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Disciplina | Erro! Nenhum texto com o estilo especificado foi encontrado no documento. www.focusconcursos.com.br | 1 Caixa Econômica Federal | Técnico Bancário Índice Geral www.focusconcursos.com.br | 2 O Grupo Focus de Educação se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne à sua edição (apresentação a fim de possibilitar ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo). Nem a instituição nem os autores assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra. É proibida a reprodução total ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive através de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem permissão por escrito do autor e do editor. 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Manual preparatório para o concurso da Caixa Econômica Federal: técnico bancário / Org. Vitor Matheus Krewer. – Cascavel: Grupo Focus de Educação, Focus, 2024. 726 P. 1. Generalidades – Português - Brasil. I. Krewer, Vitor Matheus. II. Título. CDD 23 ed.: 036.681 © 2024, by Grupo Focus de Educação Rua Maranhão, 924 - Ed. Coliseo - Centro Cascavel - PR, 85801-050 Tel: (45) 3040-1010 www.focusconcursos.com.br Este documento possui recursos de interatividade através da navegação por marcadores. Acesse a barra de marcadores do seu leitor de PDF e navegue de maneira RÁPIDA e DESCOMPLICADA pelo conteúdo. http://www.focusconcursos.com.br/ mailto:sac@focusconcursos.com.br http://www.focusconcursos.com.br/ Caixa Econômica Federal | Técnico Bancário Índice Geral www.focusconcursos.com.br | 3 Índice Geral Língua Portuguesa................................................................................................... 04 Matemática................................................................................................................ 140 Raciocínio Lógico...................................................................................................... 196 Conhecimentos de Informática............................................................................... 257 Atualidades................................................................................................................ 376 Ética............................................................................................................................ 443 Legislação Específica................................................................................................. 459 Atendimento Bancário.............................................................................................. 491 Conhecimentos Bancários........................................................................................ 609 Língua Portuguesa | Sumário www.focusconcursos.com.br | 4 Língua Portuguesa | Sumário www.focusconcursos.com.br | 5 Sumário 1 Compreensão e Interpretação de Textos ............................................................ 8 1.1 Compreensão de Textos para Concursos Públicos ..................................................... 8 2 Tipologia Textual ................................................................................................... 9 2.1 Gêneros Textuais ...................................................................................................................... 9 2.2 Tipologias textuais ................................................................................................................ 10 2.3 Espécies de Tipologias ........................................................................................................ 11 3 Ortografia Oficial ................................................................................................. 15 3.1 Ortografia e Gramática: particularidades ..................................................................... 20 3.2 Hífen .......................................................................................................................................... 26 3.3 Outros Casos de Hífen ........................................................................................................ 28 4 Acentuação Gráfica .............................................................................................. 29 4.1 Acento Prosódico e Acento Gráfico ............................................................................... 29 4.2 Regras gerais de Acentuação Gráfica ............................................................................ 29 4.3 Regras específicas ................................................................................................................. 31 5 Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras ................................. 33 5.1 Semântica ................................................................................................................................ 33 5.2 Morfologia ............................................................................................................................... 41 5.3 Substantivo ............................................................................................................................. 42 5.4 Adjetivo .................................................................................................................................... 49 5.5 Advérbio ................................................................................................................................... 53 5.6 Preposição ............................................................................................................................... 55 5.7 Interjeição ................................................................................................................................ 56 5.8 Numeral .................................................................................................................................... 56 5.9 Conjunção................................................................................................................................ 57 5.10 Pronome ................................................................................................................................... 59 5.11 Verbos ....................................................................................................................................... 65 6 Emprego do Sinal Indicativo de Crase ............................................................... 76 6.1 Regra Geral ............................................................................................................................. 77 6.2 Casos Facultativos ................................................................................................................ 79 6.3 Casos Proibitivos ................................................................................................................... 80 7 SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ...............................................................83 Língua Portuguesa | Sumário www.focusconcursos.com.br | 6 7.1 Frase .......................................................................................................................................... 83 7.2 Oração ...................................................................................................................................... 83 7.3 Período ..................................................................................................................................... 84 7.4 Predicado ................................................................................................................................. 86 7.5 Verbos Intransitivos ............................................................................................................. 87 7.6 Verbos Transitivos ................................................................................................................ 87 7.7 Verbos de Ligação ................................................................................................................ 87 7.8 Predicativo ............................................................................................................................... 88 7.9 Termos Integrantes .............................................................................................................. 88 7.10 Lista de verbos e suas transitividades ........................................................................... 90 7.11 Complemento Nominal ...................................................................................................... 94 7.12 Termos Acessórios ................................................................................................................ 95 7.13 Vocativo.................................................................................................................................... 96 8 Pontuação ............................................................................................................. 97 8.1 Vírgula ....................................................................................................................................... 97 8.2 Uso da Vírgula........................................................................................................................ 97 8.3 Ponto-e-vírgula ..................................................................................................................... 98 8.4 Ponto final ............................................................................................................................... 98 8.5 Dois pontos ............................................................................................................................. 99 8.6 Exclamação .............................................................................................................................. 99 8.7 Interrogação ........................................................................................................................... 99 8.8 Travessão ................................................................................................................................. 99 8.9 Parênteses ............................................................................................................................. 100 8.10 Aspas ....................................................................................................................................... 100 8.11 Reticências ............................................................................................................................. 100 9 Concordância Nominal e Verbal ....................................................................... 100 9.1 Concordância Verbal ......................................................................................................... 100 9.2 Concordância Nominal ..................................................................................................... 108 10 Regência Nominal e Regência Verbal .............................................................. 111 10.1 Regência Nominal .............................................................................................................. 111 10.2 Regência Verbal................................................................................................................... 112 11 Significação das Palavras................................................................................... 117 11.1 Homônimos e Parônimos ................................................................................................ 117 Língua Portuguesa | Sumário www.focusconcursos.com.br | 7 11.2 Sinônimo e Antônimos ..................................................................................................... 119 12 Redação Oficial ................................................................................................... 119 12.1 Definição de Redação Oficial .......................................................................................... 120 12.2 Características Essenciais da Redação Oficial ........................................................... 121 12.3 Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais ........................................................ 124 12.4 Fecho para Comunicações .............................................................................................. 130 12.5 Identificação do Signatário ............................................................................................. 130 12.6 Padrão do Ofício ................................................................................................................. 130 12.7 Espécies de Documentos Oficiais ................................................................................. 133 Língua Portuguesa | Compreensão e Interpretação de Textos Compreensão de Textos para Concursos Públicos | 8 1 Compreensão e Interpretação de Textos O edital exige o conhecimento de interpretação e compreensão de textos. Para a maioria das pessoas, compreender e interpretar um texto são as mesmas coisas. Todavia, são assuntos diferentes. Existe, sim, uma diferença entre compreender e interpretar um texto. A compreensão está detida na superfície textual, enquanto a interpretação está para além das linhas do texto. Para a realização de uma boa prova, é necessário que o candidato domine essas duas técnicas. O primeiro passo é a compreensão, o segundo passo é a interpretação. 1.1 Compreensão de Textos para Concursos Públicos Compreender um texto nada mais é do que compreender o que está escrito, ou seja, entender o que as palavras grafadas na superfície textual querem dizer. Não pense em interpretação, isso é outra coisa. Para concurso público é imprescindível que o candidato saiba dizer sobre o que o texto fala. Por meio da leitura, é preciso chegar ao final do texto com o entendimento, ao menos, do tema, ou seja, sobre o que trata o texto. Essa é a primeira etapa. Pense que tudo o que você precisa saber para responder as questões referentes à compreensão estão contidas na sua prova. É exatamente isso, as respostas estão impressas no papel, basta compreender as informações. Compreender é decodificar os sinais gráficos, entender o vocabulário e deter-se apenas naquilo que lhe é apresentado. DETENHA-SE APENAS NAS INFORMAÇÕES DO TEXTO, SOMENTE AQUILO QUE O Língua Portuguesa | Tipologia Textual Gêneros Textuais | 9 TEXTO DISPONIBILIZA. Um erro muito comum é tentar interpretar o que precisa apenas ser compreendido. Algumas vezes o candidato se depara com um texto conhecido. Por saber do que trata o texto, ter conhecimento do seu conteúdo na íntegra, o candidato acaba atribuindo mais sentidos do que aqueles que são solicitados pela banca. 1.1.1 Interpretação de Textos para Concursos Públicos Por se tratar de algotão subjetivo, muitos candidatos temem interpretar de maneira indevida, cometendo erros ou não correspondendo às expectativas por eles criadas. Nem tudo é possível na interpretação, por mais que seja uma atividade subjetiva que envolva diversas áreas do conhecimento, algumas interpretações fogem à resposta esperada. Por isso, leia! Atualize-se, mantenha-se informado das notícias que nos cercam e procure estabelecer conexões entre as diversas áreas do conhecimento. Interpretar requer prática, não deixe para se dedicar apenas no momento da prova. Crie o hábito de ler, caso contrário, sua interpretação poderá ficar reduzida a um pequeno conhecimento que não é estimulado. A interpretação está para além do texto. NÃO está na superfície textual, está nas entrelinhas, está para além das entrelinhas, está em você! O texto é um suporte, as inferências e interpretações devem ser realizadas com base nessa escrita, mas não estão marcadas diretamente no texto como estavam na compreensão. A compreensão é o primeiro passo, a interpretação está em um nível mais avançado de entendimento. 2 Tipologia Textual Tipologia textual consiste na classificação textual dos vários modos de organização discursiva. Para compreendermos o que são as tipologias textuais, é necessário, primeiramente, entender o que são os gêneros textuais. Dessa forma, ficará mais clara a compreensão da tipologia e sua importância para o desenvolvimento das questões selecionadas pela banca. 2.1 Gêneros Textuais Gênero Textual é o repertório das formas de discurso na comunicação socioideológica. Dentro de todas as esferas sociais, nos comunicamos por meio de diferentes gêneros. Dentro de cada contexto existe um gênero específico para facilitar a comunicação. O texto jornalístico é um gênero utilizado para comunicar uma notícia, um fato ocorrido em determinado lugar, visando alcançar um público específico. A história em quadrinhos é um exemplo de outro gênero textual. Esse gênero geralmente conta uma história, utiliza-se tanto do texto escrito quanto das imagens. É um Língua Portuguesa | Tipologia Textual Tipologias textuais | 10 gênero destinado ao entretenimento, seja para adultos ou crianças. A propaganda também é um gênero textual, com o objetivo de vender algum produto ou promover alguma marca, utiliza-se de diversos recursos para alcançar seu objetivo. Vejamos os gêneros textuais citados acima em forma de gráfico: Utilizando desses três exemplos para ilustrar o que seria um gênero textual, conseguimos facilmente identificá-los e diferenciá-los. Essa diferenciação é o que constitui a marca de cada gênero. Conhecer diferentes gêneros textuais é necessário para compreender e interpretar textos. Algumas vezes as bancas se utilizam de diversos gêneros como pressuposto para a compreensão e interpretação. Saber as características desses gêneros e seus contextos de interação possibilita ao candidato expandir as possibilidades de acerto. 2.2 Tipologias textuais As tipologias textuais estão diretamente relacionadas aos gêneros textuais. A tipologia é a forma como o gênero é escrito. Por exemplo, dentro do gênero Propaganda podemos ter diferentes tipologias textuais. Podemos ter uma propaganda que utiliza da descrição para anunciar seu produto (por exemplo, “O chocolate Mix é cremoso, crocante, envolvente! Seu sabor é inigualável, e seu preço imbatível!”). Podemos também ter a mesma propaganda que utiliza da narração para vender seu produto (por exemplo, “Era uma vez, um chocolate sem igual. Seu sabor era tão incrível que nenhuma criatura, humana ou divina, resistia ao seu sabor.”). Perceba que o mesmo gênero textual pode fazer uso de diferentes tipologias textuais, tudo depende da intenção do autor do texto ou do contexto de uso. Língua Portuguesa | Tipologia Textual Espécies de Tipologias | 11 2.3 Espécies de Tipologias A tipologia é essa linguagem utilizada dentro de cada gênero textual, dependendo da finalidade do autor. Podemos defini-las como: ► Descritiva: Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sensações ou sentimentos. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere. É o tipo de relação centrada no objeto. Usa palavras para definir com detalhes as imagens; Detalha locais, pessoas, climas; Presença constante do pretérito imperfeito ou do presente; Uso constante de adjetivos; Gêneros: receitas, classificados, lista de compras etc. ► Dissertativa (argumentativa): Tomada de posição, explicações de razões e motivações que levaram a defender tal argumento. É a redação centrada em uma ideia. Apresentação constante do presente ou pretérito; Procura defender uma ideia; Gêneros: redação de vestibular, artigo jornalístico, sermão, manifesto etc. Geralmente escolhe uma posição contrária ou favorável; ► Narrativa: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do mundo real ou imaginários. Redação centrada no fato, no acontecimento. Possui personagens; O enredo é o principal elemento; Conta histórias e fatos reais ou fictícios; Gêneros: contos, novelas, crônicas, romances, etc; Presença constante do pretérito. ► Expositiva (explicativa ou informativa): Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias). Estrutura básica: ideia principal; Língua Portuguesa | Tipologia Textual Espécies de Tipologias | 12 desenvolvimento; conclusão. Exemplos de textos expositivos são os encontrados em manuais de instruções. Linguagem objetiva; Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos científicos, exposições, etc; Não há posição favorável ou contrária, mas apenas exposição de fatos; Relata fatos geográficos, econômicos, sociais, históricos, entre outros; Gêneros: aulas expositivas, dicionários, gramáticas, etc. ► Instrucional (Injuntiva): Indica como realizar uma ação. É também utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo. Há, também, o uso do futuro do presente. Cite-se, como exemplo, receita de um bolo e manuais. 2.3.1 Textos Informativos Todos aqueles textos que atribuímos ao jornalismo estão contidos nessa classificação: jornais, revistas, folhetos, com suas diferentes variedades (notícias, reportagens, artigos diversos, anúncios, etc.). Incluímos também a correspondência, embora algumas cartas possam se encaixar melhor num modelo literário. No entanto, grande parte da correspondência que recebemos e enviamos tem como finalidade informar algo concreto. Características gerais dos textos informativos: Função Conhecer ou transmitir explicações e informações de caráter geral; Seu objetivo é compreender ou comunicar as características principais do tema, sem maior aprofundamento. Modelos Jornais e revistas. Livros de divulgação, folhetos. Notícias. Artigos e reportagens. Anúncios e propaganda. Avisos, anúncios públicos. Correspondência pessoal ou comercial. Convites. Entrevistas. Conteúdo Muito diverso, em função do tema (notícias, anúncios, cartas, etc.). Formato Texto em prosa, com características específicas de cada modelo. Procedimentos de leitura Uso de indicadores de aproximação ao conteúdo (títulos, fotos, imagens, tipografia, seções do jornal, etc.); Identificação do tema da informação; Identificação da ideia principal; Identificação dos detalhes principais; Língua Portuguesa | Tipologia Textual Espécies de Tipologias | 13 Vejamos agora alguns conceitos específicos: Características das notícias: Conteúdo Baseado em fatos reais, destacando os detalhessignificativos, com escassa opinião pessoal do escritor. Estrutura clássica: o que aconteceu, onde, quando, como, por que e que consequências tem. Existem classificações temáticas das notícias: seções do jornal. Formato Manchetes destacadas que resumem o essencial; lead; subtítulos. Tipografia relativa à importância da notícia; Indicação de data e lugar da notícia. Assinatura, agência, correspondente; Presença de fotografias ou gráficos com sua legenda correspondente; Escrita em colunas; Na TV: formato dos noticiários, resumo inicial dos destaques. Ampliação posterior acompanhada de imagens filmadas. Possibilidade de comentários posteriores em entrevistas etc. Relação texto-imagem. Gramática (forma em que esse texto é escrito) Manchetes: frases curtas, sintéticas, com elementos para chamar a atenção do leitor e despertar sua curiosidade. Procedimentos de leitura Uso de elementos contextuais (foto, imagens) como aproximação ao texto; Uso do título como resumo da notícia; Uso de subtítulos, legendas, data, etc., para ampliar a informação do título; Identificação do que aconteceu, como, onde, quando, por que e consequências do acontecimento. Muito uso da 2ª pessoa do singular ou do “você”; Ensina a realizar uma tarefa; Gêneros: manuais, livros de autoajuda, propaganda, etc. 2.3.2 Textos Argumentativos COMUNICAR não é simplesmente enviar uma mensagem e fazer com que nosso ouvinte/leitor a receba e a compreenda. Para ser mais claro, podemos dizer que nós fazemos uso da linguagem não somente para transmitir ideias, informações. É muito comum fazer uso das palavras para que nosso ouvinte/leitor aceite o que estamos comunicando (e não apenas compreenda); que creia, faça ou confirme o que está sendo dito ou proposto. Comunicar não se resume somente num “fazer saber”, mas também num fazer acreditar, num fazer aceitar. Dessa forma, a língua não é apenas um instrumento de comunicação; ela é também um instrumento de ação dos homens sobre os próprios homens, isto é, uma estratégia que visa a convencer, a persuadir, a aceitar, a fazer crer, a mudar de opinião, a levar a uma determinada ação. Sendo assim, fica evidente que falar e escrever é argumentar. Língua Portuguesa | Tipologia Textual Espécies de Tipologias | 14 Assim, TEXTO ARGUMENTATIVO é o texto em que defendemos uma ideia, opinião ou ponto de vista, uma tese, procurando fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a. A tese é o principal elemento, por esse motivo, deve ser muito bem escolhida e explorada. Não existem argumentos certos ou errados, o que existe é a dificuldade e/ou facilidade em defender um ponto de vista sobre alguma tese. Num texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argumentos e as estratégias argumentativas. TESE é a ideia que defendemos, necessariamente polêmica, pois a argumentação implica divergência de opinião. A escolha, como já foi mencionado, deve ser bem pensada, devemos fazer uso de grande parte do nosso conhecimento para escolher adequadamente uma tese. A palavra ARGUMENTO tem sua origem no latim argumentum, que tem o tema ARGU, cujo sentido primeiro é "fazer brilhar", "iluminar", a mesma raiz de "argênteo", "argúcia", "arguto". O papel do argumento é fazer com que a tese ganhe consistência, convencendo o leitor/ouvinte. Os argumentos de um texto são facilmente localizados: identificada a tese, faz-se a pergunta: por quê? (Ex.: o autor é contra a eutanásia (tese). Porque ... (argumentos). As ESTRATÉGIAS não podem ser confundidas com os ARGUMENTOS. ESTRATÉGIAS argumentativas são todos os recursos (verbais e não-verbais) utilizados para envolver o leitor/ouvinte, para impressioná-lo, para convencê-lo melhor, para persuadi-lo mais facilmente, para gerar credibilidade, etc. Para tanto, quem produz um texto argumentativo pode fazer uso de diferentes estratégias, dependendo para quem o texto é redigido ou por qual motivo. Vejamos alguns exemplos de estratégias argumentativas: 01. A CLAREZA do texto: Essa é uma estratégia argumentativa que na medida em que o texto é apresentado, de forma clara, o leitor/ouvinte poderá entender, e, entendendo, poderá concordar com o que está sendo exposto. Portanto, para conquistar o leitor/ouvinte, quem fala ou escreve vai procurar por todos os meios ser COMPONENTES DO TEXTO ARGUMENTATIVO tese argumentos estratégias argumentativas Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Espécies de Tipologias | 15 claro, isto é, utilizar-se da ESTRATÉGIA da clareza. A CLAREZA não é, pois, um argumento, mas, sim, um meio (estratégia) imprescindível, para obter adesão das mentes, dos espíritos. Funciona como uma crescente, as informações vão sendo apresentadas explicitamente, enquanto o leitor faz a construção do entendimento. 02. O emprego da LINGUAGEM CULTA FORMAL deve ser visto como uma importante estratégia em diferentes tipos de texto. Com seu uso, afirmamos nossa autoridade (= "Eu sei escrever. Eu domino a língua! Eu sou culto!") e com isso reforçamos a credibilidade do nosso texto. Imaginemos um político que não sabe escrever, nesse caso, seus conhecimentos políticos devem ser questionáveis. Em outros contextos, o emprego da LINGUAGEM FORMAL e até mesmo da LINGUAGEM POPULAR poderá ser estratégico, pois, com isso, consegue-se mais facilmente atingir o ouvinte/leitor de classes menos favorecidas. 03. O TÍTULO ou o INÍCIO do texto (escrito/falado) podem ser utilizados como estratégias, pois é pelo título que, muitas vezes, conseguimos despertar o interesse do leitor, que, por sua vez, estará mais atento aos argumentos ali no texto apresentados. A utilização de vários argumentos, sua disposição ao longo do texto, o ataque às fontes adversárias, as antecipações ou prolepses (quando o escritor/orador prevê a argumentação do adversário e responde-a), a qualificação das fontes, a utilização da ironia, da linguagem agressiva, da repetição, das perguntas retóricas, das exclamações, etc. são alguns outros exemplos de estratégias. 3 Ortografia Oficial Leitura e escrita são fundamentais para o desenvolvimento de nossa competência ortográfica. Essa frequência auxilia a memorização da grafia correta e evita o uso constante do dicionário. Mas é bom lembrar que esse processo é contínuo e a longo prazo. Não aprendemos de uma hora para outra a grafia correta das palavras, é um processo que se inicia na alfabetização e que nos acompanha ao longo da vida. Para facilitar esse processo, apresentaremos algumas orientações gerais que poderão auxiliar a escrita e identificação da grafia correta de algumas palavras. Algumas técnicas de memorização também serão descritas. Para iniciar, é importante lembrar que a palavra derivada apresenta grafia semelhante àquela da palavra primitiva: rapaz – rapaziada / faca – facada / branco – brancura. Quando estamos atentos a essa regra, fica mais fácil compreender o processo de formação das palavras e evitar possíveis erros. EZA ou ESA? Para substantivos abstratos derivados de adjetivos, usamos “EZA” ou “EZ”. Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Espécies de Tipologias | 16 Por exemplo: Belo – beleza/ esperto – esperteza/ magro – magreza/ certo – certeza/ pálido – palidez. Já para formação de femininos, usamos “ESA” ou “ISA”. Por exemplo: barão – baronesa/ duque – duquesa/ imperador – imperatriz. ISAR ou IZAR? Quando derivar de um nome, uso o “IZAR”. Vamos observar alguns exemplos! ▪ frágil – fragilizar ▪ mártir – martirizar ▪ concreto – concretizar Se a palavra original já for escrita com “s”, uso “ISAR”. Por exemplo: análise – analisar – ISAR não é mais um sufixo. Há, contudo, uma exceção: catequese – catequizar. S, J ou Z? Assim como a regra do “ISAR”, permanecem as letras “S”, “J” ou “Z” se assim forem escritas suas originárias. Vamos observar alguns exemplos!▪ gás – gasoso ▪ faz – afazer ▪ loja – lojista X, S ou Ç? Depois de ditongo, somente uso “X”, “S” ou “Ç”. Por exemplo: feixe, caixa, coisa, lousa, correição, eleição. Há, contudo, uma exceção: diminutivos como papeizinhos, aneizinhos, ladrõezinhos/ e caucho – recauchutar, recauchutado. C, S OU SS? Existe correlação gráfica entre nd/ns na formação de substantivos a partir de verbos. Vamos observar alguns exemplos! ▪ ascender – ascensão ▪ estender – extensão ▪ expandir – expansão ▪ pretender – pretensão Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Espécies de Tipologias | 17 A mesma correlação podemos fazer entre ced/cess na formação de nomes derivados de verbos. Vamos observar alguns exemplos! ▪ exceder- excesso ▪ conceder – concessão ▪ interceder – intercessão Ainda seguindo a mesma analogia, temos o uso de ter/tenção. Vamos observar alguns exemplos! ▪ abster – abstenção ▪ deter – detenção ▪ conter – contenção X ou CH? Se houver “EN" antes ou “ME” no início da palavra, uso sempre o “X”. Por exemplo: enxugar, enxada, enxerto, enxurrada, México, mexer, mexilhão Há, contudo, exceções: derivadas de palavras com “ch” como cheio → encher / ou chumbo → enchumbar/ ou encharcar → enchente e mecha (de cabelo). Vamos observar alguns exemplos! ▪ Ameixa – caixa – peixe ▪ Eixo – frouxo – rebaixar Palavras de origem indígena aportuguesadas também fazem uso do X. Vamos observar um exemplo! ▪ Xavante – xingar – xará – xerife – xampu Há casos de palavras homófonas (mesma pronúncia e grafia diferente) que apresentam a grafia como distinção. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Cheque (ordem de pagamento)- xeque (jogada do xadrez) ▪ Chácara (propriedade rural)- xácara (narrativa em versos) ▪ Brocha (pequeno prego)- broxa (pincel para caiação de paredes) OSO ou OZO? Com exceção da palavra gozo, não admite-se a construção “-ozo”. Assim, sempre que tenho o som “OSO” utilizo a letra “s” em sua grafia. Vamos observar alguns exemplos! Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Espécies de Tipologias | 18 ▪ gostoso, saboroso, gasoso, leitoso, seboso, cremoso G ou J? Quando temos o “A” como inicial, usamos “g”. Vamos observar um exemplo! ▪ ágil, agente, agir, agência Excepciona a regra, todavia, as palavras derivadas de “j” como jeito – ajeitar. Além disso, em nomes de alimentos, como regra, usa-se “j”. Vamos observar um exemplo! ▪ jiló, jenipapo Novamente, existe uma exceção, qual seja: gengibre. Substantivos com a terminação em AGEM, IGEM e UGEM, usamos a letra G. Vamos observar alguns exemplos! ▪ agiotagem – garagem – barragem ▪ fuligem – origem – vertigem ▪ ferrugem – lanugem – rabugem Não se adequam à regra acima, as palavras pajem e lambujem. Essa regra também vale para as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO E ÚGIO. Vamos observar alguns exemplos! ▪ estágio – pedágio – contágio ▪ colégio – sacrilégio – egrégio ▪ litígio – prestígio – relógio ▪ necrológio – refúgio – subterfúgio Já a letra J é usada em verbos terminados em JAR. Vamos observar alguns exemplos! ▪ arranjar (arranjo, arranje, arranjem) ▪ despejar (despejo, despeje) ▪ enferrujar (enferrujado, enferruje) ▪ viajar (viajo, viaje) Palavras de origem tupi, árabe, africana ou exótica, também se utilizam da letra J. Vamos observar alguns exemplos! ▪ canjica – alforje – pajé Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Espécies de Tipologias | 19 ▪ manjericão – jiboia – jerico ▪ jirau- moji – alfanje Formas Variantes Abdômen ou abdome Aluguel ou aluguer Antiguidade ou antigüidade Arrebentar ou rebentar Assoalho ou soalho Assoprar soprar Anchova ou enchova Azálea ou azaléia Bêbado ou bêbedo Brabo ou bravo Catorze ou quatorze Caminhonete ou camionete Cota ou quota Covarde ou cobarde Degelar ou desgelar Entoação ou entonação Enfarte ou infarto Flecha ou frecha Laje ou lajem Maquiagem ou maquilagem Parêntese ou parêntesis Plancha ou prancha Remoinho ou redemoinho Tesoura ou tesoira Tramela ou taramela Treinar ou trenar Várzea, várgea, vargem, varge Afeminado ou efeminado Amídala ou amígdala Arregaçar ou regaçar Arrebitar ou rebitar Assobiar ou assoviar Arremedar ou remedar Cãibra ou câimbra Baguncear ou bagunçar Biscoito ou biscouto Bilhão ou bilião Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Ortografia e Gramática: particularidades | 20 Cociente ou quociente Champanha ou champanhe Quotidiano ou cotidiano Cumular ou acumular Dependurar ou pendurar Estralar ou estalar Espuma ou escuma Frauta ou flauta Imundícia ou imundice Loiro ou louro Percentagem ou porcentagem Relampejar, relampear, relampadejar, relampaguear, relampadar ou relampar Rastro ou rasto Toicinho ou toucinho Taberna ou taverna Trilhão ou trilião Tríade ou tríada Volibol ou voleibol 3.1 Ortografia e Gramática: particularidades A fim ou afim? Quando queremos usar uma expressão com sentido de finalidade, usamos “a fim”. Para se certificar disso, substitua a expressão “a fim” por “para”. Vamos observar um exemplo! ▪ Eu como frutas a fim de permanecer saudável. → Eu como fruta para permanecer saudável. Somente escrevemos “afim” quando queremos dizer “que possui afinidade”. Vamos observar um exemplo! ▪ Temos gostos afins → temos gostos que possuem afinidade. Tampouco ou tão pouco? Tampouco quer dizer “também não”. Vamos observar um exemplo! ▪ Não gosto de brigas, tampouco gosto de agressões. Já “tão pouco” possui o significado de “muito pouco”. Vamos observar um exemplo! ▪ Nunca vi tão pouco respeito em uma sala. Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Ortografia e Gramática: particularidades | 21 Nesse caso, reescreveríamos desta forma: Vi muito pouco respeito em uma sala. Acerca de ou a cerca de? Se quero dizer “sobre”, uso “acerca”. Vamos observar um exemplo! ▪ Acerca desse assunto, sei muito. Se quero dizer “aproximadamente”, digo “a cerca de”. Vamos observar um exemplo! ▪ A casa se encontra a cerca de 2 km. Encontramos ainda o “há cerca de”, que é muito tranquilo. Usamos esta expressão quando queremos dizer um tempo aproximado no passado. Vamos observar um exemplo! ▪ Há cerca de 10 anos me graduei em Letras. Em vez de ou ao invés de? Outro erro recorrente! Quando queremos tratar sobre duas situações opostas, usamos ao invés de ou em vez de. Tanto faz! Veja: Ao invés de sair, entrou → Em vez de sair entrou. No entanto, se queremos nos referir a ideias adversas, mas que não são opostas, somente usamos “em vez de”. Assim: Em vez de comer frango, comeu uma salada. Perceba que frango não é contrário à salada. Nesse caso, não posso dizer: Ao invés de comer frango, comeu salada. A par ou ao par? “A par” significa “ter conhecimento”. Vamos observar um exemplo! ▪ Estou a par de toda a verdade. Já “Ao par” possui o significado de “igualdade”. Este último é muito utilizado na economia. Vamos observar um exemplo! ▪ O dólar está ao par do euro. Ambos ou ambos os dois? Jamais escreva “ambos os dois”. “Ambos” já significa “os dois”. Ou seja, você está Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Ortografia e Gramática: particularidades | 22 escrevendo “os dois os dois”. Vamos observar um exemplo! ▪ “Ambos concorrem ao cargo” = “Os dois concorrem ao cargo” Anexo, anexos, em anexo ou em anexos? Você pode dizer tanto “anexo”, quanto “em anexo”. O que muda é a classificação gramatical. Se você utilizar “anexo”, estará optando por um adjetivo. Logo, poderá variar. Agora, se sua opção for pelo uso de “em anexo”, estará usando uma locução adverbial. Portanto, invariável. Vamos observar um exemplo! ▪ “As fotos estão anexas” = “As fotos estão em anexo”. A ou há? “A” é usado para o futuro e “HÁ” para o passado. Vamos observar um exemplo!▪ “Estarei mais magra daqui a 10 dias” ou “Eu o conheci há 15 anos”. No último caso, não se usa “atrás”, já que “há” simboliza o passado. Portanto, é incorreta a frase: “Eu o conheci há 15 anos atrás”. ▪ “A” pode indicar distância a ser percorrida. Vamos observar um exemplo! ▪ Minha casa fica a dois quilômetros daqui. A princípio ou em princípio? “A princípio” que dizer “no início”. Já “em princípio” significa “em tese, teoricamente”. Vamos observar um exemplo! ▪ “A princípio, achei que ele era confiável” e “Em princípio, ele é uma pessoa inteligente”. Ao encontro ou de encontro? “Ao encontro” se refere a ideias afins. Já “de encontro” se refere a ideias contrárias. Vamos observar um exemplo! ▪ “Suas ideias vão ao encontro das minhas, pois você gosta de vermelho, como eu” e “Suas ideias vão de encontro às minhas, pois você gosta de vermelho, e eu, de azul”. Bastante ou bastantes? Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Ortografia e Gramática: particularidades | 23 “O quê? Nem sabia que existia ‘bastantes’”. Se for isso que você pensou, não se preocupe; muita gente ainda desconhece a forma “bastantes”. Contudo, é muito simples. “Bastante” como pronome indefinido deve ser flexionado de acordo com a situação. “Bastante” como advérbio, não. Vamos observar um exemplo! ▪ “Eu comi bastantes frutas hoje” e “Eu estudei bastante hoje”. Observe-se, contudo, que se tiver dúvidas, substitua a palavra “bastante” por “muito/a” Eminente ou iminente? Para estas palavras há uma dica muito útil: para se lembrar de “eminente” foque no “e”. Lembre-se de “e” de “externo”. Da mesma forma, com a palavra “iminente”. Foque no “i”, e lembre-se de “interno”. Algo “eminente” é algo que aparece, pois está externo. Logo, se eu disser: “Um príncipe”. Aparece ou não? Claro que sim! Ele é um príncipe! Todos notam um príncipe. Agora, se eu disser: “Uma guerra que ainda não aconteceu, mas está para acontecer”. Aparece ou não? Não! Ela ainda não aconteceu, mas está para acontecer. Logo, é “iminente”. Essa é somente uma dica para memorizar suas diferenças. “Eminente” quer dizer “ilustre”. Já, “iminente” quer dizer “prestes a ocorrer”. Vamos observar um exemplo! ▪ “O eminente príncipe chegou à cidade” e “A iminente crise é a última notícia dos jornais”. Senão ou se não? Senão é equivalente a “caso contrário” ou “a não ser”: Vamos observar um exemplo! ▪ É bom que ela chegue a tempo, senão não perderá a entrevista. Se não é usado em orações condicionais e equivale a “caso não”: Vamos observar um exemplo! ▪ Se não houver seriedade, o time perderá o campeonato. Onde ou aonde? Aonde indica ideia de movimento ou de aproximação. É o oposto de donde, que indica afastamento. Alguns verbos de movimento podem fazer uso do aonde. Vamos observar um exemplo! ▪ - Aonde você vai? ▪ - Aonde vocês querem chegar agindo dessa forma? ▪ - Aonde devo dirigir-me para conseguir informações? ▪ - Ele não sabe aonde ir. Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Ortografia e Gramática: particularidades | 24 Onde indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. Essa palavra, geralmente, é usada com verbos que exprimem estado ou permanência: Vamos observar um exemplo! ▪ - Onde você está? ▪ - Não sabemos onde começar a procurar. ▪ - Onde você vai ficar nas suas férias? ▪ - Diga onde seu carro está estacionado. Mas ou Mais? MAS é uma conjunção adversativa, traz ideia de adversidade. Equivale a porém, contudo, entretanto. Vamos observar um exemplo! ▪ - Ela tentou, mas não deu certo. ▪ - As pessoas estão cansadas, mas ainda querem ver o presidente. MAIS é pronome ou advérbio de intensidade, é o oposto de menos. Vamos observar um exemplo! ▪ - Eu andei mais que Carlos esses dias. ▪ - O Brasil é o país que mais apresenta dificuldades na educação. Mal ou mau? MAL pode ser advérbio ou substantivo, mas de maneira bem resumida, podemos dizer que é o oposto de BEM. Vamos observar um exemplo! ▪ - Ele se comportou mal durante a aula. ▪ - O homem estava mal-intencionado, pegou o dinheiro e correu. ▪ - A seleção brasileira jogou mal, mas conseguiu vencer a partida. MAL também pode significar doença, moléstia ou algo nocivo. Vamos observar um exemplo! ▪ - A dengue é um mal que assola o país. ▪ - O mal do século é a depressão. MAU é adjetivo, traz ideia de “ruim” de “má índole” e, de maneira bem simplificada, é o oposto de BOM. Vamos observar um exemplo! ▪ - Aquele é o lobo mau. ▪ - Esse homem é um mau motorista. Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Ortografia e Gramática: particularidades | 25 Para saber qual das duas formas utilizar, substitua pelo oposto e verifique a coerência: ▪ - O lobo mau/mal perseguiu a menina. ▪ - O lobo bom/bem perseguiu a menina. Fica evidente que o uso correto é MAU, pois quando substituído por BOM a frase não perde a coerência. Por que / por quê /porque /porquê? Essa é uma questão que sempre cai nos concursos e que ainda causa muitas dúvidas. Afinal, quando eu uso cada um desses porquês? Antes de entrarmos nas explicações mais gramaticais, vamos simplificar, passando um macete para evitar erros graves. Vamos observar alguns exemplos! ▪ - Por que você está triste? ▪ - Porque você brigou comigo! ▪ - Eu briguei? Por quê? ▪ - Já vou te contar o porquê A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo (que). Equivale a “por qual razão”. Vamos observar alguns exemplos! ▪ - Não sei por que você acha isso. ▪ - Não é fácil saber por que a situação está tão ruim. Em alguns contextos o por que equivale a “para que “ou “pelo qual” e suas flexões. Vamos observar alguns exemplos! ▪ - O caminho por que devemos passar está interditado. Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Hífen | 26 ▪ - Lutamos por que um dia esse movimento seja reconhecido. A forma porque é uma conjunção, equivale a “pois”, “já que”, “uma vez que”. Vamos observar alguns exemplos! ▪ - Sei que deu errado porque não veio ninguém. ▪ - Venha até aqui porque você chegou atrasado! Porque também pode indicar finalidade, equivale a “para que”, “a fim de”: Vamos observar alguns exemplos! ▪ - Não julgues porque não te julguem. A forma porquê representa um substantivo, traz ideia de “causa”. “razão”, “motivo”, e geralmente está acompanhado de um determinante: Vamos observar alguns exemplos! ▪ - Dê-me o porquê de tantas injúrias. ▪ - Não sei o porquê de toda essa bagunça. 3.2 Hífen Com as novas regras ortográficas, algumas coisas mudaram. O hífen é um dos assuntos mais abordados com as novas alterações. Este tema não é muito focado nos concursos. No entanto, com o uso obrigatório da nova ortografia a partir do ano 2016, esse é um assunto que pode, sim, tornar-se o novo alvo dos examinadores. O que mudou? Prefixo terminado em vogal, seguido por palavra iniciada por “s” ou “r”. ANTES NOVA ORTOGRAFIA anti-religioso Antirreligioso anti-semita Antissemita contra-regra Contrarregra contra-senha Contrassenha extra-regulamentação Preveem Exceto em prefixos já terminados e “r” seguidos de palavra com “r”, como em: hiper- resistente ou inter-racial. Prefixo terminado em vogal, seguido por palavra iniciada em vogal diversa ANTES NOVA ORTOGRAFIA auto-aprendizagem Autoaprendizagem auto-estrada Autoestrada Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Hífen | 27 extra-escolar Extraescolar infra-estrutura Infraestrutura Prefixo terminado em consoante, seguido por palavra iniciada em vogal NOVA ORTOGRAFIA Hiperacidez Interestadual Superaquecimento Superinteressante Superotimismo Palavras cuja noção de composição foi perdida NOVA ORTOGRAFIA Girassol Madressilva Mandachuva Paraquedas Pontapé Como o hífen é usado? Prefixo com palavras iniciadas por “h” USO DO HÍFEN Anti-higiênicoCo-herdeiro Macro-história Sobre-humano Mini-hotel *Exceto em “subumano” e “inábil”. Prefixo terminado por vogal, seguido por palavra iniciada pela mesma vogal USO DO HÍFEN Anti-ibérico Auto-observação Micro-ondas Semi-internato Contra-almirante Língua Portuguesa | Ortografia Oficial Outros Casos de Hífen | 28 Prefixo terminado por consoante, seguido por palavra iniciada pela mesma consoante USO DO HÍFEN Hiper-requintado Inter-racial Sub-bibliotecário Super-racista Hiper-requintado Prefixos além, aquém, ex, sem, pós, pré, pró e recém. NOVA ORTOGRAFIA Além-mar Aquém-mar Ex-aluno Sem-terra Pós-graduação Pré-história Pró-europeu Recém-nascido Sufixos de origem tupi-guarani NOVA ORTOGRAFIA Amoré-guaçu Anajá-mirim Capim-açu 3.3 Outros Casos de Hífen Não se usa hífen na formação de palavras com não e quase. ▪ não agressão ▪ quase delito O hífen também é usado para ligar duas ou mais palavras que podem, ocasionalmente, combinar formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. ▪ ponte Rio- Niterói ▪ eixo Rio- São Paulo Língua Portuguesa | Acentuação Gráfica Acento Prosódico e Acento Gráfico | 29 Para maior clareza gráfica, quando o hífen fica no final da linha, na separação silábica, é necessário repetir o sinal na linha que segue. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Na cidade conta- se que ela foi sequestrada. ▪ O diretor conversou com os ex-alunos. 4 Acentuação Gráfica 4.1 Acento Prosódico e Acento Gráfico Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja: ▪ es - per - te – za ▪ ca - pí - tu – lo ▪ tra – zer ▪ e - xis - ti – rá Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. Logo, conclui-se que: ▪ Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas ou mais sílabas. Já o acento gráfico, caracteriza-se por marcar a sílaba tônica de algumas palavras. É o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos empregados são: ▪ Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas (pará, ambíguo, saúde, vintém). Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto. (pé, herói). ▪ Acento Grave(`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com artigos e pronomes (à, às, àquele). ▪ Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com timbre fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, normalmente diante de m, n ou nh (mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo). ▪ Til (~): indica que as letras a e o representam vogais nasais (balão, põe). 4.2 Regras gerais de Acentuação Gráfica Para iniciar o estudo da acentuação gráfica devemos diferenciar, inicialmente, o acento tônico do acento gráfico. Língua Portuguesa | Acentuação Gráfica Regras gerais de Acentuação Gráfica | 30 Vamos observar alguns exemplos! ▪ acento tônico: ruim, gratuito, amigo ▪ acento gráfico: saúde, lâmpada O acento gráfico será determinado pelas regras de acentuação que estudaremos na sequência. Podemos dividir as palavras tônicas em proparoxítonas, paroxítonas ou oxítonas. Vamos a cada uma delas. Proparoxítonas Essa é a regra de que todo mundo gosta. Isso porque é muito fácil de memorizá-la. Simples: todas as proparoxítonas são acentuadas (proparoxítona, histórico, óculos). Paroxítonas São palavras cujo acento tônico recai na penúltima sílaba. Assim, acentuam-se as paroxítonas terminadas em: ▪ L, N, R, X (útil, hífen) ▪ UM(NS) (médium, médiuns) ▪ U e I (vírus, táxi) ▪ Ã(S) e ÃO(S) (órfão) ▪ ON(S) (elétron) ▪ PS (fórceps) ▪ Ditongo Oral (história, série As regras acimas não prevalecem nos seguintes casos: ▪ NÃO são acentuados os prefixos terminados em –r e em –i, tais como: super- homem, hiper-requintado. ▪ NÃO são acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em –ens, como: polens, hifens. ▪ NÃO se acentua o vocábulo item (nem mesmo a forma pluralizada: itens). Oxítonas acento tônico determina a sílaba tônica de um vocábulo acento gráfico trata-se de um sinal empregado sobre a sílaba tônica da palavra Língua Portuguesa | Acentuação Gráfica Regras específicas | 31 São palavras cujo acento tônico recai na última sílaba. A regra é que as oxítonas terminadas em A, E, O, EM e seus plurais são acentuadas (vatapá, igarapé, avô, avós, refém, parabéns, também). Monossílabos Tônicos Utilizamos as mesmas regras das oxítonas (já, pás, pé). Importante lembrar que também serão acentuadas as formas verbais tônicas que terminam em A, E, O, quando seguidas de -lo(s),-la(s). Contudo, não são acentuadas as formas monossílabas verbais terminadas em i, a exemplo de fi-lo e qui-lo. Essas são as regras gerais de acentuação. Existem, ainda, algumas regras específicas de acentuação, que passaremos a analisa-las abaixo. 4.3 Regras específicas ► Ditongos abertos: de acordo com as novas regras ortográficas, são acentuadas os ditongos abertos terminados palavras monossílabas tônicas (réis, céu) e das oxítonas (herói, chapéu). Importante lembrarmos que, segundo novo acordo ortográfico, foram abolidos os acentos dos ditongos abertos EI e OI das palavras paroxítonas (geleia, jiboia). ► Hiatos: se o i ou o u estiverem sozinhos e forem a sílaba tônica, usamos acento. ▪ Quando proparoxítona (hiato ou não leva acento, seguindo a regra de que todas as proparoxítonas são acentuadas) → Lúcido (sem hiato), ou úmido (hiato) ▪ Quando paroxítona (somente quando houver hiato) → Saúde. ▪ Quando oxítona (somente quando houver hiato) → Havaí. Existem, contudo, algumas exceções que são importantes para a prova: ▪ NÃO recebe acento, entretanto, o i tônico, que antecede as letras NH ou que formam sílabas com as consoantes L, M, N, R, Z (moinho, bainha). ▪ NÃO são acentuadas as palavras paroxítonas quando as vogas i e u estiverem repetidas (sucuuba). ▪ Deve-se empregar o acento agudo, se a repetição da vogal i ocorrer em palavra proparoxítona (seríssimo). De acordo com novas regras ortográficas, foi abolido o acento das palavras cujas vogais i e u são antecedidas de ditongo, no caso das palavras proparoxítonas (baiuca, bocaiuva). Contudo, se as referidas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras oxítonas, receberam o acento (Piauí). ► oo e eem: segundo o Novo Acordo Ortográfico deixam de ser acentuadas as palavras terminadas em oo e em eem (voo, creem). Língua Portuguesa | Acentuação Gráfica Regras específicas | 32 ► Acentos diferenciais: existem algumas formas verbais, cujas palavras na 3ª pessoa do singular e do plural possuem a mesma grafia. Neste caso, a palavra na 3ª pessoal do plural receberá o que se denomina de acento diferencial, por intermédio de um circunflexo. Vamos observar alguns exemplos! ▪ MANTER: ele mantém; eles mantêm ▪ DETER: ele detém; eles detêm ▪ CONVIR: ele convém; ele convêm ► Acento diferencial: não mais se emprega, após o acordo ortográfico, a acentuação no caso de palavras homônimas, cujo significado deverá ser extraído do contexto da frase em que se insere. ▪ para (verbo) ≠ para (preposição) ▪ pelo (substantivo) ≠ pelo (verbo) ≠ pelo (preposição) ► Trema: a partir da vigência do novo acordo ortográfico foi abolido (linguiça). De todo modo, é bom ressaltar que as palavras estrangeiras e nomes próprios que possuam trema continuam empregando o acento (Müller). Em suma, o acento sumiu: Ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas ANTES HOJE Européia Europeia Idéia Ideia Heróico Heroico Apóio Apoio Bóia Boia Asteróide Asteroide Coréia Coreia Estréia Estreia Jóia Joia PlatéiaPlateia Paranóia Paranoia Jibóia Jiboia Assembléia Assembleia “I” e “u” tônicos, seguidos de ditongos, das palavras paroxítonas ANTES HOJE Baiúca Baiuca Bocaiúva Bocaiuva Feiúra Feiura Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Semântica | 33 5 Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras 5.1 Semântica A Semântica é uma área da linguística que estuda o significado e a interpretação do significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um determinado contexto. Esse contexto é bem amplo, podendo envolver diversos fatores. Uma palavra em diferentes contextos pode ter significados bem diversos! Quando tratamos desse tema, não podemos deixar de abordar outros assuntos que estão diretamente relacionados a ele, como: sinônimos, antônimos, conotações, denotações, homônimos, parônimos, polissemia, barbarismo, cacofonia, ambiguidade, redundância. 5.1.1 Sinônimos “Sinônimos” são palavras que possuem significado ou sentido semelhante. Em regra, o dicionário possui exemplos de sinônimo. Vejamos uns exemplos: Débil e Fraco; Distante e Afastado; Alarido e confusão; Alcunha e apelido; Âmago e cerne; Ardiloso e astuto; Arroubo e entusiasmo; Belicoso e que incita à guerra. Colóquio e diálogo; Contraveneno e antídoto; Dilapidar e desperdiçar; Engodar e mentir; Fenecimento e fim; Fleumático e imperturbável; Frugal e simples; Fugaz e passageiro; Homizio e refúgio; Ignóbil e sem caráter; Incólume e intacto; Inócuo e inofensivo; Irrupção e entrada violenta; Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Semântica | 34 5.1.2 Antônimos “Antônimos” são palavras contrárias, opostas. Vejamos alguns exemplos: Bendizer e maldizer; Simpático e antipático; Progredir e regredir; Concórdia e discórdia; Ativo e inativo; Esperar e desesperar; Comunista e anticomunista; Simétrico e assimétrico. 5.1.3 Conotação Sentido conotativo ou sentido figurado é a mesma coisa. A palavra é usada com um significado diferente do original, o contexto é responsável por essa significação. Para lembrarmos que sentido conotativo é o simbólico. Vejamos alguns exemplos: ▪ - Minha sogra é uma bruxa! ▪ - Estou com um abacaxi para resolver. Podemos notar que a bruxa ou o abacaxi nas frases não podem ser interpretados em seu sentido literal. A sogra assume o papel da bruxa por parecer ser uma mulher má, e os problemas são associados ao abacaxi por serem difíceis de resolver, assim como o abacaxi é difícil de ser descascado. Veja mais um exemplo: ▪ A minha vizinha é uma flor → Perceba que ela não é fisicamente uma flor, mas é simpática, delicada, querida. O sentido não é literal. 5.1.4 Denotação A Denotação é o uso da palavra em seu sentido original. É aquilo que está escrito no dicionário. Para nos lembrarmos de que a denotação é o sentido literal, pensemos no “D” de “Dito”. É exatamente aquilo que está dito. Vamos observar um exemplo! ▪ Eu dei à minha vizinha uma flor. → Eu realmente dei a ela uma flor. Não há nenhum significado além do dito. A linguagem denotativa é usada em contratos, textos legais, documentos oficiais. Essa linguagem é necessária para que não exista dúvida na interpretação do texto. Um documento redigido mediante linguagem denotativa não deixa margens a dúvidas. Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Semântica | 35 5.1.5 Homônimos Possuem som e/ou escrita iguais, porém com significados distintos. Existem vários tipos de classificação para as homônimas: perfeitas, homógrafas ou homófonas. ▪ Homônimas perfeitas → mesma pronúncia e escrita. Ex.: A manga da camisa tem cor de manga. ▪ Homônimas homógrafas → mesma escrita, e pronúncia diferente. Ex.: Vou colher morangos, com a colher. ▪ Homônimas homófonas →mesma pronúncia, e escrita diferente. Ex.: Cassaram o deputado, por caçar animais em extinção. 5.1.6 Parônimos São palavras muito parecidas. Possuem pronúncia ou escrita muito semelhantes, porém com significados diferentes. Absolver (perdoar, inocentar) Absorver (aspirar, sorver) Apóstrofe (figura de linguagem) Apóstrofo (sinal gráfico) Aprender (tomar conhecimento) Apreender (capturar, assimilar) Arrear (pôr arreios) Arriar (descer, cair) Ascensão (subida) Assunção (elevação a um cargo) Bebedor (aquele que bebe) Bebedouro (local onde se bebe) Cavaleiro (que cavalga) Cavalheiro (homem gentil) Comprimento (extensão) Cumprimento (saudação) Deferir (atender) Diferir (distinguir-se, divergir) Delatar (denunciar) Dilatar (alargar) Descrição (ato de descrever) Discrição (reserva, prudência) Descriminar (tirar a culpa) Discriminar (distinguir) Despensa (local onde se guardam mantimentos) Dispensa (ato de dispensar) Docente (relativo a professores) Discente (relativo a alunos) Emigrar (deixar um país) Imigrar (entrar num país) Eminência (elevado) Iminência (qualidade do que está iminente) Eminente (elevado) Iminente (prestes a ocorrer) Esbaforido (ofegante, apressado) Espavorido (apavorado) Estada (permanência em um lugar) Estadia (permanência temporária em um lugar) Flagrante (evidente) Fragrante (perfumado) Fluir (transcorrer, decorrer) Fruir (desfrutar) Fusível (aquilo que funde) Fuzil (arma de fogo) Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Semântica | 36 Imergir (afundar) Emergir (vir à tona) 5.1.7 Polissemia A polissemia trata de palavras que possuem vários significados, necessitando do contexto em que se encontram para que seu significado seja identificado. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Estou com as mãos suadas → Membro do corpo. ▪ Posso te dar uma mão? → Ajudar. ▪ Isso vai dar uma baita mão-de-obra→ Trabalhão. 5.1.8 Barbarismo Barbarismo é um erro da escrita, pronúncia ou flexão. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Escrita: “quiz", em vez de “quis”. ▪ Pronúncia: (vide silabada) ▪ Flexão: Quando eu “ver” o documento, em vez de “vir”. Devido à propagação da internet e redes sociais, o barbarismo acabou sendo mais frequente em nosso cotidiano. A economia vocabular na agilidade desses processos acaba criando vícios na escrita que podem ultrapassar as fronteiras virtuais. Por isso, cuidado com a escrita! ▪ - vc – você - nóis – nós ▪ - xatiado – chateado - chega – chegar 5.1.9 Cacofonia Quando duas palavras separadas formam outra. O som pode ser desagradável ou indecoroso. Vamos observar alguns exemplos! ▪ A boca dela é grande. ▪ Você conhece alguém que toca gado? ▪ Amo ela! 5.1.10 Ambiguidade Muitas pessoas desconhecem, mas “ambiguidade” é um erro. Esse tipo de incorreção é um dos mais apresentados pelos concursos, quando abordam a “Semântica”. Ambiguidade é duplo sentido. Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Semântica | 37 Vamos observar um exemplo! ▪ “A gata da minha irmã está deitada no sofá”. →Posso estar falando do animal “gata”, ou que minha irmã é muito bonita, uma “gata”. A ambiguidade pode estar presente na compreensão e interpretação de textos. Atente para essas questões, pois é muito comum em concursos contemplarem esse tópico. Para evitar os erros observe, também, o contexto de produção do texto. 5.1.11 Redundância/Pleonasmo Repetição desnecessária de ideias. Por exemplo: Subir pra cima, descer pra baixo, há muito tempo atrás (se é HÁ muito tempo, é lógico que é atrás). Vamos observar alguns exemplos! ▪ O menino saiu pra fora quando a mãe gritou com ele. ▪ Ambos os dois serão levados ao tribunal. Linguagem Figurada São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividem-se em figuras de som, figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de construção. Esses recursossão usados pelo falante para realçar a sua mensagem. 1) Elipse – Zeugma Vamos observar alguns exemplos! ▪ 1- Na estante, livros e mais livros. ▪ 2- Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema. No 1º exemplo temos uma elipse, já no 2º, a figura que aparece é o zeugma. ▪ A elipse consiste na omissão de um termo que é facilmente identificado. No exemplo 1, percebemos claramente que o verbo “haver” foi omitido. No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora expresso anteriormente. ▪ “Ele prefere um passeio pela praia; eu, (prefiro) cinema.” (Não houve necessidade de repetir o verbo, pois entendemos o recado). 2) Pleonasmo Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo desnecessário, pois quem canta, só pode cantar uma canção. Na famosa frase: “Vi com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo. Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Semântica | 38 ▪ Pleonasmo, portanto, é a repetição de ideias. 3) Hipérbato Vamos observar alguns exemplos! ▪ Correm pelo parque as crianças da rua. ▪ Na escada subiu o pintor. As duas orações estão na ordem inversa. O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração. Na ordem direta ficaria: As crianças da rua correm pelo parque. O pintor subiu na escada. 4) Anacoluto É a falta de nexo que existe entre o início e o fim de uma frase. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida dos animais. ▪ Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza. 5) Silepse É a concordância com a ideia e não com a palavra dita. A silepse pode ser de gênero, número ou pessoa. ► Silepse de Gênero (masc./fem.): Vossa Excelência está admirado do fato? O pronome de tratamento “Vossa Excelência” é feminino, mas o adjetivo “admirado” está no masculino. Ou seja, concordou com a pessoa a quem se referia (no caso, um homem). Aqui temos o feminino e o masculino, logo, silepse de gênero. ► Silepse de Número (singular/plural): Aquela multidão gritavam diante do ídolo. Multidão está no singular, mas o verbo está no plural. Assim: “Gritavam” concorda com a idéia de plural que está em “multidão”. ► Silepse de Pessoa: Todos estávamos nervosos. Esta frase levaria o verbo normalmente para a 3ª pessoa (estavam – eles) mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa(nós). Temos aqui 2 pessoas (eles e nós ) logo, silepse de pessoa. 6) Metáfora – Comparação É o emprego da palavra em sentido não muito comum, em uma relação de semelhança entre dois termos. Vamos observar um exemplo! ▪ 1-Aquele homem é um leão. Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Semântica | 39 Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso como um leão. Vamos observar um exemplo! ▪ 2-A vida vem em ondas como o mar. Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo comparativo: como. O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação. Vamos observar alguns exemplos! Metáfora: ▪ - Ele é um anjo. - Ela é uma flor. Comparação: ▪ - A chuva cai como lágrimas. - A mocidade é como uma flor. Metáfora: sem o conectivo comparativo. Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como) 7) Metonímia É a substituição de uma palavra por outra quando entre ambas existe uma relação de proximidade de sentidos que permite essa troca. Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais objetiva. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Ele gosta de ler Agatha Christie. ▪ Ele comeu uma caixa de chocolate. ▪ (Ele comeu o que estava dentro da caixa) ▪ A velhice deve ser respeitada. ▪ Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”) ▪ Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”) 8) Perífrase – Antonomásia Vamos observar alguns exemplos! ▪ A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval. ▪ O Rei das Selvas está bravo. ▪ A Dama do Suspense escreveu livros ótimos. ▪ O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema. Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém ou de algum lugar. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Semântica | 40 ▪ Rei das Selvas: Leão ▪ A Dama do Suspense: Agatha Christie ▪ O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock Quando usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia. ▪ Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais. ▪ Antonomásia, quando forem pessoas. 9) Catacrese A catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou ignorância do seu real sentido. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Sentou-se no braço da poltrona para descansar. ▪ A asa da xícara quebrou-se. ▪ O pé da mesa estava quebrado. ▪ Vou colocar um fio de azeite na sopa. 10) Antítese Emprego de termos com sentidos opostos. ▪ Vamos observar alguns exemplos! ▪ Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente. ▪ A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz. 11) Eufemismo Vamos observar alguns exemplos! ▪ Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro. ▪ Acho que não fui feliz nos exames. O intuito dessas orações foi abrandar a mensagem, ou seja, ser mais educado. No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve. O mesmo ocorre com o exemplo 2 , “reprovado “ também substituído por uma expressão mais leve. 12) Ironia É algo que afirma o contrário daquilo que se queria dizer. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.) ▪ Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor! Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Morfologia | 41 ▪ Que bolsa barata, custou só mil reais! 13) Hipérbole É o exagero na afirmação. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Já lhe disse isso um milhão de vezes. ▪ Quando o filme começou, voei para casa. 14) Prosopopeia Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. Vamos observar um exemplo! ▪ A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!” 5.2 Morfologia Ao tratar da morfologia, estaremos falando sobre as classes gramaticais. O foco principal desse assunto é a função das palavras em si mesmas, e não sua função em relação à outra. Isso não significa dizer que a morfologia dispensa o contexto, já que um “A”, por exemplo, dependerá de seu contexto para sua classificação, podendo ser artigo ou preposição. São 10 as classes gramaticais: artigo, adjetivo, advérbio, conjunção, preposição, verbo, interjeição, substantivo, pronome, numeral. Para que depois, dentro de um contexto, as palavras façam sentido, será necessário, inicialmente, saber a que classe de palavras os vocábulos pertencem. Partimos da significação e função para depois estabelecer as relações dentro dos contextos. 5.2.1 Artigo É a palavra que acompanha o substantivo, servindo basicamente para generalizar ou particularizar o sentido desse substantivo. Observe: ▪ - um menino / o menino - um amigo / o amigo - uma mulher / a mulher ► Quando é usado para definir: Esta é a menina mais linda da escola. → Há uma menina específica ► Quando é usado para indefinir: Eu tenho um livro de português. → Livro qualquer ► Pode também ser usado para destacar um elemento: Ele é o cara. → Ele é o melhor ARTIGO acompanha o substantivo Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Substantivo | 42 ► Pode ser utilizado para modificar o sentido da palavra: Ela tem uma cabeça enorme → “cabeça”= membro do corpo humano ► Pode transformar outraclasse de palavra em substantivo: O voar dos pássaros é glorioso → transforma o verbo “voar” em substantivo. Artigo definido Os artigos definidos são “o” e “a” e seus referentes plurais. Como o próprio nome já diz, eles definem seres, coisas, animais, emoções, entre outros. Seu papel também pode ser o de destaque. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Esse é o livro mais bacana que já li. ▪ Os homens mais inteligentes do mundo estão no Japão. Como podemos perceber, os artigos são variantes e podem ser flexionados. Sua flexão vai desde gênero (com feminino e masculino) a número (com plural e singular). Vamos observar alguns exemplos! ▪ - A menina bonita. O menino bonito. ▪ - As meninas bonitas. Os meninos bonitos. Artigo indefinido Ao contrário do definido, os indefinidos são usados para generalizar um termo, colocando-o dentro de um grupo de palavras, neutralizando-o. Vamos observar alguns exemplos! ▪ Um homem entrou em casa e roubou minhas joias. → Não sei quem é o homem. É um homem qualquer. ▪ - Gosto muito de animais, gostaria de ter um cachorro ou um gato. 5.3 Substantivo Substantivo é a palavra que nomeia os seres. Mas o que são esses seres? O conceito de seres deve incluir os nomes de pessoas, nomes de lugares, nomes de instituições, nomes de grupos, mas também devem incluir nomes de ações, estados, qualidades, sentimentos e sensações. ▪ Mulher, Joana, Paraguai, São Vicente, sociedade, congresso, cidade, saci, comunidade, floresta, cavalo, sereia. ▪ Correria, miséria, encontro, honestidade, acontecimento, integridade, amor, pobreza, liberdade, cidadania. Podemos chamar de substantivo todos aqueles elementos que formam a realidade que nos cerca, tudo aquilo que é nomeado, cada um desses nomes é um substantivo. Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Substantivo | 43 Substantivos concretos ou abstratos? Não basta afirmar que substantivos concretos são aqueles em que podemos tocar. “Deus”, por exemplo, é um substantivo concreto. Da mesma forma que “fada”, “duende” ou “sereia”. Portanto, são necessárias mais características para definir um substantivo como concreto ou abstrato. Os substantivos que nomeiam seres de existência independente, real ou imaginária, são chamados concretos. ▪ Armário, formiga, abacateiro, homem, vento, Brasil, cidade, sereia, Deus. Os substantivos que nomeiam estados, qualidades, sentimentos ou ações, são chamados de abstratos. ▪ Tristeza, honestidade, atenção, amor, paixão, conquista, abraço, brancura, concentração, beijo. CONCRETO ABSTRATO Seres que independem de outros para existir Dependem de outros seres para existir. São noções, qualidades, ações, estados, sentimentos, emoções. Substantivos próprios, comuns ou coletivos? Os substantivos próprios se aplicam a coisas determinadas. São os nomes de pessoas, cidades, lugares determinados. Ex.: Cristina, Pernambuco, Maracanã. Já os comuns são usados para designar coisas genéricas. Ex.: mulher, cidade, estádio. Os coletivos determinam conjuntos de substantivos comuns. Abecedário ou alfabeto - letras distintas que representam fonemas em um determinado idioma. Abotoadura - botão de qualquer peça de vestuário Alameda - árvores em linha Álbum - fotografias, de figurinhas Alcateia - lobos Andecamestre - onze meses Ano - doze meses Armada, esquadra, frota - navios de guerra Arquipélago - ilhas agrupadas em uma mesma região Arvoredo - árvore quando constituem maciço Atlas - mapas Baixela - utensílios de mesa http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto http://pt.wikipedia.org/wiki/Letra http://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Pe%C3%A7a http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lbum http://pt.wikipedia.org/wiki/Foto http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Andecamestre&action=edit&redlink=1 http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano http://pt.wikipedia.org/wiki/Navio http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquip%C3%A9lago http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore http://pt.wikipedia.org/wiki/Atlas_%28cartografia%29 http://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Substantivo | 44 Banda - instrumentistas tocando a mesma peça. Bando - pássaros Batalhão, legião, pelotão, tropa - soldados de uma determinada repartição. Biênio - dois anos Bimestre - dois meses Boiada - bois Bosque - árvores Burricada - Burros Caçoada - cães Cáfila - Camelos Caravana - viajantes em uma mesma viagem Cardume - peixes Carvalhal ou reboredo- carvalhos Cercal - cerquinhos Substantivos simples ou compostos? Os substantivos simples apresentam um único radical em sua estrutura: ▪ Flor, guarda, livro, chuva. Os substantivos compostos apresentam ao menos dois radicais em sua estrutura: ▪ Floricultura, couve-flor, guarda-chuva. Substantivos primitivos ou derivados? Aqueles substantivos que não provem de nenhuma outra palavra da língua recebem o nome de primitivos: ▪ Árvore, pedra, folha, carta, dente. Já aqueles substantivos formados em decorrência de outras palavras da língua, pelo processo de derivação, são chamados derivados: ▪ Arvoredo, pedreira, folhagem, carteiro, dentista. 5.3.1 Flexões dos substantivos a) Flexão de gênero Na língua portuguesa os substantivos podem pertencer ao gênero masculino ou feminino. São masculinos aqueles que apresentam o artigo o, e femininos aqueles que apresentam o artigo a: ▪ O menino, o gato, o homem, o dia, o espelho, o cachorro, o sofá, o espeto. ▪ A menina, a gata, a mulher, a noite, a máscara, a cadela, a cadeira, a faca. http://pt.wikipedia.org/wiki/Soldado http://pt.wikipedia.org/wiki/Bi%C3%AAnio http://pt.wikipedia.org/wiki/Bimestre Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Substantivo | 45 Substantivos Biformes São biformes aqueles substantivos que podem apresentar uma forma para o masculino e outra para o feminino. Essas formas podem ter o mesmo radical ou radicais diferentes. * A maioria dos substantivos terminados em “o” átono apresenta em sua forma feminina a terminação “a”: ► - menino/menina- gato/gata * A maioria dos substantivos terminados com consoantes a forma feminina apresenta a desinência “a”: ► - freguês/ freguesa - professor /professora -camponês / camponesa Lembramos que em todos os casos existem exceções, como no caso de: galo/galinha; ator/atriz; imperador/imperatriz. A maioria dos substantivos que possuem a terminação em ÃO, o feminino é formado em à ou AO: ► - cidadão / cidadã - órfão / órfã ► - leão / leoa - leitão / leitoa Os aumentativos apresentam a substituição de ÃO por ONA: ► - valentão / valentona * Substantivos ligados a títulos de nobreza ou dignidades apresentam ESA, ESSA, ISA, na formação do feminino: ► - barão / baronesa - conde / condessa - poeta / poetisa * Alguns substantivos terminados em E formam o feminino com a substituição por A: ► - mestre / mestra - infante / infanta - parente / parenta * Existem substantivos que apresentam uma formação irregular para o feminino: ► - herói / heroína - rei / rainha - réu / ré * Destacam-se também aqueles substantivos biformes que possuem radicais diferentes: ► - cavaleiro / amazona - genro / nora - homem / mulher ► - carneiro / ovelha - cavalo / égua - boi / vaca 5.3.2 Substantivo Comum de dois Gêneros São aqueles que apresentam uma única forma para os dois gêneros. A diferenciação entre feminino ou masculino é possível pela concordância com o artigo ou outro determinante. Língua Portuguesa | Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras Substantivo | 46 Vejamos alguns exemplos! ▪ - o/a interprete