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Tema 2 - Serviços farmacêuticos_ cuidado e o estado de saúde


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05/03/24, 21:00 Serviços farmacêuticos: cuidado e o estado de saúde
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Serviços farmacêuticos:
cuidado e o estado de saúde
Prof.ª Vanessa Sperandio
Descrição
Os serviços farmacêuticos se apresentam como uma nova forma de
atuação do farmacêutico, com o objetivo de fornecer um melhor
acompanhamento e cuidado à saúde da população.
Propósito
Apresentar os serviços farmacêuticos, que vem retomar o papel do
farmacêutico como um dos protagonistas no cuidado e no
acompanhamento da saúde da população. Por muitas vezes, esse é o
profissional com maior proximidade e acesso à comunidade, e por isso
devemos reconhecer a sua importância no cuidado à saúde e no bem-
estar do paciente.
Preparação
Antes de iniciar o seu estudo, pesquise e acesse as legislações RDC
585/2013 e 586/2013, que constituem a base legal para atuação clínica
do farmacêutico e da prescrição farmacêutica, essenciais no decorrer
deste conteúdo.
Objetivos
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Módulo 1
Os serviços farmacêuticos
Descrever os serviços farmacêuticos no cuidado à população.
Módulo 2
O acompanhamento farmacoterapêutico
Empregar o acompanhamento farmacoterapêutico para maior
efetividade e segurança do tratamento farmacológico.
Módulo 3
Intervenções farmacêuticas
Aplicar as intervenções farmacêuticas para a melhora dos quadros
de saúde do paciente.
Módulo 4
Comunicação com outros pro�ssionais
Reconhecer a importância do processo integral de cuidado do
paciente junto a outros profissionais da saúde.
Introdução

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A percepção do farmacêutico como personagem importante na
atenção ao paciente e aos problemas de saúde da população não
é recente, vem desde o surgimento das boticas que,
posteriormente, deram lugar às farmácias e drogarias. Com o
processo de industrialização, a presença e a importância do
farmacêutico foram postas de lado, e este profissional ficou
restrito ao papel de “profissional do medicamento”, com uma
grade de estudos para sua formação mais voltada à química e
biologia, e maior enfoque no desenvolvimento de medicamentos
e no processo gerencial das farmácias e drogarias.
Porém, com o decorrer do tempo, o aumento do acesso da
população a medicamentos, trouxe um grande número de
problemas relacionados ao seu uso, como eventos adversos,
interações medicamentosas e automedicação, o que tornou
necessário retomar a importância clínica do farmacêutico no
atendimento à saúde dos pacientes já que, por muitas vezes, é o
profissional mais próximo ao qual a população tem acesso.
A implementação dos serviços farmacêuticos e a atribuição da
atuação clínica do farmacêutico, principalmente após a redação
das RDCs 585/2013 e 586/2013 foram passos importantes, no
sentido de não somente aumentar a relevância da área
farmacêutica, como também proporcionar ao paciente um
cuidado integral e interligado entre os profissionais de saúde.
Neste estudo, vamos compreender os serviços clínicos que
podem ser prestados pelo farmacêutico, como deve ser feito o
acompanhamento farmacoterapêutico do paciente e quais os
tipos de intervenções esse profissional pode realizar, dentro do
escopo de sua profissão. Também ressaltaremos a importância
da comunicação do farmacêutico com outros profissionais de
saúde, na busca por garantir o melhor atendimento ao paciente.
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1 - Os serviços farmacêuticos
Ao �nal deste módulo, você será capaz de descrever os serviços farmacêuticos no cuidado à
população.
Contextualizando a pro�ssão
farmacêutica
A história da pro�ssão farmacêutica no Brasil
Segundo Angonesi e Sevalho (2010), as boticas possuíam uma grande
importância social nas cidades brasileiras, pois o farmacêutico
estabelecia com seus clientes um vínculo não apenas comercial, mas de
aconselhamento e de manipulação de ervas e medicamentos para a
população. Com o avanço do setor industrial, no início do século XX, a
produção artesanal de medicamentos foi desaparecendo, enquanto era
ampliada a produção industrial em larga escala, que se tornou
predominante nas indicações, estimulando o consumo de
medicamentos como mercadoria e transformando as farmácias, que
antes eram locais de atenção à saúde, em meros estabelecimentos
comerciais.
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No Brasil, a rápida expansão da industrialização dos medicamentos e a
perda do papel tradicional dos farmacêuticos fizeram com que estes
profissionais se afastassem do contato direto com o paciente. Esse
fato, recentemente, gerou questionamentos sobre a função social da
farmácia e trouxe mudanças com relação ao escopo da profissão
farmacêutica, que volta a focar no paciente e na importância da
profissão junto a outros profissionais de saúde.
Os estabelecimentos farmacêuticos, por conta de sua larga distribuição
no país, são muitas vezes o primeiro local de acesso da população ao
cuidado em saúde e, por ser uma atividade prioritária do farmacêutico,
faz com que este se torne um profissional muito importante e
estratégico no processo de assistência à saúde da população.
Farmácia clínica e atenção farmacêutica
Dentro desse contexto de mudança de mentalidade, surgem os
conceitos de farmácia clínica e atenção farmacêutica, de maneira que o
enfoque do farmacêutico deixa de ser o produto (medicamento) e passa
a ser centrado no paciente, cumprindo o seu papel social por meio da
melhora da qualidade de vida da população.
A atenção farmacêutica visa reduzir a morbidade e mortalidade
relacionadas com os medicamentos, promover o uso racional de
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medicamentos, prevenção de doenças, redução do progresso de uma
doença, e cura ou eliminação dos sintomas apresentados pelo paciente.
O trabalho do farmacêutico nos estabelecimentos de saúde, atuando
junto a uma equipe multiprofissional, aumenta a adesão dos pacientes
aos regimes farmacoterapêuticos, seja através de aconselhamento e
programas educativos, seja por meio da elaboração de protocolos
clínicos, diminuindo custos nos sistemas de saúde ao monitorar
reações adversas e interações medicamentosas, melhorando a
qualidade de vida dos pacientes. O farmacêutico atua em suas
consultas de forma a manter o paciente melhor assistido, buscando a
segurança e eficácia no uso correto de medicamentos.
Dentre os locais onde o farmacêutico clínico pode estar inserido estão
as farmácias e drogarias, ambulatórios, unidades de saúde, farmácias
hospitalares, ou como integrantes de equipes multidisciplinares de
cuidado, instituições geriátricas, atendimento domiciliar, além dos
consultórios farmacêuticos, que podem ser independentes ou parte dos
estabelecimentos de saúde.
Para que o farmacêutico atue com atenção farmacêutica, é necessário
desenvolver certos conhecimentos de:
 Condições de saúde de um ou mais público-alvo
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E de habilidades em:
 Farmacoterapia
 Terapias não medicamentosas
 Análises clínicas
 Comunicação
 Monitoração de pacientes
 Avaliação física
 Informação sobre medicamentos
 Planejamento terapêutico
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A partir do desenvolvimento desses conhecimentose habilidades, o
profissional estará apto a avaliar as condições clínicas dos pacientes,
identificar possíveis problemas relacionados a medicamentos e orientar
sobre medidas que visam solucionar esses problemas. Podendo ser
orientações precisas, de encaminhamento a outros profissionais ou por
meio das intervenções farmacêuticas. Os cuidados prestados pelos
farmacêuticos são chamados serviços farmacêuticos, e seu foco é
identificar, prevenir e resolver problemas relacionados à farmacoterapia.
No entanto, antes de citar os serviços que podem ser realizados pelos
farmacêuticos, é importante entendermos quais são as suas atribuições
clínicas, e o avanço do profissional nesse lugar de cuidado.
Atribuições clínicas do farmacêutico
Marcos legais da farmácia clínica
Um importante avanço para a profissão farmacêutica e para o avanço
da farmácia clínica no país foi a redação da Resolução do CFF nº 585,
de 29 de agosto de 2013, que regulamenta as atribuições clínicas do
farmacêutico e amplia a sua atuação e importância no processo de
cuidado ao paciente; e a Resolução do CFF nº 586, de 29 de agosto de
2013, que regulamenta a prescrição farmacêutica.
Outra legislação importante foi a Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014,
que dispõe sobre o exercício e fiscalização das atividades
farmacêuticas. Essas alterações na legislação abriram um importante
caminho na valorização do profissional farmacêutico no processo de
cuidado do paciente. Vamos conhecer melhor cada uma delas?
Vejamos:
Resolução que estabelece as atribuições clínicas do
farmacêutico nos âmbitos individual e coletivo, na educação em
saúde e na gestão da prática. Dentre as atribuições clínicas do
farmacêutico, nos âmbitos individual e coletivo (art. 7º),
podemos citar:
Resolução 585, de 29 de agosto de 2013 
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Conduzir uma relação de cuidado centrada no paciente.
Desenvolver ações para a promoção, proteção e
recuperação da saúde.
Analisar a prescrição de medicamentos, e participar na
formulação e no acompanhamento da farmacoterapia.
Fazer a anamnese farmacêutica e verificar sinais e
sintomas, em consultório farmacêutico ou em outro
ambiente adequado.
Realizar intervenções farmacêuticas e emitir parecer
farmacêutico a outros membros da equipe.
Solicitar exames laboratoriais e avaliar resultados de
exames, com a finalidade de monitorar os resultados da
farmacoterapia.
Prevenir, identificar, avaliar e intervir nos incidentes
relacionados aos medicamentos, interações
medicamentosas e outros problemas relacionados à
farmacoterapia.
Elaborar o plano de cuidado farmacêutico do paciente.
Realizar a administração de medicamentos ao paciente,
dentro de sua competência profissional, como na
administração de injetáveis nas farmácias e de
imunizantes.
Acompanhar a adesão dos pacientes ao tratamento,
orientar e auxiliar pacientes quanto à administração de
formas farmacêuticas.
Manejo de problemas de saúde autolimitados.
Elaborar uma lista conciliada (lista completa e unificada) de
medicamentos em uso pelo paciente.
Prescrever no âmbito de sua competência profissional.
A partir dessa legislação, ocorreu uma expansão nas atividades
clínicas do farmacêutico, exigindo desse profissional um novo
perfil, com atuação no cuidado direto ao paciente, promovendo o
uso racional de medicamentos e de outros produtos para a
saúde. Também é importante mencionar a necessidade da
presença desse profissional nos diferentes níveis de cuidado,
como em farmácias e drogarias, hospitais, unidades de urgência
e emergência, unidades de atenção básica, consultórios e
ambulatórios.
Resolução que define a prescrição farmacêutica como o: “ato
pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias
Resolução 586, de 29 de agosto de 2013 
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farmacológicas e não farmacológicas e outras intervenções
relativas ao cuidado do paciente” (CFF, 2013, p.3).
De forma que podem ser incluídos, neste documento, a seleção
de opções terapêuticas, a oferta de serviços farmacêuticos ou o
encaminhamento a outros profissionais de saúde.
Essa resolução deu ao farmacêutico maior autonomia e
responsabilidade no manejo clínico dos pacientes, intensificando
o processo de cuidado. Além disso, o ato da prescrição
farmacêutica passa a ser uma atribuição clínica do
farmacêutico, e pode ocorrer em diferentes estabelecimentos
farmacêuticos, consultórios, serviços e níveis de atenção à
saúde.
Ao farmacêutico também é permitido realizar a prescrição de
medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica,
desde que a dispensação não exija prescrição médica, incluindo
medicamentos industrializados e preparações magistrais
(alopáticos ou dinamizados), plantas medicinais e drogas
vegetais. A prescrição de medicamentos dinamizados e de
terapias relacionadas às práticas integrativas e complementares
(PIC), deverá estar fundamentada em conhecimentos
relacionados a estas práticas.
O farmacêutico também pode prescrever medicamentos que
exijam prescrição médica, desde que possua um diagnóstico
prévio e quando estiverem previstos em protocolos, diretrizes ou
normas técnicas já estabelecidas. Para isso, deverá ter o
reconhecimento de título de especialista na área clínica
reconhecido pelo CRF de sua jurisdição.
Lei que trouxe um importante avanço no entendimento sobre os
serviços de assistência farmacêutica e uma mudança de visão
da farmácia como um estabelecimento comercial, para uma
unidade de saúde e de prestação de serviços farmacêuticos,
com uma relevante função social.
Na lei também é ressaltada a importância da presença do
farmacêutico durante todo o período de funcionamento das
farmácias e drogarias, bem como seu papel na responsabilidade
técnica sobre esses estabelecimentos.
Lei nº 13.021, de 8 de agosto de 2014 
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Agora que entendemos a função e as atribuições do farmacêutico nos
estabelecimentos de saúde e no acesso ao cuidado da saúde da
população, vamos conhecer quais os tipos de serviços podem ser
realizados pelos farmacêuticos.
Serviços farmacêuticos
Os tipos de serviços farmacêuticos
Os serviços farmacêuticos constituem parte dos serviços de saúde e
compreendem um conjunto de atividades organizadas em um processo
de trabalho, com objetivo de contribuir para a prevenção de doenças,
promoção, proteção e recuperação da saúde e para a melhoria da
qualidade de vida das pessoas (CFF, 2016, p. 74,).
Necessidades de Saúde do Paciente e serviços farmacêuticos correspondentes.
Entre os serviços farmacêuticos estão: educação em saúde;
rastreamento em saúde; manejo de problemas de saúde autolimitados;
dispensação; conciliação de medicamentos; monitorização terapêutica
de medicamentos; revisão da farmacoterapia; acompanhamento
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farmacoterapêutico e gestão da condição de saúde. Vamos conhecer
cada um desses serviços:
Este serviço pode ser realizado por diferentes profissionais de
saúde e tem o objetivo de identificar doenças ou condições de
saúde ainda não diagnosticadas, principalmente crônicas e não
transmissíveis, em pessoas assintomáticas ou que tem o risco
de desenvolvê-las. Alguns testes são utilizados durante esse
serviço, como medidas de glicemia, verificação de pressão
arterial, dosagem de colesterol e triglicerídeos, além de
instrumentos de entrevista para identificar outras condições
crônicas. O rastreamento tem como finalidade prescrever
medidas preventivas (que podem ser farmacológicas ou não
farmacológicas), ou encaminharos casos suspeitos para outro
profissional de saúde para que seja realizado o diagnóstico e
tratamento.
Este serviço, que também pode ser descrito como orientação
farmacêutica, visa contribuir com a comunidade para aumentar o
conhecimento e desenvolver habilidades dos pacientes,
permitindo que adquiram autonomia, façam parte do processo e
se comprometam com a promoção de saúde, prevenção e
controle de doenças, hábitos e estilos de vida, descarte correto
de medicamentos, objetivos do tratamento, entre outros.
Conforme descrito pelo Conselho Federal de Farmácia (2016),
podem ser utilizadas algumas estratégias para atingir esse
objetivo:
folders, panfletos ou cartazes;
tabelas que orientem ao horário correto para a
administração de medicamentos;
etiquetas ou rótulos com informações escritas e visuais;
organizadores de medicamentos que auxiliem na adesão;
demonstração técnica de uso de dispositivos para
administração de medicamentos e de aparelhos para
monitorizar parâmetros de saúde;
diários de saúde do paciente;
Rastreamento em saúde 
Educação em saúde 
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lista de medicamentos do paciente.
Este serviço tem como objetivo garantir a segurança do paciente,
bem como a utilização e acesso adequados ao medicamento. A
dispensação é um ato privativo do farmacêutico e um processo
muito importante para que o paciente tenha acesso ao
medicamento, em cumprimento a uma prescrição de profissional
habilitado.
A dispensação orientada envolve a avaliação da prescrição (do
ponto de vista técnico), a entrega de medicamentos ou outros
produtos de saúde para o paciente ou cuidador, a orientação
quanto ao uso correto e as ações de conservação e descarte dos
medicamentos.
Atenção: Ao observar qualquer irregularidade ou problemas
relacionados à prescrição, o farmacêutico deve intervir junto ao
prescritor, quando necessário.
Este serviço proporciona ao paciente uma correta assistência à
saúde, evita a automedicação e problemas relacionados ao uso
de medicamentos.
Os problemas de saúde autolimitados, também chamados de
transtornos menores, são enfermidades agudas com baixa
gravidade, identificadas por queixas e sintomas, como o
resfriado, cefaleia, tosse seca, cólicas, dispepsias, constipação, e
que tendem a evoluir sem danos para o paciente. O farmacêutico
pode utilizar sua expertise para auxiliar esses pacientes,
realizando uma avaliação do caso e indicação de medidas não
farmacológicas e farmacológicas, como uso de medicamentos
isentos de prescrição (MIPs), plantas medicinais, drogas
vegetais e medicamentos fitoterápicos.
Dispensação 
Manejo de problemas de saúde autolimitados 
Monitorização terapêutica de medicamentos 
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Neste serviço os níveis séricos de fármacos com janela
terapêutica estreita e medicamentos com reações adversas são
medidos e monitorados, com o objetivo de determinar doses
individualizadas de medicamentos, para a obtenção de
concentrações plasmáticas efetivas e seguras. As informações
obtidas por meio desse estudo ajudam a identificar o regime
terapêutico mais apropriado para o paciente, com a menor
toxicidade possível.
Neste serviço ocorre o gerenciamento de determinada condição
de saúde já estabelecida, ou de fatores de risco (como o
diabetes, hipertensão, dislipidemia ou asma brônquica), para
garantir o seguimento das diretrizes clínicas e permitir o acesso
dos pacientes às ferramentas e ao conhecimento necessários
para o seu autocuidado, alcançando objetivos terapêuticos
específicos. Os programas de gestão são, geralmente,
multiprofissionais.
Neste serviço o farmacêutico elabora uma lista precisa de todos
os medicamentos utilizados pelo paciente (contendo o nome,
dose, via de administração etc.) por meio das informações
contidas no prontuário, pela prescrição, pelo paciente e pelo
cuidador. O objetivo deste serviço é prevenir erros de medicação
resultantes de inconformidades da prescrição, como duplicidade
ou omissão de medicamentos, e que podem acontecer
principalmente quando o paciente frequenta diferentes serviços
de saúde.
Neste serviço o farmacêutico analisa de forma estruturada os
medicamentos em uso pelo paciente, com o objetivo de resolver
problemas relacionados à prescrição. Entre os problemas
identificados, podemos citar: baixa adesão, reações adversas,
Gestão da condição de saúde 
Conciliação de medicamentos 
Revisão da farmacoterapia 
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erros de dosagem, interações de medicamentos e necessidades
de acompanhamento ou de terapia adicional.
Neste serviço o farmacêutico realiza uma avaliação mais
aprofundada e o acompanhamento do paciente, com relação às
suas condições de saúde, e faz o gerenciamento da
farmacoterapia, dos fatores de risco e do tratamento desse
paciente. Ao identificar os problemas relacionados a
medicamentos e resultados negativos da farmacoterapia, o
profissional deve analisar as suas causas e realizar as
intervenções adequadas, visando resolver ou prevenir os
problemas relacionados a medicamentos e alcançar bons
resultados clínicos.
No vídeo a seguir esclareceremos algumas questões.
O farmacêutico clínico e os serviços
farmacêuticos
Acompanhe um resumo dos principais pontos abordados neste módulo.
Acompanhamento farmacoterapêutico 

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A atenção farmacêutica constitui uma nova concepção do exercício
profissional farmacêutico. A partir disso, analise as afirmativas
abaixo:
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I. Ao prestar a atenção farmacêutica, o profissional deve garantir
que o paciente possa cumprir os esquemas farmacoterapêuticos
prescritos e seguir o plano de assistência, procurando alcançar
resultados positivos ao final.
II. O processo de atenção farmacêutica aumenta os custos em
saúde, pois existe a necessidade de pagar pelo serviço de mais
profissionais.
III. Cabe ao farmacêutico, durante a sua prática, fazer a indicação
somente de medidas farmacológicas para alcançar resultados
positivos com o paciente.
IV. Durante o exercício da atenção farmacêutica, é feito o
rastreamento dos eventos adversos relacionados aos
medicamentos, através dos dados coletados junto ao paciente.
Estão corretas
Parabéns! A alternativa D está correta.
Durante a prática da atenção farmacêutica, é feito o levantamento
da farmacoterapia do paciente, dos problemas relacionados aos
medicamentos e dos eventos adversos observados por ele. O
farmacêutico clínico deve garantir que o paciente cumpra os
esquemas farmacoterapêuticos e o plano de assistência, além de
prescrever medidas farmacológicas e não farmacológicas de
cuidado. Com esse atendimento, há uma redução dos custos em
saúde, uma vez que os pacientes acompanhados apresentam
menos agravos em seus quadros em saúde, além da redução de
A apenas as afirmativas I e II.
B apenas as afirmativas I, III e IV.
C apenas a afirmativa IV.
D apenas as afirmativas I e IV.
E apenas as afirmativas III e IV.
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problemas relacionados a medicamentos, o que muitas vezes pode
levar à piora na saúde e internação.
Questão 2
Entre os serviços que podem ser fornecidos pelo farmacêutico,
existe um que foca em elaboraruma lista precisa de medicamentos
utilizados pelo paciente, por meio das informações obtidas pelo
paciente, pela prescrição, pelo cuidador ou por meio de
informações contidas no prontuário. A que serviço farmacêutico
essa afirmativa se refere?
Parabéns! A alternativa A está correta.
A conciliação medicamentosa é uma prática farmacêutica que visa
a obtenção de uma lista completa e precisa dos medicamentos dos
quais cada paciente está fazendo uso. Essa lista deve incluir os
nomes dos fármacos, dosagem, frequência de uso e via de
administração.
A Conciliação de medicamentos
B Dispensação de medicamentos
C Atenção farmacêutica
D Monitorização de medicamentos
E Revisão da farmacoterapia
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2 - O acompanhamento farmacoterapêutico
Ao �nal deste módulo, você será capaz de empregar o acompanhamento farmacoterapêutico
para maior efetividade e segurança do tratamento farmacológico.
Os problemas relacionados a
medicamentos
O conceito de acompanhamento
farmacoterapêutico
O uso de medicamentos permite prevenir, tratar, retardar doenças e seus
sintomas, auxiliar no diagnóstico clínico, ou mesmo atuar diretamente
para a melhoria das condições de saúde do paciente. No entanto,
quando existem falhas na farmacoterapia, podem ocorrer efeitos
adversos, toxicidade ou não serem alcançados os objetivos terapêuticos
aos quais estão destinados estes fármacos, podendo provocar um
aumento na morbidade e mortalidade, além de ampliar os gastos em
saúde, com aumento no número de internações, muitas vezes evitáveis.
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Por isso as funções do farmacêutico se tornam tão importantes.
Quando ele está inserido na equipe de saúde, deve colaborar com os
outros profissionais, para auxiliar na identificação dos problemas
relacionados a medicamentos (PRM) e na resolução dos resultados
negativos da farmacoterapia, de forma a reduzir o risco de piora dos
pacientes e prestar a assistência adequada, para a melhora de sua
qualidade de vida.
Uma das atribuições do farmacêutico, e que permite fazer essa análise e
o rastreamento dos PRM é o acompanhamento farmacoterapêutico.
Esta é a principal atividade da atenção farmacêutica e, segundo o CFF,
configura-se como o:
[...] serviço pelo qual o
farmacêutico realiza o
gerenciamento da
farmacoterapia, por meio da
análise das condições de
saúde, dos fatores de risco,
do tratamento do paciente,
da implantação de um
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conjunto de intervenções
gerenciais, educacionais e do
acompanhamento do
paciente.
(CFF, 2016, p. 88.)
O acompanhamento farmacoterapêutico, também chamado de
seguimento farmacoterapêutico (SFT), pode ser realizado tanto em
ambulatórios, como em hospitais, farmácias ou mesmo no domicílio do
paciente.
No Brasil, o método mais utilizado para esse acompanhamento é o
Método de Dáder que, por meio de uma anamnese, vai identificar as
condições de saúde e identificar possíveis PRM apresentados pelo
paciente. Após essa identificação e avaliação dos problemas, são
realizadas as intervenções terapêuticas necessárias e avaliados os
resultados obtidos, o que veremos mais adiante.
Antes de prosseguirmos, vamos entender quais são os problemas
relacionados a medicamentos e por que a sua identificação é tão
importante para a melhora da qualidade de vida dos pacientes.
Método de Dáder
Método espanhol baseado na obtenção da história farmacoterapêutica do
paciente.
O que são os problemas relacionados a medicamentos (PRM)?
Nos últimos anos, tem se intensificado a preocupação com a segurança
no uso de medicamentos isso porque, conforme diversos estudos
demonstram, os erros relacionados à farmacoterapia podem levar os
pacientes a complicações de saúde, inclusive com um aumento no
número de hospitalizações que, em grande parte, poderiam ser
evitáveis.
Os PRM são definidos como a ocorrência de problemas na
farmacoterapia de um indivíduo, que causa ou pode causar interferência
nos resultados terapêuticos. Essas falhas farmacoterapêuticas podem
levar a um aumento substancial na morbidade e mortalidade e, por
consequência, aumentar os custos nos cuidados de saúde.
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Os problemas relacionados a medicamentos podem estar relacionados
a dois principais grupos: as reações adversas aos medicamentos (RAM)
e os erros de medicação (EM).
As reações adversas aos medicamentos (RAM)
São efeitos nocivos, indesejáveis e que ocorrem em doses normalmente
utilizadas dos medicamentos, seja para profilaxia, diagnóstico ou
tratamento de doenças. Elas expressam os riscos inerentes à utilização,
mesmo que correta, dos medicamentos. Um exemplo são as reações de
hipersensibilidade causadas por anti-inflamatórios não esteroidais
(AINE), antibióticos, entre outros. As RAM são classificadas em seis
tipos de reações, características e ocorrências, veja:
Característica
Relacionado à dose;
Comum;
Relacionado a um efeito farmacológico da droga;
Esperada;
Baixa mortalidade.
Exemplos
Efeitos tóxicos: intoxicação digitálica; síndrome
serotoninérgica com ISRSs;
Efeitos colaterais: efeitos colinérgicos de antidepressivos
tricíclicos.
Característica
Não relacionado à dose;
Incomum;
Não relacionado a um efeito farmacológico da droga;
Inesperado;
Alta mortalidade.
Exemplos
A (aumento) 
B (bizarro) 
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Reações imunológicas: hipersensibilidade à penicilina;
Reações idiossincráticas: porfiria aguda, hipertermia
maligna, pseudoalergia (ex: rash em uso de ampicilina).
Característica
Relacionada à dose e ao tempo de uso;
Incomum;
Relacionada ao efeito cumulativo do fármaco.
Exemplos
Efeitos tromboembólicos com o uso de anticoncepcional;
Infarto agudo do miocárdio com rofecoxibe.
Característica
Relacionada ao tempo de uso;
Incomum;
Normalmente relacionada à dose;
Ocorre ou aparece algum tempo após o uso do
medicamento.
Exemplos
Teratogênese (Ex.: adenocarcinoma associado ao
dietilbestrol);
Carcinogênese;
Discinesia tardia.
Característica
Ocorre durante a abstinência;
Ocorre logo após a suspensão do medicamento.
C (crônico) 
D (atraso, do inglês delayed) 
E (fim do uso, do inglês end of use) 
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Exemplos
Síndrome de abstinência a opiáceos;
Isquemia miocárdica (suspensão de alfa bloqueador).
Característica
Falha inesperada da terapia;
Comum;
Relacionada à dose;
Frequentemente causada por interação medicamentosa.
Exemplos
Dosagem inadequada de anticoncepcional oral
particularmente quando utilizados indutores enzimáticos.
Já os erros de medicação (EM) podem acontecer durante o processo de
prescrição, dispensação e administração do medicamento. Podem estar
relacionados a problemas em procedimentos durante a prática dos
profissionais da saúde, ou à prescrição, rotulagem, dispensação,
distribuição, administração e adesão do paciente. Estes erros são
evitáveis, pois podem ser detectados e corrigidos antes da
administração do medicamento ao paciente. Conforme descrito em
Aizenstein e Tomassi (2011), os seguintes erros podem ser observados:
F (falha) 
 Administrativos
Falta de legibilidade da prescrição, confusão entre
pacientes, erros em nome do medicamento, forma
farmacêutica e via de administração.
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Para facilitar sua correta identificação e definir as intervenções
necessárias, os PRM, também podem ser classificados, de forma
sistemática, em três categorias principais, baseadas nas três
necessidades fundamentais da farmacoterapia: necessidade,
efetividade e segurança, de acordo com o Segundo Consenso de
Granada (DALL’AGNOL, 2003). Veja a classificação dos problemas
relacionados a medicamentos:
 De dosagem
Erros na concentração, frequência, doses muito
altas ou baixas, duração da terapia e orientações de
uso.
 Terapêuticos
Erros de indicação, contraindicações, interações
medicamentosas, terapia duplicada e monoterapia
incorreta.
 De dispensação
Medicamento enviado para a enfermaria ou para o
paciente errado, medicamento errado, forma
farmacêutica errada, concentração errada, período
ou horário errado.
 De administração
Medicamentos não prescritos, preparação errada,
forma farmacêutica e via de administração errada,
dosagem errada, horário errado, técnica de
administração errada, não aderência ao tratamento.
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Necessidade
PRM 1:
O paciente não usa os medicamentos de que necessita.
PRM 2:
O paciente usa medicamentos de que não necessita.
Efetividade
PRM 3:
O paciente não responde ao tratamento.
PRM 4:
O paciente usa uma dose, frequência ou duração de tratamento
inferior à que necessita, de um medicamento corretamente
selecionado.
Segurança
PRM 5:
O paciente usa uma dose, frequência ou duração de tratamento
superior à que necessita, de um medicamento corretamente
selecionado.
PRM 6:
O paciente usa um medicamento que causa uma reação adversa.
Com a identificação dos PRM, podemos traçar as intervenções
necessárias para a melhora da qualidade de vida e desfechos positivos
do paciente, com relação à farmacoterapia.
Realizando o acompanhamento
farmacoterapêutico
Fase 1 – A anamnese farmacêutica
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A primeira fase do acompanhamento farmacoterapêutico é a anamnese
e obtenção do histórico clínico do paciente, que tem o objetivo de colher
as informações necessárias com relação à sua saúde e em relação a
problemas com a farmacoterapia. Caso o paciente esteja internado,
essas informações podem ser obtidas por meio do prontuário médico.
Já para o paciente da farmácia comunitária ou ambulatorial, o
farmacêutico deve buscar as informações necessárias por meio de uma
entrevista ou anamnese em um consultório farmacêutico.
Como deve ser feita a entrevista inicial?
A consulta farmacêutica deve ser realizada em um local privativo, que
pode ser chamado de consultório farmacêutico. Este consultório deve
oferecer um ambiente tranquilo, sem distrações, com mesas e cadeiras
confortáveis, um computador ou arquivo com chave para o
armazenamento das fichas farmacoterapêuticas dos pacientes e
informações sobre medicamentos e patologias. Se possível, as
consultas devem ser agendadas previamente.
Recomendação
De acordo com o Método de Dáder, primeiramente, deve-se ofertar o
acompanhamento farmacoterapêutico para o paciente que necessitar
desse serviço. Esse acompanhamento pode ser iniciado no momento da
dispensação de medicamentos, por meio de uma demanda do paciente,
para sanar dúvidas com relação à medicação ou a problemas de saúde,
ou pode ocorrer em uma consulta farmacêutica onde já estavam sendo
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avaliados parâmetros, como pressão arterial, glicemia ou outros
serviços farmacêuticos.
Por exemplo, podemos citar um paciente com diabetes tipo II,
polimedicado, e que necessite de acompanhamento para a estabilização
de seus sintomas. É realizada uma entrevista inicial, na qual devemos
esclarecer seu propósito, escutar atentamente o paciente e responder
às suas questões e dúvidas, de forma clara e simples.
Que tipo de informações são obtidas em uma entrevista de
histórico de medicações?
Durante a anamnese, é importante anotar os dados de origem étnica e
do sexo do paciente, pois existem medicamentos que agem de forma
diferente nesses diferentes grupos. A seguir, deve-se questionar sobre
os problemas de saúde que mais o preocupam, seu histórico clínico,
seus hábitos de dieta, alimentação, atividades físicas, hábitos sociais
(como o tabagismo e álcool).
É essencial questionar com relação aos medicamentos utilizados
atualmente e no passado (prescritos ou não), obtendo toda informação
possível sobre cada um dos medicamentos, e com relação à adesão ao
tratamento (se toma nos horários corretos, quando toma e como toma).
Ao final da entrevista, é importante anotar o histórico de alergias do
paciente, para avaliar a segurança dos fármacos utilizados por ele,
como também realizar a confirmação dos dados dispostos no início da
entrevista, de questões de saúde que não foram informadas
anteriormente, medicamentos que o paciente se esqueceu de citar e
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dúvidas com relação à farmacoterapia. Essa fase em que todos os
dados são resumidos é chamada de estado de situação.
Outra questão importante que pode ser avaliada é com relação aos
exames laboratoriais realizados pelo paciente. Esses exames permitem
avaliar corretamente o diagnóstico clínico, além de acompanhar a
resposta do tratamento farmacoterapêutico, auxiliando na correção da
dosagem e posologia, e até mesmo na troca das medicações.
A seguir, listamos um exemplo de questões que devem ser trabalhadas
em uma anamnese farmacoterapêutica:
Informações demográficas: idade, peso e altura, origem étnica,
nível educacional e de ocupação;
Informações dietéticas: se há restrições alimentares, uso de
suplementos;
Hábitos sociais: se o paciente faz uso de álcool, tabaco ou drogas
ilícitas;
Histórico de patologias e queixas: do paciente e de seus
familiares;
Prescrição atual de medicamentos: importante conter o nome,
dosagem, posologia, indicações das terapias e resultados obtidos;
Medicações prescritas no passado: importante além dos dados
anteriores, informar-se sobre quando essa medicação foi
interrompida e a causa;
Uso atual e passado de medicamentos sem prescrição:
importante o nome da medicação e a dosagem;
Histórico de alergias: com nome e descrição do agente causador,
dosagem, tipo de reação e como a alergia foi tratada;
Adesão aos medicamentos.
Fase 2 – O planejamento farmacoterapêutico
Após a fase de anamnese farmacêutica, inicia-se o planejamento
farmacoterapêutico. Esse é o momento de avaliar todos os dados
coletados. Nesta fase, também chamada de fase de estudo, todos os
medicamentos em uso pelo paciente são estudados, em busca de uma
possível relação com os seus problemas de saúde.
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É importante mencionar que, para cada alteração de dose,
medicamento, forma farmacêutica, ou um novo problema de saúde,
essa avaliação precisa ser refeita.
Realizado o estudo de cada medicamento e de cada problema de saúde
apresentado pelo paciente, é iniciada a fase de avaliação, na qual são
identificados todos os possíveis problemas relacionados à medicação,
conforme demonstrado anteriormente. E, a partir da identificação de
problemas observados com a farmacoterapia, verificados quais são os
problemas ativos e mais importantes, com o objetivo de definir quais
intervenções farmacêuticas podem ser realizadas.
As intervenções farmacêuticas são estratégias que visam resolver os
problemas relacionados à farmacoterapia, para que o tratamento tenha
uma maiorefetividade e fornecer uma maior qualidade de vida ao
paciente. Veremos, adiante, maiores detalhes sobre os tipos de
intervenções.
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Acompanhamento farmacoterapêutico segundo o Método de Dáder.
No vídeo a seguir esclareceremos algumas questões.
Como fazer o acompanhamento
farmacoterapêutico
Confira agora um caso que ilustra as etapas do acompanhamento
farmacoterapêutico.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
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Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
Os problemas relacionados a medicamentos (PRM) podem ser
definidos como eventos ou circunstâncias relacionados ao
medicamento, que interferem ou podem potencialmente interferir
nos desfechos clínicos. Com relação aos PRM, analise as
afirmativas abaixo:
I. As reações adversas aos medicamentos são efeitos nocivos
evitáveis.
II. Os erros de medicação fazem parte dos PRM.
III. Os PRM são falhas farmacoterapêuticas que podem gerar um
aumento dos custos nos cuidados de saúde.
IV. Erros de medicação não podem acontecer durante o processo de
prescrição do medicamento.
Estão corretas
Parabéns! A alternativa E está correta.
Os PRM são relacionados principalmente às reações adversas aos
medicamentos, que não são evitáveis, e aos erros de medicação,
que são problemas evitáveis. Essas falhas farmacoterapêuticas
podem gerar um aumento nos custos de saúde por conta de um
maior número de internações e agravos de saúde relacionados ao
A apenas as afirmativas I, III e IV.
B apenas as afirmativas III e IV.
C apenas as afirmativas I e IV.
D apenas a afirmativa III.
E apenas as afirmativas II e III.
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uso de medicamentos. Os erros de medicação podem acontecer
durante a prescrição, dispensação e administração de
medicamentos.
Questão 2
Em determinada fase do acompanhamento farmacoterapêutico são
estudados todos os medicamentos em uso pelo paciente,
procurando uma possível relação com os seus problemas de saúde.
A que fase a afirmativa acima se refere?
Parabéns! A alternativa B está correta.
Durante a fase de estudo, são reunidas as informações sobre os
medicamentos utilizados pelo paciente, obtidas durante a
anamnese farmacêutica, procurando uma relação com os
problemas de saúde apresentados pelo mesmo.
A Fase de avaliação
B Fase de estudo
C Entrevista inicial
D Levantamento do histórico clínico
E Fase de intervenção farmacêutica
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3 - Intervenções farmacêuticas
Ao �nal deste módulo, você será capaz de aplicar as intervenções farmacêuticas para a
melhora dos quadros de saúde do paciente.
O processo de intervenção
farmacêutica
O que são as intervenções farmacêuticas?
As intervenções farmacêuticas são uma série de estratégias e práticas
que podem ser realizadas pelo profissional farmacêutico, nas quais ele
participa ativamente da terapia dos pacientes e na avaliação dos
resultados da farmacoterapia. Essas intervenções têm o objetivo de
atingir maior efetividade no tratamento farmacoterapêutico, maior
segurança para o usuário, com uma quantidade menor de problemas
relacionados aos medicamentos, e a melhora na qualidade de vida dos
pacientes.
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Esses tipos de práticas fazem parte da atenção farmacêutica, e
precisam ser registradas, documentadas e desenvolvidas de forma
conjunta com os demais profissionais de saúde, o paciente e os
cuidadores, para garantir o uso racional de medicamentos. Isso é
importante para que os pacientes recebam os medicamentos
adequados às suas necessidades, na dose correta, pelo período
necessário e que possíveis eventos adversos associados possam ser
acompanhados.
As intervenções farmacêuticas são uma consequência direta dos
serviços farmacêuticos e do acompanhamento farmacoterapêutico, e
correspondem à tomada de decisão necessária ao profissional após
identificar, em consulta, os sintomas do paciente e os problemas
relacionados à farmacoterapia utilizada por ele.
Como deve ser feita a intervenção
farmacêutica?
A intervenção farmacêutica pode ser realizada de duas formas: por meio
da interação direta com o paciente ou da interação com o paciente e o
prescritor.
Quando o paciente identifica problemas pelo mau uso dos
medicamentos, o surgimento de problemas de saúde autolimitados ou
questões que não necessitam de um acompanhamento médico,
somente a interação desse paciente com o farmacêutico já será
suficiente. Nesse caso, podem ser utilizadas estratégias como:
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Quando, ao avaliar as condições clínicas do paciente, o profissional
observa que existe a necessidade de modificação na sua terapêutica, ou
que se trata de um problema de saúde que requer um diagnóstico
médico, é importante que seja feita uma comunicação escrita ou
encaminhamento ao médico. Esse encaminhamento deve conter um
parecer farmacêutico sobre a situação de saúde do paciente avaliado,
para que o médico participe desse processo de tomada de decisão.
Nesses casos, podemos citar a necessidade de modificação da
prescrição médica e a identificação de potenciais problemas de saúde
que precisam ser devidamente diagnosticados, como no caso do
diabetes e da hipertensão.
 Orientação do paciente e do cuidador.
 Organização de medicamentos.
 Realização de pequenos curativos.
 Prescrição farmacêutica de terapias
farmacológicas e não farmacológicas.
 Realização de procedimentos estéticos e de
procedimentos que abordam as terapias
integrativas e complementares.
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Resultados da intervenção farmacêutica
É necessário que o farmacêutico clínico acompanhe o paciente e avalie,
periodicamente, o resultado das intervenções farmacêuticas,
observando se os problemas de saúde foram resolvidos ou não. Essa
reavaliação pode ser feita por meio de novas consultas farmacêuticas,
no caso de pacientes ambulatoriais, e com o acompanhamento dos
exames laboratoriais e parâmetros clínicos de pacientes internados.
Através desses exames, é possível verificar se a intervenção foi efetiva
ou se é necessário elaborar um novo plano de cuidado.
A importância da presença do farmacêutico dentro de equipes
multiprofissionais de cuidado é cada vez mais notória, para que essas
avaliações sejam contínuas, e que seja cada vez mais seguro o uso de
medicamentos, com um menor número de interações medicamentosas
e de internações por reações adversas, e para a redução dos custos de
saúde decorrentes desse acompanhamento.
Além disso, é importante considerar que, dependendo do tipo e da
gravidade do paciente, e onde esse profissional está inserido, as
intervenções que podem ocorrer serão diferentes, como veremos a
seguir.
As intervenções farmacêuticas no
ambiente hospitalar
A atuação do farmacêutico no ambiente
hospitalar
Quando se trata da atuação do farmacêutico em ambientes
hospitalares, existem algumas questões que devem ser consideradas.
Quando comparados aos ambientes ambulatoriais, os pacientes
internados geralmente estão em estado mais crítico de saúde
(principalmentequando localizados nas unidades intensivas), com uma
alta complexidade em sua farmacoterapia e a utilização de diversos
medicamentos concomitantemente, o que gera um alto risco de
desenvolvimento de problemas relacionados a medicamentos, como
interações medicamentosas, erros de medicação ou eventos adversos.
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Nesses ambientes, o farmacêutico pode assumir diferentes atribuições,
seja dentro da farmácia hospitalar, com grande responsabilidade na
gestão dos medicamentos, dentro de comissões, como a de farmácia e
terapêutica (CFT) e de controle de infecção hospitalar (CCIH), ou
trabalhando com análises clínicas e participando, como farmacêutico
clínico, de equipes multiprofissionais, que lidam diretamente com o
paciente.
Quando se fala das intervenções farmacêuticas, podemos citar
principalmente a atuação do farmacêutico clínico dentro dos
estabelecimentos, uma vez que as outras atribuições mencionadas
acima possuem demasiada responsabilidade e funções específicas e
que não permitem, na maioria das vezes, que seja realizado esse
cuidado integral mais direcionado ao paciente.
O farmacêutico clínico atua dentro de equipes multiprofissionais,
também compostas por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas,
psicólogos, entre outros, e que vão fornecer ao paciente o suporte
necessário para a recuperação da sua saúde. Dentro dessas equipes,
uma das principais contribuições do profissional farmacêutico é a
análise da prescrição médica. A partir da análise das prescrições,
podem ser identificados os problemas reais e potenciais (aqueles que
podem vir a acontecer) relacionados à farmacoterapia, o que possibilita
ao farmacêutico reduzir os erros e estabelecer intervenções que levarão
a uma maior efetividade do tratamento, garantindo o uso racional e
econômico dos medicamentos.
A partir da reconciliação medicamentosa e da análise das prescrições
médicas de determinado paciente, podem ser observadas uma série de
problemas, como: erros na posologia ou na dose, frequência e via de
administração incorreta, incompatibilidade de medicamentos e
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interações medicamentosas, presença de efeitos adversos, ou mesmo a
necessidade de substituição de medicamentos. Esses problemas
podem resultar em diversas intervenções farmacêuticas, para a
alteração da farmacoterapia. A seguir, apresentamos as intervenções
mais comuns:
Aplicável quando é observada a necessidade de substituir, por
exemplo, comprimidos ou cápsulas por suspensões orais.
Considerando que, muitas vezes, acontece em hospitais o ato de
triturar os comprimidos ou de desencapsular fármacos, para que
possam ser administrados em sondas enterais, quando
necessário o tratamento com este recurso. Esse ato pode
resultar em perda de eficácia dos medicamentos, alteração de
sua farmacocinética ou obstrução da sonda, problemas que
podem ser minimizados com esse tipo de intervenção.
Aplicável quando existem medicamentos que possuem mais de
uma dose padronizada que possa ser ministrada ao paciente.
Muitas vezes, ao selecionar a apresentação de um medicamento
na realização da prescrição médica, a escolha pode resultar em
um número maior de ampolas ou cápsulas atendidas por horário
de administração o que, por sua vez, pode resultar em um maior
desconforto ao paciente. O ajuste da prescrição, neste caso, vai
melhorar a adesão do paciente ao tratamento e proporcionar um
maior conforto durante a administração desses medicamentos.
Aplicável quando observado que a dose está acima ou abaixo
daquela dose terapêutica estabelecida em protocolos para a
indicação clínica, como também para adequação da dose em
casos de ajustes em relação à função renal e hepática, e da dose
de ataque, como em algumas classes de antimicrobianos. O
medicamento, quando administrado no tempo e na dose correta,
Adequação de forma farmacêutica 
Adequação de apresentação 
Ajuste de dose e tempo de tratamento 
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permite ao paciente uma maior efetividade e segurança no
tratamento.
Aplicável quando há a necessidade de substituição de
medicamentos não padronizados, ou que estão em falta no
hospital no momento, por outro de indicação similar.
Aplicável quando, ao se analisar os horários de administração
dos medicamentos, for verificada a existência de
incompatibilidades entre os fármacos ou com alimentos. Ao
realizar esse ajuste, é possível prevenir interações fármaco-
fármaco, fármaco-nutriente, otimizar a ação do fármaco e evitar
efeitos adversos com objetivo de assegurar uma farmacoterapia
ideal.
Aplicável quando observada a prescrição de fármacos
desnecessários à indicação clínica do paciente ou fármacos
necessários, mas que não foram prescritos. Ambos os casos
podem interferir na melhora do quadro clínico do paciente.
Aplicável quando observado que as prescrições apresentam
medicamentos que não devem ser misturados em um mesmo
compartimento, quando o diluente não é compatível com o
fármaco ou quando fármacos não podem ser administrados
juntos em um acesso venoso, o que pode ocasionar em
instabilidade da formulação, formação de precipitado e redução
da efetividade do medicamento. Essa situação deve ser
comunicada ao prescritor, para o ajuste do horário da
administração, alteração do diluente, entre outros.
Substituição de medicamento indisponível 
Ajuste de frequência e horário de administração 
Indicação terapêutica inadequada 
Identificação de incompatibilidades físico-químicas 
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Visualizamos as incompatibilidades físico-químicas no exemplo
a seguir:
Aplicável caso sejam identificados efeitos adversos decorrentes
do uso dos medicamentos prescritos e interação
medicamentosa entre medicamentos presentes em uma mesma
prescrição. Esse fato deve ser comunicado ao prescritor, para
que seja avaliado o risco-benefício desses tratamentos e a
necessidade de alterar os medicamentos utilizados na
farmacoterapia do paciente.
Aplicável como um esclarecimento ao paciente ou ao cuidador
quanto a seu tratamento e correta utilização de medicamentos.
Essa orientação pode ser realizada no momento da alta, como
uma consulta farmacêutica, para estimular a continuidade e a
adesão ao tratamento iniciado no ambiente hospitalar e tirar
dúvidas com relação à farmacoterapia, com o objetivo de atingir
uma maior efetividade no tratamento e qualidade de vida do
paciente.
Intervenções farmacêuticas nos
atendimentos ambulatoriais
Comunicação de efeitos adversos e interação
medicamentosa 
Orientação ao paciente 
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A atuação do farmacêutico no atendimento
ambulatorial
É importante considerarmos que, com as recentes atualizações
referentes à área farmacêutica, o profissional que deseja seguir a área
clínica e de suporte ao paciente também pode atuar fora da área
hospitalar. Os consultórios farmacêuticos são espaços dedicados a
esse cuidado, e podem estar presentes dentro de estabelecimentos de
saúde já reconhecidos, como clínicas e ambulatórios de cuidado a
saúde (públicos e privados), dentro de farmácias e drogarias ou mesmo
de forma independente.
No consultório são realizados o atendimento e anamnese farmacêutica,
onde o farmacêutico poderá colaborar com seu conhecimento junto à
comunidade, auxiliando em medidas de prevenção e acompanhamento
em saúde, controle e manejo de doenças crônicas, como o diabetes e ahipertensão, em conjunto com o trabalho dos demais profissionais de
saúde, além do manejo de transtornos de saúde menores, por meio da
prescrição de medidas farmacológicas e não farmacológicas.
Na atenção básica de saúde, onde o farmacêutico está inserido nos
consultórios, é primordial que haja um enfoque na prevenção e
promoção da saúde, proporcionando uma melhor qualidade de vida dos
pacientes, principalmente daqueles que possuem diferentes
comorbidades, para que seu quadro seja adequadamente controlado, de
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maneira que não sejam necessárias intervenções mais agressivas e se
evite o desenvolvimento da doença em quadros mais graves. É
importante que, após a anamnese e a identificação dos problemas de
saúde presentes no paciente durante o acompanhamento
farmacoterapêutico, sejam definidos quais tipos de intervenções devem
ser realizadas para a melhora do quadro clínico do paciente, diminuição
dos problemas relacionados aos medicamentos e adesão ao
tratamento. Vejamos quais são as intervenções farmacêuticas que
podem ser feitas dentro do consultório:
Veri�cação de parâmetros clínicos
Nesta intervenção, o farmacêutico poderá verificar parâmetros
clínicos, como pressão arterial, glicemia, colesterol e
triglicerídeos, temperatura corporal, e ainda avaliar exames
laboratoriais, com o propósito de prevenir enfermidades ou de
monitorar o tratamento farmacológico. O diagnóstico não cabe
ao farmacêutico, para isso é necessário o encaminhamento ao
médico.
Organização de medicamentos
Nesta intervenção, o objetivo é simplificar a utilização dos
medicamentos pelos pacientes, principalmente aqueles que
são polimedicados. A organização da rotina diária de
medicação facilita a adesão ao tratamento e pode corrigir
eventuais erros de administração. Para esse fim, podem ser
utilizados dispositivos organizadores, o desenvolvimento de
esquemas e tabelas de horários, além de etiquetas e
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informações sobre precauções durante o uso dos
medicamentos.
Aconselhamento ao paciente
Nesta intervenção, a finalidade é o aconselhamento não só ao
paciente, como também aos seus cuidadores, com a finalidade
de fornecer, além de informações sobre a terapia
medicamentosa (como posologia, tempo de tratamento, efeitos
adversos, conservação do medicamento), informações sobre
terapias não medicamentosas, sobre saúde, fatores de risco e
hábitos saudáveis. O aconselhamento promove uma relação de
confiança entre o farmacêutico e o paciente, dá ao paciente
autonomia sobre o seu tratamento e ajuda a sanar dúvidas
com relação às principais dificuldades frente ao cuidado.
Alteração ou sugestão na terapia
Nesta intervenção, ao identificar erros e inconsistências na
prescrição, o farmacêutico pode sugerir mudanças como:
alteração de forma farmacêutica, via de administração,
alteração no horário de administração (até mesmo para reduzir
interações medicamentosas e com alimentos), substituição,
suspensão e início de medicamentos. Quando essas alterações
se referem a medicamentos isentos de prescrição médica,
podem ser realizadas pelo farmacêutico, por meio da
prescrição farmacêutica. Já para medicamentos restritos, pode
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ser necessário o trabalho em conjunto com o prescritor, para
que se estabeleça a farmacoterapia ideal ao paciente.
Prescrição farmacêutica
Nesta intervenção, o farmacêutico clínico consegue
desenvolver uma farmacoterapia eficaz e desenvolver um plano
de cuidado para o paciente. Com o uso da prescrição, o
farmacêutico pode selecionar terapias farmacológicas e não
farmacológicas, além de redigir encaminhamentos a outros
profissionais, com vistas ao bem-estar e qualidade de vida do
paciente. Entre as terapias farmacológicas, podem ser
prescritos os medicamentos isentos de prescrição médica
(MIP), fitoterápicos, plantas medicinais, além de medicamentos
dinamizados (para os quais é necessária uma especialização).
Encaminhamento
Nesta intervenção, uma vez identificados problemas de saúde
não diagnosticados após a anamnese farmacêutica, esse
paciente deve ser encaminhado ao médico para o devido
cuidado. Além disso, ao observar certas necessidades de
saúde do paciente, pode ser necessário encaminhá-lo a outros
tipos de profissionais da saúde, que vão permitir o seu cuidado
integral, como nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos, ou até
mesmo outros farmacêuticos que atuem com outro nicho de
cuidado.
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Existem outras intervenções que o farmacêutico pode realizar, ainda
dentro de suas atribuições clínicas, como a realização de pequenos
curativos, a administração de medicamentos (injetáveis, nebulização e
imunizantes) e participação em campanhas de saúde. Com a devida
especialização, o profissional também pode realizar intervenções e
procedimentos na área de saúde estética e de procedimentos contidos
no rol de práticas integrativas e complementares (PIC), como a
acupuntura, homeopatia, ozonioterapia, fitoterapia e floralterapia.
Principais dúvidas sobre as
intervenções farmacêuticas
Confira agora as respostas para esses questionamentos.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
A intervenções farmacêuticas são práticas que visam contribuir
para a otimização da farmacoterapia e o uso racional de
medicamentos e que devem ser reavaliadas, para verificar se
solucionaram os problemas relacionados aos medicamentos, além
de definir quais condutas devem seguidas. Considerando essas
informações, de que forma são avaliados os resultados das
intervenções farmacêuticas em pacientes ambulatoriais?
A Enviando questionários on-line.
B Por meio de consulta com um clínico geral.
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Parabéns! A alternativa C está correta.
Para pacientes atendidos em ambulatório, as intervenções
farmacêuticas devem ser avaliadas através de novas consultas
farmacêuticas.
Questão 2
Entre as possíveis intervenções farmacêuticas a serem realizadas
no ambiente hospitalar, a maioria é definida a partir de problemas
relacionados a medicamentos, identificados por meio da avaliação
da prescrição médica. Que tipo de intervenção farmacêutica deve
ser feita quando um paciente que está internado toma determinado
medicamento na forma farmacêutica de comprimido e, ao não
conseguir mais deglutir, passa a utilizar uma sonda nasoenteral?
C Por meio de futuros atendimentos farmacêuticos.
D
Não é necessário avaliar os resultados das
intervenções.
E Indo a um atendimento de emergência.
A Adequação de forma farmacêutica.
B Ajuste de dose.
C Orientação ao paciente.
D Adequação de apresentação.
E Triturar o comprimido e colocar direto na sonda.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
Em pacientes internados que necessitam utilizar sondas enterais,
pode ser necessário adequar a forma farmacêutica, substituindo
comprimidos ou cápsulas por soluções orais. O ato muito comum
de triturar comprimidos pela enfermagem, para administrar pela
sonda pode resultar na perda da eficácia dos medicamentos.
4 - Comunicação com outros pro�ssionais
Ao �naldeste módulo, você será capaz de reconhecer a importância do processo integral de
cuidado do paciente junto a outros pro�ssionais da saúde.
A saúde como uma área
multidisciplinar
A integralidade da saúde
Viemos de um momento no qual a saúde era focada apenas no
profissional médico como o centro do trabalho assistencial, com uma
visão fragmentada e cada vez mais especializada. Essa centralização
do cuidado, muitas vezes, dificultava o acesso à saúde pela população,
que apresentava altos níveis de automedicação, agravos de doenças e
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inclusive um alto custo dos serviços hospitalares decorrentes desse
processo.
O resgate do papel do farmacêutico clínico traz mais uma discussão
acerca da multidisciplinaridade da saúde, demonstrando que cada
profissional envolvido na área tem um papel a cumprir, e a colaboração
entre os diferentes profissionais facilita o acesso dos pacientes ao
cuidado, ao controle de suas doenças, e ao estímulo de cuidados não só
curativos, como também preventivos.
Re�exão
A partir do momento que pensamos a saúde com o princípio da
integralidade, surge uma nova consciência com a participação das
diferentes áreas, atuando juntas para fornecer o melhor serviço e
assistência ao usuário da saúde, com o objetivo de ampliar a atenção
em saúde nos mais diversos níveis de complexidade.
Nesse contexto, é importante para o farmacêutico que deseja atuar
direto com a assistência ao paciente e com a farmácia clínica
compreender o que significa trabalhar em conjunto e quando é
necessária a comunicação com outros profissionais, de forma que não
extrapole os limites de sua profissão e reconheça os momentos em que
o seu conhecimento não será suficiente para resolver os problemas
observados por ele na clínica.
Quais são os limites do pro�ssional
farmacêutico?
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O código de ética farmacêutico dispõe que:
Além disso, também diz que: “é proibido delegar a outros profissionais
atos ou atribuições exclusivos da profissão farmacêutica” (CFF, 2014, p.
6).
É importante que o farmacêutico se dedique ao estudo e à formação
continuada, de forma a aprimorar o desempenho de sua atividade
profissional, sabendo se comunicar, ouvir o paciente, orientando e
selecionando os tratamentos adequados, com base em critérios de
efetividade e segurança.
A interpretação das queixas do paciente durante a anamnese vai auxiliar
na identificação da presença de transtornos menores que podem ser
tratados de forma segura pelo farmacêutico, ou se existem questões de
saúde a serem identificadas corretamente, sendo necessário o
encaminhamento ao profissional médico para posterior diagnóstico.
Atenção!
Ao farmacêutico não é permitido o diagnóstico de doenças, ficando este
ato restrito ao profissional médico, como também não é permitido
modificar a prescrição médica.
Após uma anamnese precisa, seja em transtornos menores ou questões
já diagnosticadas, o farmacêutico poderá indicar medidas
farmacológicas e não farmacológicas, além de, com o objetivo de cuidar
do paciente como um todo, direcioná-lo a outros profissionais.
Poderão ser prescritos pelo farmacêutico os medicamentos isentos de
prescrição (MIP), que podem ser tanto medicamentos industrializados,
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como manipulados, fitoterápicos, sem contar os tratamentos dentro das
terapias integrativas e complementares.
A partir do momento em que o farmacêutico observar questões de
saúde que estão fora de seu alcance, é importante direcionar o paciente
a outros profissionais, como psicólogos (para os transtornos mentais),
nutricionistas (quando existem questões alimentares a ser trabalhadas),
dentistas, fisioterapeutas, enfermeiros, educadores físicos, médicos,
entre outros. O elo junto a esses profissionais vai propiciar ao paciente
qualidade de vida e saúde, com o cuidado de forma integral.
Habilidades de comunicação
necessárias ao farmacêutico
Tipos de comunicação
Uma comunicação eficiente contribui para o cuidado, auxilia na
identificação dos problemas de saúde e proporciona o desenvolvimento
de soluções adequadas às necessidades do paciente. Para atingir esses
objetivos, o farmacêutico deve desenvolver suas habilidades
comunicativas na interação com o paciente e seus familiares, e junto
aos outros profissionais de saúde envolvidos no processo.
A comunicação pode ser feita de duas formas: por meio da
comunicação verbal e da comunicação não verbal.
Pode ser expressa por meio da fala e da escrita, enquanto é
recebida pela escuta ativa e atenta. É importante que a
comunicação verbal seja clara, de forma que a mensagem seja
transmitida em uma linguagem adequada ao nível de
entendimento do interlocutor, isto é, a pessoa que vai receber a
mensagem, seja ele um paciente ou cuidador, ou outro
profissional de saúde. O tom da voz também é um aspecto
importante, que deve estar coerente com as expressões
emocionais e o conteúdo da mensagem a ser transmitida.
Comunicação verbal 
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A comunicação escrita é uma ferramenta fundamental de
comunicação verbal para o registro das informações e
acompanhamento da evolução do paciente, além da
comunicação com os profissionais de saúde. Pode ser
disponibilizada ao paciente como complemento à orientação
falada durante o atendimento, de forma a facilitar sua
compreensão e reduzir os erros na utilização dos medicamentos.
O farmacêutico deve ser capaz de documentar de forma precisa
e eficaz as informações do paciente e as ações pactuadas com
ele e com os outros profissionais de saúde.
Envolve comportamentos que acontecem sem o uso de palavras
faladas ou escritas e engloba o uso da linguagem corporal, que
muitas vezes transmite a mensagem ao interlocutor de forma
complementar à linguagem verbal. Dentro desse contexto,
incluem-se os seguintes elementos:
contato visual, que demonstra interesse e atenção;
expressões faciais;
gestos e toques;
o uso de símbolos, imagens ou ícones para transmitir uma
mensagem – recursos que podem auxiliar o paciente no
entendimento quanto aos horários de uso de
medicamentos;
o uso de objetos de comunicação – como o crachá e o
jaleco que identifica o farmacêutico em um
estabelecimento de saúde.
É necessário que o farmacêutico se comunique de forma clara e
objetiva, com respeito em relação ao outro profissional e
demonstrando a importância da colaboração dos diferentes
profissionais com o foco principal na melhora do paciente. Para
essa comunicação, a associação entre os meios de
comunicação verbal falada e escrita, além da utilização de
elementos de comunicação não verbal, pode trazer resultados
positivos na relação entre os farmacêuticos e os demais
profissionais da saúde.
Inserido em equipes de cuidado, a mudança no perfil do farmacêutico
nas últimas décadas, com o objetivo da promoção de saúde ao paciente,
exigiu desse profissional diferentes habilidades e competências para
Comunicação não verbal 
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comunicar-se com os demais membros da equipe de saúde, tais como:
capacidade de negociação, habilidades em resolução de conflitos,
técnicas de comunicação interpessoal e capacidade de construir
relações positivas. Por meio dessa interação entre os diferentes pilares
de cuidado é possível a coleta e troca de informações sobre o paciente.
Onde são identificados os problemas relacionados à farmacoterapia,
ocorrea discussão de casos clínicos, são informadas as intervenções
efetuadas, e são disponibilizadas demais informações à equipe.
Comunicação com outros
pro�ssionais de saúde
Importância da colaboração entre pro�ssionais
Um dos grandes problemas enfrentados pelos farmacêuticos no
decorrer de sua prática profissional é o seu isolamento nas farmácias,
como também sua dificuldade de comunicação com outros
profissionais da saúde. Ao assumir o seu papel na área clínica e estar
cada vez mais próximo do paciente, é essencial a troca de experiências
deste profissional com os demais profissionais da área para
implementação de práticas colaborativas na saúde, que vão propiciar o
cuidado integral do paciente.
O farmacêutico deve estar confortável em relação ao seu papel na
equipe de saúde, confiante em seus conhecimentos e fontes de
informação, habilidades e atitudes, e consciente de que pode contribuir
para o cuidado ao paciente. A farmacoterapia é a expertise do
farmacêutico e a morbimortalidade relacionada ao uso inadequado de
medicamentos está entre as principais causas de hospitalizações e
internações no mundo. Sabendo disso, este profissional pode contribuir
fortemente junto a toda a equipe de cuidado, no incremento de ações
para garantir a segurança da farmacoterapia.
Recomendação
A colaboração junto aos médicos pode trazer inúmeros benefícios e
influenciar diretamente nos resultados farmacoterapêuticos dos
indivíduos, como também do funcionamento dos serviços de saúde.
Como o médico é o responsável pelo diagnóstico e definição da
farmacoterapia, a interação junto ao farmacêutico propicia uma terapia
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medicamentosa mais segura, com menor nível de reações adversas e
agravos à saúde decorrente delas.
Devido ao alto custo com os cuidados em saúde, ao avanço rápido nas
pesquisas relacionadas aos medicamentos e à ocorrência de interações
medicamentosas e terapias cada vez mais complexas, uma
farmacoterapia racional e individualizada, adequada às necessidades de
cada paciente, não consegue ser realizada apenas por médicos. O
farmacêutico, com toda a sua capacidade técnica, tem de estar presente
e ser uma referência importante da equipe de cuidado, contribuindo com
seus conhecimentos.
Outro profissional com o qual o farmacêutico deve manter cada vez
mais em contato, principalmente dentro do ambiente hospitalar, é o
enfermeiro, visto que tanto os enfermeiros como os técnicos e auxiliares
são o elo direto com o paciente. São esses profissionais que realizam o
atendimento direto do paciente, administram os medicamentos e tem
uma grande responsabilidade nesse processo. Uma boa comunicação
entre a enfermagem e a farmácia favorece a administração segura de
medicamentos, por reduzir problemas relacionados à medicação, como
erros de administração, de diluição, dosagens erradas, entre outros.
O trabalho com a equipe multidisciplinar busca a saúde nos níveis físico,
mental e emocional e, por isso, outros profissionais também são muito
importantes nesse processo, como os profissionais da saúde bucal,
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assistentes sociais, psicólogos, terapeutas, nutricionistas,
fisioterapeutas, entre outros, e todos estes têm o seu papel no benefício
da saúde dos indivíduos.
Essa comunicação entre os diferentes profissionais pode ocorrer de
diferentes maneiras, desde indicações, comunicações escritas,
encaminhamentos, treinamentos multiprofissionais. O que vai definir o
tipo de comunicação é onde esse profissional está inserido, o tipo de
paciente e em qual gravidade ele está lidando.
Como e quando se comunicar com outros
pro�ssionais
Existem farmacêuticos que atuam em equipes multidisciplinares em
hospitais ou nos ambulatórios de saúde da família, enquanto outros
trabalham de forma isolada, em consultórios farmacêuticos. Quando
inseridos em equipes, a comunicação normalmente é mais direta,
podendo participar de grupos de discussão e mesas redondas para
discutir casos clínicos de pacientes. Em questões sobre segurança de
medicamentos, é importante que o farmacêutico compartilhe de seu
conhecimento e realize treinamentos multiprofissionais sobre a
farmacoterapia com a equipe médica e de enfermagem, sempre que
houver a necessidade de reduzir erros de medicação e os consequentes
agravos na saúde dos pacientes.
Quando o farmacêutico atua em farmácias e em consultórios
farmacêuticos pode, ao observar sinais de alerta e sintomas que
necessitarem de um cuidado mais especializado clínico, ou de outro
profissional, interagir diretamente com esse profissional ou prescritor, o
que pode, inclusive, ser feito pelo telefone. Um exemplo dessa interação
ocorre quando é percebido um erro na prescrição ou uma prescrição
ilegível no momento da dispensação de medicamentos. Nesse caso, o
farmacêutico entra em contato com o prescritor para esclarecer
quaisquer dúvidas e ajustar a prescrição, de modo que o paciente tenha
mais segurança durante seu tratamento.
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Quando o paciente é atendido em uma consulta farmacêutica e
percebida a necessidade de acompanhamento por outros profissionais,
pode-se realizar uma comunicação verbal escrita, na forma de
encaminhamento. Esse documento formaliza a comunicação com
outros profissionais e nele devem constar os dados do paciente e a
justificativa para recomendação de outro nível de cuidado, veja:
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Modelo de encaminhamento.
No vídeo a seguir esclareceremos algumas questões.
Como se comunicar no ambiente de
trabalho
Veja agora como abordar e se comunicar com outros profissionais da
saúde a fim de atingir o melhor resultado terapêutico para o paciente.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O farmacêutico vem se tornando cada vez mais um profissional
importante no cuidado integral da saúde da população e, para
cumprir esse papel, uma boa interação com outros profissionais de
saúde é essencial. Quais são as habilidades e competências
necessárias ao farmacêutico para que possa construir uma boa
relação com outros profissionais de saúde?
Parabéns! A alternativa B está correta.
Para uma boa interação do farmacêutico com outros profissionais,
tão importante quanto o conhecimento técnico é o desenvolvimento
de habilidades e competências, como: capacidade de negociação,
habilidades em resolução de conflitos, técnicas de comunicação
interpessoal e capacidade de construir relações positivas.
A
Habilidades em informações sobre medicamentos e
doenças.
B
Capacidade de negociação e de resolução de
conflitos.
C
Conhecimentos sobre dispensação de
medicamentos.
D Fazer uma boa anamnese.
E
Realizar adequadamente a avaliação da prescrição
farmacêutica.
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Questão 2
O contato entre os diferentes profissionais melhora o trabalho
dentro das equipes de saúde, além de proporcionar uma boa
evolução clínica dos pacientes, com uma maior segurança na
farmacoterapia e na qualidade do serviço como um todo. Para que
tais resultados sejam atingidos, devem existir meios para que essa
troca de conhecimento

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