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RESUMOS DE ODONTOPEDIATRIA

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2023 
 
 
 
 
Formas e apresentação dos medicamentos 
Diversas formas de apresentação de 
medicamentos, tais como: 
• Capsulas 
• Comprimidos 
✓ Soluções (mais usados na odontopediatria) 
✓ Suspenções (mais usados na 
odontopediatria) 
Prescrição medicamentosa: 
• o profissional deve estar atento à 
concentração, dosagem e posologia do 
medicamento de acordo com a forma de 
apresentação, além de evitar possíveis 
efeitos adversos. 
• Toda prescrição deve ser feita em forma 
de receituário, com as devidas informações 
referentes ao profissional, ao paciente e ao 
medicamento que será utilizado. 
• É essencial as orientações aos pais ou 
responsáveis, não apenas de forma escrita, 
mas também de forma verbal. 
• Medidas são importantes para evitar a 
automedicação e a administração incorreta 
de medicamentos, que podem levar à 
resistência medicamentosa, intoxicação e 
até mesmo ao óbito. 
Formas de uso e vias pelas quais os 
medicamentos podem ser administrados 
1. Medicamentos de uso Parenteral* (Uso 
Externo) 
• Não ocorre através do sistema digestivo 
 Vias diretas: (Intravenosa, 
intramuscular, subcutânea, 
intradérmica, intra-articular). 
 Vias indiretas: (Vias respiratórias, 
conjuntival, genitourinária, intracanal, 
tópica) 
2. Medicamentos de uso enteral* (Uso 
Interno) 
• Ocorre através do sistema digestivo 
→ Via oral; via sublingual; Via Retal 
Receituário 
Deve conter: 
→ Identificação do profissional (nome 
completo, endereço, CRO); 
→ Nome, peso e endereço do paciente 
infantil; 
→ Forma de uso do medicamento 
→ Nome do medicamento, concentração e 
quantidade; 
→ Posologia; 
→ Data, assinatura + carimbo do 
profissional. 
Analgésicos 
Medicamentos utilizados para controle da dor 
de intensidade leve a moderada 
Classificação 
1. Ação periférica (não opióides): mais 
utilizados na odontopediatria 
2. Ação central (opióides): utilizados em 
tratamentos oncológicos ou pós 
traumáticos. 
Medicamento/administração/posologia/forma 
de apresentação/concentração 
• Paracetamol 6/6horas 1gota/kg. Suspensão 
e solução em gotas. 32mg/ml**, 100mg/ml 
• Dipirona sódica: 6/6horas 1gota/2kg. 
Suspensão e solução em gotas. 50mg/ml**, 
500mg/ml 
 
"O alívio da dor é mais eficaz quando os 
analgésicos são dados precocemente. 
Recomenda-se seu uso antes que desapareça o 
efeito anestésico local nas situações em que 
dor pósoperatória é esperada. 
Paracetamol - Cuidados adicionais 
O Paracetamol é o analgésico de primeira 
escolha em Odontopediatria devido aos seus 
efeitos analgésico e antipirético; 
Este medicamento não deve ser administrado 
com alimentos ricos em carboidratos; 
O paracetamol pode causar intoxicação hepática 
caso a dosagem exceder a dose máxima diária ou 
em casos de uso contínuo. 
Outros analgésicos utilizados em 
Odontopediatria (Precaução) 
Ácido Acetil Salicílico: Indicado para o alívio da 
dor leve e moderada. *Brasil 
→ Ação menos seletiva para o COX-2 - 
Grande irritabilidade gástrica. 
Dipirona Sódica: Indicado para alívio da dor 
leve e moderada. 
→ *Agranulocitose (redução acentuada de 
leucócitos granulócitos) 
→ *Aplasia medular (alteração no 
funcionamento da medula óssea). 
→ Crianças menores de 3 meses ou 
pesando menos de 5 Kg 
Paracetamol associado a Codeína: Pouco 
utilizado. 
→ Indicado para alívio de dor severa após 
casos severos de exodontia. 
Anti-inflamatório 
São medicamentos que atuam bloqueando a 
resposta inflamatória, impedindo os sinais e 
sintomas da inflamação da região afetada. 
Sinais cardinais da inflamação: calor, dor, 
edema, rubor e perda de função. 
• O anti-inflamatório mais indicado em 
Odontopediatria é o Ibuprofeno. 
• Deve-se ter muita cautela ao u1lizá-los 
devido ao risco de irritação gastrointes1nal, 
desordens de coagulação sanguínea, 
insuficiência renal e broncoconstrição. 
Classificação 
Não esteroidais: Utilizados em casos de 
trauma9smos, cirurgias e sinais de inflamação com 
limitação funcional. 
Esteroidais (corticóides): Em Odontopediatria são 
u9lizados no préoperatório de cirurgias complexas, e 
de forma tópica no tratamento de lesões de mucosa 
bucal como a língua geográfica. 
 
Medicação 
 
Adm. 
 
Posologia 
Forma de 
apresentação 
/concentração 
 
 
Ibuprofeno 
 
 
6h/6h 
 
 
1 gota/1kg 
Suspensão 
20mg/ml 
30mg/ml 
50mg/ml* 
100mg/ml** 
*Para suspensão 50mg/ml - máximo de 40 gotas por 
dose. 
**Para suspensão 100mg/ml - máximo de 20 gotas por 
dose. 
 
Cuidados adicionais 
Anti-inflamatórios, como a Nimesulida e o 
Diclofenaco, comumente u1lizados em adultos, NÃO 
são indicados para crianças. 
 
Em odontopediatria também não é usual 
administrar analgésico associado à anti-
inflamatório. Quando existe essa necessidade é 
indicado utilizar um anti-inflamatório com 
potencial analgésico (ex: Ibuprofeno). 
Antibióticos 
✓ São medicamentos utilizados quando ocorre 
alguma infecção bacteriana. 
✓ Em Odontopediatria podem ser utilizados 
em casos de: infecções dentárias instaladas 
ou de forma profilática quando o paciente 
apresenta algum risco sistêmico para 
endocardite bacteriana. 
✓ Estes medicamentos eliminam as bactérias 
ou paralisam a proliferação das mesmas, 
impedindo o agravamento dos sintomas 
sistêmicos. 
✓ Sua principal forma de administração em 
crianças é a suspensão, onde o frasco deve 
ser agitado antes do uso e essa informação. 
Devem ser usados como auxiliadores na 
terapêutica das infecções, destruindo 
microrganismos 
✓ Ação bactericida 
✓ Ação bacteriostática 
ATENÇÃO 
• Uso incorreto de antibióticos pode gerar 
problemas à saúde da criança e resistência 
bacteriana; 
• Uso deve ser limitado a quadros graves com 
envolvimento sistêmico; 
• Quando possível, deve-se tratar as 
infecções dentárias sem antibioticoterapia; 
• Penicilinas são os antibióticos de primeira 
escolha; 
• Alergia(penicilina): Eritromicina ou a 
Azitromicina podem ser prescritas. 
• Em casos de alergia, as reações são: 
Urticaria, angioedema, broncoconstric ̧ão, 
distúrbios gastrointestinais e choque 
anafilático. 
Posologia 
1) Amoxicilina 250mg/mL. (1a escolha em 
Odontopediatria) 
1°passo: Calcula-se quantos miligramas de 
medicamento é preciso ao dia para tratar uma 
criança com determinado peso. A dose máxima 
da Amoxicilina é 50mg/kg/dia e sua 
administração é de 8/8h. 
Dose máxima diária 
(50mg/kg/dia) ___________1kg 
Dose necessária?________peso da criança 
2°passo: Sabe-se que alguns antibióticos 
possuem diferentes apresentações comerciais 
de acordo com a concentração: 125mg/5ml, 
250mg/5ml, 500mg/5ml. Devido a isso, deve-se 
converter a dose de mg para ml. 
3°passo: Considerando que a amoxicilina deve 
ser administrada 3 vezes ao dia (uma vez que a 
medicação será administrada a cada 08 horas) 
deve-se dividir o valor de ml/dia encontrado no 
segundo passo por 3. 
2) Eritromicina 250mg/5ml (Utilizado em 
casos de alergia à penicilina). 
→ Sua dose máxima diária é 10mg/kg/dia e 
sua administração é de 6/6h. 
Amoxicilina: Amplo espectro de atividade, 
Eficaz Relativamente segura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quais antibióticos que não são recomendados 
na odontopediatria? 
 Tetraciclina: causa manchamento nos 
dentes 
Regime padrão 
Amoxicilina 50 mg/kg 
por via oral, 1 h antes do procedimento Obs.: A 
penicilina V e a ampicilina são também eficazes, na 
mesma dosagem. 
 
Crianças alérgicas às penicilinas 
Cefalexina ou cefradoxil 50 mg/kg por via oral, 1 h 
antes do procedimento Obs.: As cefalosporinas não 
devem ser usadas em crianças com história de reação 
alérgica imediata as penicilinas, pelo risco de alergia 
cruzada. Nesses casos, empregar: claritromicina ou 
azitromicina 15 mg/kg por via oral, 1 h antes do 
procedimento 
Crianças incapazes de fazer uso do fármaco por via 
oral 
Ampicilina 50 mg/kg por viaIM ou IV, 30 min antes do 
procedimento 
Crianças alérgicas às penicilinas e incapazes de fazer 
uso do fármaco por via oral 
Cefazolina 25 mg/kg por via IM ou IV, 30 min antes do 
procedimento Obs.: Quando houver história de 
reação alérgica imediata às penicilinas, empregar: 
Clindamicina 20 mg/kg por via IV, 30 min antes do 
procedimento 
 
 Aminoglicosídeos: nefrotoxicidade e a 
Ototoxicidade, paralisia neuromuscular. 
 Cloranfenicol: depressão da medula 
óssea 
Benzodiazepínicos 
São medicamentos u1lizados para mediação do 
comportamento. Os benzodiazepínicos 
(ansiolíticos de ação central) possuem como 
objetivo controlar as alterações somáticas e 
psíquicas e, por isso, devem ser prescritos em 
receita de controle especial. 
 
✓ Ação ultra curta: Midazolam 
✓ Ação curta: alprazolam e lorazepam 
✓ Ação longa: Clordiazepóxido, Diazepam, 
Flurazepam. 
Medicação Forma 
farmacêutica 
Dose 
 
 
 
Midazolam 
SOLUÇÃO ORAL 
DE 2mg/ml 
 
 
 
COMPRIMIDOS 
DE 7,5 mg E 15 
mg 
VO: 0,25 a 
0,5mg/kg 
(máximo de 
20mg) 
 
VM: 0,1 a 
0,15mg/kg 
(máximo de 10 
mg) 
 
Midazolam 
→ Início de ação: 15 a 20 minutos, com 
meia vida plasmática de 1 a 3 horas e 
duração do efeito de 1 a 2 horas. 
→ Oferece ao Odontopediatra uma boa 
alternativa para a sedação em crianças 
submetidas a procedimentos curtos. 
Lorazepam 
→ contra indicado: menores de 12 anos 
Diazepam 
→ 6 meses ou mais de idade: 1 a 2,5 mg, 3 
ou 4 vezes por dia; menos de 6 meses de 
idade: uso não recomendado. 
Benzodiazepínicos – PRECAUÇÕES 
• O profissional deve estar apto e possuir 
conhecimento para utilizar esses 
medicamentos. 
• A indicação é muito específica e geralmente 
é dada pelo Odontopediatra. 
• Avaliar os sinais vitais, a oximetria, aferir a 
pressão arterial e avaliar o padrão 
respiratório. 
• Consequências do uso incorreto: depressão 
do sistema nervoso e do sistema 
respiratório, que podem ocasionar 
problemas cardiorrespiratórios e até 
mesmo levar ao óbito. 
• Midazolam principais efeitos: ações 
ansiolíticas, sedativa e indução do sono. 
Receituário de controle especial 
Comparecer ao Escritório da Vigilância 
Sanitária do município e apresentar as 
seguintes documentações: 
✓ Carteira do Conselho 
✓ Comprovante de pagamento da anuidade 
do Conselho RG e CPF 
✓ Comprovante de endereço 
Após a autorização da vigilância -> providenciar 
a impressão do talonário de notificação de 
receita tipo B em gráfica autorizada seguindo o 
modelo previsto na portaria n° 344/98. 
 
Indicação - uso odontológico, devendo a receita 
comum ir acompanhada da Notificação de 
Receita tipo B, de cor azul, com validade de 30 
dias. 
A receita de controle especial deve ser elaborada em três vias (uma para o prontuário, uma para o 
paciente e uma que ficará retida pelo farmacêutico). 
Outros medicamentos utilizados em odontopediatria 
Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração 
Betametasona Língua 
geográfica 
Bochechar 15 ml por 2 minutos 
de 2 a 3x ao dia, por 15 dias 
Elixir 05mg/5ml 
Acetinilo-
Triancinolona 
Estomatite 
Aftosa 
recorrente 
Aplicar de 2 a 3x ao dia, após 
as refeições, por 7 dias 
Pomada 1mg/g 
 
Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração 
 
 
Cetoconazol 
 
 
Candidiase oral 
crianças > de 2 anos -3-
6mg/kg/dia ou até 20kg: 
50mg/dose/dia 20-40lg - 
100mg/dose/dia >40kg - 
200mg/dose/dia 
 
 
Comprimido 
 
 
200mg 
 
 
Nistantina 
 
 
Candidiase oral 
Realizar a higiene bucal de 
forma efetiva, limpando as 
placas com água 
bicarbonatada. Logo após, 
bochechar e engolir 1ml da 
suspensão a cada 6h por 14 
dias 
 
 
Suspensão 
oral 
 
 
100.000ul/ ml 
 
Nome Indicação Como utilizar Forma de concentração 
 
Aciclovir 
Infecção pelo 
vírus da Herpes 
Simples(HSV) 
Aplicar 5x ao dia 
por pelo menos 7 
dias 
 
Pomada 
 
50mg/g 
 
 
Nada 
(manipulado) 
Candidiase Oral; 
Queilite angular 
e Estomatite 
Aftosa 
recorrente 
 
Aplicar 3x ao dia, 
até os sintomas 
desaparecerem 
Solução (uso tópico) 
Violeta genciana 
2%(3ml) 
Anestésico(1,5ml)+sa 
carina(0,5ml)+agua 
destilada(25ml) 
 
 
200mg-5ml 
 
SEDAÇÃO CONSCIENTE COM ÓXIDO NITROSO 
 Gás, aplicado por via nasal, frequentemente utilizado para sedação consciente na prática 
clínica em Odontopediatria. 
Atua no sistema nervoso central, produzindo 
efeitos analgésico e ansiolítico, facilitando 
procedimentos incômodos ao paciente. 
Seu efeito sedativo cessa na medida em que sua 
administração é interrompida. 
Como utilizar? 
• Volume é ajustado de acordo com a 
necessidade, respeitando uma concentração 
máxima de 50% de óxido nitroso para 50% 
de oxigênio. 
• Apresenta efeito de 2 a 3 minutos, pois é 
rapidamente absorvido no pulmão e liberado 
na corrente sanguínea. 
• É raro, mas fatores adversos como náuseas 
e vômito, podem ocorrer. 
Conclusão: 
A sedação consciente com oxido nitroso foi uma 
técnica segura e eficaz para utilização em 
crianças, desde que o profissional seja 
habilitado e a criança apta para passar pelo 
processo de sedação inalatória. 
 
 
Doença periodontal é uma infecção da fase 
adulta? 
A Gengivite não tratada na infância e 
adolescência evolui para Periodontite no adulto. 
DOENÇA PERIODONTAL 
• Gengivite: achado universal crianças e 
adolescentes 
• Chave para a prevenção em periodontia: 
manutenção de um alto padrão de higiene 
bucal deve ter início na infância 
FATORES PRÉ DISPONENTES 
 (Propiciam maior acúmulo de biofilme) 
✓ Restaurações Mal adaptadas 
✓ Dentes mal posicionados 
✓ Aparelho Ortodôntico 
“Acúmulo de placa bacteriana resulta em uma 
população anaeróbica estagnante e crescente” 
Aspecto de normalidade – periodonto da 
criança. 
✓ Papilas gengivais (formato piramidal) 
✓ Gengiva Inserida 
✓ Gengiva Papilar 
✓ Papilas gengivais (formato trapezoidal) 
Profundidade do sulco gengival dos dentes 
decíduos é menor que nos permanentes (< 1mm). 
Gengiva inserida: textura e forma 
características do faixa etária do indivíduo. 
 1° infância: aspecto mais flácido e 
brilhante 
 Adulto: pontilhado característico (menos 
evidente na dentadura decídua). 
Gengivite induzida por placa bacteriana 
• Resultante de bactérias localizadas na 
gengiva marginal 
• Forma mais comum da doença periodontal 
• Prevalência em crianças aumenta com o 
avanço da idade 
Etiologia 
• Fator etiológico determinante 
 Placa bacteriana e cálculo 
• Fatores predisponentes 
 Exfoliação e erupção. 
• Fatores modificadores 
 Puberdade Respiração bucal 
Sinais e sintomas 
• Alteração de cor e edema gengival 
• Sangramento 
• Aumento da profundidade de bolsa (Menos 
comuns) 
• Observar: Cor da gengiva, contorno e posição 
da gengiva marginal, papila gengival, ausência 
/ presença de sangramento. 
Tratamento 
Controle do biofilme dentário 
✓ Motivação e orientação de bucal higiene 
✓ Auxílio e supervisão dos pais 
✓ Profilaxia profissional periódica 
Tratamento dos fatores predisponentes e 
modificadores: com o auxílio da Ortodontia, 
Dentística e Tratamento Sistêmico 
PRESENÇA DE CÁLCULO 
→ Mineralização da placa 
→ Menos comum em crianças 
→ Cálculo supragengival 
Tratamento 
✓ Raspagem radicular 
✓ Polimento 
✓ Aplicação de flúor 
✓ Orientação de higiene 
PUBERDADE 
• Aumento da prevalência da gengivite por 
volta dos 9-14 anos 
• Hormônios sexuais podem: aumentar a 
permeabilidade vascular influenciar a 
formação de tecido de granulação, alterar 
composição da flora gengival 
Placa bacteriana associada a outros fatores: 
− Hiperplasia gengival dilantínica 
− Hiperplasia gengival hereditária 
− Hiperplasia gengival idiopática 
Tratamento 
• Cirurgia periodontal (quando muito 
avançada) 
• Controle de placa rigoroso (evitar 
recidiva) 
• Se possível eliminar o agente modificador 
RETRAÇÃO GENGIVAL 
Manifestaçãode colapso periodontal, perda 
óssea onde ocorre migração apical da margem 
livre da gengiva, desnudando parte da raiz. 
Fatores Etiológicos 
Distúrbios patológicos: 
− Escovação inadequada 
− Hábitos nocivos 
− Trauma oclusal Hábitos nocivos 
Distúrbios psicológicos 
− Automutilação 
Tratamento 
Controle dos fatores etiológicos: 
determinantes, predisponentes e modificadores 
Passagem da gengivite para Periodontite 
Inflamação que envolve periodonto de proteção 
e de sustentação 
Possíveis explicações 
• Destruição direta causada pelos 
microrganismos e toxinas 
• Hiper-reação imune 
• Deficiências imunológicas envolvendo 
função de neutrófilos e linfócitos 
 
PERIODONTITE EM CRIANÇAS 
→ Relativamente rara 
→ Perda precoce de dentes decíduos 
→ Manifestação de doenças sistêmicas 
Periodontite agressiva 
Fator etiológico determinante 
• Placa bacteriana 
Fatores modificadores 
• Manifestação sistêmicas associadas 
Tratamento 
✓ Controle de placa rigoroso 
✓ Raspagem e profilaxia profissional 
periódica 
✓ Tratamento do problema sistêmico 
Exodontias múltiplas: Acabar com 
microrganismos patogênicos e dar condições à 
dentição permanente 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Importância do dente decíduo 
• Manter a integridade da saúde bucal; 
• Falha da prevenção; 
• Frequente reabilitação devido a cárie ou 
trauma. 
RESTABELECER 
• Função mastigatória; 
• Estética; 
• Fonética 
• Manter espaço 
• Posição da língua; 
Não pode ser estático! 
✓ Considerar o crescimento; 
✓ Desenvolvimento craniofacial; 
✓ Acompanhamento periódico 
Indicação 
✓ Indicação e planejamento dos 
recursos protéticos em 
Odontopediatria. 
Exame clínico e radiografico 
• História médica e dental; 
• Avaliação do remanescente dental; 
• Estrutura de suporte; 
• Radiografia; 
• Grau de destruição; 
• Comprometimento pulpar; 
• Rizolise; 
Crescimento, desenvolvimento e oclusão 
• Favorecer condições fisiológicas do 
crescimento facial; 
• Não interferir na dinâmica da oclusão no 
período de transição de dentição. 
Habilidade profissional 
• Conhecimento técnico- cientifico 
• Odontopediatra e técnico em prótese; 
Coroas de aço inoxidável. 
• Pré-fabricadas; 
• Reestabelece forma e função de dentes 
posteriores; 
• Dente anterior - estética; 
 
Vantagens 
• Custo baixo (relativo) 
• Tempo de tratamento 
• Vários tamanhos 
• Ductibilidade, tenacidade e durabilidade 
• Não macha 
Desvantagem 
• Ponto de contato deficiente; 
• Intercuspidação (amassamento ou 
orificios); Adaptação cervical; 
• Deterioração da coroa (material 
fabricado e higiene); 
Indicações 
1. Dentes com ampla lesão de cárie: 
2. Após tratamento endodôntico; 
3. Hipoplasias graves; 
4. Grandes fraturas de coroa; 
5. Base de mantenedor de espaço (recurso 
protético-ortodontico); 
Contra-indicações 
• Restaurações definitivas em dentes 
permanentes (adaptação marginal); 
• Comprometimento estético; 
• Dificuldade de adaptação marginal - 
problemas periodontais e trauma oclusal. 
Protocolo Clínico 
Passo a passa de PREPARO 
1. Anestesia de dente a ser preparado 
2. Seleção da coroo 
3. Remoção do tecido cariado ("pulpotomia”) 
4. Reduzir a superfície oclusal de 1 mm a 1,5 
5. Verifica-se agora, se existe espaço 
suficiente para a coroa na porção oclusal 
6. Desgastes proximais com broca 
troncocônica (Os desgastes devem ser 
feitos em direção à margem livre da 
gengiva, até a região cervical do dente) 
Passo a passo da CIMENTAÇÃO 
1. Como primeiro passo antes da cimentação o 
dente preparado e a coroa devem ser lavados e 
desengordurados, podendo-se usar os 
detergentes para essa finalidade. Caso o dente 
apresente vitalidade, essa etapa deve ser feita 
com cuidado para não provocar mais uma 
agressão 
2. Isolamento relativo 
3.cimento de ionômero de vidro é atualmente o 
que mais qualidade apresenta como agente 
cimentantes, por ser resistente, liberar flúor e 
apresentar baixos índices de micro infiltração. 
MOLDAGEM 
• Posição correta do paciente na cadeira; 
• Náusea; 
• Seleção da moldeira; 
Restaurações indiretas Onlay, Inlay e overlay 
• Alternativa a restaurações metálicas em 
dentes amplamente destruídos. 
• Estudo clinico e radiográfico 
Inlay: restauração é estritamente 
intracoronaria, sem envolvimento de cúspide; 
Onlay: quando a restauração o envolvimento 
parcial das cúspides; 
Overlay: quando envolve e recobre todas as 
cúspides; 
Vantagem 
 Melhor adaptação marginal; 
 Melhor contato proximal; 
 Estética; 
 Proteção do remanescente; 
 Biocompatibilidade; 
 Baixo custo 
 Menor acumulo de placa e saúde 
periodontal 
Obs: Pacientes com alto índice de carie, higiene 
bucal ineficiente, dieta cariogênica 
contraindicam a técnica. 
Coroa em dentes anteriores 
• Pinos intrarradiculares 
• Destruição dos dentes anteriores 
• Analise das raízes remanescentes 
• “Grau de rizólise, condição do ápice, 
presença de lesão, primeiro o 
tratamento endodôntico e depois o pino. 
DO QUE SÃO FEITOS OS PINOS? 
• Latão de fio ortodôntico 0.7, pinos 
rosqueáveis, pinos fundidos em níquel 
cromo, pinos de fibra de vidro. 
• Respeitar proporção pino-coroa 
Obs. Sobre o pino metálico aplica-se um 
opacificador para não aparecer por 
transparência 
Coroas de aço com facetas de acrílico 
Coroas de acetato 
Prótese fixa funcional 
• Tubo-barra 
• Ausência de remanescente dental 
• Moldagem dos arcos, registro de oclusão 
Obs: A força mastigatória aumentada pode 
provocar reabsorção mais rápida da raiz do 
dente suporte. 
Prótese removível 
• Atua como mantenedor de espaço 
• Restaura a oclusão funcional e a estética 
Indicações 
• Perda de dentes decíduos 
• Perda de dentes permanentes ou 
oligodontia 
• Quando não houver pré-molares e 
incisivos laterais 
Obs: Avaliar na radiografia – permanentes 
erupcionando após 06 meses antes do estagio 7 
-8 de Nolla) 
Requisitos 
• Manter espaço para erupção dos 
permanentes; 
• Impedir extrusão do antagonista; 
• Pouco volume de acrílico - fonação; 
• Não interferir no desenvolvimento; 
• Mastigação e fonação; 
• Fácil limpeza; 
Prótese total 
• É raro ter indicação 
• Crianças apresentam bom tônus 
muscular Melhor adaptação; 
• Pode ser feita uma overdenture ou 
prótese de recobrimento; 
• Retenção estabilidade e menos 
reabsorção ósseo, melhor distribuição 
de força mastigatória, guia de erupção 
para os permanentes. 
 
 
 
 
Tecido pulpar 
• Tecido conjuntivo frouxo indiferenciado 
• Ricamente vascularizado e inervado 
• Sensoriais, protetoras, indutoras, 
formativas e nutritivas. 
 
Etiologia das doenças pulpares 
• AGENTES QUÍMICOS: medicamentos 
incompatíveis com o tecido conjuntivo (fenol, 
timol, ácido fosfórico, monômero de acrílico) 
• AGENTES FÍSICOS: mudanças térmicas, de 
frio ou calor excessivo (preparos cavitários 
sem refrigeração adequada) 
• AGENTES MECÂNICOS: movimento 
ortodôntico brusco e restauração com 
contato prematuro 
• AGENTES MICROBIANOS: São 
responsáveis pela maioria das afecções 
pulpares, de início limitada à dentina, 
estende-se à polpa e a região periapical 
− Avanço não controlado dos micro-
organismos: 
✓ Estabelecimento da infecção no 
sistema de canais radiculares – 
Necrose Pulpar 
Cárie Dentária 
Conceitos atuais 
Doença mediada por biofilme dental ocasionada 
pela ingestão de carboidratos fermentáveis 
com potencial cariogênico, de caráter 
multifatorial, não transmissível e de natureza 
dinâmica, que promove a perda de minerais dos 
tecidos dentais 
− Pode ser determinada por fatores 
biológicos, comportamentais, psicossociais e 
ambiental 
(Pitts et al., 2019; Machiulskiene et al., 2020; 
Da Silva, 202) 
• A cárie dental é uma doença que pode ser 
facilmente controlada pela disciplina do 
consumo de açúcar e do uso diário de 
fluoreto• Cárie dental é uma doença biofilme-açúcar 
dependente, sendo o biofilme o fator 
necessário e o açúcar o fator determinante( 
Fejerskov, 2004) 
Avaliação de risco e atividade de Cárie: 
Individualização das condutas 
• História familiar de cárie dental 
• Frequência do consumo de carboidratos 
• Frequência e horário de amamentação 
• Higiene Bucal 
• Alterações anatômica dentais 
• Uso do flúor 
• Alterações sistêmicas 
• Condições socioeconômicas 
Tratamento endodôntico em crianças 
Contribuir para a saúde bucal de crianças por 
meio da manutenção e integridade da dentição 
e dos tecidos de suporte. Está direcionada ao 
tratamento de dentes acometidos por cárie ou 
trauma, com o intuito de conservar a vitalidade 
pulpar. 
Diagnóstico das alterações pulpares e 
periapicais 
Análise da condição de saúde da polpa dentária e da região periapical para indicação do tratamento 
adequado. 
✓ Motivo da procura pelo tratamento Odontológico 
✓ Anamnese 
✓ Exame clínico 
✓ Imaginológicos 
Anamnese 
Primeiros passos de qualquer tratamento odontológico: 
✓ Dados pessoais do paciente 
✓ História Médica 
✓ História Odontológica 
✓ História familiar 
✓ História da dor e uso de medicamento 
✓ Diferenciar dor provocada ou espontânea 
✓ Assinatura do TCLE 
 
• NÃO – Já sentiu dor antes e hoje não sente mais? 
SENTE DOR? 
• SIM – Des quando dente dor? 
• Consegue identificar o dente que dói? 
• A dor é fraca ou forte? 
• A dor é localizada oi irradia? 
• O que inicia e agrava a dor? Alimentos ou líquidos quentes, frios, doces, 
mastigação ou escovação? 
• A dor passa rápido ou demora (continua ou intermitente)? 
• Dói mais a noite ou durante o dia? 
• Algo alivia a dor? 
• Faz uso de algum medicamento? A dor cessou com medicamento usado? 
 
 
 
Dor compativel com o 
estimulo e cessa após 
a remoção do 
estimulo 
(Polpa Normal)
Dor aguda, localizada 
e que cessa após a 
remoção do estímulo
(Pulpite reversível) 
Irradiantes e 
persistente, não cessa 
após a remoção do 
estimulo 
(Pulpite Irreversível)
Exacerba quando se 
deita e não cessa com 
medicamentos 
(Pulpite Irreversivel)
Particularidades dos dentes decíduos 
• As lesões de cárie nesses dentes progridem com rapidez em direção ao tecido pulpar, 
principalmente pela menor espessura de esmalte e dentina e maior proeminência dos cornos 
pulpares 
• Depois de atingir a polpa coronária, a infecção pode progredir mais rapidamente para a região 
óssea, em virtude da presença das porosidades estruturais na área de furca (peneira biológica) 
• A necrose pulpar de dentes decíduos desencadeia rapidamente a infecção extrarradicular 
• A microbiota predominante na infecção endodôntica de dentes decíduos é semelhante àquela 
observada em dentes permanentes. 
• Tecido ósseo que circunda o dente decíduo é poroso, facilitando a disseminação da infecção, que 
pode atingir o germe do dente permanente sucessor, levando à ocorrência de fístulas e 
abscessos que, algumas vezes, não apresentam sintomatologia dolorosa. 
 
Exame Clínico 
Fundamentais para o diagnóstico pulpar 
 Obtenção de sinais clínicos extrabucal e intrabucal: 
• Inspeção 
• Palpação 
• Auscultação 
• Olfação 
• Percussão 
• Teste de sensibilidade 
• Teste elétrico 
• Fluxometria por Laser 
OBS: Método de percussão e os testes de sensibilidade pulpar devem ser realizados com cautela, pela 
possibilidade de resultados inconsistentes e de provocar dor, fato que pode interferir negativamente 
no comportamento da criança. 
Exame clínico INTRABUCAL 
Ao exame clínico, deve-se observar os sinais existentes, como a coloração e estrutura do tecido 
gengival, presença de edema, pólipo pulpar, alveólise, abscesso ou fístula e aspectos gerais do dente 
(morfologia, anomalias de cor, extensão da lesão de cárie, fraturas e mobilidade) 
(A) Representação esquemática 
da invasão microbiana na região 
de furca (peneira biológica) que, 
comumente, ocorre nos dentes 
decíduos. (B) Aspecto 
radiográfico de dente decíduo 
com lesão na região de furca, 
associada à presença de lesão 
periapical. 
Destruição coronária e presença 
de fístula 
Alveólise: 
Exposição da raiz dentária na cavidade 
oral, em função da reabsorção da 
tábua óssea alveolar, comumente 
relacionada ao traumatismo dentário 
e/ou cárie dentária 
Exame clínico EXTRABUCAL 
 
EXAME RADIOGRAFICO 
• Radiografia Convencional 
• Radiografia Convencional Digitalizada 
• Radiografia Digital 
• Tomografia Computadorizada 
• Ultrassonografia 
• Ressonância Magnética 
Interproximal (Aleta de Mordida ou BITE-WING) 
✓ Técnica indicada para a visualização da região coronária e interproximais dos dentes; 
− Polpa coronária; 
− região de furca; 
− Contorno de restaurações. 
✓ Indicação: Avaliação de lesões cariosas interproximais e oclusais 
 
 
Periapical 
Indicação: 
− Grau de rizólise dos dentes decíduos, 
− estágio de formação dos dentes permanentes, 
− anomalias dentarias, 
− alterações na integridade da lâmina dura, 
− rarefação ósseas periapicais, 
− reabsorção radiculares e fraturas radiculares 
 
Anatomia complexa do sistema de canais radiculares 
 
✓ Extensão e profundidade da 
lesão de cárie 
✓ Integridade da lâmina dura 
Envolvimento da furca e cripta 
óssea do dente sucessor 
✓ Condições anatômicas para 
tratamento restaurador 
ANATOMIA INTERNA DOS DENTES 
PERMANENTES/DECÍDUOS 
 
Alta incidência de istmo, canais 
acessórios e delta apical em primeiros 
molares. 
 
 
Tratamento endodôntico 
Dentes decíduos e permanentes jovens 
Conservador: 
• Proteção pulpar indireta 
• Proteção pulpar direta 
• Pulpotomia 
Medidas terapêuticas empregadas para 
manutenção e preservação da vitalidade do 
tecido pulpar. 
Neoformação de tecido mineralizado por 
intermédio de um material biológico 
Proteção Pulpar 
O que eu tenho que saber antes de realizar a 
proteção pulpar? 
✓ Diagnóstico das condições pulpares 
✓ Tipo de reação do complexo dentinho-
pulpar aos agentes agressores 
✓ Diferenças morfológicas entre dente 
decíduo e permanentes 
 
 
 
 
 
 
 
PROTEÇÃO PULPAR INDIRETA 
• Procedimento clínico que envolve a 
aplicação de materiais odontológicos na 
dentina, com finalidade de preservar a 
vitalidade pulpar 
• Permite reorganização do tecido pulpar 
inflamado 
• Induz a deposição de dentina terciária 
• Dificulta a infiltração microbiana 
marginal 
Indicação: Dentes com lesão de cárie, fraturas 
coronárias não complicadas, com ausência de 
sinais e sintomas de degeneração pulpar. 
 
Materiais de escolha: 
Hidróxido de Cálcio 
• Material mais utilizado para 
procedimentos de proteção dentino-
pulpar 
• Formação de tecido mineralizado 
• Liberação de íons de cálcio ( Ca 2+ ) 
• Ação antimicrobiana (pH altamente 
alcalino) 
• Não devem ser aplicados nas margens 
das cavidades 
Agregado de trióxido mineral (MTA) 
Silicato de Cálcio (Biodentine) 
✓ Bioatividade: formação de 
hidroxiapatita em sua superfície 
✓ Indução de mineralização ou reparo 
✓ Alta capacidade seladora 
MTA 
• Bioatividade 
• Propriedades antimicrobianas 
• Induz a formação de tecido 
mineralizado 
• Selamento (reduz infiltrados 
bacterianos) 
• Adaptação marginal 
• Biocompatibilidade 
SILICATO DE CÁLCIO (BIODENTINE) 
• Compatibilidade tecidual 
• Substituto permanente da dentina 
• Aplicação em uma única sessão 
• Selamento marginal eficaz 
• Melhor preenchimento volumétrico de 
cavidades 
• Menor radiopacidade em relação ao 
MTA 
MTA e Biodentine ofereceram mais vantagens 
sobre o Hidróxido de Cálcio 
 
 
 
 
 
 
 
Traumatismo Dentário 
Fratura coronária sem envolvimento pulpar 
• Perda de estrutura do esmalte e dentina 
Ausência de dor ou desconforto 
• Sem mobilidade/ Lesão periodontal 
associada 
• Achados radiográficos: perda de esmalte e 
dentina visível 
• Tratamento: restauração em resina 
composta,colagem de fragmento proteção 
pulpar indireta 
• Proservação: controle clínico e radiográfico 
6 a 8 semana após o trauma 
• Prognóstico: favorável 
 
PROTEÇÃO PULPAR DIRETA (PPD) 
• Indicado para casos nos quais a polpa se 
apresenta vital ou com características 
de normalidade. 
• 0 sangramento deve ser controlado por 
meio de irrigação com solução fisiológica 
Indicação: Exposição pulpar acidental, sem 
contaminação decorrente de lesão de cárie, ou 
fratura coronária com exposição pulpar, 
decorrente de traumatismo dentário. O tempo 
decorrido entre a exposição e o atendimento 
odontológico não tenha ultrapassado o período 
de 24 horas. 
• Estimular as células da polpa dentária para 
formação de tecido mineralizado, fornecer 
selamento biológico, impedir a contaminação 
bacteriana do tecido pulpar 
• Sucesso que varia de 53 a 100% dos casos 
Materiais de escolha: 
• Hidróxido de cálcio ou MTA 
Técnica da proteção pulpar direta – passo a 
passo 
1. Anestesia com lidocaína ou mepivacaína 
(ambas com vasoconstritor). 
2. Isolamento absoluto do campo operatório. 
3. Antissepsia do campo operatório com 
solução de gluconato de clorexidina a 1 a 
2%. 
4. Irrigação abundante do local exposto com 
soro fisiológico. 
5. Hemostasia com mechas de papel 
absorventes ou mechas de algodão 
esterilizadas. 
6. Aplicação do material protetor 
6.1 Técnica com hidróxido de cálcio: 
a. Manipular uma pasta com hidróxido de 
cálcio p.a. (de boa procedência) e água 
destilada ou soro fisiológico (Figura 4A). 
Essa pasta deve ter consistência 
espessa para facilitar o uso clínico 
(Figura 4B). 
b. Aplicar a pasta sobre a área da 
exposição pulpar. 
c. Aplicar uma camada de cimento de 
hidróxido de cálcio sobre a pasta. 
d. Aplicar uma camada de cimento à base 
de ionômero de vidro. 
e. Realizar a restauração definitiva. 
 
 
Traumatismo Dentário 
Fratura Coronária com envolvimento Pulpar 
• Perda de esmalte e dentina com 
envolvimento pulpar 
• Sensibilidade a estímulos 
• Lesão periodontal associada 
• Achados radiográficos: perda dos tecidos 
mineralizados e exposição pulpar visível 
• Tratamento: proteção pulpar 
direta/pulpotomia/ tratamento endodôntico 
radical/Tratamento restaurador ou colagem 
de fragmento 
• Proservação: controle clínico e radiográfico 
6 a 8 semana após o trauma e 1 ano 
• Prognóstico: favorável. 
Protocolo clínico 
• Organização da mesa clínica 
• Anestesia tópica e local 
• Isolamento Absoluto 
• Antissepsia do campo operatório 
• Lavagem da cavidade com soro 
fisiológico 
• Hemostasia 
• Secagem da cavidade (algodão 
esterilizado) 
• Recobrimento do tecido pulpar 
• Hidróxido de cálcio/MTA ou Biodentine 
• Restauração com Ionômero de Vidro 
• Restauração com resina composta ou 
colagem do fragmento 
• Proservação (3 anos) 
PULPOTOMIA 
Remoção do tecido pulpar coronário, seguida de 
proteção e preservação do tecido radicular 
remanescentes, por meio da colocação de um 
material protetor que preserve sua vitalidade e 
integridade, além de estimular a deposição de 
tecido mineralizado. 
Preservar a vitalidade pulpar de dentes 
decíduos e permanentes jovens 
✓ Levar em consideração a condição 
patológica pulpar 
✓ Ausência de sinais e sintomas clínicos 
(dor espontânea e fístula), ausência de 
imagens radiolúcida e reabsorção óssea 
e dentária 
Materiais de escolha: 
✓ Hidróxido de Cálcio PA e pasta 
✓ MTA 
 
Passo a Passo Clínico – Pulpotomia 
1. Organização da mesa clínica 
2. Radiografia para diagnóstico 
3. Assepsia da cavidade bucal (Clorexidina 
0,12%) 
4. Anestesia tópica e local 
5. Isolamento Absoluto e antissepsia do 
campo (Clorexidina a 2%) 
6. Remoção do tecido cariado + acesso 
coronário 
7. Desgaste compensatório 
8. Remoção da polpa coronária 
9. Irrigação com solução fisiológica 
10. Secagem com mechas de algodão 
esterilizada ou papel absorvente 
11. Aplicação de material Protetor 
12. Restauração definitiva 
13. Controle pós-operatório (clínico e 
radiográfico) 
Técnica com hidróxido de cálcio: 
 
Técnica da pulpotomia com MTA: 
 
Considerações finais 
O diagnóstico das alterações pulpares e 
periapicais tem como principal objetivo a análise 
da condição de saúde da polpa e da região 
periapical para indicação do tratamento 
adequado. O tratamento endodôntico de dentes 
decíduos é necessário para que não haja prejuízo 
à erupção normal dos dentes permanentes 
sucessores, além da preservação do dente na 
cavidade bucal 
 
Tratamento endodôntico em crianças 
Contribuir para a saúde bucal de crianças por 
meio da manutenção e integridade da dentição 
e dos tecidos de suporte. 
Esta direcionada ao tratamento de dentes 
acometidos por cárie ou trauma, com o intuito 
de conservar a vitalidade pulpar. 
Diagnostico das alterações pulpares e 
periapicais 
Analise da condição de saúde da polpa dentaria 
e da região periapical para indicação do 
tratamento adequado. 
• Motivo da procura pelo tratamento 
• Anamnese 
• Exame clinico 
• Imaginológico 
Irrigantes 
• São produtos químicos utilizados para 
irrigação intracanal durante o preparo 
químico mecânico 
• Funções: 
✓ Reduzir microrganismos 
intrarradiculares 
✓ Redução do atrito entre o instrumental 
e a dentina 
✓ Retirar dissolução do tecido celular vital 
ou necrótico 
✓ Difusão em áreas onde a instrumentação 
radicular não tem acesso 
✓ Lubrificar as paredes do canal e 
remover partículas de dentina. 
Características do irrigantes 
• Amplo espectro antimicrobiano 
• Alta eficácia contra microrganismos 
patogênicos organizados em biofilmes 
• Capacidade de dissolver restos 
necróticos e dendritos orgânicos de 
tecido pulpar 
• Capacidade de inativar a endotoxina 
bacteriana 
• Capacidade de dissolver a smear layer 
• Desinfecção e limpeza de áreas 
inacessíveis a instrumentação 
• Não ser toxico aos tecidos periodontais 
e não causar alergias. 
Hipoclorito de Sódio 
• Antisséptico hospitalar 
• 1º Guerra Mundial: tratamento de feridas 
• 1919: na endodontia 
• Excelente agente antimicrobiano 
• Capacidade de dissolução de tecidos 
pulpares necrosados 
• Remoção dos componentes orgânicos de 
dentina e biofime bacteriano 
• Concentrações 0,5%, 1%, 1,25%, 2,5%, 5%, 
5,25%, e 10% 
Clorexidina 
• Caracteristicas favoráveis 
• Antimicrobiano de amplo espectro 
• Ativo contra micro-organismos Gram-
positivas e Gram- negativas 
• Leveduras 
• Concentração 0,12%, 0,2% e 2% Solução em 
gel 
Hipoclorito de sódio x clorexidina 
Vantagens Vantagens 
Baixo custo 
Rápida atuação 
Lubrificante 
Ação antimicrobiana 
(bactérias, fungos e 
vírus) 
Não toxico* 
Solvente de matéria 
orgânica 
Amplo espectro de 
ação antimicrobiano 
Substantividade 
Baixa toxicidade 
Alternativa para 
alérgicos á 
hipoclorito de sódio 
Desvantagens Desvantagens 
Instável no 
armazenamento 
Inativado por 
matéria orgânica 
Corrosivo 
Irritante para pele e 
mucosa 
Forte odor 
Mancha tecidos 
Tóxico em dentes 
vital 
Incapacidade de 
dissolver matéria 
orgânica 
Bacteriostáticos em 
baixa concentração. 
Após o término da instrumentação 
 Remoção da smear layer 
Smear Layer: é uma fina película (1 -2mm), 
produzida durante o preparo químico mecânico, 
composta por partículas de dentina, 
remanescentes de tecido pulpar vital ou 
necrótico, componentes bacterianos, e restos 
de irrigantes retidos. 
 Realizar agitação por 3 min com EDTA 
Tratamento endodôntico radical 
BIOPULPECTOMIA (Remoção da polpa 
coronária e radicular) 
Dentes decíduos e permanentes com vitalidade 
pulpar 
 Presença de tecido vivo no sistema de 
canais radiculares. 
 Coto pulpar com vitalidade. 
 Ausência de micro-organismos no sistema 
de canais radiculares. 
Bactérias gram-positivo na entrada da luz do 
canal 
 
 Concentração do irrigante: hipoclorito 
de sódioa 1%. 
 Obturação: 1,5 a 2mm aquém do ápice 
Aspectos clínicos e radiográficos 
• Polpa radicular irreversivelmente alterada, 
como a presença de hemorragia intensa, 
sangramento com coloração alterada e 
tecido pulpar liquefeito (sem consistência). 
 
• Ausência de rarefação óssea 
• Integridade da lâmina dura 
Indicações para Biopulpectomia 
• Pulpite irreversível (a polpa radicular 
apresenta-se inflamada e com hemorragia 
não controlada) 
• Pulpite crônica hiperplásica (pólipo pulpar) 
• Reabsorções internas 
• Exposições pulpares depois de 
traumatismos dentais ocorridos após 24 
horas. 
Contraindicações 
• Especificamente em dentes decíduos: 
→ Dente permanente sucessor com mais 
de dois terços da raiz formada ou 
dente decíduo com rizólise avançada 
→ Extensa destruição coronária, que 
impossibilite a posterior restauração 
adequada. 
→ Reabsorção interna em grau avançado, 
com presença de perfuração, sem 
possibilidade de tratamento da 
perfuração. 
→ Reabsorção extensa na região de 
furca, com presença de perfuração. 
→ Presença de alveólise. 
 
Tecnica de tratamento endodôntico radical com 
dentes com vitalidade pulpar 
1. Organização da mesa clinica 
2. Radiografia para diagnóstico 
3. Determinação do comprimento aparente do 
dente (CAD) e comprimento de trabalho 
provisório (CPT) (CPT-CAD-3mm) do ápice 
radiográfico ou do bisel de rizólise 
4. Antissepsia da cavidade bucal (Digluconato 
de clorexidina 0,12%) 
5. Anestesia tópica e local 
6. Isolamento Absoluto e antissepsia do campo 
operatório (Digluconato de Clorexidina 2%) 
7. Remoção do tecido cariado (Figura 6) com 
auxílio de curetas (Figura 6B) e brocas 
esféricas (Figura 6C) em baixa rotação.1,5 
8. Abertura coronária, obtida por meio da 
remoção do teto da câmara pulpar e 
posterior desgaste compensatório em alta 
rotação 
9. Remoção da polpa coronária com auxílio de 
cureta afiadas. 
10. Irrigação da câmara pulpar com hipoclorito 
de sódio a 1%. 
11. Exploração do canal radicular, com auxílio 
de uma lima K de calibre compatível com o 
canal radicular, no comprimento de trabalho 
provisório 
12. Remoção da polpa radicular (curetas) 
13. Irrigação da câmara pulpar 
14. Exploração dos canais radiculares 
15. Odontometria (definir o tamanho real do 
dente) 
16. Instrumentação (manual ou mecanizada) 
17. Obturação (ultracal) 
18. Restauração final 
 
Tratamento endodôntico em dentes decíduos e 
permanentes com necrose pulpar e sem lesão 
periapical 
NECROPULPECTOMIA I 
Indicação 
• Dentes com necrose pulpar, sem alteração 
da lâmina dura e sem rarefação óssea 
A técnica de tratamento endodôntico é 
semelhante à Biopulpectomia diferindo apenas a 
necessidade de neutralização do conteúdo 
séptico tóxico dos canais radiculares. 
Bactérias gram-positivas + gram negativas 
 
• Concentração do irrigante: NaOCL a 1% 
(solução de Milton) 
• Obturação: 1,5 a 2mm aquém do ápice. 
Contraindicação: 
• Dente permanente sucessor com estágio de 
Nolla a partir de 8 (com mais de dois terços 
da raiz formada) 
• Extensa destruição coronária dos dentes 
deciduos, impossibilitando a realização de 
restauração adequada posteriormente 
• Reabsorção interna em grau avançado, com 
presença de perfuração 
• Reabsorção externa na região de furca 
• Presença de alveolise 
Neutralização do conteúdo séptico tóxico dos 
canais radiculares. 
• Consiste na limpeza gradual do canal 
radicular no sentido coroa-ápice, a fim de 
evitar a extrusão do conteúdo necrótico 
para a região periapical. 1º lima tipo K 
(calibre compatível) com o terço cervical e, 
progressivamente com limas de calibre 
menores (3mm aquém do ápice radiográfico 
ou do 1 lima tipo K bisel de rizólise) 
Tratamento endodôntico em dentes decíduos e 
permanentes com necrose pulpar e lesão 
periapical crônica visível radiograficamente 
NECROPULPECTOMIA II 
• Solução irrigante: NaOCL a 2,5% (solução 
de Labarraque) 
• Medicação: ultracal. Intervalo de 14 a 30 
dias. 
• Obturação: 1mm aquém do ápice 
 
 
• Remoção dos micro-organismos 
responsáveis pela infecção do sistema de 
canais radiculares. 
• Lesão periapical: resposta imuno-
inflamatória localizada, resultante da 
progressão dos micro-organismos no 
sistema de canais radiculares em direção a 
região periapical. 
PARTICULARIDADES DOS DENTES 
DECÍDUOS 
• Em lesões de carie não controlada, o 
processo infeccioso pode progredir mais 
rapidamente para região óssea, em virtude 
da presença de porosidade estruturais na 
área de furca 
• A necrose pulpar de dentes decíduos 
desencadeia rapidamente a infecção 
extrarradicular 
A escolha de um medicamento entre sessões 
não deve ter somente como objetivo a morte 
bacteriana, mas sim a morte bacteriana 
associada a redução ou Inativação do LPS. 
Obturação dos canais radiculares 
Que material usar? 
Dado a complexidade do sistema de canais 
radiculares de dentes decíduos a redução ou 
eliminação dos microrganismos depende: 
✓ Preparo químico mecânico 
✓ Material obturador 
✓ Propriedades antimicrobianas 
Não se pode utilizar cones de guta-percha e 
cimento obturador! 
Características ideais de uma pasta obturadora 
✓ Ser reabsorvido em sincronia com a 
reabsorção fisiológica das raízes 
✓ Ser facilmente inserido 
✓ Ser biocompatvel 
✓ Ser bactericida 
✓ Promover selamento hermético do 
sistema de canais radiculares 
✓ Ser radiopaco 
Pasta de Óxido de Zinco e Eugenol 
Vantagens: 
• Facilmente introduzido nos canais 
radiculares sem perder plasticidade 
• Potencial de promover neoformação 
óssea 
Desvantagens: 
• Taxa de reabsorção mais lenta que a 
porção radicular dos dentes decíduos 
• Possibilidade de alterar o caminho de 
erupção do dente sucessor permanente 
• Caso extravasada na região periapical, 
pode causar irritação, necrose de osso e 
de cemento. 
Iodofórmio 
✓ Antisséptico e antimicrobiano 
✓ Reabsorvível quando extravasado na 
região periapical 
✓ Estimula a reparação e neoformação 
óssea 
✓ Potencial antimicrobiano e anti-
inflamatório 
✓ Manchamento do dente 
Ex. pasta Guedes-pinto 
Iodofórmio, paranoclorofenicol canforado, 
pomada dermatológica á base de acetato de 
prednisona e rifamicina. 
Hidróxido de Cálcio 
✓ Potencial antimicrobiano (ph alcalino) 
✓ Boa tolerância tecidual 
✓ Formação de tecido mineralizado 
✓ Potencial de reparação ósseo 
✓ Ausência de efeitos toxico ao dente 
permanentes sucessor 
✓ Efeito sobre a endotoxina bacteriana 
(LPS-lipopolissacarídeos- bactérias 
gram-negativas no sistema de canais 
radiculares) 
As propriedades do hidróxido de cálcio podem 
ser melhoradas pela adição de óxido de zinco á 
sua composição 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lesões traumáticas 
• 11 a 30% (dentes decíduos) 
• 2,5 a 50% (dentes permanentes) 
• Traumas orofaciais estão intimamente 
ligados a prática esportiva 
Fatores de risco: 
→ Lesões de cárie 
→ Overjet > 3mm 
→ Proteção labial 
→ Obesidade 
Fatores etiológicos 
→ Quedas 
→ Acidentes automobilísticos 
→ Acidentes nos esportes 
→ Violência 
Protocolo para atendimento de crianças com 
dentes decíduos traumatizados 
✓ Comunicação com os pais 
✓ Idade da criança/separação dos pais 
✓ Dizer, mostrar, fazer 
✓ Consultas curtas 
✓ Distração 
✓ Reforço positivo 
✓ Contenção/termo de consentimento 
Após disso fazer a anamnese detalhada 
✓ Identificação 
✓ História medica 
✓ História do traumatismo 
✓ Limpeza das áreas lesadas 
✓ Exame extra e intrabucal 
✓ Exame dos dentes e estruturas ósseas 
✓ Exames complementares 
✓ Controle da dor 
✓ Suturas das mucosas 
 Lesões traumáticas dentoalveolares nunca são 
agradáveis (tanto para o paciente quanto para o 
profissional); 
Independentemente do estresse envolvido, o 
cirurgião-dentistadeve acalmar o paciente e o 
responsável. 
História e exame clínico 
História do acidente 
• Quando, como e onde ocorreu o acidente 
e quais condutas já foram instituídas? 
• Necessidade de profilaxia antibiótica?? 
Exame clínico geral: 
Queixa principal 
Dor e sangramento – o paciente pode relatar 
uma queixa principal capaz de auxiliar no 
diagnóstico. 
Queixa principal Possibilidade de 
diagnóstico: 
Dificuldade para o 
encaixa dos dentes 
Deslocamento ou 
fratura óssea 
 
Dor durante a 
oclusão 
 
Presença de fraturas 
coronárias, 
radiculares ou 
ósseas, além de 
deslocamentos 
Dor durante a 
movimentação 
mandibular 
Fratura mandibular 
ou condilar 
Desvio durante a 
movimentação 
mandibular 
Fratura mandibular 
ou condilar unilateral 
 
Análise neurológica 
Capacidade de comunicação e movimentação da 
cabeça 
→ Parestesia de lábios e língua 
→ Zumbido no ouvido 
→ Presença de cefaleia, vômito e tontura. 
Mucosa labial – protege a dentição 
Traumatismos ao lábio, a gengiva e a mucosa 
oral se não forem reparadas de maneira 
adequada, podem evoluir para importantes 
sequelas estéticas e funcionais para o paciente. 
Consequências 
✓ Abrasão 
✓ Laceração 
✓ Contusão ou perda de tecido. 
Abrasões 
Escoriação ou remoção circunscrita de uma 
camada superficial da pele ou mucosa (neste 
caso denominado ulceração), provocada por 
grande atrição tecidual. 
Qual a conduta clínica? 
✓ Eliminar fragmentos/corpos estranhos 
✓ Lavar o local com clorexidina a 0,12% ou 
soro fisiológico. 
✓ Sabonete antisséptico 
✓ Caso seja necessário receitar 
paracetamol 750mg de 6/6horas por 
24horas 
 
Lacerações 
• Ferimentos com margens irregulares e 
com mais de um ângulo. O mecanismo da 
lesão é por tração. 
• Danos cortantes ou perfurantes da 
estrutura epitelial, possuindo assim 
grandes extensões e profundidades. 
 
Conduta clínica: 
• Limpeza da região 
• Suturas 
• Laserterapia 
PROTOCOLO EMPREGADO PARA LACERAÇÃO 
DE ACORDO COM A IADT 
1. Higienização da região afetada com 
solução de Digluconato de clorexidina a 
0,12% 
2. Desbridamento, hemostasia e sutura – 
3. Acompanhamento clínico até remissão da 
lesão 
4. Orientação aos pais/cuidadores quanto à 
higienização da região afetada com 
sabonete antisséptico (extraoral) mais 
solução de digluconato de clorexidina a 
0,12% (intraoral), duas vezes ao dia por 
uma semana. 
Tipo de cicatrização 
✓ Primeira intenção 
Tipo de cicatrização que ocorre quando as 
bordas são apostas ou aproximadas, havendo 
perda mínima de tecido, ausência de infecção e 
mínimo edema. Não forma tecido de granulação. 
Fatores que interferem na cicatrização: 
Fatores locais 
• Vascularização das bordas da ferida – 
oxigênio e nutrientes 
• Tratamento das feridas – sepsia e 
antissepsia; cuidados pós operatórios 
• Grau de contaminação da ferida – limpeza 
mecânica; remoção de corpos estranhos e 
detritos 
Fatores gerais 
→ Infecção 
→ Sistema imunológico 
→ Idade 
→ Oxigenação e perfusão aos tecidos 
→ Diabetes 
→ Medicamentos (quimioterápicos, 
corticoides e anticoagulantes) 
 
Contusões 
• Traumas que levam ao edema e hemorragia 
subcutânea da região afetada 
• Higienização do local e compressas quentes 
na região edemaciada 
• Administração de anti-inflamatórios e 
analgésicos 
✓ Ibuprofeno de 200mg, de 6 em 6 horas. 
Dipirona 500mg a 19(20-40gotas) a cada 
4h por 24h. 
 
Antibióticos 
Preventivos para traumas de tecidos moles: 
Quando utilizar, qual prescrever, como utilizar? 
• Quando a ferida está muito contaminada e 
o desbridamento completo não é possível 
• Quando o desbridamento foi tardio (24h 
após) 
• Lesões penetrantes nos lábios 
• Pacientes com comprometimento sistêmico 
• Ferimentos por mordedura humana ou 
animal 
Qual prescrever? 
o Amoxicilina (criança) 20mg/kg – 8 em 
8horas 
Paciente alérgico 
o Claritromicina (criança) – 7,5mg/kg – 
12 em 12horas 
Como utilizar? 
• Iniciar a posologia nas 3 primeiras horas 
• 1º dose (dose de ataque), antes do 
procedimento cirúrgico e ao longo de 
24h (doses de manutenção). 
Trinca de esmalte 
Achados clínicos: 
• Ausência de sensibilidade, mobilidade 
normal, teste pulpar normalmente 
positivo. 
 
 
Achados radiográficos: 
• Sem anormalidades radiográficas. 
Tratamento 
• Acompanhamento clinico e radiográfico 
• Acompanhamento 1 semana, 3/3 meses 
6/6 meses, 1 ano, exfoliação) 
Fratura de esmalte 
Achados clínicos: 
• Perda de esmalte 
• Sem sinais visíveis de dentina exposta 
• Se apresentar sensibilidade, avaliar 
quanto à possível ocorrência de lesão de 
luxação ou fratura radicular 
• Mobilidade normal 
• Teste de sensibilidade pulpar 
normalmente positivo 
 
Achados radiográficos: 
• Perda visível de esmalte 
• Localização de fragmentos dentários: 
Se o fragmento não foi encontrado e há 
lesões em tecido mole, radiografias do 
lábio e/ou da bochecha são indicadas 
para procurar fragmentos ou materiais 
estranhos. 
Tratamento: 
• Se o fragmento tiver presente: colagem 
do fragmento 
• Polimento das bordas cortantes. 
Acompanhamento: 
• Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: Após 6-8 semanas, Após 1 
ano 
Fratura de esmalte e dentina 
• Uma fratura envolvendo esmalte e 
dentina, sem exposição pulpar 
Achados clínicos 
• Mobilidade normal 
• Teste de sensibilidade pulpar 
normalmente positivo 
• Ausência de sensibilidade à percussão e 
à palpação 
• Se apresentar sensibilidade, avaliar 
quanto a possível ocorrência de lesão de 
luxação ou fratura radicular 
 
Achados radiográficos: 
• Perda visível de esmalte e dentina 
• Localização de fragmentos dentários: 
Se o fragmento não foi encontrado e há 
lesões em tecido mole, radiografias do 
lábio e/ou da bochecha são indicadas 
para procurar fragmentos ou materiais 
estranhos. 
Tratamento: 
• Colagem do fragmento: fragmento 
precisa ser reidratado em água ou soro 
por 20 minutos antes de ser recolocado 
• Restauração com ionômero de vidro e 
resina composta. 
Acompanhamento: 
• Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: Após 6-8 semanas; após 1 
ano. 
Fratura de esmalte e dentina com exposição 
pulpar 
Achados clínicos: 
• Mobilidade normal 
• Ausência de sensibilidade à percussão e 
palpação 
• Se apresentar sensibilidade, avaliar 
quanto à possível ocorrência de lesão de 
luxação ou fratura radicular 
• Polpa exposta sensível à estímulos (ex: 
ar, gelado, doce) 
 
Achados radiográficos: 
• Perda visível de esmalte e dentina 
• Localização de fragmentos dentários: 
Se o fragmento não foi encontrado e há 
lesões em tecido mole, radiografias do 
lábio e/ou da bochecha são indicadas 
para procurar fragmentos ou materiais 
estranhos. 
Tratamento risogênese incompleta: 
1. Capeamento pulpar direto 
• Tempo de exposição: menos de 24horas, 
exposição pequena, hemostasia, 
contaminação, sinais de vitalidade, idade 
do paciente. 
2. Pulpotomia: 
• Tempo de exposição: mais de 24horas, 
pólipo pulpar, hemostasia, grandes 
exposições, sinais de vitalidade, idade 
do paciente. 
Tratamento risogênese completa: 
• Sinais clínicos e radiográficos de 
alteração pulpar (lesão periapical, 
edema, fistula) 
• Tratamento pulpar radical + tratamento 
restaurador 
• Exodontia: esfoliação 
• Controle e manutenção. 
Fratura coronorradicular sem exposição pulpar 
• Uma fratura envolvendo esmalte, 
dentina e cemento (Nota: fraturas 
corono-radiculares normalmente se 
estendem abaixo da margem gengival) 
Achados clínicos: 
• Teste de sensibilidade pulpar 
normalmente positivo 
• Sensibilidade à percussão 
• O fragmento (coronal, mesial ou distal) 
normalmente está presente e móvel 
• A extensão da fratura (sub ou supra 
alveolar) deve ser avaliada 
 
Achados radiograficos: 
• A extensão apical da fratura 
normalmentenão é visível 
• Localização de fragmentos dentários: -
Se o fragmento não foi encontrado e há 
lesões em tecido mole, radiografias do 
lábio e/ou da bochecha são indicadas 
para procurar fragmentos (radiografia 
periapical) 
• Pode ser utilizada uma tomográfica para 
melhor visualização do trajeto da 
fratura 
Tratamento: 
• Colagem do fragmento 
• Restauração com sina composta 
• Exodontia se a fratura envolver mais do 
que 2mm de cemento, e mantenedor de 
espaço (se necessário) 
Acompanhamento: 
Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: 
✓ Após 1 semana, após 6-8 semanas, após 
3 meses, após 6 meses 
✓ Após 1 ano, após isso, anualmente por 
pelo menos 5 
Fratura coronorradicular com exposição pulpar 
(Nota: fraturas corono-radiculares 
normalmente se estendem abaixo da margem 
gengival) 
Achados clínicos: 
• Teste de sensibilidade pulpar 
normalmente positivo 
• Sensibilidade à percussão 
• O fragmento (coronal, mesial ou distal) 
normalmente está presente e móvel 
• A extensão da fratura (sub ou supra 
alveolar) deve ser avaliada 
 
Achados radiográficos: 
• A extensão apical da fratura 
normalmente não é visível 
• Localização de fragmentos dentários: -
Se o fragmento não foi encontrado e há 
lesões em tecido mole, radiografias do 
lábio e/ou da bochecha são indicadas 
para procurar fragmentos (radiografia 
periapical) 
• Pode ser utilizada uma tomográfica para 
melhor visualização do trajeto da 
fratura 
Tratamento: 
• Observar: vitalidade pulpar, extensão da 
exposição, tempo decorrido, gravidade 
das lesões associadas ao periodonto (até 
2mm aquém da margem gengival) e idade 
do paciente 
• Pulpotomia (risogênese incompleta) ou 
tratamento endodôntico radical 
(risogênese completa) 
• Colagem de fragmento 
• Restauração com resina composta 
• Exodontia: se a fratura envolver mais 
que 2mm de cemento, e mantenedor de 
espaço (se necessário) 
Acompanhamento: 
Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: 
• Após 1 semana 
• Após 6-8 semanas 
• Após 3 meses 
• Após 6 meses 
• Após 1 ano 
• Após isso, anualmente por pelo menos 5 
anos 
Fratura radicular 
Uma fratura da raiz envolvendo dentina, polpa 
e cemento. A fratura pode ser horizontal, 
oblíqua, ou uma combinação de ambas. 
Achados clínicos: 
• O fragmento coronário pode apresentar 
mobilidade e estar deslocado. 
• O dente pode apresentar sensibilidade à 
percussão 
• Pode ser observado sangramento no 
sulco gengival 
• Inicialmente pode haver resposta 
negativa ao teste de sensibilidade 
pulpar, indicando dano pulpar transitório 
ou permanente. 
Fratura obliqua e longitudinal 
 
Fratura horizontal (transversal) 
 
Tratamento: 
Fratura Transversal 
• Terço apical: Observação e controle clinico 
e radiográfico 
• Terço médio: Condições a serem 
observadas: mobilidade, afastamento dos 
fragmentos (até 2mm) e tempo decorrido 
− Anestesia, reposicionamento e 
imobilização semirrigida (fio ortodôntico 
0,5 mm) por 15-21 dias e alívio oclusal 
(se necessário) 
− Exodontia e mantenedor de espaço (se 
necessário) 
• Terço cervical: Exodontia e mantenedor de 
espaço (se necessário) 
Fratura Oblíqua e Longitudinal 
• Exodontia e mantenedor de espaço (se 
necessário) 
 
Acompanhamento: 
Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: 
• Após 4 semanas, após 6-8 semanas, após 4 
meses S ++, após 6 meses, após 1 ano e após 
isso, anualmente por pelo menos 5 anos 
As fraturas da coroa e as luxações desses 
dentes são as que ocorrem mais comumente de 
todas as lesões dentárias. 
O diagnóstico adequado, o planejamento do 
tratamento e o acompanhamento são 
importantes para alcançar um resultado 
favorável 
Diagnóstico 
→ Higienização da região 
→ Desbridamento das lesões a fim de 
evitar contaminação 
→ Exame radiográfico 
→ Reposicionamento e sutura dos tecidos 
deslocados e dar sequência ao 
tratamento dos traumas dentoalveolares 
Exame radiográfico 
• Auxiliar no diagnóstico, auxiliar no controle, 
valor Legal 
RADIOGRAFIAS OCLUSAIS 
• Intrusão, deslocamentos dentários, 
fraturas apicais e coronárias, fraturas 
alveolares 
CRIANÇAS MAIORES: Feixe de 
radiação/ponta do nariz/ 
• Filme n°.2/angulação 55 a 65 graus, tempo 
de exposição -0,4seg. 
CRIANÇAS (ATÉ 3 ANOS) 
• Filme N° 2; 
• Incidência: base do nariz; 
• Angulação 40 a 45 graus; 
• Tempo de exposição: 0,4 seg 
Concussão 
Uma lesão aos tecidos de suporte, sem 
mobilidade anormal ou deslocamento do dente, 
mas com grande sensibilidade a percussão. 
Achados clínicos: 
• Mobilidade normal 
• O dente apresenta sensibilidade à 
percussão e ao toque 
• O dente provavelmente vai responder 
positivamente ao teste de sensibilidade 
 
Achados radiográficos: 
• Ausência de alterações radiográficas 
• Tratamento 
• Nenhum tratamento é necessário 
• Monitorar a vitalidade pulpar por pelo 
menos 1 ano, mas preferivelmente por 
mais tempo 
Acompanhamento: 
• Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: 
• Após 4 semanas 
• Após 1 ano 
Subluxação 
• Uma lesão aos tecidos de suporte, com 
mobilidade anormal, mas sem 
deslocamento do dente. 
Achados clínicos: 
 
• O dente apresenta sensibilidade ao 
toque ou batida leve 
• O dente apresenta mobilidade 
aumentada, mas não está deslocado 
• Pode ser observado sangramento no 
sulco gengival 
• Inicialmente pode haver resposta 
negativa ao teste de sensibilidade 
pulpar, indicando dano pulpar transitório 
ou permanente. 
Achados radiográficos: 
• A aparência radiográfica geralmente é 
normal 
Tratamento: 
• Mobilidade leve: Normalmente, nenhum 
tratamento é necessário. 
• Mobilidade moderada: Uma contenção 
flexível (fio ortodôntico 0,5mm) para 
estabilizar o elemento dentário pode ser 
indicada por até 2 semanas, mas 
somente se houver mobilidade excessiva 
ou sensibilidade ao morder 
• Monitorar a vitalidade pulpar por pelo 
menos 1 ano. 
Luxação lateral 
• Deslocamento do dente em qualquer 
direção lateral, normalmente associado a 
uma fratura ou compressão da parede 
do alvéolo ou osso cortical. 
• Observar: grau de rizólise (mais de 1/3 
de raíz remanescente), tempo decorrido 
até o atendimento, magnitude de 
deslocamento, ocorrência de fratura de 
parede alveolar e interferência oclusal. 
Achados clínicos: 
• O dente está deslocado, normalmente 
em uma direção palatina/lingual ou 
vestibular 
• Normalmente há uma fratura do osso 
alveolar associada 
• O dente normalmente não apresenta 
mobilidade, já que o ápice da raiz está 
“travado” na fratura óssea 
• Apresenta som metálico à percussão 
(anquilosado) 
• Provavelmente não responde aos testes 
de sensibilidade pulpar 
 
Achados radiográficos: 
• Aumento no espaço do ligamento 
periodontal, mais bem visualizado em 
radiografias com alteração na angulação 
horizontal ou exposições oclusais 
• Radiografia periapical paralela e oclusal. 
Tratamento: 
• Deslocamento leves ou moderados da 
coroa em direção palatina: aguardar o 
reposicionamento espontâneo ou 
anestesia, reposicionamento bidigital e 
imobilização semirrigido (fic ortodontico 
0.5 mm) por 15-21 dias (se houver 
interferência aclusal e em atendimento 
imediato); alivio oclusal (se necessário) 
• Trespasse da tabua óssea vestibular ou 
de grande deslocamento/mobilidade: 
exodontia e mantenedor de espaço (se 
necessário) 
• Identificação de lesões periapicais, 
reabsorções internas e externas 
durante as consultas de 
acompanhamento- necessidade de 
tratamento endodôntico radical ou 
exodontia 
Acompanhamento: 
Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: 
• Após 2 - 4 semanas, após 8 semanas, após 6 
meses, após 1 ano e após isso, anualmente 
por pelo menos 5 anos 
Luxação extrusiva 
Deslocamento do dente para fora do alvéolo em 
uma direção incisal/ axial. 
 
Achados clínicos: 
• Odente parece alongado 
• O dente apresenta mobilidade aumentada 
• Provavelmente não responde aos testes de 
sensibilidade pulpar 
Achados radiográficos: 
• Aumento no espaço do ligamento 
periodontal tanto apicalmente quanto 
lateralmente. 
• O dente não está encaixado no alvéolo e 
parece alongado incialmente 
• Radiografia: periapical paralela, 
radiografia com angulações diferentes; 
radiografia oclusal 
Tratamento: 
• Reposicionamento do dente, inserindo o 
mesmo delicadamente no alvéolo, sob 
anestesia local 
• Deslocamentos (até 2mm – atendimento 
imediato) Estabilizar o dente por 2 
semanas usando contenção flexível. Se 
houver colapso/ fratura do osso 
marginal, a contenção deve ser 
prolongada por mais 4 semanas. 
• Monitorar a condição pulpar (se houver 
necrose: tratamento endodôntico) 
• Exodontia e mantenedor de espaço 
Acompanhamento 
Avaliações clínicas e radiográficas são 
necessárias: 
• Após 2 - 4 semanas, após 8 semanas, após 
12 semanas, após 6 meses, após 1 ano e após 
isso, anualmente por pelo menos 5 anos. 
Luxação intrusiva (intrusão) 
• Deslocamento do dente em uma direção 
apical dentro do osso alveolar 
• Filme nº 2, exposição – 8 a 10s. cone de 
rx – ponta 
Achados clínicos: 
• O dente está deslocado axialmente em 
direção ao osso alveolar 
• não apresenta mobilidade 
• som metálico à percussão (anquilosado) 
• Provavelmente não responde aos testes 
de sensibilidade pulpar 
Achados radiográficos: 
• O espaço do ligamento periodontal pode 
estar ausente em parte ou em toda a 
porção radicular (principalmente apical) 
• A junção cemento-esmalte está 
localizada mais apicalmente no dente 
intruído, em comparação aos dentes 
adjacentes 
Tratamento: 
Dentes com rizogênese incompleta: 
• Permitir a erupção sem intervenção 
(reposicionamento o espontâneo) para 
todos os dentes, independente do grau 
de intrusão 
• Se nenhuma reerupção for observada 
dentro de 4 semanas, iniciar o 
reposicionamento ortodôntico. 
• Se houver sinais de necrose pulpar ou 
reabsorção externa – fazer o 
tratamento endodôntico. 
Acompanhamento 
• Mesmo que a luxação extrusiva 
Avulsão 
• Deslocamento total do dente para fora 
do alvéolo 
• Não deve ser reimplantado 
• Observar 
• Mantenedor de espaço de se necessário 
ORIENTAÇÕES AOS PAIS/CUIDADORES 
HIGIENE BUCAL 
✓ A higiene bucal deve ser realizada 
especialmente em casos de luxações e de 
lesões de tecidos moles; 
✓ Demonstrar aos pais/cuidadores como 
realizar a higiene bucal das áreas lesadas; 
✓ A higiene das áreas afetadas pode ser 
realizada com gaze embebida com solução 
de digluconato de clorexidina a 0,12%, duas 
vezes ao dia, durante uma semana. 
HÁBITOS DE SUCCÃO E ALIMENTAÇÃO 
✓ Redução de hábitos de sucção (chupeta, 
dedo e mamadeira); 
✓ Redução da ingestão de alimentos 
muitos fibrosos ou de consistencias 
duras e firmes durante 7 ou 10 dias. 
Prescrição medicamentosa 
• Analgésicos Paracetamol gotas 200mg-
6/6h em caso de dor; 
• Anti-inflamatórios Ibuprofeno 100mg-
6/6h 
• Antibióticos, se necessário, em crianças 
sistemicamente comprometidas; 
• A vacina antitetánica deve ser checada 
pelo médico dentro de 48 horas para 
eventual reforço.

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