horas 1gota/2kg. Suspensão e solução em gotas. 50mg/ml**, 500mg/ml "O alívio da dor é mais eficaz quando os analgésicos são dados precocemente. Recomenda-se seu uso antes que desapareça o efeito anestésico local nas situações em que dor pósoperatória é esperada. Paracetamol - Cuidados adicionais O Paracetamol é o analgésico de primeira escolha em Odontopediatria devido aos seus efeitos analgésico e antipirético; Este medicamento não deve ser administrado com alimentos ricos em carboidratos; O paracetamol pode causar intoxicação hepática caso a dosagem exceder a dose máxima diária ou em casos de uso contínuo. Outros analgésicos utilizados em Odontopediatria (Precaução) Ácido Acetil Salicílico: Indicado para o alívio da dor leve e moderada. *Brasil → Ação menos seletiva para o COX-2 - Grande irritabilidade gástrica. Dipirona Sódica: Indicado para alívio da dor leve e moderada. → *Agranulocitose (redução acentuada de leucócitos granulócitos) → *Aplasia medular (alteração no funcionamento da medula óssea). → Crianças menores de 3 meses ou pesando menos de 5 Kg Paracetamol associado a Codeína: Pouco utilizado. → Indicado para alívio de dor severa após casos severos de exodontia. Anti-inflamatório São medicamentos que atuam bloqueando a resposta inflamatória, impedindo os sinais e sintomas da inflamação da região afetada. Sinais cardinais da inflamação: calor, dor, edema, rubor e perda de função. • O anti-inflamatório mais indicado em Odontopediatria é o Ibuprofeno. • Deve-se ter muita cautela ao u1lizá-los devido ao risco de irritação gastrointes1nal, desordens de coagulação sanguínea, insuficiência renal e broncoconstrição. Classificação Não esteroidais: Utilizados em casos de trauma9smos, cirurgias e sinais de inflamação com limitação funcional. Esteroidais (corticóides): Em Odontopediatria são u9lizados no préoperatório de cirurgias complexas, e de forma tópica no tratamento de lesões de mucosa bucal como a língua geográfica. Medicação Adm. Posologia Forma de apresentação /concentração Ibuprofeno 6h/6h 1 gota/1kg Suspensão 20mg/ml 30mg/ml 50mg/ml* 100mg/ml** *Para suspensão 50mg/ml - máximo de 40 gotas por dose. **Para suspensão 100mg/ml - máximo de 20 gotas por dose. Cuidados adicionais Anti-inflamatórios, como a Nimesulida e o Diclofenaco, comumente u1lizados em adultos, NÃO são indicados para crianças. Em odontopediatria também não é usual administrar analgésico associado à anti- inflamatório. Quando existe essa necessidade é indicado utilizar um anti-inflamatório com potencial analgésico (ex: Ibuprofeno). Antibióticos ✓ São medicamentos utilizados quando ocorre alguma infecção bacteriana. ✓ Em Odontopediatria podem ser utilizados em casos de: infecções dentárias instaladas ou de forma profilática quando o paciente apresenta algum risco sistêmico para endocardite bacteriana. ✓ Estes medicamentos eliminam as bactérias ou paralisam a proliferação das mesmas, impedindo o agravamento dos sintomas sistêmicos. ✓ Sua principal forma de administração em crianças é a suspensão, onde o frasco deve ser agitado antes do uso e essa informação. Devem ser usados como auxiliadores na terapêutica das infecções, destruindo microrganismos ✓ Ação bactericida ✓ Ação bacteriostática ATENÇÃO • Uso incorreto de antibióticos pode gerar problemas à saúde da criança e resistência bacteriana; • Uso deve ser limitado a quadros graves com envolvimento sistêmico; • Quando possível, deve-se tratar as infecções dentárias sem antibioticoterapia; • Penicilinas são os antibióticos de primeira escolha; • Alergia(penicilina): Eritromicina ou a Azitromicina podem ser prescritas. • Em casos de alergia, as reações são: Urticaria, angioedema, broncoconstric ̧ão, distúrbios gastrointestinais e choque anafilático. Posologia 1) Amoxicilina 250mg/mL. (1a escolha em Odontopediatria) 1°passo: Calcula-se quantos miligramas de medicamento é preciso ao dia para tratar uma criança com determinado peso. A dose máxima da Amoxicilina é 50mg/kg/dia e sua administração é de 8/8h. Dose máxima diária (50mg/kg/dia) ___________1kg Dose necessária?________peso da criança 2°passo: Sabe-se que alguns antibióticos possuem diferentes apresentações comerciais de acordo com a concentração: 125mg/5ml, 250mg/5ml, 500mg/5ml. Devido a isso, deve-se converter a dose de mg para ml. 3°passo: Considerando que a amoxicilina deve ser administrada 3 vezes ao dia (uma vez que a medicação será administrada a cada 08 horas) deve-se dividir o valor de ml/dia encontrado no segundo passo por 3. 2) Eritromicina 250mg/5ml (Utilizado em casos de alergia à penicilina). → Sua dose máxima diária é 10mg/kg/dia e sua administração é de 6/6h. Amoxicilina: Amplo espectro de atividade, Eficaz Relativamente segura Quais antibióticos que não são recomendados na odontopediatria? Tetraciclina: causa manchamento nos dentes Regime padrão Amoxicilina 50 mg/kg por via oral, 1 h antes do procedimento Obs.: A penicilina V e a ampicilina são também eficazes, na mesma dosagem. Crianças alérgicas às penicilinas Cefalexina ou cefradoxil 50 mg/kg por via oral, 1 h antes do procedimento Obs.: As cefalosporinas não devem ser usadas em crianças com história de reação alérgica imediata as penicilinas, pelo risco de alergia cruzada. Nesses casos, empregar: claritromicina ou azitromicina 15 mg/kg por via oral, 1 h antes do procedimento Crianças incapazes de fazer uso do fármaco por via oral Ampicilina 50 mg/kg por viaIM ou IV, 30 min antes do procedimento Crianças alérgicas às penicilinas e incapazes de fazer uso do fármaco por via oral Cefazolina 25 mg/kg por via IM ou IV, 30 min antes do procedimento Obs.: Quando houver história de reação alérgica imediata às penicilinas, empregar: Clindamicina 20 mg/kg por via IV, 30 min antes do procedimento Aminoglicosídeos: nefrotoxicidade e a Ototoxicidade, paralisia neuromuscular. Cloranfenicol: depressão da medula óssea Benzodiazepínicos São medicamentos u1lizados para mediação do comportamento. Os benzodiazepínicos (ansiolíticos de ação central) possuem como objetivo controlar as alterações somáticas e psíquicas e, por isso, devem ser prescritos em receita de controle especial. ✓ Ação ultra curta: Midazolam ✓ Ação curta: alprazolam e lorazepam ✓ Ação longa: Clordiazepóxido, Diazepam, Flurazepam. Medicação Forma farmacêutica Dose Midazolam SOLUÇÃO ORAL DE 2mg/ml COMPRIMIDOS DE 7,5 mg E 15 mg VO: 0,25 a 0,5mg/kg (máximo de 20mg) VM: 0,1 a 0,15mg/kg (máximo de 10 mg) Midazolam → Início de ação: 15 a 20 minutos, com meia vida plasmática de 1 a 3 horas e duração do efeito de 1 a 2 horas. → Oferece ao Odontopediatra uma boa alternativa para a sedação em crianças submetidas a procedimentos curtos. Lorazepam → contra indicado: menores de 12 anos Diazepam → 6 meses ou mais de idade: 1 a 2,5 mg, 3 ou 4 vezes por dia; menos de 6 meses de idade: uso não recomendado. Benzodiazepínicos – PRECAUÇÕES • O profissional deve estar apto e possuir conhecimento para utilizar esses medicamentos. • A indicação é muito específica e geralmente é dada pelo Odontopediatra. • Avaliar os sinais vitais, a oximetria, aferir a pressão arterial e avaliar o padrão respiratório. • Consequências do uso incorreto: depressão do sistema nervoso e do sistema respiratório, que podem ocasionar problemas cardiorrespiratórios e até mesmo levar ao óbito. • Midazolam principais efeitos: ações ansiolíticas, sedativa e indução do sono. Receituário de controle especial Comparecer ao Escritório da Vigilância Sanitária do município e apresentar as seguintes documentações: ✓ Carteira do Conselho ✓ Comprovante de pagamento da anuidade do Conselho RG e CPF ✓ Comprovante de endereço Após a autorização da vigilância -> providenciar a impressão do talonário de notificação de receita tipo B em gráfica autorizada seguindo o modelo previsto na portaria n° 344/98. Indicação - uso odontológico, devendo a receita comum ir acompanhada da Notificação de Receita tipo B, de cor azul, com validade de 30 dias. A receita de controle especial deve ser elaborada em três vias (uma para o prontuário, uma para o paciente e uma que ficará retida pelo farmacêutico). Outros medicamentos utilizados em odontopediatria Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração Betametasona Língua geográfica Bochechar 15 ml por 2 minutos de 2 a 3x ao dia, por 15 dias Elixir 05mg/5ml Acetinilo- Triancinolona Estomatite Aftosa recorrente Aplicar de 2 a 3x ao dia, após as refeições, por 7 dias Pomada 1mg/g Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração Cetoconazol Candidiase oral crianças > de 2 anos -3- 6mg/kg/dia ou até 20kg: 50mg/dose/dia 20-40lg - 100mg/dose/dia >40kg - 200mg/dose/dia Comprimido 200mg Nistantina Candidiase oral Realizar a higiene bucal de forma efetiva, limpando as placas com água bicarbonatada. Logo após, bochechar e engolir 1ml da suspensão a cada 6h por 14 dias Suspensão oral 100.000ul/ ml Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração Aciclovir Infecção pelo vírus da Herpes Simples(HSV) Aplicar 5x ao dia por pelo menos 7 dias Pomada 50mg/g Nada (manipulado) Candidiase Oral; Queilite angular e Estomatite Aftosa recorrente Aplicar 3x ao dia, até os sintomas desaparecerem Solução (uso tópico) Violeta genciana 2%(3ml) Anestésico(1,5ml)+sa carina(0,5ml)+agua destilada(25ml) 200mg-5ml SEDAÇÃO CONSCIENTE COM ÓXIDO NITROSO Gás, aplicado por via nasal, frequentemente utilizado para sedação consciente na prática clínica em Odontopediatria. Atua no sistema nervoso central, produzindo efeitos analgésico e ansiolítico, facilitando procedimentos incômodos ao paciente. Seu efeito sedativo cessa na medida em que sua administração é interrompida. Como utilizar? • Volume é ajustado de acordo com a necessidade, respeitando uma concentração máxima de 50% de óxido nitroso para 50% de oxigênio. • Apresenta efeito de 2 a 3 minutos, pois é rapidamente absorvido no pulmão e liberado na corrente sanguínea. • É raro, mas fatores adversos como náuseas e vômito, podem ocorrer. Conclusão: A sedação consciente com oxido nitroso foi uma técnica segura e eficaz para utilização em crianças, desde que o profissional seja habilitado e a criança apta para passar pelo processo de sedação inalatória. Doença periodontal é uma infecção da fase adulta? A Gengivite não tratada na infância e adolescência evolui para Periodontite no adulto. DOENÇA PERIODONTAL • Gengivite: achado universal crianças e adolescentes • Chave para a prevenção em periodontia: manutenção de um alto padrão de higiene bucal deve ter início na infância FATORES PRÉ DISPONENTES (Propiciam maior acúmulo de biofilme) ✓ Restaurações Mal adaptadas ✓ Dentes mal posicionados ✓ Aparelho Ortodôntico “Acúmulo de placa bacteriana resulta em uma população anaeróbica estagnante e crescente” Aspecto de normalidade – periodonto da criança. ✓ Papilas gengivais (formato piramidal) ✓ Gengiva Inserida ✓ Gengiva Papilar ✓ Papilas gengivais (formato trapezoidal) Profundidade do sulco gengival dos dentes decíduos é menor que nos permanentes (< 1mm). Gengiva inserida: textura e forma características do faixa etária do indivíduo. 1° infância: aspecto mais flácido e brilhante Adulto: pontilhado característico (menos evidente na dentadura decídua). Gengivite induzida por placa bacteriana • Resultante de bactérias localizadas na gengiva marginal • Forma mais comum da doença periodontal • Prevalência em crianças aumenta com o avanço da idade Etiologia • Fator etiológico determinante Placa bacteriana e cálculo • Fatores predisponentes Exfoliação e erupção. • Fatores modificadores Puberdade Respiração bucal Sinais e sintomas • Alteração de cor e edema gengival • Sangramento • Aumento da profundidade de bolsa (Menos comuns) • Observar: Cor da gengiva, contorno e posição da gengiva marginal, papila gengival, ausência / presença de sangramento. Tratamento Controle do biofilme dentário ✓ Motivação e orientação de bucal higiene ✓ Auxílio e supervisão dos pais ✓ Profilaxia profissional periódica Tratamento dos fatores predisponentes e modificadores: com o auxílio da Ortodontia, Dentística e Tratamento Sistêmico PRESENÇA DE CÁLCULO → Mineralização da placa → Menos comum em crianças → Cálculo supragengival Tratamento ✓ Raspagem radicular ✓ Polimento ✓ Aplicação de flúor ✓ Orientação de higiene PUBERDADE • Aumento da prevalência da gengivite por volta dos 9-14 anos • Hormônios sexuais podem: aumentar a permeabilidade vascular influenciar a formação de tecido de granulação, alterar composição da flora gengival Placa bacteriana associada a outros fatores: − Hiperplasia gengival dilantínica − Hiperplasia gengival hereditária − Hiperplasia gengival idiopática Tratamento • Cirurgia periodontal (quando muito avançada) • Controle de placa rigoroso (evitar recidiva) • Se possível eliminar o agente modificador RETRAÇÃO GENGIVAL Manifestaçãode colapso periodontal, perda óssea onde ocorre migração apical da margem livre da gengiva, desnudando parte da raiz. Fatores Etiológicos Distúrbios patológicos: − Escovação inadequada − Hábitos nocivos − Trauma oclusal Hábitos nocivos Distúrbios psicológicos − Automutilação Tratamento Controle dos fatores etiológicos: determinantes, predisponentes e modificadores Passagem da gengivite para Periodontite Inflamação que envolve periodonto de proteção e de sustentação Possíveis explicações • Destruição direta causada pelos microrganismos e toxinas • Hiper-reação imune • Deficiências imunológicas envolvendo função de neutrófilos e linfócitos PERIODONTITE EM CRIANÇAS → Relativamente rara → Perda precoce de dentes decíduos → Manifestação de doenças sistêmicas Periodontite agressiva Fator etiológico determinante • Placa bacteriana Fatores modificadores • Manifestação sistêmicas associadas Tratamento ✓ Controle de placa rigoroso ✓ Raspagem e profilaxia profissional periódica ✓ Tratamento do problema sistêmico Exodontias múltiplas: Acabar com microrganismos patogênicos e dar condições à dentição permanente Importância do dente decíduo • Manter a integridade da saúde bucal; • Falha da prevenção; • Frequente reabilitação devido a cárie ou trauma. RESTABELECER • Função mastigatória; • Estética; • Fonética • Manter espaço • Posição da língua; Não pode ser estático! ✓ Considerar o crescimento; ✓ Desenvolvimento craniofacial; ✓ Acompanhamento periódico Indicação ✓ Indicação e planejamento dos recursos protéticos em Odontopediatria. Exame clínico e radiografico • História médica e dental; • Avaliação do remanescente dental; • Estrutura de suporte; • Radiografia; • Grau de destruição; • Comprometimento pulpar; • Rizolise; Crescimento, desenvolvimento e oclusão • Favorecer condições fisiológicas do crescimento facial; • Não interferir na dinâmica da oclusão no período de transição de dentição. Habilidade profissional • Conhecimento técnico- cientifico • Odontopediatra e técnico em prótese; Coroas de aço inoxidável. • Pré-fabricadas; • Reestabelece forma e função de dentes posteriores; • Dente anterior - estética; Vantagens • Custo baixo (relativo) • Tempo de tratamento • Vários tamanhos • Ductibilidade, tenacidade e durabilidade • Não macha Desvantagem • Ponto de contato deficiente; • Intercuspidação (amassamento ou orificios); Adaptação cervical; • Deterioração da coroa (material fabricado e higiene); Indicações 1. Dentes com ampla lesão de cárie: 2. Após tratamento endodôntico; 3. Hipoplasias graves; 4. Grandes fraturas de coroa; 5. Base de mantenedor de espaço (recurso protético-ortodontico); Contra-indicações • Restaurações definitivas em dentes permanentes (adaptação marginal); • Comprometimento estético; • Dificuldade de adaptação marginal - problemas periodontais e trauma oclusal. Protocolo Clínico Passo a passa de PREPARO 1. Anestesia de dente a ser preparado 2. Seleção da coroo 3. Remoção do tecido cariado ("pulpotomia”) 4. Reduzir a superfície oclusal de 1 mm a 1,5 5. Verifica-se agora, se existe espaço suficiente para a coroa na porção oclusal 6. Desgastes proximais com broca troncocônica (Os desgastes devem ser feitos em direção à margem livre da gengiva, até a região cervical do dente) Passo a passo da CIMENTAÇÃO 1. Como primeiro passo antes da cimentação o dente preparado e a coroa devem ser lavados e desengordurados, podendo-se usar os detergentes para essa finalidade. Caso o dente apresente vitalidade, essa etapa deve ser feita com cuidado para não provocar mais uma agressão 2. Isolamento relativo 3.cimento de ionômero de vidro é atualmente o que mais qualidade apresenta como agente cimentantes, por ser resistente, liberar flúor e apresentar baixos índices de micro infiltração. MOLDAGEM • Posição correta do paciente na cadeira; • Náusea; • Seleção da moldeira; Restaurações indiretas Onlay, Inlay e overlay • Alternativa a restaurações metálicas em dentes amplamente destruídos. • Estudo clinico e radiográfico Inlay: restauração é estritamente intracoronaria, sem envolvimento de cúspide; Onlay: quando a restauração o envolvimento parcial das cúspides; Overlay: quando envolve e recobre todas as cúspides; Vantagem Melhor adaptação marginal; Melhor contato proximal; Estética; Proteção do remanescente; Biocompatibilidade; Baixo custo Menor acumulo de placa e saúde periodontal Obs: Pacientes com alto índice de carie, higiene bucal ineficiente, dieta cariogênica contraindicam a técnica. Coroa em dentes anteriores • Pinos intrarradiculares • Destruição dos dentes anteriores • Analise das raízes remanescentes • “Grau de rizólise, condição do ápice, presença de lesão, primeiro o tratamento endodôntico e depois o pino. DO QUE SÃO FEITOS OS PINOS? • Latão de fio ortodôntico 0.7, pinos rosqueáveis, pinos fundidos em níquel cromo, pinos de fibra de vidro. • Respeitar proporção pino-coroa Obs. Sobre o pino metálico aplica-se um opacificador para não aparecer por transparência Coroas de aço com facetas de acrílico Coroas de acetato Prótese fixa funcional • Tubo-barra • Ausência de remanescente dental • Moldagem dos arcos, registro de oclusão Obs: A força mastigatória aumentada pode provocar reabsorção mais rápida da raiz do dente suporte. Prótese removível • Atua como mantenedor de espaço • Restaura a oclusão funcional e a estética Indicações • Perda de dentes decíduos • Perda de dentes permanentes ou oligodontia • Quando não houver pré-molares e incisivos laterais Obs: Avaliar na radiografia – permanentes erupcionando após 06 meses antes do estagio 7 -8 de Nolla) Requisitos • Manter espaço para erupção dos permanentes; • Impedir extrusão do antagonista; • Pouco volume de acrílico - fonação; • Não interferir no desenvolvimento; • Mastigação e fonação; • Fácil limpeza; Prótese total • É raro ter indicação • Crianças apresentam bom tônus muscular Melhor adaptação; • Pode ser feita uma overdenture ou prótese de recobrimento; • Retenção estabilidade e menos reabsorção ósseo, melhor distribuição de força mastigatória, guia de erupção para os permanentes. Tecido pulpar • Tecido conjuntivo frouxo indiferenciado • Ricamente vascularizado e inervado • Sensoriais, protetoras, indutoras, formativas e nutritivas. Etiologia das doenças pulpares • AGENTES QUÍMICOS: medicamentos incompatíveis com o tecido conjuntivo (fenol, timol, ácido fosfórico, monômero de acrílico) • AGENTES FÍSICOS: mudanças térmicas, de frio ou calor excessivo (preparos cavitários sem refrigeração adequada) • AGENTES MECÂNICOS: movimento ortodôntico brusco e restauração com contato prematuro • AGENTES MICROBIANOS: São responsáveis pela maioria das afecções pulpares, de início limitada à dentina, estende-se à polpa e a região periapical − Avanço não controlado dos micro- organismos: ✓ Estabelecimento da infecção no sistema de canais radiculares – Necrose Pulpar Cárie Dentária Conceitos atuais Doença mediada por biofilme dental ocasionada pela ingestão de carboidratos fermentáveis com potencial cariogênico, de caráter multifatorial, não transmissível e de natureza dinâmica, que promove a perda de minerais dos tecidos dentais − Pode ser determinada por fatores biológicos, comportamentais, psicossociais e ambiental (Pitts et al., 2019; Machiulskiene et al., 2020; Da Silva, 202) • A cárie dental é uma doença que pode ser facilmente controlada pela disciplina do consumo de açúcar e do uso diário de fluoreto• Cárie dental é uma doença biofilme-açúcar dependente, sendo o biofilme o fator necessário e o açúcar o fator determinante( Fejerskov, 2004) Avaliação de risco e atividade de Cárie: Individualização das condutas • História familiar de cárie dental • Frequência do consumo de carboidratos • Frequência e horário de amamentação • Higiene Bucal • Alterações anatômica dentais • Uso do flúor • Alterações sistêmicas • Condições socioeconômicas Tratamento endodôntico em crianças Contribuir para a saúde bucal de crianças por meio da manutenção e integridade da dentição e dos tecidos de suporte. Está direcionada ao tratamento de dentes acometidos por cárie ou trauma, com o intuito de conservar a vitalidade pulpar. Diagnóstico das alterações pulpares e periapicais Análise da condição de saúde da polpa dentária e da região periapical para indicação do tratamento adequado. ✓ Motivo da procura pelo tratamento Odontológico ✓ Anamnese ✓ Exame clínico ✓ Imaginológicos Anamnese Primeiros passos de qualquer tratamento odontológico: ✓ Dados pessoais do paciente ✓ História Médica ✓ História Odontológica ✓ História familiar ✓ História da dor e uso de medicamento ✓ Diferenciar dor provocada ou espontânea ✓ Assinatura do TCLE • NÃO – Já sentiu dor antes e hoje não sente mais? SENTE DOR? • SIM – Des quando dente dor? • Consegue identificar o dente que dói? • A dor é fraca ou forte? • A dor é localizada oi irradia? • O que inicia e agrava a dor? Alimentos ou líquidos quentes, frios, doces, mastigação ou escovação? • A dor passa rápido ou demora (continua ou intermitente)? • Dói mais a noite ou durante o dia? • Algo alivia a dor? • Faz uso de algum medicamento? A dor cessou com medicamento usado? Dor compativel com o estimulo e cessa após a remoção do estimulo (Polpa Normal) Dor aguda, localizada e que cessa após a remoção do estímulo (Pulpite reversível) Irradiantes e persistente, não cessa após a remoção do estimulo (Pulpite Irreversível) Exacerba quando se deita e não cessa com medicamentos (Pulpite Irreversivel) Particularidades dos dentes decíduos • As lesões de cárie nesses dentes progridem com rapidez em direção ao tecido pulpar, principalmente pela menor espessura de esmalte e dentina e maior proeminência dos cornos pulpares • Depois de atingir a polpa coronária, a infecção pode progredir mais rapidamente para a região óssea, em virtude da presença das porosidades estruturais na área de furca (peneira biológica) • A necrose pulpar de dentes decíduos desencadeia rapidamente a infecção extrarradicular • A microbiota predominante na infecção endodôntica de dentes decíduos é semelhante àquela observada em dentes permanentes. • Tecido ósseo que circunda o dente decíduo é poroso, facilitando a disseminação da infecção, que pode atingir o germe do dente permanente sucessor, levando à ocorrência de fístulas e abscessos que, algumas vezes, não apresentam sintomatologia dolorosa. Exame Clínico Fundamentais para o diagnóstico pulpar Obtenção de sinais clínicos extrabucal e intrabucal: • Inspeção • Palpação • Auscultação • Olfação • Percussão • Teste de sensibilidade • Teste elétrico • Fluxometria por Laser OBS: Método de percussão e os testes de sensibilidade pulpar devem ser realizados com cautela, pela possibilidade de resultados inconsistentes e de provocar dor, fato que pode interferir negativamente no comportamento da criança. Exame clínico INTRABUCAL Ao exame clínico, deve-se observar os sinais existentes, como a coloração e estrutura do tecido gengival, presença de edema, pólipo pulpar, alveólise, abscesso ou fístula e aspectos gerais do dente (morfologia, anomalias de cor, extensão da lesão de cárie, fraturas e mobilidade) (A) Representação esquemática da invasão microbiana na região de furca (peneira biológica) que, comumente, ocorre nos dentes decíduos. (B) Aspecto radiográfico de dente decíduo com lesão na região de furca, associada à presença de lesão periapical. Destruição coronária e presença de fístula Alveólise: Exposição da raiz dentária na cavidade oral, em função da reabsorção da tábua óssea alveolar, comumente relacionada ao traumatismo dentário e/ou cárie dentária Exame clínico EXTRABUCAL EXAME RADIOGRAFICO • Radiografia Convencional • Radiografia Convencional Digitalizada • Radiografia Digital • Tomografia Computadorizada • Ultrassonografia • Ressonância Magnética Interproximal (Aleta de Mordida ou BITE-WING) ✓ Técnica indicada para a visualização da região coronária e interproximais dos dentes; − Polpa coronária; − região de furca; − Contorno de restaurações. ✓ Indicação: Avaliação de lesões cariosas interproximais e oclusais Periapical Indicação: − Grau de rizólise dos dentes decíduos, − estágio de formação dos dentes permanentes, − anomalias dentarias, − alterações na integridade da lâmina dura, − rarefação ósseas periapicais, − reabsorção radiculares e fraturas radiculares Anatomia complexa do sistema de canais radiculares ✓ Extensão e profundidade da lesão de cárie ✓ Integridade da lâmina dura Envolvimento da furca e cripta óssea do dente sucessor ✓ Condições anatômicas para tratamento restaurador ANATOMIA INTERNA DOS DENTES PERMANENTES/DECÍDUOS Alta incidência de istmo, canais acessórios e delta apical em primeiros molares. Tratamento endodôntico Dentes decíduos e permanentes jovens Conservador: • Proteção pulpar indireta • Proteção pulpar direta • Pulpotomia Medidas terapêuticas empregadas para manutenção e preservação da vitalidade do tecido pulpar. Neoformação de tecido mineralizado por intermédio de um material biológico Proteção Pulpar O que eu tenho que saber antes de realizar a proteção pulpar? ✓ Diagnóstico das condições pulpares ✓ Tipo de reação do complexo dentinho- pulpar aos agentes agressores ✓ Diferenças morfológicas entre dente decíduo e permanentes PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA • Procedimento clínico que envolve a aplicação de materiais odontológicos na dentina, com finalidade de preservar a vitalidade pulpar • Permite reorganização do tecido pulpar inflamado • Induz a deposição de dentina terciária • Dificulta a infiltração microbiana marginal Indicação: Dentes com lesão de cárie, fraturas coronárias não complicadas, com ausência de sinais e sintomas de degeneração pulpar. Materiais de escolha: Hidróxido de Cálcio • Material mais utilizado para procedimentos de proteção dentino- pulpar • Formação de tecido mineralizado • Liberação de íons de cálcio ( Ca 2+ ) • Ação antimicrobiana (pH altamente alcalino) • Não devem ser aplicados nas margens das cavidades Agregado de trióxido mineral (MTA) Silicato de Cálcio (Biodentine) ✓ Bioatividade: formação de hidroxiapatita em sua superfície ✓ Indução de mineralização ou reparo ✓ Alta capacidade seladora MTA • Bioatividade • Propriedades antimicrobianas • Induz a formação de tecido mineralizado • Selamento (reduz infiltrados bacterianos) • Adaptação marginal • Biocompatibilidade SILICATO DE CÁLCIO (BIODENTINE) • Compatibilidade tecidual • Substituto permanente da dentina • Aplicação em uma única sessão • Selamento marginal eficaz • Melhor preenchimento volumétrico de cavidades • Menor radiopacidade em relação ao MTA MTA e Biodentine ofereceram mais vantagens sobre o Hidróxido de Cálcio Traumatismo Dentário Fratura coronária sem envolvimento pulpar • Perda de estrutura do esmalte e dentina Ausência de dor ou desconforto • Sem mobilidade/ Lesão periodontal associada • Achados radiográficos: perda de esmalte e dentina visível • Tratamento: restauração em resina composta,colagem de fragmento proteção pulpar indireta • Proservação: controle clínico e radiográfico 6 a 8 semana após o trauma • Prognóstico: favorável PROTEÇÃO PULPAR DIRETA (PPD) • Indicado para casos nos quais a polpa se apresenta vital ou com características de normalidade. • 0 sangramento deve ser controlado por meio de irrigação com solução fisiológica Indicação: Exposição pulpar acidental, sem contaminação decorrente de lesão de cárie, ou fratura coronária com exposição pulpar, decorrente de traumatismo dentário. O tempo decorrido entre a exposição e o atendimento odontológico não tenha ultrapassado o período de 24 horas. • Estimular as células da polpa dentária para formação de tecido mineralizado, fornecer selamento biológico, impedir a contaminação bacteriana do tecido pulpar • Sucesso que varia de 53 a 100% dos casos Materiais de escolha: • Hidróxido de cálcio ou MTA Técnica da proteção pulpar direta – passo a passo 1. Anestesia com lidocaína ou mepivacaína (ambas com vasoconstritor). 2. Isolamento absoluto do campo operatório. 3. Antissepsia do campo operatório com solução de gluconato de clorexidina a 1 a 2%. 4. Irrigação abundante do local exposto com soro fisiológico. 5. Hemostasia com mechas de papel absorventes ou mechas de algodão esterilizadas. 6. Aplicação do material protetor 6.1 Técnica com hidróxido de cálcio: a. Manipular uma pasta com hidróxido de cálcio p.a. (de boa procedência) e água destilada ou soro fisiológico (Figura 4A). Essa pasta deve ter consistência espessa para facilitar o uso clínico (Figura 4B). b. Aplicar a pasta sobre a área da exposição pulpar. c. Aplicar uma camada de cimento de hidróxido de cálcio sobre a pasta. d. Aplicar uma camada de cimento à base de ionômero de vidro. e. Realizar a restauração definitiva. Traumatismo Dentário Fratura Coronária com envolvimento Pulpar • Perda de esmalte e dentina com envolvimento pulpar • Sensibilidade a estímulos • Lesão periodontal associada • Achados radiográficos: perda dos tecidos mineralizados e exposição pulpar visível • Tratamento: proteção pulpar direta/pulpotomia/ tratamento endodôntico radical/Tratamento restaurador ou colagem de fragmento • Proservação: controle clínico e radiográfico 6 a 8 semana após o trauma e 1 ano • Prognóstico: favorável. Protocolo clínico • Organização da mesa clínica • Anestesia tópica e local • Isolamento Absoluto • Antissepsia do campo operatório • Lavagem da cavidade com soro fisiológico • Hemostasia • Secagem da cavidade (algodão esterilizado) • Recobrimento do tecido pulpar • Hidróxido de cálcio/MTA ou Biodentine • Restauração com Ionômero de Vidro • Restauração com resina composta ou colagem do fragmento • Proservação (3 anos) PULPOTOMIA Remoção do tecido pulpar coronário, seguida de proteção e preservação do tecido radicular remanescentes, por meio da colocação de um material protetor que preserve sua vitalidade e integridade, além de estimular a deposição de tecido mineralizado. Preservar a vitalidade pulpar de dentes decíduos e permanentes jovens ✓ Levar em consideração a condição patológica pulpar ✓ Ausência de sinais e sintomas clínicos (dor espontânea e fístula), ausência de imagens radiolúcida e reabsorção óssea e dentária Materiais de escolha: ✓ Hidróxido de Cálcio PA e pasta ✓ MTA Passo a Passo Clínico – Pulpotomia 1. Organização da mesa clínica 2. Radiografia para diagnóstico 3. Assepsia da cavidade bucal (Clorexidina 0,12%) 4. Anestesia tópica e local 5. Isolamento Absoluto e antissepsia do campo (Clorexidina a 2%) 6. Remoção do tecido cariado + acesso coronário 7. Desgaste compensatório 8. Remoção da polpa coronária 9. Irrigação com solução fisiológica 10. Secagem com mechas de algodão esterilizada ou papel absorvente 11. Aplicação de material Protetor 12. Restauração definitiva 13. Controle pós-operatório (clínico e radiográfico) Técnica com hidróxido de cálcio: Técnica da pulpotomia com MTA: Considerações finais O diagnóstico das alterações pulpares e periapicais tem como principal objetivo a análise da condição de saúde da polpa e da região periapical para indicação do tratamento adequado. O tratamento endodôntico de dentes decíduos é necessário para que não haja prejuízo à erupção normal dos dentes permanentes sucessores, além da preservação do dente na cavidade bucal Tratamento endodôntico em crianças Contribuir para a saúde bucal de crianças por meio da manutenção e integridade da dentição e dos tecidos de suporte. Esta direcionada ao tratamento de dentes acometidos por cárie ou trauma, com o intuito de conservar a vitalidade pulpar. Diagnostico das alterações pulpares e periapicais Analise da condição de saúde da polpa dentaria e da região periapical para indicação do tratamento adequado. • Motivo da procura pelo tratamento • Anamnese • Exame clinico • Imaginológico Irrigantes • São produtos químicos utilizados para irrigação intracanal durante o preparo químico mecânico • Funções: ✓ Reduzir microrganismos intrarradiculares ✓ Redução do atrito entre o instrumental e a dentina ✓ Retirar dissolução do tecido celular vital ou necrótico ✓ Difusão em áreas onde a instrumentação radicular não tem acesso ✓ Lubrificar as paredes do canal e remover partículas de dentina. Características do irrigantes • Amplo espectro antimicrobiano • Alta eficácia contra microrganismos patogênicos organizados em biofilmes • Capacidade de dissolver restos necróticos e dendritos orgânicos de tecido pulpar • Capacidade de inativar a endotoxina bacteriana • Capacidade de dissolver a smear layer • Desinfecção e limpeza de áreas inacessíveis a instrumentação • Não ser toxico aos tecidos periodontais e não causar alergias. Hipoclorito de Sódio • Antisséptico hospitalar • 1º Guerra Mundial: tratamento de feridas • 1919: na endodontia • Excelente agente antimicrobiano • Capacidade de dissolução de tecidos pulpares necrosados • Remoção dos componentes orgânicos de dentina e biofime bacteriano • Concentrações 0,5%, 1%, 1,25%, 2,5%, 5%, 5,25%, e 10% Clorexidina • Caracteristicas favoráveis • Antimicrobiano de amplo espectro • Ativo contra micro-organismos Gram- positivas e Gram- negativas • Leveduras • Concentração 0,12%, 0,2% e 2% Solução em gel Hipoclorito de sódio x clorexidina Vantagens Vantagens Baixo custo Rápida atuação Lubrificante Ação antimicrobiana (bactérias, fungos e vírus) Não toxico* Solvente de matéria orgânica Amplo espectro de ação antimicrobiano Substantividade Baixa toxicidade Alternativa para alérgicos á hipoclorito de sódio Desvantagens Desvantagens Instável no armazenamento Inativado por matéria orgânica Corrosivo Irritante para pele e mucosa Forte odor Mancha tecidos Tóxico em dentes vital Incapacidade de dissolver matéria orgânica Bacteriostáticos em baixa concentração. Após o término da instrumentação Remoção da smear layer Smear Layer: é uma fina película (1 -2mm), produzida durante o preparo químico mecânico, composta por partículas de dentina, remanescentes de tecido pulpar vital ou necrótico, componentes bacterianos, e restos de irrigantes retidos. Realizar agitação por 3 min com EDTA Tratamento endodôntico radical BIOPULPECTOMIA (Remoção da polpa coronária e radicular) Dentes decíduos e permanentes com vitalidade pulpar Presença de tecido vivo no sistema de canais radiculares. Coto pulpar com vitalidade. Ausência de micro-organismos no sistema de canais radiculares. Bactérias gram-positivo na entrada da luz do canal Concentração do irrigante: hipoclorito de sódioa 1%. Obturação: 1,5 a 2mm aquém do ápice Aspectos clínicos e radiográficos • Polpa radicular irreversivelmente alterada, como a presença de hemorragia intensa, sangramento com coloração alterada e tecido pulpar liquefeito (sem consistência). • Ausência de rarefação óssea • Integridade da lâmina dura Indicações para Biopulpectomia • Pulpite irreversível (a polpa radicular apresenta-se inflamada e com hemorragia não controlada) • Pulpite crônica hiperplásica (pólipo pulpar) • Reabsorções internas • Exposições pulpares depois de traumatismos dentais ocorridos após 24 horas. Contraindicações • Especificamente em dentes decíduos: → Dente permanente sucessor com mais de dois terços da raiz formada ou dente decíduo com rizólise avançada → Extensa destruição coronária, que impossibilite a posterior restauração adequada. → Reabsorção interna em grau avançado, com presença de perfuração, sem possibilidade de tratamento da perfuração. → Reabsorção extensa na região de furca, com presença de perfuração. → Presença de alveólise. Tecnica de tratamento endodôntico radical com dentes com vitalidade pulpar 1. Organização da mesa clinica 2. Radiografia para diagnóstico 3. Determinação do comprimento aparente do dente (CAD) e comprimento de trabalho provisório (CPT) (CPT-CAD-3mm) do ápice radiográfico ou do bisel de rizólise 4. Antissepsia da cavidade bucal (Digluconato de clorexidina 0,12%) 5. Anestesia tópica e local 6. Isolamento Absoluto e antissepsia do campo operatório (Digluconato de Clorexidina 2%) 7. Remoção do tecido cariado (Figura 6) com auxílio de curetas (Figura 6B) e brocas esféricas (Figura 6C) em baixa rotação.1,5 8. Abertura coronária, obtida por meio da remoção do teto da câmara pulpar e posterior desgaste compensatório em alta rotação 9. Remoção da polpa coronária com auxílio de cureta afiadas. 10. Irrigação da câmara pulpar com hipoclorito de sódio a 1%. 11. Exploração do canal radicular, com auxílio de uma lima K de calibre compatível com o canal radicular, no comprimento de trabalho provisório 12. Remoção da polpa radicular (curetas) 13. Irrigação da câmara pulpar 14. Exploração dos canais radiculares 15. Odontometria (definir o tamanho real do dente) 16. Instrumentação (manual ou mecanizada) 17. Obturação (ultracal) 18. Restauração final Tratamento endodôntico em dentes decíduos e permanentes com necrose pulpar e sem lesão periapical NECROPULPECTOMIA I Indicação • Dentes com necrose pulpar, sem alteração da lâmina dura e sem rarefação óssea A técnica de tratamento endodôntico é semelhante à Biopulpectomia diferindo apenas a necessidade de neutralização do conteúdo séptico tóxico dos canais radiculares. Bactérias gram-positivas + gram negativas • Concentração do irrigante: NaOCL a 1% (solução de Milton) • Obturação: 1,5 a 2mm aquém do ápice. Contraindicação: • Dente permanente sucessor com estágio de Nolla a partir de 8 (com mais de dois terços da raiz formada) • Extensa destruição coronária dos dentes deciduos, impossibilitando a realização de restauração adequada posteriormente • Reabsorção interna em grau avançado, com presença de perfuração • Reabsorção externa na região de furca • Presença de alveolise Neutralização do conteúdo séptico tóxico dos canais radiculares. • Consiste na limpeza gradual do canal radicular no sentido coroa-ápice, a fim de evitar a extrusão do conteúdo necrótico para a região periapical. 1º lima tipo K (calibre compatível) com o terço cervical e, progressivamente com limas de calibre menores (3mm aquém do ápice radiográfico ou do 1 lima tipo K bisel de rizólise) Tratamento endodôntico em dentes decíduos e permanentes com necrose pulpar e lesão periapical crônica visível radiograficamente NECROPULPECTOMIA II • Solução irrigante: NaOCL a 2,5% (solução de Labarraque) • Medicação: ultracal. Intervalo de 14 a 30 dias. • Obturação: 1mm aquém do ápice • Remoção dos micro-organismos responsáveis pela infecção do sistema de canais radiculares. • Lesão periapical: resposta imuno- inflamatória localizada, resultante da progressão dos micro-organismos no sistema de canais radiculares em direção a região periapical. PARTICULARIDADES DOS DENTES DECÍDUOS • Em lesões de carie não controlada, o processo infeccioso pode progredir mais rapidamente para região óssea, em virtude da presença de porosidade estruturais na área de furca • A necrose pulpar de dentes decíduos desencadeia rapidamente a infecção extrarradicular A escolha de um medicamento entre sessões não deve ter somente como objetivo a morte bacteriana, mas sim a morte bacteriana associada a redução ou Inativação do LPS. Obturação dos canais radiculares Que material usar? Dado a complexidade do sistema de canais radiculares de dentes decíduos a redução ou eliminação dos microrganismos depende: ✓ Preparo químico mecânico ✓ Material obturador ✓ Propriedades antimicrobianas Não se pode utilizar cones de guta-percha e cimento obturador! Características ideais de uma pasta obturadora ✓ Ser reabsorvido em sincronia com a reabsorção fisiológica das raízes ✓ Ser facilmente inserido ✓ Ser biocompatvel ✓ Ser bactericida ✓ Promover selamento hermético do sistema de canais radiculares ✓ Ser radiopaco Pasta de Óxido de Zinco e Eugenol Vantagens: • Facilmente introduzido nos canais radiculares sem perder plasticidade • Potencial de promover neoformação óssea Desvantagens: • Taxa de reabsorção mais lenta que a porção radicular dos dentes decíduos • Possibilidade de alterar o caminho de erupção do dente sucessor permanente • Caso extravasada na região periapical, pode causar irritação, necrose de osso e de cemento. Iodofórmio ✓ Antisséptico e antimicrobiano ✓ Reabsorvível quando extravasado na região periapical ✓ Estimula a reparação e neoformação óssea ✓ Potencial antimicrobiano e anti- inflamatório ✓ Manchamento do dente Ex. pasta Guedes-pinto Iodofórmio, paranoclorofenicol canforado, pomada dermatológica á base de acetato de prednisona e rifamicina. Hidróxido de Cálcio ✓ Potencial antimicrobiano (ph alcalino) ✓ Boa tolerância tecidual ✓ Formação de tecido mineralizado ✓ Potencial de reparação ósseo ✓ Ausência de efeitos toxico ao dente permanentes sucessor ✓ Efeito sobre a endotoxina bacteriana (LPS-lipopolissacarídeos- bactérias gram-negativas no sistema de canais radiculares) As propriedades do hidróxido de cálcio podem ser melhoradas pela adição de óxido de zinco á sua composição Lesões traumáticas • 11 a 30% (dentes decíduos) • 2,5 a 50% (dentes permanentes) • Traumas orofaciais estão intimamente ligados a prática esportiva Fatores de risco: → Lesões de cárie → Overjet > 3mm → Proteção labial → Obesidade Fatores etiológicos → Quedas → Acidentes automobilísticos → Acidentes nos esportes → Violência Protocolo para atendimento de crianças com dentes decíduos traumatizados ✓ Comunicação com os pais ✓ Idade da criança/separação dos pais ✓ Dizer, mostrar, fazer ✓ Consultas curtas ✓ Distração ✓ Reforço positivo ✓ Contenção/termo de consentimento Após disso fazer a anamnese detalhada ✓ Identificação ✓ História medica ✓ História do traumatismo ✓ Limpeza das áreas lesadas ✓ Exame extra e intrabucal ✓ Exame dos dentes e estruturas ósseas ✓ Exames complementares ✓ Controle da dor ✓ Suturas das mucosas Lesões traumáticas dentoalveolares nunca são agradáveis (tanto para o paciente quanto para o profissional); Independentemente do estresse envolvido, o cirurgião-dentistadeve acalmar o paciente e o responsável. História e exame clínico História do acidente • Quando, como e onde ocorreu o acidente e quais condutas já foram instituídas? • Necessidade de profilaxia antibiótica?? Exame clínico geral: Queixa principal Dor e sangramento – o paciente pode relatar uma queixa principal capaz de auxiliar no diagnóstico. Queixa principal Possibilidade de diagnóstico: Dificuldade para o encaixa dos dentes Deslocamento ou fratura óssea Dor durante a oclusão Presença de fraturas coronárias, radiculares ou ósseas, além de deslocamentos Dor durante a movimentação mandibular Fratura mandibular ou condilar Desvio durante a movimentação mandibular Fratura mandibular ou condilar unilateral Análise neurológica Capacidade de comunicação e movimentação da cabeça → Parestesia de lábios e língua → Zumbido no ouvido → Presença de cefaleia, vômito e tontura. Mucosa labial – protege a dentição Traumatismos ao lábio, a gengiva e a mucosa oral se não forem reparadas de maneira adequada, podem evoluir para importantes sequelas estéticas e funcionais para o paciente. Consequências ✓ Abrasão ✓ Laceração ✓ Contusão ou perda de tecido. Abrasões Escoriação ou remoção circunscrita de uma camada superficial da pele ou mucosa (neste caso denominado ulceração), provocada por grande atrição tecidual. Qual a conduta clínica? ✓ Eliminar fragmentos/corpos estranhos ✓ Lavar o local com clorexidina a 0,12% ou soro fisiológico. ✓ Sabonete antisséptico ✓ Caso seja necessário receitar paracetamol 750mg de 6/6horas por 24horas Lacerações • Ferimentos com margens irregulares e com mais de um ângulo. O mecanismo da lesão é por tração. • Danos cortantes ou perfurantes da estrutura epitelial, possuindo assim grandes extensões e profundidades. Conduta clínica: • Limpeza da região • Suturas • Laserterapia PROTOCOLO EMPREGADO PARA LACERAÇÃO DE ACORDO COM A IADT 1. Higienização da região afetada com solução de Digluconato de clorexidina a 0,12% 2. Desbridamento, hemostasia e sutura – 3. Acompanhamento clínico até remissão da lesão 4. Orientação aos pais/cuidadores quanto à higienização da região afetada com sabonete antisséptico (extraoral) mais solução de digluconato de clorexidina a 0,12% (intraoral), duas vezes ao dia por uma semana. Tipo de cicatrização ✓ Primeira intenção Tipo de cicatrização que ocorre quando as bordas são apostas ou aproximadas, havendo perda mínima de tecido, ausência de infecção e mínimo edema. Não forma tecido de granulação. Fatores que interferem na cicatrização: Fatores locais • Vascularização das bordas da ferida – oxigênio e nutrientes • Tratamento das feridas – sepsia e antissepsia; cuidados pós operatórios • Grau de contaminação da ferida – limpeza mecânica; remoção de corpos estranhos e detritos Fatores gerais → Infecção → Sistema imunológico → Idade → Oxigenação e perfusão aos tecidos → Diabetes → Medicamentos (quimioterápicos, corticoides e anticoagulantes) Contusões • Traumas que levam ao edema e hemorragia subcutânea da região afetada • Higienização do local e compressas quentes na região edemaciada • Administração de anti-inflamatórios e analgésicos ✓ Ibuprofeno de 200mg, de 6 em 6 horas. Dipirona 500mg a 19(20-40gotas) a cada 4h por 24h. Antibióticos Preventivos para traumas de tecidos moles: Quando utilizar, qual prescrever, como utilizar? • Quando a ferida está muito contaminada e o desbridamento completo não é possível • Quando o desbridamento foi tardio (24h após) • Lesões penetrantes nos lábios • Pacientes com comprometimento sistêmico • Ferimentos por mordedura humana ou animal Qual prescrever? o Amoxicilina (criança) 20mg/kg – 8 em 8horas Paciente alérgico o Claritromicina (criança) – 7,5mg/kg – 12 em 12horas Como utilizar? • Iniciar a posologia nas 3 primeiras horas • 1º dose (dose de ataque), antes do procedimento cirúrgico e ao longo de 24h (doses de manutenção). Trinca de esmalte Achados clínicos: • Ausência de sensibilidade, mobilidade normal, teste pulpar normalmente positivo. Achados radiográficos: • Sem anormalidades radiográficas. Tratamento • Acompanhamento clinico e radiográfico • Acompanhamento 1 semana, 3/3 meses 6/6 meses, 1 ano, exfoliação) Fratura de esmalte Achados clínicos: • Perda de esmalte • Sem sinais visíveis de dentina exposta • Se apresentar sensibilidade, avaliar quanto à possível ocorrência de lesão de luxação ou fratura radicular • Mobilidade normal • Teste de sensibilidade pulpar normalmente positivo Achados radiográficos: • Perda visível de esmalte • Localização de fragmentos dentários: Se o fragmento não foi encontrado e há lesões em tecido mole, radiografias do lábio e/ou da bochecha são indicadas para procurar fragmentos ou materiais estranhos. Tratamento: • Se o fragmento tiver presente: colagem do fragmento • Polimento das bordas cortantes. Acompanhamento: • Avaliações clínicas e radiográficas são necessárias: Após 6-8 semanas, Após 1 ano Fratura de esmalte e dentina • Uma fratura envolvendo esmalte e dentina, sem exposição pulpar Achados clínicos • Mobilidade normal • Teste de sensibilidade pulpar normalmente positivo • Ausência de sensibilidade à percussão e à palpação • Se apresentar sensibilidade, avaliar quanto a possível ocorrência de lesão de luxação ou fratura radicular Achados radiográficos: • Perda visível de esmalte e dentina • Localização de fragmentos dentários: Se o fragmento não foi encontrado e há lesões em tecido mole, radiografias do lábio e/ou da bochecha são indicadas para procurar fragmentos ou materiais estranhos. Tratamento: • Colagem do fragmento: fragmento precisa ser reidratado em água ou soro por 20 minutos antes de ser recolocado • Restauração com ionômero de vidro e resina composta. Acompanhamento: • Avaliações clínicas e radiográficas são necessárias: Após 6-8 semanas; após 1 ano. Fratura de esmalte e dentina com exposição pulpar Achados clínicos: • Mobilidade normal • Ausência de sensibilidade à percussão e palpação • Se apresentar sensibilidade, avaliar quanto à possível ocorrência de lesão de luxação ou fratura radicular • Polpa exposta sensível à estímulos (ex: ar, gelado, doce) Achados radiográficos: • Perda visível de esmalte e dentina • Localização de fragmentos dentários: Se o fragmento não foi encontrado e há lesões em tecido mole, radiografias do lábio e/ou da bochecha são indicadas para procurar fragmentos ou materiais estranhos. Tratamento risogênese incompleta: 1. Capeamento pulpar direto • Tempo de exposição: menos de 24horas, exposição pequena, hemostasia, contaminação, sinais de vitalidade, idade do paciente. 2. Pulpotomia: • Tempo de exposição: mais de 24horas, pólipo pulpar, hemostasia, grandes exposições, sinais de vitalidade, idade do paciente. Tratamento risogênese completa: • Sinais clínicos e radiográficos de alteração pulpar (lesão periapical, edema, fistula) • Tratamento pulpar radical + tratamento restaurador • Exodontia: esfoliação • Controle e manutenção. Fratura coronorradicular sem exposição pulpar • Uma fratura envolvendo esmalte, dentina e cemento (Nota: fraturas corono-radiculares normalmente se estendem abaixo da margem gengival) Achados clínicos: • Teste de sensibilidade pulpar normalmente positivo • Sensibilidade à percussão • O fragmento (coronal, mesial ou distal) normalmente está presente e móvel • A extensão da fratura (sub ou supra alveolar) deve ser avaliada Achados radiograficos: • A extensão apical da fratura normalmentenão é visível • Localização de fragmentos dentários: - Se o fragmento não foi encontrado e há lesões em tecido mole, radiografias do lábio e/ou da bochecha são indicadas para procurar fragmentos (radiografia periapical) • Pode ser utilizada uma tomográfica para melhor visualização do trajeto da fratura Tratamento: • Colagem do fragmento • Restauração com sina composta • Exodontia se a fratura envolver mais do que 2mm de cemento, e mantenedor de espaço (se necessário) Acompanhamento: Avaliações clínicas e radiográficas são necessárias: ✓ Após 1 semana, após 6-8 semanas, após 3 meses, após 6 meses ✓ Após 1 ano, após isso, anualmente por pelo menos 5 Fratura coronorradicular com exposição pulpar (Nota: fraturas corono-radiculares normalmente se estendem abaixo da margem gengival) Achados clínicos: • Teste de sensibilidade pulpar normalmente positivo • Sensibilidade à percussão • O fragmento (coronal, mesial ou distal) normalmente está presente e móvel • A extensão da fratura (sub ou supra alveolar) deve ser avaliada Achados radiográficos: • A extensão apical da fratura normalmente não é visível • Localização de fragmentos dentários: - Se o fragmento não foi encontrado e há lesões em tecido mole, radiografias do lábio e/ou da bochecha são indicadas para procurar fragmentos (radiografia periapical) • Pode ser utilizada uma tomográfica para melhor visualização do trajeto da fratura Tratamento: • Observar: vitalidade pulpar, extensão da exposição, tempo decorrido, gravidade das lesões associadas ao periodonto (até 2mm aquém da margem gengival) e idade do paciente • Pulpotomia (risogênese incompleta) ou tratamento endodôntico radical (risogênese completa) • Colagem de fragmento • Restauração com resina composta • Exodontia: se a fratura envolver mais que 2mm de cemento, e mantenedor de espaço (se necessário) Acompanhamento: Avaliações clínicas e radiográficas são necessárias: • Após 1 semana • Após 6-8 semanas • Após 3 meses • Após 6 meses • Após 1 ano • Após isso, anualmente por pelo menos 5 anos Fratura radicular Uma fratura da raiz envolvendo dentina, polpa e cemento. A fratura pode ser horizontal, oblíqua, ou uma combinação de ambas. Achados clínicos: • O fragmento coronário pode apresentar mobilidade e estar deslocado. • O dente pode apresentar sensibilidade à percussão • Pode ser observado sangramento no sulco gengival • Inicialmente pode haver resposta negativa ao teste de sensibilidade pulpar, indicando dano pulpar transitório ou permanente. Fratura obliqua e longitudinal Fratura horizontal (transversal) Tratamento: Fratura Transversal • Terço apical: Observação e controle clinico e radiográfico • Terço médio: Condições a serem observadas: mobilidade, afastamento dos fragmentos (até 2mm) e tempo decorrido − Anestesia, reposicionamento e imobilização semirrigida (fio ortodôntico 0,5 mm) por 15-21 dias e alívio oclusal (se necessário) − Exodontia e mantenedor de espaço (se necessário) • Terço cervical: Exodontia e mantenedor de espaço (se necessário) Fratura Oblíqua e Longitudinal • Exodontia e mantenedor de espaço (se necessário) Acompanhamento: Avaliações clínicas e radiográficas são necessárias: • Após 4 semanas, após 6-8 semanas, após 4 meses S ++, após 6 meses, após 1 ano e após isso, anualmente por pelo menos 5 anos As fraturas da coroa e as luxações desses dentes são as que ocorrem mais comumente de todas as lesões dentárias. O diagnóstico adequado, o planejamento do tratamento e o acompanhamento são importantes para alcançar um resultado favorável Diagnóstico → Higienização da região → Desbridamento das lesões a fim de evitar contaminação → Exame radiográfico → Reposicionamento e sutura dos tecidos deslocados e dar sequência ao tratamento dos traumas dentoalveolares Exame radiográfico • Auxiliar no diagnóstico, auxiliar no controle, valor Legal RADIOGRAFIAS OCLUSAIS • Intrusão, deslocamentos dentários, fraturas apicais e coronárias, fraturas alveolares CRIANÇAS MAIORES: Feixe de radiação/ponta do nariz/ • Filme n°.2/angulação 55 a 65 graus, tempo de exposição -0,4seg. CRIANÇAS (ATÉ 3 ANOS) • Filme N° 2; • Incidência: base do nariz; • Angulação 40 a 45 graus; • Tempo de exposição: 0,4 seg Concussão Uma lesão aos tecidos de suporte, sem mobilidade anormal ou deslocamento do dente, mas com grande sensibilidade a percussão. Achados clínicos: • Mobilidade normal • O dente apresenta sensibilidade à percussão e ao toque • O dente provavelmente vai responder positivamente ao teste de sensibilidade Achados radiográficos: • Ausência de alterações radiográficas • Tratamento • Nenhum tratamento é necessário • Monitorar a vitalidade pulpar por pelo menos 1 ano, mas preferivelmente por mais tempo Acompanhamento: • Avaliações clínicas e radiográficas são necessárias: • Após 4 semanas • Após 1 ano Subluxação • Uma lesão aos tecidos de suporte, com mobilidade anormal, mas sem deslocamento do dente. Achados clínicos: • O dente apresenta sensibilidade ao toque ou batida leve • O dente apresenta mobilidade aumentada, mas não está deslocado • Pode ser observado sangramento no sulco gengival • Inicialmente pode haver resposta negativa ao teste de sensibilidade pulpar, indicando dano pulpar transitório ou permanente. Achados radiográficos: • A aparência radiográfica geralmente é normal Tratamento: • Mobilidade leve: Normalmente, nenhum tratamento é necessário. • Mobilidade moderada: Uma contenção flexível (fio ortodôntico 0,5mm) para estabilizar o elemento dentário pode ser indicada por até 2 semanas, mas somente se houver mobilidade excessiva ou sensibilidade ao morder • Monitorar a vitalidade pulpar por pelo menos 1 ano. Luxação lateral • Deslocamento do dente em qualquer direção lateral, normalmente associado a uma fratura ou compressão da parede do alvéolo ou osso cortical. • Observar: grau de rizólise (mais de 1/3 de raíz remanescente), tempo decorrido até o atendimento, magnitude de deslocamento, ocorrência de fratura de parede alveolar e interferência oclusal. Achados clínicos: • O dente está deslocado, normalmente em uma direção palatina/lingual ou vestibular • Normalmente há uma fratura do osso alveolar associada • O dente normalmente não apresenta mobilidade, já que o ápice da raiz está “travado” na fratura óssea • Apresenta som metálico à percussão (anquilosado) • Provavelmente não responde aos testes de sensibilidade pulpar Achados radiográficos: • Aumento no espaço do ligamento periodontal, mais bem visualizado em radiografias com alteração na angulação horizontal ou exposições oclusais • Radiografia periapical paralela e oclusal. Tratamento: • Deslocamento leves ou moderados da coroa em direção palatina: aguardar o reposicionamento espontâneo ou anestesia, reposicionamento bidigital e imobilização semirrigido (fic ortodontico 0.5 mm) por 15-21 dias (se houver interferência aclusal e em atendimento imediato); alivio oclusal (se necessário) • Trespasse da tabua óssea vestibular ou de grande deslocamento/mobilidade: exodontia e mantenedor de espaço (se necessário) • Identificação de lesões periapicais, reabsorções internas e externas durante as consultas de acompanhamento- necessidade de tratamento endodôntico radical ou exodontia Acompanhamento: Avaliações clínicas e radiográficas são necessárias: • Após 2 - 4 semanas, após 8 semanas, após 6 meses, após 1 ano e após isso, anualmente por pelo menos 5 anos Luxação extrusiva Deslocamento do dente para fora do alvéolo em uma direção incisal/ axial. Achados clínicos: • Odente parece alongado • O dente apresenta mobilidade aumentada • Provavelmente não responde aos testes de sensibilidade pulpar Achados radiográficos: • Aumento no espaço do ligamento periodontal tanto apicalmente quanto lateralmente. • O dente não está encaixado no alvéolo e parece alongado incialmente • Radiografia: periapical paralela, radiografia com angulações diferentes; radiografia oclusal Tratamento: • Reposicionamento do dente, inserindo o mesmo delicadamente no alvéolo, sob anestesia local • Deslocamentos (até 2mm – atendimento imediato) Estabilizar o dente por 2 semanas usando contenção flexível. Se houver colapso/ fratura do osso marginal, a contenção deve ser prolongada por mais 4 semanas. • Monitorar a condição pulpar (se houver necrose: tratamento endodôntico) • Exodontia e mantenedor de espaço Acompanhamento Avaliações clínicas e radiográficas são necessárias: • Após 2 - 4 semanas, após 8 semanas, após 12 semanas, após 6 meses, após 1 ano e após isso, anualmente por pelo menos 5 anos. Luxação intrusiva (intrusão) • Deslocamento do dente em uma direção apical dentro do osso alveolar • Filme nº 2, exposição – 8 a 10s. cone de rx – ponta Achados clínicos: • O dente está deslocado axialmente em direção ao osso alveolar • não apresenta mobilidade • som metálico à percussão (anquilosado) • Provavelmente não responde aos testes de sensibilidade pulpar Achados radiográficos: • O espaço do ligamento periodontal pode estar ausente em parte ou em toda a porção radicular (principalmente apical) • A junção cemento-esmalte está localizada mais apicalmente no dente intruído, em comparação aos dentes adjacentes Tratamento: Dentes com rizogênese incompleta: • Permitir a erupção sem intervenção (reposicionamento o espontâneo) para todos os dentes, independente do grau de intrusão • Se nenhuma reerupção for observada dentro de 4 semanas, iniciar o reposicionamento ortodôntico. • Se houver sinais de necrose pulpar ou reabsorção externa – fazer o tratamento endodôntico. Acompanhamento • Mesmo que a luxação extrusiva Avulsão • Deslocamento total do dente para fora do alvéolo • Não deve ser reimplantado • Observar • Mantenedor de espaço de se necessário ORIENTAÇÕES AOS PAIS/CUIDADORES HIGIENE BUCAL ✓ A higiene bucal deve ser realizada especialmente em casos de luxações e de lesões de tecidos moles; ✓ Demonstrar aos pais/cuidadores como realizar a higiene bucal das áreas lesadas; ✓ A higiene das áreas afetadas pode ser realizada com gaze embebida com solução de digluconato de clorexidina a 0,12%, duas vezes ao dia, durante uma semana. HÁBITOS DE SUCCÃO E ALIMENTAÇÃO ✓ Redução de hábitos de sucção (chupeta, dedo e mamadeira); ✓ Redução da ingestão de alimentos muitos fibrosos ou de consistencias duras e firmes durante 7 ou 10 dias. Prescrição medicamentosa • Analgésicos Paracetamol gotas 200mg- 6/6h em caso de dor; • Anti-inflamatórios Ibuprofeno 100mg- 6/6h • Antibióticos, se necessário, em crianças sistemicamente comprometidas; • A vacina antitetánica deve ser checada pelo médico dentro de 48 horas para eventual reforço.
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