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Apostila Focus completo pós edital

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Disciplina | 
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Caixa Econômica Federal | Técnico Bancário 
Índice Geral 
www.focusconcursos.com.br | 2 
O Grupo Focus de Educação se responsabiliza pelos vícios do produto no que concerne à sua 
edição (apresentação a fim de possibilitar ao consumidor bem manuseá-lo e lê-lo). Nem a 
instituição nem os autores assumem qualquer responsabilidade por eventuais danos ou 
perdas a pessoa ou bens, decorrentes do uso da presente obra. É proibida a reprodução total 
ou parcial de qualquer forma ou por qualquer meio, eletrônico ou mecânico, inclusive através 
de processos xerográficos, fotocópia e gravação, sem permissão por escrito do autor e do 
editor. O titular cuja obra seja fraudulentamente reproduzida, divulgada ou de qualquer 
forma utilizada poderá requerer a apreensão dos exemplares reproduzidos ou a suspensão 
da divulgação, sem prejuízo da indenização cabível (art. 102 da Lei n. 9.610, de 19.02.1998). 
Atualizações e erratas: este material é disponibilizado na forma como se apresenta na data 
de publicação. Atualizações são definidas a critério exclusivo da Faculdade Focus, sob análise 
da direção pedagógica e de revisão técnica, sendo as erratas disponibilizadas na área do 
aluno do site www.focusconcursos.com.br. É missão desta instituição oferecer ao acadêmico 
uma obra sem a incidência de erros técnicos ou disparidades de conteúdo. Caso ocorra 
alguma incorreção, solicitamos que, atenciosamente, colabore enviando críticas e sugestões, 
por meio do setor de atendimento através do e-mail sac@focusconcursos.com.br. 
 
Informações Catalográficas 
G892 
GRUPO FOCUS DE EDUCAÇÃO. Manual preparatório para o concurso da Caixa Econômica Federal: 
técnico bancário / Org. Vitor Matheus Krewer. – Cascavel: Grupo Focus de Educação, Focus, 2024. 
726 P. 
1. Generalidades – Português - Brasil. I. Krewer, Vitor Matheus. II. Título. 
CDD 23 ed.: 036.681 
 
 
© 2024, by Grupo Focus de Educação 
Rua Maranhão, 924 - Ed. Coliseo - Centro 
Cascavel - PR, 85801-050 
Tel: (45) 3040-1010 
www.focusconcursos.com.br 
 
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Caixa Econômica Federal | Técnico Bancário 
Índice Geral 
www.focusconcursos.com.br | 3 
Índice Geral 
 
Língua Portuguesa................................................................................................... 04 
Matemática................................................................................................................ 140 
Raciocínio Lógico...................................................................................................... 196 
Conhecimentos de Informática............................................................................... 257 
Atualidades................................................................................................................ 376 
Ética............................................................................................................................ 443 
Legislação Específica................................................................................................. 459 
Atendimento Bancário.............................................................................................. 491 
Conhecimentos Bancários........................................................................................ 609 
 
 
 
 
Língua Portuguesa | 
Sumário 
www.focusconcursos.com.br | 4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Língua Portuguesa | 
Sumário 
www.focusconcursos.com.br | 5 
Sumário 
1 Compreensão e Interpretação de Textos ............................................................ 8 
1.1 Compreensão de Textos para Concursos Públicos ..................................................... 8 
2 Tipologia Textual ................................................................................................... 9 
2.1 Gêneros Textuais ...................................................................................................................... 9 
2.2 Tipologias textuais ................................................................................................................ 10 
2.3 Espécies de Tipologias ........................................................................................................ 11 
3 Ortografia Oficial ................................................................................................. 15 
3.1 Ortografia e Gramática: particularidades ..................................................................... 20 
3.2 Hífen .......................................................................................................................................... 26 
3.3 Outros Casos de Hífen ........................................................................................................ 28 
4 Acentuação Gráfica .............................................................................................. 29 
4.1 Acento Prosódico e Acento Gráfico ............................................................................... 29 
4.2 Regras gerais de Acentuação Gráfica ............................................................................ 29 
4.3 Regras específicas ................................................................................................................. 31 
5 Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras ................................. 33 
5.1 Semântica ................................................................................................................................ 33 
5.2 Morfologia ............................................................................................................................... 41 
5.3 Substantivo ............................................................................................................................. 42 
5.4 Adjetivo .................................................................................................................................... 49 
5.5 Advérbio ................................................................................................................................... 53 
5.6 Preposição ............................................................................................................................... 55 
5.7 Interjeição ................................................................................................................................ 56 
5.8 Numeral .................................................................................................................................... 56 
5.9 Conjunção................................................................................................................................ 57 
5.10 Pronome ................................................................................................................................... 59 
5.11 Verbos ....................................................................................................................................... 65 
6 Emprego do Sinal Indicativo de Crase ............................................................... 76 
6.1 Regra Geral ............................................................................................................................. 77 
6.2 Casos Facultativos ................................................................................................................ 79 
6.3 Casos Proibitivos ................................................................................................................... 80 
7 SINTAXE DA ORAÇÃO E DO PERÍODO ...............................................................83 
Língua Portuguesa | 
Sumário 
www.focusconcursos.com.br | 6 
7.1 Frase .......................................................................................................................................... 83 
7.2 Oração ...................................................................................................................................... 83 
7.3 Período ..................................................................................................................................... 84 
7.4 Predicado ................................................................................................................................. 86 
7.5 Verbos Intransitivos ............................................................................................................. 87 
7.6 Verbos Transitivos ................................................................................................................ 87 
7.7 Verbos de Ligação ................................................................................................................ 87 
7.8 Predicativo ............................................................................................................................... 88 
7.9 Termos Integrantes .............................................................................................................. 88 
7.10 Lista de verbos e suas transitividades ........................................................................... 90 
7.11 Complemento Nominal ...................................................................................................... 94 
7.12 Termos Acessórios ................................................................................................................ 95 
7.13 Vocativo.................................................................................................................................... 96 
8 Pontuação ............................................................................................................. 97 
8.1 Vírgula ....................................................................................................................................... 97 
8.2 Uso da Vírgula........................................................................................................................ 97 
8.3 Ponto-e-vírgula ..................................................................................................................... 98 
8.4 Ponto final ............................................................................................................................... 98 
8.5 Dois pontos ............................................................................................................................. 99 
8.6 Exclamação .............................................................................................................................. 99 
8.7 Interrogação ........................................................................................................................... 99 
8.8 Travessão ................................................................................................................................. 99 
8.9 Parênteses ............................................................................................................................. 100 
8.10 Aspas ....................................................................................................................................... 100 
8.11 Reticências ............................................................................................................................. 100 
9 Concordância Nominal e Verbal ....................................................................... 100 
9.1 Concordância Verbal ......................................................................................................... 100 
9.2 Concordância Nominal ..................................................................................................... 108 
10 Regência Nominal e Regência Verbal .............................................................. 111 
10.1 Regência Nominal .............................................................................................................. 111 
10.2 Regência Verbal................................................................................................................... 112 
11 Significação das Palavras................................................................................... 117 
11.1 Homônimos e Parônimos ................................................................................................ 117 
Língua Portuguesa | 
Sumário 
www.focusconcursos.com.br | 7 
11.2 Sinônimo e Antônimos ..................................................................................................... 119 
12 Redação Oficial ................................................................................................... 119 
12.1 Definição de Redação Oficial .......................................................................................... 120 
12.2 Características Essenciais da Redação Oficial ........................................................... 121 
12.3 Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais ........................................................ 124 
12.4 Fecho para Comunicações .............................................................................................. 130 
12.5 Identificação do Signatário ............................................................................................. 130 
12.6 Padrão do Ofício ................................................................................................................. 130 
12.7 Espécies de Documentos Oficiais ................................................................................. 133 
 
Língua Portuguesa | 
Compreensão e Interpretação de Textos 
Compreensão de Textos para Concursos Públicos | 8 
1 Compreensão e Interpretação de Textos 
O edital exige o conhecimento de interpretação e compreensão de textos. Para a 
maioria das pessoas, compreender e interpretar um texto são as mesmas coisas. Todavia, são 
assuntos diferentes. 
 
Existe, sim, uma diferença entre compreender e interpretar um texto. A compreensão 
está detida na superfície textual, enquanto a interpretação está para além das linhas do 
texto. 
Para a realização de uma boa prova, é necessário que o candidato domine essas duas 
técnicas. O primeiro passo é a compreensão, o segundo passo é a interpretação. 
 
 
 
1.1 Compreensão de Textos para Concursos Públicos 
Compreender um texto nada mais é do que compreender o que está escrito, ou seja, 
entender o que as palavras grafadas na superfície textual querem dizer. Não pense em 
interpretação, isso é outra coisa. Para concurso público é imprescindível que o candidato saiba 
dizer sobre o que o texto fala. Por meio da leitura, é preciso chegar ao final do texto com o 
entendimento, ao menos, do tema, ou seja, sobre o que trata o texto. Essa é a primeira etapa. 
Pense que tudo o que você precisa saber para responder as questões referentes à 
compreensão estão contidas na sua prova. É exatamente isso, as respostas estão impressas 
no papel, basta compreender as informações. Compreender é decodificar os sinais 
gráficos, entender o vocabulário e deter-se apenas naquilo que lhe é apresentado. 
 
 
DETENHA-SE APENAS NAS INFORMAÇÕES DO TEXTO, SOMENTE AQUILO QUE O 
Língua Portuguesa | 
Tipologia Textual 
Gêneros Textuais | 9 
TEXTO DISPONIBILIZA. 
Um erro muito comum é tentar interpretar o que precisa apenas ser compreendido. 
Algumas vezes o candidato se depara com um texto conhecido. Por saber do que trata o 
texto, ter conhecimento do seu conteúdo na íntegra, o candidato acaba atribuindo mais 
sentidos do que aqueles que são solicitados pela banca. 
 
1.1.1 Interpretação de Textos para Concursos Públicos 
Por se tratar de algotão subjetivo, muitos candidatos temem interpretar de maneira 
indevida, cometendo erros ou não correspondendo às expectativas por eles criadas. 
Nem tudo é possível na interpretação, por mais que seja uma atividade subjetiva que 
envolva diversas áreas do conhecimento, algumas interpretações fogem à resposta esperada. 
Por isso, leia! Atualize-se, mantenha-se informado das notícias que nos cercam e 
procure estabelecer conexões entre as diversas áreas do conhecimento. Interpretar requer 
prática, não deixe para se dedicar apenas no momento da prova. Crie o hábito de ler, caso 
contrário, sua interpretação poderá ficar reduzida a um pequeno conhecimento que não é 
estimulado. 
A interpretação está para além do texto. NÃO está na superfície textual, está nas 
entrelinhas, está para além das entrelinhas, está em você! O texto é um suporte, as 
inferências e interpretações devem ser realizadas com base nessa escrita, mas não estão 
marcadas diretamente no texto como estavam na compreensão. A compreensão é o primeiro 
passo, a interpretação está em um nível mais avançado de entendimento. 
 
2 Tipologia Textual 
Tipologia textual consiste na classificação textual dos vários modos de organização 
discursiva. Para compreendermos o que são as tipologias textuais, é necessário, 
primeiramente, entender o que são os gêneros textuais. Dessa forma, ficará mais clara a 
compreensão da tipologia e sua importância para o desenvolvimento das questões 
selecionadas pela banca. 
 
2.1 Gêneros Textuais 
Gênero Textual é o repertório das formas de discurso na comunicação 
socioideológica. Dentro de todas as esferas sociais, nos comunicamos por meio de diferentes 
gêneros. Dentro de cada contexto existe um gênero específico para facilitar a comunicação. 
O texto jornalístico é um gênero utilizado para comunicar uma notícia, um fato 
ocorrido em determinado lugar, visando alcançar um público específico. 
A história em quadrinhos é um exemplo de outro gênero textual. Esse gênero 
geralmente conta uma história, utiliza-se tanto do texto escrito quanto das imagens. É um 
Língua Portuguesa | 
Tipologia Textual 
Tipologias textuais | 10 
gênero destinado ao entretenimento, seja para adultos ou crianças. 
A propaganda também é um gênero textual, com o objetivo de vender algum produto 
ou promover alguma marca, utiliza-se de diversos recursos para alcançar seu objetivo. 
Vejamos os gêneros textuais citados acima em forma de gráfico: 
 
Utilizando desses três exemplos para ilustrar o que seria um gênero textual, 
conseguimos facilmente identificá-los e diferenciá-los. Essa diferenciação é o que constitui a 
marca de cada gênero. Conhecer diferentes gêneros textuais é necessário para compreender 
e interpretar textos. Algumas vezes as bancas se utilizam de diversos gêneros como 
pressuposto para a compreensão e interpretação. Saber as características desses gêneros e 
seus contextos de interação possibilita ao candidato expandir as possibilidades de acerto. 
 
2.2 Tipologias textuais 
 
As tipologias textuais estão diretamente relacionadas aos gêneros textuais. A tipologia é 
a forma como o gênero é escrito. Por exemplo, dentro do gênero Propaganda podemos ter 
diferentes tipologias textuais. Podemos ter uma propaganda que utiliza da descrição para 
anunciar seu produto (por exemplo, “O chocolate Mix é cremoso, crocante, envolvente! Seu 
sabor é inigualável, e seu preço imbatível!”). Podemos também ter a mesma propaganda que 
utiliza da narração para vender seu produto (por exemplo, “Era uma vez, um chocolate sem 
igual. Seu sabor era tão incrível que nenhuma criatura, humana ou divina, resistia ao seu 
sabor.”). Perceba que o mesmo gênero textual pode fazer uso de diferentes tipologias 
textuais, tudo depende da intenção do autor do texto ou do contexto de uso. 
 
 
Língua Portuguesa | 
Tipologia Textual 
Espécies de Tipologias | 11 
2.3 Espécies de Tipologias 
A tipologia é essa linguagem utilizada dentro de cada gênero textual, dependendo 
da finalidade do autor. Podemos defini-las como: 
 
► Descritiva: Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, 
um animal ou um objeto. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever 
sensações ou sentimentos. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da 
personagem a que o texto se refere. 
É o tipo de relação centrada no objeto. 
Usa palavras para definir com detalhes as imagens; Detalha locais, pessoas, climas; 
Presença constante do pretérito imperfeito ou do 
presente; 
Uso constante de adjetivos; 
Gêneros: receitas, classificados, lista de compras etc. 
► Dissertativa (argumentativa): Tomada de posição, explicações de razões e 
motivações que levaram a defender tal argumento. 
É a redação centrada em uma ideia. 
Apresentação constante do presente ou pretérito; Procura defender uma ideia; 
Gêneros: redação de vestibular, artigo jornalístico, 
sermão, manifesto etc. 
Geralmente escolhe uma posição 
contrária ou favorável; 
► Narrativa: Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num 
determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Refere-se a objetos do 
mundo real ou imaginários. 
Redação centrada no fato, no acontecimento. 
Possui personagens; O enredo é o principal elemento; 
Conta histórias e fatos reais ou fictícios; Gêneros: contos, novelas, crônicas, romances, etc; 
Presença constante do pretérito. 
► Expositiva (explicativa ou informativa): Apresenta informações sobre assuntos, 
expõe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias). Estrutura básica: ideia principal; 
Língua Portuguesa | 
Tipologia Textual 
Espécies de Tipologias | 12 
desenvolvimento; conclusão. Exemplos de textos expositivos são os encontrados em 
manuais de instruções. 
 
Linguagem objetiva; Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos 
científicos, exposições, etc; 
Não há posição favorável ou contrária, mas 
apenas exposição de fatos; 
Relata fatos geográficos, econômicos, sociais, 
históricos, entre outros; 
Gêneros: aulas expositivas, dicionários, 
gramáticas, etc. 
 
► Instrucional (Injuntiva): Indica como realizar uma ação. É também utilizado para 
predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os 
verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo. Há, também, o uso do 
futuro do presente. Cite-se, como exemplo, receita de um bolo e manuais. 
 
2.3.1 Textos Informativos 
Todos aqueles textos que atribuímos ao jornalismo estão contidos nessa classificação: 
jornais, revistas, folhetos, com suas diferentes variedades (notícias, reportagens, artigos 
diversos, anúncios, etc.). Incluímos também a correspondência, embora algumas cartas 
possam se encaixar melhor num modelo literário. No entanto, grande parte da 
correspondência que recebemos e enviamos tem como finalidade informar algo concreto. 
 
Características gerais dos textos informativos: 
Função 
Conhecer ou transmitir explicações e informações de caráter geral; 
Seu objetivo é compreender ou comunicar as características principais do tema, 
sem maior aprofundamento. 
Modelos 
 
Jornais e revistas. 
Livros de divulgação, folhetos. 
Notícias. 
Artigos e reportagens. 
Anúncios e propaganda. 
Avisos, anúncios públicos. 
Correspondência pessoal ou comercial. 
Convites. 
Entrevistas. 
Conteúdo Muito diverso, em função do tema (notícias, anúncios, cartas, etc.). 
Formato Texto em prosa, com características específicas de cada modelo. 
Procedimentos 
de leitura 
Uso de indicadores de aproximação ao conteúdo (títulos, fotos, imagens, 
tipografia, seções do jornal, etc.); 
Identificação do tema da informação; 
Identificação da ideia principal; 
Identificação dos detalhes principais; 
Língua Portuguesa | 
Tipologia Textual 
Espécies de Tipologias | 13 
 
Vejamos agora alguns conceitos específicos: 
Características das notícias: 
Conteúdo 
 
Baseado em fatos reais, destacando os detalhessignificativos, com 
escassa opinião pessoal do escritor. 
Estrutura clássica: o que aconteceu, onde, quando, como, por que e 
que consequências tem. 
Existem classificações temáticas das notícias: seções do jornal. 
Formato 
 
Manchetes destacadas que resumem o essencial; lead; subtítulos. 
Tipografia relativa à importância da notícia; 
Indicação de data e lugar da notícia. Assinatura, agência, 
correspondente; 
Presença de fotografias ou gráficos com sua legenda correspondente; 
Escrita em colunas; 
Na TV: formato dos noticiários, resumo inicial dos destaques. 
Ampliação posterior acompanhada de imagens filmadas. Possibilidade 
de comentários posteriores em entrevistas etc. Relação texto-imagem. 
Gramática (forma em 
que esse texto é escrito) 
Manchetes: frases curtas, sintéticas, com elementos para chamar a 
atenção do leitor e despertar sua curiosidade. 
Procedimentos 
de leitura 
 
Uso de elementos contextuais (foto, imagens) como aproximação ao 
texto; 
Uso do título como resumo da notícia; 
Uso de subtítulos, legendas, data, etc., para ampliar a informação do 
título; 
Identificação do que aconteceu, como, onde, quando, por que e 
consequências do acontecimento. 
 
Muito uso da 2ª pessoa do singular ou do “você”; Ensina a realizar uma tarefa; 
Gêneros: manuais, livros de autoajuda, propaganda, etc. 
 
2.3.2 Textos Argumentativos 
COMUNICAR não é simplesmente enviar uma mensagem e fazer com que nosso 
ouvinte/leitor a receba e a compreenda. Para ser mais claro, podemos dizer que nós fazemos 
uso da linguagem não somente para transmitir ideias, informações. É muito comum fazer uso 
das palavras para que nosso ouvinte/leitor aceite o que estamos comunicando (e não apenas 
compreenda); que creia, faça ou confirme o que está sendo dito ou proposto. 
Comunicar não se resume somente num “fazer saber”, mas também num fazer acreditar, 
num fazer aceitar. Dessa forma, a língua não é apenas um instrumento de comunicação; ela 
é também um instrumento de ação dos homens sobre os próprios homens, isto é, uma 
estratégia que visa a convencer, a persuadir, a aceitar, a fazer crer, a mudar de opinião, a levar 
a uma determinada ação. 
Sendo assim, fica evidente que falar e escrever é argumentar. 
Língua Portuguesa | 
Tipologia Textual 
Espécies de Tipologias | 14 
Assim, TEXTO ARGUMENTATIVO é o texto em que defendemos uma ideia, opinião ou 
ponto de vista, uma tese, procurando fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite-a. A tese é o 
principal elemento, por esse motivo, deve ser muito bem escolhida e explorada. Não existem 
argumentos certos ou errados, o que existe é a dificuldade e/ou facilidade em defender um 
ponto de vista sobre alguma tese. 
Num texto argumentativo, distinguem-se três componentes: a tese, os argumentos e as 
estratégias argumentativas. 
 
 
TESE é a ideia que defendemos, necessariamente polêmica, pois a argumentação 
implica divergência de opinião. A escolha, como já foi mencionado, deve ser bem pensada, 
devemos fazer uso de grande parte do nosso conhecimento para escolher adequadamente 
uma tese. 
A palavra ARGUMENTO tem sua origem no latim argumentum, que tem o tema ARGU, 
cujo sentido primeiro é "fazer brilhar", "iluminar", a mesma raiz de "argênteo", "argúcia", 
"arguto". O papel do argumento é fazer com que a tese ganhe consistência, convencendo o 
leitor/ouvinte. 
Os argumentos de um texto são facilmente localizados: identificada a tese, faz-se a 
pergunta: por quê? (Ex.: o autor é contra a eutanásia (tese). Porque ... (argumentos). 
As ESTRATÉGIAS não podem ser confundidas com os ARGUMENTOS. ESTRATÉGIAS 
argumentativas são todos os recursos (verbais e não-verbais) utilizados para envolver o 
leitor/ouvinte, para impressioná-lo, para convencê-lo melhor, para persuadi-lo mais 
facilmente, para gerar credibilidade, etc. Para tanto, quem produz um texto argumentativo 
pode fazer uso de diferentes estratégias, dependendo para quem o texto é redigido ou por 
qual motivo. 
Vejamos alguns exemplos de estratégias argumentativas: 
01. A CLAREZA do texto: Essa é uma estratégia argumentativa que na medida 
em que o texto é apresentado, de forma clara, o leitor/ouvinte poderá entender, e, 
entendendo, poderá concordar com o que está sendo exposto. Portanto, para 
conquistar o leitor/ouvinte, quem fala ou escreve vai procurar por todos os meios ser 
COMPONENTES DO TEXTO 
ARGUMENTATIVO
tese
argumentos
estratégias 
argumentativas
Língua Portuguesa | 
Ortografia Oficial 
Espécies de Tipologias | 15 
claro, isto é, utilizar-se da ESTRATÉGIA da clareza. A CLAREZA não é, pois, um 
argumento, mas, sim, um meio (estratégia) imprescindível, para obter adesão das 
mentes, dos espíritos. Funciona como uma crescente, as informações vão sendo 
apresentadas explicitamente, enquanto o leitor faz a construção do entendimento. 
 
02. O emprego da LINGUAGEM CULTA FORMAL deve ser visto como uma 
importante estratégia em diferentes tipos de texto. Com seu uso, afirmamos nossa 
autoridade (= "Eu sei escrever. Eu domino a língua! Eu sou culto!") e com isso 
reforçamos a credibilidade do nosso texto. Imaginemos um político que não sabe 
escrever, nesse caso, seus conhecimentos políticos devem ser questionáveis. 
Em outros contextos, o emprego da LINGUAGEM FORMAL e até mesmo da 
LINGUAGEM POPULAR poderá ser estratégico, pois, com isso, consegue-se mais 
facilmente atingir o ouvinte/leitor de classes menos favorecidas. 
 
03. O TÍTULO ou o INÍCIO do texto (escrito/falado) podem ser utilizados como 
estratégias, pois é pelo título que, muitas vezes, conseguimos despertar o interesse do 
leitor, que, por sua vez, estará mais atento aos argumentos ali no texto apresentados. 
A utilização de vários argumentos, sua disposição ao longo do texto, o ataque às 
fontes adversárias, as antecipações ou prolepses (quando o escritor/orador prevê a 
argumentação do adversário e responde-a), a qualificação das fontes, a utilização da 
ironia, da linguagem agressiva, da repetição, das perguntas retóricas, das exclamações, 
etc. são alguns outros exemplos de estratégias. 
 
3 Ortografia Oficial 
Leitura e escrita são fundamentais para o desenvolvimento de nossa competência 
ortográfica. Essa frequência auxilia a memorização da grafia correta e evita o uso constante 
do dicionário. Mas é bom lembrar que esse processo é contínuo e a longo prazo. Não 
aprendemos de uma hora para outra a grafia correta das palavras, é um processo que se 
inicia na alfabetização e que nos acompanha ao longo da vida. Para facilitar esse processo, 
apresentaremos algumas orientações gerais que poderão auxiliar a escrita e identificação da 
grafia correta de algumas palavras. Algumas técnicas de memorização também serão 
descritas. Para iniciar, é importante lembrar que a palavra derivada apresenta grafia 
semelhante àquela da palavra primitiva: rapaz – rapaziada / faca – facada / branco – brancura. 
Quando estamos atentos a essa regra, fica mais fácil compreender o processo de formação 
das palavras e evitar possíveis erros. 
 
EZA ou ESA? 
Para substantivos abstratos derivados de adjetivos, usamos “EZA” ou “EZ”. 
Língua Portuguesa | 
Ortografia Oficial 
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Por exemplo: Belo – beleza/ esperto – esperteza/ magro – magreza/ certo – certeza/ 
pálido – palidez. 
Já para formação de femininos, usamos “ESA” ou “ISA”. 
Por exemplo: barão – baronesa/ duque – duquesa/ imperador – imperatriz. 
 
ISAR ou IZAR? 
Quando derivar de um nome, uso o “IZAR”. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ frágil – fragilizar 
▪ mártir – martirizar 
▪ concreto – concretizar 
 
Se a palavra original já for escrita com “s”, uso “ISAR”. Por exemplo: análise – 
analisar – ISAR não é mais um sufixo. 
Há, contudo, uma exceção: catequese – catequizar. 
 
S, J ou Z? 
Assim como a regra do “ISAR”, permanecem as letras “S”, “J” ou “Z” se assim forem 
escritas suas originárias. 
Vamos observar alguns exemplos!▪ gás – gasoso 
▪ faz – afazer 
▪ loja – lojista 
 
X, S ou Ç? 
Depois de ditongo, somente uso “X”, “S” ou “Ç”. Por exemplo: feixe, caixa, coisa, lousa, 
correição, eleição. 
Há, contudo, uma exceção: diminutivos como papeizinhos, aneizinhos, 
ladrõezinhos/ e caucho – recauchutar, recauchutado. 
 
C, S OU SS? 
Existe correlação gráfica entre nd/ns na formação de substantivos a partir de verbos. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ ascender – ascensão 
▪ estender – extensão 
▪ expandir – expansão 
▪ pretender – pretensão 
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A mesma correlação podemos fazer entre ced/cess na formação de nomes derivados 
de verbos. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ exceder- excesso 
▪ conceder – concessão 
▪ interceder – intercessão 
 
Ainda seguindo a mesma analogia, temos o uso de ter/tenção. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ abster – abstenção 
▪ deter – detenção 
▪ conter – contenção 
 
X ou CH? 
Se houver “EN" antes ou “ME” no início da palavra, uso sempre o “X”. Por exemplo: 
enxugar, enxada, enxerto, enxurrada, México, mexer, mexilhão Há, contudo, exceções: 
derivadas de palavras com “ch” como cheio → encher / ou chumbo → enchumbar/ ou 
encharcar → enchente e mecha (de cabelo). 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Ameixa – caixa – peixe 
▪ Eixo – frouxo – rebaixar 
 
Palavras de origem indígena aportuguesadas também fazem uso do X. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Xavante – xingar – xará – xerife – xampu 
 
Há casos de palavras homófonas (mesma pronúncia e grafia diferente) que apresentam 
a grafia como distinção. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Cheque (ordem de pagamento)- xeque (jogada do xadrez) 
▪ Chácara (propriedade rural)- xácara (narrativa em versos) 
▪ Brocha (pequeno prego)- broxa (pincel para caiação de paredes) 
 
OSO ou OZO? 
Com exceção da palavra gozo, não admite-se a construção “-ozo”. Assim, sempre que 
tenho o som “OSO” utilizo a letra “s” em sua grafia. 
Vamos observar alguns exemplos! 
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▪ gostoso, saboroso, gasoso, leitoso, seboso, cremoso 
G ou J? 
Quando temos o “A” como inicial, usamos “g”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ ágil, agente, agir, agência 
 
Excepciona a regra, todavia, as palavras derivadas de “j” como jeito – ajeitar. 
Além disso, em nomes de alimentos, como regra, usa-se “j”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ jiló, jenipapo 
 
Novamente, existe uma exceção, qual seja: gengibre. 
Substantivos com a terminação em AGEM, IGEM e UGEM, usamos a letra G. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ agiotagem – garagem – barragem 
▪ fuligem – origem – vertigem 
▪ ferrugem – lanugem – rabugem 
 
Não se adequam à regra acima, as palavras pajem e lambujem. 
Essa regra também vale para as palavras terminadas em ÁGIO, ÉGIO, ÍGIO, ÓGIO E ÚGIO. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ estágio – pedágio – contágio 
▪ colégio – sacrilégio – egrégio 
▪ litígio – prestígio – relógio 
▪ necrológio – refúgio – subterfúgio 
 
Já a letra J é usada em verbos terminados em JAR. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ arranjar (arranjo, arranje, arranjem) 
▪ despejar (despejo, despeje) 
▪ enferrujar (enferrujado, enferruje) 
▪ viajar (viajo, viaje) 
 
Palavras de origem tupi, árabe, africana ou exótica, também se utilizam da letra J. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ canjica – alforje – pajé 
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▪ manjericão – jiboia – jerico 
▪ jirau- moji – alfanje 
 
Formas Variantes 
Abdômen ou abdome 
Aluguel ou aluguer 
Antiguidade ou antigüidade 
Arrebentar ou rebentar 
Assoalho ou soalho 
Assoprar soprar 
Anchova ou enchova 
Azálea ou azaléia 
Bêbado ou bêbedo 
Brabo ou bravo 
Catorze ou quatorze 
Caminhonete ou camionete 
Cota ou quota 
Covarde ou cobarde 
Degelar ou desgelar 
Entoação ou entonação 
Enfarte ou infarto 
Flecha ou frecha 
Laje ou lajem 
Maquiagem ou maquilagem 
Parêntese ou parêntesis 
Plancha ou prancha 
Remoinho ou redemoinho 
Tesoura ou tesoira 
Tramela ou taramela 
Treinar ou trenar 
Várzea, várgea, vargem, varge 
Afeminado ou efeminado 
Amídala ou amígdala 
Arregaçar ou regaçar 
Arrebitar ou rebitar 
Assobiar ou assoviar 
Arremedar ou remedar 
Cãibra ou câimbra 
Baguncear ou bagunçar 
Biscoito ou biscouto 
Bilhão ou bilião 
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Ortografia e Gramática: particularidades | 20 
Cociente ou quociente 
Champanha ou champanhe 
Quotidiano ou cotidiano 
Cumular ou acumular 
Dependurar ou pendurar 
Estralar ou estalar 
Espuma ou escuma 
Frauta ou flauta 
Imundícia ou imundice 
Loiro ou louro 
Percentagem ou porcentagem 
Relampejar, relampear, relampadejar, relampaguear, relampadar ou relampar 
Rastro ou rasto 
Toicinho ou toucinho 
Taberna ou taverna 
Trilhão ou trilião 
Tríade ou tríada 
Volibol ou voleibol 
 
3.1 Ortografia e Gramática: particularidades 
A fim ou afim? 
Quando queremos usar uma expressão com sentido de finalidade, usamos “a fim”. Para 
se certificar disso, substitua a expressão “a fim” por “para”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Eu como frutas a fim de permanecer saudável. → Eu como fruta para permanecer 
saudável. 
Somente escrevemos “afim” quando queremos dizer “que possui afinidade”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Temos gostos afins → temos gostos que possuem afinidade. 
 
Tampouco ou tão pouco? 
Tampouco quer dizer “também não”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Não gosto de brigas, tampouco gosto de agressões. 
Já “tão pouco” possui o significado de “muito pouco”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Nunca vi tão pouco respeito em uma sala. 
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Ortografia e Gramática: particularidades | 21 
Nesse caso, reescreveríamos desta forma: Vi muito pouco respeito em uma sala. 
 
Acerca de ou a cerca de? 
Se quero dizer “sobre”, uso “acerca”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Acerca desse assunto, sei muito. 
Se quero dizer “aproximadamente”, digo “a cerca de”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ A casa se encontra a cerca de 2 km. 
Encontramos ainda o “há cerca de”, que é muito tranquilo. Usamos esta expressão 
quando queremos dizer um tempo aproximado no passado. 
 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Há cerca de 10 anos me graduei em Letras. 
 
Em vez de ou ao invés de? 
Outro erro recorrente! Quando queremos tratar sobre duas situações opostas, usamos 
ao invés de ou em vez de. Tanto faz! 
Veja: Ao invés de sair, entrou → Em vez de sair entrou. 
No entanto, se queremos nos referir a ideias adversas, mas que não são opostas, 
somente usamos “em vez de”. 
Assim: Em vez de comer frango, comeu uma salada. Perceba que frango não é contrário 
à salada. Nesse caso, não posso dizer: Ao invés de comer frango, comeu salada. 
 
A par ou ao par? 
“A par” significa “ter conhecimento”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Estou a par de toda a verdade. 
Já “Ao par” possui o significado de “igualdade”. Este último é muito utilizado na 
economia. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ O dólar está ao par do euro. 
 
Ambos ou ambos os dois? 
Jamais escreva “ambos os dois”. “Ambos” já significa “os dois”. Ou seja, você está 
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Ortografia e Gramática: particularidades | 22 
escrevendo “os dois os dois”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ “Ambos concorrem ao cargo” = “Os dois concorrem ao cargo” 
 
Anexo, anexos, em anexo ou em anexos? 
Você pode dizer tanto “anexo”, quanto “em anexo”. O que muda é a classificação 
gramatical. Se você utilizar “anexo”, estará optando por um adjetivo. Logo, poderá variar. 
Agora, se sua opção for pelo uso de “em anexo”, estará usando uma locução adverbial. 
Portanto, invariável. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ “As fotos estão anexas” = “As fotos estão em anexo”. 
 
A ou há? 
“A” é usado para o futuro e “HÁ” para o passado. 
Vamos observar um exemplo!▪ “Estarei mais magra daqui a 10 dias” ou “Eu o conheci há 15 anos”. 
No último caso, não se usa “atrás”, já que “há” simboliza o passado. Portanto, é incorreta 
a frase: “Eu o conheci há 15 anos atrás”. 
▪ “A” pode indicar distância a ser percorrida. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Minha casa fica a dois quilômetros daqui. 
 
A princípio ou em princípio? 
“A princípio” que dizer “no início”. Já “em princípio” significa “em tese, teoricamente”. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ “A princípio, achei que ele era confiável” e “Em princípio, ele é uma pessoa 
inteligente”. 
 
Ao encontro ou de encontro? 
“Ao encontro” se refere a ideias afins. Já “de encontro” se refere a ideias contrárias. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ “Suas ideias vão ao encontro das minhas, pois você gosta de vermelho, como eu” 
e “Suas ideias vão de encontro às minhas, pois você gosta de vermelho, e eu, de 
azul”. 
 
Bastante ou bastantes? 
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Ortografia e Gramática: particularidades | 23 
“O quê? Nem sabia que existia ‘bastantes’”. Se for isso que você pensou, não se 
preocupe; muita gente ainda desconhece a forma “bastantes”. Contudo, é muito simples. 
“Bastante” como pronome indefinido deve ser flexionado de acordo com a situação. 
“Bastante” como advérbio, não. Vamos observar um exemplo! 
▪ “Eu comi bastantes frutas hoje” e “Eu estudei bastante hoje”. 
Observe-se, contudo, que se tiver dúvidas, substitua a palavra “bastante” por “muito/a” 
 
 
Eminente ou iminente? 
Para estas palavras há uma dica muito útil: para se lembrar de “eminente” foque no “e”. 
Lembre-se de “e” de “externo”. Da mesma forma, com a palavra “iminente”. Foque no “i”, e 
lembre-se de “interno”. 
Algo “eminente” é algo que aparece, pois está externo. Logo, se eu disser: “Um príncipe”. 
Aparece ou não? Claro que sim! Ele é um príncipe! Todos notam um príncipe. 
Agora, se eu disser: “Uma guerra que ainda não aconteceu, mas está para acontecer”. 
Aparece ou não? Não! Ela ainda não aconteceu, mas está para acontecer. Logo, é “iminente”. 
Essa é somente uma dica para memorizar suas diferenças. “Eminente” quer dizer 
“ilustre”. Já, “iminente” quer dizer “prestes a ocorrer”. Vamos observar um exemplo! 
▪ “O eminente príncipe chegou à cidade” e “A iminente crise é a última notícia dos 
jornais”. 
 
Senão ou se não? 
Senão é equivalente a “caso contrário” ou “a não ser”: 
Vamos observar um exemplo! 
▪ É bom que ela chegue a tempo, senão não perderá a entrevista. 
Se não é usado em orações condicionais e equivale a “caso não”: 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Se não houver seriedade, o time perderá o campeonato. 
 
Onde ou aonde? 
Aonde indica ideia de movimento ou de aproximação. É o oposto de donde, que indica 
afastamento. Alguns verbos de movimento podem fazer uso do aonde. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ - Aonde você vai? 
▪ - Aonde vocês querem chegar agindo dessa forma? 
▪ - Aonde devo dirigir-me para conseguir informações? 
▪ - Ele não sabe aonde ir. 
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Ortografia e Gramática: particularidades | 24 
Onde indica o lugar em que se está ou em que se passa algum fato. 
Essa palavra, geralmente, é usada com verbos que exprimem estado ou permanência: 
Vamos observar um exemplo! 
▪ - Onde você está? 
▪ - Não sabemos onde começar a procurar. 
▪ - Onde você vai ficar nas suas férias? 
▪ - Diga onde seu carro está estacionado. 
 
Mas ou Mais? 
MAS é uma conjunção adversativa, traz ideia de adversidade. 
Equivale a porém, contudo, entretanto. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ - Ela tentou, mas não deu certo. 
▪ - As pessoas estão cansadas, mas ainda querem ver o presidente. 
MAIS é pronome ou advérbio de intensidade, é o oposto de menos. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ - Eu andei mais que Carlos esses dias. 
▪ - O Brasil é o país que mais apresenta dificuldades na educação. 
 
 
Mal ou mau? 
MAL pode ser advérbio ou substantivo, mas de maneira bem resumida, podemos dizer 
que é o oposto de BEM. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ - Ele se comportou mal durante a aula. 
▪ - O homem estava mal-intencionado, pegou o dinheiro e correu. 
▪ - A seleção brasileira jogou mal, mas conseguiu vencer a partida. 
MAL também pode significar doença, moléstia ou algo nocivo. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ - A dengue é um mal que assola o país. 
▪ - O mal do século é a depressão. 
MAU é adjetivo, traz ideia de “ruim” de “má índole” e, de maneira bem simplificada, é 
o oposto de BOM. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ - Aquele é o lobo mau. 
▪ - Esse homem é um mau motorista. 
Língua Portuguesa | 
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Ortografia e Gramática: particularidades | 25 
 
 
Para saber qual das duas formas utilizar, substitua pelo oposto e verifique a coerência: 
▪ - O lobo mau/mal perseguiu a menina. 
▪ - O lobo bom/bem perseguiu a menina. 
Fica evidente que o uso correto é MAU, pois quando substituído por BOM a frase não 
perde a coerência. 
 
Por que / por quê /porque /porquê? 
Essa é uma questão que sempre cai nos concursos e que ainda causa muitas dúvidas. 
Afinal, quando eu uso cada um desses porquês? Antes de entrarmos nas explicações mais 
gramaticais, vamos simplificar, passando um macete para evitar erros graves. 
 
 
 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ - Por que você está triste? 
▪ - Porque você brigou comigo! 
▪ - Eu briguei? Por quê? 
▪ - Já vou te contar o porquê 
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome interrogativo 
(que). Equivale a “por qual razão”. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ - Não sei por que você acha isso. 
▪ - Não é fácil saber por que a situação está tão ruim. 
 
Em alguns contextos o por que equivale a “para que “ou “pelo qual” e suas flexões. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ - O caminho por que devemos passar está interditado. 
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Hífen | 26 
▪ - Lutamos por que um dia esse movimento seja reconhecido. 
 
A forma porque é uma conjunção, equivale a “pois”, “já que”, “uma vez que”. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ - Sei que deu errado porque não veio ninguém. 
▪ - Venha até aqui porque você chegou atrasado! 
Porque também pode indicar finalidade, equivale a “para que”, “a fim de”: 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ - Não julgues porque não te julguem. 
A forma porquê representa um substantivo, traz ideia de “causa”. “razão”, “motivo”, e 
geralmente está acompanhado de um determinante: 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ - Dê-me o porquê de tantas injúrias. 
▪ - Não sei o porquê de toda essa bagunça. 
 
3.2 Hífen 
Com as novas regras ortográficas, algumas coisas mudaram. O hífen é um dos assuntos 
mais abordados com as novas alterações. Este tema não é muito focado nos concursos. No 
entanto, com o uso obrigatório da nova ortografia a partir do ano 2016, esse é um assunto 
que pode, sim, tornar-se o novo alvo dos examinadores. 
 
O que mudou? 
Prefixo terminado em vogal, seguido por palavra iniciada por “s” ou “r”. 
ANTES NOVA ORTOGRAFIA 
anti-religioso Antirreligioso 
anti-semita Antissemita 
contra-regra Contrarregra 
contra-senha Contrassenha 
extra-regulamentação Preveem 
Exceto em prefixos já terminados e “r” seguidos de palavra com “r”, como em: hiper-
resistente ou inter-racial. 
 
Prefixo terminado em vogal, seguido por palavra iniciada em vogal diversa 
ANTES NOVA ORTOGRAFIA 
auto-aprendizagem Autoaprendizagem 
auto-estrada Autoestrada 
Língua Portuguesa | 
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Hífen | 27 
extra-escolar Extraescolar 
infra-estrutura Infraestrutura 
 
Prefixo terminado em consoante, seguido por palavra iniciada em vogal 
NOVA ORTOGRAFIA 
Hiperacidez 
Interestadual 
Superaquecimento 
Superinteressante 
Superotimismo 
 
Palavras cuja noção de composição foi perdida 
NOVA ORTOGRAFIA 
Girassol 
Madressilva 
Mandachuva 
Paraquedas 
Pontapé 
 
Como o hífen é usado? 
Prefixo com palavras iniciadas por “h” 
USO DO HÍFEN 
Anti-higiênicoCo-herdeiro 
Macro-história 
Sobre-humano 
Mini-hotel 
*Exceto em “subumano” e “inábil”. 
 
Prefixo terminado por vogal, seguido por palavra iniciada pela mesma vogal 
USO DO HÍFEN 
Anti-ibérico 
Auto-observação 
Micro-ondas 
Semi-internato 
Contra-almirante 
 
Língua Portuguesa | 
Ortografia Oficial 
Outros Casos de Hífen | 28 
Prefixo terminado por consoante, seguido por palavra iniciada pela mesma 
consoante 
USO DO HÍFEN 
Hiper-requintado 
Inter-racial 
Sub-bibliotecário 
Super-racista 
Hiper-requintado 
 
 
 
 
Prefixos além, aquém, ex, sem, pós, pré, pró e recém. 
NOVA ORTOGRAFIA 
Além-mar 
Aquém-mar 
Ex-aluno 
Sem-terra 
Pós-graduação 
Pré-história 
Pró-europeu 
Recém-nascido 
 
Sufixos de origem tupi-guarani 
NOVA ORTOGRAFIA 
Amoré-guaçu 
Anajá-mirim 
Capim-açu 
 
3.3 Outros Casos de Hífen 
Não se usa hífen na formação de palavras com não e quase. 
▪ não agressão 
▪ quase delito 
O hífen também é usado para ligar duas ou mais palavras que podem, ocasionalmente, 
combinar formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. 
▪ ponte Rio- Niterói 
▪ eixo Rio- São Paulo 
Língua Portuguesa | 
Acentuação Gráfica 
Acento Prosódico e Acento Gráfico | 29 
Para maior clareza gráfica, quando o hífen fica no final da linha, na separação silábica, é 
necessário repetir o sinal na linha que segue. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Na cidade conta- se que ela foi sequestrada. 
▪ O diretor conversou com os ex-alunos. 
 
4 Acentuação Gráfica 
4.1 Acento Prosódico e Acento Gráfico 
Todas as palavras de duas ou mais sílabas possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai 
o acento prosódico, isto é, o acento da fala. Veja: 
▪ es - per - te – za 
▪ ca - pí - tu – lo 
▪ tra – zer 
▪ e - xis - ti – rá 
Dessas quatro palavras, note que apenas duas receberam o acento gráfico. 
Logo, conclui-se que: 
▪ Acento Prosódico é aquele que aparece em todas as palavras que possuem duas 
ou mais sílabas. Já o acento gráfico, caracteriza-se por marcar a sílaba tônica de 
algumas palavras. É o acento da escrita. Na língua portuguesa, os acentos gráficos 
empregados são: 
▪ Acento Agudo (´ ): utiliza-se sobre as letras a, i, u e sobre o e da sequência -em, 
indicando que essas letras representam as vogais das sílabas tônicas (pará, 
ambíguo, saúde, vintém). 
Sobre as letras e e o, indica que representam as vogais tônicas com timbre aberto. (pé, 
herói). 
▪ Acento Grave(`): indica as diversas possibilidades de crase da preposição "a" com 
artigos e pronomes (à, às, àquele). 
▪ Acento Circunflexo (^): indica que as letras e e o representam vogais tônicas, com 
timbre fechado. Pode surgir sobre a letra a, que representa a vogal tônica, 
normalmente diante de m, n ou nh (mês, bêbado, vovô, tâmara, sândalo, cânhamo). 
▪ Til (~): indica que as letras a e o representam vogais nasais (balão, põe). 
 
4.2 Regras gerais de Acentuação Gráfica 
Para iniciar o estudo da acentuação gráfica devemos diferenciar, inicialmente, o acento 
tônico do acento gráfico. 
Língua Portuguesa | 
Acentuação Gráfica 
Regras gerais de Acentuação Gráfica | 30 
 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ acento tônico: ruim, gratuito, amigo 
▪ acento gráfico: saúde, lâmpada 
O acento gráfico será determinado pelas regras de acentuação que estudaremos na 
sequência. Podemos dividir as palavras tônicas em proparoxítonas, paroxítonas ou oxítonas. 
Vamos a cada uma delas. 
 
 
Proparoxítonas 
Essa é a regra de que todo mundo gosta. Isso porque é muito fácil de memorizá-la. 
Simples: todas as proparoxítonas são acentuadas (proparoxítona, histórico, óculos). 
 
Paroxítonas 
São palavras cujo acento tônico recai na penúltima sílaba. Assim, acentuam-se as 
paroxítonas terminadas em: 
▪ L, N, R, X (útil, hífen) 
▪ UM(NS) (médium, médiuns) 
▪ U e I (vírus, táxi) 
▪ Ã(S) e ÃO(S) (órfão) 
▪ ON(S) (elétron) 
▪ PS (fórceps) 
▪ Ditongo Oral (história, série 
As regras acimas não prevalecem nos seguintes casos: 
▪ NÃO são acentuados os prefixos terminados em –r e em –i, tais como: super-
homem, hiper-requintado. 
▪ NÃO são acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em –ens, como: polens, 
hifens. 
▪ NÃO se acentua o vocábulo item (nem mesmo a forma pluralizada: itens). 
 
Oxítonas 
acento 
tônico
determina a sílaba tônica de um 
vocábulo
acento 
gráfico
trata-se de um sinal empregado 
sobre a sílaba tônica da palavra
Língua Portuguesa | 
Acentuação Gráfica 
Regras específicas | 31 
São palavras cujo acento tônico recai na última sílaba. A regra é que as oxítonas 
terminadas em A, E, O, EM e seus plurais são acentuadas (vatapá, igarapé, avô, avós, refém, 
parabéns, também). 
 
Monossílabos Tônicos 
Utilizamos as mesmas regras das oxítonas (já, pás, pé). 
Importante lembrar que também serão acentuadas as formas verbais tônicas que 
terminam em A, E, O, quando seguidas de -lo(s),-la(s). Contudo, não são acentuadas as formas 
monossílabas verbais terminadas em i, a exemplo de fi-lo e qui-lo. 
Essas são as regras gerais de acentuação. Existem, ainda, algumas regras específicas de 
acentuação, que passaremos a analisa-las abaixo. 
 
4.3 Regras específicas 
► Ditongos abertos: de acordo com as novas regras ortográficas, são acentuadas os 
ditongos abertos terminados palavras monossílabas tônicas (réis, céu) e das oxítonas 
(herói, chapéu). 
 
Importante lembrarmos que, segundo novo acordo ortográfico, foram abolidos os 
acentos dos ditongos abertos EI e OI das palavras paroxítonas (geleia, jiboia). 
► Hiatos: se o i ou o u estiverem sozinhos e forem a sílaba tônica, usamos acento. 
▪ Quando proparoxítona (hiato ou não leva acento, seguindo a regra de que todas 
as proparoxítonas são acentuadas) → Lúcido (sem hiato), ou úmido (hiato) 
▪ Quando paroxítona (somente quando houver hiato) → Saúde. 
▪ Quando oxítona (somente quando houver hiato) → Havaí. 
Existem, contudo, algumas exceções que são importantes para a prova: 
▪ NÃO recebe acento, entretanto, o i tônico, que antecede as letras NH ou que 
formam sílabas com as consoantes L, M, N, R, Z (moinho, bainha). 
▪ NÃO são acentuadas as palavras paroxítonas quando as vogas i e u estiverem 
repetidas (sucuuba). 
▪ Deve-se empregar o acento agudo, se a repetição da vogal i ocorrer em palavra 
proparoxítona (seríssimo). 
De acordo com novas regras ortográficas, foi abolido o acento das palavras cujas vogais 
i e u são antecedidas de ditongo, no caso das palavras proparoxítonas (baiuca, bocaiuva). 
Contudo, se as referidas vogais forem antecedidas de ditongo nas palavras oxítonas, 
receberam o acento (Piauí). 
► oo e eem: segundo o Novo Acordo Ortográfico deixam de ser acentuadas as palavras 
terminadas em oo e em eem (voo, creem). 
Língua Portuguesa | 
Acentuação Gráfica 
Regras específicas | 32 
► Acentos diferenciais: existem algumas formas verbais, cujas palavras na 3ª pessoa do 
singular e do plural possuem a mesma grafia. Neste caso, a palavra na 3ª pessoal do 
plural receberá o que se denomina de acento diferencial, por intermédio de um 
circunflexo. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ MANTER: ele mantém; eles mantêm 
▪ DETER: ele detém; eles detêm 
▪ CONVIR: ele convém; ele convêm 
► Acento diferencial: não mais se emprega, após o acordo ortográfico, a acentuação 
no caso de palavras homônimas, cujo significado deverá ser extraído do contexto da 
frase em que se insere. 
▪ para (verbo) ≠ para (preposição) 
▪ pelo (substantivo) ≠ pelo (verbo) ≠ pelo (preposição) 
► Trema: a partir da vigência do novo acordo ortográfico foi abolido (linguiça). 
De todo modo, é bom ressaltar que as palavras estrangeiras e nomes próprios que 
possuam trema continuam empregando o acento (Müller). 
Em suma, o acento sumiu: Ditongos abertos “ei” e “oi” das palavras paroxítonas 
ANTES HOJE 
Européia Europeia 
Idéia Ideia 
Heróico Heroico 
Apóio Apoio 
Bóia Boia 
Asteróide Asteroide 
Coréia Coreia 
Estréia Estreia 
Jóia Joia 
PlatéiaPlateia 
Paranóia Paranoia 
Jibóia Jiboia 
Assembléia Assembleia 
 
“I” e “u” tônicos, seguidos de ditongos, das palavras paroxítonas 
 
ANTES HOJE 
Baiúca Baiuca 
Bocaiúva Bocaiuva 
Feiúra Feiura 
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Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras 
Semântica | 33 
 
5 Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras 
5.1 Semântica 
A Semântica é uma área da linguística que estuda o significado e a interpretação do 
significado de uma palavra, de um signo, de uma frase ou de uma expressão em um 
determinado contexto. Esse contexto é bem amplo, podendo envolver diversos fatores. Uma 
palavra em diferentes contextos pode ter significados bem diversos! 
Quando tratamos desse tema, não podemos deixar de abordar outros assuntos que 
estão diretamente relacionados a ele, como: sinônimos, antônimos, conotações, denotações, 
homônimos, parônimos, polissemia, barbarismo, cacofonia, ambiguidade, redundância. 
 
5.1.1 Sinônimos 
“Sinônimos” são palavras que possuem significado ou sentido semelhante. Em regra, 
o dicionário possui exemplos de sinônimo. 
Vejamos uns exemplos: 
Débil e Fraco; 
Distante e Afastado; 
Alarido e confusão; 
Alcunha e apelido; 
Âmago e cerne; 
Ardiloso e astuto; 
Arroubo e entusiasmo; 
Belicoso e que incita à guerra. 
Colóquio e diálogo; 
Contraveneno e antídoto; 
Dilapidar e desperdiçar; 
Engodar e mentir; 
Fenecimento e fim; 
Fleumático e imperturbável; 
Frugal e simples; 
Fugaz e passageiro; 
Homizio e refúgio; 
Ignóbil e sem caráter; 
Incólume e intacto; 
Inócuo e inofensivo; 
Irrupção e entrada violenta; 
 
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Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras 
Semântica | 34 
5.1.2 Antônimos 
“Antônimos” são palavras contrárias, opostas. 
Vejamos alguns exemplos: 
Bendizer e maldizer; 
Simpático e antipático; 
Progredir e regredir; 
Concórdia e discórdia; 
Ativo e inativo; 
Esperar e desesperar; 
Comunista e anticomunista; 
Simétrico e assimétrico. 
 
5.1.3 Conotação 
Sentido conotativo ou sentido figurado é a mesma coisa. A palavra é usada com um 
significado diferente do original, o contexto é responsável por essa significação. Para 
lembrarmos que sentido conotativo é o simbólico. 
Vejamos alguns exemplos: 
▪ - Minha sogra é uma bruxa! 
▪ - Estou com um abacaxi para resolver. 
Podemos notar que a bruxa ou o abacaxi nas frases não podem ser interpretados em 
seu sentido literal. 
A sogra assume o papel da bruxa por parecer ser uma mulher má, e os problemas são 
associados ao abacaxi por serem difíceis de resolver, assim como o abacaxi é difícil de ser 
descascado. Veja mais um exemplo: 
▪ A minha vizinha é uma flor → Perceba que ela não é fisicamente uma flor, mas é 
simpática, delicada, querida. O sentido não é literal. 
 
5.1.4 Denotação 
A Denotação é o uso da palavra em seu sentido original. É aquilo que está escrito no 
dicionário. Para nos lembrarmos de que a denotação é o sentido literal, pensemos no “D” de 
“Dito”. É exatamente aquilo que está dito. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ Eu dei à minha vizinha uma flor. → Eu realmente dei a ela uma flor. Não há nenhum 
significado além do dito. 
A linguagem denotativa é usada em contratos, textos legais, documentos oficiais. Essa 
linguagem é necessária para que não exista dúvida na interpretação do texto. Um documento 
redigido mediante linguagem denotativa não deixa margens a dúvidas. 
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5.1.5 Homônimos 
Possuem som e/ou escrita iguais, porém com significados distintos. Existem vários 
tipos de classificação para as homônimas: perfeitas, homógrafas ou homófonas. 
▪ Homônimas perfeitas → mesma pronúncia e escrita. Ex.: A manga da camisa tem 
cor de manga. 
▪ Homônimas homógrafas → mesma escrita, e pronúncia diferente. Ex.: Vou colher 
morangos, com a colher. 
▪ Homônimas homófonas →mesma pronúncia, e escrita diferente. Ex.: Cassaram o 
deputado, por caçar animais em extinção. 
 
5.1.6 Parônimos 
São palavras muito parecidas. Possuem pronúncia ou escrita muito semelhantes, 
porém com significados diferentes. 
Absolver (perdoar, inocentar) Absorver (aspirar, sorver) 
Apóstrofe (figura de linguagem) Apóstrofo (sinal gráfico) 
Aprender (tomar conhecimento) Apreender (capturar, assimilar) 
Arrear (pôr arreios) Arriar (descer, cair) 
Ascensão (subida) Assunção (elevação a um cargo) 
Bebedor (aquele que bebe) Bebedouro (local onde se bebe) 
Cavaleiro (que cavalga) Cavalheiro (homem gentil) 
Comprimento (extensão) Cumprimento (saudação) 
Deferir (atender) Diferir (distinguir-se, divergir) 
Delatar (denunciar) Dilatar (alargar) 
Descrição (ato de descrever) Discrição (reserva, prudência) 
Descriminar (tirar a culpa) Discriminar (distinguir) 
Despensa (local onde se guardam 
mantimentos) 
Dispensa (ato de dispensar) 
Docente (relativo a professores) Discente (relativo a alunos) 
Emigrar (deixar um país) Imigrar (entrar num país) 
Eminência (elevado) Iminência (qualidade do que está 
iminente) 
Eminente (elevado) Iminente (prestes a ocorrer) 
Esbaforido (ofegante, apressado) Espavorido (apavorado) 
Estada (permanência em um lugar) Estadia (permanência temporária em 
um lugar) 
Flagrante (evidente) Fragrante (perfumado) 
Fluir (transcorrer, decorrer) Fruir (desfrutar) 
Fusível (aquilo que funde) Fuzil (arma de fogo) 
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Imergir (afundar) Emergir (vir à tona) 
 
5.1.7 Polissemia 
A polissemia trata de palavras que possuem vários significados, necessitando do 
contexto em que se encontram para que seu significado seja identificado. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Estou com as mãos suadas → Membro do corpo. 
▪ Posso te dar uma mão? → Ajudar. 
▪ Isso vai dar uma baita mão-de-obra→ Trabalhão. 
 
5.1.8 Barbarismo 
Barbarismo é um erro da escrita, pronúncia ou flexão. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Escrita: “quiz", em vez de “quis”. 
▪ Pronúncia: (vide silabada) 
▪ Flexão: Quando eu “ver” o documento, em vez de “vir”. 
Devido à propagação da internet e redes sociais, o barbarismo acabou sendo mais 
frequente em nosso cotidiano. A economia vocabular na agilidade desses processos acaba 
criando vícios na escrita que podem ultrapassar as fronteiras virtuais. 
Por isso, cuidado com a escrita! 
▪ - vc – você - nóis – nós 
▪ - xatiado – chateado - chega – chegar 
 
5.1.9 Cacofonia 
Quando duas palavras separadas formam outra. O som pode ser desagradável ou 
indecoroso. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ A boca dela é grande. 
▪ Você conhece alguém que toca gado? 
▪ Amo ela! 
 
5.1.10 Ambiguidade 
Muitas pessoas desconhecem, mas “ambiguidade” é um erro. Esse tipo de incorreção é 
um dos mais apresentados pelos concursos, quando abordam a “Semântica”. 
 
Ambiguidade é duplo sentido. 
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Vamos observar um exemplo! 
▪ “A gata da minha irmã está deitada no sofá”. →Posso estar falando do animal 
“gata”, ou que minha irmã é muito bonita, uma “gata”. 
A ambiguidade pode estar presente na compreensão e interpretação de textos. Atente 
para essas questões, pois é muito comum em concursos contemplarem esse tópico. Para 
evitar os erros observe, também, o contexto de produção do texto. 
 
5.1.11 Redundância/Pleonasmo 
Repetição desnecessária de ideias. Por exemplo: Subir pra cima, descer pra baixo, há 
muito tempo atrás (se é HÁ muito tempo, é lógico que é atrás). 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ O menino saiu pra fora quando a mãe gritou com ele. 
▪ Ambos os dois serão levados ao tribunal. 
 
Linguagem Figurada 
São recursos que tornam as mensagens que emitimos mais expressivas. Subdividem-se 
em figuras de som, figuras de palavras, figuras de pensamento e figuras de construção. Esses 
recursossão usados pelo falante para realçar a sua mensagem. 
 
1) Elipse – Zeugma 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ 1- Na estante, livros e mais livros. 
▪ 2- Ele prefere um passeio pela praia; eu, cinema. 
No 1º exemplo temos uma elipse, já no 2º, a figura que aparece é o zeugma. 
▪ A elipse consiste na omissão de um termo que é facilmente identificado. 
No exemplo 1, percebemos claramente que o verbo “haver” foi omitido. 
No exemplo 2, ocorre zeugma, que é a omissão de um termo que já fora expresso 
anteriormente. 
▪ “Ele prefere um passeio pela praia; eu, (prefiro) cinema.” (Não houve necessidade 
de repetir o verbo, pois entendemos o recado). 
 
 
2) Pleonasmo 
Na oração: “Ela cantou uma canção linda!”, houve o emprego de um termo 
desnecessário, pois quem canta, só pode cantar uma canção. 
Na famosa frase: “Vi com meus próprios olhos.”, também ocorre o mesmo. 
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▪ Pleonasmo, portanto, é a repetição de ideias. 
 
3) Hipérbato 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Correm pelo parque as crianças da rua. 
▪ Na escada subiu o pintor. 
As duas orações estão na ordem inversa. 
O hipérbato consiste na inversão dos termos da oração. 
Na ordem direta ficaria: As crianças da rua correm pelo parque. O pintor subiu na 
escada. 
 
4) Anacoluto 
É a falta de nexo que existe entre o início e o fim de uma frase. Vamos observar alguns 
exemplos! 
▪ Dois gatinhos miando no muro, conversávamos sobre como é complicada a vida 
dos animais. 
▪ Novas espécies de tubarão no Japão, pensava em como é misteriosa a natureza. 
 
5) Silepse 
É a concordância com a ideia e não com a palavra dita. A silepse pode ser de gênero, 
número ou pessoa. 
► Silepse de Gênero (masc./fem.): Vossa Excelência está admirado do fato? O pronome 
de tratamento “Vossa Excelência” é feminino, mas o adjetivo “admirado” está no 
masculino. Ou seja, concordou com a pessoa a quem se referia (no caso, um homem). 
Aqui temos o feminino e o masculino, logo, silepse de gênero. 
► Silepse de Número (singular/plural): Aquela multidão gritavam diante do ídolo. 
Multidão está no singular, mas o verbo está no plural. Assim: “Gritavam” concorda com 
a idéia de plural que está em “multidão”. 
► Silepse de Pessoa: Todos estávamos nervosos. Esta frase levaria o verbo normalmente 
para a 3ª pessoa (estavam – eles) mas a concordância foi feita com a 1ª pessoa(nós). 
Temos aqui 2 pessoas (eles e nós ) logo, silepse de pessoa. 
 
6) Metáfora – Comparação 
É o emprego da palavra em sentido não muito comum, em uma relação de semelhança 
entre dois termos. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ 1-Aquele homem é um leão. 
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Estamos comparando um homem com um leão, pois esse homem é forte e corajoso 
como um leão. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ 2-A vida vem em ondas como o mar. 
Aqui também existe uma comparação, só que desta vez é usado o conectivo 
comparativo: como. 
O exemplo 1 é uma metáfora e o exemplo 2 é uma comparação. 
Vamos observar alguns exemplos! 
Metáfora: 
▪ - Ele é um anjo. - Ela é uma flor. 
Comparação: 
▪ - A chuva cai como lágrimas. - A mocidade é como uma flor. 
Metáfora: sem o conectivo comparativo. 
Comparação: com o conectivo (como, tal como, assim como) 
 
7) Metonímia 
É a substituição de uma palavra por outra quando entre ambas existe uma relação de 
proximidade de sentidos que permite essa troca. 
Aqui também existe a comparação, só que desta vez ela é mais objetiva. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Ele gosta de ler Agatha Christie. 
▪ Ele comeu uma caixa de chocolate. 
▪ (Ele comeu o que estava dentro da caixa) 
▪ A velhice deve ser respeitada. 
▪ Pão para quem tem fome.(“Pão” no lugar de “alimento”) 
▪ Não tinha teto em que se abrigasse.(“Teto” em lugar de “casa”) 
 
8) Perífrase – Antonomásia 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ A Cidade Maravilhosa recebe muitos turistas durante o carnaval. 
▪ O Rei das Selvas está bravo. 
▪ A Dama do Suspense escreveu livros ótimos. 
▪ O Mestre do Suspense dirigiu grandes clássicos do cinema. 
Nos exemplos acima notamos que usamos expressões especiais para falar de alguém 
ou de algum lugar. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Cidade Maravilhosa: Rio de Janeiro 
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▪ Rei das Selvas: Leão 
▪ A Dama do Suspense: Agatha Christie 
▪ O Mestre do Suspense: Alfred Hitchcock 
Quando usamos esse recurso estamos empregando a perífrase ou antonomásia. 
▪ Perífrase, quando se tratar de lugares ou animais. 
▪ Antonomásia, quando forem pessoas. 
 
9) Catacrese 
A catacrese é o emprego impróprio de uma palavra ou expressão por esquecimento ou 
ignorância do seu real sentido. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Sentou-se no braço da poltrona para descansar. 
▪ A asa da xícara quebrou-se. 
▪ O pé da mesa estava quebrado. 
▪ Vou colocar um fio de azeite na sopa. 
 
10) Antítese 
Emprego de termos com sentidos opostos. 
▪ Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Ela se preocupa tanto com o passado que esquece o presente. 
▪ A guerra não leva a nada, devemos buscar a paz. 
 
11) Eufemismo 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Aquele rapaz não é legal, ele subtraiu dinheiro. 
▪ Acho que não fui feliz nos exames. 
O intuito dessas orações foi abrandar a mensagem, ou seja, ser mais educado. 
No exemplo 1 o verbo “roubar” foi substituído por uma expressão mais leve. 
O mesmo ocorre com o exemplo 2 , “reprovado “ também substituído por uma 
expressão mais leve. 
 
 
12) Ironia 
É algo que afirma o contrário daquilo que se queria dizer. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Que homem lindo! (quando se trata, na verdade, de um homem feio.) 
▪ Como você escreve bem, meu vizinho de 5 anos teria feito uma redação melhor! 
Língua Portuguesa | 
Morfologia, Sintaxe e Emprego das Classes de Palavras 
Morfologia | 41 
▪ Que bolsa barata, custou só mil reais! 
 
13) Hipérbole 
É o exagero na afirmação. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Já lhe disse isso um milhão de vezes. 
▪ Quando o filme começou, voei para casa. 
 
14) Prosopopeia 
Atribuição de qualidades e sentimentos humanos a seres irracionais e inanimados. 
Vamos observar um exemplo! 
▪ A formiga disse para a cigarra: ” Cantou…agora dança!” 
 
5.2 Morfologia 
Ao tratar da morfologia, estaremos falando sobre as classes gramaticais. O foco 
principal desse assunto é a função das palavras em si mesmas, e não sua função em relação 
à outra. Isso não significa dizer que a morfologia dispensa o contexto, já que um “A”, por 
exemplo, dependerá de seu contexto para sua classificação, podendo ser artigo ou 
preposição. 
São 10 as classes gramaticais: artigo, adjetivo, advérbio, conjunção, preposição, verbo, 
interjeição, substantivo, pronome, numeral. 
Para que depois, dentro de um contexto, as palavras façam sentido, será necessário, 
inicialmente, saber a que classe de palavras os vocábulos pertencem. Partimos da significação 
e função para depois estabelecer as relações dentro dos contextos. 
 
5.2.1 Artigo 
 
É a palavra que acompanha o substantivo, servindo basicamente para generalizar ou 
particularizar o sentido desse substantivo. 
Observe: 
▪ - um menino / o menino - um amigo / o amigo - uma mulher / a mulher 
► Quando é usado para definir: Esta é a menina mais linda da escola. → Há uma menina 
específica 
► Quando é usado para indefinir: Eu tenho um livro de português. → Livro qualquer 
► Pode também ser usado para destacar um elemento: Ele é o cara. → Ele é o melhor 
ARTIGO
acompanha o 
substantivo
Língua Portuguesa | 
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Substantivo | 42 
► Pode ser utilizado para modificar o sentido da palavra: Ela tem uma cabeça enorme 
→ “cabeça”= membro do corpo humano 
► Pode transformar outraclasse de palavra em substantivo: O voar dos pássaros é 
glorioso → transforma o verbo “voar” em substantivo. 
 
Artigo definido 
Os artigos definidos são “o” e “a” e seus referentes plurais. Como o próprio nome já diz, 
eles definem seres, coisas, animais, emoções, entre outros. Seu papel também pode ser o de 
destaque. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Esse é o livro mais bacana que já li. 
▪ Os homens mais inteligentes do mundo estão no Japão. 
Como podemos perceber, os artigos são variantes e podem ser flexionados. Sua flexão 
vai desde gênero (com feminino e masculino) a número (com plural e singular). 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ - A menina bonita. O menino bonito. 
▪ - As meninas bonitas. Os meninos bonitos. 
 
Artigo indefinido 
Ao contrário do definido, os indefinidos são usados para generalizar um termo, 
colocando-o dentro de um grupo de palavras, neutralizando-o. 
Vamos observar alguns exemplos! 
▪ Um homem entrou em casa e roubou minhas joias. → Não sei quem é o homem. 
É um homem qualquer. 
▪ - Gosto muito de animais, gostaria de ter um cachorro ou um gato. 
 
5.3 Substantivo 
Substantivo é a palavra que nomeia os seres. Mas o que são esses seres? O conceito de 
seres deve incluir os nomes de pessoas, nomes de lugares, nomes de instituições, nomes de 
grupos, mas também devem incluir nomes de ações, estados, qualidades, sentimentos e 
sensações. 
▪ Mulher, Joana, Paraguai, São Vicente, sociedade, congresso, cidade, saci, 
comunidade, floresta, cavalo, sereia. 
▪ Correria, miséria, encontro, honestidade, acontecimento, integridade, amor, 
pobreza, liberdade, cidadania. 
Podemos chamar de substantivo todos aqueles elementos que formam a realidade que 
nos cerca, tudo aquilo que é nomeado, cada um desses nomes é um substantivo. 
 
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Substantivo | 43 
Substantivos concretos ou abstratos? 
Não basta afirmar que substantivos concretos são aqueles em que podemos tocar. 
“Deus”, por exemplo, é um substantivo concreto. Da mesma forma que “fada”, “duende” ou 
“sereia”. 
Portanto, são necessárias mais características para definir um substantivo como 
concreto ou abstrato. Os substantivos que nomeiam seres de existência independente, real 
ou imaginária, são chamados concretos. 
▪ Armário, formiga, abacateiro, homem, vento, Brasil, cidade, sereia, Deus. 
Os substantivos que nomeiam estados, qualidades, sentimentos ou ações, são 
chamados de abstratos. 
▪ Tristeza, honestidade, atenção, amor, paixão, conquista, abraço, brancura, 
concentração, beijo. 
CONCRETO ABSTRATO 
Seres que independem 
de outros para existir 
Dependem de outros seres 
para existir. São noções, 
qualidades, ações, estados, 
sentimentos, emoções. 
 
Substantivos próprios, comuns ou coletivos? 
Os substantivos próprios se aplicam a coisas determinadas. São os nomes de pessoas, 
cidades, lugares determinados. Ex.: Cristina, Pernambuco, Maracanã. 
Já os comuns são usados para designar coisas genéricas. Ex.: mulher, cidade, estádio. 
Os coletivos determinam conjuntos de substantivos comuns. 
 
Abecedário ou alfabeto - letras distintas que 
representam fonemas em um determinado 
idioma. 
Abotoadura - botão de qualquer peça de 
vestuário 
Alameda - árvores em linha 
Álbum - fotografias, de figurinhas 
Alcateia - lobos 
Andecamestre - onze meses 
Ano - doze meses 
Armada, esquadra, frota - navios de guerra 
Arquipélago - ilhas agrupadas em uma mesma 
região 
Arvoredo - árvore quando constituem maciço 
Atlas - mapas 
Baixela - utensílios de mesa 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Alfabeto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Letra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bot%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pe%C3%A7a
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81lbum
http://pt.wikipedia.org/wiki/Foto
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Andecamestre&action=edit&redlink=1
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Navio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arquip%C3%A9lago
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ilha
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81rvore
http://pt.wikipedia.org/wiki/Atlas_%28cartografia%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mapa
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Substantivo | 44 
Banda - instrumentistas tocando a mesma 
peça. 
Bando - pássaros 
Batalhão, legião, pelotão, tropa - soldados de 
uma determinada repartição. 
Biênio - dois anos 
Bimestre - dois meses 
Boiada - bois 
Bosque - árvores 
Burricada - Burros 
Caçoada - cães 
Cáfila - Camelos 
Caravana - viajantes em uma mesma viagem 
Cardume - peixes 
Carvalhal ou reboredo- carvalhos 
Cercal - cerquinhos 
 
Substantivos simples ou compostos? 
Os substantivos simples apresentam um único radical em sua estrutura: 
▪ Flor, guarda, livro, chuva. 
Os substantivos compostos apresentam ao menos dois radicais em sua estrutura: 
▪ Floricultura, couve-flor, guarda-chuva. 
 
Substantivos primitivos ou derivados? 
Aqueles substantivos que não provem de nenhuma outra palavra da língua recebem o 
nome de primitivos: 
▪ Árvore, pedra, folha, carta, dente. 
Já aqueles substantivos formados em decorrência de outras palavras da língua, pelo 
processo de derivação, são chamados derivados: 
▪ Arvoredo, pedreira, folhagem, carteiro, dentista. 
 
5.3.1 Flexões dos substantivos 
a) Flexão de gênero 
Na língua portuguesa os substantivos podem pertencer ao gênero masculino ou 
feminino. São masculinos aqueles que apresentam o artigo o, e femininos aqueles que 
apresentam o artigo a: 
▪ O menino, o gato, o homem, o dia, o espelho, o cachorro, o sofá, o espeto. 
▪ A menina, a gata, a mulher, a noite, a máscara, a cadela, a cadeira, a faca. 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Soldado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bi%C3%AAnio
http://pt.wikipedia.org/wiki/Bimestre
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Substantivo | 45 
Substantivos Biformes 
São biformes aqueles substantivos que podem apresentar uma forma para o 
masculino e outra para o feminino. Essas formas podem ter o mesmo radical ou radicais 
diferentes. 
* A maioria dos substantivos terminados em “o” átono apresenta em sua forma feminina 
a terminação “a”: 
► - menino/menina- gato/gata 
* A maioria dos substantivos terminados com consoantes a forma feminina apresenta a 
desinência “a”: 
► - freguês/ freguesa - professor /professora -camponês / camponesa 
 
 
Lembramos que em todos os casos existem exceções, como no caso de: galo/galinha; 
ator/atriz; imperador/imperatriz. 
 
A maioria dos substantivos que possuem a terminação em ÃO, o feminino é formado 
em à ou AO: 
► - cidadão / cidadã - órfão / órfã 
► - leão / leoa - leitão / leitoa 
Os aumentativos apresentam a substituição de ÃO por ONA: 
► - valentão / valentona 
* Substantivos ligados a títulos de nobreza ou dignidades apresentam ESA, ESSA, ISA, 
na formação do feminino: 
► - barão / baronesa - conde / condessa - poeta / poetisa 
* Alguns substantivos terminados em E formam o feminino com a substituição por A: 
► - mestre / mestra - infante / infanta - parente / parenta 
* Existem substantivos que apresentam uma formação irregular para o feminino: 
► - herói / heroína - rei / rainha - réu / ré 
* Destacam-se também aqueles substantivos biformes que possuem radicais diferentes: 
► - cavaleiro / amazona - genro / nora - homem / mulher 
► - carneiro / ovelha - cavalo / égua - boi / vaca 
 
5.3.2 Substantivo Comum de dois Gêneros 
São aqueles que apresentam uma única forma para os dois gêneros. A diferenciação 
entre feminino ou masculino é possível pela concordância com o artigo ou outro 
determinante. 
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Substantivo | 46 
Vejamos alguns exemplos! 
▪ - o/a interprete

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